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Tudo o que você precisa saber sobre o ferro heme
Michael Collan
Ferro Heme
O caminho natural para a
suplementação de ferro
1
O ferro heme natural vem
sendo amplamente
utilizado na Escandinávia
há mais de 30 anos.
Não há efeitos colaterais
conhecidos e a tolerância
está em nível de placebo
em estudos clínicos.
Intoxicação ou efeitos
colaterais severos jamais
foram relatados.
Ferro Heme
O caminho natural para a
suplementação de ferro
Conteúdo
1.! Uso prolongado com experiências positivas
2.! O que é ferro heme?
3.! Dois tipos de ferro
4. Ferro heme em uso
5. Micronutrientes
6.! Absorção e efeitos colaterais
7.! O ferro heme é eficaz e bem tolerado
2
Uso prolongado com experiências
positivas
Comprimidos contendo hemoglobina bovina e suína têm sido
utilizados para suplementação alimentar na Escandinávia
desde os anos 1970. Não há relatos sobre efeitos colaterais
graves ou casos de intoxicação por milhões de usuários,
literalmente.
O ferro heme é natural para o homem e ainda é a melhor e
mais eficiente maneira de absorver o ferro que precisamos
para viver e para que os nossos corpos funcionem
corretamente. Em uma dieta normal, o ferro heme obtido a
partir de produtos de carne desempenha um grande papel.
Usado em suplementos é eficaz e há um excelente registro de
tolerância.
O ferro é um elemento traço essencial que tem importantes
funções metabólicas, incluindo o transporte e o
armazenamento de oxigênio e muitas reações redox.
A ingestão insuficiente pode acarretar anemia, resultados
adversos na gravidez, comprometimento do desenvolvimento
psicomotor e cognitivo e redução da função imunológica.
Seção 1
Ferro Heme
3
Os suplementos de ferro mais comuns utilizados atualmente
são sintéticos e muitas vezes produzem efeitos colaterais
gastrointestinais que em muitos casos implicam na interrupção
da importante terapia.
As mulheres modernas normalmente mantêm uma dieta
variada e vivem de modo saudável. Apesar disso, a deficiência
de ferro é mais comum hoje do que há 50 anos. Isto se deve
principalmente ao fato de que as mulheres comem em
quantidade menor do que antes no total e, comparativamente,
ingerem menos ferro heme.
Existem dois tipos de ferro nos alimentos: o ferro inorgânico -
encontrado em vegetais e ainda como enriquecimento ou
suplementos - e o ferro orgânico, também conhecido como
hemoglobina ou ferro heme, encontrado em refeições à base
de carne. As mulheres hoje em dia tendem a comer menos
carne e mais vegetais e, assim, obtêm menos ferro heme do
que antes.
O que é ferro heme?
Na Suécia, desde os anos 1970, há grande interesse em
utilizar a hemoglobina em pó hemolizada derivada da indústria
de alimentos como matéria-prima para a substituição do ferro,
já que esta é de longe a sua forma mais bem tolerada e
eficiente
Ao longo dos anos, a matéria-prima vem sendo desenvolvida e
utilizada em vários produtos.
4
Hoje existe uma nova forma de matéria-prima, onde os íons de
ferro são ligados à hemoglobina natural para aumentar o teor
de ferro. Desta forma, é agora possível ter toda a dose
terapêutica em um comprimido que contém apenas ferro heme.
Existem dois caminhos para obtenção de ferro na dieta. O ferro
heme, que é encontrado em todos os produtos à base de
carne, é absorvido de modo eficiente e como uma unidade
inteira. O outro tipo é simplesmente ferro não-heme, que tem
que ser fragmentado no intestino para que o ferro possa ser
absorvido. A maioria do ferro livre permanece no intestino e
provoca efeitos colaterais tais como constipação, diarréia e
dores de estômago. A absorção do ferro não-heme é também
afetada por outros alimentos consumidos.
Chá, café, leite e ovos, por exemplo, vão prejudicar a
absorção, enquanto a vitamina C presente em um suco de
laranja vai ajudar a absorção do ferro não-heme
Dois tipos de ferro
Em uma dieta normal, variada, encontram-se cerca de 15 mg
de sais de ferro não-heme (quantidade diária). A maior parte,
14,5 mg, não será absorvida. Em contrapartida, da quantidade
de ferro heme, que constitui uma parte menor da dieta, mais de
um quarto será utilizado. Estudos comprovam que a incidência
de efeitos colaterais relacionados ao uso de produtos de ferro
heme se iguala à de experiências com placebo. O mecanismo
de absorção do ferro heme não deixa íons de ferro livres no
intestino, causadores de perturbações e potencialmente
cancerígenos.
Ferro heme em uso
O médico responsável na clínica Curera em Estocolmo e em
Solna Läkarcenter, Dr. Lars-Göran Kjellin, é um dos muitos
médicos satisfeitos que usam comprimidos de ferro heme com
os seus pacientes.
"É um complemento excelente e bem-vindo para os
preparados de ferro encontrados atualmente. Muitos pacientes
não conseguem lidar com os medicamentos habituais de ferro
por causa dos efeitos colaterais causadores de problemas
estomacais."
Quando os pacientes passam a utilizá-los, tornam-se livres de
sintomas e as leituras de ferro sérico e hemoglobina são
corrigidas. Nos exames de saúde de nossa empresa
procuramos checar se há deficiência de ferro entre as
mulheres, por exemplo.
Este é, surpreendentemente, muitas vezes, o problema dos
pacientes com sintomas de fadiga. Quando eles obtêm o
5
tratamento, os níveis de ferro no sangue voltam ao normal e os
pacientes se sentem melhor, sem efeitos colaterais."
Micronutrientes
A hemoglobina bovina natural não é só uma fonte de ferro bem
tolerada e eficaz. É também rica em micronutrientes e, por
exemplo, aminoácidos e substâncias de sinal que, juntos,
fazem com que a formação do sangue aconteça de modo
naturalmente mais eficiente.
Chamadas de micronutrientes porque são necessárias em
quantidades bem pequenas, estas substâncias são as
"varinhas mágicas" que possibilitam a produção de enzimas,
hormônios e outras substâncias pelo corpo, essenciais para o
crescimento e desenvolvimento adequados. Apesar das
quantidades necessárias serem mínimas, as conseqüências de
sua ausência são graves. Em termos de saúde pública
mundial, as mais importantes são iodo, vitamina A e ferro; a
sua falta representa uma grave ameaça para a saúde e para o
desenvolvimento das populações ao redor do globo,
especialmente para as crianças e mulheres grávidas em países
de baixa renda (OMS).
Ao longo da vida, seres humanos e outros organismos
precisam de micronutrientes para orquestrar uma variedade de
funções fisiológicas. No caso humano os micronutrientes
incluem os minerais traço da dieta, em quantidades geralmente
menores do que 100 miligramas/dia - ao contrário dos
macrominerais, que são necessários em quantidades maiores.
Os micronutrientes, ou elementos traço, incluem, entre outros,
ferro, cobalto, cromo, cobre, iodo, manganês, selênio, zinco e
molibdênio. Os micronutrientes incluem também as vitaminas,
que são “... um composto orgânico e um nutriente essencial
que um organismo requer em quantidades
limitadas.” (Wikipedia)
Absorção e efeitos colaterais
Uma outra diferença entre o ferro heme e os sais de ferro é
que a molécula de hemoglobina é absorvida sem redução
prévia no intestino. Deste modo a captação é mais eficiente e
não é afetada por outros alimentos simultaneamente digeridos.
Já a absorção do ferro não-heme é bastante afetada pela
presença de chá, café, leite ou pão integral. Todos estes
afetam a absorção de uma forma negativa.
6
Um copo de suco de laranja contribui para uma absorção mais
eficiente.
Por dia, uma dieta variada normal provê 15 mg de sais de fer-
ro. Destes, 14,5 mg não serão absorvidos. No caso do ferro he-
me, que constitui uma parte menor da dieta, mais de um quarto
será absorvido.
Estudos confirmam que a incidência de efeitos colaterais
relacionados ao uso de produtos de ferro heme é equivalente
ao encontrado em ensaios com placebos. O mecanismo de
absorção do ferro heme não deixa íons de ferro livres no
intestino, causadores de perturbações e potencialmente
cancerígenos.
7
Conteúdo
1.! Por que precisamos de ferro?
2.! O ferro na dieta
3.! O corpo regula a absorção
4.! Mulheres, protejam-se contra o cádmio e !!
! salvem-se da osteoporose!
8
Por que precisamos de ferro?
O ferro é parte importante das células vermelhas do sangue,
responsáveis pelo transporte de oxigênio para todas as partes
do corpo. Nada pode substituí-lo. O ferro é o quarto elemento
mais comum na crosta terrestre e possivelmente o principal
constituinte do núcleo da Terra. O ferro também é fundamental
para a vida.
Cada ser humano adulto carrega cerca de 3,5 a 4 g de ferro.
Apesar de ser uma pequena quantidade de mineral quando
comparada ao peso corporal, o ferro é essencial, sendo um
bloco de construção chave em várias proteínas, o ferro é
distribuído em três compartimentos principais do corpo.
O compartimento principal de ferro no corpo humano adulto (30
mg/kg de peso corporal) é o sangue circulante, onde cada um
dos eritrócitos maduros carrega quatro proteínas heme com um
átomo de Fe cada. As proteínas heme transportadoras de
oxigênio estão também presentes na mioglobina, proteína
responsável pelo transporte e armazenamento de oxigênio nos
músculos (4 mg de Fe/kg).
Uma fração menor mas ainda importante (2 mg Fe/kg) está
presente em vários tecidos como enzimas e outras proteínas
contendo ferro.
Seção 2
Absorção de ferro
9
A lista completa de proteínas ligadas a ferro funcional ainda
não é conhecida, mas o ferro é essencial para as proteínas de
transporte de elétrons presentes em todas as células do corpo,
por exemplo, citocromos, ativadores de oxigênio molecular (isto
é, peroxidases e catalases) e muitos outros.
O terceiro compartimento de ferro é o ferro de armazenamento,
que mantém o corpo preparado para a perda inesperada ou
alterações da absorção de ferro. Este é um compartimento de
amortecimento, onde grandes alterações podem ocorrer entre
um estado da depleção de ferro (1 a 2 mg/kg) e um de
plenitude, sem afetar os compartimentos de ferro funcional. As
principais proteínas de reserva são ferritina e hemossiderina.
O ferro na dieta
A quantidade média de ferro ingerido na dieta é de 12 a 18 mg
por dia. Em indivíduos saudáveis, a necessidade é, em média,
de 1 mg de ferro por dia para homens, 1,5 a 2,5 mg por dia
para mulheres e de 2 a 3 mg por dia para as grávidas,
correspondendo a um total de 500 a 1 000 mg. As exigências
de ferro devem compensar a demanda durante o crescimento,
a gravidez e as perdas fisiológicas e patológicas.
Em condições normais de saúde, a gestão de ferro no corpo é
conservativa, com pouca ou nenhuma perda do ferro no
organismo, a não ser por 1 a 2 mg sendo excretados,
principalmente pelo desprendimento de células do trato
gastrointestinal e da pele, assim como pela menstruação .
O corpo regula a absorção
Apenas cerca de dez por cento do ferro digerido é absorvido no
intestino. Quando os valores de ferro estão baixos, a absorção
aumenta. Se obtivermos muito ferro a captação será
bloqueada. Em outras palavras, o próprio organismo regula a
absorção do ferro na dieta. A única exceção seria uma grande
e brusca sobredosagem de ferro. Isto pode acontecer, por
exemplo, se crianças tomarem comprimidos de ferro por doces.
10
Neste caso, o mecanismo de bloqueio é neutralizado e o
resultado é envenenamento por ferro. Os sintomas começam
com náuseas e vômitos. Esta é a razão pela qual fármacos
com ferro não-heme sempre devem ser mantidos fora do
alcance de crianças.
Mulheres, protejam-se contra o cádmio
e salvem-se da osteoporose!
Assim como o chumbo e o mercúrio, o cádmio, entre outros, é
um dos metais pesados. Estes são extremamente prejudiciais
para o organismo humano. "Mulheres que têm valores baixos
de ferro (e, especialmente, aqueles que fumam) estão na zona
de risco de absorver muito cádmio.", diz Marie Vahtner, mestre
de toxicologia dos metais no Karolinska Institutet, em
Estocolmo.
Num estudo foram observados vários fatores alimentares, entre
estes cádmio. Notou-se que em diferentes grupos de dieta a
ingestão de cádmio foi praticamente a mesma.
Apesar disso, houve uma correlação negativa entre baixas
contagens de ferro e altos teores de cádmio no organismo.
"Quando temos baixos estoques de ferro a absorção no
intestino aumenta. Como consequência a ingestão de cádmio
aumenta também.", diz Marie Vahtner.
Até agora, o maior grupo associado ao cádmio tem sido o dos
fumantes. As folhas de tabaco contêm grandes quantidades de
cádmio e a absorção nos pulmões é maior do que nos
intestinos. Esta é a razão pela qual os fumantes têm,
frequentemente, níveis de cádmio próximos ao nocivo.
O cádmio é armazenado principalmente nos ossos e uma vez
lá, substitui o cácio e bloqueia sua absorção pela estrutura
óssea, levando à osteoporose. Portanto, o risco para
osteoporose é considerável para aqueles que têm baixa
contagem de ferro e depósitos de ferro esgotados.
Conteúdo
1.! A Deficiência De Ferro Ao Redor Do Mundo! !
2.! O Que Acontece Quando Os Níveis Estão Baixos?!
3.! Suplementação! ! ! ! ! ! ! ! !
4.! Quem Precisa?! ! ! ! ! ! ! ! !
5.! O Que É Deficiência De Ferro E Quem É Afetado?! !
6.! Por Que A Terapia De Ferro É Problemática?! !
7.! A Aprendizagem Das Crianças É Prejudicada! !
8.! Baixos Valores De Ferro. Por Quê?! ! ! !
9.! Por Quanto Tempo As Mulheres Sangram?! !
10.! Valores De Hb Normais E Deficiência De Ferro Ao !
! Mesmo Tempo?!! ! ! ! ! ! ! !
11.! Deficiência De Ferro Mascarada - Um Problema !
! Em Saúde Empresarial
11
A deficiência de ferro ao redor do
mundo
Alguns fatos marcantes
Estima-se que nos países em desenvolvimento, toda segunda
mulher grávida e cerca de 40% das crianças em idade pré-
escolar estão anêmicas.
Em muitos países em desenvolvimento, a anemia por
deficiência de ferro é agravada por infecções por vermes,
malária e outras doenças infecciosas, tais como HIV e
tuberculose.
As principais conseqüências para a saúde incluem a má
evolução da gravidez, comprometimento do desenvolvimento
físico e cognitivo, aumento do risco de morbidez em crianças e
produtividade de trabalho reduzida em adultos. A anemia
contribui para 20% de todas as mortes maternas.
O desafio
A deficiência de ferro é o distúrbio nutricional mais comum e
difundido no mundo. Além de afetar um grande número de
crianças e mulheres nos países em desenvolvimento, é a única
deficiência de nutrientes que também é significativamente
prevalente em países industrializados.
Seção 3
Deficiência de ferro
12
Os números são impressionantes: 2 bilhões de pessoas - mais
de 30% da população mundial - são anêmicas, muitas devido à
deficiência de ferro. Em áreas com poucos recursos, isto é
frequentemente exacerbado por doenças infecciosas. Malária,
HIV/AIDS, infestação por vermes, esquistossomose e outras
infecções, como a tuberculose, são fatores particularmente
importantes que contribuem para a alta prevalência de anemia
em algumas áreas.
A deficiência de ferro afeta mais pessoas do que qualquer
outra condição, constituindo um problema de saúde pública de
proporções epidêmicas. Mais sutil em suas manifestações do
que, por exemplo, a desnutrição protéico-energética, a
deficiência de ferro cobra seu tributo mais pesado em termos
de problemas de saúde, morte prematura e lucros cessantes.
A deficiência de ferro e a anemia reduzem a capacidade de
trabalho de indivíduos e de populações inteiras, trazendo
graves consequências economicas e obstáculos ao
desenvolvimento das nações. No geral, são as populações
mais vulneráveis, os mais pobres e os menos escolarizados
que são desproporcionalmente afetados pelo problema da
deficiência de ferro, e são eles que têm a ganhar mais com a
sua diminuição.
O que acontece quando os níveis estão
baixos?
Você pode ficar cansado, ter problemas de concentração, ficar
com o cabelo e as unhas em más condiçõe e se sentir
geralmente fraco. Já está demonstrado que baixas contagens
de ferro também têm um impacto negativo sobre a capacidade
de aprendizagem e sobre a capacidade física. Os níveis de
ferro de quem está já está grávida, ou planeja ficar grávida,
determinam o peso do feto, em tal grau que afeta o estado de
saúde da pessoa por toda a sua vida.
