O documento apresenta uma introdução sobre a teoria da história, discutindo seus principais conceitos e limites. Apresenta os alunos e professor do curso, assim como uma breve biografia do autor José d'Assunção Barros. Discorre sobre a liberdade teórica e coerência teórica na historiografia, abordando possíveis armadilhas como o fetichismo do autor ou a demonização de teorias.
2. Introdução a História
Universidade Federal do Maranhão
Alunes
Bárbara Marinho
Francisco Gabriel
James Carvalho
Laiza Bezerra
Lara Eduarda
Prof. Talysson Bastos
Lorranny
Lucas Daniel
Lucas Rener
Maycon Vinicius
Sara Cardozo
Sulane Carvalho
3. José d'Assunção Barros
Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1957
Histótiador e Musicólogo
Principais Obras: O Campo da História;
Cidade e História; O Projeto de Pesquisa em
História; Raízes da Música Brasileira; Teoria
da História, em cinco volumes; e A
Construção Social da Cor
5. Quais são os limites entre a “liberdade teórica” e as imposições da
“coerência teórica”, nos atuais quadros do desenvolvimento
historiográfico?
Como se pode aplicar o princípio da historicidade à própria Teoria da
História?
Saber se utilizar de conceitos e hipóteses, sem compreender as
relações da História com o Tempo, com a Memória ou com o Espaço
Apresentação
Introdução
6. Tópico I: A teoria e a formação do
historiador
1-Uma “disciplina” – Entendendo como funcionam os
diversos campos de saber
7. 2-Teoria: o que é isso?
" as teorias são redes, lançadas para capturar aquilo que dominamos 'o
mundo' : para racionalizá-lo, explicá-lo, dominá-lo" (POPPER, 1995: 61)
Teoria como " campo de estudos"
Teoria e a Intuição Processo de elaboração teórica é contínuo e circular, de
modo que nele estarão sempre reaparecendo diversos mediadores
8. Sobre a diferença entre teoria e metodologia
na operação historiográfica
“Modo de ver” e “modo de fazer”
Diálogos Interdiciplinares e Fontes históricas na Historiografia
“Teoria e Metodologia são como irmãs siamesas”
9. Tópico II: Teoria da História e Filosofia da História
1-Teoria da História: o encontro entre historiografia e ciência
Oque é historiografia?
Oque difere historicidade de Historia
10. 2-O papel da Teoria da História na formação do
historiador, ontem e hoje: algumas palavras
O papel da teoria da história na formação do historiador
Seignobos
A perspectiva de Febvre
Teoria e Método
11. 2.1- As condições para emergência da Teoria da História
Oque é paradigma científico:
Realizações científicas, conhecidas universalmente, essas realizações,
por certo tempo servem como um modelo de soluções para os cientistas.
Quem foi Thomas Kuhn:
Thomas Kuhn (1922-1996) se fez historiador da ciência, ao longo de toda
sua vida dedicou os seus estudos à história das ciências realizou um
estudo sobre o desenvolvimento histórico dos paradigmas científico.
12. Formas de ver a história:
Paul Veyne(1930-2022) historiador francês, rejeição à ideia da cientificidade da
História.
Lucien Febvre(1878-1956) historiador modernistas francês, historiografia como
um inventário conceitual das diferenças humanas.
Efeitos dessa confusão de desenvolvimento histórico dos paradigmas
científico:
Um grande período de concorrência ou de caos paradigmático, no qual ocorre um
embate de visões sobre a história.
Porque essa maneira de compreensão pode ser dificilmente aplicada a
história:
campo de saber no qual sempre foi familiar, e provavelmente sempre será, a
concorrência de paradigmas distintos.
13. 3. Teoria da história e filosofia da história
A ideia de uma Teoria da História está intimamente relacionada ao surgimento
das pretensões de cientificidade da História. história.
Teórico da historia.
Filósofo da história.
14. Tópico III: Alguns conceitos fundamentais
1-Conceitos basilares para o estudo da Teoria da História
TEORIA DA HISTÓRIA I
TEORIA DA HISTÓRIA II
TEORIA DA HISTÓRIA III
15. 2-Três outras definições importantes: Escola Histórica,
Paradigma, Matriz Disciplinar
Escola Histórica: Pode ser entendida no sentido de uma “corrente de
pensamento”. Importante que haja uma certa intercomunicação entre esses
praticantes.
Paradigma: Conjuntos de crenças, valores, e técnicas comuns a um grupo que
pratica um mesmo tipo de conhecimento.
Matriz Disciplinar: Corresponderá a um universo mais amplo de valores que
dificilmente seriam colocados em questonamento pela ampla maioria dos
historiadores, como a necessidade de uma referência à base documental
(fontes históricas).
16. 3-Campos históricos
A história é dividida em inúmeras modalidades que fazem ofício do historiador
contemporâneo.
São como especializações, que surgiram no interior da História a partir do
século XX
19. 1. TOTAL COERÊNCIA. Adesão burocrática à total coerência de um
sistema pré estabelecido
“Em casos como este, a “teoria” pode contribuir mais
para “cegar” do que para abrir a mente em direção a
“novos modos de ver as coisas”
20. Crença na imiscibilidade de certos autores ou
conceitos.
