3. Anatomia do Aparelho Urinário
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
São capazes de excretar os resíduos do sangue e
controlar o balanço hidroeletrolítico
Funções renais: fluxo sanguíneo renal, filtração
glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular
Néfrons
003
4. Anatomia do Aparelho Urinário
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
Néfrons Corticais (córtex)
Néfrons Justamedulares (Alça de Henle)
Constituem 85% da anatomia;
Funções: remoção de resíduos e
reabsorção de nutrientes;
Constituem 15% da anatomia;
Função: promover a concentração
da urina;
004
5. Fluxo Sanguíneo Renal
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A artéria renal fornece sangue para os rins 25% do fluxo corporal.
• As arteríolas apresentam diferentes dimensões que são importantes para a
pressão hidrostática fundamentais para a filtração glomerular, consistência
da pressão glomerular e fluxo de sangue renal;
Capilares dos
Néfrons
Arteríola
Aferente
Glomérulo
Arteríola
Eferente
005
6. Reabsorção de
substâncias essenciais
do fluido
Fluxo Sanguíneo Renal
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
Retorno para
veia renal
Arteríola
Aferente
Capilares
Peritubulares
Vasa Recta
Córtex
Medula
Circundam os túbulos
contornados
Gradiente Osmótico:
concentração renal
Ajuste final da
composição urinária
Troca de
Água e Sais
006
8. Filtração Glomerular
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Glomérulo é constituído por um novelo
de aproximadamente oito lóbulos
capilares, denominado coletivamente
de tufo capilar cápsula de Bowman
Fatores influenciadores:
Parede capilar e da
cápsula
Pressão Hidrostática e
Oncótica
008
9. Estrutura Celular do Glomérulo
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• O filtrado plasmático passa por três camadas:
• As células das paredes dos capilares são fenestradas (poros) e aumentam a
permeabilidade não permitem a passagem de grandes moléculas e células
sanguíneas.
• As fendas de filtração dos podócitos na camada interna da cápsula de Bowman
também funcionam como barreiras.
Epitélio Visceral da Cápsula
de Bowman
Membrana Basal
Membrana da parede
capilar
009
10. Pressão Glomerular (Mecanismos)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A presença da pressão hidrostática resultante do menor tamanho da
arteríola eferente e dos capilares glomerulares aumentam a filtração
glomerular.
• O Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA), um mecanismo
autorregulador, mantêm a pressão arterial glomerular em uma taxa
constante, independente da pressão arterial sistêmica.
Impede a queda do fluxo de sangue e
resíduos de produtos tóxicos
Dilatação A.A.
Constrição A.E.
Aumento da Pressão Sistêmica
Constrição de A.E.
Evita o excesso de filtração
ou danos do glomérulo
010
11. Reabsorção Tubular
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Perda de água com substâncias essenciais a cada minutos (120 mL)
Transporte Ativo: substância combina com uma proteína transportadora
presente nas membranas das células tubulares renais.
Transporte Passivo: movimento de moléculas através de uma membrana, por
meio da diferença do potencial elétrico ou de concentrações.
Quando o ultrafiltrado plasmático entra no túbulo
contornado proximal, os néfrons, através de mecanismos
de transportes, reabsorvem substâncias essenciais e água
011
13. Reabsorção Tubular
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Capacidade Reabsortiva Máxima (Tm): quando uma substância reabsorvida
atinge um nível anormal elevado, com aparecimento na urina.
• Limiar Renal: concentração plasmática que satura o transporte ativo.
• Ex: glicose (limiar renal) : 160 a 180 mg/dL
013
14. Secreção Tubular
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Envolve a passagem de substâncias do sangue dos capilares peritubulares
para o filtrado tubular.
• Duas funções principais: eliminação de substâncias não filtradas pelo
glomérulo e regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo através da
secreção de íons de hidrogênio.
• Principal local: túbulo contornado proximal.
