9. O que vamos ver nessa aula
Características Gerais
Classificação
Ciclos Reprodutivos
Fisiologia
Organologia vegetal
Distribuição Geográfica
Polinização
Biomas
10. Briófitas e pteridófitas
• Quais as diferenças
entre musgos e
samambaias?
• Como essas plantas
se reproduzem?
Musgos e samambaias evoluíram das primeiras plantas terrestres, as quais
surgiram das algas verdes, por evolução.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
10
11. As briófitas
Características:
Os musgos são as briófitas mais conhecidas. Vivem agrupados e,
desse modo, retêm a água da chuva e do orvalho.
• Medem geralmente poucos centímetros
• Não possuem vasos condutores de seiva
• Suas estruturas corporais são chamadas
de rizoide, cauloide e filoide, pois não
podem ser considerados raiz, caule e
folhas verdadeiros
filoides
cauloides
rizoides
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
11
12. A ausência de vasos condutores de seiva explica por que não encontramos
plantas altas entre os musgos: o transporte de substâncias pelo corpo da
plantinha é feito célula a célula e, por isso, é mais lento.
Uma planta grande
não conseguiria
distribuir os
nutrientes com a
velocidade
necessária para
atingir todas
as células.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
12
13. O corpo dos musgos, em geral, não possui uma cobertura impermeável que os
proteja contra a perda de água. Por isso, essas plantas são mais comuns em
locais úmidos e que não recebem luz direta do Sol.
Nesses locais há
menos chance de
ocorrer perda de
água por evaporação,
o que provocaria o
ressecamento da
planta.
Esporófitos dos musgos.
ANDY
HARMER
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
13
14. Reprodução
Gametófitos: plantas
masculinas e femininas que
produzem gametas.
A água é muito importante
na reprodução sexuada dos
musgos: o gameta
masculino (anterozoide) vai
ao encontro do gameta
feminino (oosfera) nadando
com seus flagelos. filoides
cauloides
rizoides
oosfera
anterozoides esporófito
Esporos caem no solo e originam novas plantas (gametófitos).
Gametófito masculino Gametófito feminino Gametófito feminino
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
14
15. Após a fecundação, forma-se uma planta
que cresce sobre o pé de musgo feminino,
chamada de esporófito.
Essa planta produz esporos, que são levados pelo vento
e, quando chegam ao solo, germinam e originam outros
pés de musgo.
Reprodução assexuada – produção de esporos
Reprodução sexuada – produção de gametas
esporófito
Esporos caem no solo e originam
novas plantas (gametófitos).
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Portanto, o musgo alterna duas formas de reprodução:
15
16. Hepáticas
As hepáticas
receberam esse
nome porque sua
forma lembra
a de um
fígado humano.
São briófitas de forma achatada, encontradas em locais úmidos. Os filoides
têm de 2 cm a 10 cm de comprimento.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
16
17. As pteridófitas
Pteris vem do grego e significa ‘feto’. A folha nova da planta tem a forma
parecida com a de um feto humano.
Salvínias. Avenca.
Samambaias e avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas
como plantas ornamentais.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
17
18. As pteridófitas apresentam várias características que estão ausentes
nos musgos:
• Possuem vasos condutores
de seiva
Existem grandes samambaias
arborescentes que podem atingir
vários metros de altura, como a
samambaiaçu. A samambaia
amazônica pode chegar a 3 m
de comprimento. Samambaia.
• Podem atingir tamanhos muito
maiores que os musgos
CARLOS
GOLDGRUB
/
REFLEXO
18
19. Outras características:
O caule, na maioria dos casos, é subterrâneo ou rastejante e, por isso, é
chamado de rizoma.
• Possuem raiz, caule e folha verdadeiros
• As folhas são cobertas por uma película impermeável que reduz a
perda de água
folha
raiz
caule
ILUSTRAÇÕES:
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
19
20. Reprodução
Também dependem da água
para a reprodução sexuada e,
por isso, são mais comuns em
regiões úmidas.
As pteridófitas apresentam
um ciclo reprodutivo
semelhante ao das briófitas,
com alternância entre
reprodução sexuada
e assexuada.
folha
raiz
caule
soros
oosfera
O anterozoide
nada até a oosfera
e a fecunda.
nova planta
anterozoide
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Os esporos caem no
solo e germinam,
originando prótalos.
Órgãos onde são
produzidos os esporos,
em certas épocas do ano.
esporos
20
prótalo
21. Os soros produzem esporos, os quais caem no solo e
germinam, originando uma pequena planta chamada
de prótalo.
O prótalo é o gametófito das
pteridófitas. Ao contrário do que
acontece nos musgos, nessas
plantas o esporófito é a fase
mais desenvolvida e
duradoura do ciclo.
Plantinha germinando em prótalo.
Os soros ficam
na parte inferior
das folhas.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
21
22. O xaxim
A samambaiaçu é uma planta típica da
Mata Atlântica e está ameaçada de
extinção por causa da intensa
exploração comercial. Por isso, a
extração do xaxim é proibida por lei.
O xaxim é um material utilizado na
produção de vasos para plantas
ornamentais. Ele é feito a partir do
caule da samambaiaçu, que é aéreo
(e não subterrâneo como o das
outras samambaias).
