Anúncio

Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf

15 de Mar de 2023
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Anúncio
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Anúncio
Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf
Próximos SlideShares
Seminário azymec 2015   versão slideplayerSeminário azymec 2015 versão slideplayer
Carregando em ... 3
1 de 10
Anúncio

Mais conteúdo relacionado

Similar a Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf(20)

Último(20)

Anúncio

Artigo Introducao à Técnica PSG.pdf

  1. BrazilianJournal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology Brazilian Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology 1 (1) 23-32, 1995 Introdu^ao a Tecnica de Polissonografia Rogerio Santos da Silva Biologo Hospital das Clfnicas da Faculdade dc Medicina da Unjversidade de Sio Paulo - CIES - Centro Interdepartamental para Estudos do Sono; Instituto de Psiquiatria. - Hospital Israelita Albert Einstein - Centro de Disturbios do Sono; Service de Neurofisiologia CKnica. Resume E grande a importancia da polissonografia na avaliagao dos disttirbios do sono humano. Para tanto, a boa qualidade tdcnica do tragado € indispensaVel a qualquer tipo de estudo. Este artigo apresenta um breve hist6rico dos principals eventos relacionados com o estudo do sono e relaciona as principals variaVeis estudadas em polissonografia, dando substrato te'cnico para a preparacjao e monitorizac,ao do registro polissonogrSfico. Urdtermos: Polissonografia, Laborat6rio de Sono, T6cnicas PolissonogrSficas. Abstract Polysomnography, a technique ofutmost relevance for detection ofsleep disturbances, requires that recording match the verybest available standards.A brief history ofthe discov- ery of sleep stagesand correlates is hereby described as well as the main procedures that have to be adopted for obtaining good quality recordings. Key Words: Polysomnography,Sleep Laboratory, Polysomnog- raphic Techniques. Hist6rico O sono sempre foi uma das questoes que mais agugaram a curiosidade humana, talvez devido a alterac,ao do grau de consciencia de um individuo adormecido ou, ainda, & importante extensao do tempo que passamos dormindo. Essa curiosidade levou, primariamente, a abordagens puramente discursivas. Pore'tn, com o desenvolvimento de me'todos ins- trumentais adequados foi possfvel descrever, ainda que par- cialmente, alguns aspectos das manifestac.6es e dos mecanismos da vigilia e do sono. Richard Caton ' fez os primeiros registros da ativi- dade ele'trica cerebral de gatos, coelhos e macacos usandoum rudimentar sistema de registro. Seus achados foram apresen- tados, em 1875, para a "British Medical Society". Em 1929, Hans Berger "' fez os primeiros registros das oscilacpes de potencial do c6rtex em humanos, dando-lhes o nome de eletroencefalograma (EEG). Ainda que com problemas te'cni- cos na amplifica^ao de sinais, Berger identificou muitos pa- droes em EEG, incluindo o ritmo alfa. A influencia dessas descobertas sobre o estudo do ciclo vigflia-sono foi de ines- timaVel valor, sendo que a metodologia derivada dos estudos Copyrigth O Uga Brasilrua de Epilrpeia e Sodedade Brasileiri de Neurofiiiologia CHmca iniciais do EEGainda d empregadaatualmente, com resultados talvez impossfveis de serem obtidos de outra forma. Loomis e cols. ^ 'definiram um sistema de classifi- ca^ao para o EEG durante o sono, descrevendo cinco fases distintas, baseados na morfologia e freqiiencia dos potenciais. As cinco fases foram designadas com as letras A, B, C, D e E, no sentido dos est^gios mais superficiais para os mais profun- dos. Apesar da descrigao pormenorizada do que mais tardese chamaria de sono sincronizado ou sono nao-REM (NREM), esses autores nao fizeram men^ao ao sono dessincronizado ou sono REM (sigla de "rapid eye movements" = movimentos r&pidos dos olhos). A presen$a dos movimentos oculares rSpidos for descrita, primeiramente, por Eugene Aserinski e Nathaniel Kleitman , em 1953. Esses abalosocularesfSsicos durante o sono estavam associados a um padrao eletroence- falogrdfico semelhante aoda vigilia e ao