Mais de 30% de todas as mulheres em idade fértil sofrem de
contagens de ferro baixas, devido à perda de sangue
menstrual. As baixas contagens de ferro aumentam a absorção
de cádmio nocivo, já que é armazenado nos ossos e provoca
um aumento do risco para a osteoporose.
Por que isso é tão comum?
Hoje em dia comemos menos carne, rica em ferro, do que
nossos antepassados, árduos trabalhadores e vorazes. Além
disso, temos hoje um conceito de beleza diferente: nosso ideal
é ter um corpo magro e assim, consequentemente,
consumimos menos alimentos ricos em energia e minerais.
13
Suplementação
O processo de armazenagem de reservas adequadas de ferro
leva meses, da mesma forma que o esgotamento não
acontece da noite para o dia. Por esta razão a dosagem
suplementar geralmente é suficiente. Se a dosagem for
superior a 50 mg por dia, a absorção de zinco será bloqueada.
O êxito de qualquer terapia com ferro está estreitamente ligada
à facilidade de utilização. Isto significa que a tolerância e a
adesão às normas relacionadas à dosagem são muito
importantes.
Quem precisa?
As mulheres, que menstruam durante quatro dias ou mais,
quase sempre precisam de suplemento de ferro para
compensar a perda de sangue.
Outros grupos de risco são atletas, crianças e jovens em idade
de crescimento, as grávidas, lactantes e idosos, quer devido a
uma dieta pobre ou grandes perdas, ou ambos. Homens
adultos raramente sofrem de deficiência de ferro.
O que é deficiência de ferro e quem é
afetado?
O ferro transporta o oxigênio para todas as células do
organismo e participa em muitos processos no corpo. Ele não
pode ser substituído por qualquer outra coisa.
Todo o ferro vem da dieta e quando não está presente em
quantidade suficiente, os níveis caem. Baixa quantidade de
ferro no organismo é prejudicial à qualidade de vida de muitas
maneiras; as performances física e mental se deterioram,
assim como a aparência. Mulheres perdem mais ferro devido à
menstruação, uma em cada três mulheres precisam de
suplementação.
14
Por que a terapia de ferro é
problemática?
Os pacientes ficam tentados a não seguir corretamente o
tratamento, porque a mudança de seu estado de saúde será
lenta (mas a qualidade de vida será mais baixa). Os efeitos
colaterais são muito comuns e inevitavelmente levam ao
fracasso da terapia.
Nem todos os efeitos colaterais são drásticos, alguns são
apenas desagradáveis (mas levam à interrupção da terapia do
mesmo modo). Ferro em excesso pode ser perigoso, a
suplementação lenta e constante em doses moderadas,
apenas quando for necessário, é preferível.
O ferro é uma parte importante das células vermelhas do
sangue que transportam oxigênio para todas as células do
corpo. Se não temos o suficiente, é comum sentirmos falta de
ar, cansaço e dificuldades de concentração. Nossos corpos
contêm de 4 a 5 gramas de ferro. Pode ficar difícil obter o
suficiente deste importante nutriente a menos que pratos com
carne façam parte da dieta. Frutas, cereais e verduras contêm
relativamente pouco ferro útil.
Muitos de nós diminuímos o uso de carne na alimentação. Ao
mesmo tempo, comemos menos do que os nossos vorazes
antepassados. Vida sedentária e trabalho não manual faz com
que o homem consuma menos calorias e tenha menos apetite.
Isto significa que obtemos menos ferro. Também não usamos
panelas de ferro fundido para cozinhar por longos períodos,
como antes.
A aprendizagem das crianças é
prejudicada
Um balanço negativo de ferro provoca não somente fadiga
física e mental, mas também pode levar à anemia. A deficiência
de ferro nas crianças pode perturbar a capacidade de
aprendizagem e isto não pode ser substituído ao longo do
tempo.
Estamos falando, principalmente, de desenvolvimento
psicomotor e de desempenho cognitivo.
Baixos valores de ferro. Por quê?
Aproximadamente 1 a cada 3 mulheres apresenta valores
baixos de ferro. O risco é particularmente elevado sempre que
a menstruação dura mais de três dias, durante a gravidez e a
lactação. Durante a menstruação, a mulher perde uma média
de 35 a 40 mg de ferro, cerca de 10 mg por dia. É por isso que
15
as mulheres precisam de mais ferro do que os homens. Os
sintomas da depleção de ferro são tão comuns que nem
sempre são reconhecidos. Além de fraqueza e falta de ar, a
aparência também é afetada. A pele fica pálida e os cabelos e
as unhas perdem a força e brilho.
Por quanto tempo as mulheres
sangram?
Dr. Lars Ehn, de Estocolmo, usa um método simples: "Eu
pergunto às minhas pacientes do sexo feminino que se
queixam de cansaço, mal-estar e problemas de concentração,
por quantos dias eles sangram durante a menstruação. Se elas
responderem quatro ou mais, eu tenho certeza que elas
precisam de suplementação de ferro. Na realidade, ninguém
pode repor essas perdas apenas com dieta normal."
É claro que o diagnóstico deve ser confirmado com um teste de
nível de Hb e ferritina sérica. Hoje em dia a ferritina, que dá
uma indicação das reservas de ferro, é geralmente medida.
Não foi sempre assim. Anteriormente a medida de Hb era
considerada suficiente e não se fazia uma abordagem mais
profunda.
Valores de Hb normais e deficiência de
ferro ao mesmo tempo?
Um teste comum de Hb nada diz sobre o estoque de ferro. As
reservas de ferro do corpo são conhecidas quando se mede a
ferritina sérica. Quando a ferritina sérica encontra-se acima de
30 ug/l, há estoque suficiente. Se este valor cai, a absorção a
partir do intestino irá aumentar.
Em um estudo comparativo, vegetarianos apresentaram níveis
mais baixos de ferritina sérica, mas valores de HB compatíveis
com os onívoros. Isto acontece porque os níveis de
hemoglobina não começam a cair antes das reservas
começarem a se esgotar.
"Você deve se lembrar que os sintomas gerais começam a
ocorrer apenas quando as reservas de ferro acabam e os
níveis de Hb caem drasticamente. É por isso que é muito
importante verificar os níveis de ferritina sérica também." diz o
Dr. Lars Ehn. Esta é uma questão para os cuidados de saúde
no local de trabalho, principalmente. Se e quando uma mulher
trabalhadora fica fatigada em consequência de deficiência de
ferro sem ter consciência disso, os resultados podem ser
bastante graves. Estresse e desgaste são muito comum nos
dias de hoje.
 
16
Deficiência de ferro mascarada - um
problema em saúde empresarial
A deficiência de ferro pode ter os seguintes sintomas:
• Cansaço, fadiga, passividade e sonolência
• Dificuldades de concentração e maior necessidade de sono
• Prejuízo do desempenho
• Capacidade de aprendizagem diminuída
As pesquisas para prevenção de anemia por depleção de ferro
vêm acontecendo desde a década de 1960, com foco
principalmente em doadores de sangue e mulheres grávidas.
Um dos pioneiros é o Dr. Lars Ehn. Ele demonstrou que os
preparados à base de ferro heme são mais seguros e
eficientes do que os comprimidos tradicionais, com altas doses
de ferro. Ele é um dos que desenvolveram novas preparações
de ferro através de estudos.
"Eu tenho vários pacientes que tomaram preparados com ferro
heme durante anos. Eles mantiveram um equilíbrio de ferro
satisfatório sem os efeitos colaterais infelizmente muito comuns
e que muitas vezes são associados a preparados com ferro".
Hoje Dr. Lars trabalha no setor de cuidados de saúde da
empresa, onde há um grande número de pacientes do sexo
feminino com deficiência de ferro. Muitas têm uma deficiência
de ferro acobertada, ou seja, Hb normal, mas reservas
corporais de ferro muito pequenas ou inexistentes. Isto
acontece especialmente quando a mulher sangra mais do que
três dias durante a menstruação. Os depósitos de ferro são
testados medindo os níveis de ferritina sérica.
2
Existem vários grupos com
um interesse especial em
ferro e suplementação
Grupos
Conteúdo
1.! Alta prevalência de baixas contagens de ferro
2.! Menstruação e perda de sangue
3.! Baixas contagens de ferro
18
Alta prevalência de baixas contagens
de ferro
Mais de 30% de todas as mulheres em idade fértil em todo o
mundo (e com maior prevalência entre os adolescentes e nos
países em desenvolvimento), especialmente aqueles que
menstruam por mais de três dias, têm uma anemia latente e
um aumento da absorção de cádmio em vez de ferro.
Seção 1
Mulheres férteis
19
A deficiência de ferro é a explicação mais comum para a
anemia nas mulheres em idade fértil, mas as causas variam. A
perda de sangue e a gravidez ou a falta de carne na dieta são
as principais causas da deficiência de ferro em mulheres.
Outras razões mais raras incluem problemas de absorção
(adquiridos ou herdados), deficiências nutricionais (ferro,
vitamina B12, ácido fólico, zinco), ou doença (miomas, câncer,
anemias hereditárias ou distúrbios hemorrágicos).
A menstruação intensa e o parto são fontes importantes de
perda de sangue para as mulheres em idade fértil. A perda
crônica de sangue também pode ser devida à endometriose ou
miomas, que exigem uma grande quantidade de sangue. Os
miomas são geralmente benignos, mas podem crescer até o
tamanho de uma bola de tênis ou de uma toranja (grapefruit),
antes de serem detectados. Miomas do útero podem interferir
no momento do parto, levando a cesarianas. A doença de von
Willibrand é uma outra causa, muitas vezes desconsiderada,
de sangramento menstrual intenso em mulheres.
Menstruação e perda de sangue
O período menstrual dura em média de dois a cinco dias.
Estima-se que a perda de sangue pode ser pequena como
uma onça - quando o período é normal ou leve - ou de até
uma xícara - num período mais intenso.
A quantidade de sangue perdida durante o parto é de cerca de
meio litro, ou aproximadamente duas xícaras. Isto significa que
200 a 250 miligramas de ferro são perdidos. Além disso,
existem 500 a 800 miligramas de ferro no sangue e tecidos do
bebê recém-nascido que originalmente estavam no corpo da
mãe.
O sistema natural regulador de ferro nas mulheres se
encarrega de aumentar a absorção a partir de sua dieta
durante estas ocasiões de perda de sangue. A taxa de
absorção normal de 1 miligrama é aumentada para de 1,5 a 3
miligramas por dia - esta é a resposta natural do corpo
feminino para a perda de sangue.
Uma perda intensa de sangue durante a menstruação
(menorragia) é chamada de sangramento uterino anormal. De
acordo com a hotline do Centro Nacional de Recursos de
Saúde da Mulher, esta é uma das razões mais comuns para as
mulheres entrarem em contato.
O sangramento prolongado (hipermenorréia), quando a
duração pode ser de até duas semanas ou o sangramento
irregular (metrorragia), podem eventualmente levar à anemia
se a perda não for compensada com o aumento da ingestão de
ferro.
20
A perda aguda de sangue pode também ocorrer como
resultado de trauma ou cirurgia, como resultado do uso de
medicamentos tais como aspirina ou ainda outros,
especialmente aqueles utilizados para aliviar a dor da artrite, e
do abuso de álcool. Outra causa da perda de sangue é o
sangramento do esôfago em uma condição chamada síndrome
de Mallory-Weiss. Nesta síndrome o revestimento do esôfago é
lesionado, normalmente por vômitos repetidos, o que pode ser
visto nas mulheres que sofrem de bulimia.
Baixas contagens de ferro
Quando há baixas contagens de ferro há um aumento da
absorção de cádmio, que substitui o cálcio nos ossos,
aumentando o risco de osteoporose. Além disso, são muitos os
efeitos negativos da deficiência de ferro latente e da anemia, e
estão muito bem documentados. Por exemplo, diminuindo a
qualidade de vida da mãe consideravelmente e podendo
mesmo ter um impacto ao longo da vida do bebê. 
Crescer com baixos valores de ferro pode levar a sofrimento
permanente em função de dano no desenvolvimento neural e
redução da capacidade de aprendizagem.
Estamos lidando com um problema individual e um problema
social relacionados e em larga escala quando se trata da
deficiência de ferro em mulheres devida ao sangramento
menstrual.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, considera as anemias
e condições relacionadas como o segundo maior problema de
saúde depois das infecções.
A deficiência de ferro é um problema comum, especialmente
para as mulheres, tão comum, de fato, que 5 % das mulheres
entre as idades de 20 e 49 anos têm deficiência de ferro com
anemia e 11 % apresentam deficiência de ferro sem anemia.
Conteúdo
1.! Fator de risco devido à deficiência materna
2.! Efeitos ao longo da vida
21
Fator de risco devido à deficiência
materna
Baixo peso ao nascer é um fator de risco para doença
coronariana, diabetes, acidente vascular cerebral e
hipertensão. A depressão está fortemente associada com estas
condições.
Estudos na Grã-Bretanha demonstraram que as pessoas que
tiveram baixo peso ao nascer têm maior risco de
desenvolverem doença cardíaca coronariana e desordens
Seção 2
Deficiência de ferro
na maternidade
22
relacionadas a ela: acidente vascular cerebral, diabetes não
insulino-dependente, pressão arterial elevada e síndrome
metabólica.
Em um estudo com 16 000 homens e mulheres nascidos em
Hertfordshire, as taxas de mortalidade por doença coronariana
caiu duplamente entre os que estão nas extremidades superior
e inferior da distribuição de peso ao nascer.
Em grupos investigados clinicamente, a prevalência de
diabetes não insulino-dependente e de tolerância à glicose caiu
três vezes. Estes achados levaram à "hipótese da origem
fetal", que afirma que as doenças cardiovasculares e a
diabetes não insulino-dependente se originam de adaptações
que o feto faz quando está subnutrido. Estas adaptações, que
incluem retardamento do crescimento, alteram
permanentemente a estrutura e o funcionamento do corpo.
 
Efeitos ao longo da vida
Sabe-se agora que o baixo peso ao nascer e um corpo franzino
e curto estão associados com maiores taxas de doenças
cardiovasculares e diabetes não insulino-dependente na vida
adulta. A hipótese da origem fetal propõe que estas doenças se
originam através de adaptações que o feto faz quando está
subnutrido. Estas adaptações podem ser cardiovasculares,
metabólicas ou endócrinas. Elas alteram permanentemente a
estrutura e o funcionamento do corpo. A prevenção dessas
doenças pode depender da prevenção de desequilíbrios
durante o crescimento fetal ou de desequilíbrios entre o
crescimento pré-natal e pós-natal, ou de desequilíbrios no
fornecimento de nutrientes para o feto.
Anemia e deficiência de ferro durante a gravidez estão
associados com placentas mais pesadas e uma alta proporção
de peso da placenta em relação ao peso do bebê ao nascer.
Isto indica a deficiência nutricional materna como um motivo
para a disparidade entre o crescimento da placenta e do feto. E
pode ser importante na prevenção de hipertensão arterial em
adultos, que parece ter a sua origem na vida fetal.
Se o crescimento de um feto do sexo feminino for limitado por
falta de nutrientes, haverá alterações persistentes em sua
fisiologia e metabolismo, que levarão a um crescimento fetal
reduzido e à pressão sanguínea elevada na geração seguinte.
Políticas públicas de saúde que melhorem o crescimento do
feto em uma geração podem, portanto, beneficiar gerações
futuras do mesmo modo.
As crianças que têm anemia por deficiência de ferro na infância
correm o risco de apresentarem desvantagem de
desenvolvimento de longa duração, se comparados com os
seus pares com um melhor estado de ferro.
Conteúdo
1.! Anemia na gravidez
2.! Deficiência de ferro e anemia
3.! Ácido fólico e gravidez
4.! Estado nutricional e peso ao nascer
5. Hereditariedade conta?
6. ! Efeitos sobre o feto e a criança
7. ! Efeitos sobre o resultado da gravidez
23
Anemia na gravidez
A deficiência de ferro é o estado de deficiência mais comum no
mundo, afetando mais de 2 bilhões de pessoas globalmente.
Embora seja particularmente prevalente em países menos
desenvolvidos, continua a ser um problema significativo no
mundo desenvolvido, mesmo quando outras formas de
desnutrição já foram praticamente eliminadas. Uma
administração efetiva é necessária para evitar problemas
maternos e resultados de gravidez adversos, incluindo a
necessidade de transfusão de glóbulos vermelhos. 
Seção 3
Anemia na gravidez
24
A anemia é definida por Hb < 110 g/l no primeiro trimestre, <
105 g/l no segundo e terceiro trimestres e < 100 g/ L no período
pós-parto. Para as mulheres anêmicas, uma tentativa com ferro
por via oral deve ser considerada como um teste de
diagnóstico de primeira linha, em que um incremento
demonstrado em duas semanas é um resultado positivo. "
Uma vez que a contagem de Hb volte ao normal a
suplementação deve continuar por três meses e, no mínimo,
por pelo menos seis semanas após o parto para repor os
estoques de ferro.