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
22
23. A origem das pteridófitas
Florestas são
cobertas por
rochas
sedimentares
Formação dos
depósitos de
carvão mineral
vários períodos
geológicos
Essas florestas deram origem aos grandes depósitos de carvão mineral:
As primeiras pteridófitas apareceram há cerca de 430 milhões de anos e se
diversificaram no ambiente terrestre, formando grandes florestas.
Florestas de
Pteridófitas
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
23
24. Gimnospermas
• Como o grão de pólen e
a semente contribuem
para a reprodução das
gimnospermas?
• Que exemplos de
gimnospermas você
conhece?
Além de servir de alimento, as sementes
desempenham importantes funções nas plantas.
Pinheiro-do-paraná e suas
sementes, os pinhões.
ZIG
KOCH
/
REFLEXO
DENISE
GRECO
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
24
25. As gimnospermas
Plantas com sementes
Angiospermas – plantas com flores,
sementes dentro de frutos
Gimnospermas – não produzem frutos, as
sementes são nuas
As gimnospermas são plantas bem adaptadas
aos climas frios ou temperados.
Pinheiro-do-paraná.
• hemisfério norte – florestas de
pinheiros (taiga)
• hemisfério sul – mata de Araucárias
PALÊ
ZUPPANI
/
PULSAR
IMAGENS
25
26. Além dos pinheiros, são gimnospermas também:
Sequoias. Ciprestes.
Sagu de jardim.
• Sequoias
• Ciprestes
• Tuias (árvores de Natal)
• Cicas ou sagus de jardim
• Pinheirinhos-bravos ou podocarpos
V.
C.
L.
/
KEYSTONE
SPL
/
LATINSTOCK
GARY
YOWELL
/
THE
IMAGE
BANK
/
GETTY
IMAGES
26
27. Nas gimnospermas, além de folhas encarregadas de realizar a fotossíntese,
vamos encontrar ramos com folhas especializadas na reprodução: os
estróbilos ou cones.
DENISE
GRECO
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
estróbilo ou
cone masculino
Pinheiro-do-paraná (atinge
até 50 m de altura).
Pinha (cone feminino após
fecundação; 10 cm a 20 cm de
diâmetro).
estróbilo ou
cone feminino
27
28. Os órgãos reprodutores (estróbilos ou cones) masculinos e femininos são
diferentes.
Veja um estróbilo feminino e um estróbilo masculino de uma planta do
gênero Cycas:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
28
29. Reprodução
O gameta masculino é levado de
uma planta a outra pelo vento,
protegido dentro do grão de pólen.
Grãos de pólen de um pinheiro.
A produção de grãos de pólen foi
uma das adaptações das
gimnospermas responsáveis pelo
seu sucesso na colonização do
ambiente terrestre.
E.
R.
DEGGINGER
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
29
30. Nas coníferas encontram-se os estróbilos, ou cones masculinos,
especializados na produção de grãos de pólen. Levados pelo vento, alguns
grãos de pólen podem cair sobre o cone ou estróbilo feminino de outra planta.
Estróbilo liberando
grãos de pólen.
grão de pólen
JEROME
WEXLER
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
30
31. Observe o ciclo reprodutivo das gimnospermas:
cone
masculino
cone
feminino
grão de pólen
Grãos de pólen
levados pelo
vento.
oosfera
Tubo polínico
que cresce.
fecundação
oosfera
embrião
semente
reserva de
alimento
nova planta
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
31
32. A oosfera, o gameta feminino, encontra-se dentro de uma cápsula chamada
de óvulo. Na fecundação, um dos núcleos espermáticos do tubo polínico se
une a oosfera dando origem a um zigoto.
Pinhão aberto com a reserva nutritiva (em branco) ao
redor do embrião da planta.
Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo.
Dentro dela encontram-se o embrião e uma reserva de alimento. Esse
conjunto é a semente.
32
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
33. Além de proteger e alimentar o embrião, a
semente facilita a dispersão do vegetal,
pois pode ser levada pelo vento ou por
animais para longe da planta de origem.
A semente pode resistir por longo tempo
ao frio e à falta de água e só germinar
quando as condições forem favoráveis.
Quando a semente germina, o embrião
utiliza sua reservas para se nutrir até
que as primeiras raízes e folhas se
desenvolvam.
ZIG
KOCH
/
REFLEXO
33
34. A semente do pinheiro-do-paraná
serve de alimento para vários
animais: capivaras, cutias, macacos,
esquilos, papagaios e gralhas-azuis.
A gralha-azul transporta o pinhão de
uma árvore para outra e, quando o
deixa cair no chão, a semente pode
germinar e originar outra árvore.
Gralha-azul.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
34
35. Angiospermas: raiz, caule e folhas
• Você conhece folhas que nos servem
de alimento? E caules? E raízes?
• Que funções essas partes
desempenham na planta?
Pau-brasil.
O nome do Brasil se deve à
angiosperma conhecida como
pau-brasil (Caesalpinia echinata).
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
35
36. Angiospermas e gimnospermas formam o grupo das plantas com sementes,
mas nas angiospermas as sementes se encontram dentro de frutos, os quais
se originaram de flores.
Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécies e, no
ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria orgânica.
Mangueira.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
36
37. Água e sais minerais seiva bruta
ou mineral
Açúcares seiva elaborada
ou orgânica
A raiz
• Acumular reservas nutritivas para a planta
• Fixar o vegetal no solo
• Absorver água e sais minerais
Funções da raiz:
Levada pelos vasos lenhosos das
raízes até as folhas.