Ex: medicamentos, que não são filtrados pelo glomérulo por estarem ligadas
as proteínas transportadoras, quando entram em contato com as células
tubulares, elas são dissociadas e são transportadas pelo filtrado
014
16. Introdução ao Exame de Urina
• Início da Medicina Laboratorial.
• Relatos em desenhos dos homens da caverna
e em hieróglifos egípcios.
• Percepções das Variáveis: cor, turbidez,
volume, viscosidade e doçura.
• Exame Moderno: ampliação da análise física.
Médico analisa um frasco com urina
Fonte:
Strasinger
&
Di
Lorenzo,
2009
Análise química
Análise microscópica do
Sedimento
+
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 016
17. Contribuições Históricas
Instruções para o exame de urina.
Cortesia da National Library of Medicine
Fonte:
Strasinger
&
Di
Lorenzo,
2009
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Hipócrates, século V a.C. Livro sobre ‘‘Uroscopia’’
• Idade Média: Esforços intensos na Uroscopia.
Fonte:
Strasinger
&
Di
Lorenzo,
2009
1140 d.C.
20 cores
Cortesia da National Library of Medicine
017
18. Contribuições Históricas
Fonte:
Laboratório
da
Urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Evolução dos testes químicos Teste formiga & Teste do sabor
• Frederik Deeker (1694) Detecção da Albuminúria por fervura.
• Relação Credibilidade x Charlatães
Aprovação das primeiras leis de
Licenciatura Médica na Inglaterra
Livro de Thomas Bryant
018
20. Contribuições da antiguidade ao moderno
• 1930: Desaparecimento nos exames de rotina por sua complexidade.
• Importâncias na manutenção da popularidade:
Amostras disponíveis
e de fácil coleta
Obtenção de informações
por exames baratos para
funções metabólicas
+
Medicina
Preventiva e
Menores custos
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 020
21. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)
Razões para realização dos testes de urina:
Rápido
Barato
Confiável
Preciso
Seguro
Custo-
efetivo
Auxílio no Diagnóstico
Triagem de população assintomática
Acompanhamento na progressão da Doença
Eficácia no Tratamento
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 021
22. • No geral, composta por ureia e compostos orgânicos e inorgânicos
dissolvidos em água.
Composição da Urina
95%
5% Solutos
Ingestão alimentar
Atividade Física
Metabolismo
Funções Endócrinas
Posição Corporal
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 022
23. • A ureia, é um produto residual do metabolismo que representa quase
metade do total de sólidos presentes na urina.
Composição da Urina
Proteínas e
Aminoácidos
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
Fígado
Orgânicos
• Creatinina e Ácido úrico
Inorgânicos
• Cloreto, Sódio e Potássio
023
24. Normal?
Ingestão Dietética influencia
em níveis normais
Composição da Urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
Importante
Hormônios, medicamentos
e vitaminas
Células, cilindros, cristais,
muco e bactérias
1
2
3
024
26. Volume Urinário
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Depende da quantidade de água que os rins excretam.
• Relação direta com a hidratação do organismo.
• Influências: ingestão hídrica, a perda não renal do fluido, variação na
secreção dos hormônios antidiuréticos, necessidade de excreção de sólidos
dissolvidos (glicose e sais).
• Produção diária: 1.200 a 1.500 mL (intervalo de 600 a 2.000 mL,
normalidade).
026
27. Volume Urinário
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Oligúria: diminuição do débito urinário.
• Referências:
• Associado com desidratação por vômitos, diarreia, suor ou queimaduras
graves.
1 mL/kg/h menos de 400 mL/kg/h
menos de 0,5 mL/kg/h
027
28. Volume Urinário
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Aumento na excreção de urina noturna
Nictúria
• Aumento no volume de urina diário
Poliúria
• Cessação do fluxo de urina
Anúria
• Aumento da ingestão de água
Polidipsia
Superior a 2,5 L/dia em adultos;
2,5 a 3 L/dia em crianças
Dano grave aos rins e/ou diminuição do
fluxo de sangue para os rins
Associação: diabetes mellitus ou insipidus,
diuréticos, cafeína e álcool
Densidade
Poliúria
028
29. Coleta da Amostra
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A urina é uma substância biológica potencialmente perigosa e exige
Precauções-Padrão.
