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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL/ HAB. EM EDIFÍCIOS
AMAURY FURTADO BRAGA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284
COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO
DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA
DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE
JUAZEIRO DO NORTE - CE
2017
AMAURY FURTADO BRAGA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284
COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO
DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA
DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Tecnologia da
Construção Civil em Edifícios pela
Universidade Regional do Cariri - URCA,
como requisito parcial para obtenção do
título de Tecnólogo.
Orientador: Prof. Esp. Samuel Bezerra
Cordeiro
JUAZEIRO DO NORTE - CE
2017
AMAURY FURTADO BRAGA
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284
COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO
DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA
DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Tecnologia da
Construção Civil em Edifícios pela
Universidade Regional do Cariri - URCA,
como requisito parcial para obtenção do
título de Tecnólogo.
Aprovada em: _____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________
Prof. Esp. Samuel Bezerra Cordeiro
Orientador
__________________________________________________________
Prof. Esp. Dirceu Tavares Figueiredo
Examinador 1
__________________________________________________________
Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho
Examinador 2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Apresentação do ciclo PDCA................................................................ 15
Figura 2 - Layout de um canteiro de obras............................................................ 19
Figura 3 - Modelo de instalação sanitária............................................................. 23
Figura 4 - Modelo de chuveiro............................................................................... 27
Figura 5 - Modelo de vestiário............................................................................... 28
Figura 6 - Modelo de refeitório............................................................................... 31
Figura 7 - Modelo de almoxarifado........................................................................ 35
Figura 8 - Fotografia da frente da obra CEI........................................................... 36
Figura 9 - Cozinha-almoxarifado, escritório e banheiro......................................... 37
RESUMO
Os canteiros de obras devem ter como características principais a organização e
limpeza. Diante da produtividade dentro do canteiro, a segurança e a saúde do
trabalhador; que em sua maioria recebem uma atenção privilegiada, requerem ainda
a dinâmica de planejar, orçar e elaborar os arranjos físicos dos canteiros afim de que
fiquem com uma organização e segurança adequada para o desenvolvimento dos
trabalhos. Tendo por objetivo avaliar a falta de planejamento de canteiro de obras,
foi coletado dados de uma edificação do Centro de Educação Infantil- CEI, situada
em Mauriti-Ce. Neste estudo de caso, após identificar e registrar dados locais,
realizou sua análise equiparando as normas, guias didáticos referências
bibliográficas. Os resultados demonstram que, a falta de concepção de um projeto
adequado de canteiros de obras, bem como o controle no orçamento da mesma,
levou esta obra a vulnerabilizar a segurança de seus trabalhadores, além de
provocar perda na produtividade e desperdício de materiais.
Palavras-chaves: Segurança. Planejamento. Layout. Canteiro de Obras. Áreas de
Vivência.
ABSTRACT
The construction sites to have features, organization and cleanliness. Faced with
productivity within the jobsite, worker safety and health; That their attention has a
privileged attention, the need for a dynamic of planning, the elaboration and the
elaboration of the physical arrangements of the beds. Aiming to evaluate the lack of
construction site planning, data were collected from a construction of the CEI Child
Education Center, located in Mauriti-Ce. The case study, to identify and record local
data, performed its analysis as standards, didactic guides and authors. Results show
large differences in the quantity, distribution and organization among the structures in
the studied areas. This indicates that the lack of a construction site project, as well as
its budget, has led this work to vulnerabilize a safety of its workers, in addition to
causing loss of production and waste of materials.
Keywords: Security. Planning. Layout. Construction site. Areas of Expertise.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
1.1 Objetivos................................................................................................................... 9
1.1.1 Objetivo Geral..................................................................................................... 9
1.1.2 Objetivo Especifico............................................................................................. 9
1.2 Justificativa ............................................................................................................ 10
1.3 Metodologia ........................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................12
2.1 Segurança na Construção civil ............................................................................... 12
2.1.1 Índices de acidente........................................................................................... 13
2.2 Estudo de tempos de movimentos .......................................................................... 14
2.3 Ciclo PDCA............................................................................................................. 15
2.4 Canteiro de obras ................................................................................................... 17
2.4.1 Dimensionamento do canteiro de obras/NR 18XNBR 12284............................. 19
2.4.2 Dimensionamento de áreas de vivência/NR 18XNBR12284 ............................. 21
2.5 Instalação sanitária ................................................................................................. 22
2.5.1 Lavatórios ......................................................................................................... 25
2.5.2 Vaso sanitário ................................................................................................... 25
2.5.3 Mictórios............................................................................................................ 25
2.5.4 Chuveiros.......................................................................................................... 26
2.6 Vestiários................................................................................................................ 27
2.7 Alojamento.............................................................................................................. 29
2.8 Refeitório ................................................................................................................ 29
2.9 Cozinha quando houver refeições........................................................................... 31
2.10 Lavanderia ............................................................................................................ 32
2.11 Área de lazer......................................................................................................... 33
2.12 Almoxarifado da obra............................................................................................ 33
3 DISCUSÃO E RESULTADOS .......................................................................................... 36
3.1 Canteiro .................................................................................................................. 36
3.2 Quanto ao gerenciamento....................................................................................... 37
3.2.1 Instalações sanitárias........................................................................................ 39
3.2.2 Cozinha............................................................................................................. 40
3.2.3 Refeitório........................................................................................................... 40
3.2.4 Almoxarifado..................................................................................................... 41
3.3 Quanto à segurança no trabalho ............................................................................ 41
3.3.1 EPI’s ................................................................................................................. 42
3.3.2 Saúde física e mental........................................................................................ 42
3.3.3 Meio ambiente................................................................................................... 43
4 CONCLUSÃO................................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 46
8
1 INTRODUÇÃO
A NBR-12284/91(Áreas de Vivência em Canteiros de Obras) define o canteiro
de obras como o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da
indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivências.
A implantação da Norma Regulamentadora 18 - Condições e meio ambiente
do trabalho na indústria da construção, trouxe uma nova perspectiva para as
empresas afim de que houvesse em primeira instancia a segurança do trabalhador
dentro da construção civil, e que para isso de fato existisse foram colocados uma
serie de normas que mudaria os sistemas de produção e, isso inclui especificamente
as organizações dos seus canteiros de obras desde o inicio até o fim da obra,
implementando e modificando de acordo com a necessidade da obra, do consumidor
e do trabalhador.
A construção civil esta sempre buscando novas técnicas e tecnologias para
uma produção eficaz, que possibilite ao trabalhador o bem estar e,
consequentemente, uma produtividade maior. Observa-se que a problemática
encontrada nesse campo é a falta de planejamento do canteiro de obras, que faz
com que as construtoras reconsiderem cada vez mais o sistema de produção da
empresa. Segundo Moraes (2012) em reunião realizada na sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirma que investir em qualidade de vida
no trabalho aumenta a produtividade e traz retorno. Aliar segurança/bem estar com o
lucro é a saída mais usada dentro do canteiro de obras por grande maioria das
empresas da indústria da construção civil.
Para ser possível essa união, tem-se que iniciar com quesitos necessários,
definidos no Brasil pela NR-18 (Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria
da Construção) e considerar também a Norma Brasileira, NBR-12284/91 da ABNT.
Ferreira e Franco (1998, p.18) enfatiza que há quase duas décadas a legislação não
foi assimilada pela completa classe profissional do setor, por motivos de
interpretação e questionamentos a respeito da viabilidade técnica e econômica de
algumas de suas exigências. Hoje percebesse que em sua grande maioria o quadro
é o inverso, chegando a existir normas, programas e sistemas e incentivos que
ajudam as empresas a terem uma organização no controle dos seus riscos e a
melhorar o seu desempenho em relação à segurança.
9
Souza (2005, p.117), afirma que no canteiro de obras faz-se necessário
instrumentos que proporcionem a contínua melhoria do processo de produção. O
mesmo observa que não basta simplesmente implantar, mas deve-se ter um
acompanhamento contínuo, modificando sempre que necessário, visando sempre a
melhoria constante do canteiro de obras. Um dos instrumentos que visa a melhoria
continua é o uso do ciclo PDCA.
Atualmente, apesar das melhorias feitas na indústria da construção civil,
problemas persistem como a falta de uma correta locação das áreas de vivencia
e/ou espaços coletivos. Empresas sentem dificuldade do tempo ideal na execução
da obra, outro quesito já citado é a produtividade do trabalhador, valendo-se muito o
estudo de tempos e movimentos e aplicação das normas.
Outro quesito já citado é o da produtividade do trabalhador, valendo-se muito
o estudo de tempos e movimentos na aplicação de suas atividades. Para Silva e
Almeida (2014, p.1) o método mais simples de realizar tais análises consistiu em
observar uma parte do processo de trabalho, elaborando desenhos esquemáticos e
descrevendo o deslocamento e a distância percorrida no transporte dos materiais.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Tem-se como objetivo geral deste trabalho fazer um estudo através de
levantamento de dados quanto à organização de um canteiro de obras, na cidade de
Mauriti – CE, fornecendo subsídios à melhoria das instalações provisórias diante dos
dispositivos da NR-18 e da NBR-12284, de modo a mostrar os benefícios de tê-las e
de locar corretamente, conforme coerência com as necessidades da obra.
1.1.2 Objetivos específicos
I. Revisar bibliografias sobre segurança e planejamento no canteiro de obras;
II. Verificar, avaliar, através da pontuação de falhas, a falta de planejamento e
conformidade no canteiro de obras perante as normas do canteiro de obra
estipulado, após visita técnica no canteiro de obras;
10
III. Expor a NR 18 e a NBR 12284 apresentando itens relacionados as áreas de
vivencia.
1.2 Justificativa
Há pelo menos duas décadas a triste realidade dos trabalhadores de um dos
setores mais importantes para o desenvolvimento econômico e social, a construção
civil, era marcada por acidentes como queda, soterramento, choque elétrico e
acidente no transporte de cargas (PIRES, p.35, 2005)
Com a necessidade de uma rápida execução nos processos de edificar, a
preocupação demonstrada nas empresas pela segurança de seus trabalhadores
pode passar de uma simples aparência. Segundo Santos e Farias Filho (1998) apud
Brandili e Soares (2000), as empresas têm procurado investir na melhoria de seus
processos de produção, frente às crescentes pressões do mercado. Diante da
produtividade dentro do canteiro, a segurança e a saúde do trabalhador; a gerência
da obra requer ainda a dinâmica de planejar, orçar e elaborar os arranjos físicos dos
canteiros afim de que fiquem com uma organização e segurança adequada para o
desenvolvimento dos trabalhos.
A reformulação da NR-18 ao longo dos anos possibilitou que ela se tornasse
não apenas um instrumento de gestão de segurança, saúde, higiene ocupacional e
qualidade de vida para os trabalhadores da Indústria da Construção, mas a
valorização, aplicação e implementação da norma nos canteiros de obras,
possibilitando uma visão ideal que trouxe melhorias na qualidade de vida dos
trabalhadores e o aumento da produtividade.
As áreas de vivência são responsáveis por garantir condições humanas
favoráveis para o desenvolvimento do trabalho. Sua importância está diretamente
ligado a diminuição de acidentes, uma vez que esta serve de meio para o
desenvolvimento de boas condições físicas e psicológicas ao trabalhador. Por isto
faz-se necessário colocar qualquer problemática neste setor como prioridade para
rápida correção. Em vistas da precária situação que se encontrava a obra de objeto
de estudo deste trabalho, fez-se necessário a análise das possíveis causas das
desarmonias e apontando soluções cabíveis para que se dê bom curso do
trabalhador quanto da construção.
11
1.3 Metodologia
Primeiramente escolheu-se uma obra, da construção Centro de Educação
Infantil- CEI, obra do Estado do Ceará, localizada no bairro bela vista, no município
de Mauriti- Ce. O objeto de estudo, chamou a atenção pela sua magnitude por vários
municípios do estado do Ceará, e ao mesmo tempo pela falta de correspondência a
a alguns normas, em especifico a Nr-18 e a NBR- 12284.
Após a escolha foi feito um levantamento dos espaços da referida obra.
Como meio à avaliar a falta de planejamento de canteiro de obras, foi
coletado dados qualitativos do Centro de Educação Infantil- CEI. O dados consistiam
em analisar três aspectos:
a. Instalações provisórias (local para refeições, vestiários, instalações
sanitárias);
b. Movimentação e armazenamento de materiais (armazenamento de
cimento, armazenamento de tubos de PVC) e;
c. Segurança no trabalho (sinalização de segurança, EPIs e etc).
Foram analisados as instalações sanitárias, local de refeições, cozinha, e
almoxarifado. A escolha destes compartimentos foi devido a existência precária dos
mesmos na obra, e por serem quesitos mínimos e essenciais segundo a NR-18, já
que é uma obra que abriga na maior parte do tempo 20 (vinte) trabalhadores e os
mesmos não se alojam na obra.
Após identificar e registrar os dados, será realizado uma análise comparativa
entre a normas NR-18 e NBR- 12284, e outros trabalhos com a mesma linha de
pensamento, como o do Yazigi (2014).
Além das normas, o trabalho se estruturou com referencias bibliográficas de
artigos, revistas, livros e monografias. Teve como coleta, a visita e levantamento da
obra em caso.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Segurança na construção civil
Segundo Pires (2005), no artigo “NR-18: uma década de transformações”
publicada na Revista Proteção, enfatiza que antes da introdução da Segurança do
Trabalho, o cenário na construção civil era de total caos. Sua principal função após a
implementação seria o de evitar alguns acidentes, como as quedas, soterramento,
choque elétrico e acidentes no transporte.
Lima (2014) apud Araújo (2010) comenta ainda que embora ao longo dos
anos a segurança do trabalho tenha avançado, encontra-se ainda na indústria da
construção civil a falta de segurança, saúde e conforto para o trabalhador.