Deficiência de ferro e anemia
A deficiência de ferro representa um espectro que vai desde a
depleção de ferro até a anemia ferropriva. Na depleção de
ferro, a quantidade de ferro armazenado (medida pela
concentração de ferritina sérica) é reduzida, mas a quantidade
de ferro funcional e de transporte pode não ter sido afetada. 
Aqueles com depleção de ferro não possuem reservas para
mobilizar caso o corpo necessite de ferro adicional. Em
eritropoiese com deficiência de ferro, o ferro armazenado está
diminuido e o ferro de transporte (medido por saturação de
transferrina) é ainda mais reduzido; a quantidade absorvida de
ferro não é suficiente para substituir a quantidade perdida ou
para fornecer a quantidade necessária para o crescimento e
funcionamento do organismo. Neste estágio, a escassez de
ferro limita a produção de glóbulos vermelhos e resulta em
aumento da concentração de protoporfirina eritrocitária.
25
Ácido fólico e gravidez
Lena, 26 anos, estava no primeiro trimestre de gravidez. Tudo
estava indo bem quando a má notícia chegou repentinamente.
O médico disse a ela que o feto tinha um grave defeito de
nascença em forma de lesão na coluna vertebral e que agora
eles tinham que decidir entre manter o bebê ou interromper a
gravidez. Como isto pôde acontecer ? Lena pensou que ela
tinha feito bem por tomar a medicação prescrita de
suplementos de ferro e ácido fólico, assim que a gravidez foi
confirmada.
A medicina moderna concluiu que uma parte integral do
sistema nervoso central do feto se desenvolve durante um
estágio em que a mãe pode não estar ciente de que está
grávida. A chamada evolução do tubo neural é dificultada pela
falta de ácido fólico na mãe. O risco de malformações
congênitas é elevado. Se o bebê nascer com um defeito na
coluna vai ser aleijado por toda a vida.
Foi demonstrado que o ácido fólico reduz os defeitos
congênitos quando tomado durante as fases iniciais do
desenvolvimento pré-natal. O risco de malformações
congênitas diminui significativamente com a suplementação de
ácido fólico. Se a gravidez é possível, é fundamental que os
níveis de folato estejam satisfatórios, pois caso contrário pode
ser tarde demais. A probabilidade é relativamente baixa, mas
não deve ser negligenciada.
Quanto ácido fólico é necessário?
A recomendação da tabela RDA (Compensações Dietéticas
Indicadas) é de 400 µg por dia para homens e mulheres, e
aumenta para 800 µg por dia durante a gravidez.
26
A ingestão normal situa-se entre 200 e 400 µg por dia. O ácido
fólico é necessário para a gênese de células e durante o
crescimento do feto. Acredita-se que o ácido fólico reduz o
risco de infarto do coração e que sua falta pode causar
alterações de células malignas no útero e do esfíncter.
Estado nutricional e peso ao nascer
Em estudos ingleses foi demonstrado que a situação
nutricional da mãe, principalmente com relação à contagem de
hemoglobina, afeta o desenvolvimento do feto e terá
consequências sobre a saúde da criança por toda a sua vida.
Como isso é possível? A pesquisa epidemiológica do Professor
David Barkers lança nova luz sobre o assunto.
Desde o início do século passado, o peso de bebês recém-
nascidos foi registrado, assim como o peso da placenta.
Sabemos hoje que um estado nutricional baixo, acima de tudo,
valores baixos de hemoglobina na mãe, se reflete na razão
entre o peso da placenta e o peso do bebê. Ao combinar esses
dados, levando em conta mais de 5 000 pessoas e
comparando-os com o desenvolvimento da saúde ao longo da
vida, foi possível chegarmos a certas conclusões. Descobriu-se
que as pessoas que nasceram de mães com baixo nível
nutricional sofriam de várias doenças, tais como baixa pressão
arterial, doenças cardíacas e diabetes em um grau mais
elevado.
Um número substancial de estudos mostra que suplementos
minerais e vitamínicos, especialmente durante o vital primeiro
trimestre da gravidez, têm uma influência decisiva sobre o
estado nutricional materno e sobre o peso do bebê ao nascer.
Dizia-se que, mesmo se a mãe tivesse baixas contagens de
ferro, o bebê iria conseguir o que precisa. Assim, os sintomas
só diriam respeito à mãe. Agora sabemos mais. Nova pesquisa
mostra que as baixas contagens de ferro na mãe têm um
impacto sobre a saúde do bebê que perdurará ao longo da sua
vida.
Hereditariedade conta?
Hoje é sabido que 1 em cada 3 muheres tem contagens muito
baixas de ferro. O armazenamento de ferro no organismo está
em um nível de 75 por cento. Aquelas que têm uma tendência
a sangrar muito, muitas vezes podem identificar o mesmo
problema em gerações anteriores, uma vez que as baixas
contagens de ferro são muitas vezes hereditárias. Alguém
poderia responder sim à pergunta: o seu sangramento é
normal? O sangramento menstrual é percebido como normal
porque não costuma variar ao longo do tempo. São normais, é
27
claro, para a pessoa em questão. A diferença é que algumas
sangram normalmente por dois dias, outras por quatro.
Efeitos sobre o feto e a criança
O feto está relativamente protegido dos efeitos de deficiência
de ferro por regulação positiva de proteínas de transporte do
ferro placentária (Gambling et al, 2001), mas as evidências
sugerem que a depleção de ferro materno aumenta o risco de
carência de ferro nos primeiros 3 meses de vida, através de
uma variedade de mecanismos (Puolakka et al, 1980, Colomer
et al, 1990).
O comprometimento do desenvolvimento psicomotor e/ou
mental está bem descrito em crianças com anemia ferropriva e
pode também contribuir negativamente sobre o comportamento
emocional da criança e em sociedade (Perez et al, 2005) e tem
uma associação com doenças do adulto, embora esta seja
uma área controversa (Beard et al, 2008 ; Insel et al, 2008).
Efeitos sobre o resultado da gravidez
Há evidências que nos permitem associar a deficiência de ferro
materna e o parto prematuro (Scholl et al, 1994), o baixo peso
ao nascer (Cogswell et al, 2003), o descolamento prematuro da
placenta e, possivelmente, o aumento da perda de sangue
periparto (Arnold et al, 2009).
No entanto, mais pesquisas sobre o efeito da deficiência de
ferro são necessárias para estabelecer uma relação causal
clara com os resultados da gravidez e do feto.
(Diretrizes do Reino Unido sobre a gestão da deficiência de
ferro durante a gravidez, Comitê Britânico de Padrões em
Hematologia.)
Conteúdo
1.! Ferro não-heme não é absorvido quando se usa
omeprazol
2.! Ferro heme funciona em acloridria
28
Ferro não-heme não é absorvido
quando se usa omeprazol
Acloridria refere-se a estados onde a produção de ácido
gástrico no estômago está baixa ou mesmo ausente, o que
prejudica a digestão de proteínas, inibindo a ativação da
enzima pepsina, dependente de um baixo pH gástrico.
Como o ácido facilita a absorção do ferro não-heme, cerca de
25% dos pacientes com acloridria desenvolvem anemia por
deficiência de ferro. A acloridria reduz a absorção de ferro,
porque o ácido gástrico libera o Fe3+ da comida e o reduz a
Seção 4
Ácido gástrico
29
ferro ferroso (Fe2+). Omeprazol é um potente supressor do
ácido gástrico que atua através da inibição da bomba de
prótons na mucosa e é usado por indivíduos com deficiência de
ferro, como parte do tratamento das perturbações do trato
gastrointestinal superior, que podem ou não ter sido a causa
primária da sua anemia.
Omeprazol e, possivelmente, todos os inibidores da bomba de
prótons, diminuem a absorção da suplementação de ferro oral.
Pacientes com deficiência de ferro que tomam inibidores da
bomba de prótons podem precisar ser tratados com terapia de
ferro de alta dose durante um período mais longo ou com
terapia de ferro intravenoso. O omeprazol é um ácido redutor
que é utilizado no tratamento do refluxo ácido e de úlceras
gástricas.
Omeprazol age impedindo as células bombeadoreas de ácido
encontradas na parede do estômago de produzirem ácido. A
falta de ácido suficiente no estômago, provocada pelo uso
repetido de omeprazol, pode afetar a absorção de nutrientes,
como o ferro dos alimentos. Pacientes que tomam omeprazol
para distúrbios estomacais crônicos podem exigir injeções de
ferro para evitar a anemia por deficiência de ferro.
Ferro heme funciona em acloridria
Ao contrário do ferro heme, o ferro não-heme depende de um
baixo pH gástrico para formar ferro ferroso bivalente solúvel a
ser absorvido pelo duodeno. A menos que seja convertido, não
poderá ser absorvido. Embora a parte heme seja absorvida
independentemente do pH gástrico, a parte não-heme requer
um pH ácido para ser absorvida.
Conteúdo
1.! Anemia pós-operatória não é incomum
2.! Sinais e Sintomas
3.! A suplementação de ferro por via oral é ! !
! frequentemente pouco eficaz
4.! Ferro heme é bom para a manutenção do !!
! tratamento
 
30
Anemia pós-operatória não é incomum
Não é incomum a presença de anemia em seguida a uma
cirurgia, entretanto ela pode ou não ser decorrente da
operação. Espera-se que uma certa quantidade de sangue seja
perdida durante a cirurgia e a quantidade varia dependendo do
procedimento.
Todos os pacientes necessitam de cuidados e observação
após uma cirurgia. A documentação do médico deve indicar a
presença de anemia por perda de sangue e que tratamento e/
ou controle adicional foram necessários.
Seção 5
Anemia pós-operatória!!
31
Sinais e Sintomas
(É importante levar em conta a idade e o tamanho do paciente
ao analisar os sinais e sintomas)
• Baixa hemoglobina/hematócrito, Desmaios, Tontura, Sede,
• Sudorese, Pulso fraco/acelerado, Freqüência respiratória
acelerada,
• Hipotensão ortostática, Palidez, Diminuição da pressão
arterial, Fadiga, Falta de ar.
A anemia pode afetar a forma como os pacientes respondem à
cirurgia e a rapidez com que retomam sua condição normal de
saúde. Infelizmente, o teste de anemia muitas vezes não é
uma prioridade durante o período pré-operatório. Anemia é
muitas vezes uma das condições mais fáceis de diagnosticar e
de tratar quando é detectada cedo o suficiente antes da
cirurgia.
A anemia frequentemente passa desapercebida e é
negligenciada por médicos e cirurgiões, já que apresenta
sintomas inespecíficos, ou mesmo nenhum sintoma. As causas
da anemia pré-operatória são diversas e podem incluir perda
aguda ou crônica de sangue, má nutrição, insuficiência renal,
doenças crônicas ou malignas.
Episódios de sangramento não tratados, juntamente com as
flebotomias freqüentes que são parte padrão do procedimento
pós-operatório, causam perda de sangue e podem contribuir
para anemia durante a cirurgia e a recuperação. A resposta
inflamatória pós-operatória pode ainda levar a um
embotamento da resposta eritropoiética e diminuição da
disponibilidade de ferro, resultando em anemia.
Pacientes submetidos à transfusão de sangue após uma
cirurgia, em consequência de anemia estão mais propensos a
desenvolver infecção pós-operatória, requerem períodos
maiores de ventilação mecânica, e têm um risco maior de
mortalidade.
A anemia é comum após uma cirurgia importante e parece
facilmente explicada pela perda de sangue durante e após o
procedimento. Além disso, a terapia é simples: são realizadas
transfusões com glóbulos vermelhos ou há prescrição de
comprimidos de ferro. Embora o uso clínico da transfusão de
sangue tenha aberto novas perspectivas em cirurgia,
transfusões estão associadas a riscos que podem causar
morbidade e mortalidade.
As características do metabolismo do ferro na anemia por
deficiência de ferro e em indivíduos saudáveis submetidos a
flebotomias são: redução na concentração de ferro sérico e
ferritina, redução de saturação da transferrina, aumento da
32
concentração de transferrina sérica e aumento da
concentração de receptores de transferrina.
A suplementação de ferro por via oral é
frequentemente pouco eficaz
Tendo em conta que a deficiência de ferro funcional é comum
no pós-operatório, torna-se importante notar que a
suplementação oral de ferro é ineficaz para aumentar os níveis
de hemoglobina neste período. Já está demonstrado que o
ferro ligado à transferrina ex vivo e administrado por via
intravenosa é rápida e quase completamente consumido pelas
células vermelhas durante a primeira semana depois da
cirurgia.
Não só ferro (e vitamina B12 e ácido fólico) é necessário para
uma produção adequada de glóbulos vermelhos, mas também
necessitamos de EPO para estimulação da eritropoiesis. Na
fase de pós-operatório, um curto período de deficiência de
eritropoietina relativa (EPO), pode acontecer até o quarto dia
após a cirurgia.
A anemia pós-operatória pode ser considerada uma variante
aguda da anemia de doença crônica, devido ao efeito do
processo inflamatório inerente ao procedimento. Este efeito
inflamatório exerce sua influência sobre a eritropoiese
causando um distúrbio do metabolismo do ferro, induzindo
deficiência de ferro funcional através de um embotamento da
resposta de eritropoietina. Essas descobertas podem ter
implicações para o seu tratamento.
Será que os pacientes pós-operados se beneficiariam de níveis
de hemoglobina mais elevados? Um estudo publicado por
Lawrence et al. em 2003, afirma: "Sim, certamente." Dois
importantes benefícios foram observados em pacientes em
pós-operatório ortopédico. O primeiro foi um melhor estado
funcional: eles pareciam andar melhor! Percebe-se que a
capacidade de um paciente andar sem assistência 60 dias
após ser operado tem uma relação estreita com o sucesso da
33
cirurgia e até com a sua sobrevivência. Em segundo lugar, os
pacientes tinham uma reabilitação mais eficaz. Por exemplo,
permaneceram menos tempo no hospital.
Atentar para a anemia é especialmente importante para o
paciente cirúrgico durante todo o processo, incluindo o período
pré-operatório, a cirurgia em si, além do período de
recuperação pós-operatório. Estima-se que de um terço à
metade dos pacientes cirúrgicos podem estar anêmicos no pré-
operatório, em função das condições primárias pelas quais
necessitam de cirurgia. Após cirurgias, a anemia é ainda mais
comum, afetando 90 % dos pacientes.
Ferro heme é bom para a manutenção
do tratamento
Devido à excelente tolerância a longo prazo, ao preço, à
facilidade de utilização e a uma boa eficácia, o ferro heme é
especialmente eficiente no tratamento de manutenção.
Conteúdo
1.! Doenças crônicas frequentemente associadas à
! anemia
2.! Por que o ferro intravenoso nem sempre é bom
3.! Terapia por longo tempo
34
Doenças crônicas frequentemente
associadas à anemia
Há um grande número de pessoas com doenças crônicas
variadas que apresentam anemia. Por exemplo, pacientes com
doença renal crônica, doença inflamatória intestinal ou doença
cardíaca coronariana, além de muitas outras.
Seção 6
Doenças Crônicas
35
Por que o ferro intravenoso nem
sempre é bom
Pacientes crônicos geralmente tomam por via oral comprimidos
regulares contendo ferro não-heme sintético em altas doses,
até que o tratamento tenha que ser interrompido devido a
efeitos colaterais. A alternativa é usar ferro intravenoso, um
tratamento muito caro e inconveniente. Existem riscos
potenciais na aplicação de ferro injetável por longos períodos
de tempo, tais como superdosagens e aumento do estresse
oxidativo.
Injeções intravenosas de ferro têm se mostrado eficazes, os
depósitos de ferro no organismo ficam
garantidos e a gênese de sangue é
mais eficiente. Os efeitos colaterais
relacionados com as injeções são
poucos, mas reações alérgicas graves
podem acontecer.
Existem também riscos relacionados à
utilização das injeções de ferro por
longo período de tempo. Injeções
intravenosas de ferro causam
exacerbação do estresse oxidativo na
circulação.
Além disso, a quantidade de ferro no corpo passa a estar
frequentemente muito alta, o que é associado à inflamação
crônica e dano vascular. Isto é especialmente preocupante,
pois sabe-se que os pacientes com doença renal crônica, por
exemplo, apresentam estresse oxidativo aumentado,
inflamação crônica de baixo nível e doença vascular grave.
E isto também explica em parte porque os pacientes com
doença renal crônica frequentemente morrem prematuramente
devido à doença cardiovascular.
Terapia por longo tempo
A tolerância ao ferro heme é igual ou próxima à tolerância ao
placebo. Não há nenhuma alteração na tolerância ao longo do
tempo. A absorção de ferro heme é várias vezes superior e a
taxa de efeitos colaterais significativamente inferior às do ferro
não-heme oral. O ferro heme é absorvido através de uma via
separada e não tem que ser descontinuado quando o
tratamento intravenoso é iniciado. Isto pode possibilitar maiores
intervalos entre as injeções - caras, inconveniente e dolorosas. 
Ele também torna a auto-medicação mais fácil e aumenta a
liberdade para viajar.
Conteúdo
1.! Efeito da suplementação em doadores de !
! sangue.
