2. Coordenação e Execução:
Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social
A STDS através da coordenação do artesanato, direciona
suas ações de incentivo à produção e comercialização do
produto artesanal, através da Central de Artesanato do
Ceará/CEART.
O Programa Estadual do Artesanato está estruturado em
duas grandes áreas de ação: produção e comercialização
do artesanato.
A equipe responsável pela execução do Programa está
estruturada da seguinte forma: um coordenador e três
gerentes de célula (produção, comercialização e o Fundo
de Desenvolvimento do Artesanato-FUNDART).
Apresentação do Programa
3. Núcleo de Produção Artesanal :
Cadastro, Capacitação e Assessoramento Técnico
Gerencial
Na equipe da produção está a identificação e cadastro de
artesãos; a capacitação voltada para o aperfeiçoamento
da produção e gestão de negócios; e o assessoramento
técnico aos grupos e entidades artesanais. Atualmente
constam no banco de dados do cadastro CEART 36.000
artesãos e 55 Entidades Artesanais (46 associações, e 9
cooperativas).
Núcleo de Comercialização:
Lojas, Feiras e Eventos
5. Artesanato
“Artesanato é o produto resultante da transformação da
matéria-prima, com predominância manual, por um
indivíduo que detenha o domínio integral de uma ou mais
técnicas previamente conceituada, aliando criatividade,
habilidade e valor cultural, com ou sem expectativa
econômicas, podendo no processo ocorrer o auxílio
limitado de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios.”
(PAB)
Artesão
É o indivíduo que domina a técnica de transformação da
matéria prima da qual resulta o produto artesanato.
6. Categorias do Artesanato
Definem o artesanato de acordo com sua origem, uso e
destino.
A) Arte Popular
Conjunto de atividades, poéticas, musicais, plásticas e
expressivas que configuram o modo de ser e viver do povo
de um lugar. A arte popular diferencia-se do artesanato a
partir do propósito de ambas atividades. Enquanto o
artista popular é comprometido com a originalidade, o
artesão frequentemente reproduz suas peças .
B) Trabalhos Manuais
Os trabalhos manuais exigem destreza e habilidade,
porém utilizam moldes e padrões definidos (revistas, moldes,
cursos rápidos), resultando muitas vezes, em produtos de
estética pouco elaborada. Não são resultantes de processo
criativo efetivo. É na maioria das vezes,uma ocupação
secundária.
7. C) Artesanato dos Alimentos e Bebidas (Típicos)
Os produtos típicos são, em geral, produtos alimentícios
processados segundo métodos tradicionais, em pequena
escala, muitas vezes em família ou por um determinado
grupo. Fazem parte das tradições culturais, porém são
adaptadas às condições locais.
D) Artesanato Indígena
São objetos produzidos no seio de uma comunidade
indígena, por seus próprios membros. São, em sua
maioria, resultante de uma produção coletiva, incorporada
ao cotidiano da vida tribal, que prescinde da figura do
artista ou do autor.
8. E) Artesanato Tradicional
Conjunto de artefatos mais expressivos da cultura de um
determinado grupo, representativo de suas tradições porém
incorporados à sua vida cotidiana. Sua produção é, em geral,
de origem familiar ou de pequenos grupos vizinhos, o que
possibilita e favorece transferência de conhecimento sobre
técnicas, processos e desenhos originais. Geralmente não
inova nos processos produtivos.
. F) Artesanato De Referência Cultural
São produtos cuja característica é a incorporação de
elementos culturais tradicionais da região onde são
produzidos. São, em geral, resultantes de uma intervenção
planejada de artistas e designers, em parceria com os
artesãos com o objetivo de diversificar os produtos, porém
preservando seus traços culturais mais representativos.
9. G) Artesanato Conceitual
Objetos produzidos por pessoas com alguma formação
artística, de nível educacional e cultural mais elevado,
geralmente de origem urbana, resultante de um projeto
deliberado de afirmação de um estilo de vida ou afinidade
cultural. A inovação é o elemento principal que distingue este
artesanato das demais categorias.
10. Adornos e Acessórios
Objetos de uso pessoal tais como jóias, bijuterias, cintos,
bolsas, peças para vestuário etc.
Uso dos Produtos Artesanais
Decorativo
Objetos produzidos para ornamentar e decorar ambientes.
Educativo
Objetos destinados às práticas pedagógicas.