Produzida pela fotossíntese nas folhas e transportada pelos vasos
liberianos para toda a planta.
açúcares
sais minerais e água
luz do Sol
gás carbônico
seiva laborada
seiva bruta
KLN
ARTES
GRÁFICAS
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
37
38. Raízes fasciculadas
O capim, a cana-de-açúcar e
o milho, entre outras plantas,
possuem raízes numerosas
e finas, todas do mesmo
tamanho, que saem da
mesma região do caule.
Raízes axiais ou pivotantes
A laranjeira, a mangueira, o
feijão e o café possuem uma
raiz principal, da qual partem
ramificações.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
38
39. As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há também raízes
aquáticas, como as do aguapé, e raízes aéreas, como as das orquídeas.
As raízes crescem para baixo, ou seja, apresentam geotropismo positivo.
Essa reação é controlada por substâncias químicas chamadas hormônios.
Flor da orquídea.
Orquídea jovem com raiz. Aguapé.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
39
40. Na ponta da raiz há a coifa, que tem a forma de um capuz e protege as
células que estão por baixo dela.
Há a região pilífera, onde
encontram-se os pelos
absorventes
(que aumentam a superfície de
contato da raiz com o solo), e
uma região de ramificação, de
onde saem raízes secundárias.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
STEVE
GSCHMEISSNER
/
SPL
/
LATINSTOCK
40
41. Algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a sobrevivência da
planta em situações especiais:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
41
42. Funções do caule:
Assim como a raiz, o caule apresenta
regiões diferenciadas: a gema ou broto
terminal, os nós e entrenós, e as
gemas axilares ou laterais.
O caule
gema lateral
nós
gema terminal
entrenó
gema lateral
gema terminal
nó
• Sustentar as folhas e mantê-las em posição elevada
• Transportar seiva bruta e seiva elaborada
42
ILUSTRAÇÕES:
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
43. O caule da maioria das plantas é aéreo e cresce para cima, ou seja, apresenta
geotropismo negativo.
Além disso, as plantas se curvam em direção a luz, num movimento chamado
de fototropismo positivo.
Experimento feito
com a planta do
feijão para mostrar
geotropismo
negativo da raiz e
positivo do caule.
Experimento de
fototropismo para
mostrar que a
planta (alpiste)
cresce em direção
à luz da janela.
43
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
44. A maioria das angiospermas possui caules que crescem acima do solo, isto é,
caules aéreos.
Outras possuem caules que crescem abaixo
do solo, ou seja, caules subterrâneos.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
44
45. Alguns caules apresentam certas modificações que são adaptações das
plantas. É o caso dos espinhos, acúleos e gavinhas.
Espinhos são ramos pontiagudos
com função protetora.
Acúleos são pelos rígidos e
pontudos formados na epiderme
do caule.
Gavinhas são ramos com a função
de fixação.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
45
46. As folhas são cobertas por uma cutícula, formada por cutina, que a protege e
ajuda a diminuir a perda de água por evaporação.
As folhas
As folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a
fotossíntese. Em geral, elas têm forma de lâminas finas.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
vasos condutores
de seiva
epiderme cutícula
células com
clorofila
estômato
46
47. A cutícula dificulta a entrada de gás carbônico e oxigênio, necessários à
fotossíntese e à respiração celular.
No entanto, na epiderme da folha existem pequenas aberturas chamadas
de estômatos, que facilitam a passagem desses gases e a transpiração.
Os estômatos são formados por duas células com uma abertura entre
elas, o que permite um controle da perda de água pela planta.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
abertura
estômato aberto estômato fechado
47
48. Em algumas plantas de clima úmido,
há nas bordas das folhas aberturas,
chamadas hidatódios, que eliminam
água na forma líquida. Esse fenômeno
é chamado de gutação.
Nas plantas de clima seco, as folhas
têm tamanho reduzido e também
podem se enrolar e tomar a forma de
espinhos. A fotossíntese é então
realizada pelo caule.
No cacto a fotossíntese é realizada pelo caule.
Gutação na folha.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
48
49. As folhas são formadas por três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.
Porém, nem todas as folhas apresentam as três partes.
Nas folhas compostas o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos.
Nas folhas simples, o limbo é inteiriço.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
bainha
pecíolo
nervuras limbo
49
50. Algumas folhas apresentam adaptações especiais, como os espinhos
dos cactos e as gavinhas, semelhantes às gavinhas dos caules.
Há também as brácteas, folhas coloridas que atraem a atenção de
animais polinizadores.
Bico-de-papagaio com brácteas. Brácteas de antúrio.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
50
51. A maioria das plantas apresenta formas de reprodução assexuada
ou vegetativa.
Os caules subterrâneos e rasteiros desenvolvem, em certos pontos,
raízes que originam novas mudas da planta.
estolão
batata
tubérculos
broto batata-doce
51
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Reprodução
vegetativa no
morango.
Reprodução por
tubérculos e raízes.
52. • Quais são as partes de
uma flor? E de um fruto?
Angiospermas: flores, frutos e sementes
• Como um fruto se
desenvolve?
• Quais são as funções da
flor e do fruto?
VALENTYN
VOLKOV
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
52
53. As flores
Ela é produzida nos ramos floríferos e todas as partes da flor são folhas
modificadas.
A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas. Nela ocorrem a
fecundação, a formação do fruto e a produção da semente.
estame
antera
filete
estame
pistilo
pétalas
sépalas
pedúnculo
receptáculo (porção
dilatada do pedúnculo)
pistilo
ovário
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
53
54. As pétalas geralmente são coloridas e
perfumadas, o que facilita a localização da
flor pelos animais polinizadores.
