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Enf. Luís Filipe
Paulo Afonso, 2015
 Apresentar a história e evolução da psiquiátria.
 Promover reflexão crítica a respeito do assunto.
 Fundamentar-se para melhor compreender o
sistema atual da saúde mental
luisfiliped@yahoo.com.br
•Nas sociedades simples o homem com
poderes misteriosos, como prever vitória na
guerra, fazer plantações crescerem, provocar
chuva ou sol tinha também a função de curar
doentes mentais. (feiticeiros /xamãs)
Antes da
cultura
Grega luisfiliped@yahoo.com.br
• Loucura como manifestação divina
capaz de interferir no destino dos
homens / não era reprimida
Grécia
antiga luisfiliped@yahoo.com.br
•Hipócrates (460-377 a.C.), dotado de
grande capacidade de observação, já
ligava quadros mentais a estados
infecciosos, hemorragias e ao parto.
Hipócrates
luisfiliped@yahoo.com.br
 Foi o primeiro a tentar libertar a medicina dos ritos mágicos.
Através do “Corpus Hippocraticum” acreditava-se que os
temperamentos eram baseados numa mistura de humores
corporais, portanto as doenças, de uma forma geral, e, inclusive
as mentais, surgiriam do desequilíbrio destes humores (fleugma,
sangue, bile amarela e bile negra).
 Para Hipócrates, o cérebro era a sede dos sentimentos e das ideias.
 Foi o pioneiro na classificação das doenças mentais: o “Corpus
Hippocraticum” inclui descrições de moléstias identificáveis como
melancolia, psicose pós-parto, fobias, delirium tóxico, demência
senil e histeria.
(Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003).
luisfiliped@yahoo.com.br
• O médico romano Galeno (131-200 d.C.),
atribuía ao cérebro o papel controlador dos
fenômenos mentais. Era, portanto, a sede da
alma, como já havia sido dito por Platão.
Galeno
Roma
luisfiliped@yahoo.com.br
 Galeno dividiu a alma em razão e intelecto,
coragem e raiva, apetite carnal e desejos.
 Dizia que os sintomas físicos não eram
oriundos somente de alterações orgânicas.
Discordou de Hipócrates, quando atribuiu
etiologia sexual-bioquímica à histeria.
(Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003).
luisfiliped@yahoo.com.br
•Peste, lepra, medos e
ameaças...  manifestação
da ira e pecado.
Idade Média
(500 – 1500 d.C)
luisfiliped@yahoo.com.br
•Estigma de violentos,
perigosos e possuídos pelo
demônios. / Bruxaria
Séc. XV
e XVI luisfiliped@yahoo.com.br
 O periodo medieval irá se
caracterizar por um retrocesso de
todo pensamento cientifico que se
chegava até então. A feitiçaria e a
“demonologia”, justificativas da
Inquisição, passaram a dominar o
pensamento e as ações médicas
neste período. No que diz respeito
ao tratamento vigente desta época
o exorcismo, a fogueira e a prisão
dos enfermos, junto com os
criminosos, era a única forma de
contenção admitida pela
sociedade.
luisfiliped@yahoo.com.br
 Um exemplo é o Malleus Maleficarum (O
Martelo das Bruxas) é um livro escrito por
dois padres dominicanos (Heinrich
Kraemer e James Sprenger em 1484, em que se
descreve a influência do demônio nas
feiticeiras (através do desejo carnal), a forma de
identificar a feitiçaria e o modo como as
feiticeiras deveriam ser julgadas e punidas.
luisfiliped@yahoo.com.br
•Lucro, produtividade (Mercantilismo)  loucura =
preguiça e avareza / estabelecimentos de
internação (asilos, casas de caridade)
•Bethlem (Londres) – Henrique VIII - 1547
Séc. XVI
e XVII
luisfiliped@yahoo.com.br
“Mestre, retire a pedra – meu nome é Lubbert Das”
 Contrariando esta superstição que dominava
a época, surge na Europa no fim do primeiro
milênio os primeiros "asilos" ou hospitais
para doentes mentais. Os primeiros foram a
colônia de Geel na Bélgica e o Bethlem Royal
Hospital em Londres.
