2. A estrutura do saber histórico
O evento: toda mudança que intervém no
desenvolvimento da história, mesmo em um tempo
muito longo.” (Veyne, 1971)
Os conceitos: não são propriamente históricos, salvo
em raras ocasiões; são emprestados de outras ciências,
por exemplo das ciências da linguagem, e do senso
comum.
As entidades: fatos e ideias (conceitos) que englobam
um domínio, um período, um tema, são essas
entidades de primeira ordem.
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3. A compreensão da história
“O evento histórico é tudo o que não é o
óbvio. É uma diferença.” (Veyne, 1971)
A pesquisa histórica busca mostrar o
progresso da ciência no curso da história.
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4. Caminhos da história
Condições de produção do evento – o
horizonte de retrospecção. (Auroux, 1995)
Esquema de conteúdo.
Causas finais.
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5. Domínio dos objetos históricos
Conjunto de entidades suscetíveis de apoiar
empiricamente o trabalho do historiador.
Emergência de novas entidades.
Irreversibilidade das sequências
emergentes.
Relação intrínseca com o tempo.
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6. O trabalho do historiador
Colocar a questão geral da mudança (por
que, como e quando) e da essência dos
objetos submetidos à mobilidade.
Investigar ligações causais de seu objeto
com outros que lhe são relacionados.
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7. Princípios do trabalho científico
em história
Definição fenomenológica do objeto.
Neutralidade epistemológica.
Historicismo moderado.
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8. “Não ganho nada, do ponto de vista da explicação, se apenas
observar que os primeiros gramáticos do islandês apresentam
as ‘letras’ dessa língua com base em diferenças fonéticas
mínimas, explicando-as por pares de palavras em oposição.
Fazendo isso, digo, simplesmente, que esses gramáticos
foram os “precursores” da fonologia. Vou mais longe se
observo que o problema deles é apresentar os quadros
segundo a classificação aristotélica de encaixamento das
categorias separadas por diferenças específicas. Necessitaria,
além disso, seguir esta representação, testar eventualmente
sua estabilidade no curso do tempo e, finalmente, ver se ele
tem uma relação causal com a fonologia.” (Auroux 2007, p.
159, nota 1)
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9. Prática da história: dimensões
um sistema de objetos (isto é, uma
representação construída a partir do
domínio dos objetos);
um parâmetro temporal;
um parâmetro espacial;
um sistema de parametrização externa que
liga o sistema de objetos a seu contexto;
um sistema de interpretantes.(Auroux,
2007)
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10. O tempo e os objetos da história
“Pode-se definir esta característica [interna e
essencial da localização dos objetos na
história], dizendo que “B” é histórico se ele
não tem existência sem um “A” que o
precede em uma sequência irreversível; as
sequências históricas têm a particularidade
de fazer nascer propriedades ou
configurações totalmente novas e
largamente imprevisíveis”. (Aurox, 2007)
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