1. TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO:
UMA GERAÇÃO GUIADA A UM TOUCH
DESAFIOS E IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM POR MEIOS TECNOLÓGICOS.
MINISTRANTE: PROF. MÁRIO ANDRÉ
CENTRO DE EDUCAÇÃO: ESCOLA PIAGET
2. A tecnologia pode ser considerada a soma de técnicas, habilidades e até processos utilizados para desenvolver
produtos, serviços ou soluções que atendam às necessidades da sociedade. A evolução histórica da tecnologia tem
início nas primeiras invenções do homem. Ao longo do tempo, o ser humano desenvolveu ferramentas de caça,
descobriu o fogo, criou a roda para ajudar na locomoção, etc, tudo com o intuito de tornar a vida mais fácil.
A origem da tecnologia se deu na era pré-histórica, quando nossos ancestrais começaram a desenvolver
ferramentas simples para conseguir sobreviver. Podemos dizer que a primeira tecnologia foi a pedra lascada, utilizada
para fazer facas e pontas de lanças de madeira. Desde então, ela evoluiu significativamente ao longo de milênios, com
avanços em áreas como a agricultura, construção, a comunicação, medicina, entre outras.
Hoje, a tecnologia continua a evoluir rapidamente, com novos avanços em áreas como inteligência artificial,
robótica, biotecnologia, nanotecnologia, entre outras. Ela é uma parte integral da vida moderna, com um impacto
profundo em quase todos os aspectos da sociedade - sendo a educação hoje um dos principais e objeto de nosso
estudo.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE TECNOLOGIA:
3. Pode-se dizer que hoje as mídias têm grande poder
pedagógico, pois se utilizam de recursos que são
extremamente importantes hoje no processo de
aprendizagem – imagens, sons, vídeos. Assim, torna-se
cada vez mais necessário que a escola se aproprie dos
recursos tecnológicos modernos e acessíveis, dinamizando
o processo de aprendizagem e tornando a sala de um
espaço de aprendizagens significativas.
Quanto a nós educadores em geral, precisamos estar
atento as constantes evoluções dos meios digitais e
estimular a curiosidade dos alunos para que busquem
informações úteis e as transformem em conhecimento,
além de servir de mediador desses conteúdos, a fim de
garantir que a instrução ocorra adequadamente.
Ao educador cabe também buscar a própria
instrução e atualização quanto às novas metodologias de
ensino que surgem como fruto do avanço tecnológico. Seu
papel é, diante das novas tecnologias educacionais, ter a
mente aberta e abraçar os avanços tecnológicos,
utilizando-os em proveito próprio e em benefício de seus
alunos.
4.
5. Mudança de época: vivemos “plugados” no mundo, em frente a uma tela;
3 gerações:
• Anos 50 / 60: novidade/passividade diante da tela da TV;
• Anos 80 / 90: transição para a sociedade midiática: velho e o novo (analógico e digital);
explosão
• Anos 2000: crianças nascem no mundo digital; surgimento e a disseminação da educação
digital em todo o mundo; criação da banda larga; plataformas educacionais, softwares,
aplicativos, fóruns de discussões, entre outros, passam a fazer parte do cotidiano
educacional;
CARACTERÍSTICAS:
6. “SAI O EDUCADOR, ENTRA A MÁQUINA?”
Em vez de recursos tecnológicos que tentem substituir o professor ou que apenas digitalizem tarefas de
memorização (como uma taboada) ou iniciativas de pouco efeito prático e que podem até atrapalhar o rendimento,
é muito mais produtivo pensar em como a tecnologia pode ajudar o trabalho do professor:
“Uma das imagens mais caricaturescas difundidas da tecnologia na educação representa um computador que
substitui o docente, oferecendo automaticamente a informação aos estudantes. Mas isso tem levado a
resultados pobres, particularmente quando a ênfase dos currículos já não está apenas nos conhecimentos,
mas também nas competências”, diz o documento da Unesco. Em vez de pensar ‘temos esta tecnologia e este
aplicativo, como podemos usá-lo para a educação’, o ideal é refletir ao contrário: perguntar aos docentes que
tipo de problemas e dificuldades eles enfrentam e pensar em como a tecnologia pode ajudá-los”, diz Francesc
Pedró, representante da Unesco para educação, em entrevista ao site à BBC Brasil.
Nesse contexto, o professor deixa de ser apenas transmissor de conhecimento, mas sim um mediador –
orientando alunos com instruções, feedback, contexto, exemplos e perguntas-chave dentro de cada projeto e
identificando qual o dispositivo tecnológico é melhor para cada momento (mesmo que sejam papel e lápis). Estudos
indicam, também, que não adianta muito usar a tecnologia apenas por usar: projetos que não tenham objetivos
claros e integração com o currículo escolar vão agregar pouco ao aprendizado.