2.! Por que ferro heme?
3.! Ferro heme é suficiente?
36
Efeito da suplementação em doadores
de sangue
Uma vez que a doação de sangue é voluntária e que este é um
serviço que prestamos gratuitamente ao nosso semelhante, é
natural "preservar as fontes". Isto significa que os doadores de
Seção 7
Doação de Sangue
37
sangue deveriam receber suplementação de ferro para
compensar a perda com o sangue doado, especialmente se
forem detectados valores baixos." " " " " "
Isto nem sempre acontece, em função da baixa eficácia do
ferro não-heme oferecido e de seus efeitos colaterais
freqüentes.
Por que ferro heme?
As formas heme e não-heme de ferro são absorvidas por
mecanismos diferentes. Os habituais preparados à base de
ferro não-heme, como sulfato ferroso, produzem efeitos
colaterais indesejáveis, tais como constipação, dores de
estômago ou diarréia. Isto muitas vezes leva os doadores a
parar de tomar os suplementos, o que significa que eles só
podem doar sangue talvez uma ou duas vezes por ano, em vez
das possíveis três vezes. Baixa contagem de ferro entre
doações também diminui a qualidade de vida dos doadores.
Há muitos fatores negativos que influenciam a absorção de
ferro não-heme. Entre estes estão a ingestão de taninos no chá
e café. Fitatos em pão ázimo integral, proteínas do leite,
albumina e proteínas de soja também podem reduzir a
absorção. Isto significa que uma dieta regular e suplementos
não-heme podem não ser suficientes para compensar a perda
de ferro.
Ferro heme é suficiente?
Suplementos não-heme com 100 mg Fe++ por dose,
apresentam regularmente uma incidência de efeitos colaterais
que levam à interrupção do tratamento em cerca de 30% dos
casos. Os doadores que têm experiências negativas anteriores
não vão provavelmente tomar suplemento algum.
Observa-se que após uma doação, a absorção de ferro não-
heme praticamente cessa por cerca de quatro dias.
Trinta dias de suplementação com 100 mg Fe++, ferro não-
heme com biodisponibilidade a 2%, promove teoricamente a
absorção de 60 mg de ferro. A 5%, o que é incomum, o valor
passa a ser 150 mg. A partir daí cai, dependendo de fatores
mencionados anteriormente.
A longo prazo há também uma mudança na absorção de ferro
não-heme, devido a um entorpecimento da mucosa e a
constantes sensações desagradáveis fruto de distúrbios
gástricos (nem todos os efeitos colaterais levam à interrupção
do tratamento). Isto se deve ao fato de que, para ser absorvido,
o ferro não-heme tem que ser separado de seu elemento de
38
transporte no ambiente ácido do estômago. A absorção é baixa
e isso vai deixar íons de ferro livres no intestino. Estes são em
si altamente reativos e considerados tóxicos para o organismo.
A suplementação com 18 mg de ferro heme por trinta dias, com
uma biodisponibilidade de 20%, resulta em 108 mg de ferro
absorvido. O ferro heme é muito bem tolerado e é conhecido
por ter uma taxa de efeitos colaterais assim como placebos.
Isso significa uma maior chance de sucesso para a terapia.
É por isso que comprimidos de ferro heme, com uma dose de
18 mg de Fe++, podem competir com comprimidos de 100 mg
de Fe++ não-heme.
O ferro heme também não irá bloquear a absorção de zinco,
como fará o ferro não-heme em doses superiores a 60 mg.
Conteúdo
1.! Estado de ferro ideal é importante
2.! Anemia no esporte
3.! Por que ferro heme?
39
Estado de ferro ideal é importante
A maioria dos atletas sabe
que ferro é um mineral
necessário para a
formação dos glóbulos
vermelhos utilizados para
o transporte de oxigênio
para os músculos e que a
insuficiência de ferro causa
anemia, caracterizada por
fadiga, letargia e falta de
energia de um modo geral.
Desta forma, eles sabem ainda que a manutenção do estado
de ferro e a verificação dos níveis de glóbulos vermelhos ou
hemoglobina (Hb) é vital para o desempenho.
Basicamente, as dificuldades relacionadas a ferro podem
assumir duas formas: deficiência de ferro ou anemia. A
deficiência de ferro tem duas fases distintas. A primeira fase,
depleção de ferro, é caracterizada por níveis de ferritina no
sangue inferiores a 12 µg/ml, o que indica que os níveis de
ferro foram significativamente reduzidos.
Seção 8
Atletas
40
A ferritina, uma proteína-
chave que se une ao
ferro, serve como um
importante mecanismo
para o armazenamento
de ferro no organismo. A
segunda fase da
deficiência de ferro
envolve a eritropoiese
com deficiência de ferro,
o que basicamente
significa que as células
vermelhas do sangue
recém-criadas contêm
ferro em quantidade
inferior à normal.
O corpo humano contém aproximadamente de 3 a 5 g de ferro.
A perda diária de 1 a 2 mg é substituída pelo ferro contido na
dieta (8 mg/dia para homens adultos e 18 mg/dia para
mulheres adultas), absorvido no intestino delgado por
enterócitos duodenais.
Se o estado de ferro se torna empobrecido (através da
ingestão inadequada, má absorção ou perdas de ferro), os
níveis de hemoglobina do sangue vão cair, levando a uma
redução na capacidade de transporte de oxigênio. O resultado
é fadiga, cansaço e falta de ar, mesmo após esforço suave - os
sinais clássicos de anemia.
Anemia no esporte
Atletas em treinamento pesado estão em risco devido à
chamada anemia esportiva. Este risco é maior para as
mulheres, por causa da perda mensal de sangue no período
menstrual. Também é comum que atletas comam e bebam
mais "calorias vazias", o que para um corpo jovem em
crescimento com aumento de massa muscular e volume de
41
sangue pode ser um problema para o desempenho e resultar
em fadiga. No entanto, a hemólise acontece principalmente,
em decorrência do impacto do pé no chão (no caso de
corredores, por exemplo).
A hemólise é a avaria e destruição das células vermelhas do
sangue causadas pelo impacto físico-mecânico dos pés no
solo, que acontece quando corremos, por exemplo, e leva à
evasão e perda de ferro. No passado, imaginava-se que o
velho teste de hemoglobina fosse suficiente para determinar o
estado de ferro de um atleta, a faixa 'normal' sendo de 12 a 16
g/dl (gramas por decilitro), e medidas inferiores a 12 g/dl
significando anemia ferropriva.
Entretanto, pesquisas mais recentes indicaram que uma
pessoa pode estar bastante deficiente em ferro sem ser
diagnosticada como anêmica. Isto acontece porque a redução
da hemoglobina no sangue é um dos últimos estágios da
deficiência de ferro, e uma série de sistemas dependentes de
ferro podem sofrer antes que esta fase final seja detectada.
A depleção de ferro é um processo contínuo e, se não for
tratada, acabará por resultar em anemia por deficiência de
ferro. A anemia por deficiência de ferro é uma condição onde o
ferro está tão esgotado que a produção dos glóbulos
vermelhos e da hemoglobina é limitada.
Cerca de 30% das mulheres adultas e 40% das adolescentes
são deficientes em ferro, enquanto cerca de 6% de ambos os
grupos sofrem de verdadeira anemia ferropriva. No entanto,
estudos com atletas relatam maior freqüência de problemas
com ferro; pesquisas indicam que cerca de 19% dos nadadores
e corredores podem estar sendo perturbados por anemia
ferropriva, o que pode ter um impacto muito negativo no
desempenho.
Problemas relativos a ferro podem ter um grande impacto
sobre o desempenho. A anemia, reduzindo a capacidade de
transporte de oxigênio pelo sangue, pode corroer a capacidade
42
aeróbica máxima (V02max), diminuir a resistência e aumentar
a fadiga.
Tecnicamente, a anemia está presente se os níveis de
hemoglobina caírem para menos de 12 g/dl ou se o
hematócrito estiver abaixo de 36%. No entanto, lembre-se que
as leituras "normais" para estas duas variáveis podem de fato
não serem normais. Uma atleta do sexo feminino com
hematócrito de 37% está na faixa normal, por exemplo, mas se
o seu hematócrito normal for 42%, ela estaria de fato
ligeiramente anêmica e sua performance atlética sofreria.
Por que ferro heme?
Igualmente importante para a eficácia é a boa tolerância.
Problemas de estômago podem ser trágicos para atletas.
O ferro heme, em contraste com o ferro sintético, é absorvido
cerca de quatro vezes mais eficientemente e contém um
equilíbrio natural de minúsculos elementos-traço e outros
componentes que são essenciais para a produção de glóbulos
vermelhos e para as funções gerais do corpo.
A manutenção de um estado de ferro ideal pode ser muito mais
importante para os atletas do que se pensava antes,
especialmente tendo em vista que até mesmo um déficit leve
parece reduzir a capacidade máxima de captação de oxigênio
e a eficiência aeróbica, além de reduzir a resposta do corpo ao
treinamento aeróbico.
3
Perguntas mais frequentes
sobre ferro e deficiência de
ferro
Notas
FAQ & Notas
Conteúdo
1.! Por que baixos níveis de ferro são tão comuns?
2.! O que acontece quando os níveis de ferro estão
! baixos?
3.! Que formas de ferro digerível existem?
4.! Como o ferro fica armazenado no corpo?
5.! O que afeta a absorção?
6. Você pode absorver ferro em excesso?
7. Entendo que a fonte para o ferro heme é sangue
bovino da indústria de alimentos. E quanto à
BSE (vulgo doença da vaca louca) e similares?
8. Quão seguro é o ferro heme?
9. Ouvi que ferro heme pode ser cancerígeno
44
Por que baixos níveis de ferro são tão
comuns?
Principalmente porque hoje em dia comemos menos e temos
uma dieta mais pobre em carne rica em ferro do que os nossos
antepassados
Hoje temos também um conceito de beleza diferente,
valorizando um corpo magro e, assim, consumindo menos
alimentos ricos em energia e minerais. As mulheres que
menstruam por três dias ou mais quase sempre precisam de
suplementação de ferro para compensar a perda de sangue.
Outros grupos de risco são atletas, jovens em crescimento,
grávidas e lactantes. Homens adultos raramente sofrem de
deficiência de ferro.
O que acontece quando os níveis de
ferro estão baixos?
Você pode ficar cansado, ter problemas de concentração,
problemas com seu cabelo e unhas e se sentir fraco em geral.
Baixas contagens de ferro também têm um impacto negativo
sobre a capacidade de aprendizagem, bem como sobre a
Seção 1
Perguntas mais
frequentes
45
capacidade física. Os níveis de ferro das grávidas e das
mulheres planejando uma gravidez afetam o peso do feto. Num
tal grau que irá afetar o estado de saúde da pessoa por sua
vida inteira. Além disso, a absorção de cádmio é elevada, o
que pode levar a osteoporose.
Que formas de ferro digerível existem?
O ferro elementar é chamado orgânico ou ferro heme quando
está ligado às proteínas hemoglobina ou mioglobina, como no
caso das refeições de carne.
Todas as outras formas de ferro são inorgânicas ou não-heme
e isso acontece quando a molécula de ferro está quelatada ou
ligada a, por exemplo, sais (como em vegetais), amido, citratos
ou outros compostos químicos.
 
Como o ferro fica armazenado no
corpo?
Em um exame de sangue, o valor de Hb indica a quantidade de
ferro que o corpo tem disponível para transportar oxigênio para
as células. O valor de ferritina é usado para medir ferro
armazenado. O ferro também é utilizado para o crescimento
muscular e em enzimas.
O que afeta a absorção?
Café, chá, leite e pão integral diminuem a absorção de ferro,
enquanto a vitamina C, por exemplo no suco de laranja, tem
um efeito positivo.
O ferro heme em refeições de carne é absorvido por um
mecanismo separado e sua absorção praticamente não sofre
influência daquilo que é consumido ao mesmo tempo.
Entretanto, considera-se que o cálcio em produtos lácteos
geralmente provoque redução da absorção de ferro.
 
Você pode absorver ferro em excesso?
Sim, se você sofre de hemocromatose, doença rara e
hereditária ou se for de repente exposto a grandes doses A
dose que configura envenenamento é de 20 mg ou mais por
cada quilo de peso corporal. O resultado é principalmente
náusea, mas pode ser perigoso. Esta é a razão pela qual os
suplementos de ferro devem sempre ser mantidos fora do
alcance de crianças. Normalmente o corpo regula
automaticamente a absorção de ferro, de modo que o excesso
não é absorvido.
46
Quando se usa ferro heme, apenas o que é necessário é
absorvido. O resto permanece inerte no intestino, ao contrário
do que acontece quando o ferro é não-heme, que deixa a parte
não-absorvida como íons de ferro livres tóxicos e reativos no
estômago, provocando efeitos colaterais gastro-intestinais. A
eficácia do ferro heme é tão boa, que uma dose pequena é
tudo o que é necessário para a reposição de ferro.
Entendo que a fonte para o ferro heme
é sangue bovino da indústria de
alimentos. E quanto à BSE (vulgo
doença da vaca louca) e similares?
Não existe mais BSE na UE e o processo de certificação é
muito rigoroso. Hoje isso não é um problema, nem mesmo
teoricamente
Quão seguro é o ferro heme?
Nunca houve quaisquer efeitos colaterais graves ou
intoxicações relatados, mesmo após o uso massivo desde os
anos 1970. Em estudos clínicos, a proporção de efeitos
colaterais é em nível de placebo (o mais baixo possível). É
pouco provável que ocorra envenenamento com as doses
baixas dos comprimidos de ferro heme. Hoje a matéria-prima
evoluiu e a adição de ferro não-heme não é mais necessária.
Ouvi que ferro heme pode ser
cancerígeno
Não, não pode ser. Esta confusão acontece porque a palavra
heme é às vezes usada como uma medida de consumo de
carne; como qualquer pessoa pode entender, consumir uma
grande quantidade de carne em diferentes formas, além de
todos os acompanhamentos, pode causar problemas à saúde.
Especialmente as carnes que são preparadas com sais de
nitrato, aditivos, especiarias, gordura, sabores, etc são
frequentemente prejudiciais para o ser humano e mesmo
cancerígenas.
O ferro heme é, por definição, a forma de ferro que é
naturalmente ligado à hemoglobina e à mioglobina. É a forma
mais importante de ferro na dieta, muito eficiente, não tem
efeitos colaterais conhecidos e não é cancerígeno. O ferro
heme natural na série OptiFer® de suplementos tem apenas
boas consequências para a saúde, é muito eficaz e é livre de
efeitos colaterais nas doses recomendadas...
Conteúdo
1. Agradecimentos
2. Sobre o autor
47
Agradecimentos
Agradecemos a Leila Pais de Miranda pela tradução e
assistência na revisão do texto.
As imagens são cortesia de FreeDigitalPhotos.net.
Sobre o autor
Michael é gerente de marketing graduado em Administração.
Sua experiência reside principalmente na comercialização de
produtos farmacêuticos. É extrovertido e comunicativo, bom
administrador e gerente de projetos e informação,
estabelecendo e trabalhando contatos.
Desde a graduação, trabalhou como especialista de produto
para a Roche na Finlândia, no âmbito da clínica geral e da
reumatologia. Depois, como gerente de produto para a DCG
Nordic AB, subsidiária da Biologische Heilmittel Heel GmbH
desde 1994. Subsequentemente na Cryoguard Sweden AB,
também como Gerente de Marketing.Seu grau acadêmico é de
Bacharel em Economia e Administração de Empresas. É
também especialista registrado em produtos na área de
farmacologia e medicina.
Seção 2
Notas
48
Hoje trabalha em marketing e desenvolvimento de mercado,
com responsabilidades na gestão de marketing de produtos e
estudos científicos, nos projetos gráficos e elaboração de
textos, impressos e em meio digital. Ele pode ser contatado em
michael.collan@hotmail.com 
Trabalhou agora lançando os produtos exclusivos com ferro
heme de FerroCare/MediTec. Estudos clínicos estão a
caminho.
Os websites são
www.optifer.international
www.hemeiron.com
www.optiferalpha.com
FerroCare também está fazendo documentários e clipes a
respeito dos produtos e sobre ferro heme e porque e como ele
funciona tão bem.
“O ferro heme natural tem sido utilizado largamente na Escandinávia por
mais de 30 anos. Não há efeitos colaterais conhecidos e estudos clínicos
mostraram que a tolerância é comparável ao placebo. Efeitos colaterais
graves ou intoxicações jamais foram relatados.
O ferro heme natural é a única alternativa ao ferro sintético em suplementos,
pois há apenas dois tipos de ferro que o corpo humano pode utilizar por
via oral.
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FerroCare www.ferrocare.se
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45179 Grundsund, Sweden
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O ferro heme é um produto com características únicas, seguro e natural
Excelente eficiência e tolerância a longo prazo
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Excelência em Eficiência e Tolerância ao FerroExcelência em Eficiência e Tolerância ao Ferro
Os comprimidos OptiFer® C são o suplemento de ferro ideal para situações em que
a dieta normal não oferece uma ingestão adequada de ferro ou para pacientes
crônicos que sofrem de baixas contagens de ferro e necessitam de terapia a longo
prazo. Os comprimidos OptiFer® C contêm vitamina C para aumentar ainda mais a
absorção.