11. Lúdico
Objetos produzidos para o entretenimento e para
representação do imaginário popular. Ex.: jogos, bonecos,
brinquedos, entre outros.
Religioso
Peças destinadas aos usos ritualísticos ou para
demonstração de crenças e da fé. Ex.: amuletos, imagens,
adornos, altares, oratórios, entre outros.
Utilitário
Peças produzidas para satisfazer as necessidades de
trabalho dos homens, seja no campo, seja na atividade
doméstica. Peças de grande simplicidade formal, seu valor é
determinado pela importância funcional e não por seu valor
simbólico. São utensílios produzidos para atender às
necessidades domésticas.
12. Evidencia o elemento preponderante do produto artesanal
(PAB). É a classificação do artesanato em função da
matéria-prima utilizada
Tipologias do Artesanato
Classificação
Expressa o valor subjetivo que o produto potencialmente
pretende representar. (PAB)
.
Processo de Transformação
Expressa o percentual de predominância manual
que deve caracterizar as técnicas artesanais. (PAB)
No processo de produção poderá ser utilizado
ferramentas manuais e/ou elétricas (exceto industrial) na
execução do serviço;
A atividade artesanal deve desenvolver-se em
ambientes domésticos, pequenas oficinas, grupos de
produção e entidades associativas.
13. Técnicas
São formas, maneiras ou habilidades especiais que tem
como objetivo transferir o valor subjetivo ao produto
artesanal através do manejo e transformação da matéria -
prima .
Matéria-Prima
O Elemento essencial específico ao qual o artesão vai
promover a transformação necessária do produto final. Podem
ser de origem mineral, vegetal ou animal, podendo ser
utilizadas em seu estado natural, depois de processadas
artesanalmente e/ou industrialmente ou serem decorrentes de
processo de reciclagem/reaproveitamento.
15. Alimentos e Bebidas
São do ramo da Alimentação, os artigos e/ou produtos da
flora regional. Compreendem uma infinidade de Alimentos
e Bebidas.
Alimentos: bulins, sequilhos, roscas, broas, petas, grudes,
chegadinhas. Doces e geléias derivados de frutas regionais.
Bebidas: A cajuína, mocororó, licores ,vinhos e cachaças
artesanais, (alambique caseiro).
16. Artístico
Batique: Técnica de pintura em tecidos que utiliza parafina e
tinta , sobrepondo camadas das mesmas, conforme cores
e motivos. Tipologia de origem milenar, (muito antes de
Cristo). É utilizado para o feitio de peças do vestuário e
decoração de ambientes, tais como: blusas, lenços,
cangas, cortinas, almofadas, panôs, etc...
Estamparia: Técnica de pintura sobre tecidos criando
estampas variadas, com tintas e descolorantes, usando
fôrmas, pincéis, escovas, rolos, seringas, etc. Pode ser usada
no vestuário e decoração (não são considerados os
tingimentos) em geral .
17. Marchetaria: Arte de incrustar, embutir ou aplicar peças
recortadas de madeira, marfim, tartaruga,osso,
chifre,coco, metais, etc..., em obra de marcenaria,
formando desenhos variados.
Modelagem: Transformação feita com as mãos no barro,
cimento, gesso, massas sintéticas, resinas, parafina, papel
machê, etc... sem uso de formas.
Mosaico: Colagem e ajuntamento de pedras, azulejos, vidros e
outros materiais, (em pedaços ou não) criando desenhos
decorativos, em peças variadas.
Pirogravura: São desenhos gravados a fogo, sobre couro,
madeira, e outros materiais com pirógrafo ou ferro em brasa,
feitas à mão.
18. Retalhos à mão/ Retalhos à máquina: Aproveitamento de
restos de tecidos “retalhos”,de cores , padronagens e
formatos diversos, costurados à mão formando
vestimentas,colchas, tapetes, bolsas, almofadas, cortinas,
etc... o “fuxico” está incluído nesta classificação.
Vidros: Trabalhos feitos com diamante, régua e vidros
coloridos de espessuras variadas formando peças
como santuários, castiçais, igrejas, etc...
Vitrais: Trabalho feito com corte de vidros coloridos em
tamanhos, formas e cores diferentes, que juntos e soldados com
chumbo ou massas sintéticas se transformam em vitrais.
