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O que vamos ver nessa aula
Características Gerais
Classificação
Ciclos Reprodutivos
Fisiologia
Organologia vegetal
Distribuição Geográfica
Polinização
Biomas
Briófitas e pteridófitas
• Quais as diferenças
entre musgos e
samambaias?
• Como essas plantas
se reproduzem?
Musgos e samambaias evoluíram das primeiras plantas terrestres, as quais
surgiram das algas verdes, por evolução.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
3
As briófitas
Características:
Os musgos são as briófitas mais conhecidas. Vivem agrupados e,
desse modo, retêm a água da chuva e do orvalho.
• Medem geralmente poucos centímetros
• Não possuem vasos condutores de seiva
• Suas estruturas corporais são chamadas
de rizoide, cauloide e filoide, pois não
podem ser considerados raiz, caule e
folhas verdadeiros
filoides
cauloides
rizoides
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
4
A ausência de vasos condutores de seiva explica por que não encontramos
plantas altas entre os musgos: o transporte de substâncias pelo corpo da
plantinha é feito célula a célula e, por isso, é mais lento.
Uma planta grande
não conseguiria
distribuir os
nutrientes com a
velocidade
necessária para
atingir todas
as células.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
5
O corpo dos musgos, em geral, não possui uma cobertura impermeável que os
proteja contra a perda de água. Por isso, essas plantas são mais comuns em
locais úmidos e que não recebem luz direta do Sol.
Nesses locais há
menos chance de
ocorrer perda de
água por evaporação,
o que provocaria o
ressecamento da
planta.
Esporófitos dos musgos.
ANDY
HARMER
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
6
Reprodução
Gametófitos: plantas
masculinas e femininas que
produzem gametas.
A água é muito importante
na reprodução sexuada dos
musgos: o gameta
masculino (anterozoide) vai
ao encontro do gameta
feminino (oosfera) nadando
com seus flagelos. filoides
cauloides
rizoides
oosfera
anterozoides esporófito
Esporos caem no solo e originam novas plantas (gametófitos).
Gametófito masculino Gametófito feminino Gametófito feminino
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
7
Após a fecundação, forma-se uma planta
que cresce sobre o pé de musgo feminino,
chamada de esporófito.
Essa planta produz esporos, que são levados pelo vento
e, quando chegam ao solo, germinam e originam outros
pés de musgo.
Reprodução assexuada – produção de esporos
Reprodução sexuada – produção de gametas
esporófito
Esporos caem no solo e originam
novas plantas (gametófitos).
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Portanto, o musgo alterna duas formas de reprodução:
8
Hepáticas
As hepáticas
receberam esse
nome porque sua
forma lembra
a de um
fígado humano.
São briófitas de forma achatada, encontradas em locais úmidos. Os filoides
têm de 2 cm a 10 cm de comprimento.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
9
As pteridófitas
Pteris vem do grego e significa ‘feto’. A folha nova da planta tem a forma
parecida com a de um feto humano.
Salvínias. Avenca.
Samambaias e avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas
como plantas ornamentais.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
10
As pteridófitas apresentam várias características que estão ausentes
nos musgos:
• Possuem vasos condutores
de seiva
Existem grandes samambaias
arborescentes que podem atingir
vários metros de altura, como a
samambaiaçu. A samambaia
amazônica pode chegar a 3 m
de comprimento. Samambaia.
• Podem atingir tamanhos muito
maiores que os musgos
CARLOS
GOLDGRUB
/
REFLEXO
11
Outras características:
O caule, na maioria dos casos, é subterrâneo ou rastejante e, por isso, é
chamado de rizoma.
• Possuem raiz, caule e folha verdadeiros
• As folhas são cobertas por uma película impermeável que reduz a
perda de água
folha
raiz
caule
ILUSTRAÇÕES:
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
12
Reprodução
Também dependem da água
para a reprodução sexuada e,
por isso, são mais comuns em
regiões úmidas.
As pteridófitas apresentam
um ciclo reprodutivo
semelhante ao das briófitas,
com alternância entre
reprodução sexuada
e assexuada.
folha
raiz
caule
soros
oosfera
O anterozoide
nada até a oosfera
e a fecunda.
nova planta
anterozoide
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Os esporos caem no
solo e germinam,
originando prótalos.
Órgãos onde são
produzidos os esporos,
em certas épocas do ano.
esporos
13
prótalo
Os soros produzem esporos, os quais caem no solo e
germinam, originando uma pequena planta chamada
de prótalo.
O prótalo é o gametófito das
pteridófitas. Ao contrário do que
acontece nos musgos, nessas
plantas o esporófito é a fase
mais desenvolvida e
duradoura do ciclo.
Plantinha germinando em prótalo.
Os soros ficam
na parte inferior
das folhas.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
14
O xaxim
A samambaiaçu é uma planta típica da
Mata Atlântica e está ameaçada de
extinção por causa da intensa
exploração comercial. Por isso, a
extração do xaxim é proibida por lei.
O xaxim é um material utilizado na
produção de vasos para plantas
ornamentais. Ele é feito a partir do
caule da samambaiaçu, que é aéreo
(e não subterrâneo como o das
outras samambaias).
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
15
A origem das pteridófitas
Florestas são
cobertas por
rochas
sedimentares
Formação dos
depósitos de
carvão mineral
vários períodos
geológicos
Essas florestas deram origem aos grandes depósitos de carvão mineral:
As primeiras pteridófitas apareceram há cerca de 430 milhões de anos e se
diversificaram no ambiente terrestre, formando grandes florestas.
Florestas de
Pteridófitas
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
16
Gimnospermas
• Como o grão de pólen e
a semente contribuem
para a reprodução das
gimnospermas?
• Que exemplos de
gimnospermas você
conhece?
Além de servir de alimento, as sementes
desempenham importantes funções nas plantas.
Pinheiro-do-paraná e suas
sementes, os pinhões.
ZIG
KOCH
/
REFLEXO
DENISE
GRECO
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
17
As gimnospermas
Plantas com sementes
Angiospermas – plantas com flores,
sementes dentro de frutos
Gimnospermas – não produzem frutos, as
sementes são nuas
As gimnospermas são plantas bem adaptadas
aos climas frios ou temperados.
Pinheiro-do-paraná.
• hemisfério norte – florestas de
pinheiros (taiga)
• hemisfério sul – mata de Araucárias
PALÊ
ZUPPANI
/
PULSAR
IMAGENS
18
Além dos pinheiros, são gimnospermas também:
Sequoias. Ciprestes.
Sagu de jardim.
• Sequoias
• Ciprestes
• Tuias (árvores de Natal)
• Cicas ou sagus de jardim
• Pinheirinhos-bravos ou podocarpos
V.
C.
L.
/
KEYSTONE
SPL
/
LATINSTOCK
GARY
YOWELL
/
THE
IMAGE
BANK
/
GETTY
IMAGES
19
Nas gimnospermas, além de folhas encarregadas de realizar a fotossíntese,
vamos encontrar ramos com folhas especializadas na reprodução: os
estróbilos ou cones.
DENISE
GRECO
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
estróbilo ou
cone masculino
Pinheiro-do-paraná (atinge
até 50 m de altura).
Pinha (cone feminino após
fecundação; 10 cm a 20 cm de
diâmetro).
estróbilo ou
cone feminino
20
Os órgãos reprodutores (estróbilos ou cones) masculinos e femininos são
diferentes.
Veja um estróbilo feminino e um estróbilo masculino de uma planta do
gênero Cycas:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
21
Reprodução
O gameta masculino é levado de
uma planta a outra pelo vento,
protegido dentro do grão de pólen.
Grãos de pólen de um pinheiro.
A produção de grãos de pólen foi
uma das adaptações das
gimnospermas responsáveis pelo
seu sucesso na colonização do
ambiente terrestre.
E.
R.
DEGGINGER
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
22
Nas coníferas encontram-se os estróbilos, ou cones masculinos,
especializados na produção de grãos de pólen. Levados pelo vento, alguns
grãos de pólen podem cair sobre o cone ou estróbilo feminino de outra planta.
Estróbilo liberando
grãos de pólen.
grão de pólen
JEROME
WEXLER
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
23
Observe o ciclo reprodutivo das gimnospermas:
cone
masculino
cone
feminino
grão de pólen
Grãos de pólen
levados pelo
vento.
oosfera
Tubo polínico
que cresce.
fecundação
oosfera
embrião
semente
reserva de
alimento
nova planta
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
24
A oosfera, o gameta feminino, encontra-se dentro de uma cápsula chamada
de óvulo. Na fecundação, um dos núcleos espermáticos do tubo polínico se
une a oosfera dando origem a um zigoto.
Pinhão aberto com a reserva nutritiva (em branco) ao
redor do embrião da planta.
Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo.
Dentro dela encontram-se o embrião e uma reserva de alimento. Esse
conjunto é a semente.
25
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Além de proteger e alimentar o embrião, a
semente facilita a dispersão do vegetal,
pois pode ser levada pelo vento ou por
animais para longe da planta de origem.
A semente pode resistir por longo tempo
ao frio e à falta de água e só germinar
quando as condições forem favoráveis.
Quando a semente germina, o embrião
utiliza sua reservas para se nutrir até
que as primeiras raízes e folhas se
desenvolvam.
ZIG
KOCH
/
REFLEXO
26
A semente do pinheiro-do-paraná
serve de alimento para vários
animais: capivaras, cutias, macacos,
esquilos, papagaios e gralhas-azuis.
A gralha-azul transporta o pinhão de
uma árvore para outra e, quando o
deixa cair no chão, a semente pode
germinar e originar outra árvore.
Gralha-azul.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
27
Angiospermas: raiz, caule e folhas
• Você conhece folhas que nos servem
de alimento? E caules? E raízes?
• Que funções essas partes
desempenham na planta?
Pau-brasil.
O nome do Brasil se deve à
angiosperma conhecida como
pau-brasil (Caesalpinia echinata).
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
28
Angiospermas e gimnospermas formam o grupo das plantas com sementes,
mas nas angiospermas as sementes se encontram dentro de frutos, os quais
se originaram de flores.
Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécies e, no
ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria orgânica.
Mangueira.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
29
Água e sais minerais seiva bruta
ou mineral
Açúcares seiva elaborada
ou orgânica
A raiz
• Acumular reservas nutritivas para a planta
• Fixar o vegetal no solo
• Absorver água e sais minerais
Funções da raiz:
Levada pelos vasos lenhosos das
raízes até as folhas.
Produzida pela fotossíntese nas folhas e transportada pelos vasos
liberianos para toda a planta.
açúcares
sais minerais e água
luz do Sol
gás carbônico
seiva laborada
seiva bruta
KLN
ARTES
GRÁFICAS
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
30
Raízes fasciculadas
O capim, a cana-de-açúcar e
o milho, entre outras plantas,
possuem raízes numerosas
e finas, todas do mesmo
tamanho, que saem da
mesma região do caule.
Raízes axiais ou pivotantes
A laranjeira, a mangueira, o
feijão e o café possuem uma
raiz principal, da qual partem
ramificações.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
31
As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há também raízes
aquáticas, como as do aguapé, e raízes aéreas, como as das orquídeas.
As raízes crescem para baixo, ou seja, apresentam geotropismo positivo.
Essa reação é controlada por substâncias químicas chamadas hormônios.
Flor da orquídea.
Orquídea jovem com raiz. Aguapé.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
32
Na ponta da raiz há a coifa, que tem a forma de um capuz e protege as
células que estão por baixo dela.
Há a região pilífera, onde
encontram-se os pelos
absorventes
(que aumentam a superfície de
contato da raiz com o solo), e
uma região de ramificação, de
onde saem raízes secundárias.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
STEVE
GSCHMEISSNER
/
SPL
/
LATINSTOCK
33
Algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a sobrevivência da
planta em situações especiais:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
34
Funções do caule:
Assim como a raiz, o caule apresenta
regiões diferenciadas: a gema ou broto
terminal, os nós e entrenós, e as
gemas axilares ou laterais.
O caule
gema lateral
nós
gema terminal
entrenó
gema lateral
gema terminal
nó
• Sustentar as folhas e mantê-las em posição elevada
• Transportar seiva bruta e seiva elaborada
35
ILUSTRAÇÕES:
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
O caule da maioria das plantas é aéreo e cresce para cima, ou seja, apresenta
geotropismo negativo.
Além disso, as plantas se curvam em direção a luz, num movimento chamado
de fototropismo positivo.
Experimento feito
com a planta do
feijão para mostrar
geotropismo
negativo da raiz e
positivo do caule.
Experimento de
fototropismo para
mostrar que a
planta (alpiste)
cresce em direção
à luz da janela.
36
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
A maioria das angiospermas possui caules que crescem acima do solo, isto é,
caules aéreos.
Outras possuem caules que crescem abaixo
do solo, ou seja, caules subterrâneos.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
37
Alguns caules apresentam certas modificações que são adaptações das
plantas. É o caso dos espinhos, acúleos e gavinhas.
Espinhos são ramos pontiagudos
com função protetora.
Acúleos são pelos rígidos e
pontudos formados na epiderme
do caule.
Gavinhas são ramos com a função
de fixação.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
38
As folhas são cobertas por uma cutícula, formada por cutina, que a protege e
ajuda a diminuir a perda de água por evaporação.
As folhas
As folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a
fotossíntese. Em geral, elas têm forma de lâminas finas.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
vasos condutores
de seiva
epiderme cutícula
células com
clorofila
estômato
39
A cutícula dificulta a entrada de gás carbônico e oxigênio, necessários à
fotossíntese e à respiração celular.
No entanto, na epiderme da folha existem pequenas aberturas chamadas
de estômatos, que facilitam a passagem desses gases e a transpiração.
Os estômatos são formados por duas células com uma abertura entre
elas, o que permite um controle da perda de água pela planta.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
abertura
estômato aberto estômato fechado
40
Em algumas plantas de clima úmido,
há nas bordas das folhas aberturas,
chamadas hidatódios, que eliminam
água na forma líquida. Esse fenômeno
é chamado de gutação.
Nas plantas de clima seco, as folhas
têm tamanho reduzido e também
podem se enrolar e tomar a forma de
espinhos. A fotossíntese é então
realizada pelo caule.
No cacto a fotossíntese é realizada pelo caule.
Gutação na folha.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
41
As folhas são formadas por três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.
Porém, nem todas as folhas apresentam as três partes.
Nas folhas compostas o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos.
Nas folhas simples, o limbo é inteiriço.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
bainha
pecíolo
nervuras limbo
42
Algumas folhas apresentam adaptações especiais, como os espinhos
dos cactos e as gavinhas, semelhantes às gavinhas dos caules.
Há também as brácteas, folhas coloridas que atraem a atenção de
animais polinizadores.
Bico-de-papagaio com brácteas. Brácteas de antúrio.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
43
A maioria das plantas apresenta formas de reprodução assexuada
ou vegetativa.
Os caules subterrâneos e rasteiros desenvolvem, em certos pontos,
raízes que originam novas mudas da planta.
estolão
batata
tubérculos
broto batata-doce
44
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Reprodução
vegetativa no
morango.
Reprodução por
tubérculos e raízes.
• Quais são as partes de
uma flor? E de um fruto?
Angiospermas: flores, frutos e sementes
• Como um fruto se
desenvolve?
• Quais são as funções da
flor e do fruto?
VALENTYN
VOLKOV
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
45
As flores
Ela é produzida nos ramos floríferos e todas as partes da flor são folhas
modificadas.
A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas. Nela ocorrem a
fecundação, a formação do fruto e a produção da semente.
estame
antera
filete
estame
pistilo
pétalas
sépalas
pedúnculo
receptáculo (porção
dilatada do pedúnculo)
pistilo
ovário
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
46
As pétalas geralmente são coloridas e
perfumadas, o que facilita a localização da
flor pelos animais polinizadores.
Nos estames são produzidos os
grãos de pólen. O conjunto de
estames forma o androceu.
Na parte dilatada do pistilo, o ovário, é produzida a
oosfera. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o
zigoto, que se transformará no embrião.
pistilo
ovário
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
47
A polinização
Esse é mais um caso de
mutualismo, ou seja, uma
associação entre duas espécies
em que ambas se beneficiam.
O transporte de pólen dos estames para o pistilo chama-se polinização. Os
insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen fazem esse
transporte e são chamados de polinizadores.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
48
Muitas plantas polinizadas por insetos
apresentam pétalas coloridas, que os
insetos distinguem com facilidade.
As flores noturnas não são muito
coloridas, pois no escuro é mais fácil
atrair seus polinizadores com
substâncias aromáticas.
Abelha polinizando
flor do melão.
Flores de dama-da-noite.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
49
A fecundação
Dentro do ovário podemos
encontrar os óvulos. No interior do
óvulo está a oosfera, o gameta
feminino da planta.
Corte do pistilo do lírio.
Ao atingir o estigma da flor, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico,
que cresce em direção ao ovário.
óvulos
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
50
Dentro do tubo polínico existem dois núcleos espermáticos, os
gametas masculinos.
Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera e produz o zigoto, que
origina o embrião.
antera
filete
estame polinização
grãos de pólen
estilete
estigma
ovário
óvulo
pistilo
gametas
masculinos
grãos de pólen
tubo
polínico
ovário
óvulo
oosfera
fecundação
semente
fruto
embrião dentro
da semente
O óvulo
desenvolve-se
em semente, e o
ovário, em fruto.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
51
Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o embrião se
desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente.
Flor do tomateiro. Tomates.
O ovário também se desenvolve e origina o fruto.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
KZENON
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
52
Tipos de frutos
Fruto e fruta têm significados diferentes!
Um fruto é composto, basicamente, de pericarpo e semente. Frutos com o
pericarpo suculento são chamados de frutos carnosos.
O fruto corresponde ao ovário desenvolvido. O termo popular fruta indica as
partes comestíveis da flor, que nem sempre correspondem ao desenvolvimento
do ovário.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
semente
epicarpo
mesocarpo
endocarpo
pericarpo
53
A maçã, a pera, o morango, o figo e o abacaxi são pseudofrutos: sua parte
carnosa comestível não é originada pelo desenvolvimento do ovário.
Frutos deiscentes: se abrem quando maduros, liberando as sementes.
Frutos indeiscentes: mesmo quando maduros, se mantêm fechados.
morango
receptáculo
fruto com
uma semente
receptáculo
sépala
crescimento do
receptáculo
semente
receptáculo
(parte comestível)
sépalas
receptáculo
resto de
flores
femininas
resto de
flores
masculinas
figo
maçã
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
54
haste da flor
ovário (fruto
verdadeiro)
Existem ainda frutos que não têm o pericarpo suculento: são os frutos secos.
Mas qual seria a função do fruto na planta?
Grãos de milho.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Castanha-do-pará.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Ervilha.
SUPERTROOPER
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
Amendoim.
STEYNO
&
STITCH
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
Girassol.
ALAETTIN YILDIRIM /
SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES
55
As substâncias nutritivas de muitos
frutos atraem animais que comem os
frutos e jogam fora as sementes.
Estas se espalham pelo solo e
podem dar origem a novas plantas.
Mas a dispersão de sementes não é
feita somente por meio de frutos
ingeridos por animais. Alguns frutos
podem ser levados pela água, pelo vento
ou transportados no corpo dos animais,
como os carrapichos.
Araçari-castanho.
Carrapicho.
Dente-de-leão.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
BRIAN
A.
JACKSON
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
56
Fruto verde, fruto maduro
Mamoeiro com mamões.
Depois, o fruto muda de cor e passa a
ser mais macio e adocicado, com
substâncias nutritivas que atraem
animais para comê-los e dispersar as
sementes.
De início, o fruto pode ser duro e de
sabor desagradável e até conter
substâncias tóxicas para alguns
animais. Nessa etapa, a semente
ainda não está pronta para germinar.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
57
As sementes
Mais de 70% das espécies das angiospermas pertencem ao grupo das
dicotiledôneas!
Na semente, além de partes que vão originar a raiz, o caule e a folha da
planta, encontramos os cotilédones: são folhas especiais com função de
armazenar nutrientes.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
endosperma
cotilédone
embrião
Monocotiledônea
(milho)
Dicotiledônea (feijão
aberto ao meio)
embrião da planta
cotilédones
58
A germinação da semente é o processo pelo qual o embrião retoma seu
crescimento e se desenvolve em uma nova planta.
Isso ocorre quando as condições do ambiente são favoráveis. Por exemplo,
quando há água suficiente e a temperatura é adequada.
cotilédones
A semente usa
a reserva
de alimento
para crescer.
As raízes crescem rapidamente
e absorvem água e
sais minerais do solo.
Com o crescimento do caule e o
desenvolvimento das folhas, a planta
começa a realizar fotossíntese.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
59
O ambiente terrestre
• O que são biomas? Que biomas você conhece?
• Você conhece os principais biomas brasileiros e suas características?
TOM
VAN
SANT
/
GP
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
60
A influência do Sol no clima
Em torno da linha do
equador a incidência dos
raios solares é mais
direta, e assim essa região
recebe mais luz e calor do
que as regiões mais
afastadas do equador.
O clima de uma região – temperatura, umidade, chuva, pressão atmosférica –
depende de vários fatores. Um deles é a latitude.
eixo da Terra
luz do Sol
linha do equador
LUÍS
MOURA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
61
As estações do ano ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra em
relação ao plano de sua trajetória ao redor do Sol.
Os seres vivos de um local são afetados não só por outros organismos, mas
também pelos elementos não vivos desse ambiente, principalmente o clima.
LUÍS
MOURA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Verão no
hemisfério
norte, inverno
no sul.
Primavera no
hemisfério norte,
outono no sul.
Outono no
hemisfério norte,
primavera no sul.
Inverno no
hemisfério
norte, verão
no sul.
62
Pode-se dividir o ambiente terrestre em regiões que se caracterizam por
determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados
ao ambiente.
Essas regiões são chamadas de biomas.
KLN
ARTES
GRÁFICAS
/
ARQUIVO
DA
EDITORA;
FONTES:
WORLD
REFERENCE
ATLAS.
LONDON,
DORLING
KINDERSLEY,
2003;
IBAMA,
2008.
63
INGO
ARNDT
PHOTOGRAPHY
/
LATINSTOCK
Tundra
Há insetos,
pássaros, caribus,
ursos-brancos, a
lebre ártica, a
raposa polar e o
lobo ártico.
Paisagem de Tundra
no Alasca, onde se
vê um caribu.
Bioma que ocupa a região ao redor do polo norte. O solo permanece
congelado a maior parte do tempo, exceto no verão, quando surge uma
vegetação rasteira.
64
Taiga
Vegetação de Taiga na Sibéria.
A Taiga ou Floresta de
Coníferas localiza-se ao
sul da Tundra e, por
estar mais perto do
equador, recebe maior
quantidade de
energia solar.
Há gimnospermas, como
o pinheiro, a sequoia e
o abeto.
WOLFGANG
KAEHLER
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
65
A fauna da Taiga é mais rica que a da Tundra, com insetos, aves, lebres, alces,
renas, ratos silvestres, musaranhos, linces, lobos, marmotas e ursos-pardos.
Marmotas. Esquilo vermelho. Urso-pardo.
GEORGE
D.
LEPP
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
YANN
ARTHUS-BERTRAND
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
GALEN
ROWELL
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
66
Florestas temperadas
As florestas temperadas
caracterizam-se pela perda
das folhas das árvores no
outono. Na primavera, as
folhas voltam a crescer.
Floresta temperada na Alemanha.
FRANK
IHLOW
/
KEYSTONE
Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano
bem definidas.
67
Nas florestas temperadas encontram-se vários invertebrados, anfíbios, répteis,
aves e mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás,
pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos.
O gato selvagem
europeu e o urso
panda são exemplos
de animais que
vivem nas florestas
temperadas.
STEVE
AUSTIN;
PAPILIO/CORBIS
/
LATINSTOCK
FRANS
LANTING
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
68
Mata de Araucárias
Mata de Araucárias.
O pinheiro-do-
-paraná, que não
perde as folhas no
inverno, é a espécie
predominante.
Também chamada de Mata dos Pinhais ou Pinheiral, essa floresta
encontra-se nas regiões de maior altitude do Sul e do Sudeste do Brasil.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
69
Entre os animais há várias espécies de
insetos, aves e mamíferos.
Muitos se alimentam do pinhão, que é
a semente do pinheiro.
Por causa da intervenção humana
para retirar madeira e cultivar
plantações de eucalipto e pinheiro
(usados na produção de móveis e
papel), muitas espécies de animais da
Mata das Araucárias estão ameaçadas
de extinção.
Gralha-azul.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
70
Florestas tropicais
É a maior floresta tropical
do mundo e 60% de sua
área está em território
brasileiro. Constitui uma
grande reserva de água
doce da Terra.
Vista aérea da Floresta Amazônica
e do rio Negro.
Localizam-se em várias áreas da zona delimitada pelos trópicos de Câncer e
de Capricórnio ao longo e em torno do equador. Nessa região o clima é
quente e úmido.
Floresta Amazônica
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
71
Na Floresta Amazônica existe grande variedade de espécies animais e
vegetais, encontrados em todos os ambientes da floresta.
Castanheira-do-pará.
Araracanga.
Uacari-vermelho.
Gato-do-mato.
Pirarucu.
Vitórias-régias.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
72
Mata Atlântica
Vista aérea da Mata Atlântica.
Ipês-amarelos.
Floresta tropical que acompanha o litoral
brasileiro. Devido à ação humana, restam apenas
cerca de 7% da mata original.
ROBERTO
LOFFEL
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
DILMAR
CAVALHER
/
STRANA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
73
Assim como na Floresta Amazônica, a diversidade de espécies animais e
vegetais na Mata Atlântica é enorme. O número de espécies ameaçadas de
extinção também é grande.