• Utilização de luvas em todos os momentos do manuseio.
• Coletas em frascos limpos, secos e sem vazamento.
• Recomendado utilização de recipientes descartáveis, disponíveis para cada
tipo de procedimento.
• Frascos com tampa de roscas são melhores que tampas de encaixe.
029
30. Coleta da Amostra
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Frascos com boca larga para facilitar a coleta e de fundo chato e amplo para evitar
tombamentos.
• Preferencialmente transparentes para ver cor e aspecto.
• Recomendação de frascos de 50 mL, visando o uso de 12 mL para microscopia e
repetição do método se necessário.
• Recipientes esterilizados são indicados para estudos microbiológicos da urina e
nos casos, de intervalos maiores de 2 horas entre coleta e análise.
• Identificação de amostras: nome, número de identificação, data e hora da coleta,
idade de acordo com o protocolo institucional;
030
31. Incorreta rotulagem, amostras não identificadas, etiquetas
e formulários discordantes, contaminação por fezes ou
papel higiênico, volume insuficiente, transporte indevido
Coleta da Amostra
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Etiquetas inseridas no recipiente e não na tampa, e apropriadas para o não
descolamento caso refrigerada ou congelada.
• Formulários de requisição (Manual ou informatizado): medicações
interferentes e informações clínicas do paciente, horário de recebimento.
Situações inaceitáveis:
031
32. Manuseio da Amostra (Integridade)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Entrega imediatamente ao laboratório e análise em duas horas.
• Fora do intervalo: refrigerada ou conservantes químico adequado.
• Principal alteração: presença e crescimento bacteriano.
032
33. Manuseio da Amostra (Integridade)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 033
34. • Rotineiramente: refrigeração entre 2 a 8 graus.
• Tempo máximo de refrigeração: 24 horas.
• Para a análise química deve-se retirar e manter em temperatura ambiente.
• Conservante químico deve ser bactericida, inibir a urease e preservar
elementos formados no sedimento.
Preservação da Amostra (Integridade)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 034
35. Tipos de Amostras
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Cada amostra é especifica para demonstração de um estado metabólico a
ser avaliado.
• Influenciadores: volume, tempo, método, dieta do paciente e uso de
medicamentos.
• Instrução em coletas especiais.
• Rotina: amostra aleatória.
035
36. Primeira urina da manhã
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Ideal para triagem.
• Indicada: testes de gravidez (falsos negativos) e avaliação de proteinúria
ortostática.
• Sinonímia: urina de 8 horas.
• Objetivo: amostra concentrada com tendência para substâncias químicas e
elementos formados.
036
37. Amostra em Jejum
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Não contêm metabólitos de alimentos.
• Indicação: Monitoramento da glicose.
• Segunda amostra da manhã
037
38. Amostra duas horas pós-prandial
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Orientação: Urina antes da refeição e coletar a urina duas horas após se
alimentar.
• Indicação: Monitoramento terapêutico da insulina, acompanhamento de
diabetes mellitus.
• Recomendação: comparação da amostra em jejum e dosagens de glicemia.
038
39. Amostra do Teste de Tolerância à Glicose
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Coletadas concomitantemente com as amostras de sangue para (TTG).
• O número de amostras varia de acordo com a duração do teste,
• Variações: jejum, meia hora, uma hora, duas horas, três horas, quatro horas,
cinco horas e seis horas.
• Amostra testada para glicose e cetonas.
• Recomendação: seguir as orientações institucionais.
039
40. Amostra de 24 horas (Cronometrada)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Medir a quantidade exata de um produto químico
• Produção de resultados quantitativos precisos.
• Iniciar e terminar o período da coleta com a bexiga vazia.
• Motivo: Variação diurna de alguns componentes químicos.
• Amostra refrigeradas durante todo o período da coleta
• Se a coleta for em frascos diferentes, deve se ter cuidado para homogeneizar
antes dos testes.
