O documento discute a catequese com crianças, adolescentes e adultos. Ele enfatiza que a catequese infantil deve iniciar as crianças à vida comunitária e à descoberta de Deus através de gestos concretos de amor. A catequese com adolescentes deve ajudá-los a descobrir sua própria identidade e a se comprometer com a comunidade. A catequese de adultos foca na formação contínua e no aprofundamento da fé ao longo da vida.
3. Nada pode ser mais importante
do que encontrar a Deus.
Quer dizer, apaixonar-se por Ele
de uma maneira definitiva e absoluta.
Aquilo pelo qual você se apaixona
se apodera de sua imaginação
e acaba por ir deixando
seu rastro em tudo.
Será isto que decidirá o que é que
tira você da cama a cada manhã,
4. o que você faz com seus fins de tarde,
em que você emprega seus fins de
semana,
o que você lê,
o que você conhece,
o que rasga seu coração,
e o que o toma repentinamente
de alegria e gratidão.
Apaixone-se!
Permaneça no amor!
Tudo será diferente.
Pedro Arrupe SJ
5. A tarefa da iniciação é
“encarinhar” o iniciando pela
pessoa de Jesus, pois seguir a
Jesus é abrir-se a seu mistério
numa relação de amor. E o
amor acontece num duplo
movimento: receber e dar .
Pe.Taborda
É iniciação no mistério
do amor de Deus
6. •Catequese com crianças
•Catequese com adolescentes
•Catequese com jovens
•Catequese com adultos
7 a 11 anos 18 a 29 anos
12 a 18 anos + 29 anos
7. Catequese com Crianças
• Cada momento da infância deve ser
compreendido separadamente, pois cada um
destes momentos traz consigo diferentes
características. E preciso compreender o todo,
pois uma etapa não está separada da outra.
• A infância se caracteriza pela descoberta
inicial do mundo, com uma visão original,
embora dependente da assistência dos
adultos.
• A infância é considerada como um período da
vida que tem o valor em si mesmo. A criança
não é um adulto em miniatura, mas um
individuo que ser amado e respeitado de
acordo com suas necessidades, direitos
específicos e deveres.
8. • A infância é o período da socialização, da educação humana e cristã na
família e na comunidade. É preciso considerá-la como etapa decisiva para
o futuro da fé, pois nela, a criança inicia sua iniciação cristã. Na pré-
adolescência, uma fase curta, mas efervescente do desenvolvimento
humano, realiza-se a iniciação eucarística. (Cf. DGC 178).
• A educação para a oração (pessoal, comunitária, litúrgica), a iniciação ao
correto uso da Bíblia e o acolhimento dentro da comunidade são aspectos
centrais da formação cristã dos pequenos. (Cf. DGC 200).
• Entre uma catequese que “infantiliza” e outra que impõem modelos
adultos à criança, emerge uma nova posição. É uma catequese conforme
as idades. Precisamos pensar numa catequese capaz de compreender a
etapa ou a fase em que se encontra cada criança.
Catequese com crianças como
necessidade para a evangelização
9. Qual o objetivo da catequese
infantil?
• Ajudar a criança a descobrir que é amada por Deus e que este
criou tudo por amor. A descoberta de Deus Pai e Mãe Criador
de tudo.
“O homem e a mulher não podem viver sem amor. Eles são
chamados a amar a Deus e ao próximo, mas, para amar
verdadeiramente, devem ter a certeza de que Deus lhes
quer bem”
(Carta do Papa João Paulo II às crianças no Ano da Família de 1994).
• Despertar nas crianças o amor a Jesus; à sua Palavra e à sua
Igreja
10. Como fazer?
• Semear no coração da criança, através de variados recursos
didáticos, o amor de Deus e aproximo.
• Criar alternativas de aproximação com as famílias, visando
evangeliza-las, inclusive, através das crianças.
• Mudar a linguagem: REUNIÃO DE PAIS 🡪 ENCONTRO COM
A FAMÍLIA
• Os encontros devem sempre conter cantos com gestos, histórias
dinâmicas ou brincadeiras, material visual, atividades práticas
etc.
11. • É preciso cuidar da apresentação dos conteúdos. Da
forma adequada à sensibilidade infantil. Embora a
criança necessite de adaptação de linguagem e
simplificação de conceitos, é importante não semear
hoje o problema de amanhã. Simplificar com
fidelidade e qualidade teológica exige boa formação e
criatividade. (Cf. DGC 200).