Vitrificação: Técnica feita com tintas à base de vidro moído e
outras sobre peças de barro (já queimado) que posteriormente
são levados ao forno em altíssima temperatura para uma
segunda queima. É empregada na cerâmica utilitária,
decorativa, religiosa, etc.
19. Bordado à Mão
Elaborado sobre tecidos, com o uso de agulha, linha e
bastidores, o Artesão borda com os pontos: cheio,
sombra, cruz, vagonite, cairel (antigo ponto corrente) etc...
Bordado à Máquina
Com o uso de uma máquina à pedal, (podendo ser
usado pequeno motor) o artesão borda nos pontos: cheio,
richelieu e outros, em roupas de cama, mesa, banho, peças
do vestuário, etc...
OBS: Ficam excluídas tanto do Bordado à mão como no
Bordado à máquina as aplicações com contas variadas,
pedrarias e /ou lantejoulas.
20. Cerâmica
São peças feitas com barro, em torno manual ou de
pedal (rodeira). Ex: esculturas, quartinhas, pratos, potes,
alguidares, arte figurativa, etc.
Couro
Artigos trabalhados em sola, vaqueta, camurça, pelica,
etc..., produção de sandálias,cintos,bolsas, chapéu, cela,
arreios, gibão,etc.
Crochê
Trabalho feito com fios, fibras naturais e agulha,
usando pontos variados na produção de bicos, peças de
cama e mesa e vestuário.
Filé
Trabalho feito de linha ou fios a partir de uma”malha” que
é feita em uma grade formando peças de cama e mesa,
vestuário e acessórios
21. Imaginária
São as peças que o povo popularmente consagra e devota,
tiradas da imaginação dos artesãos como: santos, ex-votos
terços, resplendores ,entre outros.
Instrumentos Musicais
De feitio rústico, fabricados em oficinas de quintal, que
servem para o deleite das festanças populares. Ex:
MARACAS, APITOS, PANDEIROS, ZABUmba, CÍTARAS,
RABECAS, SANFONA OITO BAIXOS , etc
Labirinto
Arte tradicional que desfia o tecido e com agulha e linha são
construídos pontos formando desenhos sobre o tecido
desfiado. É utilizado em peças de cama, mesa e vestuário
22. Lembranças
Tipologia constituída por uma variedade de artigos, como:
jangadinhas, cartões comemorativos. desenhos com areia
colorida, bonecos típicos, os pequenos trabalhos e ou
bijuterias executados com chifre, osso, madrepérola,
quenga coco e madeira, como: artefatos torneados, vidros
temperados e modelados à mão e adornos incluindo
luminárias; adornos típicos, miniaturas, flores (de folhas
secas tingidas, papel e ou tecidos feitas com buliadores),
arame trabalhado, garrafa com temas, etc..., bijuterias
(exceto montagens) e serigrafia.
Literatura de Cordel
Conhecidos como tal, por estarem sempre expostas,
penduradas em cordão. São obras literárias contam
histórias em prosa e verso. Tem capa em xilogravura,
impressão, corte, picote e o grampear, feitos em
máquinas manual.
23. Lúdico
Peças de brinquedo como: carrinhos de lata e madeira , reco-
reco ou roi-roi, traca-traca, quebra cabeça, bonecas e bruxas,
fantoches, peões, brinquedos pedagógicos, etc.
Madeira
Peças elaboradas em madeira como: Esculturas, talhas
(entalhes) , móveis e utilitários fabricados em marcenaria
/carpintaria, objetos e adornos feitos com madeiras torneadas.
Ex: esculturas, santuários, os trabalhos em alto ou baixo
relevo (talhas e ou entalhes), mobiliário rústico e de talos da
carnaubeira ou da taquara, taboca, cana da índia, etc.
24. Metais
Armaria: Restringe-se à produção de garruchas e pistolas de
dois canos, com munição de espoleta, e produtos de
armaria em madeira e bronze para decoração.
Ferraria: Peças fabricadas em oficina doméstica, com
instrumental de trabalho simples .Ex: foices, facas, ferrolhos,
martelo, chocalho, ferraduras, etc.
Gravação: É a cunhagem em baixo e alto relevo, por meio de
ferramentas ou ácidos sobre metais.
Latoaria: Aproveitamento de latas para o fabrico de bacias,
lamparinas, bicas, canecas. É primitivo e rudimentar.
