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INFLUÊNCIA DA IGREJA E OS
MOVIMENTOS SOCIAIS
CPT- CEBS
ASPECTO DA REALIDADE: RELIGIOSIDADE
MATRIZ FORMATIVA: LUTA SOCIAL, HISTÓRIA,
TRABALHO,ORGANIZAÇÃO COLETICA,CULTURA
Conceituar e compreender a participação da
igreja no surgimento do MST.
Conceituar CPT
Conceituar CEBS
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de
evangelização que respondesse aos desafios de uma prática libertária no
contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como
uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do
Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965. Encontraram sua cidadania
eclesial na feliz expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider: “A CEB no Brasil é
Igreja — um novo modo de ser Igreja”.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de
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contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como
uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do
Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965.
Hoje, passada a euforia inicial e tomando a devida distância, podemos
constatar que as CEBs estão na raiz de vários movimentos sociais e têm
contribuído para a formação de muitas lideranças no campo social e político.
Foram responsáveis também pela formação de lideranças leigas no interior da
Igreja, que assumiram o jeito de viver e celebrar a fé de uma maneira nova.
Muitas vocações religiosas e sacerdotais foram despertadas pelas CEBs,
possibilitando uma nova imagem do(a) consagrado(a)..
Comissão Pastoral da Terra
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) nasceu em junho de 1975, durante o Encontro
de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), realizado em Goiânia (GO). Foi fundada em plena
ditadura militar, como resposta à grave situação vivida pelos trabalhadores
rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho,
submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que
ocupavam.
Nasceu ligada à Igreja Católica. O vínculo com a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter
no período em que a repressão atingia agentes de pastoral e lideranças
populares. Logo, porém, adquiriu caráter ecumênico, tanto no sentido dos
trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras
igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil – IECLB.
Em 1975, a Igreja Católica cria a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que trabalha
junto às paróquias nas comunidades rurais e periferias da cidade. Através da
criação de espaços de socialização política, a CPT rompe com o isolamento dos sem
terras de diferentes regiões do País. Esses passam a trocar suas experiências e
começam a pensar no desenvolvimento de uma organização de luta pela terra e pela
reforma agrária. Portanto, a participação da CPT foi essencial na articulação das
diferentes experiências que construíram novas formas de organização do campesinato.
Inicia-se, assim, um novo período na história da luta camponesa, no qual vários
religiosos assumem as lutas camponesas, dentre os quais, Dom Pedro Casaldáliga, Don
José Gomes, Dom Tomas Balduíno. Seus estudos sobre a situação dos trabalhadores têm
como referencia o livro do Êxodo
Esse é o período em que a Igreja Católica vinha passando por profundas mudanças e
crescia o envolvimento de religiosos com a realidade dos trabalhadores. Desse
movimento surge, então, o mais amplo movimento camponês da história do Brasil: o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST.
O processo de formação do MST inicia-se na década de 80, quando trabalhadores
rurais passam a se reunir em diversas experiências de ocupações de terras nos
Estados do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A construção do Movimento se
realiza junto a instituições das quais tem especial participação a Igreja Católica
por meio da CPT. Porém, como explica Fernandes, o MST vai construindo seu espaço
político buscando autonomia, o que faz a diferença entre ele e todos os outros
movimentos camponeses. Por isso, para o MST é de extrema importância buscar
aprender com a história da formação camponesa, conservando na memória as lutas já
travadas pelo campesinato no Brasil
O movimento foi se fazendo com lutas massivas, tendo a participação das famílias e a
religiosidade popular como elementos aglutinadores.(Fernandes, 2000, p. 84)
O povo de Deus no deserto andava
Mas à sua frente Alguém caminhava
O povo de Deus era rico de nada
Só tinha a esperança e o pó da estrada)
O povo de Deus ao longe avistou
A terra querida que o amor preparou
O povo de Deus corria e cantava
E nos seus louvores, Teu poder proclamava
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.letras.mus.br/padre-zezinho/1232811/
https://mst.org.br/2023/05/08/o-mst-e-um-contraponto-ao-agronegocio-
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Influência da Igreja na formação do MST e movimentos sociais

  • 1. INFLUÊNCIA DA IGREJA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS CPT- CEBS
  • 2. ASPECTO DA REALIDADE: RELIGIOSIDADE MATRIZ FORMATIVA: LUTA SOCIAL, HISTÓRIA, TRABALHO,ORGANIZAÇÃO COLETICA,CULTURA
  • 3. Conceituar e compreender a participação da igreja no surgimento do MST. Conceituar CPT Conceituar CEBS
  • 4. As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de evangelização que respondesse aos desafios de uma prática libertária no contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965. Encontraram sua cidadania eclesial na feliz expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider: “A CEB no Brasil é Igreja — um novo modo de ser Igreja”. As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de evangelização que respondesse aos desafios de uma prática libertária no contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965.
