O documento descreve a doença pilonidal, que envolve a formação de um cisto ou abscesso na região sacrococcígea contendo pêlos. Os fatores de risco incluem sedentarismo e obesidade. Os sintomas incluem dor e drenagem de pus na região. O tratamento depende da fase da doença, podendo envolver incisão, drenagem ou cirurgia para remover o cisto.
2. Definição
O termo pilonidal vem do latim
pilus, que significa pêlo, e nidus
(cisto), que significa ninho.
Representa uma afecção
inflamatória crônica localizada na
região sacrococcígea (logo no
início do sulco interglúteo).
Envolve inicialmente a
presença de um abscesso agudo
ao nível da pele e posteriormente
forma-se sob esta uma bolsa ou
cavidade preenchida por pêlos
(sinus pilonidal).
3. Como Ocorre?
O pêlo da região
superficial ao cóccix e o
sacro cresce para dentro
da pele, funcionando
como um corpo estranho,
que causa um processo
inflamatório e infecção
subseqüente.
Este corpo estranho se
aproveitaria da
vulnerabilidade da pele
destes pacientes, e se
aprofundaria nesta região,
formando então, o cisto
pilonidal.
4. Fatores de Riscos
Sedentarismo;
Ocupações que obrigam à
permanência de períodos
longos em posição
A sua incidência é mais
sentada;
elevada nos homens, o
que pode estar Prática de atividades que
relacionado com o fato de possam traumatizar a
possuírem mais pêlos na região;
região Obesidade;
Irritação ou lesão anterior
na mesma área;
Falta de higiene;
Suor excessivo na área;
5. Sintomas
Os sintomas da doença pilonidal incluem a presença na
região do sulco inter-nadegueiro de uma saliência, que pode
variar desde uma pequena borbulha a uma massa volumosa
dolorosa. Muitas vezes esta zona drena um fluido que poderá
ser transparente, turvo ou sanguinolento.
Nos casos de infecção a área apresenta-se avermelhada e
dolorosa, drena pus com cheiro fétido e podem também estar
presentes sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar ou
náuseas.
* O diagnóstico da doença é feito com base na história clínica,
nos sintomas presentes e no exame do paciente. Em regra não
são necessários quaisquer exames de diagnóstico.
6. Doença Pilonidal Assintomática: É descoberta pela existência de um ou
mais orifícios primários na linha média interglútea por onde pode sair um
líquido e ainda aflorar alguns pêlos. O paciente normalmente desconhece
a sua presença.
Infecção Aguda: Apresentam como um abscesso pilonidal, ou seja, uma
tumoração, com flutuação central, na região sacrococcígea, causa de dor
intensa, febre e grande impotência funcional. Geralmente drena-se
espontaneamente, através de orifícios secundários laterais, ou o paciente
acaba necessitando de drenagem cirúrgica para alívio dos sintomas. Na
doença aguda, o estafilococo é o germe mais freqüentemente isolado.
Infecção Crônica: Normalmente é este o paciente que procura o
coloproctologista, relata uma história de alguns ou vários episódios de
infecção recorrente na região sacrococcígea, seguidos da drenagem de
material purulento, ora espontânea ora cirúrgica. As bactérias mais
freqüentemente isoladas nesta forma de manifestação da doença são as
coliformes e os germes anaeróbicos.
7. Tratamento
O tratamento da doença pilonidal depende da fase da
doença.
Um abscesso agudo é conduzido com uma incisão e
drenagem para liberar o pus, reduzindo a inflamação e a dor.
Este procedimento geralmente pode ser realizado no
consultório sob anestesia local.
A doença complexa e recorrente pode ser tratada
cirurgicamente. Os procedimentos podem variar do
destelhamento do sinus pilonidal, a sua excisão com ou sem
fechamento da ferida com retalhos.
Grandes operações requerem longos tempos de
cicatrização. Se a ferida é deixada aberta, serão necessários
curativos para manter a área limpa. Embora a cicatrização
completa possa levar várias semanas, a taxa de sucesso,
deixando a ferida aberta, é alta.