Saíra-de-sete-cores. Mico-leão-dourado. Onça-pintada.
Veja alguns animais encontrados na região:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
74
A destruição das florestas tropicais
O desmatamento e as queimadas têm grande influência sobre as alterações
climáticas.
Queimada na Floresta Amazônica.
Aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados de área das florestas tropicais
são destruídos por ano para dar lugar a lavouras e pastos, estradas e outros
empreendimentos.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
75
Manguezais
Manguezal na Ilha do Cardoso, litoral sul de
São Paulo.
CLÁUDIO
CHIYO
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
NELLIE
SOLITRENICK
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Estão situados geralmente nas regiões
tropicais próximas ao mar, na foz dos rios,
onde a água doce se encontra com a água
salgada do mar.
Sobre o solo pantanoso dos manguezais
crescem árvores chamadas coletivamente
de mangue.
maré alta
maré baixa
plantas de mangue
76
Campos e cerrados
Savana africana. Pradaria norte-americana.
Localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma
quantidade moderada de chuvas. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores
grandes e facilita o surgimento de gramíneas.
A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e,
consequentemente, de carnívoros.
LEN
RUE,
JR.
/
PHOTO
RESEARCHERS,
INC.
/
LATINSTOCK
ADAM
JONES
/
PHOTO
RESEARCHERS,
INC.
/
LATINSTOCK
77
O Cerrado ocupa boa parte do Brasil central. O clima é quente, com períodos
alternados de seca e chuva.
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais prejudicado pela
ocupação e exploração humanas.
Tamanduá-bandeira. Lobo-guará.
Seriema. Ema.
Detalhe da vegetação do Cerrado.
LUIS
HUMBERTO
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
78
Desertos
Cactos no deserto do Atacama, Chile. Camelos.
Rato-canguru.
Estão situados em zonas de clima muito seco.
Por causa da escassez de água, a vegetação é
pobre.
TUUL / HEMIS / CORBIS / LATINSTOCK
JOE
MCDONALD
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
Os animais e plantas que aí existem estão
adaptados ao clima seco.
DAVID
NUNUK
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
79
Caatinga
Tatu-bola.
Galo-de-campina.
Em muitas plantas encontram-se adaptações
ao clima seco. Na fauna observam-se répteis,
anfíbios, aves e mamíferos.
Localizadas no Nordeste brasileiro e no norte
de Minas Gerais, as regiões da Caatinga são
quentes, com chuvas irregulares e secas
prolongadas.
ARAQUÉM
ALCÂNTARA
/
REFLEXO
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
80
Mata dos Cocais
Mata dos Cocais, no Piauí.
É formada por vários
tipos de palmeiras,
principalmente o
babaçu, do qual se
extrai um óleo usado na
culinária e na indústria,
e a carnaúba, da qual
extrai-se uma cera.
Em uma região de transição climática entre o Sertão nordestino e a
Amazônia encontra-se a Mata dos Cocais.
DELFIM
MARTINS
/
PULSAR
IMAGENS
81
Pantanal
Há uma mistura de
campos, florestas tropicais,
cerrado e vegetação típica
de áreas alagadas, além de
extensos capinzais.
Vista do Pantanal Mato-Grossense.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se
até a Bolívia e o Paraguai.
O verão é quente e úmido, e o inverno, seco.
82
A fauna é riquíssima, com a maior diversidade de aves do mundo.
A pecuária, as práticas agrícolas sem controle em certos locais e a destruição
da fauna pela caça clandestina são os maiores problemas da região.
Jacaré do pantanal.
Cervo-do-pantanal.
Tuiuiú.
Anta.
MARCELO DE BREYNE / ARQUIVO DA EDITORA
VALDEMIR
CUNHA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
JULIO BERNARDES / ARQUIVO DA EDITORA
VALDEMIR
CUNHA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
83
O ambiente aquático
• Que componente sustenta a vida no ambiente aquático?
• Quais as principais ameaças ao ambiente aquático e o que pode ser feito
a respeito?
Espadarte.
NORBERT
WU
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
84
A água no planeta
Nos mares e oceanos encontram-se aproximadamente 97% da água do planeta!
Essa água é salgada e não serve para o consumo nem para a agricultura.
2% da água do
planeta é doce e
encontra-se no
estado sólido,
nas geleiras.
Apenas 1% da água do
planeta é doce e
concentra-se nos rios, lagos
e lençóis subterrâneos.
De toda a água doce
superficial do mundo,
12% ficam no Brasil.
85
O ambiente marinho
200 m
2000 m
zona eufótica
zona afótica
zona abissal
A intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto mais fundo,
maior é a quantidade de energia da luz absorvida pela água e mais escuro
o ambiente se torna.
A vida na água depende da fotossíntese. E a fotossíntese depende de luz e
de substâncias minerais.
86
Na zona eufótica há algas microscópicas, além de seres heterotróficos e algas
pluricelulares presas no fundo.
A zona abissal é uma região
escura e fria, que não recebe
nenhuma luz.
Algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton.
Essas algas microscópicas
são as maiores produtoras de
alimento e de oxigênio dos
ambientes aquáticos.
Na zona afótica não há
fitoplâncton, pois não existe
mais luz suficiente para a
fotossíntese.
PHOTORESEARCHERS
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
87
Dependendo do modo como se locomovem, os organismos aquáticos são
classificados em três grupos:
Plâncton: é o conjunto de
seres aquáticos flutuantes
levados passivamente pelas
correntes marinhas.
As algas microscópicas fazem parte do fitoplâncton. Os protozoários,
pequenos crustáceos e as larvas de diversos animais fazem parte do
zooplâncton e alimentam-se do fitoplâncton.
Copépodos e larvas que fazem
parte do zooplâncton.
OXFORD
SCIENTIFIC
/
OXFORD
SCIENTIFIC
/
LATINSTOCK
88
Os peixes, as baleias, os
golfinhos e outros seres
capazes de nadar e vencer as
correntes formam o nécton.
No leito do mar encontram-se os
seres vivos que formam os
bentos. São os mexilhões,
esponjas, as anêmonas-do-mar,
as estrelas-do-mar, ostras,
caranguejos, entre outros.
Golfinhos-rotadores.
Estrela-do-mar.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
89
Na zona abissal existem animais,
chamados de peixes abissais, que
são predadores ou que se
alimentam de restos de matéria
orgânica que cai da superfície.
Muitos desses peixes emitem luz
própria, que na realidade é
produzida por bactérias que vivem
em sua pele. Esse fenômeno é
chamado de bioluminescência.
A vida na escuridão
BRUCE
ROBSON
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
NORBERT
WU
/
MINDENPICTURES
/
LATINSTOCK
DARLYNE
A.
MURAWSKI
/
NATGEO
/
GETTY
IMAGES
90
As regiões do mar onde há maior biodiversidade são as regiões menos
profundas, que ficam perto do litoral.
Com mais luz e sais minerais, as algas do fitoplâncton se reproduzem
rapidamente e levam mais consumidores a se concentrar na região costeira.
As regiões de
ressurgência são regiões
costeiras onde correntes
de água levam sais
minerais do fundo para a
superfície.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
91
A biodiversidade também é grande nas regiões em que há recifes de corais.
Esses depósitos de corais são encontrados nas regiões tropicais, em águas
quentes e rasas, e servem de abrigo para peixes, algas, moluscos, crustáceos
e muitos outros animais.
MINDEN
PICTURES
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
92
Água doce
águas doces
Rios
Riachos
Córregos
Lagos
Lagoas
Pântanos
Brejos
Águas mais rasas que
o mar e com menor
quantidade de sal.
Os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton.
Nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio.
Além disso, o rio recebe matéria orgânica da terra ao seu redor.
93
O fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, como os lagos.
A teia alimentar do lago é formada por algas (fitoplâncton) e vegetais,
caramujos, insetos, vermes, rãs e garças, entre outros organismos.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
zona litorânea
zooplâncton
zona límnica fitoplâncton
zona profunda
94
Os metais lançados pelas indústrias,
como o mercúrio e o petróleo e seus
derivados, são os principais resíduos
tóxicos responsáveis pela poluição dos
rios, lagos e mares.
Além de destruir o plâncton, o petróleo
adere às penas das aves e aos pelos
dos mamíferos, podendo ocasionar a
morte desses animais.
Pinguim coberto de petróleo.
Ameaças à vida aquática
Poluição
MENHUHN
/
KEYSTONE
95
É produzida quando gases liberados pela combustão do carvão e de derivados
do petróleo reagem com a água das chuvas e formam ácidos.