Nos estames são produzidos os
grãos de pólen. O conjunto de
estames forma o androceu.
Na parte dilatada do pistilo, o ovário, é produzida a
oosfera. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o
zigoto, que se transformará no embrião.
pistilo
ovário
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
54
55. A polinização
Esse é mais um caso de
mutualismo, ou seja, uma
associação entre duas espécies
em que ambas se beneficiam.
O transporte de pólen dos estames para o pistilo chama-se polinização. Os
insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen fazem esse
transporte e são chamados de polinizadores.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
55
56. Muitas plantas polinizadas por insetos
apresentam pétalas coloridas, que os
insetos distinguem com facilidade.
As flores noturnas não são muito
coloridas, pois no escuro é mais fácil
atrair seus polinizadores com
substâncias aromáticas.
Abelha polinizando
flor do melão.
Flores de dama-da-noite.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
56
57. A fecundação
Dentro do ovário podemos
encontrar os óvulos. No interior do
óvulo está a oosfera, o gameta
feminino da planta.
Corte do pistilo do lírio.
Ao atingir o estigma da flor, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico,
que cresce em direção ao ovário.
óvulos
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
57
58. Dentro do tubo polínico existem dois núcleos espermáticos, os
gametas masculinos.
Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera e produz o zigoto, que
origina o embrião.
antera
filete
estame polinização
grãos de pólen
estilete
estigma
ovário
óvulo
pistilo
gametas
masculinos
grãos de pólen
tubo
polínico
ovário
óvulo
oosfera
fecundação
semente
fruto
embrião dentro
da semente
O óvulo
desenvolve-se
em semente, e o
ovário, em fruto.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
58
59. Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o embrião se
desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente.
Flor do tomateiro. Tomates.
O ovário também se desenvolve e origina o fruto.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
KZENON
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
59
60. Tipos de frutos
Fruto e fruta têm significados diferentes!
Um fruto é composto, basicamente, de pericarpo e semente. Frutos com o
pericarpo suculento são chamados de frutos carnosos.
O fruto corresponde ao ovário desenvolvido. O termo popular fruta indica as
partes comestíveis da flor, que nem sempre correspondem ao desenvolvimento
do ovário.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
semente
epicarpo
mesocarpo
endocarpo
pericarpo
60
61. A maçã, a pera, o morango, o figo e o abacaxi são pseudofrutos: sua parte
carnosa comestível não é originada pelo desenvolvimento do ovário.
Frutos deiscentes: se abrem quando maduros, liberando as sementes.
Frutos indeiscentes: mesmo quando maduros, se mantêm fechados.
morango
receptáculo
fruto com
uma semente
receptáculo
sépala
crescimento do
receptáculo
semente
receptáculo
(parte comestível)
sépalas
receptáculo
resto de
flores
femininas
resto de
flores
masculinas
figo
maçã
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
61
haste da flor
ovário (fruto
verdadeiro)
62. Existem ainda frutos que não têm o pericarpo suculento: são os frutos secos.
Mas qual seria a função do fruto na planta?
Grãos de milho.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Castanha-do-pará.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Ervilha.
SUPERTROOPER
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
Amendoim.
STEYNO
&
STITCH
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
Girassol.
ALAETTIN YILDIRIM /
SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES
62
63. As substâncias nutritivas de muitos
frutos atraem animais que comem os
frutos e jogam fora as sementes.
Estas se espalham pelo solo e
podem dar origem a novas plantas.
Mas a dispersão de sementes não é
feita somente por meio de frutos
ingeridos por animais. Alguns frutos
podem ser levados pela água, pelo vento
ou transportados no corpo dos animais,
como os carrapichos.
Araçari-castanho.
Carrapicho.
Dente-de-leão.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
BRIAN
A.
JACKSON
/
SHUTTERSTOCK
/
GLOW
IMAGES
63
64. Fruto verde, fruto maduro
Mamoeiro com mamões.
Depois, o fruto muda de cor e passa a
ser mais macio e adocicado, com
substâncias nutritivas que atraem
animais para comê-los e dispersar as
sementes.
De início, o fruto pode ser duro e de
sabor desagradável e até conter
substâncias tóxicas para alguns
animais. Nessa etapa, a semente
ainda não está pronta para germinar.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
64
65. As sementes
Mais de 70% das espécies das angiospermas pertencem ao grupo das
dicotiledôneas!
Na semente, além de partes que vão originar a raiz, o caule e a folha da
planta, encontramos os cotilédones: são folhas especiais com função de
armazenar nutrientes.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
endosperma
cotilédone
embrião
Monocotiledônea
(milho)
Dicotiledônea (feijão
aberto ao meio)
embrião da planta
cotilédones
65
66. A germinação da semente é o processo pelo qual o embrião retoma seu
crescimento e se desenvolve em uma nova planta.
Isso ocorre quando as condições do ambiente são favoráveis. Por exemplo,
quando há água suficiente e a temperatura é adequada.
cotilédones
A semente usa
a reserva
de alimento
para crescer.
As raízes crescem rapidamente
e absorvem água e
sais minerais do solo.
Com o crescimento do caule e o
desenvolvimento das folhas, a planta
começa a realizar fotossíntese.
HIROE
SASAKI
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
66
67. O ambiente terrestre
• O que são biomas? Que biomas você conhece?