aumentodosbatimen- toscardiacos e da frequencia respirat6ria. Eles notaram, ainda, que quando osindivfduos eram acordados durante esse estdgio do sono, cerca de 80% indicava estar sonhando. Em 1958, Dement e Kleitman publicaram uma nova classifica<jao das fases do sono, composta por quatro est^gios de sono sincronizado (sono NREM), seguidas pelo sonodessincroni- zado (sono REM), os quais ocorrem de forma ciclicadurante a noite. O sono dessincronizado,devido ao seu padrao seme- lhante ao do alerta, foiconsiderado como superficial atd 1959, quandoJouvet, MicheleCourjon " ',estudandoolimiar para despertar, em gatos, caracterizarara esse estSgio como o mais profundo, denominando-o "sono paradoxal". Jouvet e Michel 23
  2. R. S. da Silva ', ainda em 1959, observaram que havia um marcado declmio no t6nus musculardurance o sono dessincronizado. A combinagao desses achados e" agora utilizada como base para o estudo polissonografico: o eletroencefalograma, o eletrooculograma e o eletromiograma. tes, pode-se mostrar alterada devido ao fato de estarem dormindo em uma cama estranha, pelo desconforto gerado pelosfiosou, ainda, pela apreensaocausada pelo fato de terem seu sono monitorizado durance a noice coda. Esses problemas, chamados de "efeitos da primeira noice", foram invescigados Tabela 1 - Apresentacao da sensihilidade e dos filtros freqttentemente utilizados em polissonografia. EEC EOO EMG (queixo) EMG (tibial ant.) Fluxo Ae'reo ECG Setuibilidade (uV/mm)** 7 7 2 10 75* 75* Filtro de AlU Frequencia (Hi) 70 70 70 70 15 15 (35) Filtro de baixa Frequencia (Hz) 0,5 0,5 5-10 10 1 0,1 Constance de Tempo (s) 0,3 0,3 0,03 0,03 0,1 1 EEC = eletroencefalograma; EOG = eletromiograma; ECO= eletrocardiograma. * variavel (deve ser ajustado para cada paciente); ** para sinal de calibrate de 50 uV. Em 1968, o "Brain Information Service" publicou um manual de estagiamenco de sono e tdcnicas polissonogrSficas ',que €amplamente ucilizadocomo base para escagiamento por muitos Iaborac6rios, e, em 1971, publicou um similar, padronizando o escagiamenco do sono em criangas . A "Association of Sleep Disorders Centers" (ASDC), em 1978, publicou um sistema de classificasao padrao para diagn6stico dos disturbios do sono ' ' e umguia basico para o usoem polissonografia em centres de disturbios do sono ' '.Em 1979, foi publicada pelo ASDC/APSS a "Diagnostic Classifi- cation of Sleep and Arousal Disorders" ™. Atualmente, o diagn6stico dos disturbios do sono € baseado numa nova classiftcasao ' , mais completa emrela^ao a anterior. Aspectos T6cnicos A polissonografia 6 um termo gene'ricoque serefere ao registro simultaneo de algumas variaVeis fisioldgicas durante o sono, tais como: eletroencefalograma (EEC), eletrooculo- grama (EOG), eletromiograma (EMG), eletrocardiograma (ECG), fluxo ae"reo (nasal e oral), esforcp respirat6rio (toraxico e abdominal), outros movimencos corporals (atrave's do EMG),gases sangufneos (saturac.ao de oxigenio, concen- trac.ao de di6xido de carbono), temperatura corporal, tu- mesc^ncia peniana, entre outras. Assim, a elaboragao do programa para o registro polissonografico deve ser definida previamente, com base nos dados clfnicos do paciente e nos me'todos de registro disponfveis no Iaborat6rio. Por exemplo, um registro, quando a hist6ria clfnica sugere apn6ia, deve ter moncagem diferente da usada para verificac.ao de impote'ncia sexual. Al6m disso, alguns pacientes necessitam de uma avalia^ao polissonogrSfica de, pelo menos, duas noites conse- cucivas. A avalia^ao da arquicetura do sono, em alguns pacien- por muitos autores * . A "aclimacasao" do pacience ao Iaborac6rio de sono, fazendo-se o registro em duas ou mais noices consecutivas, pode eliminar esses "arcefatos" causados pelos efeitos da primeira noice. No laboraC(5rio de sono, a escolha do equipamento adequado para monitorizar as variaveis bioeMtricas 6 muito to<v. 10% 20°'. | 20% 120Q '« I 20% .10% FIgura 1- SistemaIntemacional 10-20decolocacaodeele'trodos. A: medida longitudinal feita a 10 ou 20% do nasion at£ o iriion; B: medida transversal feita a 10ou 20% do ponto prt-auricular esquerdo at6 o ponto prt-auricular direito; C: medidacircunferencial feita a partirdas marcasencontradasemA e B; D: esquema de todos os pontos ligadosa 10ou 20%. 24