Além de possuir elementos tóxicos, o
esgoto pode funcionar como fertilizante e
estimular a reprodução do fitoplâncton. A
grande massa de algas na superfície
impede a passagem de luz e diminui a
concentração de oxigênio na água.
Chuva ácida
Eutrofização
LILI
MARTINS
/
FOLHAPRESS
DAVID
CAMPIONE
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
96
Várias medidas podem ser adotadas para diminuir a ameaça à vida aquática:
Proibição do lançamento de poluentes na água, com fiscalização
Controle da poluição nos garimpos
Fiscalização da exploração, transporte e distribuição de petróleo
Melhoria do saneamento básico e da rede de esgoto
Uso correto de fertilizantes e agrotóxicos
Desenvolvimento de energias alternativas para diminuir o uso de petróleo
e carvão mineral
97

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Características e reprodução de briófitas e pteridófitas

  • 1.
  • 2. O que vamos ver nessa aula Características Gerais Classificação Ciclos Reprodutivos Fisiologia Organologia vegetal Distribuição Geográfica Polinização Biomas
  • 3. Briófitas e pteridófitas • Quais as diferenças entre musgos e samambaias? • Como essas plantas se reproduzem? Musgos e samambaias evoluíram das primeiras plantas terrestres, as quais surgiram das algas verdes, por evolução. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 3
  • 4. As briófitas Características: Os musgos são as briófitas mais conhecidas. Vivem agrupados e, desse modo, retêm a água da chuva e do orvalho. • Medem geralmente poucos centímetros • Não possuem vasos condutores de seiva • Suas estruturas corporais são chamadas de rizoide, cauloide e filoide, pois não podem ser considerados raiz, caule e folhas verdadeiros filoides cauloides rizoides INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 4
  • 5. A ausência de vasos condutores de seiva explica por que não encontramos plantas altas entre os musgos: o transporte de substâncias pelo corpo da plantinha é feito célula a célula e, por isso, é mais lento. Uma planta grande não conseguiria distribuir os nutrientes com a velocidade necessária para atingir todas as células. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 5
  • 6. O corpo dos musgos, em geral, não possui uma cobertura impermeável que os proteja contra a perda de água. Por isso, essas plantas são mais comuns em locais úmidos e que não recebem luz direta do Sol. Nesses locais há menos chance de ocorrer perda de água por evaporação, o que provocaria o ressecamento da planta. Esporófitos dos musgos. ANDY HARMER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 6
  • 7. Reprodução Gametófitos: plantas masculinas e femininas que produzem gametas. A água é muito importante na reprodução sexuada dos musgos: o gameta masculino (anterozoide) vai ao encontro do gameta feminino (oosfera) nadando com seus flagelos. filoides cauloides rizoides oosfera anterozoides esporófito Esporos caem no solo e originam novas plantas (gametófitos). Gametófito masculino Gametófito feminino Gametófito feminino INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 7
  • 8. Após a fecundação, forma-se uma planta que cresce sobre o pé de musgo feminino, chamada de esporófito. Essa planta produz esporos, que são levados pelo vento e, quando chegam ao solo, germinam e originam outros pés de musgo. Reprodução assexuada – produção de esporos Reprodução sexuada – produção de gametas esporófito Esporos caem no solo e originam novas plantas (gametófitos). INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA Portanto, o musgo alterna duas formas de reprodução: 8
  • 9. Hepáticas As hepáticas receberam esse nome porque sua forma lembra a de um fígado humano. São briófitas de forma achatada, encontradas em locais úmidos. Os filoides têm de 2 cm a 10 cm de comprimento. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 9
  • 10. As pteridófitas Pteris vem do grego e significa ‘feto’. A folha nova da planta tem a forma parecida com a de um feto humano. Salvínias. Avenca. Samambaias e avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas como plantas ornamentais. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 10
  • 11. As pteridófitas apresentam várias características que estão ausentes nos musgos: • Possuem vasos condutores de seiva Existem grandes samambaias arborescentes que podem atingir vários metros de altura, como a samambaiaçu. A samambaia amazônica pode chegar a 3 m de comprimento. Samambaia. • Podem atingir tamanhos muito maiores que os musgos CARLOS GOLDGRUB / REFLEXO 11
  • 12. Outras características: O caule, na maioria dos casos, é subterrâneo ou rastejante e, por isso, é chamado de rizoma. • Possuem raiz, caule e folha verdadeiros • As folhas são cobertas por uma película impermeável que reduz a perda de água folha raiz caule ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 12
  • 13. Reprodução Também dependem da água para a reprodução sexuada e, por isso, são mais comuns em regiões úmidas. As pteridófitas apresentam um ciclo reprodutivo semelhante ao das briófitas, com alternância entre reprodução sexuada e assexuada. folha raiz caule soros oosfera O anterozoide nada até a oosfera e a fecunda. nova planta anterozoide INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA Os esporos caem no solo e germinam, originando prótalos. Órgãos onde são produzidos os esporos, em certas épocas do ano. esporos 13 prótalo
  • 14. Os soros produzem esporos, os quais caem no solo e germinam, originando uma pequena planta chamada de prótalo. O prótalo é o gametófito das pteridófitas. Ao contrário do que acontece nos musgos, nessas plantas o esporófito é a fase mais desenvolvida e duradoura do ciclo. Plantinha germinando em prótalo. Os soros ficam na parte inferior das folhas. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 14
  • 15. O xaxim A samambaiaçu é uma planta típica da Mata Atlântica e está ameaçada de extinção por causa da intensa exploração comercial. Por isso, a extração do xaxim é proibida por lei. O xaxim é um material utilizado na produção de vasos para plantas ornamentais. Ele é feito a partir do caule da samambaiaçu, que é aéreo (e não subterrâneo como o das outras samambaias). FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 15
  • 16. A origem das pteridófitas Florestas são cobertas por rochas sedimentares Formação dos depósitos de carvão mineral vários períodos geológicos Essas florestas deram origem aos grandes depósitos de carvão mineral: As primeiras pteridófitas apareceram há cerca de 430 milhões de anos e se diversificaram no ambiente terrestre, formando grandes florestas. Florestas de Pteridófitas INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 16
  • 17. Gimnospermas • Como o grão de pólen e a semente contribuem para a reprodução das gimnospermas? • Que exemplos de gimnospermas você conhece? Além de servir de alimento, as sementes desempenham importantes funções nas plantas. Pinheiro-do-paraná e suas sementes, os pinhões. ZIG KOCH / REFLEXO DENISE GRECO / ACERVO DO FOTÓGRAFO 17
  • 18. As gimnospermas Plantas com sementes Angiospermas – plantas com flores, sementes dentro de frutos Gimnospermas – não produzem frutos, as sementes são nuas As gimnospermas são plantas bem adaptadas aos climas frios ou temperados. Pinheiro-do-paraná. • hemisfério norte – florestas de pinheiros (taiga) • hemisfério sul – mata de Araucárias PALÊ ZUPPANI / PULSAR IMAGENS 18
  • 19. Além dos pinheiros, são gimnospermas também: Sequoias. Ciprestes. Sagu de jardim. • Sequoias • Ciprestes • Tuias (árvores de Natal) • Cicas ou sagus de jardim • Pinheirinhos-bravos ou podocarpos V. C. L. / KEYSTONE SPL / LATINSTOCK GARY YOWELL / THE IMAGE BANK / GETTY IMAGES 19
  • 20. Nas gimnospermas, além de folhas encarregadas de realizar a fotossíntese, vamos encontrar ramos com folhas especializadas na reprodução: os estróbilos ou cones. DENISE GRECO / ACERVO DO FOTÓGRAFO INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO estróbilo ou cone masculino Pinheiro-do-paraná (atinge até 50 m de altura). Pinha (cone feminino após fecundação; 10 cm a 20 cm de diâmetro). estróbilo ou cone feminino 20
  • 21. Os órgãos reprodutores (estróbilos ou cones) masculinos e femininos são diferentes. Veja um estróbilo feminino e um estróbilo masculino de uma planta do gênero Cycas: FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 21