Karl extraiu a perspectiva da “dialética” do idealismo
hegelianMarxo, que já a apresentava como um princípio fundamental
para a análise do mundo natural e histórico. O fundador do
Materialismo Histórico combinou-o, entrementes, com um
“materialismo” que era estranho ao hegelianismo, e que já existia,
por outro lado, no âmbito de reflexões produzidas por outros autores.
2. FOBIA DA
INCOMPATIBILIDADE.
21. Adesão total e incondicional a um único autor,
uso de ‘argumento de autoridade’.
De igual maneira, reconhecer a descoberta do
“inconsciente” (FREUD, 1915) ou o valor do “método de
investigação psicanalítica” não significa aceitar
necessariamente “todo” o Freud.
“fetiche do fundador’’
3. FETICHE DO AUTOR.
22. Uso do argumento “ad hominem”
“falácia de argumentação” de “ad hominem”
(“ao homem”)
4. DEMONIZAÇÃO DE
AUTORES.
23. Uso do argumento “ad hominem”
Rejeitar a contribuição teórica de um determinado autor em vista de certos
incidentes da sua vida pessoal equivaleria e se recusar a apreciar algumas das
mais belas composições musicais de Richard Wagner (1813-1883) porque este
gênio da música manifestou em alguns de seus escritos opiniões antissemitas,
ou porque algumas das óperas do compositor alemão foram depois muito
apreciadas por Hitler e até mesmo usadas para embalar deprimentes práticas
em campos de concentração. A Música existe como construção estética a ser
apreciada, independente da personalidade de seu autor o dos usos que lhe
foram emprestados em um outro momento.
4. DEMONIZAÇÃO DE
AUTORES.
24. Rejeição de uma teoria por receio de suas
consequências externas.
“Seria uma postura teórica deste tipo a que poderia estar oculta no
gesto de impor a-cientificamente o ensino do Criacionismo, contra a
sequer menção à Teoria das Espécies de Charles Darwin (1859), com
base no mero argumento de que, se esta teoria for aceita, há o risco de
trazer a ruína a sistemas religiosos construídos desde há muitos
séculos, dos quais a humanidade necessita para não mergulhar em uma
vida caótica.”
5. FOBIA DAS
CONSEQUENCIAS
ADVERSAS.
25. Uso degastado de formulas e conceitos.
“ousar criar é também importante. Experimentar novas
linguagens é também se forçar a ver as coisas de uma
nova maneira.”
“fetiche do conceito”
6. ESTAGNAÇÃO
DISCURSIVA.
26. os historiadores trabalham necessariamente com dois
tipos de “conceitos” ou categorias verbais, na verdade
com “dois níveis de conceitos”
“ao nível das fontes” e “ao nível do historiador”.
7. ANACRONISMO E FOBIA
DO ANACRONISMO.
27. “Benedetto Croce, que dizia que “toda história é
contemporânea”. Isto quer dizer que mesmo a História
Antiga e a História Medieval são de certo modo
histórias contemporâneas, porque são elaboradas
pelos historiadores de nosso tempo”
7. ANACRONISMO E FOBIA
DO ANACRONISMO.
28. Demasiado rígidas.
“Toda teoria, para conservar sua eficácia científica, precisa
respirar o ar da liberdade.”
“Romper fronteiras, quando isso é necessário, é também uma
opção teórica”
“Um rio pode ver-se dividido em fronteiras nacionais, mas isso não
faz dele uma realidade descontínua”
8. FRONTEIRAS
INTERDISCIPLINARES.
29. Engessamento da Teoria em “DOUTRINA”
Se as fronteiras entre os campos disciplinares podem se enrijecer,
ocasionando a formação, em torno do campo disciplinar, de
verdadeiras camisas-de-força que já não permitem o estudo de
determinados objetos que mal se acomodam no interior de uma
única disciplina, existe ainda um último enrijecimento que é fatal
para o ‘fluir teórico’. Tal ocorre quando se dá um enrijecimento
interno, e a ‘teoria’ termina por se engessar em ‘Doutrina’
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
30. 1) A princípio são
erguidas as torres
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
31. 2) surgir um castelo
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
32. 3) fosso de água
parada
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
35. 5) uma espécie de
altar
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
36. 9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
6)‘tábuas de certezas’
“Eis uma Doutrina“
37. 9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
7) “Já nem mais teremos um Castelo,
talvez um Templo, com seus próprios
deuses”
38. Engessamento da Teoria em “DOUTRINA”
“O Dogma pode transformar uma boa ciência em má religião.”
“capacidade de adaptação e modificação na articulação entre os seus
subsistemas, assim como a possibilidade de abandonar um subsistema e de
substituí-lo por outro”
“A Doutrina, enfim, também está ela mesma sujeita a movimentos. Mas
como perdeu a fluidez dos rios, que é típica das teorias”
9. TEORIA EM ‘DOUTRINA’
ENCASTELAMENTO TEÓRICO
39. Confusão entre o “TEORICO ‘ e o real.
“falácia da concretude mal colocada”
10. TEÓRICO’ E O REAL
40. “tentativas e erros”.
O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não
tivesse tentado o impossível” Max Weber
11. FOBIA DO ERRO.