  3. Brazilian Journal of Epilepsyand Clinical Neurophysiology 1 (1) 23-32, 1995 BOO) EUUJ Flgura 2 - PosicSo dos el£trodos para registro polissonograflco. Ld: perfil direito do indivfduo;Le: perfil esquerdo do indivfduo; C3: eldtrodo para registro do eletroencefalograma da regiSo central esquerda: C4: ele'trodo para registro do eletroencefalograma da regiSo central direita; EOGE: el^trodo para registro dos movimentos oculares colocado no canto extemo do olho esquerdo; EOGD: eldtrodo para registro dos movimentos oculares colocado no canto externo do olho direito; EMG1, EMG2 e EMG3: ele'trodos utilizados para registro da atividade eletromiograTica da regiSo submentoniana; A1: eldtrodo utilizado como referdncia, colocado sobre o lobo da orelha esquerda ou sobre a mast6ide esquerda; A2: eldtrodo utilizadocomo referenda, colocado sobre o lobo da orelha direita ou sobre a mast6ide direita; t: ele'trodo "terra". importante. Para isso devem-se conhecer e entender os princfpios basicos envolvidos no registrodesses sinais ele'tri- cos. Em cada canal de um polfgrafo existe um amplificador, que aumentamilhares de vezes a diferenga de potential entre dois pontos e que irireproduzir umsinal ele'trico proportional ao original. Este 6transformado num sinalmecanico dadopela impressao da pena no papel. O trac,ado representa, pois, a diferenga de potencial entre dois pontos,captadapelos ele'tro- dos, em func.ao do tempo. Dependendo da velocidade de variac,ao do sinal a ser registrado deve-se usar um sistema de amplificadores de corrente contfnua (DC) ou de corrente alternada (AC) * '23 '. O sistema DC £ capaz de detectar variances muito lentas do sinal bioele"trico, sendo utilizado para registro da satura$5o de oxigenio, tumescSncia peniana, temperatura corporal, por exemplo. Os potentials do EEC, EMG, EOG e ECO sao suficientemente rapidos para registro 25
  4. R.S.daSilva N*ySwN*VVfi/VV *'1 ^ Q2-A1 CM KG E BOGD EM: lG Figura 3 - Tra^ado mostrando o aparecimento do ritmo alfa, predominantc em regifles occipitais quando o indivfduo fecha os olhos. C3-A2: registro eletroencefalogra'fico da regiaocentral esquerda, utilizando-secomo referenda a mastdide direita; O2-A1:registroeletroencefalogrdfico daregiao occipital direita, utilizando-se como referenda a masttiide esquerda; EOGE: registro dos movimentos do olho esquerdo; EOGD: registro dos movimentos do olho direito; EMG: registro eletromiograTico da regiao submentoniana; OF: olhos fechados; OA: olhos abertos. Velocidade do papel = 10mm/s. com sistema AC de amplificagao de sinais. Para melhor iden- tificac,ao do sinal bioele'trico, o poligrafo permite, pela escolha adequada dos filhos, atenuar dados nao relevantes ao estudo 1 ' '. A tabela 1 mostra os filtros normalmente utilizados para registros de algumas variaVeis fisiol6gicas. A escolha da velocidade do papel tamb^m deve ser feita criteriosamente. Uma velocidade muito baixa pode obs- curecer dados relevantes para o estudo e impedir o estagia- mento do sono. For outro lado, velocidades muito altas tendem a ser pouco economicas para o Iaborat6rio de sono. A it^^^ Flgura 4 - Trafado mostrando a deflexSo fora-de-fase das penas do polfgrafo duranie movimentos oculares. Observar a grandc contaminacao do registro eletroencefalogrifico em regifles centrais da cabeca dada pelo campo el£trico dos globosoculares.C3-A2: registro eletroencefalograTlco da regiao central esquerda, utilizando-se como refer6ncia a mastdide direita; O2-A1: registro eletroencefalograTlco da regiao occipital direita, utilizando-se como referenda a mas(6ide esquerda; EOGE: registro dos movimentos do olho esquerdo; EOGD: registro dos movimentosdo olho direito; EMG:eletromiografla da regiSo submentoniana; OD: movimento ocular para direita; OE: movimento ocular para esquerda; OC: movimentoocular para cima; OB: movimento ocular para baixo; P4x:piscamento dos olhos por quatro vezes. Velocidade do papel = 10mm/s. 26