  • 22. Reprodução O gameta masculino é levado de uma planta a outra pelo vento, protegido dentro do grão de pólen. Grãos de pólen de um pinheiro. A produção de grãos de pólen foi uma das adaptações das gimnospermas responsáveis pelo seu sucesso na colonização do ambiente terrestre. E. R. DEGGINGER / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK 22
  • 23. Nas coníferas encontram-se os estróbilos, ou cones masculinos, especializados na produção de grãos de pólen. Levados pelo vento, alguns grãos de pólen podem cair sobre o cone ou estróbilo feminino de outra planta. Estróbilo liberando grãos de pólen. grão de pólen JEROME WEXLER / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 23
  • 24. Observe o ciclo reprodutivo das gimnospermas: cone masculino cone feminino grão de pólen Grãos de pólen levados pelo vento. oosfera Tubo polínico que cresce. fecundação oosfera embrião semente reserva de alimento nova planta INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 24
  • 25. A oosfera, o gameta feminino, encontra-se dentro de uma cápsula chamada de óvulo. Na fecundação, um dos núcleos espermáticos do tubo polínico se une a oosfera dando origem a um zigoto. Pinhão aberto com a reserva nutritiva (em branco) ao redor do embrião da planta. Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo. Dentro dela encontram-se o embrião e uma reserva de alimento. Esse conjunto é a semente. 25 FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
  • 26. Além de proteger e alimentar o embrião, a semente facilita a dispersão do vegetal, pois pode ser levada pelo vento ou por animais para longe da planta de origem. A semente pode resistir por longo tempo ao frio e à falta de água e só germinar quando as condições forem favoráveis. Quando a semente germina, o embrião utiliza sua reservas para se nutrir até que as primeiras raízes e folhas se desenvolvam. ZIG KOCH / REFLEXO 26
  • 27. A semente do pinheiro-do-paraná serve de alimento para vários animais: capivaras, cutias, macacos, esquilos, papagaios e gralhas-azuis. A gralha-azul transporta o pinhão de uma árvore para outra e, quando o deixa cair no chão, a semente pode germinar e originar outra árvore. Gralha-azul. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 27
  • 28. Angiospermas: raiz, caule e folhas • Você conhece folhas que nos servem de alimento? E caules? E raízes? • Que funções essas partes desempenham na planta? Pau-brasil. O nome do Brasil se deve à angiosperma conhecida como pau-brasil (Caesalpinia echinata). FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 28
  • 29. Angiospermas e gimnospermas formam o grupo das plantas com sementes, mas nas angiospermas as sementes se encontram dentro de frutos, os quais se originaram de flores. Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécies e, no ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria orgânica. Mangueira. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 29
  • 30. Água e sais minerais seiva bruta ou mineral Açúcares seiva elaborada ou orgânica A raiz • Acumular reservas nutritivas para a planta • Fixar o vegetal no solo • Absorver água e sais minerais Funções da raiz: Levada pelos vasos lenhosos das raízes até as folhas. Produzida pela fotossíntese nas folhas e transportada pelos vasos liberianos para toda a planta. açúcares sais minerais e água luz do Sol gás carbônico seiva laborada seiva bruta KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA 30
  • 31. Raízes fasciculadas O capim, a cana-de-açúcar e o milho, entre outras plantas, possuem raízes numerosas e finas, todas do mesmo tamanho, que saem da mesma região do caule. Raízes axiais ou pivotantes A laranjeira, a mangueira, o feijão e o café possuem uma raiz principal, da qual partem ramificações. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 31
  • 32. As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há também raízes aquáticas, como as do aguapé, e raízes aéreas, como as das orquídeas. As raízes crescem para baixo, ou seja, apresentam geotropismo positivo. Essa reação é controlada por substâncias químicas chamadas hormônios. Flor da orquídea. Orquídea jovem com raiz. Aguapé. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 32
  • 33. Na ponta da raiz há a coifa, que tem a forma de um capuz e protege as células que estão por baixo dela. Há a região pilífera, onde encontram-se os pelos absorventes (que aumentam a superfície de contato da raiz com o solo), e uma região de ramificação, de onde saem raízes secundárias. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA STEVE GSCHMEISSNER / SPL / LATINSTOCK 33
  • 34. Algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a sobrevivência da planta em situações especiais: FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 34
  • 35. Funções do caule: Assim como a raiz, o caule apresenta regiões diferenciadas: a gema ou broto terminal, os nós e entrenós, e as gemas axilares ou laterais. O caule gema lateral nós gema terminal entrenó gema lateral gema terminal nó • Sustentar as folhas e mantê-las em posição elevada • Transportar seiva bruta e seiva elaborada 35 ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA
  • 36. O caule da maioria das plantas é aéreo e cresce para cima, ou seja, apresenta geotropismo negativo. Além disso, as plantas se curvam em direção a luz, num movimento chamado de fototropismo positivo. Experimento feito com a planta do feijão para mostrar geotropismo negativo da raiz e positivo do caule. Experimento de fototropismo para mostrar que a planta (alpiste) cresce em direção à luz da janela. 36 FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
  • 37. A maioria das angiospermas possui caules que crescem acima do solo, isto é, caules aéreos. Outras possuem caules que crescem abaixo do solo, ou seja, caules subterrâneos. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 37
  • 38. Alguns caules apresentam certas modificações que são adaptações das plantas. É o caso dos espinhos, acúleos e gavinhas. Espinhos são ramos pontiagudos com função protetora. Acúleos são pelos rígidos e pontudos formados na epiderme do caule. Gavinhas são ramos com a função de fixação. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 38
  • 39. As folhas são cobertas por uma cutícula, formada por cutina, que a protege e ajuda a diminuir a perda de água por evaporação. As folhas As folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a fotossíntese. Em geral, elas têm forma de lâminas finas. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA vasos condutores de seiva epiderme cutícula células com clorofila estômato 39
  • 40. A cutícula dificulta a entrada de gás carbônico e oxigênio, necessários à fotossíntese e à respiração celular. No entanto, na epiderme da folha existem pequenas aberturas chamadas de estômatos, que facilitam a passagem desses gases e a transpiração. Os estômatos são formados por duas células com uma abertura entre elas, o que permite um controle da perda de água pela planta. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA abertura estômato aberto estômato fechado 40
  • 41. Em algumas plantas de clima úmido, há nas bordas das folhas aberturas, chamadas hidatódios, que eliminam água na forma líquida. Esse fenômeno é chamado de gutação. Nas plantas de clima seco, as folhas têm tamanho reduzido e também podem se enrolar e tomar a forma de espinhos. A fotossíntese é então realizada pelo caule. No cacto a fotossíntese é realizada pelo caule. Gutação na folha. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 41
  • 42. As folhas são formadas por três partes principais: limbo, pecíolo e bainha. Porém, nem todas as folhas apresentam as três partes. Nas folhas compostas o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos. Nas folhas simples, o limbo é inteiriço. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA bainha pecíolo nervuras limbo 42
  • 43. Algumas folhas apresentam adaptações especiais, como os espinhos dos cactos e as gavinhas, semelhantes às gavinhas dos caules. Há também as brácteas, folhas coloridas que atraem a atenção de animais polinizadores. Bico-de-papagaio com brácteas. Brácteas de antúrio. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 43
  • 44. A maioria das plantas apresenta formas de reprodução assexuada ou vegetativa. Os caules subterrâneos e rasteiros desenvolvem, em certos pontos, raízes que originam novas mudas da planta. estolão batata tubérculos broto batata-doce 44 INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA Reprodução vegetativa no morango. Reprodução por tubérculos e raízes.