 Daí, todos aqueles que não podiam contribuir
para o movimento de produção, comércio e
consumo, começam a ser encarcerados, sob a
prerrogativa do controle social a tudo que
fosse desviante. Velhos, crianças
abandonadas, aleijados, mendigos,
portadores de doenças venéreas e os loucos
passam a ocupar verdadeiros depósitos
humanos.
luisfiliped@yahoo.com.br
• Philippe Pinel (França) – distúrbios das
funções intelectuais do SN / DM 
asilo como experimentação de cura –
libertação dos algemados – prisão
• Princípios de moral e liberdade
1ª
Revolução
psiquiátrica
luisfiliped@yahoo.com.br
luisfiliped@yahoo.com.br
Bicêtre
Salpêtrière
 Pinel contribuiu para a criação da:
 Escola Francesa de psiquiatria
(Charcot) terapêutica das neuroses,
estudos do córtex – hipnose e histeria
 Escola Alemã de psiquiatria
 Emil Kraepelin (observação
anátomo-fisiológica)
 Sigmund Freud (Hipnose e sonhos –
consultórios) – Psicanálise
luisfiliped@yahoo.com.br
•Insulinoterapia (1933)
•Lobotomia frontal (1935)
•Eletroconvulsoterapia (1938)
FIM DA 2ª
GUERRA
MUNDIAL
(1945) luisfiliped@yahoo.com.br
 Mediante projetos democráticos de
reconstrução da Europa, situação dos
manicômios é insustentável (pairava o
fantasma dos campos de concentração)
 Guerra causa danos psíquicos a homens jovens
(necessidade de recuperação da força de
trabalho)
 Iniciam-se movimentos de Reforma
Psiquiátrica.
luisfiliped@yahoo.com.br
 Reformas restritas ao âmbito do hospital
 Comunidades terapêuticas - Maxwell Jones
 Psicoterapia institucional - François Tosquelles
 Reformas que acoplam serviços extra-
hospitalares ao hospital:
 Psiquiatria de setor
 Psiquiatria preventiva
 Reformas que questionam o conjunto dos
saberes e práticas da psiquiatria vigente:
 Antipsiquiatria
 Psiquiatria Democrática (experiência italiana)
luisfiliped@yahoo.com.br
• Psicofármacos (1952)
• Jean Delay e Pierre Deniker
• Clorpromazina (Amplictil)
2ª Revolução
Psiquiátrica
luisfiliped@yahoo.com.br
• Estados Unidos, década de 50 (Gerald Caplan)
• Estimula três níveis de prevenção:
• Primário: condições individuais e ambientais na
formação da doença mental
• Secundário: diagnóstico das doenças
• Terciário: readaptação do paciente à vida social após
melhora
• Internação: último recurso, curto período
Psiquiatria
preventiva/
comunitária
luisfiliped@yahoo.com.br
 Pressuposto: fracasso das experiências de
transformação do hospital psiquiátrico em
espaço terapêutico .
 Bandeira: a possível e necessária extinção do
hospital psiquiátrico.
 Questionamento da neutralidade da ciência
(relação de poder).
 Mudanças envolviam outros segmentos sociais
além dos técnicos de Saúde Mental
 Baseavam-se em avaliações das experiências de
comunidades terapêuticas.
luisfiliped@yahoo.com.br
 Itália, a partir dos anos 60
(Franco Basaglia)
 Desmonte do hospital
psiquiátrico de Trieste e
reencaminhamento dos internos
ao convívio social (cultura,
trabalho, lazer, etc.) e
acompanhamento em CSM 24 h,
abertos.