  5. Brazilian Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology 1 (1) 23-32, 1995 muminniiiiiiiiiiiup u unnnnumTnnun Is C3-A2 UH-A1 GOG E meD BC ^^i/^A^^^ /V^v^^AJN^^ Figura S - Tracado mostrando o aumento da amplitude do sinal do registro eletromiogritfico da regiSo submentoniana (EMG) quando o indivfduo engole (E) e tosse (T). C3-A2: registro eletroencefalograTlco da regiao central esquerda, utilizando-se como referenda a mastdide direita; O2-A1: registroeletroencefalograTlco da regiao occipital direita, utilizando-se como referenda a mas«6ide esquerda; EDGE: registro dos movimentos do olho esquerdo;EOGD: registro dos movimentos do olho direito. Velccidade do papel = 10mm/s. C3-A2 Cf-AI GOG E r^^u^^^^ /vwJvA((^^^>^/^U>v^^ Tu FtaC Figura 6 - Tratado mostrando o aumento da amplitude do registro eletromiografico do miisculo tibial anterior (Ta) quando o indivfduo levanta o p& esquerdo (PeC), abaixa o p6 esquerdo (PeB), levanta o pd direito (PdC) e abaixa o p6 direito (PdB). C3-A2: registro eletroencefalograTlco da regiSo central esquerda, utilizando-se como referenda a mast6ide direita; O2-A1: rcgistro eletroencefalograTlco da regiao occipital direita, utilizando-se como referenda a mast6ide esquerda; EOGE: registro dos movimentosdoolho esquerdo; EOGD:registrodosmovimentosdoolhodireito;EMG:registroeletromiogrdfico daregiaosubmentoniana. Velocidade do papel = 10 mm/s. 27
  6. RS.daSilva C3-A2 OE-A1 KG E HOG 0 BC Ta ituj4^^ U^444^M4^^^ ^^^^ AID BOG vv—v_-t/—l'^l>^'>--vv-4/ -4A-4/v --4'^--4/v -^ Figure 7 - Trafado mostrando a deflexSo em fase das penas dos canais do polfgrafo que registram o fluxo adreo nasal e oral simultaneamente (FAI), o esforfo respirat6no toracico (T6RAX) ; o esfor90 respiratorio abdominal (ABD),quando o indivfduo faz umainspiracSo forcada (I), quando faz umaexpira^Jo forcada (E) e quando faz uma pausa respiratoria (A). C3-A2: registro eletroencefalograTlco da regiSo central esquerda, utilizando-se como referencia a masttfide direita; O2-A1: registro eletroencefalograTlco da regiSo occipital direita, utilizando-se como referenda a mast6ide esquerda; EOGE: rcgistro dos movimentos do olho esquerdo; EOGD: registro dos movimentos do olho dircito; EMG: registro eletroencefalograTlco da regiSo submentoniana; Ta: registro eletromiograTico dos musculos tibiais anteriorcs; SaO2: registro da saturacSo arterial de oxig6nio; ECG: eletrocardiograma. Velocidade do papel = 10 mm/s. velocidade mfnima recomendada pelo manual padrao ' '6 de 10mm por segundo. Eletroencefalogratna (EEG) O registro do EEG 6 considerado como parSimetro de fundamental importanciaempolissonografia. rlpor meio dessa variaVel que os estigios do sono podem ser distingviidos. Para coloca5ao dosel6trodos i utilizado, pormuitoslaboratories, o "sistema internacional 10-20 de colocagao de el6trodos". Tal sistema foi desenvolvido por Jasper ' ', em Montreal, e baseia-se na medigao feita em intervalos de 10%ou 20% da distSncia total de pontos pre'-estabelecidos no escalpo. Estes pontos sao quatro: o nation, o fnion (protuberlncia occipital externa) e os pontos preauriculares esquerdoe direito.Desta forma, os ele'trodos sao colocados de modo absolutamente sime'trico e a medida do couro cabeludo 6especifica para cada indivfduo. A figura 1ilustra o sistema 10-20 de colocagao de el6trodos. Para o estudo do sono nao sao rotineiramente utilizados todos os el^trodos incluidos no sistema 10-20. En- tretanto, suas localizagoes e nomes devemser bemconhecidos pelo te'cnico, pois hi casos em que 6necessSria sua coloca^ao (para registrodo sono em pacientes com epilepsia, por exemplo). Os sinais el^tricos utilizadosparaestagiamento do sono sao bem visualizados nas regioes centrais do ce'rebro, particu- larmente quando a amplitude do sinal 6 otimizada com a utilizac,aode um aumentorelative dadistancia entre osel^tro- 28