12. • O processo catequético com as crianças deve ter em
consideração o desenvolvimento dos sentidos, a
contemplação, a confiança, a gratuidade, o dom de si, a
comunicação com Deus, a alegria da participação. Os
temas da catequese devem estar a serviço dessa vivência.
Eles são a mensagem cristã que propomos a medida em
que o grupo vai crescendo na vivência de amor, de
solidariedade, de comunhão, de amizade.
13. Nessa faixa etária, a catequese
leva as crianças a conhecer e
crer na pessoa de Jesus
através de gestos concretos de
amor e solidariedade; introduz
à vivência em grupo, onde elas
se percebem amadas e
acolhidas e criam gosto pela
comunidade.
14. A tarefa da catequese infantil é iniciar
à vida comunitária promovendo:
• Uma caminhada de
descoberta da vida e seus
valores, de Deus, de Jesus
Cristo.
• Proporcionar um
contato com o
Evangelho.
• Formação da consciência-
crítica, certo e errado.
15. • Aos sete anos, sua oração e participação nos
sacramentos são feitas como ritual mágico.
Pensa que se a oração não for eficaz é pela sua má
conduta ou como castigo. Só a partir dos 11 anos
começa a mudar este tipo de pensamento, mas aos14
ainda não desapareceu a mentalidade mágica.
• Dos 6 até 8-9 anos: a criança não tem noção de
graus morais (pecado grave ou leve), não se pode
qualificar suas faltas como graves ou mortais.
●A criança começa a torna-se responsável pelos seus
atos
●Adquire o sentido da justiça.
16. ●É capaz de perceber sua atitude pessoal
em relação a Deus e ao amor que Ele tem
por ela.
●A noção de pecado depende do desenvolvimento
da consciência moral que implica perceber o
sentido de liberdade, do voluntário ou
involuntário, da responsabilidade, do
intencional e da culpa, da capacidade de optar.
17. • Dos 8 ao 11, existe uma fase que percebe Deus só
pelas Suas qualidades – que aprende na catequese.
Deus está em todo lugar, é “grande”, bom e justo,
belo e cheio de amor ...
●Enriquece sua linguagem religiosa, está na idade
onde o pensamento é concreto. Fase da escolha – do
primeiro sim ou não a Deus.
●Aparece consciência moral
●Atua de acordo com o bem que conhece
●Quer saber o porquê das ordens que recebe
●Sente-se reservado/a e com pudor
●Percebe reciprocidade entre falta e castigo
18. Orientações
• 7-8 anos: descoberta do mundo, do corpo, da
família, da comunidade, desenvolvimento dos
sentidos e valores, descoberta do Deus que é
bondoso...
• O “ambiente” catequético diz muito.
19. 9-11 anos:
• Não possuem estrutura psicológica e religiosa para entender temas
como Espírito Santo, Pentecostes, Trindade. Esses temas são da
catequese com adultos. Não usar textos do A.T. e, cuidado no uso
de textos dos evangelhos. É a fase da mentalidade mágica e a
criança pode ficar com uma imagem errada de Jesus, parecido com
os mágicos e magos dos desenhos da TV.
• Não insistir em práticas religiosas que são para os adultos.
• Apresentar Jesus, o amigo de todos; valores como o perdão, a
solidariedade, a comunhão, a justiça. Trabalhar o senso do certo e
errado, pecado como não amar... Quem ama não escolhe o erro, a
maldade...
• Apresentar a comunidade como o lugar da amizade, do
perdão, da solidariedade.
21. Vem, Espírito Santo, fase de nós testemunhas apaixonadas
e contagiantes da verdade que salva! Vem tornar-nos
propagadores daquela luz e alegria vida infunde nos
corações mediante a fé. Derrama em nosso amor de Deus,
que transforme cada um de nós em transparências de sua
face para o bem do nosso próximo através das pequenas e
grandes façanhas da caridade que salva. Sê, através de
nós, ardente Esperança, antecipação da eternidade futura,
penhor e garantia da alegria pela qual suspiramos e que
esperamos; e faze que, com a nossa vida, possamos acelerar
no mundo presente o advento das promessas de Deus,
como testemunhas fidedignas daquela Esperança que não
ilude. Amém!
24. A catequese é sempre um processo, uma
caminhada em que vamos aprofundando e
fortalecendo a fé e a vida. Não se resolve com
um curso rápido, pois ela exige mudança de
vida. Educar para o amor leva tempo...