• Você conhece os principais biomas brasileiros e suas características?
TOM
VAN
SANT
/
GP
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
67
68. A influência do Sol no clima
Em torno da linha do
equador a incidência dos
raios solares é mais
direta, e assim essa região
recebe mais luz e calor do
que as regiões mais
afastadas do equador.
O clima de uma região – temperatura, umidade, chuva, pressão atmosférica –
depende de vários fatores. Um deles é a latitude.
eixo da Terra
luz do Sol
linha do equador
LUÍS
MOURA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
68
69. As estações do ano ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra em
relação ao plano de sua trajetória ao redor do Sol.
Os seres vivos de um local são afetados não só por outros organismos, mas
também pelos elementos não vivos desse ambiente, principalmente o clima.
LUÍS
MOURA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Verão no
hemisfério
norte, inverno
no sul.
Primavera no
hemisfério norte,
outono no sul.
Outono no
hemisfério norte,
primavera no sul.
Inverno no
hemisfério
norte, verão
no sul.
69
70. Pode-se dividir o ambiente terrestre em regiões que se caracterizam por
determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados
ao ambiente.
Essas regiões são chamadas de biomas.
KLN
ARTES
GRÁFICAS
/
ARQUIVO
DA
EDITORA;
FONTES:
WORLD
REFERENCE
ATLAS.
LONDON,
DORLING
KINDERSLEY,
2003;
IBAMA,
2008.
70
72. Taiga
Vegetação de Taiga na Sibéria.
A Taiga ou Floresta de
Coníferas localiza-se ao
sul da Tundra e, por
estar mais perto do
equador, recebe maior
quantidade de
energia solar.
Há gimnospermas, como
o pinheiro, a sequoia e
o abeto.
WOLFGANG
KAEHLER
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
72
73. A fauna da Taiga é mais rica que a da Tundra, com insetos, aves, lebres, alces,
renas, ratos silvestres, musaranhos, linces, lobos, marmotas e ursos-pardos.
Marmotas. Esquilo vermelho. Urso-pardo.
GEORGE
D.
LEPP
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
YANN
ARTHUS-BERTRAND
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
GALEN
ROWELL
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
73
74. Florestas temperadas
As florestas temperadas
caracterizam-se pela perda
das folhas das árvores no
outono. Na primavera, as
folhas voltam a crescer.
Floresta temperada na Alemanha.
FRANK
IHLOW
/
KEYSTONE
Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano
bem definidas.
74
75. Nas florestas temperadas encontram-se vários invertebrados, anfíbios, répteis,
aves e mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás,
pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos.
O gato selvagem
europeu e o urso
panda são exemplos
de animais que
vivem nas florestas
temperadas.
STEVE
AUSTIN;
PAPILIO/CORBIS
/
LATINSTOCK
FRANS
LANTING
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
75
76. Mata de Araucárias
Mata de Araucárias.
O pinheiro-do-
-paraná, que não
perde as folhas no
inverno, é a espécie
predominante.
Também chamada de Mata dos Pinhais ou Pinheiral, essa floresta
encontra-se nas regiões de maior altitude do Sul e do Sudeste do Brasil.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
76
77. Entre os animais há várias espécies de
insetos, aves e mamíferos.
Muitos se alimentam do pinhão, que é
a semente do pinheiro.
Por causa da intervenção humana
para retirar madeira e cultivar
plantações de eucalipto e pinheiro
(usados na produção de móveis e
papel), muitas espécies de animais da
Mata das Araucárias estão ameaçadas
de extinção.
Gralha-azul.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
77
78. Florestas tropicais
É a maior floresta tropical
do mundo e 60% de sua
área está em território
brasileiro. Constitui uma
grande reserva de água
doce da Terra.
Vista aérea da Floresta Amazônica
e do rio Negro.
Localizam-se em várias áreas da zona delimitada pelos trópicos de Câncer e
de Capricórnio ao longo e em torno do equador. Nessa região o clima é
quente e úmido.
Floresta Amazônica
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
78
79. Na Floresta Amazônica existe grande variedade de espécies animais e
vegetais, encontrados em todos os ambientes da floresta.
Castanheira-do-pará.
Araracanga.
Uacari-vermelho.
Gato-do-mato.
Pirarucu.
Vitórias-régias.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
79
80. Mata Atlântica
Vista aérea da Mata Atlântica.
Ipês-amarelos.
Floresta tropical que acompanha o litoral
brasileiro. Devido à ação humana, restam apenas
cerca de 7% da mata original.
ROBERTO
LOFFEL
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
DILMAR
CAVALHER
/
STRANA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
80
81. Assim como na Floresta Amazônica, a diversidade de espécies animais e
vegetais na Mata Atlântica é enorme. O número de espécies ameaçadas de
extinção também é grande.
Saíra-de-sete-cores. Mico-leão-dourado. Onça-pintada.
Veja alguns animais encontrados na região:
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
81
82. A destruição das florestas tropicais
O desmatamento e as queimadas têm grande influência sobre as alterações
climáticas.
Queimada na Floresta Amazônica.
Aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados de área das florestas tropicais
são destruídos por ano para dar lugar a lavouras e pastos, estradas e outros
empreendimentos.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
82
83. Manguezais
Manguezal na Ilha do Cardoso, litoral sul de
São Paulo.