A construção civil está sempre buscando o entrelaçamento de qualidade na
produção e execução nas obras (tentando agilizar a entrega das obras, mantendo a
competitividade, conseguindo com menor custo, mas sem deixar de considerar a
qualidade e o aumento da produtividade, onde as construtoras buscam eficiência no
seu processo de produção).
A problemática encontrada nesse campo é o de reconsiderar o sistema de
produção das empresas da construção civil, com o alinhamento da segurança e do
lucro.
Quando se tem estabelecido a segurança do trabalho dentro da empresa
observa-se uma notável redução de acidentes justamente por que a missão principal
é a prevenção de acidentes laborais que afeta à integridade física e mental do
trabalhador. Se estendendo mais nos benefícios encontrados na segurança do
trabalho temos a garantia de credibilidade e compromisso da empresa; uma gestão
produtiva de qualidade, pois haverão trabalhadores motivados para executar as
atividades; e o trabalho preventivo provindo pela Segurança do Trabalho gera
menos custos com ações judiciais, e afastamentos por acidentes de trabalho.
Todavia, para que esses objetivos sejam alcançados é necessário a
compreensão, tanto dos empregados quanto dos empregadores, sobre a
importância da atuação da segurança, advertindo dos possíveis perigos e como
evita-los no ambiente de trabalho. Controle este confirmado por (CHIAVENATO,
1989).
13
Importante mesmo talvez seja a menção da oportunidade de inserir
segurança e saúde como um fator de produção. No entanto para isso há de se
buscar primeiro um pouco mais de maturidade nas relações, ou seja, é bem possível
que em algumas empresas já exista terreno propício a esta finalidade, mas com
certeza na maioria delas não passaria de mais um penduricalho (PALASIO, 2003).
2.1.1 Índices de acidente
A indústria da construção é lembrada em todo o mundo pelo seu poder de
desenvolvimento produtivo de grande perigo pra o trabalhador. Segundo Sesi (p.13,
2015) as Estimativas da OIT para o ano de 2012, mostram que no mundo são 2,3
milhões de mortes a cada ano por agravos relacionados ao trabalho, são de
enfermidades (2 milhões) e 300 mil de acidentes de trabalho (Takala et al., 2014) o
que corresponde a 358 mil casos fatais.
Segundo Lida (p.4, 2005), muitos acidentes na construção civil podem ser
atribuídos ao erro humano ou ao fator humano, como já previsto por Farah (1993,
p.28) que afirmava que a construção civil tem sido responsável por muitos acidentes
no trabalho pelo fato de exigir que os trabalhadores se exponham a fatores de risco,
tais como, calor, altura, ruídos e outros.
Nas ultimas décadas, no Brasil percebeu-se um progresso na procura por
melhores resultado na eficácia e na produção em vários setores produtivos da
sociedade. Fato este, que somente granjear-se-á com a maior segurança no
processo da obra. A este respeito, o item indispensável no ambiente de trabalho é o
homem, pois qualquer subtração de sua eficácia trabalhista será capaz de causar a
queda na produtividade nas diversas esferas de trabalho. Segundo dados do
Ministério da Previdência Social - MPS, Anuário Estatístico da Previdência Social,
AEPS e AEAT (2000 à 2012) a Quadro 1, mostra as estimativas do ano 2000 à 2012
,número de mortes por acidente de trabalho, no geral, caíram de 2.879 em 2000,
para 2.641 em 2006, tendo aumentado progressivamente a partir de então, até
2008, quando passou a variar, chegando a 2.938 casos em 2011, mas caindo para
2.731 em 2012(SESI, p.15, 2015,).
14
QUADRO 1 - Número de óbitos e coeficiente de mortalidade por AT (CM-
AT/100.000) geral e na indústria da construção – IC em trabalhadores segurados,
entre 2000 e 2012, no Brasil
ANO TODOS OS RAMOS
DE ATIVIDADE ECONOMICA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Nº. DE óbitos CM-AT/100.000 Nº. de óbitos CM-AT x100.00
(homens)
Proporção
IC/total%
2000 2.879 17,3 325 32,7 11,3
2001 2.623 13,0 382 32,2 14,6
2002 2.851 13,3 375 32,2 13,2
2003 2.553 11,7 226 20,8 8,9
2004 2.692 11,7 318 28,1 11,8
2005 2.620 10,7 307 25,7 11,7
2006 2.641 10,5 284 23,1 10,8
2007 2.643 9,7 319 21,3 12,1
2008 2.757 8,8 384 20,1 13,9
2009 2.560 7,6 407 27,1 15,9
2010 2.753 7,5 456 29,8 16,6
2011 2.938 7,4 471 16,7 16,0
2012 2.731 6,6 550 17,1 20,1
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social (MPS).
*Denominadores foram os números médios de vínculos por mês a cada ano de contribuintes
empregados excluindo-se os não cobertos pelo seguro Risco dos Acidentes de Trabalho, RAT,
como os servidores públicos, militares, empregos domésticos, dentre outros.
2.2 Estudo de tempos e movimentos
Barboza (2016) diz que o maior segredo em relação aos custos, tempo,
sistemas de movimentação e estocagem, e layout de canteiro é mesmo saber o
instante correto de movimentar cada elemento, no que tange a movimentos eficazes
vê-se cada vez mais a necessidade de estratégias aprimoradas de planejamento e
execução.
O planejamento, a programação, a organização e o cuidado a analisar cada
variante vão fazer acontecer movimentação de materiais competente dentro do
canteiro.
O bom projeto de canteiro é aquele que minimiza a necessidade de
movimentação de materiais, por exemplo, prevendo-se o transporte destes o mais
possível diretamente para o local de sua utilização, evitando estocagens e
movimentações intermediárias adicionais; otimiza o transporte necessário, seja
15
criando vias adequadas ou fazendo uso da ação da gravidade a seu favor ou
reduzindo as distâncias a serem percorridas (SOUZA, 20161
).
Dantas (2011) confirma o fato mostrando que são muitos os fatores que
trazem produtividade dentro da obra, mas o que se destaca dentre elas é o
planejamento e a organização do canteiro de obras que mostram uma plena e eficaz
movimentação.
2.3 Ciclo PDCA
De acordo com Campos (1996 p.262), o ciclo PDCA é um meio de gerenciar
processos ou sistemas. Sendo um percurso útil para culminar metas dentro da
empresa.
O ciclo ele representa uma ferramenta contínua, que se renova através dos
4(quatro) passos que retrata: P-“Plan”, planejar; D-“Do”, fazer ou agir; C-“Check”,
checar ou verificar; e A-“Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma corretiva.
FIGURA 1 - Apresentação do ciclo PDCA
Fonte: Blog Inova em Gestão,2012.
1
Entrevista concedida por SOUZA, Acir ( 2016). Entrevista edição 236. Novembro [2016]. Entrevistador:
Nathalia Barboza, São Paulo, 2016. A entrevista na integra foi retirada da Revista Techno.
16
Na fase PLAN do ciclo PDCA, todos os envolvidos com o ciclo devem buscar
meios a fim de melhorar seus negócios, desenvolvendo assim metas para o
funcionamento sistemático da melhoria contínua nesta fase (CLARK, 2001).
Ahuja (1994, p.10) descreve a importância do módulo como o planejamento
sendo a principal atividade do administrador. Planejar é estipular objetivos e, então,
determinar programas e procedimentos para o alcance desses objetivos. É tomar
decisões para o futuro, olhar mais adiante.
Campos (1996) subdividem o módulo PLAN em cinco etapas para que o
mesmo possa atender a todas as premissas expostas com relação à importância do
planejamento dentro do contexto do ciclo. São as etapas:
 Localizar o problema;
 Estabelecer metas;
 Análise do fenômeno;
 Análise do processo;
 Elaboração do plano de ação
No passo DO (Mattos,2013,p.7) articula que deverá ser postos em prática,
com organização, todos os objetivos e metas traçadas na etapa anterior que já
devem estar devidamente formalizadas em um plano de ação.
Segundo Campos (1996), a etapa CHECK, pode ser definido como item de
gerenciamento. Campos (2001) exemplifica o controle em:
 Qualidade: destinados à medição da qualidade dos produtos
finais através de itens de controle como: número de reclamações,
índice de refugo, pesquisa de satisfação, etc.;
 Custo: destinados à medição do custo através de itens de
controle como: custo unitário do produto.
 Entrega: destinados à medição da entrega através de itens de
controle como: índice de entregas fora do prazo para cada produto,
índice de entrega em local errado, índice de entrega em quantidade
errada.
 Moral: destinados à medição do moral dos funcionários através
de itens de controle como: turn-over dos funcionários, índice de
absenteísmo, número de causas trabalhistas, número de
atendimentos no posto médico, número de sugestões dadas.
17
 Segurança: destinados à medição da segurança dos
funcionários através de itens de controle como: número de acidentes
em um período de tempo, índice de gravidade, etc.
Para Mattos(2013,p.11) o módulo ACT é caracterizado pela padronização das
ações executadas em DO, cujas eficácias já foram verificadas em CHECK.
A ação de forma corretiva, segundo Souza (1997), consiste em elaborar um
novo padrão ou alterar um já existente. A organização deverá esclarecer no padrão
os itens fundamentais de sua estrutura, isto é, “o que” fazer, “quem” deverá executar
a ação, “quando” a mesma deverá ser executada, “onde”, “como”, e principalmente
“porque” tal ação será tomada.
2.4 Canteiro de obras
Canteiro de obras, segundo a NR-18/95, é definido como: "Área de trabalho
fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma
obra."
Conforme a NBR-12284 da ABNT (1991), o conceito de canteiro de obras
está definido como: "Áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria
da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência."
Borges (p.30, 2009) Fala que foi a partir das definições das normas NR-18 e
NBR 12284, que procurou-se incorporar os princípios mais importantes que devem
ser observados no projeto do canteiro de obras, relativos à movimentação de
materiais, ao projeto de produção, e às condições de trabalho, adotada a seguinte
definição:
O projeto do canteiro de obras é o serviço integrante do processo de
construção, responsável pela definição do tamanho, forma e localização das
áreas de trabalho, fixas e temporárias, e das vias de circulação, necessárias
ao desenvolvimento das operações de apoio e execução, durante cada fase
da obra, de forma integrada e evolutiva, de acordo com o projeto de
produção do empreendimento, oferecendo condições de segurança, saúde
e motivação aos trabalhadores e, execução racionalizada dos serviços.
(FERREIRA, 1998).
Para que haja uma melhor ambientação do canteiro Cordeiro (2017) enfatiza
que os canteiros de obra não segue regra única de caracterização para o
planejamento do layout. Existindo assim uma singularidade que aponta
18
características particulares. De uma forma geral, as características são apontadas
por setores (SOUZA, p.12, 1997):
Ligados à produção:
 Central de argamassa;
 Pátio de armação (corte, dobra e pré-montagem);
 Central de formas;
 Central de pré-montagem de instalações;
 Central de esquadrias;
 Central de pré-moldados.
De apoio à produção Almoxarifado de ferramentas:
 Almoxarifado de empreiteiros;
 Estoque de areia, brita e blocos;
 Estoques de cimentos e argamassa em sacos;
 Estoque de tubos, conexões;
 Estoque relativo ao elevador;
 Estoque de esquadrias;
 Estoque de tintas;
 Estoque de metais;
 Estoque de louças;
 Estoque de barras de aço;
 Estoques de compensado para fôrmas.
De apoio técnico/administrativo:
 Escritório do engenheiro e estagiários;
 Sala de reunião;
 Escritório do mestre e técnico;
 Escritório administrativo
 Recepção/guarita;
 Chapeira de ponto.
Áreas de vivência Alojamento:
 Refeitório;
 Ambulatório;
 Sala de treinamento;
 Área de lazer;
 Instalações sanitárias;
 Vestiário;
19
FIGURA 2 - Layout de um canteiro de obras
Fonte: Kofler e Auroca, 2016
2
.
O layout de canteiro de obras cada vez mais se desenvolve, principalmente
em obras com terrenos relativamente curtos para abrigar o canteiro de obras.
Loturco (2016) em artigo publicada na Revista Techne, confirma fato falando que na
medida em que urbanização é um fenômeno muito forte no Brasil, trabalhar com
terrenos menores é uma tendência.
2.4.1 Dimensionamento do canteiro de obras/NR 18x NBR12284
Atualmente muitas obras estão sendo executadas, e o que diferencia uma da
outra são os parâmetros de qualidade, economia, produtividade e segurança. O
estudo prévio dentro do canteiro de obras é substancial, uma vez que relaciona seus
estudos ao melhoramento do fluxo de pessoas e materiais, da descarga de
materiais, do espaço dos equipamentos, avanços eficazes em relação à
rentabilidade e outros.
A Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção, divide-se da seguinte maneira:
18.1 - Objetivo e Campo de Aplicação
2
Retirado de material didático sobre canteiro de obras. Elaborado pela professora Dra. Monica Kofler e
colaboração do professor Aldo Auroca.