  7. Brazilian Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology 1 (1) 23-32, 1995 C3-A2 iiiiiuiiiiiiiiuiiiiiiiruiiniiiiuiiiiiiiiuiiiiiiiiu uiiiiiiiiuiiiniiruiiiiiiiajniiiiiruniirnpjmnnrunrmipiiiiirraiimim |^^W*^ 00-Al HOG E HI; o BC Ta KAI TUIAX All) ^^^^i^^ BOG ^-^J^^^ Flgura 8 - Trajado de um registro polissonognSfico de um indivfduo relaxado, mostrando a deflexSo em fase das penas dos canais do polfgrafo que registram o fluxo aereo nasal e oral simultaneamente (FAI), o esforco respiraWrio torfcico (TORAX) e o esforco respiratoiio abdominal (ABD). C3-A2: registro eletroencefalogrSfico da regiSo central esquerda, utilizando-se como referenda a mastrjide direita; O2-A1: registro eletroencefalograTico da regiSo occipital direita, utilizando-se como referenda a mastrjide esquerda; EOGE: registro dos movimentos do olho esquerdo; EOGD: registro dos movimentos do olho direito; EMG: registro eletromiogrifico da regiao submentoniana; Ta: registro eletromiogrifico dos musculos tibiais anteriores; SaO2: registro da satura9So arterial de oxigenio; ECG: eletrocardiograma. Velocidade do papel = 10mm/s. dos, dado pela referenda contralateral. Estas atividades in- cluem asondas do vertex, os fusos de sono e o complexo K,os quais apresentam seu maximo em CZ, C3e C4; asondaslentas de alta voltagemdos estagios 3 e 4, cujo valor maximo ocorre em regioes frontais, sao bem captadas rjelos ele'trodos centrals e, ainda, a atividade alfa, caracterfstica de regioes occipitais, podem ser observadas em C3 e C4 em muitos indivfduos. Assim, o manual padrao * ^ recomenda a colocasao de C3 e C4 para registro do sono, embora o registro de apenas um desses pontos seja suficiente para o seu estagiamento, en- quanto o outro pode ser utilizado em caso de problemas te'cnicos com o primeiro eldtrodo. Como referenda sao colo- cados el^trodos sobre o lobo da orelha ou a mast6ide contrala- trais: C3/A2 ou C4/A1 (figura 2). Entretanto, alguns laboratories, dependendo da disponibilidade de canais para registro do sono, utilizam os eldtrodos frontais para auxilio no 29
  8. R. S. da Silva estagiamento do sono delta (estlgios 3 e 4) e os ele'trodos occipitais (O1/A2 ou O2/A1) para uma boa avaliacao do comedo do sono. A utilizagao da derivac,ao CZ-OZ pode pennitir aobservac,ao da atividade alfa posterior e da atividade central do sono. O ele'trodo terra i normalmente colocado na posic,ao FZ (figura 2). De maneira geral, os ele'trodos sao colocados de forma nao invasiva sobre a pele fntegra. Pore'm, a pele deve receber um prepare preVio, uma vez que apresenta uma carnada c6mea, de espessuravariaVel conforme a localizac,ao, queatua como isolante. Ale'm disso, a oleosidade presente na pele tambe'm atua como isolante, atrapalhando o bomcontato do ele'trodo e prejudicando a transmissao da atividade ele'trica. Para contomar esses problemas pode-se seguir os seguintes passes: 1) desengordurar a pele com alcool ou acetona; 2) promover ligeira abrasao da pele com uma pasta abrasiva, lixa d'£gua ou pequenochumac.ode palha de a$o com malhasfinas (ex. "Bombril"). Deve-se sempre lembrar que a abraSao nao pode lesar a pele do paciente, uma vezque, al6m de naotrazer melhora ao registro, o ardor provocado tornarS o paciente inquieto, com dificuldade de relaxamento; 3) utilizar pasta condutora para fazer a "ponte" entre a pele e o ele'trodo. O prepare da pele deve ser feito antes da colocac.ao dequalquer ele'trodo. Para o caso especffico dos eletrodos colocados sobre o couro cabeludo, deve-se separar muito bem os cabelos da area, uma vez que eles aumentam muito a impedancia local. Muitos aparelhos para registros eletrofisiol6gicos dispoem de sistemas embutidos para medic.ao das impedancias, sendo que muitos Iaborat6rios requeretn preparac.6es que apresentem impedancias inferiores a 5 kiloohms. Como o registro do sono i geralmente feito durante toda a noite, imuito importante queos ele'trodosfiquembem firmes para que nao caiam durante os movimentos corporals. Ale'm disso, a entrada no quarto para arrumar um ele'trodo pode despertar o paciente, atrapalhando o estudo da ar- quitetura do sono. Pode-se tentar prevenir esse problema com a colocac,ao de el^trodos de reserva e, ainda, com a utilizagao de col6dio eleisticona fixa^ao dos el^trodos. Para isso, utiliza' se uma pequena gazedupla (2cm ), embebida emcol6dio, que € secada com ar comprimido, em movimentos centrifuges, tomando-se o cuidado