1. Texto 1
Até que ponto a tecnologia faz mal na infância?
Queimada, bets, futebol, amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, polícia e ladrão. Praticamente
todas essas brincadeiras fizeram parte da infância de diversas pessoas e são boas lembranças de uma
época quando a maior preocupação era fazer a tarefa da escola.
Hoje, muitas delas ainda estão presentes no dia a dia de várias crianças, mas algo mudou. Se antes
grande parte dos pequenos passava o dia brincando na rua com os amigos, hoje é cada vez mais
comum vermos crianças dentro de casa a maior parte do tempo. Tal realidade foi acarretada por
diversos fatores ao longo dos anos — como o quesito “segurança”, especialmente em cidades grandes.
Mas a tecnologia também tem um dedo nessa história.
Agora, a televisão, o videogame de última geração e o computador são outros bons motivos que
fazem com que as crianças saiam ainda menos de casa — afinal, a diversão encontra-se logo ali, no
conforto e na segurança do quarto ou da sala de estar. Por causa disso, diversos estudos foram e
continuam sendo desenvolvidos a fim de responder a (polêmica) questão: afinal, a tecnologia faz mal às
crianças?
Trocando o lápis pelo teclado
As crianças da geração atual (ou Z, com datas de aniversário a partir da segunda metade da
década de 90) nasceram na era dos computadores, tablets, smartphones e, principalmente, da internet
— algo com que as pessoas da geração anterior só puderam ter um contato maior no início da
adolescência. O primeiro efeito disso, todo mundo sabe: essas crianças possuem uma maior facilidade
e um rápido aprendizado quanto ao uso das tecnologias.
Outra consequência desse contato “precoce” com computadores é a utilização do teclado antes
mesmo do lápis pelas crianças — já que, hoje, é cada vez mais comum vermos os pequenos
aprendendo a escrever o nome primeiramente pelas teclas do desktop ou notebook dos pais do que a
partir de um livro de caligrafia.
Já um pouco maiores, perto do período da adolescência, as pessoas da geração Z também entram
no mundo das trocas de mensagens instantâneas na internet e pelo celular. Nesses meios de
comunicação, o uso de gírias e termos específicos é cada vez maior — grande parte não segue
nenhuma regra gramatical tradicional.
Analisando esse quadro, alguns pesquisadores começaram a se questionar se tal realidade estaria
fazendo com que as crianças de hoje escrevam pior do que as de outras gerações. O que eles
encontraram, na verdade, foi algo bastante positivo.
Revolução literária
Como em todos os estudos, sempre são encontrados os lados negativos e positivos de cada
questão analisada. No caso da escrita por parte das crianças que cresceram com computadores,
algumas pesquisas apontam que a nova geração estaria se encaminhando, na verdade, para uma
revolução literária que não é vista desde a civilização grega.
Isso aconteceria devido ao fato de que, como os computadores, tablets e smartphones estão
sempre por perto no dia a dia, as pessoas estariam escrevendo constantemente — já que a maior parte
da comunicação por esses meios envolve a escrita.
Além disso, no passado, fora da escola (e mesmo em certas profissões), algumas pessoas não
escreviam quase nada por dia.
(Fonte: https://www.tecmundo.com.br/estilo-de-vida/32723-ate-que-ponto-a-tecnologia-faz-mal-na-infancia-.htm)
RedaCEM
7.30
Ano/Série: 7º Fundamental Entrega: 30/10/2017
Tema: Os impactos da tecnologia na vida das crianças – Carta ao leitor
2. Proposta de Redação
Nunca se escreveu tanto na história. Nunca se buscou tantas informações ou se teve acesso a
elas com tanta facilidade. Contudo, o acesso ao conhecimento, apesar de massificado, representa um
impasse na visão de muitos estudiosos. Segundo Leandro Karnal, “informação não é formação”. A partir
desse panorama, elabore uma carta do leitor que será publicada no site Tecmundo em reflexão ao
artigo “Até que ponto a tecnologia faz mal na infância?”. Seu texto irá discorrer sobre os impactos da
tecnologia na vida das crianças. A carta deve seguir todas as determinações desse gênero textual e
estar adequada à norma padrão da língua.