2. Penas são simples penas, de qualquer ave!... Quanto menores, mais leves, mais voam, levadas pelo vento, sem destino. Ondulantes, ululantes sobem e descem, despertando exclamações e expectações!
3. Palavras & Penas são análogas e cruzam-se ao perderem-se no espaço. Palavras depois de proferidas não retornam. Tocam os ouvidos daqueles que as querem ouvir. “ Quem tem ouvidos, que as ouçam...” Os distraídos ou indiferentes perdem-nas Ao comum, deixando de absorvê-las para o bem.
4. Tais como Penas jogadas ao vento na montanha. São irrecuperáveis, irrecolhíveis. Desaparecem ao controle do homem. As Palavras ecoam, são audíveis. Elas enlaçam, envolvem e consolam. Ora agridem, machucam, ferindo corações. Alçam vôo e podem construir ou destruir.
5. As Penas voam, voam, conforme sopra o vento. Não importam a direção que tomem. São tantas e se dispersam sem conectarem-se. Cada uma responde por si própria aos gritos Dos “Ventos Uivantes”,ecoantes nos montes. Quem sabe até pairam em corações sedentos.
6. Penas conciliam o sono em travesseiros fofíssimos. Unem corações, unem aves em ninhos e ruas. Enquanto petecas, são jogadas nas brincadeiras. Conduzidas pelo vento, podem cair e adormecer nas calmarias.
7. Penas estão presentes em espanadores. E cocares, adorno dos nossos índios. Também, enfeitam nos carnavais!...
8. Ah! Quantas Palavras as Penas escreveram!... No papel estiveram sempre juntas, coladinhas. Aconchegadas e banhadas de tinta azul. A Pena, mui carinhosa, deslizava sobre as Palavras, traduzindo ou exprimindo obras de arte e histórias que encantaram.
9. Encantam, ainda, a humanidade. Palavras & Penas partem de seres vivos. Analogicamente penetram corações. Dependem do acolhimento humano. Tais como suspiros e ais!... Corações se preenchem com elas.
10. Humanas ou Animais, existem para se Completarem, no espaço ou em terra. São articuladas ou nutridas por animais. Tanto Racionais como Irracionais.