para que nao se formem bolhas de ar. Estas bolhas normalmente resultam em instabilidade do ele'trodo e, portanto, em grande quantidade de artefatos. O col6dio eleistico utiliza 6ter como solvente que, devido ao seu alto grau de volatilizac.ao, permite a secagem r^pida. Sua remoc.ao pode ser feita facilmente com 6ter, acetona ou benzina. Eietrooculograma (EOG) Em polissonografia registram-se os movimentos ocu- lares para detecc,ao dos movimentos rSpidos dos olhos que ocorrem durante o sono dessincronizado, sendo um indicador indispensaVel para sua identiftcac.ao. Ale'm disso, durante a transic.ao vigflia/sono, muitos indivfduos apresentam movimentos oculares lentos, os quais podem ser titeis na avaliac.ao do comecp do sono. O globo ocular forma um campo ele'trico, produzido pela diferenc,a de potencial existente entre a c6rnea e a retina, sendo a primeira positiva em relac.ao a segunda. As variances desse campo ele'trico, produzidas pelos movimentos oculares, podem ser registradas utilizando-se um ele'trodo colocado sobre cada canto externo dosolhos. De acordo como manual padrao ,o ele'trodo esquerdo (EOG-E) €colocado cerca de 1cm abaixo do piano horizontal e o direito (EOG-D) 6 colo- cado cerca de 1cm acima (figura 2). Essa disposic,ao dos ele'trodos permite a identificac.ao dosmovimentos horizontals, verticals e obliquos . O registro 6 feito utilizando-se como referenda o lobo da orelha ou mast6ide contralaterais (EOG- E/A2 e EOG-D/A1) (6) . Os elettodos podem ser fixados por fita adesiva, esparadrapo ou com col6dio elastico, desde que tomando-se cuidado para evitar o contato com os olhos, pois podem provocar sua imtac,ao. Eletromiograma (EMG) Como descrito pelo grupo de Jouvet , em 1959, a atonia muscular € um dos fen6menos caracteristicos do sono dessincronizado. Desse modo, em um registropolissonograTico padrao, o EMG do queixo € usado como crit6rio de avaliac.ao do sono REM * '. Tres ele'trodos sao colocados no queixo (figura 2), sendo o terceiro utilizado como reserva, caso haja qualquer falha em um dos outros dois, o que possibilita um registrodeboa qualidade. O registro do EMG de outrosgrupos musculares i utilizado para a avaliacao decertos distiirbiosde sono. Por exemplo, o EMG do musculo tibial anterior € importante na avalia$ao de individuos com movimentos peri6dicos do sono. O EMG intercostal pode ser usado como monitor do esforc,o respirat6rio. Para monitoriza5ao de bru- xismo colocam-se eldtrodos sobre o mass^ter. Os ele'trodos para EMG sao fixados utilizando-se fita adesiva,esparadrapo ou colddio eldstico. Eletrocardiograma (ECG) Outra variaVel normalmente monitorizada durante o registro polissonogr<ifico 6 o ECG . Os el^trodos sao colo- cados diretamente sobre o t6rax do paciente, podendo-se utilizar el^trodos especfficos para esse tipo de registro ou, ainda, ele'trodos comuns fixados por fita adesiva, esparadrapo ou col6dioeleistico. Outras Varidveis Fisiol6gicas Para avaliacao de distiirbios respirat6rios durante o sono, sao utilizados sensores denomihados termistores para registro do fluxo a^reo. Estes sao capazes de detectar as variances na temperaturado ar por variac,ao da sua resistencia ele'trica. Alguns termistores combinam sensores capazes de determinar o fluxo adreo de ambas as fossas nasals e da boca, simultaneamente. Sao colocados imediatamente abaixo do nariz e fixados por fita adesiva ou esparadrapo. A distinc,ao entre apndias do tipo obstrutiva, central ou mista pode ser feita com a utilizagao de cintas para monitoriza^ao do esfor5O torScico e abdominal. Muitos Iaborat6rios utilizam, ainda, 30