CLÁUDIO
CHIYO
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
NELLIE
SOLITRENICK
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
Estão situados geralmente nas regiões
tropicais próximas ao mar, na foz dos rios,
onde a água doce se encontra com a água
salgada do mar.
Sobre o solo pantanoso dos manguezais
crescem árvores chamadas coletivamente
de mangue.
maré alta
maré baixa
plantas de mangue
83
84. Campos e cerrados
Savana africana. Pradaria norte-americana.
Localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma
quantidade moderada de chuvas. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores
grandes e facilita o surgimento de gramíneas.
A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e,
consequentemente, de carnívoros.
LEN
RUE,
JR.
/
PHOTO
RESEARCHERS,
INC.
/
LATINSTOCK
ADAM
JONES
/
PHOTO
RESEARCHERS,
INC.
/
LATINSTOCK
84
85. O Cerrado ocupa boa parte do Brasil central. O clima é quente, com períodos
alternados de seca e chuva.
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais prejudicado pela
ocupação e exploração humanas.
Tamanduá-bandeira. Lobo-guará.
Seriema. Ema.
Detalhe da vegetação do Cerrado.
LUIS
HUMBERTO
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
85
86. Desertos
Cactos no deserto do Atacama, Chile. Camelos.
Rato-canguru.
Estão situados em zonas de clima muito seco.
Por causa da escassez de água, a vegetação é
pobre.
TUUL / HEMIS / CORBIS / LATINSTOCK
JOE
MCDONALD
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
Os animais e plantas que aí existem estão
adaptados ao clima seco.
DAVID
NUNUK
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
86
87. Caatinga
Tatu-bola.
Galo-de-campina.
Em muitas plantas encontram-se adaptações
ao clima seco. Na fauna observam-se répteis,
anfíbios, aves e mamíferos.
Localizadas no Nordeste brasileiro e no norte
de Minas Gerais, as regiões da Caatinga são
quentes, com chuvas irregulares e secas
prolongadas.
ARAQUÉM
ALCÂNTARA
/
REFLEXO
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
87
88. Mata dos Cocais
Mata dos Cocais, no Piauí.
É formada por vários
tipos de palmeiras,
principalmente o
babaçu, do qual se
extrai um óleo usado na
culinária e na indústria,
e a carnaúba, da qual
extrai-se uma cera.
Em uma região de transição climática entre o Sertão nordestino e a
Amazônia encontra-se a Mata dos Cocais.
DELFIM
MARTINS
/
PULSAR
IMAGENS
88
89. Pantanal
Há uma mistura de
campos, florestas tropicais,
cerrado e vegetação típica
de áreas alagadas, além de
extensos capinzais.
Vista do Pantanal Mato-Grossense.
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
Situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se
até a Bolívia e o Paraguai.
O verão é quente e úmido, e o inverno, seco.
89
90. A fauna é riquíssima, com a maior diversidade de aves do mundo.
A pecuária, as práticas agrícolas sem controle em certos locais e a destruição
da fauna pela caça clandestina são os maiores problemas da região.
Jacaré do pantanal.
Cervo-do-pantanal.
Tuiuiú.
Anta.
MARCELO DE BREYNE / ARQUIVO DA EDITORA
VALDEMIR
CUNHA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
JULIO BERNARDES / ARQUIVO DA EDITORA
VALDEMIR
CUNHA
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
90
91. O ambiente aquático
• Que componente sustenta a vida no ambiente aquático?
• Quais as principais ameaças ao ambiente aquático e o que pode ser feito
a respeito?
Espadarte.
NORBERT
WU
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
91
92. A água no planeta
Nos mares e oceanos encontram-se aproximadamente 97% da água do planeta!
Essa água é salgada e não serve para o consumo nem para a agricultura.
2% da água do
planeta é doce e
encontra-se no
estado sólido,
nas geleiras.
Apenas 1% da água do
planeta é doce e
concentra-se nos rios, lagos
e lençóis subterrâneos.
De toda a água doce
superficial do mundo,
12% ficam no Brasil.
92
93. O ambiente marinho
200 m
2000 m
zona eufótica
zona afótica
zona abissal
A intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto mais fundo,
maior é a quantidade de energia da luz absorvida pela água e mais escuro
o ambiente se torna.
A vida na água depende da fotossíntese. E a fotossíntese depende de luz e
de substâncias minerais.
93
94. Na zona eufótica há algas microscópicas, além de seres heterotróficos e algas
pluricelulares presas no fundo.
A zona abissal é uma região
escura e fria, que não recebe
nenhuma luz.
Algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton.
Essas algas microscópicas
são as maiores produtoras de
alimento e de oxigênio dos
ambientes aquáticos.
Na zona afótica não há
fitoplâncton, pois não existe
mais luz suficiente para a
fotossíntese.
PHOTORESEARCHERS
/
PHOTORESEARCHERS
/
LATINSTOCK
94
95. Dependendo do modo como se locomovem, os organismos aquáticos são
classificados em três grupos:
Plâncton: é o conjunto de
seres aquáticos flutuantes
levados passivamente pelas
correntes marinhas.
As algas microscópicas fazem parte do fitoplâncton. Os protozoários,
pequenos crustáceos e as larvas de diversos animais fazem parte do
zooplâncton e alimentam-se do fitoplâncton.
Copépodos e larvas que fazem
parte do zooplâncton.
OXFORD
SCIENTIFIC
/
OXFORD
SCIENTIFIC
/
LATINSTOCK
95
96. Os peixes, as baleias, os
golfinhos e outros seres
capazes de nadar e vencer as
correntes formam o nécton.