25. O QUE NÃO PODE FALTAR?
• ESCUTA
• VALORIZAÇÃO
• ORIENTAR SEM JULGAR, CRITICAR
• RESPEITO
• ADAPTAR A LINGUAGEM PARA TRADUZIR A
MENSAGEM DE JESUS PROMOVER EXPERIÊNCIAS
DE PARTICIPAÇÃO NA COMUNIDADE, LITÚRGICA,
FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, PARTILHA,
PROTAGONISMO, ....
26. Catequese com Adolescentes
Outro dia, participando de um debate sobre o tema
“Adolescências e juventudes”, Catarina, de 14 anos,
pediu a palavra e, questionando as pessoas presentes na
reunião, disse mais ou menos o seguinte: “Eu não gosto
quando os adultos usam o termo “adolescências”, para se
referir a nós, porque com isso desaparece aquilo que
estamos sentindo, passando nesta fase da vida, as
dificuldades que vivemos, as habilidades que temos, e
muitos olham para nós como alguém em crise somente, e
até nos chamam de ‘aborrecentes’. Não gosto quando
falam de nós como pessoas que não assumem
compromissos, que não contribuem com o hoje e com o
futuro. Eu odeio isso”.
27. • Sabemos que existem ainda presentes muitos rótulos
e preconceitos com relação à adolescência e juventude.
Muitas vezes, observam-se os adolescentes e jovens
como pessoas rebeldes sem responsabilidades, sem
compromisso.
• A catequese com adolescentes é uma fase pouco
cuidada pela pastoral catequética. É importante que
a paróquia tenha uma proposta de acompanhamento
e de engajamento na comunidade. É a etapa própria
para uma catequese da descoberta da própria
personalidade, do conhecimento e encantamento por
Jesus Cristo e do compromisso com o desempenho de
serviços na comunidade.
28. Definindo os termos “adolescência”
• Ao nos referirmos à adolescência e à juventude, é
necessário ter presentes as mudanças no domínio
biológico, cognitivos, psicológico-afetivo, social e espiritual
que ocorrem nessa fase da vida, que devem ser
consideradas separadamente, embora ocorram de forma
integral.
• Os limites cronológicos da adolescência e da juventude
variam 🡪 é fácil definir o inicio da adolescência com a
puberdade, já é mais complicado situar seu termino.
30. • “Fase especifica do desenvolvimento humano
caracterizada por mudanças e transformações
múltiplas e fundamentais para que o ser humano
possa atingir a maturidade e se inserir na sociedade no
papel de adulto”.
• “É muito mais que uma etapa de transição,
contemplando uma população que apresenta
especificidades, das quais decorrem uma riqueza e
potencial únicos”
(FREITAS, Maria Virgínia de. Juventude e adolescência no Brasil:
referências conceituais. São Paulo: Ação educativa, 2005, p. 29)
31. Nossa ação evangelizadora, precisa
levar em conta:
1. O pré-adolescente está numa idade de transição entre a criança
e o adolescente, e vemos que tal fase é frequentemente
esquecida na catequese. Os catequistas não sabem como
despertar-lhe o interesse, como trata-lo, e ficam desanimados
diante de determinadas situações. O catequista necessita,
portanto, procurar compreender o que leva os pré-adolescentes a
terem atitudes de indisciplina, crítica, instabilidade e agitação,
a fim de precederam mais eficazmente.
32. 2. A adolescência é um processo dinâmico que media a
infância e a idade adulta: inicia-se com o desenvolvimento
biopsicossocial e termina com a aquisição da identidade, da
autonomia, bem como da elaboração de projetos de vida e
de integração na sociedade. O catequista precisa estar
atento para esse momento da vida e ajudar o adolescente a
fazer escolhas permanentes em sua vida. Nessa fase, é de
suma importância uma catequese que oriente a sexualidade
e a afetividade dentro da mística cristã.
33. • Nessa fase, a catequese, deve ajudar o adolescente a superar as
crises e conflitos e a descobrir-se como pessoa e a descobrir o próprio
corpo; construir um projeto de vida espelhando-se em Jesus e crescer
dentro da comunidade, realizando ações transformadoras.
• Quanto aos temas, algumas observações são importantes:
• Privilegiar temas relacionados à pessoa do adolescente;
• Apresentar Jesus como modelo de vida, Ele que também foi
adolescente;
• Privilegiar encontros informais: aniversários, festas, filmes etc.