  9. Brazilian Journal of Epilepsyand Clinical Neurophysiology 1 (1) 23-32, 1995 ele'trodoscolocados sobre osmiisculos responsaveis pela respi- rac,ao (intercostais, esternocleidomast6ideos), ap6s a devida preparacao dapele, para aavaliacaodoesforcp respirat6rio ' '. Para se avaliar a severidade dos epis6dios de apne'ia, pcxie-se registrar o grau de saturagao de oxigfinio, por meio de instrumentos nao invasivos, para oximetria transcutanea. Esses aparelhos apresentam dispositivos que sao colocados sobre um dedo ou no lobo da orelha. Uma luz vermelha detecta o estado de oxigenac,ao das mole'culas de hemoglo- bina. Assim, pela comparacao da porcentagem de luztransmi- tida, € calculado um valor percentual da satura$ao de oxigenio. Dessa forma, a monitorizac,ao da saturacao de oxigfinio pode ser feita continuamente durante o registro polissonogrSfico. Como j4 foi mencionado, esse tipo de sinal € caracteristicamente lento, devendo-se utilizar umsistema DC de amplificac.ao para seu registro. Preparacao do Paciente Na tentativade aliviar o desconforto causadopelos fios durante o registro do sono, pode-se amarrS-los na parte pos- terior da cabec.3, como um "rabo de cavalo". Essa estrate"gia permite que o paciente tenha os movimentos mais livres durante a noite. A colocagao dosele'trodos nao deve serfeita no quarto onde o paciente ir£ dormir. Assim, ap6s todos os ele'trodos serem colocados, deve-se acomodar o paciente na cama. An- tes, por6m, deve-se perguntar se o paciente deseja ir ao ba- nheiro, tomar dgua, etc. Mostra-se o sistema de intercom.urucac.ao ao paciente, pedindo paraque chame caso queira levantar-se ou tenha algum problema durante a noite. Deve-se explicar-lhe que serS submetido a algumas tarefas para verificar se os ele'trodos e sensores estao funcionando satisfatoriamente. Pede-se-lhe para que fique relaxado e que obedega as instrucoes. Esses procedimentos pertnitem ao t^c- nico determinar os artefatos e problemas imediatos, que podem ser resolvidos antes do infcio do exame. Ale"m disso, permitem identificar o tragado "basal" do paciente, paracom- parac.ao com o registro durante a noite. As instrucpes para o paciente sao: a) "Feche os olhos". Nessa condigao pode-se, normal- mente, observar o ritmo alfa no tragado da regiao occipital e, muitas vezes, da regiao central (figura 3). b) "Abra os olhos...sem mover a cabe^a, olhe para a direita...olhe para a esquerda...olhe para cima... olhe para baixo...pisque quatro vezes". Observar a defiexao das penas (fora-de-fase) do registro dos EOG em cada movimento (figura 4). c) "Engula...tussa...relaxe". Este procedimento permite verificar o aumento da amplitude do registro do EMG e de artefatos musculares nos canals de EEGe EOG^figura 5). d) Os canais de EMGdomusculo tibial anterior podem seravaliados, pedindo para o paciente:"Levante o p£ esquerdo (direito)...relaxe...abaixe o p£ esquerdo(direito)...relaxe" (figura 6). e) Se a respiragao estiver sendo registrada, pedir: "in- spire...expire...inspire novamente e segure a respira^ao...res- pire normalmente". Pode-se, entao, acertar a sensibilidadedos amplificadores de modo adequado e/ou acertar osmovimentos abdominals e toracicos que normalmente ocorrem com re- lac.ao de fases bem definidas (figuras 7 e 8). Ap6s todos esses procedimentos, deve-se fazer uma ultima inspegao do paciente, desejar-lhe boa noite, apagar a luz.e fechar a porta. Nesse momento tern infcio o registro polissonogra'fico. O te'cnico deve, entao, ficar atento ao tragado, zelando pela sua boa qualidade e anotando todos os fatos relevantes que ocorram durante a noite. Agradecimentos O autor agradece & Dra. Stella M&rcia A. Tavares, ao Dr. FlaVio Al6e, ao Dr. Francisco Jos6 C. Luccas, ao Prof. Cesar Timo laria e ao LeonardoPaiva, pelas valiosassugestoes e criticas sobre o artigo. Referencias Bibliograficas 1. AGNEW, HJr.; W1LSE, B.; WILL1ANS, R. The First Night Effect - an EEG Study of Sleep. Psychophysiology, 1966, 2:263-266. 2. ANDERMAN, T.; ENDE, R.; PARMALLE, A.; A manual ofstandardized terminology techniques and criteria for states of sleep and wakefulness in newborn infants. Los Angeles: UCLA - Brain Informations Service/Brain Re- search Imutulc, 1971. 3. ASERINSKY, E; KLEITMAN, N. Regulary Occuring Periods of Eye Motitity, and Concomitant Phenomena During Sleep. Science, 1953, 118:273-274. 4. BERGER, H. Uber das Elektroenkephalogramm des Menschen. Arch Psychiatr Nervenkr, 1929,87:527-570. 5. BORNSTEIN, S.K. RespiratoryMonitoring During Sleep: Polysomnogra- phy. In GUILLEMINAULT, C. (ed) - Sleeping and Walking Disorders: Indications and Techniques. Addison -WesJey Publishing Gxnporry, California, 1982, 183-223. 