20
18.2 - Comunicação Prévia
18.3-Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção PCMAT
18.4 - Áreas de Vivência
18.5 - Demolição
18.6 - Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
18.7 - Carpintaria
18.8 - Armações de Aço
18.9 - Estruturas de Concreto
18.10 - Estruturas Metálicas
18.11 - Operações de Soldagem e Corte a Quente
18.12 - Escadas, Rampas e Passarelas
18.13 - Medidas de Proteção contra Quedas de Altura
18.14 - Movimentação e transporte de materiais e pessoas
18.15 - Andaimes e Plataformas de Trabalho
18.16 - Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética
18.17 - Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos
18.18 - Telhados e Coberturas
18.19 - Serviços em Flutuantes
18.20 - Locais Confinados
18.21 - Instalações Elétricas
18.22 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas
18.23 - Equipamentos de Proteção Individual
18.24 - Armazenagem e Estocagem de Materiais
18.25 - Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores
18.26 - Proteção Contra Incêndio
18.27 - Sinalização de Segurança
18.28 - Treinamento
18.29 - Ordem e Limpeza
18.30 - Tapumes e Galerias
18.31 - Acidente Fatal
18.32 - Dados Estatísticos - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11
18.33 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas
da Indústria da Construção
18.34 - Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do
Trabalho na Indústria da Construção
18.35 - Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP
18.36 - Disposições Gerais
18.37 - Disposições Finais
18.38 - Disposições Transitórias
18.39 - Glossário
Anexo I - Ficha de Análise de Acidente - Revogado pela Portaria SIT n.º
237/11
Anexo II - Resumo Estatístico Anual - Revogado pela Portaria SIT n.º
237/11
Anexo III - Plano de Cargas para Gruas
Anexo IV - Plataformas de Trabalho Aéreo
A Norma Brasileira Nº12284 - Áreas de Vivência em Canteiros de Obras, se
dispõe como:
1 Objetivos
2 Documentos Complementares
3 Definições
3.1 Canterio de Obras
3.1.1 Áreas Operacionais
3.1.2 Áreas de Vivência
3.2 Bacia Sanitária
21
3.3 Caimento
3.4 Fossa Intermediária
3.5 Gabinete Sanitário
3.6 Lavatório
3.7 Latrina
3.8 Quarto
3.9 Sistema Construtivo Composto
4 Condições Gerais
4.1 Instalações Sanitárias
4.1.2.1 Lavatórios
4.1.2.2 Gabinetes Sanitários
4.1.2.3 Mictórios
4.1.2.4 Chuveiros
4.2 Vestiário
4.3 Alojamento
4.4 Refeitório
4.5 Cozinha
4.6 Lavanderia
4.7 Área de Lazer
4.8 Disposições Gerais
FIGURA 1
FIGURA 2
ANEXO - Centrais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
2.4.2 Dimensionamento de áreas de vivência/ NR-18 X NBR 12284
A implantação da NR- 18 (Condições e meio ambiente do trabalho na
indústria da construção), incentiva as empresas a reconsiderarem os seus sistemas
de produção e, as organizações dos seus canteiros de obras além de exigir que o
arranjo físico inicial do canteiro de obras venha junto com as necessidades
especifica de cada consumidor.
Pensando nisso Martins (2013) no artigo “Espaços de vivência” publicada na
Revista Techne, expõe dez dicas para planejar áreas de vivência:
1. Levantar dados sobre o dimensionamento da mão de obra.
2. Conhecer o cronograma de execução dos serviços.
3. Antes de decidir entre comprar ou alugar, avalie o tempo de duração da
obra e a perspectiva de reutilização do alojamento em futuras construções.
4. Privilegie fornecedores que oferecem atendimento pós-venda e equipe de
manutenção.
5. Ao comparar os alojamentos, avalie espessura das chapas utilizadas,
resistência à corrosão (sistemas metálicos), pintura, conforto térmico,
qualidade dos acabamentos e instalações elétricas e hidráulicas.
6. Quando o alojamento é adaptado a partir de contêineres de transporte de
cargas, a construtora deve manter no canteiro o laudo técnico atestando a
ausência de riscos químicos, biológicos e físicos aos usuários.
7. Antes da instalação, é necessário providenciar sistema de água, coleta
de esgoto, instalações elétricas e nivelamento do terreno.
8. No caso de uso de contêineres, o equipamento deverá ser descarregado
já em sua posição definitiva.
9. O projeto do alojamento deve abranger a arquitetura, a estrutura e os
sistemas hidráulico e elétrico.
22
10. Escolher um local de fácil acesso e que não atrapalhe a produção e a
circulação dentro do canteiro.
A NBR-12284 esclarece que as áreas de vivencia preza essencialmente pela
segurança e bem estar mantendo o trabalhador separado de área operacional,
atendendo assim as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene
pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais.
As áreas de vivência tem que dispor de: instalações sanitárias; vestiário;
alojamento(*); local de refeições; cozinha(quando houver preparo de refeições);
lavanderia(*); área de lazer(*); ambulatório(quando se tratar de frentes de trabalho
com 50 ou mais operários). O cumprimento dos disposto nos itens assinalados com
(*) é obrigatório nos canteiros onde houver trabalhadores alojados. As áreas de
vivência terão de ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e
limpeza. Serão dedetizados preferencialmente a cada seis meses. Quando da
utilização de instalações móveis de áreas de vivência, precisa ser previsto projeto
alternativo que garanta os requisitos mínimos de conforto e higiene aqui
estabelecidos (YAZIGI, p.67, 2014,).
2.5 Instalação sanitária
Yazigi (idem) de acordo com a NR-18 relata que é um local ao atendimento as
necessidades fisiológicas de excreção (Figura 3), devendo seguir as seguintes
obrigações:
 ser mantido em perfeito estado de conservação e higiene, desprovida
de odores, em especial durante a jornada de trabalho;
 ter portas de acesso que impeçam a entrada de outros funcionários a
fim de garantir resguardo conveniente;
 as paredes devem ser de material resistente e lavável, ou podem ser
de madeira;
 os pisos devem ser impermeáveis e laváveis com acabamento
antiderrapante;
 não podem ser localizados nas proximidades dos locais destinados às
refeições;
 homens e mulheres devem ser separados, quando necessário;
 possuir ventilação e iluminação adequadas;
 ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
 o pé direito mínimo deve ter 2,50m ou o que determina o Código de
Obras do respectivo município;
 localizar-se em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido
um deslocamento superior a 150m do posto de trabalho aos gabinetes
sanitários, mictórios e lavatórios.
23
Ainda segundo a NR-18 a instalação sanitária deve ser constituída de
lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo
de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1
(uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
FIGURA 3 - Modelo de Instalação Sanitária
Fonte: SESI (2008, p.94).
Percebe-se que a NBR - 12284 é um apoio enorme no quesito de clareza,
chegando a caracterizar com eficiência as áreas de vivência. Embora concorde em
muitos itens da NR-18, a mesma também diverge e/ou amplia, descrevendo de uma
forma desenvolvida nos itens a, g, h, i, k, n, o, p, q, r:
a) ser construídas na ocasião da instalação do próprio canteiro de obras;
g) ter paredes até a altura mínima de 1,80m, proibindo-se o uso de qualquer
tipo de madeira. Quando utilizada pintura, esta deve ser de cor clara com
características equivalentes à tinta óleo ou esmalte;
h) ter portas de acesso com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m,
i) ter iluminação natural por aberturas com área mínima de l/10 da área do
piso (sendo no mínimo de 0,70m²) e artificial que garanta um nível de iluminamento
mínimo de 150 lux;
k) ter cobertura resistente também ao fogo e que preserve o conforto térmico
no interior das edificações e as proteja completamente das intempéries;
24
n) ter disposição final das águas servidas, exceto as pluviais, ligadas à rede
de esgoto - na ausência desta rede devem ser construídas fossas sépticas,
conforme estabelecido na NB-41;
o) excepcionalmente, no caso de obras viárias, podem ser utilizadas latrinas: -
a localização mantenha as seguintes distâncias mínimas: 1,80m acima do lençol
freático; 5,00m das outras edificações; 15,00m de qualquer fonte d’água e sempre a
jusante desta;
- a câmara de disposição seja revestida de alvenaria ou de concreto, com
tratamento impermeabilizante, se o lençol freático for próximo à superfície,
impedindo a escavação da fossa seca;
- seja instalada uma tubulação de respiro para ventilação de gases, que deve
ser lisa internamente, de diâmetro minimo de 100,00mm, com altura que, saindo da
fossa, projete sua extremidade superior, no mínimo, 0,80m acima da cobertura do
banheiro, abertura esta que deve ser recoberta com tela para evitar a penetração de
animais e insetos;
- o interior da câmara de deposição seja mantido no escuro para evitar a
proliferação de insetos;
- para neutralizar o conteúdo da latrina seja colocada diariamente cal em
quantidade suficiente que cubra toda a superfície do material disposto;
- sejam desativadas e aterradas quando os resíduos atingirem uma
profundidade de 0,50m da tampa;
p) excepcionalmente, em obras com cronogramas inferiores a 90 dias, podem
ser instaladas fossas intermediárias;
q) ter todos os efluentes líquidos, gerados nos sistemas previstos destino
sanitário de acordo com as disponibilidades técnicas do local;
r) ter, principalmente nos casos de utilização de fossas sépticas ou
intermediárias inspeções e/ou limpezas periódicas para evitar o retorno dos
efluentes sólidos ou líquidos para os ralos, bacias sanitárias, etc.:
- no caso de utilização de latrinas devem ser realizadas inspeções criteriosas
para verificação da neutralização dos dejetos, bem como para evitar o seu
transbordamento.
25
2.5.1 Lavatórios
De acordo com a NR-18, Yazigi (p. 68, 2014) expõe que os lavatórios devem:
 ser individuais ou coletivos, tipo calha;
 ter torneira de metal ou de plástico;
 ter uma altura de 0,90m;
 ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;
 possuir revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
 possuir espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m, quando
coletivos;
 dispor de recipiente para coleta de papéis usados com tampa.
Em contrapartida a NBR- 12284, acrescenta mais informações aos lavatórios
no canteiro de obras: a calha fica 0,70m de distância entre torneiras como uma vaga
ou unidade; ser sifonados ou ligados a caixas sifonadas; possuir torneiras em cada
ponto de saída d’água a uma altura de 1,20m do piso; ser provido de material para
limpeza e secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.
2.5.2 Vaso sanitário
Neste item a concordância entre os pontos da NBR- 12284 e a NR-18, sobre
o local, devendo apresentar:
 área de 1,00m²;
 porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m de
altura;
 divisórias com altura mínima de 1,80m;
 os recipientes deverão ter tampa para depósito de papéis usados,
sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico.
Ora, Yazigi (2014), fala conforme as normas já citadas, que o vaso sanitário
deve conter:
 bacia tipo turca ou sinfonado;
 caixa de descarga ou válvula automática;
 deve ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de
sifões hidráulicos.
2.5.3 Mictórios
Em concordância ainda com a NR-18 e a NBR-12284, os mictórios devem:
 ser individuais ou coletivos, tipo calha;
26
 possuir revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
 possuir a descarga provocada ou automática;
 ter uma altura máxima de 0,50m do piso;
 ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com
interposição de sifões hidráulicos;
 mictório tipo calha deve ter espaçamento de 0,60m e corresponder a
um mictório tipo cuba.
2.5.4 Chuveiros
Segundo a NR-18,Yazigi (2014) fala que a área mínima necessária para
utilização de cada chuveiro é de 0,80m² (Figura 4), com altura de 2,10m do piso. Os
pisos onde são instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o
escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material
antiderrapante ou provido de estrados de madeira. Haverá um suporte para
sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. Os chuveiros
devem ser de metal ou plástico, individual ou coletivo, dispondo de água quente.
Embora a NBR12284 esteja em sua maior parte de acordo com a norma
citada acima em relação ao chuveiro, o item b e c se aprofundam mais sobre como
deve ser a repartição do chuveiro, não deixando meios para interpretações errôneas:
b) a área para utilização de cada chuveiro deve ter dimensões mínimas de
1,10m x 0,90m;
c) a área de chuveiros deve ter piso rebaixado de, no mínimo, 0,05m em
relação à área de circulação, com caimento para ralo ou canaleta de escoamento: a
canaleta com dimensões mínimas de 0,15m de largura por 0,l0m de profundidade,
junto à parede, deve conduzir o efluente de todos os chuveiros para os ralos; é
proibido o uso de estrados de madeira;
27
FIGURA 4 - Modelo de Chuveiro
Fonte: SESI (p.96, 2008).
2.6 Vestiários
Na compreensão de Yazigi (p. 96, 2014), todo o canteiro de obras deve
possuir vestiário (Figura 5) para troca de roupa dos trabalhadores que não residem
no local. A localização do mesmo deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada
da obra, sem ser próxima a cozinha. O mesmo expõe a NR-18 mostrando o que os
vestiários devem conter:
 paredes de alvenaria, madeira, ou material equivalente;
 pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
 cobertura que proteja contra as intempéries;
 área de ventilação correspondente a 1/10 de área do piso;
 iluminação natural ou artificial;
 armários individuais devem ter fechadura ou dispositivo com cadeado;
 pé direito mínimo de 2,50m, ou o que determina o Código de Obras
do Município da obra;
 devem ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e
limpeza;
 bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura
mínima de 30 cm.
28
FIGURA 5 - Modelo de vestiário
Fonte: SESI (p.95, 2008).
Além dos da NR- 18, a NBR- 12284 o vestiário deve estar o mais próximo
possível da entrada da obra e das instalações sanitárias, com o seu acesso
protegido das intempéries; não ter ligação reta, nem estar adjacente, ao local
destinado as refeições; ser independente para homens e mulheres, com
identificação nas portas; ter portas de acesso que impeçam o devassamento, com
dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m, situadas de modo a manter o resguardo
conveniente; ter cobertura resistente também ao fogo e que preserve o conforto
térmico no interior das edificações; e ter toda fiação elétrica protegida por
eletrodutos, com interruptores com à altura de 1,10m do piso acabado.
É preciso projetar o layout do canteiro tendo como parâmetro a melhor
alocação de materiais, equipamentos e espaços de vivência, de tal modo que
minimize os deslocamentos desnecessários assegurando também conforto e a
segurança dos trabalhadores. Souza (2013) em entrevista para a Revista Techne,
exemplifica a situação: "Se o vestiário, por exemplo, estiver próximo à entrada do
canteiro, será possível evitar que o operário caminhe por trechos da obra sem o
uniforme e os equipamentos de proteção corretos".