7. Compartilhamento de conteúdo digital através de várias plataformas digitais;
Ensino EAD;
Uso de smartphones, computadores e/ou outros gadgets para se comunicar, acessar informações, entretenimento,
trabalho e outras atividades;
Participação em comunidades virtuais e redes sociais, onde as pessoas trocam ideias, compartilham experiências e
conhecimentos, e se relacionam com outras pessoas com interesses semelhantes;
Reintegração dos alunos ao ambiente escolar: interatividade, diversão e entretenimento durante a apresentação das
aulas.
Utilização de meios informatizados para ensinar e/ou realizar compras, reservas, pagamentos e outras transações
financeiras;
Participação em projetos colaborativos online, onde as pessoas/alunos trabalham junta(o)s de maneira remota,
utilizando ferramentas de comunicação e colaboração em tempo real.
Estímulo ao aprendizado, criatividade e pensamento crítico: as escolas podem oferecer ferramentas educacionais que
auxiliem no aprendizado; isso porque a tecnologia consegue atuar de forma muito eficiente na captura da atenção
dos alunos, além de tornar o ensino mais interativo e dinâmico.
Ludificação: capacidade de trazer aspectos mais lúdicos, dinâmicos e interativos ao processo de ensino-
aprendizagem. Dessa forma, modelos de ensino teóricos, lineares e massantes, abrem espaço para uma
aprendizagem mais leve e recreativa.
EXEMPLOS DE COMO A CULTURA DIGITAL PODE SER MANIFESTADA
NA SOCIEDADE/ MEIO EDUCACIONAL:
8. SALA DE AULA DO FUTURO: POR UM ENSINO REPLETO DE TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO
Uma sala de aula do futuro é reflexo de um ambiente educativo que atende aos requisitos emergentes da
evolução social e tecnológica. Ou seja, na prática, a sala de aula do futuro é uma sala de aula tecnológica, que
privilegia métodos inovadores de aprendizagem através de hardware e software, responsáveis por estimular a
atenção dos alunos e consequentemente favorecer um aproveitamento escolar positivo. O termo "Future
Classroom Lab” é também muito associado à expressão sala de aula do futuro, mas convém frisar que mais do que
transformar o espaço físico da sala de aula num ambiente de "laboratório” devidamente equipado com tecnologia
de ponta, pretende-se apostar em pedagogias digitais e incentivar a motivação e interesse pelo conhecimento, a
criatividade, a comunicação, a interação e o trabalho de equipe, competências cruciais nos processos de
aprendizagem.
9. 1. ZONA PARA INTERAGIR:
Aqui o objetivo primordial é
tirar partido da tecnologia para
melhorar a interação entre
alunos.
• Displays interativos SMART
• Mesa interativa
• Software de jogos didáticos
10. II. ZONA PARA CRIAR:
A sala de aula do futuro coloca o aluno no centro do
processo de aprendizagem cabendo-lhe planear e
produzir o seu próprio trabalho. O aluno deve ter à sua
deposição várias ferramentas multimidia, fazendo uso
delas para criar os seus conteúdos em suporte de
vídeo, áudio, slides, recurso a programas de edição etc.
• Câmara de vídeo de alta definição
• Câmara digital (bolso)
• Software de edição de vídeo
• Equipamentos de gravação de Áudio (por
exemplo, microfones)
• Mesa de mistura
• Cortina de chroma
• Iluminação
• Software podcast / Software de animação /
Software streaming
11. III. ZONA PARA APRESENTAR:
Um dos princípios basilares da sala de
aula do futuro rege-se por aprender a
comunicar e partilhar conhecimento.
Esta zona deverá ser um espaço
informal dedicado à apresentação de
conteúdos diversos.
• Mobiliário reconfigurável
• Projetor
• Ecrã de Projeção
12. O futuro é feito de investigadores ativos. Nesta área
privilegia-se o pensamento critico e a investigação nas
suas múltiplas formas: leitura, observação, pesquisas
online, realização de experiências científicas, etc.
É o local ideal para questionar, testar e avaliar.
• Robôs
• Sensores
• Sistemas de recolha de dados
• Calculadoras gráficas
• Microscópios
• Laboratórios online
• Modelos 3D, etc.
• Impressora (normal / 3D)
IV. ZONA PARA INVESTIGAR:
13. Esta será uma área de aprendizagem individual
e informal, que potencia a concentração, a
criatividade e a autorreflexão. Aqui cada aluno
segue o seu ritmo para aprender e construir os
seus próprios suportes de estudo.