34. Atividades próprias para esta idade
são:
• Criar grupos de catequese de perseverança, animação, canto,
teatro, escotismo, acampamentos, missão de férias;
• Promover atividades artísticas, danças, músicas; realizar
passeios, entrevistas, romarias, excursões;
• Refletir sobre temas próprios da idade, buscando auxílio das
ciências humanas, sobretudo a psicologia;
• Organizar equipes de serviços comunitários, tanto eclesiais
quanto sociais (Cf. DNC 196).
• Explorar os heróis bíblicos (a estória da pessoa), alguns santos,
resgatar o testemunho. Verificar qual das crianças possuem
36. Catequese com Jovens / Crisma
• O objetivo é promover uma caminhada de fé que
ajude o jovem a crescer como pessoa, a realizar a
interação fé e vida e a assumir sua responsabilidade na
comunidade e no mundo.
• A catequese da crisma também deve ajudar o jovem a
superar as crises, conflitos, a ir descobrindo sentido de vida
37. “A catequese aos jovens será mais proveitosa se procurar
colocar em prática uma educação da fé orientada ao
conjunto de problemas que afetam suas vidas. Para
isso, a catequese integra a análise da situação atual,
ligando-se às ciências humanas, à educação, à
colaboração dos leigos e dos mesmos jovens. É urgente
propor aos jovens uma catequese com itinerários novos,
abertos à sensibilidade e aos problemas desta idade que
são de ordem teológica, ética, histórica ou social
(Cf.DNC 193).
38. • No coração da catequese aos jovens deve estar a proposta
explícita do seguimento de Jesus: “Se queres, vem e segue-me”
(Mt 19,21)
• A Catequese deve saber traduzir a mensagem de Jesus na
linguagem dos jovens
• O conteúdo da Catequese da Crisma deve ser próprio à idade.
• Educar para o amor.
• Valorizar o Testemunho Cristão.
39. Catequese com Adultos
• Algumas orientações:
• O objetivo é ajudar os adultos a assumirem a
causa de Jesus, ultrapassando uma fé ingênua,
individualista e intimista. Ajudá-los a encontrar
sentido de vida, a ler a vida a partir da fé e a
dar razões para sua fé.
• Não infantilizar o adulto. Descobrir ou despertar
o seu interesse.
• Levar em conta a pessoa e seu contexto.
• Partir de seus questionamentos e necessidades.
• Resgatar e Solidificar a confiança básica.
• Criar um clima de amizade e de gratuidade.
• Valorizar o testemunho cristão.
40. • Quanto aos temas, alguns eixos são importantes:
• Ser pessoa: individualidade; ser feliz; o amor; o sofrimento; família;
etc.
• A realidade: características do mundo atual etc.
• O projeto de Deus: Deus que se revela; a Bíblia – Palavra revelada;
• Jesus Cristo: Quem é; o que fez: sua proposta, sua ação; O Reino; a
Morte e ressurreição;
• A Igreja: continuadora da missão de Jesus; comunidade; ministérios;
• Sacramentos: visão geral – aprofundar os sacramentos da iniciação
cristã
• A missão do cristão no mundo e na comunidade.
41. Catequese Batismal
• Algumas orientações:
• O objetivo é ajudar Pais e Padrinhos a
entenderem e assimilarem a importância do
Sacramento do Batismo no Caminho da
Iniciação à Vida Cristã.
• Não julgar o motivo inicial que levaram a
pedir o sacramento.
• Ajudá-los a compreender o sentido
mistagógico do Batismo na vida da Igreja.
• Valorizar o testemunho cristão.
42. • Quantos ao temas, alguns eixos são importantes:
• Significado teológico e pastoral do batismo e da
riqueza de seu rito.
• Formar a consciência de discipulado, mostrando que
pelo batismo somos inseridos no corpo de Cristo, membros
vivos da Igreja.
• Inserção da família, na vida comunitária.
• Encontro Mistagógico Comunitário, abordando:
•O Batismo de Jesus
• História do Sacramento do Batismo e seu sentido
• Celebrar o dom da Vida
• Deus nos chama pelo nome
• Água, fonte de vida
• Ungidos no Senhor
• A luz de Cristo nos ilumina
43. São José de Anchieta,
Apóstolo do Brasil,
Poeta da Virgem Maria,
Intercede por nós, hoje e sempre.
Dá-nos a disponibilidade de servir a
Jesus
Como tu o serviste
Nos mais pobres e necessitados.
Protege-nos de todos os males
Do corpo e da alma.
E, se for vontade de Deus,
Alcança-nos a graça que agora te
pedimos (pede-se a graça)
São José de Anchieta, Rogai por nós!