29
2.7 Alojamento
Morais (p. 403, 2012) diz, conforme a Norma Regulamentadora 18, que os
alojamentos dos canteiros de obras devem ter:
 paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
 piso de concreto, cimento, madeira ou material equivalente;
 cobertura que proteja contra intempéries;
 área de ventilação de, no mínimo, 1/10 da área do piso;
 iluminação natural ou artificial;
 área mínima de 3m² por módulo cama/armário, e área de circulação;
 pé direito com 2,50m para cama simples e de 3m para cama duplas;
 não podem ser alocados nos subsolos ou porões das edificações;
 todas instalações elétricas devem ser adequadamente protegidas.
A NBR- 12284 concordam com a norma acima, porem ainda prevê nos itens
b, c, g e j mais algumas particularidades que o alojamento deve ter afim de que a
parte física contribua para a proteção, conforto e segurança do trabalhador:
b) ter instalações sanitárias;
c) ter área mínima de 4,00m² por modulo (cama-beliche, armários, circulação)
- para o uso de cama simples, esta área pode ser reduzida em 30%;
- só é permitido o uso de madeiras compensadas, aglomeradas ou chapas
metálicas, quando formarem um sistema construtivo composto de, no mínimo, 0,l0m
de espessura, desde que sejam respeitadas todas as exigências desta seção;
Nota: A espessura de 0,l0 m pode ser reduzida, quando se garantirem
temperaturas internas de (23±3)°C.
g) ter portas com fechaduras para garantir a privacidade de seus usuários,
com dimensões mínimas de 0,70m x 2,10m;
j) ter janelas com esquadrias metálicas, de madeira ou outro material
equivalente, compostas de vidraça e folhas venezianas, que garantam
simultaneamente o escurecimento e a ventilação permanente do ambiente.
2.8 Refeitório
Morais (p. 404, 2012) afirma através da NR-18 que o refeitório (Figura 6) deve
ter :
 as paredes devem permitir o isolamento durante as refeições;
 possuir piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
 a cobertura deve ter proteção contra intempéries;
30
 possuir lugares que garantam o atendimento de todos os
trabalhadores no horário das refeições;
 possuir ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
 os lavatórios devem ser instalados em suas proximidades ou no seu
interior;
 as mesas devem ter tampos lisos e laváveis;
 os assentos devem ser em número suficiente para atender aos
usuários;
 possuir depósito, com tampa, para detritos;
 não pode estar situado em subsolos ou porões das edificações, e não
deve ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
 possuir pé direito mínimo de 2,80m, ou o que determina o Código de
Obras do município da obra.
Além disso a NBR-12284 determina que o refeitório deve ter:
 capacidade de acomodação para atender, de cada vez, no mínimo, a
metade do total de usuários e ser dimensionado na proporção de 1,00m²
por trabalhador ou fração;
 pé-direito mínimo de 3,00m;
 lavatório ligado a rede de esgoto ou fossas e provido de material de
limpeza para lavagem e secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas
coletivas;
 pia instalada em seu interior, ligada a rede de esgoto ou a fossa e
provida de material de limpeza, para lavagem dos utensílios;
 para cada 50 trabalhadores ou fração, um bebedouro de jato inclinado
com sistema de filtragem ou equipamento similar, com copo descartável,
proibindo-se o uso de copo coletivo;
 aquecedor elétrico (banho-maria ou estufa metálica) para
aquecimento de refeições trazidas pelo trabalhador;
 disposição final das águas servidas.
Martins (2013) no artigo “Espaços de vivência” publicada na Revista Techne,
relata que espaços como o refeitório e o alojamento seriam melhor que fosse um
espaço fixo e que não precisasse ser mudado durante a obra. A intenção ao fixá-los
em um só local durante toda a obra seria para diminuir o impacto de montar outro
alojamento ou refeitório.
31
FIGURA 6 - Modelo de refeitório
Fonte: SESI (2008, p.96).
2.9 Cozinha quando houver refeições
Yazigi (p.70, 2014) observador da NR-18 fala que a cozinha no canteiro de
obras deve:
 possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;
 o pé direito mínimo deve ter 2,80m ou que respeite o Código de
Obras do Município da obra;
 possuir paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material
equivalente;
 possuir piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil
limpeza;
 a cobertura deve ser construída com material resistente ao fogo;
 a iluminação deve ser natural ou artificial;
 possuir pia para lavar os alimentos e utensílios;
 ter instalações sanitárias afastadas da cozinha, de uso exclusivo dos
encarregados da manipulação de gêneros alimentícios, refeições e
utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura;
 possuir recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
 o equipamento de refrigeração deve ser adequado para preservação
dos alimentos;
 deve ser adjacente ao refeitório;
 possuir instalações elétricas adequadamente protegidas;
 quando utilizar gás liquefeito de petróleo (GLP) os botijões deverão
ser instalados fora do ambiente de utilização, em área permanentemente
ventilada e coberta.
Antes de expressar o que NBR-12284 acrescenta além das citadas acima
sobre a repartição cozinha; abro um parêntese para comentar sobre a logística do
32
canteiro, principalmente da instalação da cozinha que requer um sistema construtivo
adequado à segurança e conforto do trabalhador. Pensando nisso Martins (2013) no
artigo “Espaços de vivência” publicada na Revista Techne, chama a atenção das
empresas da construção civil, de que, antes de implantar ou fazer possíveis
manutenções deve-se ter um bom planejamento que não comprometa a
rentabilidade do empreendimento.
Na NBR- 12284 diverge e/ou acrescenta as seguintes letras do item 4.5
(cozinha):
a) ter pé-direito mínimo de 3,0m;
b) ter portas de acesso teladas com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m;
c) ter iluminação artificial que garanta um nível mínimo de iluminamento de
250 lux;
d) ter ventilação natural, através de aberturas para o exterior, com área
mínima de 50% da área de iluminação:
- as janelas devem ser envidraçadas e possuir esquadrias metálicas, de
madeira ou de outro material de resistência equivalente;
- as janelas e outras aberturas devem ser teladas;
e) ter captação por exaustão dos vapores e fumaças gerados no processo de
preparo dos alimentos; (esse item é desnecessário se as empresas que fornecerem
refeições prontas e preparadas externamente)
f) ter os trabalhadores que preparam e servem as refeições usando,
obrigatoriamente, aventais, gorros e botas impermeáveis;
Nota: No caso dos próprios trabalhadores prepararem suas refeições, deve
haver armários individuais, ventilados e com cadeado para guarda dos alimentos,
fogo geladeira e congelador, fornecidos pela empresa.
2.10 Lavanderia
Segundo a NR- 18, a lavanderia deve conter:
 local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que os
trabalhadores sejam alojados e possam lavar, secar e passar suas roupas
de uso pessoal.
 a empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao
disposto acima, sem ônus para o trabalhador.
 este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em
número adequado.
33
Em contra partida, temos no item 4.6 da NBR-12284 mais especificações
sobre as características de uma lavanderia dentro do canteiro de obras além das
citadas na norma acima.
a) possuir tanques para lavagem de roupas, resistentes, com revestimento
liso, impermeável e de fácil higienização, sendo proibida a instalação de tanques do
tipo coletivo;
b) atender a proporção de um tanque para cada grupo de 20 trabalhadores
alojados ou fração;
c) ter instalada uma torneira ligada à rede de abastecimento d’água para cada
tanque;
d) ser cobertos por material resistente também ao fogo, ter pisos de concreto,
cimento queimado ou material similar com acabamento antiderrapante;
e) possuir áreas de secagem cobertas e ao ar livre;
f) ter varais de “nylon”, metálicos ou de material similar nas áreas de secagem
de roupas, proibindo-se o uso de arames farpados ou fios elétricos e a sua
instalação dentro dos alojamentos;
g) possuir aparador para material de lavagem;
h) ter instaladas mesas para passar roupa, cobertas com tecido e tomadas
elétricas na proporção de uma para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, que
devem ser utilizadas exclusivamente para ferros elétricos:
- cada mesa deve ser provida de suporte metálico para apoio do ferro elétrico;
- não é permitido passar roupas dentro dos quartos;
2.11 Área de lazer
Para NR- 18 e a NBR-12284 a área de lazer devem ser: “locais para
recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições
para este fim”.
2.12 Almoxarifado da obra
Para Yazigi (p.72, 2014), o almoxarifado tem a responsabilidade de: controlar
a contagem do material entregue, a entrada e a saída do material e a saída do
34
material requisitado pelo pessoal da obra; guardar equipamentos de terceiros como,
por exemplo, as ferramentas de empregados, e sob cuidados de segurança guardar
os produtos tóxicos, infamáveis ou perigosos; alertar quando o estoque de alguns
materiais chega ao limite crítico e por fim armazenar de forma organizada o que lhe
for entregue.
Ainda conforme aquele autor, o almoxarifado será dividido em seções:
 Geral;
 De material elétrico;
 De material hidráulico;
 De esquadrias;
 De madeira(ferragens e ferramentas);
 De pintura.
Verifica-se que a geral, estoca-se: ferramentas de uso geral; material de
segurança do trabalho; material de uso geral, ou seja, cal, cimento e outros; e
material administrativo.
Segundo Loturco (2011) no artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada
na Revista Techne, o planejamento é fundamental e um fator decisivo na
produtividade de em qualquer tipo de obra, pois alinha os trabalhadores e matérias
ao auge da organização e segurança dentro do canteiro.
E pensando nisso, Yazigi (p.72, 2014) diz que a localização do almoxarifado
necessitará:
 Permitir fácil acesso do caminhão de entrega;
 Ter área para descarregamento de material;
 Localizar-se estrategicamente junto da obra, de tal modo que o
avanço da obra não impeça o abastecimento de materiais;
 Ser afastado dos limites do terreno pelo menos 2 m, evitando saída
descontroladas de material.
35
FIGURA 7 - Modelo de almoxarifado
Fonte: SESI (p.922008).
Loturco (2011) no artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada na Revista
Techne, afirma que quando não se dá atenção ao planejamento, prejudica a
produtividade, e que a falta da mesma, induz ao perigo tanto ao trabalhador quanto
ao material.
No artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada na Revista Techne faz
menção ao manual "Planejamento de canteiros de obras e gestão de processos", do
Programa de Tecnologia da Habitação (Habitare), os autores Tarcisio Abreu Saurin
e Carlos Torres Formoso norteiam sobre o planejamento do almoxarifado,
principalmente no que diz respeito à estocagem sob o olhar da evolução dos
trabalhos ao longo do tempo (idem).
Para dimensionar corretamente o almoxarifado é preciso considerar o porte
da obra e o nível de estoques, o que determina o volume de materiais e
equipamentos que será guardado. No caso de tubos de PVC, por exemplo,
é necessário que ao menos uma das dimensões da instalação tenha, no
mínimo, 6 m de comprimento (LOTURCO, 2011).
36
3 DISCUSÃO E RESULTADOS
3.1 Canteiro
O canteiro de obras , objeto de estudo, foi o do edifício do Centro de
Educação Infantil- CEI, na Rua Otacilio Alexandre, s/n , no bairro Bela Vista , Mauriti-
CE. O terreno tem área de 2.311,93m², e constará de 631,56m² de construção,e
uma área de recreação de 100,00m²; disponibilizará de 64 usuários por turno
(Manhã e Tarde), sendo 56 alunos nas salas de atividades, 08 no berçário e 9 na
sala de informática por turno (manhã e tarde). Vale dizer ainda que o órgão executor
do projeto do Estado do Ceará é a Prefeitura Municipal de Mauriti, localizada na Rua
Otávio Pimenta de Souza, s/n 1º e 2º andar.
O Centro de educação (figura 08) e entretenimento irá proporcionar
experiências de aprendizagem que promovem ações de solidariedade e
compromisso com a sociedade em seu conjunto através de jogos, imaginação e
atividades interativas. Além de prover uma identidade específica e completamente
distinta às unidades de ensino em questão.
FIGURA 8 - Fotografia da frente da obra CEI
Fonte: o autor (2017).
Muitas empresas da cidade de Mauriti-CE, relacionadas à construção civil,
omitem os programas de segurança e saúde do trabalhador, e os planejamentos que
37
induzem a gestão de segurança, advém da falta de conhecimento dos benefícios e
preconceito.
3.2 Quanto ao gerenciamento
A Prefeitura Municipal de Mauriti, órgão executor do edifício, desde o início
esteve de acordo e disposta a fornecer as informações necessárias para a
realização deste estudo de caso.
O canteiro de obras analisado, a primeira vista, era muito precário, pouco
conservado, com falhas na higiene e limpeza e segurança. Suas instalações do
canteiro compreendiam em: instalações sanitárias, cozinha, e almoxarifado (figura
9).
Não havia vestiário e nem refeitório, que são considerados espaços
primordiais de uma obra.
FIGURA 9 –cozinha-almoxarifado,escritório e banheiro
Fonte: O autor (2017).
Observou-se que a obra é desprovida de lavanderia e área de lazer. A obra
não continha alojamento e nem ambulatório, que no caso não é solicitado pela
norma. Vale dizer quem o pico máximo de pessoas trabalhando, incluindo os
terceirizados era de 20(vinte) trabalhadores.
38
Além disso, foi observado que havia desorganização na distribuição dos
espaços da locação das instalações provisórias.
Os tapumes foram colocados corretamente com a altura de 2,5m, com
apenas uma única entrada e saída de caminhões para descarregamento de
materiais.
Após análise das normas e da literatura, foram listados problemas, ligado
àquela obra, que devem ser vistos para o melhoramento da produtividade do
canteiro de obras, uma vez que a correta implantação das áreas de vivencia fornece
a obra uma natureza produtiva. A ferramenta gerencial continua PDCA é muito
eficaz dentro do canteiro de obras, podendo ajudar no controle de muitos dados e
informações sobre equipamentos, estoques e frentes de trabalho. As etapas que
compõe este ciclo são: Planejamento (P - Plan), Execução (D - Do), Verificação (C -
Check) e Atuação (A - Action).
