2. Apresentar a história e evolução da psiquiátria.
Promover reflexão crítica a respeito do assunto.
Fundamentar-se para melhor compreender o
sistema atual da saúde mental
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3. •Nas sociedades simples o homem com
poderes misteriosos, como prever vitória na
guerra, fazer plantações crescerem, provocar
chuva ou sol tinha também a função de curar
doentes mentais. (feiticeiros /xamãs)
Antes da
cultura
Grega luisfiliped@yahoo.com.br
4. • Loucura como manifestação divina
capaz de interferir no destino dos
homens / não era reprimida
Grécia
antiga luisfiliped@yahoo.com.br
5. •Hipócrates (460-377 a.C.), dotado de
grande capacidade de observação, já
ligava quadros mentais a estados
infecciosos, hemorragias e ao parto.
Hipócrates
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6. Foi o primeiro a tentar libertar a medicina dos ritos mágicos.
Através do “Corpus Hippocraticum” acreditava-se que os
temperamentos eram baseados numa mistura de humores
corporais, portanto as doenças, de uma forma geral, e, inclusive
as mentais, surgiriam do desequilíbrio destes humores (fleugma,
sangue, bile amarela e bile negra).
Para Hipócrates, o cérebro era a sede dos sentimentos e das ideias.
Foi o pioneiro na classificação das doenças mentais: o “Corpus
Hippocraticum” inclui descrições de moléstias identificáveis como
melancolia, psicose pós-parto, fobias, delirium tóxico, demência
senil e histeria.
(Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003).
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7. • O médico romano Galeno (131-200 d.C.),
atribuía ao cérebro o papel controlador dos
fenômenos mentais. Era, portanto, a sede da
alma, como já havia sido dito por Platão.
Galeno
Roma
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8. Galeno dividiu a alma em razão e intelecto,
coragem e raiva, apetite carnal e desejos.
Dizia que os sintomas físicos não eram
oriundos somente de alterações orgânicas.
Discordou de Hipócrates, quando atribuiu
etiologia sexual-bioquímica à histeria.
(Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003).
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9. •Peste, lepra, medos e
ameaças... manifestação
da ira e pecado.
Idade Média
(500 – 1500 d.C)
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11. O periodo medieval irá se
caracterizar por um retrocesso de
todo pensamento cientifico que se
chegava até então. A feitiçaria e a
“demonologia”, justificativas da
Inquisição, passaram a dominar o
pensamento e as ações médicas
neste período. No que diz respeito
ao tratamento vigente desta época
o exorcismo, a fogueira e a prisão
dos enfermos, junto com os
criminosos, era a única forma de
contenção admitida pela
sociedade.
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12. Um exemplo é o Malleus Maleficarum (O
Martelo das Bruxas) é um livro escrito por
dois padres dominicanos (Heinrich
Kraemer e James Sprenger em 1484, em que se
descreve a influência do demônio nas
feiticeiras (através do desejo carnal), a forma de
identificar a feitiçaria e o modo como as
feiticeiras deveriam ser julgadas e punidas.
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13. •Lucro, produtividade (Mercantilismo) loucura =
preguiça e avareza / estabelecimentos de
internação (asilos, casas de caridade)
•Bethlem (Londres) – Henrique VIII - 1547
Séc. XVI
e XVII
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“Mestre, retire a pedra – meu nome é Lubbert Das”
14. Contrariando esta superstição que dominava
a época, surge na Europa no fim do primeiro
milênio os primeiros "asilos" ou hospitais
para doentes mentais. Os primeiros foram a
colônia de Geel na Bélgica e o Bethlem Royal
Hospital em Londres.
Daí, todos aqueles que não podiam contribuir
para o movimento de produção, comércio e
consumo, começam a ser encarcerados, sob a
prerrogativa do controle social a tudo que
fosse desviante. Velhos, crianças
abandonadas, aleijados, mendigos,
portadores de doenças venéreas e os loucos
passam a ocupar verdadeiros depósitos
humanos.