Os comprimidos OptiFer® se desintegram natural e lentamente, permitindo que
o ferro não heme e o ferro heme orgânico sejam absorvidos uniformemente ao
longo do tempo, reduzindo assim a incidência de doenças do trato gastrointestinal.
OptiFer® utiliza eficazmente os dois mecanismos de absorção de ferro.
"O tratamento dietético contendo ferro heme
tem poucos efeitos colaterais e
pode ser usado de forma eficiente para
melhorar o equilíbrio de ferro nas mulheres
em idade reprodutiva ".
(Hoppe et al. Nutrição. 2.012 27 de agosto)
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Tudo sobre o ferro heme natural e seus benefícios

  • 1. Tudo o que você precisa saber sobre o ferro heme Michael Collan Ferro Heme O caminho natural para a suplementação de ferro
  • 2. 1 O ferro heme natural vem sendo amplamente utilizado na Escandinávia há mais de 30 anos. Não há efeitos colaterais conhecidos e a tolerância está em nível de placebo em estudos clínicos. Intoxicação ou efeitos colaterais severos jamais foram relatados. Ferro Heme O caminho natural para a suplementação de ferro
  • 3. Conteúdo 1.! Uso prolongado com experiências positivas 2.! O que é ferro heme? 3.! Dois tipos de ferro 4. Ferro heme em uso 5. Micronutrientes 6.! Absorção e efeitos colaterais 7.! O ferro heme é eficaz e bem tolerado 2 Uso prolongado com experiências positivas Comprimidos contendo hemoglobina bovina e suína têm sido utilizados para suplementação alimentar na Escandinávia desde os anos 1970. Não há relatos sobre efeitos colaterais graves ou casos de intoxicação por milhões de usuários, literalmente. O ferro heme é natural para o homem e ainda é a melhor e mais eficiente maneira de absorver o ferro que precisamos para viver e para que os nossos corpos funcionem corretamente. Em uma dieta normal, o ferro heme obtido a partir de produtos de carne desempenha um grande papel. Usado em suplementos é eficaz e há um excelente registro de tolerância. O ferro é um elemento traço essencial que tem importantes funções metabólicas, incluindo o transporte e o armazenamento de oxigênio e muitas reações redox. A ingestão insuficiente pode acarretar anemia, resultados adversos na gravidez, comprometimento do desenvolvimento psicomotor e cognitivo e redução da função imunológica. Seção 1 Ferro Heme
  • 4. 3 Os suplementos de ferro mais comuns utilizados atualmente são sintéticos e muitas vezes produzem efeitos colaterais gastrointestinais que em muitos casos implicam na interrupção da importante terapia. As mulheres modernas normalmente mantêm uma dieta variada e vivem de modo saudável. Apesar disso, a deficiência de ferro é mais comum hoje do que há 50 anos. Isto se deve principalmente ao fato de que as mulheres comem em quantidade menor do que antes no total e, comparativamente, ingerem menos ferro heme. Existem dois tipos de ferro nos alimentos: o ferro inorgânico - encontrado em vegetais e ainda como enriquecimento ou suplementos - e o ferro orgânico, também conhecido como hemoglobina ou ferro heme, encontrado em refeições à base de carne. As mulheres hoje em dia tendem a comer menos carne e mais vegetais e, assim, obtêm menos ferro heme do que antes. O que é ferro heme? Na Suécia, desde os anos 1970, há grande interesse em utilizar a hemoglobina em pó hemolizada derivada da indústria de alimentos como matéria-prima para a substituição do ferro, já que esta é de longe a sua forma mais bem tolerada e eficiente Ao longo dos anos, a matéria-prima vem sendo desenvolvida e utilizada em vários produtos.
  • 5. 4 Hoje existe uma nova forma de matéria-prima, onde os íons de ferro são ligados à hemoglobina natural para aumentar o teor de ferro. Desta forma, é agora possível ter toda a dose terapêutica em um comprimido que contém apenas ferro heme. Existem dois caminhos para obtenção de ferro na dieta. O ferro heme, que é encontrado em todos os produtos à base de carne, é absorvido de modo eficiente e como uma unidade inteira. O outro tipo é simplesmente ferro não-heme, que tem que ser fragmentado no intestino para que o ferro possa ser absorvido. A maioria do ferro livre permanece no intestino e provoca efeitos colaterais tais como constipação, diarréia e dores de estômago. A absorção do ferro não-heme é também afetada por outros alimentos consumidos. Chá, café, leite e ovos, por exemplo, vão prejudicar a absorção, enquanto a vitamina C presente em um suco de laranja vai ajudar a absorção do ferro não-heme Dois tipos de ferro Em uma dieta normal, variada, encontram-se cerca de 15 mg de sais de ferro não-heme (quantidade diária). A maior parte, 14,5 mg, não será absorvida. Em contrapartida, da quantidade de ferro heme, que constitui uma parte menor da dieta, mais de um quarto será utilizado. Estudos comprovam que a incidência de efeitos colaterais relacionados ao uso de produtos de ferro heme se iguala à de experiências com placebo. O mecanismo de absorção do ferro heme não deixa íons de ferro livres no intestino, causadores de perturbações e potencialmente cancerígenos. Ferro heme em uso O médico responsável na clínica Curera em Estocolmo e em Solna Läkarcenter, Dr. Lars-Göran Kjellin, é um dos muitos médicos satisfeitos que usam comprimidos de ferro heme com os seus pacientes. "É um complemento excelente e bem-vindo para os preparados de ferro encontrados atualmente. Muitos pacientes não conseguem lidar com os medicamentos habituais de ferro por causa dos efeitos colaterais causadores de problemas estomacais." Quando os pacientes passam a utilizá-los, tornam-se livres de sintomas e as leituras de ferro sérico e hemoglobina são corrigidas. Nos exames de saúde de nossa empresa procuramos checar se há deficiência de ferro entre as mulheres, por exemplo. Este é, surpreendentemente, muitas vezes, o problema dos pacientes com sintomas de fadiga. Quando eles obtêm o
  • 6. 5 tratamento, os níveis de ferro no sangue voltam ao normal e os pacientes se sentem melhor, sem efeitos colaterais." Micronutrientes A hemoglobina bovina natural não é só uma fonte de ferro bem tolerada e eficaz. É também rica em micronutrientes e, por exemplo, aminoácidos e substâncias de sinal que, juntos, fazem com que a formação do sangue aconteça de modo naturalmente mais eficiente. Chamadas de micronutrientes porque são necessárias em quantidades bem pequenas, estas substâncias são as "varinhas mágicas" que possibilitam a produção de enzimas, hormônios e outras substâncias pelo corpo, essenciais para o crescimento e desenvolvimento adequados. Apesar das quantidades necessárias serem mínimas, as conseqüências de sua ausência são graves. Em termos de saúde pública mundial, as mais importantes são iodo, vitamina A e ferro; a sua falta representa uma grave ameaça para a saúde e para o desenvolvimento das populações ao redor do globo, especialmente para as crianças e mulheres grávidas em países de baixa renda (OMS). Ao longo da vida, seres humanos e outros organismos precisam de micronutrientes para orquestrar uma variedade de funções fisiológicas. No caso humano os micronutrientes incluem os minerais traço da dieta, em quantidades geralmente menores do que 100 miligramas/dia - ao contrário dos macrominerais, que são necessários em quantidades maiores. Os micronutrientes, ou elementos traço, incluem, entre outros, ferro, cobalto, cromo, cobre, iodo, manganês, selênio, zinco e molibdênio. Os micronutrientes incluem também as vitaminas, que são “... um composto orgânico e um nutriente essencial que um organismo requer em quantidades limitadas.” (Wikipedia) Absorção e efeitos colaterais Uma outra diferença entre o ferro heme e os sais de ferro é que a molécula de hemoglobina é absorvida sem redução prévia no intestino. Deste modo a captação é mais eficiente e não é afetada por outros alimentos simultaneamente digeridos. Já a absorção do ferro não-heme é bastante afetada pela presença de chá, café, leite ou pão integral. Todos estes afetam a absorção de uma forma negativa.
  • 7. 6 Um copo de suco de laranja contribui para uma absorção mais eficiente. Por dia, uma dieta variada normal provê 15 mg de sais de fer- ro. Destes, 14,5 mg não serão absorvidos. No caso do ferro he- me, que constitui uma parte menor da dieta, mais de um quarto será absorvido. Estudos confirmam que a incidência de efeitos colaterais relacionados ao uso de produtos de ferro heme é equivalente ao encontrado em ensaios com placebos. O mecanismo de absorção do ferro heme não deixa íons de ferro livres no intestino, causadores de perturbações e potencialmente cancerígenos.
  • 8. 7
  • 9. Conteúdo 1.! Por que precisamos de ferro? 2.! O ferro na dieta 3.! O corpo regula a absorção 4.! Mulheres, protejam-se contra o cádmio e !! ! salvem-se da osteoporose! 8 Por que precisamos de ferro? O ferro é parte importante das células vermelhas do sangue, responsáveis pelo transporte de oxigênio para todas as partes do corpo. Nada pode substituí-lo. O ferro é o quarto elemento mais comum na crosta terrestre e possivelmente o principal constituinte do núcleo da Terra. O ferro também é fundamental para a vida. Cada ser humano adulto carrega cerca de 3,5 a 4 g de ferro. Apesar de ser uma pequena quantidade de mineral quando comparada ao peso corporal, o ferro é essencial, sendo um bloco de construção chave em várias proteínas, o ferro é distribuído em três compartimentos principais do corpo. O compartimento principal de ferro no corpo humano adulto (30 mg/kg de peso corporal) é o sangue circulante, onde cada um dos eritrócitos maduros carrega quatro proteínas heme com um átomo de Fe cada. As proteínas heme transportadoras de oxigênio estão também presentes na mioglobina, proteína responsável pelo transporte e armazenamento de oxigênio nos músculos (4 mg de Fe/kg). Uma fração menor mas ainda importante (2 mg Fe/kg) está presente em vários tecidos como enzimas e outras proteínas contendo ferro. Seção 2 Absorção de ferro
  • 10. 9 A lista completa de proteínas ligadas a ferro funcional ainda não é conhecida, mas o ferro é essencial para as proteínas de transporte de elétrons presentes em todas as células do corpo, por exemplo, citocromos, ativadores de oxigênio molecular (isto é, peroxidases e catalases) e muitos outros. O terceiro compartimento de ferro é o ferro de armazenamento, que mantém o corpo preparado para a perda inesperada ou alterações da absorção de ferro. Este é um compartimento de amortecimento, onde grandes alterações podem ocorrer entre um estado da depleção de ferro (1 a 2 mg/kg) e um de plenitude, sem afetar os compartimentos de ferro funcional. As principais proteínas de reserva são ferritina e hemossiderina. O ferro na dieta A quantidade média de ferro ingerido na dieta é de 12 a 18 mg por dia. Em indivíduos saudáveis, a necessidade é, em média, de 1 mg de ferro por dia para homens, 1,5 a 2,5 mg por dia para mulheres e de 2 a 3 mg por dia para as grávidas, correspondendo a um total de 500 a 1 000 mg. As exigências de ferro devem compensar a demanda durante o crescimento, a gravidez e as perdas fisiológicas e patológicas. Em condições normais de saúde, a gestão de ferro no corpo é conservativa, com pouca ou nenhuma perda do ferro no organismo, a não ser por 1 a 2 mg sendo excretados, principalmente pelo desprendimento de células do trato gastrointestinal e da pele, assim como pela menstruação . O corpo regula a absorção Apenas cerca de dez por cento do ferro digerido é absorvido no intestino. Quando os valores de ferro estão baixos, a absorção aumenta. Se obtivermos muito ferro a captação será bloqueada. Em outras palavras, o próprio organismo regula a absorção do ferro na dieta. A única exceção seria uma grande e brusca sobredosagem de ferro. Isto pode acontecer, por exemplo, se crianças tomarem comprimidos de ferro por doces.
  • 11. 10 Neste caso, o mecanismo de bloqueio é neutralizado e o resultado é envenenamento por ferro. Os sintomas começam com náuseas e vômitos. Esta é a razão pela qual fármacos com ferro não-heme sempre devem ser mantidos fora do alcance de crianças. Mulheres, protejam-se contra o cádmio e salvem-se da osteoporose! Assim como o chumbo e o mercúrio, o cádmio, entre outros, é um dos metais pesados. Estes são extremamente prejudiciais para o organismo humano. "Mulheres que têm valores baixos de ferro (e, especialmente, aqueles que fumam) estão na zona de risco de absorver muito cádmio.", diz Marie Vahtner, mestre de toxicologia dos metais no Karolinska Institutet, em Estocolmo. Num estudo foram observados vários fatores alimentares, entre estes cádmio. Notou-se que em diferentes grupos de dieta a ingestão de cádmio foi praticamente a mesma. Apesar disso, houve uma correlação negativa entre baixas contagens de ferro e altos teores de cádmio no organismo. "Quando temos baixos estoques de ferro a absorção no intestino aumenta. Como consequência a ingestão de cádmio aumenta também.", diz Marie Vahtner. Até agora, o maior grupo associado ao cádmio tem sido o dos fumantes. As folhas de tabaco contêm grandes quantidades de cádmio e a absorção nos pulmões é maior do que nos intestinos. Esta é a razão pela qual os fumantes têm, frequentemente, níveis de cádmio próximos ao nocivo. O cádmio é armazenado principalmente nos ossos e uma vez lá, substitui o cácio e bloqueia sua absorção pela estrutura óssea, levando à osteoporose. Portanto, o risco para osteoporose é considerável para aqueles que têm baixa contagem de ferro e depósitos de ferro esgotados.
  • 12. Conteúdo 1.! A Deficiência De Ferro Ao Redor Do Mundo! ! 2.! O Que Acontece Quando Os Níveis Estão Baixos?! 3.! Suplementação! ! ! ! ! ! ! ! ! 4.! Quem Precisa?! ! ! ! ! ! ! ! ! 5.! O Que É Deficiência De Ferro E Quem É Afetado?! ! 6.! Por Que A Terapia De Ferro É Problemática?! ! 7.! A Aprendizagem Das Crianças É Prejudicada! ! 8.! Baixos Valores De Ferro. Por Quê?! ! ! ! 9.! Por Quanto Tempo As Mulheres Sangram?! ! 10.! Valores De Hb Normais E Deficiência De Ferro Ao ! ! Mesmo Tempo?!! ! ! ! ! ! ! ! 11.! Deficiência De Ferro Mascarada - Um Problema ! ! Em Saúde Empresarial 11 A deficiência de ferro ao redor do mundo Alguns fatos marcantes Estima-se que nos países em desenvolvimento, toda segunda mulher grávida e cerca de 40% das crianças em idade pré- escolar estão anêmicas. Em muitos países em desenvolvimento, a anemia por deficiência de ferro é agravada por infecções por vermes, malária e outras doenças infecciosas, tais como HIV e tuberculose. As principais conseqüências para a saúde incluem a má evolução da gravidez, comprometimento do desenvolvimento físico e cognitivo, aumento do risco de morbidez em crianças e produtividade de trabalho reduzida em adultos. A anemia contribui para 20% de todas as mortes maternas. O desafio A deficiência de ferro é o distúrbio nutricional mais comum e difundido no mundo. Além de afetar um grande número de crianças e mulheres nos países em desenvolvimento, é a única deficiência de nutrientes que também é significativamente prevalente em países industrializados. Seção 3 Deficiência de ferro
  • 13. 12 Os números são impressionantes: 2 bilhões de pessoas - mais de 30% da população mundial - são anêmicas, muitas devido à deficiência de ferro. Em áreas com poucos recursos, isto é frequentemente exacerbado por doenças infecciosas. Malária, HIV/AIDS, infestação por vermes, esquistossomose e outras infecções, como a tuberculose, são fatores particularmente importantes que contribuem para a alta prevalência de anemia em algumas áreas. A deficiência de ferro afeta mais pessoas do que qualquer outra condição, constituindo um problema de saúde pública de proporções epidêmicas. Mais sutil em suas manifestações do que, por exemplo, a desnutrição protéico-energética, a deficiência de ferro cobra seu tributo mais pesado em termos de problemas de saúde, morte prematura e lucros cessantes. A deficiência de ferro e a anemia reduzem a capacidade de trabalho de indivíduos e de populações inteiras, trazendo graves consequências economicas e obstáculos ao desenvolvimento das nações. No geral, são as populações mais vulneráveis, os mais pobres e os menos escolarizados que são desproporcionalmente afetados pelo problema da deficiência de ferro, e são eles que têm a ganhar mais com a sua diminuição. O que acontece quando os níveis estão baixos? Você pode ficar cansado, ter problemas de concentração, ficar com o cabelo e as unhas em más condiçõe e se sentir geralmente fraco. Já está demonstrado que baixas contagens de ferro também têm um impacto negativo sobre a capacidade de aprendizagem e sobre a capacidade física. Os níveis de ferro de quem está já está grávida, ou planeja ficar grávida, determinam o peso do feto, em tal grau que afeta o estado de saúde da pessoa por toda a sua vida. Mais de 30% de todas as mulheres em idade fértil sofrem de contagens de ferro baixas, devido à perda de sangue menstrual. As baixas contagens de ferro aumentam a absorção de cádmio nocivo, já que é armazenado nos ossos e provoca um aumento do risco para a osteoporose. Por que isso é tão comum? Hoje em dia comemos menos carne, rica em ferro, do que nossos antepassados, árduos trabalhadores e vorazes. Além disso, temos hoje um conceito de beleza diferente: nosso ideal é ter um corpo magro e assim, consequentemente, consumimos menos alimentos ricos em energia e minerais.