 Respaldo da lei italiana (1978):
proibição de construção de
novos hospitais psiquiátricos.
luisfiliped@yahoo.com.br
luisfiliped@yahoo.com.br
Na época da
escravidão a loucura
era forma de
exclusão – D João VI
– organização da
cidade
Brasil Colonial
luisfiliped@yahoo.com.br
Santa Casa de
Misericórdia –
recolhiam os que
perambulavam na
cidade (escravos,
marginais,
mendigos,
órfãos...)
luisfiliped@yahoo.com.br
1852 –
Hospício
Pedro II –
loucura
como
Doença
luisfiliped@yahoo.com.br
“Desejando assinalar o fausto dia
de minha sagração com a
criação de um estabelecimento
de pública beneficência : hei por bem
fundar um hospital
destinado privativamente para
tratamento de alienados com a
denominação de
Hospício Pedro II o qual ficará anexo
ao Hospital da Santa Casa de
Misericórdia desta Corte, debaixo
de minha imperial proteção,
luisfiliped@yahoo.com.br
1890 – Hospício
Nacional dos
Alienados –
desvinculação
com as Santas
Casas – poder
médico
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•isolamento, organização do espaço (gênero, classe
social e patologia), vigilância e distribuição do tempo
O tratamento moral
•década de 10 e 20 – preventivista
Proposta terapêutica –trabalho
agrícola (Juliano Moreira)
•Dec de 40 e 50- (eletroconvulsoterapia, lobotomia,
terapia insulínica, medicamentos)
Terapias biológicas
1960 – declínio da psiquiatria pública e fortalecimento da privada, voltando em cena
somente em 1980.
luisfiliped@yahoo.com.br
Austregésilo Carrano
• I Conferência Nacional de Saúde Mental e II Encontro dos
Trabalhadores em SM (aumentou o movimento. Técnicos +
população)
1987
•II Conferência Nacional participação das 3 esferas. –
municipalização e cidadania
1992
• III Conferência Nacional – aprovação da lei 10.216/01 e
portarias que regulam a assistência em SM e consolidou os
CAPS
2001
•IV Conferência Nacional - Intersetorialidade
2010
luisfiliped@yahoo.com.br
Com a redemocratização, os trabalhadores começaram a denunciar:
Celas fortes, espancamentos e falta de higiene.
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luisfiliped@yahoo.com.br
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 Desinstitucionalização
 extinguir asilos
 Desospitalização
 reduzir leitos, melhores condições
 Resgate da cidadania
 não violação de correspondências, direito de receber
visitas, dignidade no tratamento...
 Assistência multiprofissional
 Atendimento psicossocial
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 2002, diversas portarias:
 251  PNASH
 336  Distinção entre os CAPS: CAPS I, CAPS i II,
CAPS ad II, CAPS III
 816  Programa Nacional de Atençao Comunitária
Integrada a Usuários de Alccol e outras Drogas.
 2004, portaria– atenção a usuários de álcool e
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  • 2.  Apresentar a história e evolução da psiquiátria.  Promover reflexão crítica a respeito do assunto.  Fundamentar-se para melhor compreender o sistema atual da saúde mental luisfiliped@yahoo.com.br
  • 3. •Nas sociedades simples o homem com poderes misteriosos, como prever vitória na guerra, fazer plantações crescerem, provocar chuva ou sol tinha também a função de curar doentes mentais. (feiticeiros /xamãs) Antes da cultura Grega luisfiliped@yahoo.com.br
  • 4. • Loucura como manifestação divina capaz de interferir no destino dos homens / não era reprimida Grécia antiga luisfiliped@yahoo.com.br
  • 5. •Hipócrates (460-377 a.C.), dotado de grande capacidade de observação, já ligava quadros mentais a estados infecciosos, hemorragias e ao parto. Hipócrates luisfiliped@yahoo.com.br
  • 6.  Foi o primeiro a tentar libertar a medicina dos ritos mágicos. Através do “Corpus Hippocraticum” acreditava-se que os temperamentos eram baseados numa mistura de humores corporais, portanto as doenças, de uma forma geral, e, inclusive as mentais, surgiriam do desequilíbrio destes humores (fleugma, sangue, bile amarela e bile negra).  Para Hipócrates, o cérebro era a sede dos sentimentos e das ideias.  Foi o pioneiro na classificação das doenças mentais: o “Corpus Hippocraticum” inclui descrições de moléstias identificáveis como melancolia, psicose pós-parto, fobias, delirium tóxico, demência senil e histeria. (Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003). luisfiliped@yahoo.com.br