  • 45. • Quais são as partes de uma flor? E de um fruto? Angiospermas: flores, frutos e sementes • Como um fruto se desenvolve? • Quais são as funções da flor e do fruto? VALENTYN VOLKOV / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 45
  • 46. As flores Ela é produzida nos ramos floríferos e todas as partes da flor são folhas modificadas. A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas. Nela ocorrem a fecundação, a formação do fruto e a produção da semente. estame antera filete estame pistilo pétalas sépalas pedúnculo receptáculo (porção dilatada do pedúnculo) pistilo ovário HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 46
  • 47. As pétalas geralmente são coloridas e perfumadas, o que facilita a localização da flor pelos animais polinizadores. Nos estames são produzidos os grãos de pólen. O conjunto de estames forma o androceu. Na parte dilatada do pistilo, o ovário, é produzida a oosfera. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o zigoto, que se transformará no embrião. pistilo ovário HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 47
  • 48. A polinização Esse é mais um caso de mutualismo, ou seja, uma associação entre duas espécies em que ambas se beneficiam. O transporte de pólen dos estames para o pistilo chama-se polinização. Os insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen fazem esse transporte e são chamados de polinizadores. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 48
  • 49. Muitas plantas polinizadas por insetos apresentam pétalas coloridas, que os insetos distinguem com facilidade. As flores noturnas não são muito coloridas, pois no escuro é mais fácil atrair seus polinizadores com substâncias aromáticas. Abelha polinizando flor do melão. Flores de dama-da-noite. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 49
  • 50. A fecundação Dentro do ovário podemos encontrar os óvulos. No interior do óvulo está a oosfera, o gameta feminino da planta. Corte do pistilo do lírio. Ao atingir o estigma da flor, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico, que cresce em direção ao ovário. óvulos FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 50
  • 51. Dentro do tubo polínico existem dois núcleos espermáticos, os gametas masculinos. Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera e produz o zigoto, que origina o embrião. antera filete estame polinização grãos de pólen estilete estigma ovário óvulo pistilo gametas masculinos grãos de pólen tubo polínico ovário óvulo oosfera fecundação semente fruto embrião dentro da semente O óvulo desenvolve-se em semente, e o ovário, em fruto. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 51
  • 52. Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o embrião se desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente. Flor do tomateiro. Tomates. O ovário também se desenvolve e origina o fruto. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO KZENON / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 52
  • 53. Tipos de frutos Fruto e fruta têm significados diferentes! Um fruto é composto, basicamente, de pericarpo e semente. Frutos com o pericarpo suculento são chamados de frutos carnosos. O fruto corresponde ao ovário desenvolvido. O termo popular fruta indica as partes comestíveis da flor, que nem sempre correspondem ao desenvolvimento do ovário. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA semente epicarpo mesocarpo endocarpo pericarpo 53
  • 54. A maçã, a pera, o morango, o figo e o abacaxi são pseudofrutos: sua parte carnosa comestível não é originada pelo desenvolvimento do ovário. Frutos deiscentes: se abrem quando maduros, liberando as sementes. Frutos indeiscentes: mesmo quando maduros, se mantêm fechados. morango receptáculo fruto com uma semente receptáculo sépala crescimento do receptáculo semente receptáculo (parte comestível) sépalas receptáculo resto de flores femininas resto de flores masculinas figo maçã HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 54 haste da flor ovário (fruto verdadeiro)
  • 55. Existem ainda frutos que não têm o pericarpo suculento: são os frutos secos. Mas qual seria a função do fruto na planta? Grãos de milho. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Castanha-do-pará. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Ervilha. SUPERTROOPER / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES Amendoim. STEYNO & STITCH / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES Girassol. ALAETTIN YILDIRIM / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 55
  • 56. As substâncias nutritivas de muitos frutos atraem animais que comem os frutos e jogam fora as sementes. Estas se espalham pelo solo e podem dar origem a novas plantas. Mas a dispersão de sementes não é feita somente por meio de frutos ingeridos por animais. Alguns frutos podem ser levados pela água, pelo vento ou transportados no corpo dos animais, como os carrapichos. Araçari-castanho. Carrapicho. Dente-de-leão. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO BRIAN A. JACKSON / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES 56
  • 57. Fruto verde, fruto maduro Mamoeiro com mamões. Depois, o fruto muda de cor e passa a ser mais macio e adocicado, com substâncias nutritivas que atraem animais para comê-los e dispersar as sementes. De início, o fruto pode ser duro e de sabor desagradável e até conter substâncias tóxicas para alguns animais. Nessa etapa, a semente ainda não está pronta para germinar. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 57
  • 58. As sementes Mais de 70% das espécies das angiospermas pertencem ao grupo das dicotiledôneas! Na semente, além de partes que vão originar a raiz, o caule e a folha da planta, encontramos os cotilédones: são folhas especiais com função de armazenar nutrientes. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA endosperma cotilédone embrião Monocotiledônea (milho) Dicotiledônea (feijão aberto ao meio) embrião da planta cotilédones 58
  • 59. A germinação da semente é o processo pelo qual o embrião retoma seu crescimento e se desenvolve em uma nova planta. Isso ocorre quando as condições do ambiente são favoráveis. Por exemplo, quando há água suficiente e a temperatura é adequada. cotilédones A semente usa a reserva de alimento para crescer. As raízes crescem rapidamente e absorvem água e sais minerais do solo. Com o crescimento do caule e o desenvolvimento das folhas, a planta começa a realizar fotossíntese. HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA 59
  • 60. O ambiente terrestre • O que são biomas? Que biomas você conhece? • Você conhece os principais biomas brasileiros e suas características? TOM VAN SANT / GP / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 60
  • 61. A influência do Sol no clima Em torno da linha do equador a incidência dos raios solares é mais direta, e assim essa região recebe mais luz e calor do que as regiões mais afastadas do equador. O clima de uma região – temperatura, umidade, chuva, pressão atmosférica – depende de vários fatores. Um deles é a latitude. eixo da Terra luz do Sol linha do equador LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA 61
  • 62. As estações do ano ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua trajetória ao redor do Sol. Os seres vivos de um local são afetados não só por outros organismos, mas também pelos elementos não vivos desse ambiente, principalmente o clima. LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA Verão no hemisfério norte, inverno no sul. Primavera no hemisfério norte, outono no sul. Outono no hemisfério norte, primavera no sul. Inverno no hemisfério norte, verão no sul. 62
  • 63. Pode-se dividir o ambiente terrestre em regiões que se caracterizam por determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados ao ambiente. Essas regiões são chamadas de biomas. KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA; FONTES: WORLD REFERENCE ATLAS. LONDON, DORLING KINDERSLEY, 2003; IBAMA, 2008. 63
  • 64. INGO ARNDT PHOTOGRAPHY / LATINSTOCK Tundra Há insetos, pássaros, caribus, ursos-brancos, a lebre ártica, a raposa polar e o lobo ártico. Paisagem de Tundra no Alasca, onde se vê um caribu. Bioma que ocupa a região ao redor do polo norte. O solo permanece congelado a maior parte do tempo, exceto no verão, quando surge uma vegetação rasteira. 64
  • 65. Taiga Vegetação de Taiga na Sibéria. A Taiga ou Floresta de Coníferas localiza-se ao sul da Tundra e, por estar mais perto do equador, recebe maior quantidade de energia solar. Há gimnospermas, como o pinheiro, a sequoia e o abeto. WOLFGANG KAEHLER / CORBIS / LATINSTOCK 65
  • 66. A fauna da Taiga é mais rica que a da Tundra, com insetos, aves, lebres, alces, renas, ratos silvestres, musaranhos, linces, lobos, marmotas e ursos-pardos. Marmotas. Esquilo vermelho. Urso-pardo. GEORGE D. LEPP / CORBIS / LATINSTOCK YANN ARTHUS-BERTRAND / CORBIS / LATINSTOCK GALEN ROWELL / CORBIS / LATINSTOCK 66
  • 67. Florestas temperadas As florestas temperadas caracterizam-se pela perda das folhas das árvores no outono. Na primavera, as folhas voltam a crescer. Floresta temperada na Alemanha. FRANK IHLOW / KEYSTONE Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano bem definidas. 67
  • 68. Nas florestas temperadas encontram-se vários invertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás, pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos. O gato selvagem europeu e o urso panda são exemplos de animais que vivem nas florestas temperadas. STEVE AUSTIN; PAPILIO/CORBIS / LATINSTOCK FRANS LANTING / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 68
  • 69. Mata de Araucárias Mata de Araucárias. O pinheiro-do- -paraná, que não perde as folhas no inverno, é a espécie predominante. Também chamada de Mata dos Pinhais ou Pinheiral, essa floresta encontra-se nas regiões de maior altitude do Sul e do Sudeste do Brasil. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 69
  • 70. Entre os animais há várias espécies de insetos, aves e mamíferos. Muitos se alimentam do pinhão, que é a semente do pinheiro. Por causa da intervenção humana para retirar madeira e cultivar plantações de eucalipto e pinheiro (usados na produção de móveis e papel), muitas espécies de animais da Mata das Araucárias estão ameaçadas de extinção. Gralha-azul. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 70