  • 14. 13 Suplementação O processo de armazenagem de reservas adequadas de ferro leva meses, da mesma forma que o esgotamento não acontece da noite para o dia. Por esta razão a dosagem suplementar geralmente é suficiente. Se a dosagem for superior a 50 mg por dia, a absorção de zinco será bloqueada. O êxito de qualquer terapia com ferro está estreitamente ligada à facilidade de utilização. Isto significa que a tolerância e a adesão às normas relacionadas à dosagem são muito importantes. Quem precisa? As mulheres, que menstruam durante quatro dias ou mais, quase sempre precisam de suplemento de ferro para compensar a perda de sangue. Outros grupos de risco são atletas, crianças e jovens em idade de crescimento, as grávidas, lactantes e idosos, quer devido a uma dieta pobre ou grandes perdas, ou ambos. Homens adultos raramente sofrem de deficiência de ferro. O que é deficiência de ferro e quem é afetado? O ferro transporta o oxigênio para todas as células do organismo e participa em muitos processos no corpo. Ele não pode ser substituído por qualquer outra coisa. Todo o ferro vem da dieta e quando não está presente em quantidade suficiente, os níveis caem. Baixa quantidade de ferro no organismo é prejudicial à qualidade de vida de muitas maneiras; as performances física e mental se deterioram, assim como a aparência. Mulheres perdem mais ferro devido à menstruação, uma em cada três mulheres precisam de suplementação.
  • 15. 14 Por que a terapia de ferro é problemática? Os pacientes ficam tentados a não seguir corretamente o tratamento, porque a mudança de seu estado de saúde será lenta (mas a qualidade de vida será mais baixa). Os efeitos colaterais são muito comuns e inevitavelmente levam ao fracasso da terapia. Nem todos os efeitos colaterais são drásticos, alguns são apenas desagradáveis (mas levam à interrupção da terapia do mesmo modo). Ferro em excesso pode ser perigoso, a suplementação lenta e constante em doses moderadas, apenas quando for necessário, é preferível. O ferro é uma parte importante das células vermelhas do sangue que transportam oxigênio para todas as células do corpo. Se não temos o suficiente, é comum sentirmos falta de ar, cansaço e dificuldades de concentração. Nossos corpos contêm de 4 a 5 gramas de ferro. Pode ficar difícil obter o suficiente deste importante nutriente a menos que pratos com carne façam parte da dieta. Frutas, cereais e verduras contêm relativamente pouco ferro útil. Muitos de nós diminuímos o uso de carne na alimentação. Ao mesmo tempo, comemos menos do que os nossos vorazes antepassados. Vida sedentária e trabalho não manual faz com que o homem consuma menos calorias e tenha menos apetite. Isto significa que obtemos menos ferro. Também não usamos panelas de ferro fundido para cozinhar por longos períodos, como antes. A aprendizagem das crianças é prejudicada Um balanço negativo de ferro provoca não somente fadiga física e mental, mas também pode levar à anemia. A deficiência de ferro nas crianças pode perturbar a capacidade de aprendizagem e isto não pode ser substituído ao longo do tempo. Estamos falando, principalmente, de desenvolvimento psicomotor e de desempenho cognitivo. Baixos valores de ferro. Por quê? Aproximadamente 1 a cada 3 mulheres apresenta valores baixos de ferro. O risco é particularmente elevado sempre que a menstruação dura mais de três dias, durante a gravidez e a lactação. Durante a menstruação, a mulher perde uma média de 35 a 40 mg de ferro, cerca de 10 mg por dia. É por isso que
  • 16. 15 as mulheres precisam de mais ferro do que os homens. Os sintomas da depleção de ferro são tão comuns que nem sempre são reconhecidos. Além de fraqueza e falta de ar, a aparência também é afetada. A pele fica pálida e os cabelos e as unhas perdem a força e brilho. Por quanto tempo as mulheres sangram? Dr. Lars Ehn, de Estocolmo, usa um método simples: "Eu pergunto às minhas pacientes do sexo feminino que se queixam de cansaço, mal-estar e problemas de concentração, por quantos dias eles sangram durante a menstruação. Se elas responderem quatro ou mais, eu tenho certeza que elas precisam de suplementação de ferro. Na realidade, ninguém pode repor essas perdas apenas com dieta normal." É claro que o diagnóstico deve ser confirmado com um teste de nível de Hb e ferritina sérica. Hoje em dia a ferritina, que dá uma indicação das reservas de ferro, é geralmente medida. Não foi sempre assim. Anteriormente a medida de Hb era considerada suficiente e não se fazia uma abordagem mais profunda. Valores de Hb normais e deficiência de ferro ao mesmo tempo? Um teste comum de Hb nada diz sobre o estoque de ferro. As reservas de ferro do corpo são conhecidas quando se mede a ferritina sérica. Quando a ferritina sérica encontra-se acima de 30 ug/l, há estoque suficiente. Se este valor cai, a absorção a partir do intestino irá aumentar. Em um estudo comparativo, vegetarianos apresentaram níveis mais baixos de ferritina sérica, mas valores de HB compatíveis com os onívoros. Isto acontece porque os níveis de hemoglobina não começam a cair antes das reservas começarem a se esgotar. "Você deve se lembrar que os sintomas gerais começam a ocorrer apenas quando as reservas de ferro acabam e os níveis de Hb caem drasticamente. É por isso que é muito importante verificar os níveis de ferritina sérica também." diz o Dr. Lars Ehn. Esta é uma questão para os cuidados de saúde no local de trabalho, principalmente. Se e quando uma mulher trabalhadora fica fatigada em consequência de deficiência de ferro sem ter consciência disso, os resultados podem ser bastante graves. Estresse e desgaste são muito comum nos dias de hoje.  
  • 17. 16 Deficiência de ferro mascarada - um problema em saúde empresarial A deficiência de ferro pode ter os seguintes sintomas: • Cansaço, fadiga, passividade e sonolência • Dificuldades de concentração e maior necessidade de sono • Prejuízo do desempenho • Capacidade de aprendizagem diminuída As pesquisas para prevenção de anemia por depleção de ferro vêm acontecendo desde a década de 1960, com foco principalmente em doadores de sangue e mulheres grávidas. Um dos pioneiros é o Dr. Lars Ehn. Ele demonstrou que os preparados à base de ferro heme são mais seguros e eficientes do que os comprimidos tradicionais, com altas doses de ferro. Ele é um dos que desenvolveram novas preparações de ferro através de estudos. "Eu tenho vários pacientes que tomaram preparados com ferro heme durante anos. Eles mantiveram um equilíbrio de ferro satisfatório sem os efeitos colaterais infelizmente muito comuns e que muitas vezes são associados a preparados com ferro". Hoje Dr. Lars trabalha no setor de cuidados de saúde da empresa, onde há um grande número de pacientes do sexo feminino com deficiência de ferro. Muitas têm uma deficiência de ferro acobertada, ou seja, Hb normal, mas reservas corporais de ferro muito pequenas ou inexistentes. Isto acontece especialmente quando a mulher sangra mais do que três dias durante a menstruação. Os depósitos de ferro são testados medindo os níveis de ferritina sérica.
  • 18. 2 Existem vários grupos com um interesse especial em ferro e suplementação Grupos
  • 19. Conteúdo 1.! Alta prevalência de baixas contagens de ferro 2.! Menstruação e perda de sangue 3.! Baixas contagens de ferro 18 Alta prevalência de baixas contagens de ferro Mais de 30% de todas as mulheres em idade fértil em todo o mundo (e com maior prevalência entre os adolescentes e nos países em desenvolvimento), especialmente aqueles que menstruam por mais de três dias, têm uma anemia latente e um aumento da absorção de cádmio em vez de ferro. Seção 1 Mulheres férteis
  • 20. 19 A deficiência de ferro é a explicação mais comum para a anemia nas mulheres em idade fértil, mas as causas variam. A perda de sangue e a gravidez ou a falta de carne na dieta são as principais causas da deficiência de ferro em mulheres. Outras razões mais raras incluem problemas de absorção (adquiridos ou herdados), deficiências nutricionais (ferro, vitamina B12, ácido fólico, zinco), ou doença (miomas, câncer, anemias hereditárias ou distúrbios hemorrágicos). A menstruação intensa e o parto são fontes importantes de perda de sangue para as mulheres em idade fértil. A perda crônica de sangue também pode ser devida à endometriose ou miomas, que exigem uma grande quantidade de sangue. Os miomas são geralmente benignos, mas podem crescer até o tamanho de uma bola de tênis ou de uma toranja (grapefruit), antes de serem detectados. Miomas do útero podem interferir no momento do parto, levando a cesarianas. A doença de von Willibrand é uma outra causa, muitas vezes desconsiderada, de sangramento menstrual intenso em mulheres. Menstruação e perda de sangue O período menstrual dura em média de dois a cinco dias. Estima-se que a perda de sangue pode ser pequena como uma onça - quando o período é normal ou leve - ou de até uma xícara - num período mais intenso. A quantidade de sangue perdida durante o parto é de cerca de meio litro, ou aproximadamente duas xícaras. Isto significa que 200 a 250 miligramas de ferro são perdidos. Além disso, existem 500 a 800 miligramas de ferro no sangue e tecidos do bebê recém-nascido que originalmente estavam no corpo da mãe. O sistema natural regulador de ferro nas mulheres se encarrega de aumentar a absorção a partir de sua dieta durante estas ocasiões de perda de sangue. A taxa de absorção normal de 1 miligrama é aumentada para de 1,5 a 3 miligramas por dia - esta é a resposta natural do corpo feminino para a perda de sangue. Uma perda intensa de sangue durante a menstruação (menorragia) é chamada de sangramento uterino anormal. De acordo com a hotline do Centro Nacional de Recursos de Saúde da Mulher, esta é uma das razões mais comuns para as mulheres entrarem em contato. O sangramento prolongado (hipermenorréia), quando a duração pode ser de até duas semanas ou o sangramento irregular (metrorragia), podem eventualmente levar à anemia se a perda não for compensada com o aumento da ingestão de ferro.
  • 21. 20 A perda aguda de sangue pode também ocorrer como resultado de trauma ou cirurgia, como resultado do uso de medicamentos tais como aspirina ou ainda outros, especialmente aqueles utilizados para aliviar a dor da artrite, e do abuso de álcool. Outra causa da perda de sangue é o sangramento do esôfago em uma condição chamada síndrome de Mallory-Weiss. Nesta síndrome o revestimento do esôfago é lesionado, normalmente por vômitos repetidos, o que pode ser visto nas mulheres que sofrem de bulimia. Baixas contagens de ferro Quando há baixas contagens de ferro há um aumento da absorção de cádmio, que substitui o cálcio nos ossos, aumentando o risco de osteoporose. Além disso, são muitos os efeitos negativos da deficiência de ferro latente e da anemia, e estão muito bem documentados. Por exemplo, diminuindo a qualidade de vida da mãe consideravelmente e podendo mesmo ter um impacto ao longo da vida do bebê.  Crescer com baixos valores de ferro pode levar a sofrimento permanente em função de dano no desenvolvimento neural e redução da capacidade de aprendizagem. Estamos lidando com um problema individual e um problema social relacionados e em larga escala quando se trata da deficiência de ferro em mulheres devida ao sangramento menstrual. A Organização Mundial da Saúde, OMS, considera as anemias e condições relacionadas como o segundo maior problema de saúde depois das infecções. A deficiência de ferro é um problema comum, especialmente para as mulheres, tão comum, de fato, que 5 % das mulheres entre as idades de 20 e 49 anos têm deficiência de ferro com anemia e 11 % apresentam deficiência de ferro sem anemia.
  • 22. Conteúdo 1.! Fator de risco devido à deficiência materna 2.! Efeitos ao longo da vida 21 Fator de risco devido à deficiência materna Baixo peso ao nascer é um fator de risco para doença coronariana, diabetes, acidente vascular cerebral e hipertensão. A depressão está fortemente associada com estas condições. Estudos na Grã-Bretanha demonstraram que as pessoas que tiveram baixo peso ao nascer têm maior risco de desenvolverem doença cardíaca coronariana e desordens Seção 2 Deficiência de ferro na maternidade
  • 23. 22 relacionadas a ela: acidente vascular cerebral, diabetes não insulino-dependente, pressão arterial elevada e síndrome metabólica. Em um estudo com 16 000 homens e mulheres nascidos em Hertfordshire, as taxas de mortalidade por doença coronariana caiu duplamente entre os que estão nas extremidades superior e inferior da distribuição de peso ao nascer. Em grupos investigados clinicamente, a prevalência de diabetes não insulino-dependente e de tolerância à glicose caiu três vezes. Estes achados levaram à "hipótese da origem fetal", que afirma que as doenças cardiovasculares e a diabetes não insulino-dependente se originam de adaptações que o feto faz quando está subnutrido. Estas adaptações, que incluem retardamento do crescimento, alteram permanentemente a estrutura e o funcionamento do corpo.   Efeitos ao longo da vida Sabe-se agora que o baixo peso ao nascer e um corpo franzino e curto estão associados com maiores taxas de doenças cardiovasculares e diabetes não insulino-dependente na vida adulta. A hipótese da origem fetal propõe que estas doenças se originam através de adaptações que o feto faz quando está subnutrido. Estas adaptações podem ser cardiovasculares, metabólicas ou endócrinas. Elas alteram permanentemente a estrutura e o funcionamento do corpo. A prevenção dessas doenças pode depender da prevenção de desequilíbrios durante o crescimento fetal ou de desequilíbrios entre o crescimento pré-natal e pós-natal, ou de desequilíbrios no fornecimento de nutrientes para o feto. Anemia e deficiência de ferro durante a gravidez estão associados com placentas mais pesadas e uma alta proporção de peso da placenta em relação ao peso do bebê ao nascer. Isto indica a deficiência nutricional materna como um motivo para a disparidade entre o crescimento da placenta e do feto. E pode ser importante na prevenção de hipertensão arterial em adultos, que parece ter a sua origem na vida fetal. Se o crescimento de um feto do sexo feminino for limitado por falta de nutrientes, haverá alterações persistentes em sua fisiologia e metabolismo, que levarão a um crescimento fetal reduzido e à pressão sanguínea elevada na geração seguinte. Políticas públicas de saúde que melhorem o crescimento do feto em uma geração podem, portanto, beneficiar gerações futuras do mesmo modo. As crianças que têm anemia por deficiência de ferro na infância correm o risco de apresentarem desvantagem de desenvolvimento de longa duração, se comparados com os seus pares com um melhor estado de ferro.
  • 24. Conteúdo 1.! Anemia na gravidez 2.! Deficiência de ferro e anemia 3.! Ácido fólico e gravidez 4.! Estado nutricional e peso ao nascer 5. Hereditariedade conta? 6. ! Efeitos sobre o feto e a criança 7. ! Efeitos sobre o resultado da gravidez 23 Anemia na gravidez A deficiência de ferro é o estado de deficiência mais comum no mundo, afetando mais de 2 bilhões de pessoas globalmente. Embora seja particularmente prevalente em países menos desenvolvidos, continua a ser um problema significativo no mundo desenvolvido, mesmo quando outras formas de desnutrição já foram praticamente eliminadas. Uma administração efetiva é necessária para evitar problemas maternos e resultados de gravidez adversos, incluindo a necessidade de transfusão de glóbulos vermelhos.  Seção 3 Anemia na gravidez
  • 25. 24 A anemia é definida por Hb < 110 g/l no primeiro trimestre, < 105 g/l no segundo e terceiro trimestres e < 100 g/ L no período pós-parto. Para as mulheres anêmicas, uma tentativa com ferro por via oral deve ser considerada como um teste de diagnóstico de primeira linha, em que um incremento demonstrado em duas semanas é um resultado positivo. " Uma vez que a contagem de Hb volte ao normal a suplementação deve continuar por três meses e, no mínimo, por pelo menos seis semanas após o parto para repor os estoques de ferro. Deficiência de ferro e anemia A deficiência de ferro representa um espectro que vai desde a depleção de ferro até a anemia ferropriva. Na depleção de ferro, a quantidade de ferro armazenado (medida pela concentração de ferritina sérica) é reduzida, mas a quantidade de ferro funcional e de transporte pode não ter sido afetada.  Aqueles com depleção de ferro não possuem reservas para mobilizar caso o corpo necessite de ferro adicional. Em eritropoiese com deficiência de ferro, o ferro armazenado está diminuido e o ferro de transporte (medido por saturação de transferrina) é ainda mais reduzido; a quantidade absorvida de ferro não é suficiente para substituir a quantidade perdida ou para fornecer a quantidade necessária para o crescimento e funcionamento do organismo. Neste estágio, a escassez de ferro limita a produção de glóbulos vermelhos e resulta em aumento da concentração de protoporfirina eritrocitária.