Antes de planejar deverá ser observado o problema a ser resolvido dentro do
canteiro, analisando o fenômeno e descobrir as causas do problema. Na etapa de
planejamento deve-se idealizar o canteiro e projetar as ligações de água, energia
elétrica, esgoto e telefone; a localização e dimensionamento, das áreas de vivencia;
localização e dimensionamento, de áreas de armazenamento de materiais; as
licenças; localização e dimensionamento das áreas operacionais:
 dos equipamentos de transporte de materiais e pessoas, como: elevador de
pessoas tipo gaiola e grua.
 da central de concreto, betoneira, soldagem e corte, armação de ferro,
armação de forma e outras.
Na etapa de execução as seria feita a instalação dos equipamentos,
colocação adequada dos materiais, recrutamento de funcionários da segurança, o
estabelecimento da segurança e saúde ocupacional, e instalação/montagem da
estrutura administrativa, sempre respeitando a distancia de locomoção.
Na etapa de controle, faz necessária uma verificação do canteiro. Caso a
meta não tenha sido atingida deve-se retornar a fase de observação da etapa de
planejamento, analisar novamente o problema e elaborar um novo plano de ação.
Algumas coisas devem ser feitas dentro do canteiro, nessa etapa: controle de
pessoa; vistoria diária do uso de EPI’s; manutenção preventiva, corretiva, e controle
39
de custos; elaboração de relatórios para tomadas de decisões; administração de
contratos entre outras.
Na etapa de atuação corretiva acontecem as ações de acordo com o
resultado obtido. Para um bom funcionamento, é fundamental: manter a organização
e limpeza do canteiro; manter o bem estar entre os trabalhadores; prevenir e garantir
os índices estabelecidos contra acidentes e outros.
Se a meta foi conquistada, a atuação será de manutenção. Se a meta não foi
conquistada, a atuação será de agir sobre as causas que impediram o sucesso do
plano.
Cada item contempla características encontradas e estratégias de correções
para o gestor da obra aplicar:
3.2.1 Instalações Sanitárias
A instalação sanitária tinha as seguintes características: espaço geral do
banheiro 1 m x 1,5m; paredes de alvenaria não laváveis; porta de acesso com
dimensões 0,80m x 2,10m; pé direito 2,30m; um vaso sinfonado com tampa e com
caixa de descarga, ligado diretamente a rede de esgoto exposto a céu aberto; um
lavatório com altura de 0,90m; com cobertura resistente ao fogo; com ausência de
chuveiro e de ventilação.
Sugiro ampliar a instalação para no mínimo 1,20m x 1,90m; aplicar nas
paredes tinta óleo ou esmalte; com portas de acesso com dimensões mínimas de
1,20m x 2,l0m; com a opção de se ter iluminação natural com altura de 0,70m² ou a
artificial com iluminamento mínimo de 150lux; ter disposição final das águas
servidas, exceto as pluviais, ligadas à rede de esgoto ou a fossa séptica; ser
providos de papel higiênico instalado em dispositivo apropriado; por ter um valor
máximo de 20(vinte) trabalhadores na obra faz-se necessário a instalação de um
mictório e de dois chuveiros de metal ou de plástico, individual com área de 0,80m²
com suporte de sabonete e cabide para toalha cada, e o piso tem que ter caimento
que assegure o escoamento da água, e ser colocado azulejo antiderrapante.
40
3.2.2 Cozinha
A cozinha era caracterizada por ter somente um fogão industrial pequeno e ao
lado um botijão de gás, e um bebedouro, portas com dimensões 1,20m x 2,l0m,
iluminação natural/artificial, ventilação natural, o pé direito tinha 2,30m, parede de
alvenaria, piso de concreto, e uma pia.
Quando existe preparação de alimentos dentro do canteiro de obras, a Norma
prevê uma série de regras a ser seguida. Pensando nisso é orientado que aumente
o pé direito da cozinha para 2,80m; ter uma instalação sanitária afastada da cozinha,
de uso exclusivo dos encarregados; possuir recipiente, com tampa, para coleta de
lixo; ter equipamento de refrigeração; ser ao lado do refeitório; deve retirar o gás
liquefeito de petróleo (GLP) para ser instalado fora do ambiente de utilização, em
área permanentemente ventilada e coberta; e ter uma caixa de gordura para coleta
das águas servidas antes de sua disposição final.
3.2.3 Refeitório
No canteiro observado era inexistente essa repartição, e a instalações
presentes eram mal distribuídas. Sabe-se que no canteiro de obra é obrigatória a
existência de local adequado para refeições, ou respeitando-se o que determina o
Código de Obras do Município, da obra. Independentemente do número de
trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve
haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento
adequado e seguro para o aquecimento.
Como medida corretiva, confeccionar uma coberta com altura de 2,80m
permitindo a circulação de ar ,com capacidade de acomodação de 1,00m² para cada
trabalhador, com caimento de 30% evitando empoçamentos de água da chuva; tem
que fazer um piso cimentado; ter um lavatório ligado a rede de esgoto e dispor de
papel toalha; deter de um aquecedor de alimento; contar com um depósito, com
tampa, para detritos; e também a confecção de mesas com tampões lisos e laváveis,
e 20 assentos ou bancos que comportem 20 trabalhadores.
41
3.2.4 Almoxarifado
O almoxarifado existia em conjunto com a cozinha que armazenava cimento e
alguns materiais de instalações hidrossanitárias, arames e estruturas de aço. Com
localização próxima a entrada da obra detinha de dimensões 1,00m x 1,50m, não
comportava todos os materiais, a exemplo temos as ferragens e as madeiras.
Deve-se construir um local para acomodar de forma segura os matérias e
equipamentos, controlar a contagem do material entregue, a entrada e a saída do
material e a saída do material requisitado pelo pessoal da obra, a fim de se ter
produtividade pela organização do almoxarifado. Ser afastado dos limites do terreno
pelo menos 2m, evitando saída descontroladas de material. Alguns materiais exigem
a prática do primeiro a entrar é o primeiro a sair (PEPS), a finalidade de usar essa
ferramenta da estocagem é que os materiais antigos sejam usados primeiro,
evitando perca de materiais por validade, como exemplo temos o cimento. Para que
o método de certo se deve armazenar conforme a data de compra, os prazos de
validade e que o estoque tenha uma abertura para a entrada e outra para saída de
estrado.
3.3 Quanto à segurança do trabalho
Durante a jornada de trabalho, nas obras de construção civil existem vários
risco de acidentes e fatores do meio ambiente que podem causar desde lesões à
morte dos trabalhadores. A orientação, treinamento e prevenção sobre os riscos de
acidentes que as atividades provocam são essenciais para evitar acidentes.
Segundo a NR- 4 e NR-6 deve-se ter na obra um técnico de segurança da empresa,
a entrega dos EPIs e EPCs.
Consultar a NR-18 e a NBR-12284 a fim de atender as necessidades básicas
de conforto e segurança é uma forma real de reduzir acidentes. Investir no canteiro
de obras proporcionará qualidade de vida aos trabalhadores, na redução dos
afastamentos relativos à saúde e acidentes.
Em relação a Saúde e Segurança do Trabalho, o melhor investimento é o
material humano das empresas. Em razão disso, prevenir acidentes se tonar mais
fácil, pois os trabalhadores ficam mais instigados e valorizados, aumentando a
produtividade e a segurança.
42
A importância do planejamento do canteiro está justamente para a segurança
e produtividade dentro das obras. É fundamental ter-se em mente que não é
privilégio ter uma distribuição física útil, mesmo que seja simples, pois pode haver
custos maiores com a falta do mesmo.
Com o objetivo de entender um pouco mais sobre as atitudes a serem
tomadas dentro da Segurança do Trabalho foi dividido em 3 zonas:
 EPIs;
 Saúde Física e Mental e;
 Meio Ambiente ;
3.3.1 EPI’s
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do
trabalhador, evitando acidentes de trabalho e exposição a doenças ocupacionais. Os
requisitos de uso se da na seguinte forma: sempre transportar e usar o EPI da forma
correta; utilizar o EPI adequado para todos os ambientes com risco diferente.
Tem que haver uma compreensão da equipe de segurança do trabalho, em
canteiro de obras, que não basta disponibilizar qualquer EPI, precisam ter um
Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em
conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho.
Além disso, devem-se buscar sempre treinamentos, prevenção, vigilância e
aperfeiçoamento das técnicas de prevenção dos riscos.
3.3.2 Saúde Física e Mental
Deve-se atentar para o modo como é distribuído e organizado a rotina de
trabalho, e em não influenciar aos profissionais a serem multifuncionais, pois pode
ocasionar as lesões por esforços repetitivos, as doenças mentais entre outras.
A realização obrigatória de exames de admissão, de demissão, do retorno ao
trabalho (após afastamento igual ou superior a 30 dias) prevista na legislação
trabalhista de 8 de junho de 1978, regulamentada pela Portaria nº. 3214. Sabe-se
que a quantidade e os tipos de exames dependerão dos riscos ocupacionais, dos
riscos de acidentes, dos biológicos, dos químicos, e dos físicos e ergonômicos.
43
3.3.3 Meio Ambiente
Faz-se necessário verificar o ambiente de trabalho, no quesito organização. O
físico do canteiro de obra traz benefícios que geram reputação, mais produtividade e
segurança.
Dispor de melhor local para depósitos de materiais como areia, brita e ferro.
Percebe-se que será menor o desperdício, se o deslocamento do material for
menor.
Planejamento e investimentos mínimos no ambiente do canteiro de obras
podem afastar prejuízos.
44
4 CONCLUSÃO
Neste trabalho se determina a importância dos conhecimentos adquiridos
dentro da área de segurança no trabalho, principalmente da NBR-12284 e a NR18.
A segurança do trabalho veio como auxiliador para o progresso da indústria
da construção civil, contudo ela continua sendo negligenciada. Na obra em estudo,
percebe-se várias irregularidades perante as normas e trabalhos científicos,
referente à Segurança e Saúde do Trabalho na indústria da construção, porem pode
ser aplicado soluções com custos baixos para a empresa.
Ao longo do trabalho percebeu-se que a NR-18 foi uma vitória para toda
classe, em especial dos trabalhadores, por se tornar uma obrigatoriedade em seu
cumprimento, implantando áreas de vivência que possibilitem proteção, segurança e
bem estar.
A NBR-12284 é uma alternativa explicativa e esclarecedora das exigências da
NR- 18 que se refere às áreas de vivência, justificando, facilitando e avaliando
soluções mais cabíveis para cada tipo de canteiro de obra na hora da implantação .
Todavia também é a norma que mais se encontra lacunas dentro da construção civil.
Há de se falar que, quando as áreas de vivencias e a segurança no trabalho
são postos de lado, a fim de reduzir custos para obter lucro, acontece uma
significativa recessão aumentando consequentemente os riscos à saúde dos
trabalhadores, que oferece menor produtividade e maior custo.
Para considerar a importância do planejamento do canteiro juntamente com o
estudo de tempos e movimentos para a segurança e desenvolvimento das obras. É
importante ter em mente que não é privilégio ter uma distribuição física completa ou
simples e útil, pois pode ter custos inferiores no final do que de uma distribuição
deficiente que acarrete prejuízos ao trabalhador e a obra. Por sua vez, a atividade
de planejamento do canteiro de obras não consome muitas horas técnicas e os
benefícios são refletidos na qualidade de vida dos trabalhadores, na redução dos
afastamentos relativos à saúde e acidentes, não existindo, portanto, desculpas para
a sua não realização, já que os benefícios são maiores do que o custeio do mesmo.
Vale acrescentar que as contratações numerosas, com uma grande
porcentagem de trabalhadores de baixa escolaridade e altamente despreparadas
faz-se necessário a revisão contínua da legislação para fortalecer os pontos de
45
fragilidade. Para se ter um canteiro seguro, é necessário atender algumas diretrizes
e procedimentos de planejamento, muitos exibidos na NR-18 e a NBR-12284.
Conclui-se que a obra em questão possui falhas de ordem funcional e
administrativa, transbordando um canteiro com muitas falhas. A avaliação das
instalações provisórias, expõe a necessidade da introdução de conceitos como
PDCA além do atendimento às especificações da NR18 e a NBR-12284.
Referindo a movimentação dos trabalhadores, observa-se a falta de
planejamento do layout de maneira a diminuir distâncias e tempos na locomoção. O
diagnóstico sobre o almoxarifado mostra uma movimentação e
armazenamento/estocagem inadequado de alguns dos materiais observados
traduzindo em desconhecimento de conceitos modernos de gestão, como a exemplo
tem o da estocagem PEPS.
Nota-se uma falta singular no que se refere no atendimento a áreas de
vivencia, principalmente da NR-18 o que reproduz a maioria da realidade dos
canteiros da região que por não serem alvo de fiscalizações acabam depreciando o
atendimento a esta norma.
Sugere-se, para os trabalhos futuros realizar projetos de planejamento e
segurança de canteiro de obras nesta região, estudos de tempos e movimentos,
assim como as deficiências e capacidades desta obra.
Também se sugere fazer a aplicação das normas e ferramentas de
administração em obras que possam estar enfrentando algum transtorno
produtivo/funcional, como do caso levantado neste trabalho.