• Mobiliário informal/ cantos de estudo;
• Notebooks/tablets e respetivos carrinhos
de armazenamento e carregamento;
• Dispositivos de áudio e video;
• Livros e e-books;
• Jogos educativos
V. ZONA PARA DESENVOLVER:
14. VI. ZONA PARA COLABORAR:
A colaboração e o trabalho em equipa
são fundamentais na sala de aula do
futuro. É um espaço dedicado para trocar
ideias, investigar, partilhar criar e
apresentar conteúdos.
• Displays interativos SMART
• Mesa colaborativa
• Placa Brainstorming/Parede
15. No conceito de aluno protagonista, isso significa que os estudantes têm um papel central e ativo no
processo de aprendizagem. No lugar de ser aquele que simplesmente fica absorvendo os conteúdos, o aluno é
estimulado a agregar às aulas ativamente, pesquisando informações, expondo ideias, debatendo e criando. Nesse
processo, os estudantes devem ser aliados na construção do conhecimento. O educador é o guia, sendo seu
papel o de incentivar e orientar, cativando os alunos nessa busca pelo conhecimento. Quanto ao aluno, ele deve
encontrar o melhor caminho para obter as informações que mais lhe serão pertinentes,
Assim sendo, o mundo digital trouxe novos desafios e também novos caminhos a Educação. Com o avanço
da tecnologia, as mudanças na vida cotidiana e mercado de trabalho chegam mais rápido e, cada vez mais, se fala
de automatização dos espaços. Como uma competência da BNCC, a inclusão da tecnologia nos processos
pedagógicos de ensino determina que os educadores devam incentivar os estudantes a utilizar a tecnologia de
forma mais consciente, em que seja possível estimular a reflexão e os demais conceitos éticos da sociedade.
forma, a *Cultura Digital foca no uso de recursos tecnológicos como forma de mostrar para as crianças e os
jovens que é possível dominar o universo digital de uma maneira consciente e direcionada para o crescimento
pessoal e profissional.
*Conjunto de práticas relacionadas ao uso de tecnologias da informação e comunicação na sociedade e trata
da forma como as pessoas interagem com dispositivos e plataformas digitais, bem como elas compartilham,
produzem e consomem esse conteúdo.
O PROTAGONISMO DIGITAL DO ALUNO
16. Mas, com tantos estímulos proporcionados por um mundo cada vez mais conectado, é muito difícil fazer os
alunos se interessarem por conteúdos específicos comuns das salas de aulas tradicionais. Como a internet
proporciona um rápido acesso a todo tipo de informação, a educação precisa reinventar-se.
Hoje, é comum ter acesso à internet na palma da mão. A popularização dos celulares e smartphones facilitou
o acesso às informações na internet e gerou uma grande transformação na sociedade. A tecnologia mudou as
relações do mundo, então, é necessário mudar o papel dos estudantes em relação ao aprendizado também. No
lugar de ser aquele que simplesmente fica absorvendo os conteúdos, o aluno é estimulado a agregar às aulas
ativamente, pesquisando informações, expondo ideias, debatendo e criando.
Os estudantes devem ser aliados na construção do conhecimento. Nesse processo, a escola assume o papel
de motivar os alunos a perseguirem o conhecimento, fornecendo as ferramentas necessárias e sendo a base para a
construção dos seus saberes. Quanto ao educador, seu papel passa a ser o de incentivador e orientador, cativando
os alunos nessa busca por esse conhecimento. Nesse sentido, para descrever o papel do professor, tem-se utilizado
o termo mediador no processo de ensino e aprendizagem.
17. PRINCIPAIS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DIGITAL NAS ESCOLAS
BRASILEIRAS
Investir na formação tecnológica dos educadores
Um dos primeiros passos para ter sucesso na implementação de tecnologias de aprendizagem é investir tempo e
recursos para possibilitar a formação tecnológica dos professores. De nada adianta os docentes terem acesso a
ferramentas se eles não conhecem suas funcionalidades e para quais contextos são adequadas.
Ou seja, é fundamental que a gestão escolar tenha como meta a qualificação dos educadores. É possível, até
mesmo, incentivar a realização de cursos, eventos rápidos, workshops e palestras dentro da instituição de ensino,
como parte da formação continuada.
Professor mediador
O professor não é o único detentor do conhecimento em sala de aula; com o acesso às informações na palma
das mãos, os alunos esperam que os educadores atuem como mediadores, ajudando o grupo a pensar, inovar e a
aprender a aprender. A relação entre estudantes e professores deixa de ser o repasse de conteúdo para a interação,
troca e compartilhamento.