  • 26. 25 Ácido fólico e gravidez Lena, 26 anos, estava no primeiro trimestre de gravidez. Tudo estava indo bem quando a má notícia chegou repentinamente. O médico disse a ela que o feto tinha um grave defeito de nascença em forma de lesão na coluna vertebral e que agora eles tinham que decidir entre manter o bebê ou interromper a gravidez. Como isto pôde acontecer ? Lena pensou que ela tinha feito bem por tomar a medicação prescrita de suplementos de ferro e ácido fólico, assim que a gravidez foi confirmada. A medicina moderna concluiu que uma parte integral do sistema nervoso central do feto se desenvolve durante um estágio em que a mãe pode não estar ciente de que está grávida. A chamada evolução do tubo neural é dificultada pela falta de ácido fólico na mãe. O risco de malformações congênitas é elevado. Se o bebê nascer com um defeito na coluna vai ser aleijado por toda a vida. Foi demonstrado que o ácido fólico reduz os defeitos congênitos quando tomado durante as fases iniciais do desenvolvimento pré-natal. O risco de malformações congênitas diminui significativamente com a suplementação de ácido fólico. Se a gravidez é possível, é fundamental que os níveis de folato estejam satisfatórios, pois caso contrário pode ser tarde demais. A probabilidade é relativamente baixa, mas não deve ser negligenciada. Quanto ácido fólico é necessário? A recomendação da tabela RDA (Compensações Dietéticas Indicadas) é de 400 µg por dia para homens e mulheres, e aumenta para 800 µg por dia durante a gravidez.
  • 27. 26 A ingestão normal situa-se entre 200 e 400 µg por dia. O ácido fólico é necessário para a gênese de células e durante o crescimento do feto. Acredita-se que o ácido fólico reduz o risco de infarto do coração e que sua falta pode causar alterações de células malignas no útero e do esfíncter. Estado nutricional e peso ao nascer Em estudos ingleses foi demonstrado que a situação nutricional da mãe, principalmente com relação à contagem de hemoglobina, afeta o desenvolvimento do feto e terá consequências sobre a saúde da criança por toda a sua vida. Como isso é possível? A pesquisa epidemiológica do Professor David Barkers lança nova luz sobre o assunto. Desde o início do século passado, o peso de bebês recém- nascidos foi registrado, assim como o peso da placenta. Sabemos hoje que um estado nutricional baixo, acima de tudo, valores baixos de hemoglobina na mãe, se reflete na razão entre o peso da placenta e o peso do bebê. Ao combinar esses dados, levando em conta mais de 5 000 pessoas e comparando-os com o desenvolvimento da saúde ao longo da vida, foi possível chegarmos a certas conclusões. Descobriu-se que as pessoas que nasceram de mães com baixo nível nutricional sofriam de várias doenças, tais como baixa pressão arterial, doenças cardíacas e diabetes em um grau mais elevado. Um número substancial de estudos mostra que suplementos minerais e vitamínicos, especialmente durante o vital primeiro trimestre da gravidez, têm uma influência decisiva sobre o estado nutricional materno e sobre o peso do bebê ao nascer. Dizia-se que, mesmo se a mãe tivesse baixas contagens de ferro, o bebê iria conseguir o que precisa. Assim, os sintomas só diriam respeito à mãe. Agora sabemos mais. Nova pesquisa mostra que as baixas contagens de ferro na mãe têm um impacto sobre a saúde do bebê que perdurará ao longo da sua vida. Hereditariedade conta? Hoje é sabido que 1 em cada 3 muheres tem contagens muito baixas de ferro. O armazenamento de ferro no organismo está em um nível de 75 por cento. Aquelas que têm uma tendência a sangrar muito, muitas vezes podem identificar o mesmo problema em gerações anteriores, uma vez que as baixas contagens de ferro são muitas vezes hereditárias. Alguém poderia responder sim à pergunta: o seu sangramento é normal? O sangramento menstrual é percebido como normal porque não costuma variar ao longo do tempo. São normais, é
  • 28. 27 claro, para a pessoa em questão. A diferença é que algumas sangram normalmente por dois dias, outras por quatro. Efeitos sobre o feto e a criança O feto está relativamente protegido dos efeitos de deficiência de ferro por regulação positiva de proteínas de transporte do ferro placentária (Gambling et al, 2001), mas as evidências sugerem que a depleção de ferro materno aumenta o risco de carência de ferro nos primeiros 3 meses de vida, através de uma variedade de mecanismos (Puolakka et al, 1980, Colomer et al, 1990). O comprometimento do desenvolvimento psicomotor e/ou mental está bem descrito em crianças com anemia ferropriva e pode também contribuir negativamente sobre o comportamento emocional da criança e em sociedade (Perez et al, 2005) e tem uma associação com doenças do adulto, embora esta seja uma área controversa (Beard et al, 2008 ; Insel et al, 2008). Efeitos sobre o resultado da gravidez Há evidências que nos permitem associar a deficiência de ferro materna e o parto prematuro (Scholl et al, 1994), o baixo peso ao nascer (Cogswell et al, 2003), o descolamento prematuro da placenta e, possivelmente, o aumento da perda de sangue periparto (Arnold et al, 2009). No entanto, mais pesquisas sobre o efeito da deficiência de ferro são necessárias para estabelecer uma relação causal clara com os resultados da gravidez e do feto. (Diretrizes do Reino Unido sobre a gestão da deficiência de ferro durante a gravidez, Comitê Britânico de Padrões em Hematologia.)
  • 29. Conteúdo 1.! Ferro não-heme não é absorvido quando se usa omeprazol 2.! Ferro heme funciona em acloridria 28 Ferro não-heme não é absorvido quando se usa omeprazol Acloridria refere-se a estados onde a produção de ácido gástrico no estômago está baixa ou mesmo ausente, o que prejudica a digestão de proteínas, inibindo a ativação da enzima pepsina, dependente de um baixo pH gástrico. Como o ácido facilita a absorção do ferro não-heme, cerca de 25% dos pacientes com acloridria desenvolvem anemia por deficiência de ferro. A acloridria reduz a absorção de ferro, porque o ácido gástrico libera o Fe3+ da comida e o reduz a Seção 4 Ácido gástrico
  • 30. 29 ferro ferroso (Fe2+). Omeprazol é um potente supressor do ácido gástrico que atua através da inibição da bomba de prótons na mucosa e é usado por indivíduos com deficiência de ferro, como parte do tratamento das perturbações do trato gastrointestinal superior, que podem ou não ter sido a causa primária da sua anemia. Omeprazol e, possivelmente, todos os inibidores da bomba de prótons, diminuem a absorção da suplementação de ferro oral. Pacientes com deficiência de ferro que tomam inibidores da bomba de prótons podem precisar ser tratados com terapia de ferro de alta dose durante um período mais longo ou com terapia de ferro intravenoso. O omeprazol é um ácido redutor que é utilizado no tratamento do refluxo ácido e de úlceras gástricas. Omeprazol age impedindo as células bombeadoreas de ácido encontradas na parede do estômago de produzirem ácido. A falta de ácido suficiente no estômago, provocada pelo uso repetido de omeprazol, pode afetar a absorção de nutrientes, como o ferro dos alimentos. Pacientes que tomam omeprazol para distúrbios estomacais crônicos podem exigir injeções de ferro para evitar a anemia por deficiência de ferro. Ferro heme funciona em acloridria Ao contrário do ferro heme, o ferro não-heme depende de um baixo pH gástrico para formar ferro ferroso bivalente solúvel a ser absorvido pelo duodeno. A menos que seja convertido, não poderá ser absorvido. Embora a parte heme seja absorvida independentemente do pH gástrico, a parte não-heme requer um pH ácido para ser absorvida.
  • 31. Conteúdo 1.! Anemia pós-operatória não é incomum 2.! Sinais e Sintomas 3.! A suplementação de ferro por via oral é ! ! ! frequentemente pouco eficaz 4.! Ferro heme é bom para a manutenção do !! ! tratamento   30 Anemia pós-operatória não é incomum Não é incomum a presença de anemia em seguida a uma cirurgia, entretanto ela pode ou não ser decorrente da operação. Espera-se que uma certa quantidade de sangue seja perdida durante a cirurgia e a quantidade varia dependendo do procedimento. Todos os pacientes necessitam de cuidados e observação após uma cirurgia. A documentação do médico deve indicar a presença de anemia por perda de sangue e que tratamento e/ ou controle adicional foram necessários. Seção 5 Anemia pós-operatória!!
  • 32. 31 Sinais e Sintomas (É importante levar em conta a idade e o tamanho do paciente ao analisar os sinais e sintomas) • Baixa hemoglobina/hematócrito, Desmaios, Tontura, Sede, • Sudorese, Pulso fraco/acelerado, Freqüência respiratória acelerada, • Hipotensão ortostática, Palidez, Diminuição da pressão arterial, Fadiga, Falta de ar. A anemia pode afetar a forma como os pacientes respondem à cirurgia e a rapidez com que retomam sua condição normal de saúde. Infelizmente, o teste de anemia muitas vezes não é uma prioridade durante o período pré-operatório. Anemia é muitas vezes uma das condições mais fáceis de diagnosticar e de tratar quando é detectada cedo o suficiente antes da cirurgia. A anemia frequentemente passa desapercebida e é negligenciada por médicos e cirurgiões, já que apresenta sintomas inespecíficos, ou mesmo nenhum sintoma. As causas da anemia pré-operatória são diversas e podem incluir perda aguda ou crônica de sangue, má nutrição, insuficiência renal, doenças crônicas ou malignas. Episódios de sangramento não tratados, juntamente com as flebotomias freqüentes que são parte padrão do procedimento pós-operatório, causam perda de sangue e podem contribuir para anemia durante a cirurgia e a recuperação. A resposta inflamatória pós-operatória pode ainda levar a um embotamento da resposta eritropoiética e diminuição da disponibilidade de ferro, resultando em anemia. Pacientes submetidos à transfusão de sangue após uma cirurgia, em consequência de anemia estão mais propensos a desenvolver infecção pós-operatória, requerem períodos maiores de ventilação mecânica, e têm um risco maior de mortalidade. A anemia é comum após uma cirurgia importante e parece facilmente explicada pela perda de sangue durante e após o procedimento. Além disso, a terapia é simples: são realizadas transfusões com glóbulos vermelhos ou há prescrição de comprimidos de ferro. Embora o uso clínico da transfusão de sangue tenha aberto novas perspectivas em cirurgia, transfusões estão associadas a riscos que podem causar morbidade e mortalidade. As características do metabolismo do ferro na anemia por deficiência de ferro e em indivíduos saudáveis submetidos a flebotomias são: redução na concentração de ferro sérico e ferritina, redução de saturação da transferrina, aumento da
  • 33. 32 concentração de transferrina sérica e aumento da concentração de receptores de transferrina. A suplementação de ferro por via oral é frequentemente pouco eficaz Tendo em conta que a deficiência de ferro funcional é comum no pós-operatório, torna-se importante notar que a suplementação oral de ferro é ineficaz para aumentar os níveis de hemoglobina neste período. Já está demonstrado que o ferro ligado à transferrina ex vivo e administrado por via intravenosa é rápida e quase completamente consumido pelas células vermelhas durante a primeira semana depois da cirurgia. Não só ferro (e vitamina B12 e ácido fólico) é necessário para uma produção adequada de glóbulos vermelhos, mas também necessitamos de EPO para estimulação da eritropoiesis. Na fase de pós-operatório, um curto período de deficiência de eritropoietina relativa (EPO), pode acontecer até o quarto dia após a cirurgia. A anemia pós-operatória pode ser considerada uma variante aguda da anemia de doença crônica, devido ao efeito do processo inflamatório inerente ao procedimento. Este efeito inflamatório exerce sua influência sobre a eritropoiese causando um distúrbio do metabolismo do ferro, induzindo deficiência de ferro funcional através de um embotamento da resposta de eritropoietina. Essas descobertas podem ter implicações para o seu tratamento. Será que os pacientes pós-operados se beneficiariam de níveis de hemoglobina mais elevados? Um estudo publicado por Lawrence et al. em 2003, afirma: "Sim, certamente." Dois importantes benefícios foram observados em pacientes em pós-operatório ortopédico. O primeiro foi um melhor estado funcional: eles pareciam andar melhor! Percebe-se que a capacidade de um paciente andar sem assistência 60 dias após ser operado tem uma relação estreita com o sucesso da
  • 34. 33 cirurgia e até com a sua sobrevivência. Em segundo lugar, os pacientes tinham uma reabilitação mais eficaz. Por exemplo, permaneceram menos tempo no hospital. Atentar para a anemia é especialmente importante para o paciente cirúrgico durante todo o processo, incluindo o período pré-operatório, a cirurgia em si, além do período de recuperação pós-operatório. Estima-se que de um terço à metade dos pacientes cirúrgicos podem estar anêmicos no pré- operatório, em função das condições primárias pelas quais necessitam de cirurgia. Após cirurgias, a anemia é ainda mais comum, afetando 90 % dos pacientes. Ferro heme é bom para a manutenção do tratamento Devido à excelente tolerância a longo prazo, ao preço, à facilidade de utilização e a uma boa eficácia, o ferro heme é especialmente eficiente no tratamento de manutenção.
  • 35. Conteúdo 1.! Doenças crônicas frequentemente associadas à ! anemia 2.! Por que o ferro intravenoso nem sempre é bom 3.! Terapia por longo tempo 34 Doenças crônicas frequentemente associadas à anemia Há um grande número de pessoas com doenças crônicas variadas que apresentam anemia. Por exemplo, pacientes com doença renal crônica, doença inflamatória intestinal ou doença cardíaca coronariana, além de muitas outras. Seção 6 Doenças Crônicas
  • 36. 35 Por que o ferro intravenoso nem sempre é bom Pacientes crônicos geralmente tomam por via oral comprimidos regulares contendo ferro não-heme sintético em altas doses, até que o tratamento tenha que ser interrompido devido a efeitos colaterais. A alternativa é usar ferro intravenoso, um tratamento muito caro e inconveniente. Existem riscos potenciais na aplicação de ferro injetável por longos períodos de tempo, tais como superdosagens e aumento do estresse oxidativo. Injeções intravenosas de ferro têm se mostrado eficazes, os depósitos de ferro no organismo ficam garantidos e a gênese de sangue é mais eficiente. Os efeitos colaterais relacionados com as injeções são poucos, mas reações alérgicas graves podem acontecer. Existem também riscos relacionados à utilização das injeções de ferro por longo período de tempo. Injeções intravenosas de ferro causam exacerbação do estresse oxidativo na circulação. Além disso, a quantidade de ferro no corpo passa a estar frequentemente muito alta, o que é associado à inflamação crônica e dano vascular. Isto é especialmente preocupante, pois sabe-se que os pacientes com doença renal crônica, por exemplo, apresentam estresse oxidativo aumentado, inflamação crônica de baixo nível e doença vascular grave. E isto também explica em parte porque os pacientes com doença renal crônica frequentemente morrem prematuramente devido à doença cardiovascular. Terapia por longo tempo A tolerância ao ferro heme é igual ou próxima à tolerância ao placebo. Não há nenhuma alteração na tolerância ao longo do tempo. A absorção de ferro heme é várias vezes superior e a taxa de efeitos colaterais significativamente inferior às do ferro não-heme oral. O ferro heme é absorvido através de uma via separada e não tem que ser descontinuado quando o tratamento intravenoso é iniciado. Isto pode possibilitar maiores intervalos entre as injeções - caras, inconveniente e dolorosas.  Ele também torna a auto-medicação mais fácil e aumenta a liberdade para viajar.
