6. Documentos do Concílio Vaticano II (Constituição
Sacrosantum Concilium, Decreto Christus
Dominus, Decreto Ad Gentes) tratam do
catecumenato com enfoque na instrução e na
missão
12. Iniciação à vida cristã é
elevada a URGÊNCIA DA
AÇÃO EVANGELIZADORA
DA IGREJA
2011-2015
2015-2019
13. “Sabemos que o processo
de Iniciação à Vida Cristã
requer novas disposições
pastorais. São necessárias
perseverança, docilidade à
voz do Espírito,
sensibilidade aos sinais dos
tempos, escolhas corajosas
e paciência, pois se trata de
um novo paradigma”. (n. 9)
14. A Igreja é chamada a repensar o modo como tem
lançado os fundamentos da fé cristã. Daí a urgência
de “revisão dos processos” (n. 1), “processo de
conversão pastoral e de aprendizagem” (n. 2; Cf n.
55.59. 244), “novo paradigma pastoral” (n. 3),
“interlocuções novas” (39), “transformação
missionária da nossa Igreja” (n. 51), “trilhar novos
caminhos” (n. 54), expressões que perpassam o
documento 107 e nos fazem compreender que “não
se trata de fazer apenas ‘reformas’ na catequese,
mas de rever toda a ação pastoral, a partir da
Iniciação à Vida Cristã” (n. 138).
16. O documento 107 foi elaborado a partir da
tradicional metodologia latino-americana do ver-
iluminar-agir. Inicia-se com uma belíssima
apresentação de um ícone bíblico: Jesus e a
samaritana (cf. Jo 4, 2-42), delineando alguns
passos significativos de um itinerário iniciático:
encontro-diálogo-conhecer Jesus-a revelação-o
anúncio e o testemunho. O capítulo II apresenta
um panorama da Iniciação à Vida Cristã ao longo
da história e as urgências pastorais atuais. O
capítulo III ilumina a realidade com a luz da
palavra da Igreja, ficando ao capítulo IV a tarefa
de propor caminhos.
19. “A Iniciação à Vida Cristã, portanto, deve
acolher e iluminar as questões existenciais da
vida de cada pessoa. O que significa enraizar-
se no complexo tecido da existência concreta
dos interlocutores e de suas realidades
sociais”. (n. 90)
21. Recomenda uma catequese “impregnada e
embebida do pensamento, espírito e atitudes
bíblicas e evangélicas, mediante um contato
assíduo com os próprios textos sagrados” (n. 179).
23. A comunidade cristã “é a responsável pelo rosto
que a Igreja vai apresentar a quem dela se
aproxima. (...). Quem busca Jesus precisa viver
uma forte e atraente experiência eclesial. A
Iniciação dos chamados ao discipulado se dá pela
comunidade e na comunidade”. (n. 106)
24. O conteúdo essencial a ser transmitido é o
querigma, isto é, primeiro anúncio do mistério
pascal. Trata-se da “vida de Jesus de Nazaré,
de sua pessoa, de sua mensagem de sua
missão e de seu momento culminante de
morte e ressurreição (Páscoa)” (n. 41).
25.
26. Recuperar a unidade pastoral dos
Sacramentos da Iniciação Cristã (cf. nn.
126.143), e rever a ordem dos sacramentos,
visto que não é a crisma, e sim a eucaristia, a
plenitude da Iniciação (cf. n. 132).
28. A grande proposta de renovação pastoral do
documento passa por aquilo que os bispos
chamam de uma transmissão da fé com
“inspiração catecumenal” (cf. nn. 6. 49. 56. 58.
74. 76. 121. 137. 141. 235, sem contar termos
correlatos).
29.
30. Metodologicamente, seja qual for o caminho
escolhido, este precisa ser trilhado tendo
como base alguns critérios indispensáveis
apresentados pelo documento, para que seja
realmente de inspiração catecumenal.
32. “ Em uma Igreja querigmática e missionária, a
Iniciação à Vida Cristã assume um rosto
evangelizador que favorece a verdadeira
experiência de fé. Promove o encontro pessoal e
comunitário com Jesus Cristo, o discipulado
missionário, a inserção na comunidade eclesial, a
participação na vida litúrgico-sacramental e o
engajamento na transformação da sociedade.
(DNC, n. 29-53).
33. Mistagogia: “postura” do catequista, capaz de
unir espiritualidade e pedagogia, educação da
fé e abertura ao Mistério vivo de Deus,
contemplação da simbologia e meditação,
escuta da Palavra e conversão.
35. “É preciso redescobrir a liturgia
como lugar privilegiado do
encontro com Jesus Cristo”
(n. 74).
A liturgia é a principal
transmissora da fé e ocasião
especialíssima de formação
continuada (cf. n. 182).
36. Destaque também seja dado, recomenda o
documento, à celebração dos três
sacramentos da iniciação cristã para os
catecúmenos adultos na noite da Vigília Pascal
(cf. n. 147).
38. Ter a coragem de abrir mão dos velhos
métodos e esquemas pastorais para propor o
encontro com Cristo, de uma “maneira a
cativar mais as pessoas, para que se possa
fazer a experiência impactante da verdadeira
adesão a Jesus” (n. 54).
39. “A Iniciação à Vida Cristã supõe na Igreja a
coragem de sair de si para ir às ‘periferias
existenciais’, ao encontro dos pobres e dos que
sofrem com as diversas formas de conflitos,
carências e injustiças” (n. 219. Cf. EG, n. 20-23.). Isso
só será possível em uma Igreja em saída (cf. n. 140)
40. O Espírito Santo preside a missão da Igreja e é
o grande responsável pelo seu aggiornamento
(renovação) , já que “Ele ocupa o centro da
atividade evangelizadora e de toda iniciativa
de renovação eclesial” (n. 59).
41. Especialmente no processo de Iniciação à Vida
Cristã, o Espírito cumpre as funções de
“precursor”, “acompanhante” e “continuador”
do aprofundamento da identidade do discípulo, o
que configura a dimensão pneumatológica como
uma das mais importantes (cf. nn. 100; 101; 112).
43. Mais do que lacunas, percebe-se uma “timidez
pastoral” em relação a aspectos mais delicados
como a tão necessária revisão da ordem dos
sacramentos da iniciação, clareza sobre caminhos
concretos para o chamado “percurso da via da
caridade” (cf. n. 220) - sobretudo em relação às
pessoas em situações específicas de conflitos
existenciais ainda não iniciadas, tais como os
recasados e homoafetivos, - bem como a
ausência de outros modelos de inspiração
catecumenal que não seja o próprio
Catecumenato à moda antiga.
44. Caberá aos pastores e demais
agentes de pastoral
criatividade, coragem e bom
senso para “aprofundar e
promover práticas” (n. 240)
que desdobrem tantas
intuições importantes em
soluções à altura do que
esperam e precisam nossas
comunidades e, sobretudo, os
que estão fora delas!