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Estudo comparativo entre NR-18 e NBR-12284

  • 1. UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL/ HAB. EM EDIFÍCIOS AMAURY FURTADO BRAGA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284 COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE JUAZEIRO DO NORTE - CE 2017
  • 2. AMAURY FURTADO BRAGA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284 COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Tecnologia da Construção Civil em Edifícios pela Universidade Regional do Cariri - URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo. Orientador: Prof. Esp. Samuel Bezerra Cordeiro JUAZEIRO DO NORTE - CE 2017
  • 3. AMAURY FURTADO BRAGA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NR - 18 E NBR - 12284 COMO PARÂMETRO NORMATIVO PARA CORREÇÃO DO LAYOUT E SEGURANÇA DO TRABALHO DA OBRA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI NA CIDADE DE MAURITI - CE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Tecnologia da Construção Civil em Edifícios pela Universidade Regional do Cariri - URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo. Aprovada em: _____/_____/_____ BANCA EXAMINADORA: __________________________________________________________ Prof. Esp. Samuel Bezerra Cordeiro Orientador __________________________________________________________ Prof. Esp. Dirceu Tavares Figueiredo Examinador 1 __________________________________________________________ Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho Examinador 2
  • 4. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Apresentação do ciclo PDCA................................................................ 15 Figura 2 - Layout de um canteiro de obras............................................................ 19 Figura 3 - Modelo de instalação sanitária............................................................. 23 Figura 4 - Modelo de chuveiro............................................................................... 27 Figura 5 - Modelo de vestiário............................................................................... 28 Figura 6 - Modelo de refeitório............................................................................... 31 Figura 7 - Modelo de almoxarifado........................................................................ 35 Figura 8 - Fotografia da frente da obra CEI........................................................... 36 Figura 9 - Cozinha-almoxarifado, escritório e banheiro......................................... 37
  • 5. RESUMO Os canteiros de obras devem ter como características principais a organização e limpeza. Diante da produtividade dentro do canteiro, a segurança e a saúde do trabalhador; que em sua maioria recebem uma atenção privilegiada, requerem ainda a dinâmica de planejar, orçar e elaborar os arranjos físicos dos canteiros afim de que fiquem com uma organização e segurança adequada para o desenvolvimento dos trabalhos. Tendo por objetivo avaliar a falta de planejamento de canteiro de obras, foi coletado dados de uma edificação do Centro de Educação Infantil- CEI, situada em Mauriti-Ce. Neste estudo de caso, após identificar e registrar dados locais, realizou sua análise equiparando as normas, guias didáticos referências bibliográficas. Os resultados demonstram que, a falta de concepção de um projeto adequado de canteiros de obras, bem como o controle no orçamento da mesma, levou esta obra a vulnerabilizar a segurança de seus trabalhadores, além de provocar perda na produtividade e desperdício de materiais. Palavras-chaves: Segurança. Planejamento. Layout. Canteiro de Obras. Áreas de Vivência.
  • 6. ABSTRACT The construction sites to have features, organization and cleanliness. Faced with productivity within the jobsite, worker safety and health; That their attention has a privileged attention, the need for a dynamic of planning, the elaboration and the elaboration of the physical arrangements of the beds. Aiming to evaluate the lack of construction site planning, data were collected from a construction of the CEI Child Education Center, located in Mauriti-Ce. The case study, to identify and record local data, performed its analysis as standards, didactic guides and authors. Results show large differences in the quantity, distribution and organization among the structures in the studied areas. This indicates that the lack of a construction site project, as well as its budget, has led this work to vulnerabilize a safety of its workers, in addition to causing loss of production and waste of materials. Keywords: Security. Planning. Layout. Construction site. Areas of Expertise.
  • 7. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8 1.1 Objetivos................................................................................................................... 9 1.1.1 Objetivo Geral..................................................................................................... 9 1.1.2 Objetivo Especifico............................................................................................. 9 1.2 Justificativa ............................................................................................................ 10 1.3 Metodologia ........................................................................................................... 11 2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................12 2.1 Segurança na Construção civil ............................................................................... 12 2.1.1 Índices de acidente........................................................................................... 13 2.2 Estudo de tempos de movimentos .......................................................................... 14 2.3 Ciclo PDCA............................................................................................................. 15 2.4 Canteiro de obras ................................................................................................... 17 2.4.1 Dimensionamento do canteiro de obras/NR 18XNBR 12284............................. 19 2.4.2 Dimensionamento de áreas de vivência/NR 18XNBR12284 ............................. 21 2.5 Instalação sanitária ................................................................................................. 22 2.5.1 Lavatórios ......................................................................................................... 25 2.5.2 Vaso sanitário ................................................................................................... 25 2.5.3 Mictórios............................................................................................................ 25 2.5.4 Chuveiros.......................................................................................................... 26 2.6 Vestiários................................................................................................................ 27 2.7 Alojamento.............................................................................................................. 29 2.8 Refeitório ................................................................................................................ 29 2.9 Cozinha quando houver refeições........................................................................... 31 2.10 Lavanderia ............................................................................................................ 32 2.11 Área de lazer......................................................................................................... 33 2.12 Almoxarifado da obra............................................................................................ 33 3 DISCUSÃO E RESULTADOS .......................................................................................... 36 3.1 Canteiro .................................................................................................................. 36 3.2 Quanto ao gerenciamento....................................................................................... 37 3.2.1 Instalações sanitárias........................................................................................ 39 3.2.2 Cozinha............................................................................................................. 40 3.2.3 Refeitório........................................................................................................... 40 3.2.4 Almoxarifado..................................................................................................... 41 3.3 Quanto à segurança no trabalho ............................................................................ 41 3.3.1 EPI’s ................................................................................................................. 42 3.3.2 Saúde física e mental........................................................................................ 42 3.3.3 Meio ambiente................................................................................................... 43 4 CONCLUSÃO................................................................................................................... 44
  • 9. 8 1 INTRODUÇÃO A NBR-12284/91(Áreas de Vivência em Canteiros de Obras) define o canteiro de obras como o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivências. A implantação da Norma Regulamentadora 18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção, trouxe uma nova perspectiva para as empresas afim de que houvesse em primeira instancia a segurança do trabalhador dentro da construção civil, e que para isso de fato existisse foram colocados uma serie de normas que mudaria os sistemas de produção e, isso inclui especificamente as organizações dos seus canteiros de obras desde o inicio até o fim da obra, implementando e modificando de acordo com a necessidade da obra, do consumidor e do trabalhador. A construção civil esta sempre buscando novas técnicas e tecnologias para uma produção eficaz, que possibilite ao trabalhador o bem estar e, consequentemente, uma produtividade maior. Observa-se que a problemática encontrada nesse campo é a falta de planejamento do canteiro de obras, que faz com que as construtoras reconsiderem cada vez mais o sistema de produção da empresa. Segundo Moraes (2012) em reunião realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirma que investir em qualidade de vida no trabalho aumenta a produtividade e traz retorno. Aliar segurança/bem estar com o lucro é a saída mais usada dentro do canteiro de obras por grande maioria das empresas da indústria da construção civil. Para ser possível essa união, tem-se que iniciar com quesitos necessários, definidos no Brasil pela NR-18 (Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção) e considerar também a Norma Brasileira, NBR-12284/91 da ABNT. Ferreira e Franco (1998, p.18) enfatiza que há quase duas décadas a legislação não foi assimilada pela completa classe profissional do setor, por motivos de interpretação e questionamentos a respeito da viabilidade técnica e econômica de algumas de suas exigências. Hoje percebesse que em sua grande maioria o quadro é o inverso, chegando a existir normas, programas e sistemas e incentivos que ajudam as empresas a terem uma organização no controle dos seus riscos e a melhorar o seu desempenho em relação à segurança.
  • 10. 9 Souza (2005, p.117), afirma que no canteiro de obras faz-se necessário instrumentos que proporcionem a contínua melhoria do processo de produção. O mesmo observa que não basta simplesmente implantar, mas deve-se ter um acompanhamento contínuo, modificando sempre que necessário, visando sempre a melhoria constante do canteiro de obras. Um dos instrumentos que visa a melhoria continua é o uso do ciclo PDCA. Atualmente, apesar das melhorias feitas na indústria da construção civil, problemas persistem como a falta de uma correta locação das áreas de vivencia e/ou espaços coletivos. Empresas sentem dificuldade do tempo ideal na execução da obra, outro quesito já citado é a produtividade do trabalhador, valendo-se muito o estudo de tempos e movimentos e aplicação das normas. Outro quesito já citado é o da produtividade do trabalhador, valendo-se muito o estudo de tempos e movimentos na aplicação de suas atividades. Para Silva e Almeida (2014, p.1) o método mais simples de realizar tais análises consistiu em observar uma parte do processo de trabalho, elaborando desenhos esquemáticos e descrevendo o deslocamento e a distância percorrida no transporte dos materiais. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Tem-se como objetivo geral deste trabalho fazer um estudo através de levantamento de dados quanto à organização de um canteiro de obras, na cidade de Mauriti – CE, fornecendo subsídios à melhoria das instalações provisórias diante dos dispositivos da NR-18 e da NBR-12284, de modo a mostrar os benefícios de tê-las e de locar corretamente, conforme coerência com as necessidades da obra. 1.1.2 Objetivos específicos I. Revisar bibliografias sobre segurança e planejamento no canteiro de obras; II. Verificar, avaliar, através da pontuação de falhas, a falta de planejamento e conformidade no canteiro de obras perante as normas do canteiro de obra estipulado, após visita técnica no canteiro de obras;
  • 11. 10 III. Expor a NR 18 e a NBR 12284 apresentando itens relacionados as áreas de vivencia. 1.2 Justificativa Há pelo menos duas décadas a triste realidade dos trabalhadores de um dos setores mais importantes para o desenvolvimento econômico e social, a construção civil, era marcada por acidentes como queda, soterramento, choque elétrico e acidente no transporte de cargas (PIRES, p.35, 2005) Com a necessidade de uma rápida execução nos processos de edificar, a preocupação demonstrada nas empresas pela segurança de seus trabalhadores pode passar de uma simples aparência. Segundo Santos e Farias Filho (1998) apud Brandili e Soares (2000), as empresas têm procurado investir na melhoria de seus processos de produção, frente às crescentes pressões do mercado. Diante da produtividade dentro do canteiro, a segurança e a saúde do trabalhador; a gerência da obra requer ainda a dinâmica de planejar, orçar e elaborar os arranjos físicos dos canteiros afim de que fiquem com uma organização e segurança adequada para o desenvolvimento dos trabalhos. A reformulação da NR-18 ao longo dos anos possibilitou que ela se tornasse não apenas um instrumento de gestão de segurança, saúde, higiene ocupacional e qualidade de vida para os trabalhadores da Indústria da Construção, mas a valorização, aplicação e implementação da norma nos canteiros de obras, possibilitando uma visão ideal que trouxe melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores e o aumento da produtividade. As áreas de vivência são responsáveis por garantir condições humanas favoráveis para o desenvolvimento do trabalho. Sua importância está diretamente ligado a diminuição de acidentes, uma vez que esta serve de meio para o desenvolvimento de boas condições físicas e psicológicas ao trabalhador. Por isto faz-se necessário colocar qualquer problemática neste setor como prioridade para rápida correção. Em vistas da precária situação que se encontrava a obra de objeto de estudo deste trabalho, fez-se necessário a análise das possíveis causas das desarmonias e apontando soluções cabíveis para que se dê bom curso do trabalhador quanto da construção.
  • 12. 11 1.3 Metodologia Primeiramente escolheu-se uma obra, da construção Centro de Educação Infantil- CEI, obra do Estado do Ceará, localizada no bairro bela vista, no município de Mauriti- Ce. O objeto de estudo, chamou a atenção pela sua magnitude por vários municípios do estado do Ceará, e ao mesmo tempo pela falta de correspondência a a alguns normas, em especifico a Nr-18 e a NBR- 12284. Após a escolha foi feito um levantamento dos espaços da referida obra. Como meio à avaliar a falta de planejamento de canteiro de obras, foi coletado dados qualitativos do Centro de Educação Infantil- CEI. O dados consistiam em analisar três aspectos: a. Instalações provisórias (local para refeições, vestiários, instalações sanitárias); b. Movimentação e armazenamento de materiais (armazenamento de cimento, armazenamento de tubos de PVC) e; c. Segurança no trabalho (sinalização de segurança, EPIs e etc). Foram analisados as instalações sanitárias, local de refeições, cozinha, e almoxarifado. A escolha destes compartimentos foi devido a existência precária dos mesmos na obra, e por serem quesitos mínimos e essenciais segundo a NR-18, já que é uma obra que abriga na maior parte do tempo 20 (vinte) trabalhadores e os mesmos não se alojam na obra. Após identificar e registrar os dados, será realizado uma análise comparativa entre a normas NR-18 e NBR- 12284, e outros trabalhos com a mesma linha de pensamento, como o do Yazigi (2014). Além das normas, o trabalho se estruturou com referencias bibliográficas de artigos, revistas, livros e monografias. Teve como coleta, a visita e levantamento da obra em caso.
  • 13. 12 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Segurança na construção civil Segundo Pires (2005), no artigo “NR-18: uma década de transformações” publicada na Revista Proteção, enfatiza que antes da introdução da Segurança do Trabalho, o cenário na construção civil era de total caos. Sua principal função após a implementação seria o de evitar alguns acidentes, como as quedas, soterramento, choque elétrico e acidentes no transporte. Lima (2014) apud Araújo (2010) comenta ainda que embora ao longo dos anos a segurança do trabalho tenha avançado, encontra-se ainda na indústria da construção civil a falta de segurança, saúde e conforto para o trabalhador. A construção civil está sempre buscando o entrelaçamento de qualidade na produção e execução nas obras (tentando agilizar a entrega das obras, mantendo a competitividade, conseguindo com menor custo, mas sem deixar de considerar a qualidade e o aumento da produtividade, onde as construtoras buscam eficiência no seu processo de produção). A problemática encontrada nesse campo é o de reconsiderar o sistema de produção das empresas da construção civil, com o alinhamento da segurança e do lucro. Quando se tem estabelecido a segurança do trabalho dentro da empresa observa-se uma notável redução de acidentes justamente por que a missão principal é a prevenção de acidentes laborais que afeta à integridade física e mental do trabalhador. Se estendendo mais nos benefícios encontrados na segurança do trabalho temos a garantia de credibilidade e compromisso da empresa; uma gestão produtiva de qualidade, pois haverão trabalhadores motivados para executar as atividades; e o trabalho preventivo provindo pela Segurança do Trabalho gera menos custos com ações judiciais, e afastamentos por acidentes de trabalho. Todavia, para que esses objetivos sejam alcançados é necessário a compreensão, tanto dos empregados quanto dos empregadores, sobre a importância da atuação da segurança, advertindo dos possíveis perigos e como evita-los no ambiente de trabalho. Controle este confirmado por (CHIAVENATO, 1989).