  • 5. Hoje, passada a euforia inicial e tomando a devida distância, podemos constatar que as CEBs estão na raiz de vários movimentos sociais e têm contribuído para a formação de muitas lideranças no campo social e político. Foram responsáveis também pela formação de lideranças leigas no interior da Igreja, que assumiram o jeito de viver e celebrar a fé de uma maneira nova. Muitas vocações religiosas e sacerdotais foram despertadas pelas CEBs, possibilitando uma nova imagem do(a) consagrado(a)..
  • 6. Comissão Pastoral da Terra A Comissão Pastoral da Terra (CPT) nasceu em junho de 1975, durante o Encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado em Goiânia (GO). Foi fundada em plena ditadura militar, como resposta à grave situação vivida pelos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho, submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que ocupavam. Nasceu ligada à Igreja Católica. O vínculo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter no período em que a repressão atingia agentes de pastoral e lideranças populares. Logo, porém, adquiriu caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB.
  • 7. Em 1975, a Igreja Católica cria a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que trabalha junto às paróquias nas comunidades rurais e periferias da cidade. Através da criação de espaços de socialização política, a CPT rompe com o isolamento dos sem terras de diferentes regiões do País. Esses passam a trocar suas experiências e começam a pensar no desenvolvimento de uma organização de luta pela terra e pela reforma agrária. Portanto, a participação da CPT foi essencial na articulação das diferentes experiências que construíram novas formas de organização do campesinato. Inicia-se, assim, um novo período na história da luta camponesa, no qual vários religiosos assumem as lutas camponesas, dentre os quais, Dom Pedro Casaldáliga, Don José Gomes, Dom Tomas Balduíno. Seus estudos sobre a situação dos trabalhadores têm como referencia o livro do Êxodo
  • 8. Esse é o período em que a Igreja Católica vinha passando por profundas mudanças e crescia o envolvimento de religiosos com a realidade dos trabalhadores. Desse movimento surge, então, o mais amplo movimento camponês da história do Brasil: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. O processo de formação do MST inicia-se na década de 80, quando trabalhadores rurais passam a se reunir em diversas experiências de ocupações de terras nos Estados do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A construção do Movimento se realiza junto a instituições das quais tem especial participação a Igreja Católica por meio da CPT. Porém, como explica Fernandes, o MST vai construindo seu espaço político buscando autonomia, o que faz a diferença entre ele e todos os outros movimentos camponeses. Por isso, para o MST é de extrema importância buscar aprender com a história da formação camponesa, conservando na memória as lutas já travadas pelo campesinato no Brasil O movimento foi se fazendo com lutas massivas, tendo a participação das famílias e a religiosidade popular como elementos aglutinadores.(Fernandes, 2000, p. 84)
  • 9. O povo de Deus no deserto andava Mas à sua frente Alguém caminhava O povo de Deus era rico de nada Só tinha a esperança e o pó da estrada) O povo de Deus ao longe avistou A terra querida que o amor preparou O povo de Deus corria e cantava E nos seus louvores, Teu poder proclamava