No leito do mar encontram-se os
seres vivos que formam os
bentos. São os mexilhões,
esponjas, as anêmonas-do-mar,
as estrelas-do-mar, ostras,
caranguejos, entre outros.
Golfinhos-rotadores.
Estrela-do-mar.
FOTOS:
FABIO
COLOMBINI
/
ACERVO
DO
FOTÓGRAFO
96
97. Na zona abissal existem animais,
chamados de peixes abissais, que
são predadores ou que se
alimentam de restos de matéria
orgânica que cai da superfície.
Muitos desses peixes emitem luz
própria, que na realidade é
produzida por bactérias que vivem
em sua pele. Esse fenômeno é
chamado de bioluminescência.
A vida na escuridão
BRUCE
ROBSON
/
CORBIS
/
LATINSTOCK
NORBERT
WU
/
MINDENPICTURES
/
LATINSTOCK
DARLYNE
A.
MURAWSKI
/
NATGEO
/
GETTY
IMAGES
97
98. As regiões do mar onde há maior biodiversidade são as regiões menos
profundas, que ficam perto do litoral.
Com mais luz e sais minerais, as algas do fitoplâncton se reproduzem
rapidamente e levam mais consumidores a se concentrar na região costeira.
As regiões de
ressurgência são regiões
costeiras onde correntes
de água levam sais
minerais do fundo para a
superfície.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
98
99. A biodiversidade também é grande nas regiões em que há recifes de corais.
Esses depósitos de corais são encontrados nas regiões tropicais, em águas
quentes e rasas, e servem de abrigo para peixes, algas, moluscos, crustáceos
e muitos outros animais.
MINDEN
PICTURES
/
MINDEN
PICTURES
/
LATINSTOCK
99
100. Água doce
águas doces
Rios
Riachos
Córregos
Lagos
Lagoas
Pântanos
Brejos
Águas mais rasas que
o mar e com menor
quantidade de sal.
Os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton.
Nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio.
Além disso, o rio recebe matéria orgânica da terra ao seu redor.
100
101. O fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, como os lagos.
A teia alimentar do lago é formada por algas (fitoplâncton) e vegetais,
caramujos, insetos, vermes, rãs e garças, entre outros organismos.
INGEBORG
ASBACH
/
ARQUIVO
DA
EDITORA
zona litorânea
zooplâncton
zona límnica fitoplâncton
zona profunda
101
102. Os metais lançados pelas indústrias,
como o mercúrio e o petróleo e seus
derivados, são os principais resíduos
tóxicos responsáveis pela poluição dos
rios, lagos e mares.
Além de destruir o plâncton, o petróleo
adere às penas das aves e aos pelos
dos mamíferos, podendo ocasionar a
morte desses animais.
Pinguim coberto de petróleo.
Ameaças à vida aquática
Poluição
MENHUHN
/
KEYSTONE
102
103. É produzida quando gases liberados pela combustão do carvão e de derivados
do petróleo reagem com a água das chuvas e formam ácidos.
Além de possuir elementos tóxicos, o
esgoto pode funcionar como fertilizante e
estimular a reprodução do fitoplâncton. A
grande massa de algas na superfície
impede a passagem de luz e diminui a
concentração de oxigênio na água.
Chuva ácida
Eutrofização
LILI
MARTINS
/
FOLHAPRESS
DAVID
CAMPIONE
/
SCIENCE
PHOTO
LIBRARY
/
LATINSTOCK
103
104. Várias medidas podem ser adotadas para diminuir a ameaça à vida aquática:
Proibição do lançamento de poluentes na água, com fiscalização
Controle da poluição nos garimpos
Fiscalização da exploração, transporte e distribuição de petróleo
Melhoria do saneamento básico e da rede de esgoto
Uso correto de fertilizantes e agrotóxicos
Desenvolvimento de energias alternativas para diminuir o uso de petróleo
e carvão mineral
104
106. Questão 1
Sabemos que os vegetais podem ser classificados em alguns grupos básicos, que
se distinguem pela ausência e presença de algumas características, tais como
flores e vasos condutores. Entre as alternativas a seguir, marque aquela que indica
o único grupo que não possui vasos condutores de seiva.
a) Briófitas.
b) Pteridófitas.
c) Gimnospermas.
d) Angiospermas.
Alternativa “a”. As briófitas são plantas que não apresentam vasos
condutores (xilema e floema). Em virtude da dificuldade de
transporte de substâncias, essas plantas tornam-se incapazes de
atingir grande porte.
107. Questão 2
Um grupo de estudantes realizou uma aula de campo com seu professor de
Biologia para aprender na prática sobre os grupos de planta. Ao chegar ao local,
um aluno observou uma espécie e disse que se tratava de uma angiosperma. Que
característica pode ter dado ao aluno a certeza de que se tratava desse grupo de
planta?
a) Presença de sementes.
b) Presença de vasos condutores, o que garante que essas plantas sejam maiores.
c) Presença de folhas e outros órgãos com tecidos verdadeiros.
d) Presença de frutos envolvendo a semente.
e) Presença de raízes.
Alternativa “d”. As angiospermas são as únicas
plantas que possuem flores e frutos envolvendo
a semente.
108. Questão 3
Observe atentamente o nome das plantas abaixo e marque a alternativa que indica
corretamente um representante das pteridófitas.
a) Musgos.
b) Pinheiros.
c) Mangueiras.
d) Milho.
e) Avenca.