18. Organizar treinamentos e palestras na escola
Para que estudantes e professores se sintam mais confortáveis com a implementação de ferramentas e plataformas,
é essencial que a gestão organize treinamentos e palestras sobre o assunto na escola. Sem o conhecimento sobre o
funcionamento dos recursos, o desempenho pode ser baixo. Outra dica é dar preferência a equipamentos e soluções que
tenham fácil manuseio e suporte à disposição. Além disso, é interessante orientar o corpo docente sobre a mudança de
mentalidade que as tecnologias educacionais causam, sobretudo na dinâmica pedagógica.
Melhorar a acessibilidade e o domínio das **plataformas digitais colaborativas
Um dos maiores desafios da educação digital no Brasil está relacionado diretamente à falta de acessibilidade nas
instituições de ensino. A dificuldade de acesso à internet e a dispositivos tecnológicos, inclusive, são barreiras que muitos
estudantes enfrentam diariamente. Para isso, é fundamental que a escola busque ampliar a acessibilidade, invista em
recursos de qualidade e conte com soluções educacionais adequadas; afinal, sem a compreensão correta sobre o
funcionamento dos recursos, ferramentas e plataformas que serão utilizadas, o engajamento e rendimento podem cair.
**Plataformas Digitais Colaborativas: tecnologias que, de alguma forma, tornam o acesso à comunicação e à informação mais
simples, como softwares que possibilitam videoconferências, aplicativos que organizam rotinas de tarefas, ferramentas para troca
de arquivos e mensagens, etc. Dentre seus principais benefícios, estão reduzir distâncias, centralizar informações e agilizar
serviços; o fator segurança é outro ponto importante: na nuvem, os dados não só podem ser acessados com facilidade, como
também estão protegidos.
19. Priorizar o uso de dispositivos em sala de aula
Para ter mais chances de sucesso com a educação digital, a instituição escolar deve priorizar o uso de
ferramentas tecnológicas em sala de aula. Elas facilitam significativamente a acessibilidade, oferecem praticidade e,
ainda, possibilitam que os alunos compartilhem informações e ideias.
No entanto, como citamos, é necessário realizar um programa de conscientização para que os dispositivos
sejam utilizados de maneira adequada na rotina de ensino. Mesmo que os aparelhos não representem uma
novidade, eles ainda podem ser motivo de distração para os estudantes.
Investir na personalização do ensino
Mais uma maneira de enfrentar os desafios da educação digital na prática é investindo em metodologias que
tenham como foco a personalização do ensino; afinal, sabemos que cada aluno aprende e tem um ritmo diferente.
Uma ótima alternativa para personalizar as atividades escolares é considerar as necessidades de cada turma.
Por exemplo, algumas séries podem ter dificuldade com alguns recursos tecnológicos, enquanto outras já
demonstram mais interesse e disposição para seguir com as abordagens apresentadas pelos educadores.
20. Manter os alunos engajados
Mesmo desenvolvendo uma comunicação efetiva, ainda pode ser bastante desafiador manter os alunos
engajados no uso das plataformas educacionais. Para reverter a situação, o professor pode interagir diretamente
com a turma, incentivar debates e criar planos de aula mais inovadores e atrativos; assim, fica mais simples
aumentar a motivação e contar com a participação dos estudantes.
Bullying, Cyberbullying e todas as suas ramificações.
Representa um importante desafio a ser superado na era da educação digital; com a popularização da
internet, as ações negativas se fortaleceram e ganharam um alcance muito maior em meios virtuais que reúnem os
educandos. Assim sendo, faz-se necessário um conjunto de políticas que combatam essa prática, com
envolvimento de todos os setores da sociedade – e não apenas o educacional.
21. Por muitos anos, estudiosos da educação buscaram
desenvolver novas metodologias que pudessem fortalecer o
desenvolvimento da cidadania. O aluno protagonista é
chave nesse fortalecimento. A imersão em uma sociedade
tecnológica fez com que o ensino do passado se tornasse,
de uma vez por todas, obsoleto e impraticável.
Desenvolver uma abordagem que coloca o aluno no
centro do processo educacional é fundamental para as
escolas do século XXI. O papel do professor precisa mudar,
mas continua sendo muito importante, pois é ele quem vai
colaborar para que os estudantes compreendam como
utilizar as tecnologias para encontrar informações de
qualidade e trazer respostas para os seus anseios. Já ser um
aluno protagonista é ter autonomia nas decisões,
consciência social e global, inteligência socioemocional e
estar preparado para os desafios que o futuro apresenta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS