O documento discute a anatomia e fisiologia do sistema nervoso autônomo. Aborda a história do estudo do SNA desde a antiguidade com Galeno, e descreve os principais conceitos e descobertas ao longo dos séculos, incluindo a definição do termo por Langley e os principais neurotransmissores e receptores. Também apresenta esquemas ilustrando as vias simpáticas e parassimpáticas.
1. Sistema Nervoso Autônomo
Anatomia e Fisiologia
Carlos Darcy Alves Bersot
Título Superior em Anestesiologia-SBA
Responsável pelo CET-SBA do Hospital Federal da Lagoa-SUS
Médico Anestesiologista do Hospital Pedro Ernesto-UERJ
2. Ponto 8 – Sistema Nervoso Central e Autônomo
8.1. Anatomia
8.2. Fisiologia
8.3. Farmacologia
3. NÚMERO DE QUESTÕES DA PROVA ESCRITA DO TSA:
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
0
2
4
5
7
9
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009
4. QUESTÕES DA PROVA ESCRITA DO TSA:
SNA - BIBLIOGRAFIA
BARAS
H
24%
STOELT
ING
14%
MILLER
33%
GUYTO
N
8%
SAESP
5%
PENILD
ON
8%
MANICA
8%
5. Noção de movimentos involuntários
GALENO-A.D. 130-200)
Estruturas que são conhecidos hoje como o sistema nervoso autônomo foram
morfologicamente muito bem conhecida para Galeno (130-200 A. D.), a maior anatomista e
fisiologista da antiguidade. "Suas descrições sugerem que ele adquiriu o seu conhecimento
principalmente a partir de dissecação. porcos.Descreveu o que conhecemos como alguns
nervos cranianos IX (glossofaríngeo), X (vago), XI (acessório),Descreveu também do gânglio
cervical superior e outros troncos
Thomas Willis (1621-75)
Cerebri anatome: cui accessit nervorum descriptio et usus. Londini: typ. J.
Flesher, imp. J. Martyn & J. Allestry, 1664.
6. CRIADOR DO termo "SYMPATHETIC
(1669-1760),
The ganglia are 'small brains'
JACOB WINSLOW
7. Teoria da transmissão sinopse química!!
CLAUDE BERNARD
Homeostasia, conceito criado pelo fisiologista francês Claude Bernard (1813-1878) e se refere a essa permanente tendência do
organismo de manter a constância do meio interno( “sabedoria do corpo”.)
Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade e a secreção gastrintestinal, a emissão urinária, a sudorese, a temperatura
corporal e muitas outras atividades, sendo que algumas são regidas quase que totalmente pelo sistema nervoso autônomo, e outras só
parcialmente.
8. BROWN-Séquard observou que a estimulação simpática contrai
os vasos sanguíneos.
Demostrou efeito do SNA na contração dos vasos
Charles-Édouard Brown-Séquard (Port Louis, 8 de abril de 1817 — Sceaux, 2 de abril de 1894) foi um neurologista britânico
9. o termo- sistema nervoso autônomo. direito, com a independência do CNS. Deve notar-se que Langley
não completamente aderir a esta simplificação. Em sua introdução à ANS (1903), ele escreveu que é
possível "considerar como aferentes fibras autonômicas aquelas que dão origem a reflexos nos tecidos
autonômicos e que são incapazes de dar directamente origem a sensação". Além disso, a descoberta de
neurônios aferentes primários que fazem parte da ANS, mas se encontram totalmente fora do CNS, e
fazer nenhuma conexão direta com o CNS, tornam difícil conceber a ANS como um sistema inteiramente
eferente (Furness 2006; ver ainda mais abaixo).
John Newport Langley (2 November 1852 – 5 November 1925) was a British physiologist. He spent his entire career at Cambridge University
Criador do termo SNA.
Langley notou a ausência de corpos de células nervosas sensoriais (aferentes) em gânglios autonômicos e definiu como um
sistema motor puramente. Ele, no entanto, continuou a tradição segundo a qual o ANS é visto como funcionando próprio
13. Introdução
Muitos procedimentos anestésicos e medicamentos utilizados na prática tem uma influência direta
sobre o sistema nervoso autônomo. Portanto, é essencial que o anestesista deve ter um
entendimento básico de sua estrutura e função.
Outline
1. O que é o sistema nervoso autônomo e quais são as suas funções.
2. Como nervos simpáticos distribuem a partir do SNC para os órgãos.
3. Como os nervos parassimpático distribuem a partir do SNC para os órgãos ejetores
4. Quais são as substâncias transmissores no sistema nervoso autônomo
5. Que tipos de receptores existem no sistema nervoso autônomo
37. Sinapse Colinérgica - Liberação da ACh
ACh
Tecidopós-sináptico
- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
ACh
ACh
Ca2+
(+)
VOC
38. Sinapse Colinérgica - Cotransmissores
ACh
VIP
Tecidopós-sináptico
- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
ACh
VIP
ACh
VIP
Ca2+
(+)
VOC
39. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
exocitose
ACh ACh
ACh
ACh
ACh
Colina
Rec. Musc.