Alternativa “e”. As avencas, assim como as
samambaias, são exemplos de pteridófitas,
plantas vasculares que não possuem flor, fruto
e semente.
109. Questão 4
(Umesp-SP) Atualmente, encontram-se catalogadas mais de 320 mil espécies de plantas, algumas de
estruturas relativamente simples, como os musgos, e outras de organizações corporais complexas, como as
árvores. Assim sendo, a alternativa que melhor explica a classificação dos vegetais é:
a) Gimnospermas: plantas avasculares, com raízes, caule, folhas, flores e frutos, cujas sementes estão
protegidas dentro desses frutos. Ex.: arroz.
b) Briófitas: plantas de pequeno porte, vasculares, sem corpo vegetativo. Ex.: algas cianofíceas.
c) Angiospermas: plantas cujas sementes não se encontram no interior dos frutos. Ex.: pinheiros.
d) Gimnospermas: plantas avasculares; possuem somente raízes, caule, plantas de pequeno porte. Ex.:
musgo.
e) Pteridófitas: plantas vasculares, sem flores; apresentam raízes, caule e folhas; possuem maior porte do
que as briófitas. Ex.: samambaias.
Alternativa “e”. A alternativa “a” está incorreta porque as gimnospermas não são avasculares e não
possuem flores e frutos. O arroz é um exemplo de angiosperma.
A alternativa “b” está incorreta porque as briófitas são avasculares. As algas cianofíceas não são plantas, e
sim organismos procarióticos.
A alternativa “c” está incorreta porque as angiospermas apresentam fruto envolvendo a semente. Pinheiros
são exemplos de gimnospermas.
A alternativa “d” está incorreta porque as gimnospermas são vasculares, atingem grande porte e possuem
semente nua. Os musgos são exemplos de briófitas.
110. Questão 5
(UECE) Quando falamos de uma planta que apresenta tecido vascular, não possui
ovário, não produz sementes e tem como geração dominante a esporofítica,
estamos nos referindo a uma:
a) Angiosperma.
b) Gimnosperma.
c) Pteridófita.
d) Briófita.
Alternativa “c”. Plantas vasculares sem
sementes são denominadas de pteridófitas.
111. Questão 6
A água é importante para a reprodução de plantas que produzem gametas
flagelados. A independência de água para a fecundação é observada em quais
grupos de plantas?
a) Briófitas e pteridófitas
b) Pteridófitas e gimnospermas
c) Briófitas e gimnospermas
d) Pteridófitas e angiospermas
e) Gimnospermas e angiospermas
Alternativa “e”. Gimnospermas e angiospermas são plantas que apresentam
independência da água para fecundação. O transporte do gameta nesses
grupos não depende da substância, sendo conseguido pelo
desenvolvimento do tubo polínico.
112. Questão 7
Que nome recebe o gameta feminino das briófitas?
a) óvulo
b) ovócito
c) oosfera
d) anterozoide
e) núcleo polar
Alternativa “c”. O gameta feminino das briófitas é
denominado oosfera, enquanto o gameta masculino
recebe o nome de anterozoide.
113. Questão 8
A figura a seguir representa uma etapa do ciclo de vida das
briófitas. Analise-a e marque a alternativa que indica corretamente
a fase do ciclo indicada pelo número 1.
Observe a figura para responder à questão.
a) Esporófito
b) Gametófito
c) Soro
d) Zigoto
e) Prótalo
Alternativa “a”. A fase do ciclo de vida das briófitas indicada pelo número 1
é a de esporófito, ou seja, a fase produtora de esporos. No caso das
briófitas, o esporófito é dependente do gametófito, o qual é desenvolvido e
duradouro.
114. Questão 9
Nas angiospermas, no processo de fecundação, observa-se que um gameta
masculino une-se à oosfera, enquanto outro se une aos núcleos polares. Esse
processo é conhecido como:
a) partenocarpia
b) inquilinismo
c) dupla fecundação
d) divisão binária
e) anemofilia
Alternativa “c”. O processo indicado no enunciado é o de dupla fecundação, que
resulta na formação do zigoto, devido à união de um gameta masculino com a
oosfera, e na formação do endosperma, resultado da união entre o gameta
masculino e os núcleos polares.
115. Questão 10
(Fuvest-SP) Considere o surgimento de flor, fruto e semente: (A) em uma planta ao
longo de um ano e (B) no reino vegetal ao longo do tempo evolutivo. Comparando A
e B, a sequência em que os órgãos surgem, nos dois casos, é
a) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida simultaneamente por fruto e
semente; e, em B, é fruto e semente simultaneamente, seguidos por flor.
b) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida por fruto, seguido por semente;
e, em B, é flor e semente simultaneamente, seguidas por fruto.
c) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida simultaneamente por fruto e
semente; e, em B, é semente, seguida simultaneamente por flor e fruto.
d) igual, pois, em ambos, a sequência é flor, seguida simultaneamente por fruto e
semente.
e) igual, pois, em ambos, a sequência é flor, seguida por fruto, seguido por
semente.
Alternativa “c”. Ao longo de um ano, temos o surgimento de uma flor, a qual é fecundada,
e inicia-se a formação do fruto e da semente. Na história evolutiva das plantas, a
semente surge primeiro em gimnospermas, e posteriormente flores e frutos surgem nas
angiospermas.