040
41. Amostra Cateterizada
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Coleta em condições estéreis
• Por meio de um cateter (oco) inserido na uretra até a bexiga
• Indicação: cultura bacteriana
• Pode ser solicitada concomitante ao exame de urina de rotina
• Pode ser feita, especificamente para cada um dos rins por conexão dos
ureteres.
041
43. Amostra de Jato Médio com assepsia
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Finalidade: cultura bacteriana ou exame de rotina
• Método mais seguro e menos invasivo do que a coleta de cateter
• Menos bactérias e células epiteliais do que na coleta aleatória
• Orientações: higiene adequada, recipiente estéril, instrução para limpeza e micção
• São recomendados o uso de sabonetes neutros
• Não deve ser usado bactericidas fortes como: hexaclorofeno e povidina-iodo.
• No caso de solicitação pra cultura e rotina, primeiro deve ser feito a cultura assim
como na coleta de cateter.
043
44. Punção Suprapúbica
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Ocorre com a introdução de uma
agulha pelo abdômen até a bexiga.
• Fornece um material completamente
livre de bactérias externas
• A amostra pode ser utilizada para
exame citológico.
044
45. Amostra para Prostatite
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Sinonímia: coleta em três frascos
• Primeira coleta: primeiro jato da urina (não pode ser desprezado)
• Segunda coleta: jato médio em outro frasco.
• Terceira coleta: é feita uma massagem na próstata, para eliminação líquido
prostático e coletado no terceiro tubo estéril.
• Culturas quantitativas em todos os recipientes.
045
46. Amostra para Prostatite (Análise)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Primeira e terceira amostras analisadas microscopicamente.
• Estimativa: na terceira amostra número de leucócitos e bactérias
comumente são dez vezes maior do que na primeira amostra (infecção)
• Segunda amostra usada para controle de infecção na bexiga e rins
• Obs: se a segunda amostra positivar, a terceira amostra possivelmente
contaminou e deve ser invalidada.
046
47. Amostra Pediátrica
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Coletor específico: sacos plásticos transparentes, macios, com adesivos
hipoalérgicos destinado ao exame de rotina.
• Para amostras estéreis pode ser feito por cateterismo ou punção suprapúbica.
• Para cultura, orientação sobre higienização adequada e por coletor pediátrico
estéril.
• Não tocar no interior do coletor.
• Para testes quantitativos, acompanham um tubo coletor para amostras excedidas.
047
48. Coleta para análise de drogas
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• É a parte mais vulnerável na testagem de drogas.
• Conferência da amostra e documentação verificada para o paciente.
• A Cadeia de Custódia (CC) é o procedimento que fornece a amostra (coleta)
até a entrega do resultado.
• A CC é um documento padronizado que acompanha cada passo do exame:
coletador, transporte, análise médica e ao empregador.
• Identificação correta no rótulo com fotografia.
048
49. Coleta para análise de drogas
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A coleta pode ser assistida ou sem testemunhas.
• Volume: 30 a 45 mL.
• A temperatura da urina é medida até quatro minutos após a micção. (32,5 a
37,7 graus).
• A cor deve ser inspecionada para evitar qualquer sinal de contaminantes.
• Amostra deve ser identificada, embalada e transportada de acordo com as
orientações do laboratório.
049
50. Exame físico da urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Inclui a cor, aspectos e gravidade específica.
• Informações preliminares sobre: hemorragia glomerular, hepatopatia, erros
inatos do metabolismo e infecção do trato urinário.
• Gravidade específica auxilia na avaliação da função tubular renal.
050
51. Cor da urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Varia de quase incolor a preta.
• Alterações: atividade física, substâncias ingeridas ou condições patológicas.
051
57. Cor normal da urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A terminologia utilizada pode variar de laboratório para laboratório.
• Descrição comum: amarela clara, amarela, amarela escura e âmbar.
• A visualização da cor deve ser feita olhando para baixo, com uma luz boa e
preferencialmente contra um fundo branco.
• A cor amarela da urina é graças a um pigmento denominado de Urocromo.