  • 7. • O médico romano Galeno (131-200 d.C.), atribuía ao cérebro o papel controlador dos fenômenos mentais. Era, portanto, a sede da alma, como já havia sido dito por Platão. Galeno Roma luisfiliped@yahoo.com.br
  • 8.  Galeno dividiu a alma em razão e intelecto, coragem e raiva, apetite carnal e desejos.  Dizia que os sintomas físicos não eram oriundos somente de alterações orgânicas. Discordou de Hipócrates, quando atribuiu etiologia sexual-bioquímica à histeria. (Cataldo Neto, Annes & Becker, 2003). luisfiliped@yahoo.com.br
  • 9. •Peste, lepra, medos e ameaças...  manifestação da ira e pecado. Idade Média (500 – 1500 d.C) luisfiliped@yahoo.com.br
  • 10. •Estigma de violentos, perigosos e possuídos pelo demônios. / Bruxaria Séc. XV e XVI luisfiliped@yahoo.com.br
  • 11.  O periodo medieval irá se caracterizar por um retrocesso de todo pensamento cientifico que se chegava até então. A feitiçaria e a “demonologia”, justificativas da Inquisição, passaram a dominar o pensamento e as ações médicas neste período. No que diz respeito ao tratamento vigente desta época o exorcismo, a fogueira e a prisão dos enfermos, junto com os criminosos, era a única forma de contenção admitida pela sociedade. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 12.  Um exemplo é o Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas) é um livro escrito por dois padres dominicanos (Heinrich Kraemer e James Sprenger em 1484, em que se descreve a influência do demônio nas feiticeiras (através do desejo carnal), a forma de identificar a feitiçaria e o modo como as feiticeiras deveriam ser julgadas e punidas. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 13. •Lucro, produtividade (Mercantilismo)  loucura = preguiça e avareza / estabelecimentos de internação (asilos, casas de caridade) •Bethlem (Londres) – Henrique VIII - 1547 Séc. XVI e XVII luisfiliped@yahoo.com.br “Mestre, retire a pedra – meu nome é Lubbert Das”
  • 14.  Contrariando esta superstição que dominava a época, surge na Europa no fim do primeiro milênio os primeiros "asilos" ou hospitais para doentes mentais. Os primeiros foram a colônia de Geel na Bélgica e o Bethlem Royal Hospital em Londres.  Daí, todos aqueles que não podiam contribuir para o movimento de produção, comércio e consumo, começam a ser encarcerados, sob a prerrogativa do controle social a tudo que fosse desviante. Velhos, crianças abandonadas, aleijados, mendigos, portadores de doenças venéreas e os loucos passam a ocupar verdadeiros depósitos humanos. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 15. • Philippe Pinel (França) – distúrbios das funções intelectuais do SN / DM  asilo como experimentação de cura – libertação dos algemados – prisão • Princípios de moral e liberdade 1ª Revolução psiquiátrica luisfiliped@yahoo.com.br
  • 17.  Pinel contribuiu para a criação da:  Escola Francesa de psiquiatria (Charcot) terapêutica das neuroses, estudos do córtex – hipnose e histeria  Escola Alemã de psiquiatria  Emil Kraepelin (observação anátomo-fisiológica)  Sigmund Freud (Hipnose e sonhos – consultórios) – Psicanálise luisfiliped@yahoo.com.br
  • 18. •Insulinoterapia (1933) •Lobotomia frontal (1935) •Eletroconvulsoterapia (1938) FIM DA 2ª GUERRA MUNDIAL (1945) luisfiliped@yahoo.com.br
  • 19.  Mediante projetos democráticos de reconstrução da Europa, situação dos manicômios é insustentável (pairava o fantasma dos campos de concentração)  Guerra causa danos psíquicos a homens jovens (necessidade de recuperação da força de trabalho)  Iniciam-se movimentos de Reforma Psiquiátrica. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 20.  Reformas restritas ao âmbito do hospital  Comunidades terapêuticas - Maxwell Jones  Psicoterapia institucional - François Tosquelles  Reformas que acoplam serviços extra- hospitalares ao hospital:  Psiquiatria de setor  Psiquiatria preventiva  Reformas que questionam o conjunto dos saberes e práticas da psiquiatria vigente:  Antipsiquiatria  Psiquiatria Democrática (experiência italiana) luisfiliped@yahoo.com.br