  • 71. Florestas tropicais É a maior floresta tropical do mundo e 60% de sua área está em território brasileiro. Constitui uma grande reserva de água doce da Terra. Vista aérea da Floresta Amazônica e do rio Negro. Localizam-se em várias áreas da zona delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio ao longo e em torno do equador. Nessa região o clima é quente e úmido. Floresta Amazônica FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 71
  • 72. Na Floresta Amazônica existe grande variedade de espécies animais e vegetais, encontrados em todos os ambientes da floresta. Castanheira-do-pará. Araracanga. Uacari-vermelho. Gato-do-mato. Pirarucu. Vitórias-régias. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 72
  • 73. Mata Atlântica Vista aérea da Mata Atlântica. Ipês-amarelos. Floresta tropical que acompanha o litoral brasileiro. Devido à ação humana, restam apenas cerca de 7% da mata original. ROBERTO LOFFEL / ARQUIVO DA EDITORA DILMAR CAVALHER / STRANA / ARQUIVO DA EDITORA 73
  • 74. Assim como na Floresta Amazônica, a diversidade de espécies animais e vegetais na Mata Atlântica é enorme. O número de espécies ameaçadas de extinção também é grande. Saíra-de-sete-cores. Mico-leão-dourado. Onça-pintada. Veja alguns animais encontrados na região: FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 74
  • 75. A destruição das florestas tropicais O desmatamento e as queimadas têm grande influência sobre as alterações climáticas. Queimada na Floresta Amazônica. Aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados de área das florestas tropicais são destruídos por ano para dar lugar a lavouras e pastos, estradas e outros empreendimentos. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 75
  • 76. Manguezais Manguezal na Ilha do Cardoso, litoral sul de São Paulo. CLÁUDIO CHIYO / ARQUIVO DA EDITORA NELLIE SOLITRENICK / ARQUIVO DA EDITORA Estão situados geralmente nas regiões tropicais próximas ao mar, na foz dos rios, onde a água doce se encontra com a água salgada do mar. Sobre o solo pantanoso dos manguezais crescem árvores chamadas coletivamente de mangue. maré alta maré baixa plantas de mangue 76
  • 77. Campos e cerrados Savana africana. Pradaria norte-americana. Localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma quantidade moderada de chuvas. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores grandes e facilita o surgimento de gramíneas. A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e, consequentemente, de carnívoros. LEN RUE, JR. / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK ADAM JONES / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK 77
  • 78. O Cerrado ocupa boa parte do Brasil central. O clima é quente, com períodos alternados de seca e chuva. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais prejudicado pela ocupação e exploração humanas. Tamanduá-bandeira. Lobo-guará. Seriema. Ema. Detalhe da vegetação do Cerrado. LUIS HUMBERTO / ARQUIVO DA EDITORA FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 78
  • 79. Desertos Cactos no deserto do Atacama, Chile. Camelos. Rato-canguru. Estão situados em zonas de clima muito seco. Por causa da escassez de água, a vegetação é pobre. TUUL / HEMIS / CORBIS / LATINSTOCK JOE MCDONALD / CORBIS / LATINSTOCK Os animais e plantas que aí existem estão adaptados ao clima seco. DAVID NUNUK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 79
  • 80. Caatinga Tatu-bola. Galo-de-campina. Em muitas plantas encontram-se adaptações ao clima seco. Na fauna observam-se répteis, anfíbios, aves e mamíferos. Localizadas no Nordeste brasileiro e no norte de Minas Gerais, as regiões da Caatinga são quentes, com chuvas irregulares e secas prolongadas. ARAQUÉM ALCÂNTARA / REFLEXO FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 80
  • 81. Mata dos Cocais Mata dos Cocais, no Piauí. É formada por vários tipos de palmeiras, principalmente o babaçu, do qual se extrai um óleo usado na culinária e na indústria, e a carnaúba, da qual extrai-se uma cera. Em uma região de transição climática entre o Sertão nordestino e a Amazônia encontra-se a Mata dos Cocais. DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS 81
  • 82. Pantanal Há uma mistura de campos, florestas tropicais, cerrado e vegetação típica de áreas alagadas, além de extensos capinzais. Vista do Pantanal Mato-Grossense. FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO Situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se até a Bolívia e o Paraguai. O verão é quente e úmido, e o inverno, seco. 82
  • 83. A fauna é riquíssima, com a maior diversidade de aves do mundo. A pecuária, as práticas agrícolas sem controle em certos locais e a destruição da fauna pela caça clandestina são os maiores problemas da região. Jacaré do pantanal. Cervo-do-pantanal. Tuiuiú. Anta. MARCELO DE BREYNE / ARQUIVO DA EDITORA VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA JULIO BERNARDES / ARQUIVO DA EDITORA VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA 83
  • 84. O ambiente aquático • Que componente sustenta a vida no ambiente aquático? • Quais as principais ameaças ao ambiente aquático e o que pode ser feito a respeito? Espadarte. NORBERT WU / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 84
  • 85. A água no planeta Nos mares e oceanos encontram-se aproximadamente 97% da água do planeta! Essa água é salgada e não serve para o consumo nem para a agricultura. 2% da água do planeta é doce e encontra-se no estado sólido, nas geleiras. Apenas 1% da água do planeta é doce e concentra-se nos rios, lagos e lençóis subterrâneos. De toda a água doce superficial do mundo, 12% ficam no Brasil. 85
  • 86. O ambiente marinho 200 m 2000 m zona eufótica zona afótica zona abissal A intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto mais fundo, maior é a quantidade de energia da luz absorvida pela água e mais escuro o ambiente se torna. A vida na água depende da fotossíntese. E a fotossíntese depende de luz e de substâncias minerais. 86
  • 87. Na zona eufótica há algas microscópicas, além de seres heterotróficos e algas pluricelulares presas no fundo. A zona abissal é uma região escura e fria, que não recebe nenhuma luz. Algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton. Essas algas microscópicas são as maiores produtoras de alimento e de oxigênio dos ambientes aquáticos. Na zona afótica não há fitoplâncton, pois não existe mais luz suficiente para a fotossíntese. PHOTORESEARCHERS / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK 87
  • 88. Dependendo do modo como se locomovem, os organismos aquáticos são classificados em três grupos: Plâncton: é o conjunto de seres aquáticos flutuantes levados passivamente pelas correntes marinhas. As algas microscópicas fazem parte do fitoplâncton. Os protozoários, pequenos crustáceos e as larvas de diversos animais fazem parte do zooplâncton e alimentam-se do fitoplâncton. Copépodos e larvas que fazem parte do zooplâncton. OXFORD SCIENTIFIC / OXFORD SCIENTIFIC / LATINSTOCK 88
  • 89. Os peixes, as baleias, os golfinhos e outros seres capazes de nadar e vencer as correntes formam o nécton. No leito do mar encontram-se os seres vivos que formam os bentos. São os mexilhões, esponjas, as anêmonas-do-mar, as estrelas-do-mar, ostras, caranguejos, entre outros. Golfinhos-rotadores. Estrela-do-mar. FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO 89
  • 90. Na zona abissal existem animais, chamados de peixes abissais, que são predadores ou que se alimentam de restos de matéria orgânica que cai da superfície. Muitos desses peixes emitem luz própria, que na realidade é produzida por bactérias que vivem em sua pele. Esse fenômeno é chamado de bioluminescência. A vida na escuridão BRUCE ROBSON / CORBIS / LATINSTOCK NORBERT WU / MINDENPICTURES / LATINSTOCK DARLYNE A. MURAWSKI / NATGEO / GETTY IMAGES 90
  • 91. As regiões do mar onde há maior biodiversidade são as regiões menos profundas, que ficam perto do litoral. Com mais luz e sais minerais, as algas do fitoplâncton se reproduzem rapidamente e levam mais consumidores a se concentrar na região costeira. As regiões de ressurgência são regiões costeiras onde correntes de água levam sais minerais do fundo para a superfície. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA 91
  • 92. A biodiversidade também é grande nas regiões em que há recifes de corais. Esses depósitos de corais são encontrados nas regiões tropicais, em águas quentes e rasas, e servem de abrigo para peixes, algas, moluscos, crustáceos e muitos outros animais. MINDEN PICTURES / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK 92
  • 93. Água doce águas doces Rios Riachos Córregos Lagos Lagoas Pântanos Brejos Águas mais rasas que o mar e com menor quantidade de sal. Os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton. Nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio. Além disso, o rio recebe matéria orgânica da terra ao seu redor. 93
  • 94. O fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, como os lagos. A teia alimentar do lago é formada por algas (fitoplâncton) e vegetais, caramujos, insetos, vermes, rãs e garças, entre outros organismos. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA zona litorânea zooplâncton zona límnica fitoplâncton zona profunda 94
  • 95. Os metais lançados pelas indústrias, como o mercúrio e o petróleo e seus derivados, são os principais resíduos tóxicos responsáveis pela poluição dos rios, lagos e mares. Além de destruir o plâncton, o petróleo adere às penas das aves e aos pelos dos mamíferos, podendo ocasionar a morte desses animais. Pinguim coberto de petróleo. Ameaças à vida aquática Poluição MENHUHN / KEYSTONE 95
  • 96. É produzida quando gases liberados pela combustão do carvão e de derivados do petróleo reagem com a água das chuvas e formam ácidos. Além de possuir elementos tóxicos, o esgoto pode funcionar como fertilizante e estimular a reprodução do fitoplâncton. A grande massa de algas na superfície impede a passagem de luz e diminui a concentração de oxigênio na água. Chuva ácida Eutrofização LILI MARTINS / FOLHAPRESS DAVID CAMPIONE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK 96
  • 97. Várias medidas podem ser adotadas para diminuir a ameaça à vida aquática: Proibição do lançamento de poluentes na água, com fiscalização Controle da poluição nos garimpos Fiscalização da exploração, transporte e distribuição de petróleo Melhoria do saneamento básico e da rede de esgoto Uso correto de fertilizantes e agrotóxicos Desenvolvimento de energias alternativas para diminuir o uso de petróleo e carvão mineral 97