6. CARSKADON, M.A. Basics for Polygraphic Monitoring of Sleep. In GUILLEMINAULT, C. (ed). Sleeping and Walking Disorders: Indications and Techniques. Addison-Wesley PublishingCompany, California, 1982,1-16. 7. CARSKADON, M.A.; DEMENT, W.C. Normal Human Sleep: an Over- view. In KRYGER, M.H.; ROTH, T.; DEMENT, W.C.; SAUNDERS, W.B. (eds). Principles and Practice of Sleep Medicine. W.B. Sanders Company, Philadelphia, 1989, 3-13. 8. CARSKADON, M.A.; RECHTSCHFFEN, A. Monitoring and Staging Human Sleep. In KRIGER, M.H.; ROTH, T.-, DEMENT, W.C; SAUN- DERS, W.B. (eds). Principles and Practice of Sleep Medicine. W.B. Sounders Company, Philadelphia, 1989, 665-683. 9. CATON, R. The Eletric Currents of the Brain. Br Med J, 1975, 2:278. 10. DEMENT, W.C.; KLEITMAN, N. Cyclic Variations in EEG During Sleep and their Relation to eye Moviments, Body Motitity and Dreaming. Elecnvenceph din Neurop/vysiol, 1958, 10:291-296. 31
  10. R.S.daSilva 11. HOWARD, G.F. Laboratory Assessment ofSleep and RelatedFunctions. In RILEY, T.L (ed). Clinical Aspects of Sleep &. Sleep Disturbance.Butter- worth Publishers, 1964, 119-228. 12. JASPER, H.H. The Ten Twenty Electrode System of the International Federation. Electroenceph din Neurophysiol, 1958, 10:371-375. 13. JOUVET, M.; MICHEL, F.; COURJON, J. Sur un State D'activW Ele'ctrique ce^brale rapide au cours du Sommeil Psysiologique. Campus Rendues de la Societe de Biologie (Paris), 1959, 153:1024-1028. 14. JOUVET, M.; MICHEL, F.Correlations Electromiograaques duSommeil Chez le Chat Decortique' et Mesencephalique Chronique. Campus Rendues de la Societe de Biologie (Paris), 1959:422_425. 15. KLEITMAN, N. Sleep and Wakefulness, Chicago, University of Chicago Press. 1963. 16. KRYGER, M.H. Monitoring Respiratory and Cardie Fuction. In KRY- GER, M.H.; ROTH, T.; DEMENT, W.C.; SAUNDERS, W.B. (eds). Princi- ples and Practice of Sleep Medicine. W.B. Sounders Company, Philadelphia, 1989,702-708. 17.LOOMIS, A.L; HARVEY, EN.; HOBART,G.A. Cerebral StatesDuring Sleep asStudied by Human BrainPotencials.J Exp Psychology, 1937,21:127-138. 18. LOOMIS, A.L; HARVEY,E.N.; HOBART, G.A. Distribution of Dis- turbance-Patterns in the Electroencephalogram, with Special Reference to Sleep.J Neurophyiiol, 1938, 1:413-430. 19. MENDELS, J.; HAWKINS, D. Sleep LaboratoryAdaptation in Normal Subjects and Depressed Patients (first night effect). Electroenceph. Clm Neuro- physiol, 1967, 22:556. 20. RECHTSCHAFFEN, A.; VERDONE, P. Amount of Dreaming.Effect of Incentive Adaptation to Laboratory and Individuals Differences. Percept Motor Skills, 1964, 19:9-47. 21. RECHTSCHAFFEN, A.; KALES,A. A Manual of Standardized Termi- nology, Techniques and Scoring System for SleepStagesof Human Subjects. Los Angeles: UCLA. Brain Information Service/Brain Research Institute, 1968. 22. SCHMIDT, H.; KAELBUNG, R.The Diferential Adaptationofthe Sleep Parameters. Biol Phychiacry, 1971,3:33-45. 23. SPECKMANN, EJ.; ELGER, CE Introduction to the Neurophysfologi- cal Basis ofthe EEC and DC Potentials. In NIDERMEYER, E.&SILVA, F.L (eds). Electroencephalography. Basic Principles, Clinical Aplications and Re- lated Fields. Urban & Schwarjenberg. Baltimore,Munich, 1987, 1-13. 24. THORPY, M.J. Diagnostic Classification Committee. International Clas- sification of Sleep Disorders: Diagnostic and Coding Manual. ASDA, Roch- ester, Minesota, 1990. 25. Association of Sleep Disorders Centers. Certification Standards and Guidelines for Sleep Disorders Centers. Preparedby the Certification Com- mittee, 1978. 26. Association of Sleep Disorders Centers. Guidelinesin the use of Polysom- nography. Prepared by the Committee on Techniquesof Clinical Polysomnog- raphy, 1978. 27. Association ofSleep Disorders Centers. Diagnostic Classification ofSleep and Arousal Disorders. 1st ed. Prepared by the Sleep Disorders Classification Committee, HP Roffwarg, Chairman, Sleep, 1979, 2:i;37. Endere$o para correspondencia Rogerio Santos da Silva Servigo de Neurofisiologia Clihica Hospital Israelita Albert Einstein Av. Albert Einstein, 627/427 CEP 05652-901 - Sao Paulo - SP - Brasil 32
Anúncio