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15. • Philippe Pinel (França) – distúrbios das
funções intelectuais do SN / DM
asilo como experimentação de cura –
libertação dos algemados – prisão
• Princípios de moral e liberdade
1ª
Revolução
psiquiátrica
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17. Pinel contribuiu para a criação da:
Escola Francesa de psiquiatria
(Charcot) terapêutica das neuroses,
estudos do córtex – hipnose e histeria
Escola Alemã de psiquiatria
Emil Kraepelin (observação
anátomo-fisiológica)
Sigmund Freud (Hipnose e sonhos –
consultórios) – Psicanálise
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19. Mediante projetos democráticos de
reconstrução da Europa, situação dos
manicômios é insustentável (pairava o
fantasma dos campos de concentração)
Guerra causa danos psíquicos a homens jovens
(necessidade de recuperação da força de
trabalho)
Iniciam-se movimentos de Reforma
Psiquiátrica.
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20. Reformas restritas ao âmbito do hospital
Comunidades terapêuticas - Maxwell Jones
Psicoterapia institucional - François Tosquelles
Reformas que acoplam serviços extra-
hospitalares ao hospital:
Psiquiatria de setor
Psiquiatria preventiva
Reformas que questionam o conjunto dos
saberes e práticas da psiquiatria vigente:
Antipsiquiatria
Psiquiatria Democrática (experiência italiana)
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21. • Psicofármacos (1952)
• Jean Delay e Pierre Deniker
• Clorpromazina (Amplictil)
2ª Revolução
Psiquiátrica
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22. • Estados Unidos, década de 50 (Gerald Caplan)
• Estimula três níveis de prevenção:
• Primário: condições individuais e ambientais na
formação da doença mental
• Secundário: diagnóstico das doenças
• Terciário: readaptação do paciente à vida social após
melhora
• Internação: último recurso, curto período
Psiquiatria
preventiva/
comunitária
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23. Pressuposto: fracasso das experiências de
transformação do hospital psiquiátrico em
espaço terapêutico .
Bandeira: a possível e necessária extinção do
hospital psiquiátrico.
Questionamento da neutralidade da ciência
(relação de poder).
Mudanças envolviam outros segmentos sociais
além dos técnicos de Saúde Mental
Baseavam-se em avaliações das experiências de
comunidades terapêuticas.
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24. Itália, a partir dos anos 60
(Franco Basaglia)
Desmonte do hospital
psiquiátrico de Trieste e
reencaminhamento dos internos
ao convívio social (cultura,
trabalho, lazer, etc.) e
acompanhamento em CSM 24 h,
abertos.
Respaldo da lei italiana (1978):
proibição de construção de
novos hospitais psiquiátricos.
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29. “Desejando assinalar o fausto dia
de minha sagração com a
criação de um estabelecimento
de pública beneficência : hei por bem
fundar um hospital
destinado privativamente para
tratamento de alienados com a
denominação de
Hospício Pedro II o qual ficará anexo
ao Hospital da Santa Casa de
Misericórdia desta Corte, debaixo
de minha imperial proteção,
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30. 1890 – Hospício
Nacional dos
Alienados –
desvinculação
com as Santas
Casas – poder
médico
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31. •isolamento, organização do espaço (gênero, classe
social e patologia), vigilância e distribuição do tempo
O tratamento moral
•década de 10 e 20 – preventivista
Proposta terapêutica –trabalho
agrícola (Juliano Moreira)
•Dec de 40 e 50- (eletroconvulsoterapia, lobotomia,
terapia insulínica, medicamentos)
Terapias biológicas
1960 – declínio da psiquiatria pública e fortalecimento da privada, voltando em cena
somente em 1980.
33. • I Conferência Nacional de Saúde Mental e II Encontro dos
Trabalhadores em SM (aumentou o movimento. Técnicos +
população)
1987
•II Conferência Nacional participação das 3 esferas. –
municipalização e cidadania
1992
• III Conferência Nacional – aprovação da lei 10.216/01 e
portarias que regulam a assistência em SM e consolidou os
CAPS
2001
•IV Conferência Nacional - Intersetorialidade
2010
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Com a redemocratização, os trabalhadores começaram a denunciar:
Celas fortes, espancamentos e falta de higiene.
37. Desinstitucionalização
extinguir asilos
Desospitalização
reduzir leitos, melhores condições
Resgate da cidadania
não violação de correspondências, direito de receber
visitas, dignidade no tratamento...
Assistência multiprofissional
Atendimento psicossocial
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38. 2002, diversas portarias:
251 PNASH
336 Distinção entre os CAPS: CAPS I, CAPS i II,
CAPS ad II, CAPS III
816 Programa Nacional de Atençao Comunitária
Integrada a Usuários de Alccol e outras Drogas.
2004, portaria– atenção a usuários de álcool e
outras drogas
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