Serralharia: É a arte de trabalhar objetos de ferro, (batido ou
forjado) em oficinas rudimentares para fabricação de peças
utilitárias e decorativas. Ex: mesas e cadeiras decorativas,
luminárias, castiçais, bandejas, fruteiras etc...
25. Sucata: Criação de esculturas com o aproveitamento de
sucatas de carros, bicicletas etc ,utilizando maçarico e
solda.
Ourivesaria
Fabricação de objetos de adornos sacros e pessoais,
utilizando PRATA e OURO (14/16 quilates)
Papiros
O feitio dos papiros (papéis) com fibras de origem vegetal
(papiro e ou agave, bananeira, bagaço da cana,
carnaúba,etc...) como também a reciclagem de sobras ou
restos, para a produção de cartões de visita, convites e ou
envelopes,papéis, cartolinas, caixas e sacolas.
26. Cinzeladas: Trabalho executado com cinzel sobre pedras,
formando objetos como esculturas em geral, pilões,
pirâmides, porta-diversos, pequenas fontes e chafarizes,
cinzeiros, etc
Lapidadas: o ato de cortar (lapidar) pedras preciosas ou
“gemas” com diamante,e/ou martelo, para a formação de pedras
de diferentes formatos, que servem para fabricar adornos e jóias.
Esmerilhadas: fabricação de peças como esculturas,
adornos e outras peças decorativas usando esmeril.
Pedras
27. À Mão Livre: Técnica utilizada sobre materiais diversos tais
como : cerâmica, porcelana, tecidos, etc.
.
Aerografia: é a ação ou o efeito de pintar sobre materiais
diversos, utilizando um aerógrafo (instrumento a ar
comprimido) como instrumento de trabalho.
Restauração: é o ato de restaurar peças, para conservação
de obras pintadas.
Pátina: É o envelhecimento artificial feito com tintas em objetos
para decorá-los em estilo popular, colonial ou barroco.
Pintura
28. Renda de Bilros: Trabalho manual de linha, cuja
característica principal é o “ponto-in-aere” (que significa ponto
no ar) utilizando uma almofada com bilros, papelão desenhado
e furado , espinhos de mandacaru (utilizados para fixar a “tira”
na almofada) e linhas produzidas a partir de fios de algodão
para confecção de peças de cama, mesa, vestuário e renda
por metro .
Renascença: Renda feita em cima de papel riscado utilizando
“lacê” (espécie de fita), linha e agulha para confecção de peças
como toalhas, colchas, caminhos, lenços, palas, aplicações,
etc...
Rendas
29. Tapeçaria
São peças cujo padrão figurativo e composição cromática,
são concebidas pelo artesão, utilizando tecidos, agulhas,
fibras e fios de origem animal, vegetal e outros utilizando
diversos pontos conforme o desenho estabelecido. Os
tradicionais COXINS, confeccionados com fios naturais de
algodão cru e ou restos de retalhos, fazem parte desta
tipologia.
Tecelagem
É o ato de tecer com fios de algodão cru e/ou fibras naturais,
em teares e/ou batelões movidos a pedal ou manual, para
confecção de TECIDOS, utililzados para o feitio de mantas,
cortinas, jogos americanos, etc.
30. Trançado
Fabricação de grande variedade de artigos de decoração
acessórios e utilitários, utilizado fibras (bananeira,
taquara,etc), fios (algodão,metais), palhas
(carnaúba,milho,buriti, etc), cipós (fogo, imbé, vime),
cordas, barbantes, palitos e canudos de papel. Ex:
Cestaria, móveis, bolsas, chapéus, bijuterias, luminárias,
varandas para redes , etc.
Tricô
Confecção de peças usando as mãos, um par de
agulhas, lã ou linha. Ex: sapatinhos, mantas, casacos,
meias, luvas, toucas, etc
Xilogravura
Impressão em papel, tecido, madeira, etc..., feita com uma
matriz de madeira e tinta gráfica, que retratam temas
populares e festividades locais.
31. Projeto Gráfico:
Centro Ceará Design
Coordenação do Programa Estadual
do Artesanato
•Diva Mercedes Alves Nogueira
Equipe Técnica de Elaboração:
•Conceição de Maria Malheiros e Silva
•Francisco José Porto Fernandes
•Joaquim Flávio Leite Sampaio
•Lúcia de Fátima Coelho Lima
•Vanêssa Leal Chagas Fernandes
Repruduzir lâminaspara cadastro e INSS
AGOSTO 2007