  • 14. 13 Importante mesmo talvez seja a menção da oportunidade de inserir segurança e saúde como um fator de produção. No entanto para isso há de se buscar primeiro um pouco mais de maturidade nas relações, ou seja, é bem possível que em algumas empresas já exista terreno propício a esta finalidade, mas com certeza na maioria delas não passaria de mais um penduricalho (PALASIO, 2003). 2.1.1 Índices de acidente A indústria da construção é lembrada em todo o mundo pelo seu poder de desenvolvimento produtivo de grande perigo pra o trabalhador. Segundo Sesi (p.13, 2015) as Estimativas da OIT para o ano de 2012, mostram que no mundo são 2,3 milhões de mortes a cada ano por agravos relacionados ao trabalho, são de enfermidades (2 milhões) e 300 mil de acidentes de trabalho (Takala et al., 2014) o que corresponde a 358 mil casos fatais. Segundo Lida (p.4, 2005), muitos acidentes na construção civil podem ser atribuídos ao erro humano ou ao fator humano, como já previsto por Farah (1993, p.28) que afirmava que a construção civil tem sido responsável por muitos acidentes no trabalho pelo fato de exigir que os trabalhadores se exponham a fatores de risco, tais como, calor, altura, ruídos e outros. Nas ultimas décadas, no Brasil percebeu-se um progresso na procura por melhores resultado na eficácia e na produção em vários setores produtivos da sociedade. Fato este, que somente granjear-se-á com a maior segurança no processo da obra. A este respeito, o item indispensável no ambiente de trabalho é o homem, pois qualquer subtração de sua eficácia trabalhista será capaz de causar a queda na produtividade nas diversas esferas de trabalho. Segundo dados do Ministério da Previdência Social - MPS, Anuário Estatístico da Previdência Social, AEPS e AEAT (2000 à 2012) a Quadro 1, mostra as estimativas do ano 2000 à 2012 ,número de mortes por acidente de trabalho, no geral, caíram de 2.879 em 2000, para 2.641 em 2006, tendo aumentado progressivamente a partir de então, até 2008, quando passou a variar, chegando a 2.938 casos em 2011, mas caindo para 2.731 em 2012(SESI, p.15, 2015,).
  • 15. 14 QUADRO 1 - Número de óbitos e coeficiente de mortalidade por AT (CM- AT/100.000) geral e na indústria da construção – IC em trabalhadores segurados, entre 2000 e 2012, no Brasil ANO TODOS OS RAMOS DE ATIVIDADE ECONOMICA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Nº. DE óbitos CM-AT/100.000 Nº. de óbitos CM-AT x100.00 (homens) Proporção IC/total% 2000 2.879 17,3 325 32,7 11,3 2001 2.623 13,0 382 32,2 14,6 2002 2.851 13,3 375 32,2 13,2 2003 2.553 11,7 226 20,8 8,9 2004 2.692 11,7 318 28,1 11,8 2005 2.620 10,7 307 25,7 11,7 2006 2.641 10,5 284 23,1 10,8 2007 2.643 9,7 319 21,3 12,1 2008 2.757 8,8 384 20,1 13,9 2009 2.560 7,6 407 27,1 15,9 2010 2.753 7,5 456 29,8 16,6 2011 2.938 7,4 471 16,7 16,0 2012 2.731 6,6 550 17,1 20,1 Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social (MPS). *Denominadores foram os números médios de vínculos por mês a cada ano de contribuintes empregados excluindo-se os não cobertos pelo seguro Risco dos Acidentes de Trabalho, RAT, como os servidores públicos, militares, empregos domésticos, dentre outros. 2.2 Estudo de tempos e movimentos Barboza (2016) diz que o maior segredo em relação aos custos, tempo, sistemas de movimentação e estocagem, e layout de canteiro é mesmo saber o instante correto de movimentar cada elemento, no que tange a movimentos eficazes vê-se cada vez mais a necessidade de estratégias aprimoradas de planejamento e execução. O planejamento, a programação, a organização e o cuidado a analisar cada variante vão fazer acontecer movimentação de materiais competente dentro do canteiro. O bom projeto de canteiro é aquele que minimiza a necessidade de movimentação de materiais, por exemplo, prevendo-se o transporte destes o mais possível diretamente para o local de sua utilização, evitando estocagens e movimentações intermediárias adicionais; otimiza o transporte necessário, seja
  • 16. 15 criando vias adequadas ou fazendo uso da ação da gravidade a seu favor ou reduzindo as distâncias a serem percorridas (SOUZA, 20161 ). Dantas (2011) confirma o fato mostrando que são muitos os fatores que trazem produtividade dentro da obra, mas o que se destaca dentre elas é o planejamento e a organização do canteiro de obras que mostram uma plena e eficaz movimentação. 2.3 Ciclo PDCA De acordo com Campos (1996 p.262), o ciclo PDCA é um meio de gerenciar processos ou sistemas. Sendo um percurso útil para culminar metas dentro da empresa. O ciclo ele representa uma ferramenta contínua, que se renova através dos 4(quatro) passos que retrata: P-“Plan”, planejar; D-“Do”, fazer ou agir; C-“Check”, checar ou verificar; e A-“Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma corretiva. FIGURA 1 - Apresentação do ciclo PDCA Fonte: Blog Inova em Gestão,2012. 1 Entrevista concedida por SOUZA, Acir ( 2016). Entrevista edição 236. Novembro [2016]. Entrevistador: Nathalia Barboza, São Paulo, 2016. A entrevista na integra foi retirada da Revista Techno.
  • 17. 16 Na fase PLAN do ciclo PDCA, todos os envolvidos com o ciclo devem buscar meios a fim de melhorar seus negócios, desenvolvendo assim metas para o funcionamento sistemático da melhoria contínua nesta fase (CLARK, 2001). Ahuja (1994, p.10) descreve a importância do módulo como o planejamento sendo a principal atividade do administrador. Planejar é estipular objetivos e, então, determinar programas e procedimentos para o alcance desses objetivos. É tomar decisões para o futuro, olhar mais adiante. Campos (1996) subdividem o módulo PLAN em cinco etapas para que o mesmo possa atender a todas as premissas expostas com relação à importância do planejamento dentro do contexto do ciclo. São as etapas:  Localizar o problema;  Estabelecer metas;  Análise do fenômeno;  Análise do processo;  Elaboração do plano de ação No passo DO (Mattos,2013,p.7) articula que deverá ser postos em prática, com organização, todos os objetivos e metas traçadas na etapa anterior que já devem estar devidamente formalizadas em um plano de ação. Segundo Campos (1996), a etapa CHECK, pode ser definido como item de gerenciamento. Campos (2001) exemplifica o controle em:  Qualidade: destinados à medição da qualidade dos produtos finais através de itens de controle como: número de reclamações, índice de refugo, pesquisa de satisfação, etc.;  Custo: destinados à medição do custo através de itens de controle como: custo unitário do produto.  Entrega: destinados à medição da entrega através de itens de controle como: índice de entregas fora do prazo para cada produto, índice de entrega em local errado, índice de entrega em quantidade errada.  Moral: destinados à medição do moral dos funcionários através de itens de controle como: turn-over dos funcionários, índice de absenteísmo, número de causas trabalhistas, número de atendimentos no posto médico, número de sugestões dadas.
  • 18. 17  Segurança: destinados à medição da segurança dos funcionários através de itens de controle como: número de acidentes em um período de tempo, índice de gravidade, etc. Para Mattos(2013,p.11) o módulo ACT é caracterizado pela padronização das ações executadas em DO, cujas eficácias já foram verificadas em CHECK. A ação de forma corretiva, segundo Souza (1997), consiste em elaborar um novo padrão ou alterar um já existente. A organização deverá esclarecer no padrão os itens fundamentais de sua estrutura, isto é, “o que” fazer, “quem” deverá executar a ação, “quando” a mesma deverá ser executada, “onde”, “como”, e principalmente “porque” tal ação será tomada. 2.4 Canteiro de obras Canteiro de obras, segundo a NR-18/95, é definido como: "Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra." Conforme a NBR-12284 da ABNT (1991), o conceito de canteiro de obras está definido como: "Áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência." Borges (p.30, 2009) Fala que foi a partir das definições das normas NR-18 e NBR 12284, que procurou-se incorporar os princípios mais importantes que devem ser observados no projeto do canteiro de obras, relativos à movimentação de materiais, ao projeto de produção, e às condições de trabalho, adotada a seguinte definição: O projeto do canteiro de obras é o serviço integrante do processo de construção, responsável pela definição do tamanho, forma e localização das áreas de trabalho, fixas e temporárias, e das vias de circulação, necessárias ao desenvolvimento das operações de apoio e execução, durante cada fase da obra, de forma integrada e evolutiva, de acordo com o projeto de produção do empreendimento, oferecendo condições de segurança, saúde e motivação aos trabalhadores e, execução racionalizada dos serviços. (FERREIRA, 1998). Para que haja uma melhor ambientação do canteiro Cordeiro (2017) enfatiza que os canteiros de obra não segue regra única de caracterização para o planejamento do layout. Existindo assim uma singularidade que aponta
  • 19. 18 características particulares. De uma forma geral, as características são apontadas por setores (SOUZA, p.12, 1997): Ligados à produção:  Central de argamassa;  Pátio de armação (corte, dobra e pré-montagem);  Central de formas;  Central de pré-montagem de instalações;  Central de esquadrias;  Central de pré-moldados. De apoio à produção Almoxarifado de ferramentas:  Almoxarifado de empreiteiros;  Estoque de areia, brita e blocos;  Estoques de cimentos e argamassa em sacos;  Estoque de tubos, conexões;  Estoque relativo ao elevador;  Estoque de esquadrias;  Estoque de tintas;  Estoque de metais;  Estoque de louças;  Estoque de barras de aço;  Estoques de compensado para fôrmas. De apoio técnico/administrativo:  Escritório do engenheiro e estagiários;  Sala de reunião;  Escritório do mestre e técnico;  Escritório administrativo  Recepção/guarita;  Chapeira de ponto. Áreas de vivência Alojamento:  Refeitório;  Ambulatório;  Sala de treinamento;  Área de lazer;  Instalações sanitárias;  Vestiário;
  • 20. 19 FIGURA 2 - Layout de um canteiro de obras Fonte: Kofler e Auroca, 2016 2 . O layout de canteiro de obras cada vez mais se desenvolve, principalmente em obras com terrenos relativamente curtos para abrigar o canteiro de obras. Loturco (2016) em artigo publicada na Revista Techne, confirma fato falando que na medida em que urbanização é um fenômeno muito forte no Brasil, trabalhar com terrenos menores é uma tendência. 2.4.1 Dimensionamento do canteiro de obras/NR 18x NBR12284 Atualmente muitas obras estão sendo executadas, e o que diferencia uma da outra são os parâmetros de qualidade, economia, produtividade e segurança. O estudo prévio dentro do canteiro de obras é substancial, uma vez que relaciona seus estudos ao melhoramento do fluxo de pessoas e materiais, da descarga de materiais, do espaço dos equipamentos, avanços eficazes em relação à rentabilidade e outros. A Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, divide-se da seguinte maneira: 18.1 - Objetivo e Campo de Aplicação 2 Retirado de material didático sobre canteiro de obras. Elaborado pela professora Dra. Monica Kofler e colaboração do professor Aldo Auroca.
  • 21. 20 18.2 - Comunicação Prévia 18.3-Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção PCMAT 18.4 - Áreas de Vivência 18.5 - Demolição 18.6 - Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 18.7 - Carpintaria 18.8 - Armações de Aço 18.9 - Estruturas de Concreto 18.10 - Estruturas Metálicas 18.11 - Operações de Soldagem e Corte a Quente 18.12 - Escadas, Rampas e Passarelas 18.13 - Medidas de Proteção contra Quedas de Altura 18.14 - Movimentação e transporte de materiais e pessoas 18.15 - Andaimes e Plataformas de Trabalho 18.16 - Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética 18.17 - Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos 18.18 - Telhados e Coberturas 18.19 - Serviços em Flutuantes 18.20 - Locais Confinados 18.21 - Instalações Elétricas 18.22 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas 18.23 - Equipamentos de Proteção Individual 18.24 - Armazenagem e Estocagem de Materiais 18.25 - Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores 18.26 - Proteção Contra Incêndio 18.27 - Sinalização de Segurança 18.28 - Treinamento 18.29 - Ordem e Limpeza 18.30 - Tapumes e Galerias 18.31 - Acidente Fatal 18.32 - Dados Estatísticos - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11 18.33 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da Construção 18.34 - Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção 18.35 - Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP 18.36 - Disposições Gerais 18.37 - Disposições Finais 18.38 - Disposições Transitórias 18.39 - Glossário Anexo I - Ficha de Análise de Acidente - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11 Anexo II - Resumo Estatístico Anual - Revogado pela Portaria SIT n.º 237/11 Anexo III - Plano de Cargas para Gruas Anexo IV - Plataformas de Trabalho Aéreo A Norma Brasileira Nº12284 - Áreas de Vivência em Canteiros de Obras, se dispõe como: 1 Objetivos 2 Documentos Complementares 3 Definições 3.1 Canterio de Obras 3.1.1 Áreas Operacionais 3.1.2 Áreas de Vivência 3.2 Bacia Sanitária
  • 22. 21 3.3 Caimento 3.4 Fossa Intermediária 3.5 Gabinete Sanitário 3.6 Lavatório 3.7 Latrina 3.8 Quarto 3.9 Sistema Construtivo Composto 4 Condições Gerais 4.1 Instalações Sanitárias 4.1.2.1 Lavatórios 4.1.2.2 Gabinetes Sanitários 4.1.2.3 Mictórios 4.1.2.4 Chuveiros 4.2 Vestiário 4.3 Alojamento 4.4 Refeitório 4.5 Cozinha 4.6 Lavanderia 4.7 Área de Lazer 4.8 Disposições Gerais FIGURA 1 FIGURA 2 ANEXO - Centrais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 2.4.2 Dimensionamento de áreas de vivência/ NR-18 X NBR 12284 A implantação da NR- 18 (Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção), incentiva as empresas a reconsiderarem os seus sistemas de produção e, as organizações dos seus canteiros de obras além de exigir que o arranjo físico inicial do canteiro de obras venha junto com as necessidades especifica de cada consumidor. Pensando nisso Martins (2013) no artigo “Espaços de vivência” publicada na Revista Techne, expõe dez dicas para planejar áreas de vivência: 1. Levantar dados sobre o dimensionamento da mão de obra. 2. Conhecer o cronograma de execução dos serviços. 3. Antes de decidir entre comprar ou alugar, avalie o tempo de duração da obra e a perspectiva de reutilização do alojamento em futuras construções. 4. Privilegie fornecedores que oferecem atendimento pós-venda e equipe de manutenção. 5. Ao comparar os alojamentos, avalie espessura das chapas utilizadas, resistência à corrosão (sistemas metálicos), pintura, conforto térmico, qualidade dos acabamentos e instalações elétricas e hidráulicas. 6. Quando o alojamento é adaptado a partir de contêineres de transporte de cargas, a construtora deve manter no canteiro o laudo técnico atestando a ausência de riscos químicos, biológicos e físicos aos usuários. 7. Antes da instalação, é necessário providenciar sistema de água, coleta de esgoto, instalações elétricas e nivelamento do terreno. 8. No caso de uso de contêineres, o equipamento deverá ser descarregado já em sua posição definitiva. 9. O projeto do alojamento deve abranger a arquitetura, a estrutura e os sistemas hidráulico e elétrico.