• O urocromo é um produto oriundo do metabolismo endógeno produzido em
taxas constantes.
057
58. Cor normal da urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• O aumento do urocromo pode estar associado ao jejum e alterações da
tireóide e da temperatura ambiente.
• Outros dois pigmentos (uroeritrina e urobilina) estão em menores
concentrações.
• Uroeritrina, pigmento rosa, está presente em amostras refrigeradas,
resultando em um preciptado de urato amorfo no sedimento.
• Urobilina, produto da oxidação do urobilinogênio, confere uma cor castanho-
alaranjada após um tempo da urina coletada.
058
59. Cores Anormais da urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• As cores anormais da urina são tão numerosas quanto as suas causas.
• Alguma são mais comuns, com maior importância clínica.
059
60. Amarela escura/Âmbar/Laranja
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Pode ser causada pela presença anormal do pigmento da bilirrubina.
• Presença de espuma amarela em urina agitada.
• Uma grande quantidade de espuma branca sugere presença de proteína.
• Associado ao vírus da hepatite.
• A foto-oxidação da bilirrubina produz urina verde-amarelada.
• Os compostos fenazopiridina e azo-gantrisin utilizados no tratamento de infecção
do trato urina produz cor amarelo-alaranjado.
• Atenção para falso-positivo (Bilirrubina x fenazopiridina)
060
61. Amarela vermelha/rosa/marrom
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Principal causa é a presença de sangue.
• Variação a partir da quantidade de sangue, ph e período de contato.
• Urinas ácidas com sangue: geram coloração marrom devido a oxidação da
hemoglobina.
• Urina recente marrom com sangue: sugere hemorragia glomerular.
061
62. Amarela vermelha/rosa/marrom
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Hemoglobina e mioglobina positivam na etapa química.
• Urina vermelha turva X Urina vermelha límpida.
• Confirmação da diferença apenas a partir do plasma.
062
63. • Causas não patogênicas:
• Oxidação do porfobilinogênio em porfirina produz cor associada ao vinho do
porto.
Beterraba – alcalina;
Amoras – ácidas
Rifampicina, fenoltaleína,
fenindiona e fenotiazinas
Amarela vermelha/rosa/marrom
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
Menstruação
Ingestão de alimentos
altamente pigmentados Medicamentos
063
64. Castanha/preta
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Recomendado testes adicionais nesse caso quando não se tem a presença
de sangue.
• Associados a produção de melanina ou ácido homogentísico.
• Melanina é um produto da oxidação do melanogênio, produzido em excesso
quando o melanoma maligno está presente.
• Ácido homogentísico, é um metabólito da fenilalanina, em urinas alcalinas
de pessoas portadoras de um erro inato do metabolismo.
• Medicamentos: levodopa, metildopa, derivados de fenol e metronidazol.
064
65. Azul/verde
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Causas patológicas: infecções bacterianas por pseudômonas e Klebsiella,
urinárias ou intestinais; ingestão de desodorizantes de ar; medicamentos:
metocarbamol, azul de metileno e amitriptilina.
065
66. Aspecto da Urina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Refere-se a transparência ou turvação de uma amostra.
• Determinada pelo exame visual da amostra homogeneizada.
• Utilização de fonte luminosa e recipiente transparente.
• Terminologias: límpido, opalescente, ligeiramente turvo, turvo e leitoso.
• Deve ser consistente dentro de um laboratório.
066
68. Aspecto Normal
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A urina expelida em geral é clara, principalmente oriunda de coleta por
jato médio com assepsia.
068
70. Turvação Patológica
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Amostras recentes: são glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, infecção
bacteriana ou doença orgânica sistêmica.
• Causas menos frequentes: quantidades anormais de células escamosas,
leveduras, cristais anormais, fluido linfático e lipídeos.
• Relação direta com resultados no exame microscópico.
070
71. Gravidade Específica
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Detecta desidratação ou anormalidades no hormônio antidiurético.
• Determina a concentração da amostra
• É definida como a densidade de uma solução, em comparação com a densidade de
um volume similar de água destilada, com mesma temperatura.