  • 37. Conteúdo 1.! Efeito da suplementação em doadores de ! ! sangue. 2.! Por que ferro heme? 3.! Ferro heme é suficiente? 36 Efeito da suplementação em doadores de sangue Uma vez que a doação de sangue é voluntária e que este é um serviço que prestamos gratuitamente ao nosso semelhante, é natural "preservar as fontes". Isto significa que os doadores de Seção 7 Doação de Sangue
  • 38. 37 sangue deveriam receber suplementação de ferro para compensar a perda com o sangue doado, especialmente se forem detectados valores baixos." " " " " " Isto nem sempre acontece, em função da baixa eficácia do ferro não-heme oferecido e de seus efeitos colaterais freqüentes. Por que ferro heme? As formas heme e não-heme de ferro são absorvidas por mecanismos diferentes. Os habituais preparados à base de ferro não-heme, como sulfato ferroso, produzem efeitos colaterais indesejáveis, tais como constipação, dores de estômago ou diarréia. Isto muitas vezes leva os doadores a parar de tomar os suplementos, o que significa que eles só podem doar sangue talvez uma ou duas vezes por ano, em vez das possíveis três vezes. Baixa contagem de ferro entre doações também diminui a qualidade de vida dos doadores. Há muitos fatores negativos que influenciam a absorção de ferro não-heme. Entre estes estão a ingestão de taninos no chá e café. Fitatos em pão ázimo integral, proteínas do leite, albumina e proteínas de soja também podem reduzir a absorção. Isto significa que uma dieta regular e suplementos não-heme podem não ser suficientes para compensar a perda de ferro. Ferro heme é suficiente? Suplementos não-heme com 100 mg Fe++ por dose, apresentam regularmente uma incidência de efeitos colaterais que levam à interrupção do tratamento em cerca de 30% dos casos. Os doadores que têm experiências negativas anteriores não vão provavelmente tomar suplemento algum. Observa-se que após uma doação, a absorção de ferro não- heme praticamente cessa por cerca de quatro dias. Trinta dias de suplementação com 100 mg Fe++, ferro não- heme com biodisponibilidade a 2%, promove teoricamente a absorção de 60 mg de ferro. A 5%, o que é incomum, o valor passa a ser 150 mg. A partir daí cai, dependendo de fatores mencionados anteriormente. A longo prazo há também uma mudança na absorção de ferro não-heme, devido a um entorpecimento da mucosa e a constantes sensações desagradáveis fruto de distúrbios gástricos (nem todos os efeitos colaterais levam à interrupção do tratamento). Isto se deve ao fato de que, para ser absorvido, o ferro não-heme tem que ser separado de seu elemento de
  • 39. 38 transporte no ambiente ácido do estômago. A absorção é baixa e isso vai deixar íons de ferro livres no intestino. Estes são em si altamente reativos e considerados tóxicos para o organismo. A suplementação com 18 mg de ferro heme por trinta dias, com uma biodisponibilidade de 20%, resulta em 108 mg de ferro absorvido. O ferro heme é muito bem tolerado e é conhecido por ter uma taxa de efeitos colaterais assim como placebos. Isso significa uma maior chance de sucesso para a terapia. É por isso que comprimidos de ferro heme, com uma dose de 18 mg de Fe++, podem competir com comprimidos de 100 mg de Fe++ não-heme. O ferro heme também não irá bloquear a absorção de zinco, como fará o ferro não-heme em doses superiores a 60 mg.
  • 40. Conteúdo 1.! Estado de ferro ideal é importante 2.! Anemia no esporte 3.! Por que ferro heme? 39 Estado de ferro ideal é importante A maioria dos atletas sabe que ferro é um mineral necessário para a formação dos glóbulos vermelhos utilizados para o transporte de oxigênio para os músculos e que a insuficiência de ferro causa anemia, caracterizada por fadiga, letargia e falta de energia de um modo geral. Desta forma, eles sabem ainda que a manutenção do estado de ferro e a verificação dos níveis de glóbulos vermelhos ou hemoglobina (Hb) é vital para o desempenho. Basicamente, as dificuldades relacionadas a ferro podem assumir duas formas: deficiência de ferro ou anemia. A deficiência de ferro tem duas fases distintas. A primeira fase, depleção de ferro, é caracterizada por níveis de ferritina no sangue inferiores a 12 µg/ml, o que indica que os níveis de ferro foram significativamente reduzidos. Seção 8 Atletas
  • 41. 40 A ferritina, uma proteína- chave que se une ao ferro, serve como um importante mecanismo para o armazenamento de ferro no organismo. A segunda fase da deficiência de ferro envolve a eritropoiese com deficiência de ferro, o que basicamente significa que as células vermelhas do sangue recém-criadas contêm ferro em quantidade inferior à normal. O corpo humano contém aproximadamente de 3 a 5 g de ferro. A perda diária de 1 a 2 mg é substituída pelo ferro contido na dieta (8 mg/dia para homens adultos e 18 mg/dia para mulheres adultas), absorvido no intestino delgado por enterócitos duodenais. Se o estado de ferro se torna empobrecido (através da ingestão inadequada, má absorção ou perdas de ferro), os níveis de hemoglobina do sangue vão cair, levando a uma redução na capacidade de transporte de oxigênio. O resultado é fadiga, cansaço e falta de ar, mesmo após esforço suave - os sinais clássicos de anemia. Anemia no esporte Atletas em treinamento pesado estão em risco devido à chamada anemia esportiva. Este risco é maior para as mulheres, por causa da perda mensal de sangue no período menstrual. Também é comum que atletas comam e bebam mais "calorias vazias", o que para um corpo jovem em crescimento com aumento de massa muscular e volume de
  • 42. 41 sangue pode ser um problema para o desempenho e resultar em fadiga. No entanto, a hemólise acontece principalmente, em decorrência do impacto do pé no chão (no caso de corredores, por exemplo). A hemólise é a avaria e destruição das células vermelhas do sangue causadas pelo impacto físico-mecânico dos pés no solo, que acontece quando corremos, por exemplo, e leva à evasão e perda de ferro. No passado, imaginava-se que o velho teste de hemoglobina fosse suficiente para determinar o estado de ferro de um atleta, a faixa 'normal' sendo de 12 a 16 g/dl (gramas por decilitro), e medidas inferiores a 12 g/dl significando anemia ferropriva. Entretanto, pesquisas mais recentes indicaram que uma pessoa pode estar bastante deficiente em ferro sem ser diagnosticada como anêmica. Isto acontece porque a redução da hemoglobina no sangue é um dos últimos estágios da deficiência de ferro, e uma série de sistemas dependentes de ferro podem sofrer antes que esta fase final seja detectada. A depleção de ferro é um processo contínuo e, se não for tratada, acabará por resultar em anemia por deficiência de ferro. A anemia por deficiência de ferro é uma condição onde o ferro está tão esgotado que a produção dos glóbulos vermelhos e da hemoglobina é limitada. Cerca de 30% das mulheres adultas e 40% das adolescentes são deficientes em ferro, enquanto cerca de 6% de ambos os grupos sofrem de verdadeira anemia ferropriva. No entanto, estudos com atletas relatam maior freqüência de problemas com ferro; pesquisas indicam que cerca de 19% dos nadadores e corredores podem estar sendo perturbados por anemia ferropriva, o que pode ter um impacto muito negativo no desempenho. Problemas relativos a ferro podem ter um grande impacto sobre o desempenho. A anemia, reduzindo a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue, pode corroer a capacidade
  • 43. 42 aeróbica máxima (V02max), diminuir a resistência e aumentar a fadiga. Tecnicamente, a anemia está presente se os níveis de hemoglobina caírem para menos de 12 g/dl ou se o hematócrito estiver abaixo de 36%. No entanto, lembre-se que as leituras "normais" para estas duas variáveis podem de fato não serem normais. Uma atleta do sexo feminino com hematócrito de 37% está na faixa normal, por exemplo, mas se o seu hematócrito normal for 42%, ela estaria de fato ligeiramente anêmica e sua performance atlética sofreria. Por que ferro heme? Igualmente importante para a eficácia é a boa tolerância. Problemas de estômago podem ser trágicos para atletas. O ferro heme, em contraste com o ferro sintético, é absorvido cerca de quatro vezes mais eficientemente e contém um equilíbrio natural de minúsculos elementos-traço e outros componentes que são essenciais para a produção de glóbulos vermelhos e para as funções gerais do corpo. A manutenção de um estado de ferro ideal pode ser muito mais importante para os atletas do que se pensava antes, especialmente tendo em vista que até mesmo um déficit leve parece reduzir a capacidade máxima de captação de oxigênio e a eficiência aeróbica, além de reduzir a resposta do corpo ao treinamento aeróbico.
  • 44. 3 Perguntas mais frequentes sobre ferro e deficiência de ferro Notas FAQ & Notas
  • 45. Conteúdo 1.! Por que baixos níveis de ferro são tão comuns? 2.! O que acontece quando os níveis de ferro estão ! baixos? 3.! Que formas de ferro digerível existem? 4.! Como o ferro fica armazenado no corpo? 5.! O que afeta a absorção? 6. Você pode absorver ferro em excesso? 7. Entendo que a fonte para o ferro heme é sangue bovino da indústria de alimentos. E quanto à BSE (vulgo doença da vaca louca) e similares? 8. Quão seguro é o ferro heme? 9. Ouvi que ferro heme pode ser cancerígeno 44 Por que baixos níveis de ferro são tão comuns? Principalmente porque hoje em dia comemos menos e temos uma dieta mais pobre em carne rica em ferro do que os nossos antepassados Hoje temos também um conceito de beleza diferente, valorizando um corpo magro e, assim, consumindo menos alimentos ricos em energia e minerais. As mulheres que menstruam por três dias ou mais quase sempre precisam de suplementação de ferro para compensar a perda de sangue. Outros grupos de risco são atletas, jovens em crescimento, grávidas e lactantes. Homens adultos raramente sofrem de deficiência de ferro. O que acontece quando os níveis de ferro estão baixos? Você pode ficar cansado, ter problemas de concentração, problemas com seu cabelo e unhas e se sentir fraco em geral. Baixas contagens de ferro também têm um impacto negativo sobre a capacidade de aprendizagem, bem como sobre a Seção 1 Perguntas mais frequentes
  • 46. 45 capacidade física. Os níveis de ferro das grávidas e das mulheres planejando uma gravidez afetam o peso do feto. Num tal grau que irá afetar o estado de saúde da pessoa por sua vida inteira. Além disso, a absorção de cádmio é elevada, o que pode levar a osteoporose. Que formas de ferro digerível existem? O ferro elementar é chamado orgânico ou ferro heme quando está ligado às proteínas hemoglobina ou mioglobina, como no caso das refeições de carne. Todas as outras formas de ferro são inorgânicas ou não-heme e isso acontece quando a molécula de ferro está quelatada ou ligada a, por exemplo, sais (como em vegetais), amido, citratos ou outros compostos químicos.   Como o ferro fica armazenado no corpo? Em um exame de sangue, o valor de Hb indica a quantidade de ferro que o corpo tem disponível para transportar oxigênio para as células. O valor de ferritina é usado para medir ferro armazenado. O ferro também é utilizado para o crescimento muscular e em enzimas. O que afeta a absorção? Café, chá, leite e pão integral diminuem a absorção de ferro, enquanto a vitamina C, por exemplo no suco de laranja, tem um efeito positivo. O ferro heme em refeições de carne é absorvido por um mecanismo separado e sua absorção praticamente não sofre influência daquilo que é consumido ao mesmo tempo. Entretanto, considera-se que o cálcio em produtos lácteos geralmente provoque redução da absorção de ferro.   Você pode absorver ferro em excesso? Sim, se você sofre de hemocromatose, doença rara e hereditária ou se for de repente exposto a grandes doses A dose que configura envenenamento é de 20 mg ou mais por cada quilo de peso corporal. O resultado é principalmente náusea, mas pode ser perigoso. Esta é a razão pela qual os suplementos de ferro devem sempre ser mantidos fora do alcance de crianças. Normalmente o corpo regula automaticamente a absorção de ferro, de modo que o excesso não é absorvido.
  • 47. 46 Quando se usa ferro heme, apenas o que é necessário é absorvido. O resto permanece inerte no intestino, ao contrário do que acontece quando o ferro é não-heme, que deixa a parte não-absorvida como íons de ferro livres tóxicos e reativos no estômago, provocando efeitos colaterais gastro-intestinais. A eficácia do ferro heme é tão boa, que uma dose pequena é tudo o que é necessário para a reposição de ferro. Entendo que a fonte para o ferro heme é sangue bovino da indústria de alimentos. E quanto à BSE (vulgo doença da vaca louca) e similares? Não existe mais BSE na UE e o processo de certificação é muito rigoroso. Hoje isso não é um problema, nem mesmo teoricamente Quão seguro é o ferro heme? Nunca houve quaisquer efeitos colaterais graves ou intoxicações relatados, mesmo após o uso massivo desde os anos 1970. Em estudos clínicos, a proporção de efeitos colaterais é em nível de placebo (o mais baixo possível). É pouco provável que ocorra envenenamento com as doses baixas dos comprimidos de ferro heme. Hoje a matéria-prima evoluiu e a adição de ferro não-heme não é mais necessária. Ouvi que ferro heme pode ser cancerígeno Não, não pode ser. Esta confusão acontece porque a palavra heme é às vezes usada como uma medida de consumo de carne; como qualquer pessoa pode entender, consumir uma grande quantidade de carne em diferentes formas, além de todos os acompanhamentos, pode causar problemas à saúde. Especialmente as carnes que são preparadas com sais de nitrato, aditivos, especiarias, gordura, sabores, etc são frequentemente prejudiciais para o ser humano e mesmo cancerígenas. O ferro heme é, por definição, a forma de ferro que é naturalmente ligado à hemoglobina e à mioglobina. É a forma mais importante de ferro na dieta, muito eficiente, não tem efeitos colaterais conhecidos e não é cancerígeno. O ferro heme natural na série OptiFer® de suplementos tem apenas boas consequências para a saúde, é muito eficaz e é livre de efeitos colaterais nas doses recomendadas...
  • 48. Conteúdo 1. Agradecimentos 2. Sobre o autor 47 Agradecimentos Agradecemos a Leila Pais de Miranda pela tradução e assistência na revisão do texto. As imagens são cortesia de FreeDigitalPhotos.net. Sobre o autor Michael é gerente de marketing graduado em Administração. Sua experiência reside principalmente na comercialização de produtos farmacêuticos. É extrovertido e comunicativo, bom administrador e gerente de projetos e informação, estabelecendo e trabalhando contatos. Desde a graduação, trabalhou como especialista de produto para a Roche na Finlândia, no âmbito da clínica geral e da reumatologia. Depois, como gerente de produto para a DCG Nordic AB, subsidiária da Biologische Heilmittel Heel GmbH desde 1994. Subsequentemente na Cryoguard Sweden AB, também como Gerente de Marketing.Seu grau acadêmico é de Bacharel em Economia e Administração de Empresas. É também especialista registrado em produtos na área de farmacologia e medicina. Seção 2 Notas
  • 49. 48 Hoje trabalha em marketing e desenvolvimento de mercado, com responsabilidades na gestão de marketing de produtos e estudos científicos, nos projetos gráficos e elaboração de textos, impressos e em meio digital. Ele pode ser contatado em michael.collan@hotmail.com  Trabalhou agora lançando os produtos exclusivos com ferro heme de FerroCare/MediTec. Estudos clínicos estão a caminho. Os websites são www.optifer.international www.hemeiron.com www.optiferalpha.com FerroCare também está fazendo documentários e clipes a respeito dos produtos e sobre ferro heme e porque e como ele funciona tão bem. “O ferro heme natural tem sido utilizado largamente na Escandinávia por mais de 30 anos. Não há efeitos colaterais conhecidos e estudos clínicos mostraram que a tolerância é comparável ao placebo. Efeitos colaterais graves ou intoxicações jamais foram relatados. O ferro heme natural é a única alternativa ao ferro sintético em suplementos, pois há apenas dois tipos de ferro que o corpo humano pode utilizar por via oral. Ferro com Qualidade Sueca FerroCare www.ferrocare.se MediTec Group AB, 45179 Grundsund, Sweden Excelência em Eficiência e Tolerância ao FerroExcelência em Eficiência e Tolerância ao Ferro Ferro com Qualidade Sueca O ferro heme é um produto com características únicas, seguro e natural Excelente eficiência e tolerância a longo prazo Qualidade sueca Aprovado nos EUA FerroCare www.ferrocare.se Sahlgrenska Science Park Medicinaregatan 8 A, SE 413 46 GOTHENBURG Excelência em Eficiência e Tolerância ao FerroExcelência em Eficiência e Tolerância ao Ferro Os comprimidos OptiFer® C são o suplemento de ferro ideal para situações em que a dieta normal não oferece uma ingestão adequada de ferro ou para pacientes crônicos que sofrem de baixas contagens de ferro e necessitam de terapia a longo prazo. Os comprimidos OptiFer® C contêm vitamina C para aumentar ainda mais a absorção. Os comprimidos OptiFer® se desintegram natural e lentamente, permitindo que o ferro não heme e o ferro heme orgânico sejam absorvidos uniformemente ao longo do tempo, reduzindo assim a incidência de doenças do trato gastrointestinal. OptiFer® utiliza eficazmente os dois mecanismos de absorção de ferro. "O tratamento dietético contendo ferro heme tem poucos efeitos colaterais e pode ser usado de forma eficiente para melhorar o equilíbrio de ferro nas mulheres em idade reprodutiva ". (Hoppe et al. Nutrição. 2.012 27 de agosto) ° Mulheres em idade fértil ° Jovens em fase de crescimento ° Idosos ° Atletas ° Pacientes crônicos ° Doadores de sangue