  • 21. • Psicofármacos (1952) • Jean Delay e Pierre Deniker • Clorpromazina (Amplictil) 2ª Revolução Psiquiátrica luisfiliped@yahoo.com.br
  • 22. • Estados Unidos, década de 50 (Gerald Caplan) • Estimula três níveis de prevenção: • Primário: condições individuais e ambientais na formação da doença mental • Secundário: diagnóstico das doenças • Terciário: readaptação do paciente à vida social após melhora • Internação: último recurso, curto período Psiquiatria preventiva/ comunitária luisfiliped@yahoo.com.br
  • 23.  Pressuposto: fracasso das experiências de transformação do hospital psiquiátrico em espaço terapêutico .  Bandeira: a possível e necessária extinção do hospital psiquiátrico.  Questionamento da neutralidade da ciência (relação de poder).  Mudanças envolviam outros segmentos sociais além dos técnicos de Saúde Mental  Baseavam-se em avaliações das experiências de comunidades terapêuticas. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 24.  Itália, a partir dos anos 60 (Franco Basaglia)  Desmonte do hospital psiquiátrico de Trieste e reencaminhamento dos internos ao convívio social (cultura, trabalho, lazer, etc.) e acompanhamento em CSM 24 h, abertos.  Respaldo da lei italiana (1978): proibição de construção de novos hospitais psiquiátricos. luisfiliped@yahoo.com.br
  • 26. Na época da escravidão a loucura era forma de exclusão – D João VI – organização da cidade Brasil Colonial luisfiliped@yahoo.com.br
  • 27. Santa Casa de Misericórdia – recolhiam os que perambulavam na cidade (escravos, marginais, mendigos, órfãos...) luisfiliped@yahoo.com.br
  • 28. 1852 – Hospício Pedro II – loucura como Doença luisfiliped@yahoo.com.br
  • 29. “Desejando assinalar o fausto dia de minha sagração com a criação de um estabelecimento de pública beneficência : hei por bem fundar um hospital destinado privativamente para tratamento de alienados com a denominação de Hospício Pedro II o qual ficará anexo ao Hospital da Santa Casa de Misericórdia desta Corte, debaixo de minha imperial proteção, luisfiliped@yahoo.com.br
  • 30. 1890 – Hospício Nacional dos Alienados – desvinculação com as Santas Casas – poder médico luisfiliped@yahoo.com.br
  • 31. •isolamento, organização do espaço (gênero, classe social e patologia), vigilância e distribuição do tempo O tratamento moral •década de 10 e 20 – preventivista Proposta terapêutica –trabalho agrícola (Juliano Moreira) •Dec de 40 e 50- (eletroconvulsoterapia, lobotomia, terapia insulínica, medicamentos) Terapias biológicas 1960 – declínio da psiquiatria pública e fortalecimento da privada, voltando em cena somente em 1980.
  • 33. • I Conferência Nacional de Saúde Mental e II Encontro dos Trabalhadores em SM (aumentou o movimento. Técnicos + população) 1987 •II Conferência Nacional participação das 3 esferas. – municipalização e cidadania 1992 • III Conferência Nacional – aprovação da lei 10.216/01 e portarias que regulam a assistência em SM e consolidou os CAPS 2001 •IV Conferência Nacional - Intersetorialidade 2010 luisfiliped@yahoo.com.br Com a redemocratização, os trabalhadores começaram a denunciar: Celas fortes, espancamentos e falta de higiene.
  • 37.  Desinstitucionalização  extinguir asilos  Desospitalização  reduzir leitos, melhores condições  Resgate da cidadania  não violação de correspondências, direito de receber visitas, dignidade no tratamento...  Assistência multiprofissional  Atendimento psicossocial luisfiliped@yahoo.com.br
  • 38.  2002, diversas portarias:  251  PNASH  336  Distinção entre os CAPS: CAPS I, CAPS i II, CAPS ad II, CAPS III  816  Programa Nacional de Atençao Comunitária Integrada a Usuários de Alccol e outras Drogas.  2004, portaria– atenção a usuários de álcool e outras drogas luisfiliped@yahoo.com.br