• É influenciada não somente pelo número de partículas presentes, mas pelo seu
tamanho.
• Utilização de urodensímetro (hidrômetro) ou desintometria da oscilação harmônica
(DOH) ou fita reativa.
071
72. Urodensímetro
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Consiste de um peso flutuante, anexado a uma escala que foi calibrada em termos de
gravidade específica da urina.
• O aumento da massa promovido pelas substâncias dissolvidas da urina faz com que o
peso desloque um volume menor de urina do que a da água destilada.
• Representa a massa ou a gravidade específica da amostra.
• Atualmente, não é recomendada pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).
• Caiu em desuso principalmente pela necessidade de grande volume (10 a 15 mL) da
amostra.
072
74. Refratômetro
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• A refratometria, determina a concentração de partículas dissolvidas em uma
amostra.
• O índice de refração é uma comparação da velocidade da luz no ar com a
velocidade da luz em uma solução.
• Vantagem: possibilita a determinação da gravidade específica utilizando um
pequeno volume da amostra (uma ou duas gotas).
• Não são necessárias correções de temperatura.
074
78. Odor
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Raramente tem significado clínico.
• É uma propriedade física que deve ser reportada.
• A urina recém expelida tem odor ligeiramente aromático.
• A degradação da ureia é responsável pelo odor característico de amoníaco.
• Causas incomuns: infecções bacterianas, cetose diabética, defeito
metabólico, ingestão de alimentos (cebola, alho e aspargos)
078
81. Fitas Reagentes
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Permitem um meio simples e rápido para a realização de análises
químicas da urina.
• Consistem em almofadas absorventes impregnadas com substâncias
químicas aderidas a uma tira de plástico.
• A interpretação é feita pela comparação da cor produzida na almofada
com uma tabela fornecida pelo fabricante.
081
82. Técnica das Fitas Reagentes
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 082
83. Erros comuns na técnica das Fitas Reagentes
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Não homogeneizar a amostra
• Tempo superior ao estimado para as reações químicas.
• Mistura de reagentes
• Excesso de urina após retirada no coletor.
• Posicionar a fita na vertical.
• Encostar a fita reativa com amostra na tabela comparativa.
• Iluminação inadequada na conferência.
• Incoerência na execução entre o pessoal do laboratório.
• Comparação de cores entre fitas e fabricantes diferentes.
• Utilização de amostras refrigeradas.
083
84. Manuseio e Armazenamento das Fitas Reagentes
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Precisam ser protegidas contra a deterioração provocada por umidade, produtos
químicos voláteis, calor e luz.
• As tiras só devem ser removidas pouco antes do teste.
• O frasco precisa ser bem fechado imediatamente após o uso.
• Manter em condições de temperatura ambiente inferior a 30 graus.
• Observar a validade do produto.
• Não tocar nas almofadas ao manusear as tiras.
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85. pH
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Juntamente com os pulmões, os rins são os principais reguladores do conteúdo ácido-básico
no organismo.
• A primeira urina da manhã costuma ser ligeiramente ácida (5,0 a 6,0).
• pH alcalino é encontrado após as refeições.
• O pH das amostras aleatórias normais variam de 4,5 a 8,0.
• Não existe uma medida padrão.
• Correlacionar com função renal, presença de infecção urinária, ingestão alimentar e o tempo
de coleta da amostra.
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86. pH - Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Auxílio na determinação da existência de doenças sistêmicas ácido-básico de
origem metabólica ou respiratória e na gestão das condições urinárias.
• Formação de cristais e calculose renal. (Oxalato de cálcio – Ácidas)
• pH alcalino inibe a formação de cálculos.
• Dieta rica em proteína (ácida)
• Dieta vegetariana e rica em frutas e verduras (alcalina)
• Alguns medicamentos (Mandelamina e fosfomicina) – ácida
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87. pH - Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 087
88. Proteínas
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Mais indicativo de doença renal – Determinação de proteínas.
• Proteinúria é frequentemente associada com doença renal precoce.