Coração
TGI
Glânds
Colina
+
acetato
AChE
Rec.
Nicot
Gânglios
JNM
40. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
SNC
Estômago
Receptores Muscarínicos
M1
Ca2+
Excitação
Secreção HCl
ACh
ACh
ACh ACh
PLC
IP3
DAG
G
41. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Coração
Pré-sinapse
ACh
Receptores Muscarínicos
M2
Hiperpolarização
Inibição neural
Inibição cardíaca
Ca2+
cond.K+
AC
AMPc
Gi
42. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
Glândulas
Músc. liso
Receptores Muscarínicos
M3
Ca2+
Secreção
Síntese NO
ACh
ACh
ACh ACh
PLC
IP3
DAG
G
43. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Receptores Nicotínicos
Nic.
JNM
Neur.Gânglios
Despolariz.
Excitação Neur.
Contração M.Esq.
Na+
K+
44. CAT
AcCoa
CoA ACh
colina
Drogas que interferem com a Síntese ACh
ACh ACh ACh
colina
Tecidopós-sináptico
ACh
Captação colina(-)
Armaz. Ves.
(-)
Exocitose
(-)
45. CAT
AcCoa
CoA ACh
colina
Drogas que interferem com a Síntese ACh
ACh ACh ACh
colina
Tecidopós-sináptico
ACh
Hemicolínio(-)
vesamicol
(-)
Toxina
Botulínica
(-)
46. Drogas que interferem com ações da ACh
ACh
ACh ACh
ACh
Coração
TGI
Glânds
Gânglios
JNM
Anticolinesterásicos
(-)
Colina
+
acetato
AChE
Agonistas (+)
Antag. (-)
Musc.
Agonistas (+)
Antag. (-)
Nicot
47. Drogas que interferem com ações da ACh
ACh
ACh ACh
ACh
Coração
TGI
Glânds
Gânglios
JNM
Fisiostigmina
(-)
Colina
+
acetato
AChE
Ach (+)
Carbacol (+)
Atropina (-)
ACh (+)
Nicot (+)
Curare (-)
48. L-tirosina
Sinapse Adrenérgica - Síntese Noradrenalina
L-tirosina
Tecidopós-sináptico
Tirosina
hidroxilase
DOPA
Dopa
descarboxilase
DOPAMINA
NA
Dopamina
-hidroxilase
NA
PNMT
Ad
Ad
exocitose
NA
Ad
49. Sinapse Adrenérgica - Liberação NA
NA
Tecidopós-sináptico
- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
NA
NA
Ca2+
(+)
VOC
50. Sinapse Adrenérgica - Cotransmissores
NA
NPY ATP
Subst.P
Tecidopós-sináptico
- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
NA
NPY
NA NPY
SP ATP
Ca2+
(+)
VOC
51. Sinapse Adrenérgica - Ações Noradrenalina
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA
Rec. adr
Coração
Rec. adr
Artérias
Músc.liso
52. Sinapse Adrenérgica - Ações Noradrenalina
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA Captação
2
Extra
neuronal
Captação
1
Neuronal
53. Sinapse Adrenérgica - Ações Noradrenalina
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA
Rec. 2
pré-sinaptico
COMT
MAO
(-)
56. L-tirosina
Drogas que interferem com a Síntese NA
L-tirosina
Tecidopós-sináptico
Tirosina
hidroxilase
DOPA
Dopa
descarboxilase
DOPAMINA
NA
Dopamina
-hidroxilase
Captação tirosina
síntese NA
exocitose
NA
NA
Armazenamento
exocitose
(-)
57. L-tirosina
Drogas que interferem com a Síntese NA
L-tirosina
Tecidopós-sináptico
Tirosina
hidroxilase
DOPA
Dopa
descarboxilase
DOPAMINA
NA
Dopamina
-hidroxilase
metil NA
metil
NA
exocitose
Falso
neuro-
transm.
metil tirosina
reserpina
(-)
metil dopa Tiramina
anfetaminas
(+)
58. Drogas que interferem com as ações NA
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA
Agonistas (+)
Antag. (-)
Rec. adr
Agonistas (+)
Antag. (-)
Rec. adr
59. Drogas que interferem com as ações NA
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA
Isoprenalina (+)
Propranolol (-)
Fenilefrina (+)
Clonidina (+)
Prazosin (-)
Ioimbina (-)
rec
rec
60. Drogas que interferem com a captação NA
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA Captação
2
Captação
1
Inibidores uptake 1
Inibidores uptake 2
61. Drogas que interferem com a captação NA
L-tirosina
L-tirosina
DOPA DOPAMINA
NA
NA NA Captação
2
Captação
1
Cocaína
Anfetaminas
(-)
corticosteróides
(-)