• Albumina sérica é a principal proteína encontrada na urina normal.
• Obs.: Mesmo em altas concentrações plasmáticas, a albumina urinária é
baixa, porque ela passa pelo glomérulo e não é totalmente filtrada, e da
filtrada, são reabsorvidas pelos túbulos.
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89. Proteínas – Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Nem sempre significa doença renal.
• Necessita de testes adicionais.
• Proteína clínica é indicada por ≥ 30 mg/dL
• Agrupadas em três categorias: pré-renal, renal e pós-renal.
• Proteinúria Pré-Renal: atingem o plasma , antes dos rins.
• Ex: hemoglobina, mioglobina e proteínas reativas de fase aguda.
• Proteína Renal: Associada a verdadeira doença renal (dano glomerular ou
tubular).
• Ex: lúpus eritematoso, glomerulonefrites estreptocócicas, excesso de esforço
físico e desidratação associada com hipertensão arterial.
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90. Proteínas – Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Proteinúria Pós-Renal: Proteínas que passam através das estruturas do
trato urinário inferior (ureteres, bexiga, uretra, próstata e vagina).
• Ex.: infecções bacterianas e fúngicas, presença de sangue ou
contaminação menstrual, presená de fluido prostático e grande
quantidade de espermatozoides.
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92. Glicose
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• É a análise química mais frequentemente realizada na urina, para
detecção e acompanhamento de diabetes mellitus.
• Devido os assintomáticos, os exames de glicose no sangue e na urina
estão incluídos em todos os exames físicos e são foco nos programas de
triagem populacional.
• Diagnóstico precoce fornece um prognóstico bem melhor.
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94. Cetonas
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Representa três produtos intermediários do metabolismo da gordura:
acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico.
• Visualização em indivíduos com estoque de gordura corporal.
• O comum é não ser detectado no exame de urina.
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96. Sangue (Eritrócitos)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Presença na urina sob a forma de glóbulos vermelhos intactos
(Hematúria) ou como produto da destruição de glóbulos vermelhos,
hemoglobina (Hemoglobinúria).
• Hematúria – turvação vermelha
• Hemoglobinúria – turvação límpida
• Importância: qualquer quantidade superior a cinco células pro microlitro
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97. Sangue (Eritrócitos) – Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 097
98. Bilirrubina
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• O aparecimento de bilirrubina na urina pode fornecer indicação precoce
de doenças hepáticas. Muitas vezes, é detectada muito antes do
desenvolvimento de icterícia.
• É um pigmento amarelo altamente complexo da degradação da
hemoglobina.
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100. Urobilinogênio
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Quando a bilirrubina conjugada é excretada através do ducto biliar para
o intestino, as bactérias intestinais convertem a bilirrubina em uma
combinação de urobilinogênio e estercobiligênio.
• Aparece na urina, quando o sangue que circula no fígado passa através
dos rins e é filtrado pelo glomérulo.
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102. Nitrito
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Oferece um método rápido de triagem para a presença de infecção do trato
urinário (ITU).
• O ensaio é concebido para detectar casos em que a necessidade de uma
cultura pode não ser aparente, mas não se destina a substituir a urocultura
como principal teste para o diagnóstico e o acompanhamento de infecção
bacteriana.
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104. Esterase Leucociária
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009
• Oferece um meio mais padronizado para a detecção de leucócitos.
• Confirmação por microscopia.
• Detecção de leucócitos lisados em urina alcalina e diluída.
• Maior relevância a partir da formação dos cilindros
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105. Esterase Leucociária – Significado Clínico
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 105
147. Cristais de sulfa em forma de roseta (x400)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 147
148. Cristais de ampicilina não refrigerada (x400)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 148
149. Grânulos de amido (x400)
STRASINGER, S.K & DI LORENZO, M. S., 2009 149
150. ``Existe um momento na vida de cada pessoa
que é possível sonhar e realizar nossos sonhos...
E esse momento tão fugaz chama-se presente e
tem a duração do tempo que passa``
Mario Quintana
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