  • 23. 22 10. Escolher um local de fácil acesso e que não atrapalhe a produção e a circulação dentro do canteiro. A NBR-12284 esclarece que as áreas de vivencia preza essencialmente pela segurança e bem estar mantendo o trabalhador separado de área operacional, atendendo assim as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais. As áreas de vivência tem que dispor de: instalações sanitárias; vestiário; alojamento(*); local de refeições; cozinha(quando houver preparo de refeições); lavanderia(*); área de lazer(*); ambulatório(quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais operários). O cumprimento dos disposto nos itens assinalados com (*) é obrigatório nos canteiros onde houver trabalhadores alojados. As áreas de vivência terão de ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. Serão dedetizados preferencialmente a cada seis meses. Quando da utilização de instalações móveis de áreas de vivência, precisa ser previsto projeto alternativo que garanta os requisitos mínimos de conforto e higiene aqui estabelecidos (YAZIGI, p.67, 2014,). 2.5 Instalação sanitária Yazigi (idem) de acordo com a NR-18 relata que é um local ao atendimento as necessidades fisiológicas de excreção (Figura 3), devendo seguir as seguintes obrigações:  ser mantido em perfeito estado de conservação e higiene, desprovida de odores, em especial durante a jornada de trabalho;  ter portas de acesso que impeçam a entrada de outros funcionários a fim de garantir resguardo conveniente;  as paredes devem ser de material resistente e lavável, ou podem ser de madeira;  os pisos devem ser impermeáveis e laváveis com acabamento antiderrapante;  não podem ser localizados nas proximidades dos locais destinados às refeições;  homens e mulheres devem ser separados, quando necessário;  possuir ventilação e iluminação adequadas;  ter instalações elétricas adequadamente protegidas;  o pé direito mínimo deve ter 2,50m ou o que determina o Código de Obras do respectivo município;  localizar-se em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150m do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.
  • 24. 23 Ainda segundo a NR-18 a instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. FIGURA 3 - Modelo de Instalação Sanitária Fonte: SESI (2008, p.94). Percebe-se que a NBR - 12284 é um apoio enorme no quesito de clareza, chegando a caracterizar com eficiência as áreas de vivência. Embora concorde em muitos itens da NR-18, a mesma também diverge e/ou amplia, descrevendo de uma forma desenvolvida nos itens a, g, h, i, k, n, o, p, q, r: a) ser construídas na ocasião da instalação do próprio canteiro de obras; g) ter paredes até a altura mínima de 1,80m, proibindo-se o uso de qualquer tipo de madeira. Quando utilizada pintura, esta deve ser de cor clara com características equivalentes à tinta óleo ou esmalte; h) ter portas de acesso com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m, i) ter iluminação natural por aberturas com área mínima de l/10 da área do piso (sendo no mínimo de 0,70m²) e artificial que garanta um nível de iluminamento mínimo de 150 lux; k) ter cobertura resistente também ao fogo e que preserve o conforto térmico no interior das edificações e as proteja completamente das intempéries;
  • 25. 24 n) ter disposição final das águas servidas, exceto as pluviais, ligadas à rede de esgoto - na ausência desta rede devem ser construídas fossas sépticas, conforme estabelecido na NB-41; o) excepcionalmente, no caso de obras viárias, podem ser utilizadas latrinas: - a localização mantenha as seguintes distâncias mínimas: 1,80m acima do lençol freático; 5,00m das outras edificações; 15,00m de qualquer fonte d’água e sempre a jusante desta; - a câmara de disposição seja revestida de alvenaria ou de concreto, com tratamento impermeabilizante, se o lençol freático for próximo à superfície, impedindo a escavação da fossa seca; - seja instalada uma tubulação de respiro para ventilação de gases, que deve ser lisa internamente, de diâmetro minimo de 100,00mm, com altura que, saindo da fossa, projete sua extremidade superior, no mínimo, 0,80m acima da cobertura do banheiro, abertura esta que deve ser recoberta com tela para evitar a penetração de animais e insetos; - o interior da câmara de deposição seja mantido no escuro para evitar a proliferação de insetos; - para neutralizar o conteúdo da latrina seja colocada diariamente cal em quantidade suficiente que cubra toda a superfície do material disposto; - sejam desativadas e aterradas quando os resíduos atingirem uma profundidade de 0,50m da tampa; p) excepcionalmente, em obras com cronogramas inferiores a 90 dias, podem ser instaladas fossas intermediárias; q) ter todos os efluentes líquidos, gerados nos sistemas previstos destino sanitário de acordo com as disponibilidades técnicas do local; r) ter, principalmente nos casos de utilização de fossas sépticas ou intermediárias inspeções e/ou limpezas periódicas para evitar o retorno dos efluentes sólidos ou líquidos para os ralos, bacias sanitárias, etc.: - no caso de utilização de latrinas devem ser realizadas inspeções criteriosas para verificação da neutralização dos dejetos, bem como para evitar o seu transbordamento.
  • 26. 25 2.5.1 Lavatórios De acordo com a NR-18, Yazigi (p. 68, 2014) expõe que os lavatórios devem:  ser individuais ou coletivos, tipo calha;  ter torneira de metal ou de plástico;  ter uma altura de 0,90m;  ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;  possuir revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;  possuir espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m, quando coletivos;  dispor de recipiente para coleta de papéis usados com tampa. Em contrapartida a NBR- 12284, acrescenta mais informações aos lavatórios no canteiro de obras: a calha fica 0,70m de distância entre torneiras como uma vaga ou unidade; ser sifonados ou ligados a caixas sifonadas; possuir torneiras em cada ponto de saída d’água a uma altura de 1,20m do piso; ser provido de material para limpeza e secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas. 2.5.2 Vaso sanitário Neste item a concordância entre os pontos da NBR- 12284 e a NR-18, sobre o local, devendo apresentar:  área de 1,00m²;  porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m de altura;  divisórias com altura mínima de 1,80m;  os recipientes deverão ter tampa para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico. Ora, Yazigi (2014), fala conforme as normas já citadas, que o vaso sanitário deve conter:  bacia tipo turca ou sinfonado;  caixa de descarga ou válvula automática;  deve ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. 2.5.3 Mictórios Em concordância ainda com a NR-18 e a NBR-12284, os mictórios devem:  ser individuais ou coletivos, tipo calha;
  • 27. 26  possuir revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;  possuir a descarga provocada ou automática;  ter uma altura máxima de 0,50m do piso;  ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos;  mictório tipo calha deve ter espaçamento de 0,60m e corresponder a um mictório tipo cuba. 2.5.4 Chuveiros Segundo a NR-18,Yazigi (2014) fala que a área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m² (Figura 4), com altura de 2,10m do piso. Os pisos onde são instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira. Haverá um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individual ou coletivo, dispondo de água quente. Embora a NBR12284 esteja em sua maior parte de acordo com a norma citada acima em relação ao chuveiro, o item b e c se aprofundam mais sobre como deve ser a repartição do chuveiro, não deixando meios para interpretações errôneas: b) a área para utilização de cada chuveiro deve ter dimensões mínimas de 1,10m x 0,90m; c) a área de chuveiros deve ter piso rebaixado de, no mínimo, 0,05m em relação à área de circulação, com caimento para ralo ou canaleta de escoamento: a canaleta com dimensões mínimas de 0,15m de largura por 0,l0m de profundidade, junto à parede, deve conduzir o efluente de todos os chuveiros para os ralos; é proibido o uso de estrados de madeira;
  • 28. 27 FIGURA 4 - Modelo de Chuveiro Fonte: SESI (p.96, 2008). 2.6 Vestiários Na compreensão de Yazigi (p. 96, 2014), todo o canteiro de obras deve possuir vestiário (Figura 5) para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local. A localização do mesmo deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem ser próxima a cozinha. O mesmo expõe a NR-18 mostrando o que os vestiários devem conter:  paredes de alvenaria, madeira, ou material equivalente;  pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;  cobertura que proteja contra as intempéries;  área de ventilação correspondente a 1/10 de área do piso;  iluminação natural ou artificial;  armários individuais devem ter fechadura ou dispositivo com cadeado;  pé direito mínimo de 2,50m, ou o que determina o Código de Obras do Município da obra;  devem ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;  bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 30 cm.
  • 29. 28 FIGURA 5 - Modelo de vestiário Fonte: SESI (p.95, 2008). Além dos da NR- 18, a NBR- 12284 o vestiário deve estar o mais próximo possível da entrada da obra e das instalações sanitárias, com o seu acesso protegido das intempéries; não ter ligação reta, nem estar adjacente, ao local destinado as refeições; ser independente para homens e mulheres, com identificação nas portas; ter portas de acesso que impeçam o devassamento, com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m, situadas de modo a manter o resguardo conveniente; ter cobertura resistente também ao fogo e que preserve o conforto térmico no interior das edificações; e ter toda fiação elétrica protegida por eletrodutos, com interruptores com à altura de 1,10m do piso acabado. É preciso projetar o layout do canteiro tendo como parâmetro a melhor alocação de materiais, equipamentos e espaços de vivência, de tal modo que minimize os deslocamentos desnecessários assegurando também conforto e a segurança dos trabalhadores. Souza (2013) em entrevista para a Revista Techne, exemplifica a situação: "Se o vestiário, por exemplo, estiver próximo à entrada do canteiro, será possível evitar que o operário caminhe por trechos da obra sem o uniforme e os equipamentos de proteção corretos".
  • 30. 29 2.7 Alojamento Morais (p. 403, 2012) diz, conforme a Norma Regulamentadora 18, que os alojamentos dos canteiros de obras devem ter:  paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;  piso de concreto, cimento, madeira ou material equivalente;  cobertura que proteja contra intempéries;  área de ventilação de, no mínimo, 1/10 da área do piso;  iluminação natural ou artificial;  área mínima de 3m² por módulo cama/armário, e área de circulação;  pé direito com 2,50m para cama simples e de 3m para cama duplas;  não podem ser alocados nos subsolos ou porões das edificações;  todas instalações elétricas devem ser adequadamente protegidas. A NBR- 12284 concordam com a norma acima, porem ainda prevê nos itens b, c, g e j mais algumas particularidades que o alojamento deve ter afim de que a parte física contribua para a proteção, conforto e segurança do trabalhador: b) ter instalações sanitárias; c) ter área mínima de 4,00m² por modulo (cama-beliche, armários, circulação) - para o uso de cama simples, esta área pode ser reduzida em 30%; - só é permitido o uso de madeiras compensadas, aglomeradas ou chapas metálicas, quando formarem um sistema construtivo composto de, no mínimo, 0,l0m de espessura, desde que sejam respeitadas todas as exigências desta seção; Nota: A espessura de 0,l0 m pode ser reduzida, quando se garantirem temperaturas internas de (23±3)°C. g) ter portas com fechaduras para garantir a privacidade de seus usuários, com dimensões mínimas de 0,70m x 2,10m; j) ter janelas com esquadrias metálicas, de madeira ou outro material equivalente, compostas de vidraça e folhas venezianas, que garantam simultaneamente o escurecimento e a ventilação permanente do ambiente. 2.8 Refeitório Morais (p. 404, 2012) afirma através da NR-18 que o refeitório (Figura 6) deve ter :  as paredes devem permitir o isolamento durante as refeições;  possuir piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;  a cobertura deve ter proteção contra intempéries;
  • 31. 30  possuir lugares que garantam o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;  possuir ventilação e iluminação natural e/ou artificial;  os lavatórios devem ser instalados em suas proximidades ou no seu interior;  as mesas devem ter tampos lisos e laváveis;  os assentos devem ser em número suficiente para atender aos usuários;  possuir depósito, com tampa, para detritos;  não pode estar situado em subsolos ou porões das edificações, e não deve ter comunicação direta com as instalações sanitárias;  possuir pé direito mínimo de 2,80m, ou o que determina o Código de Obras do município da obra. Além disso a NBR-12284 determina que o refeitório deve ter:  capacidade de acomodação para atender, de cada vez, no mínimo, a metade do total de usuários e ser dimensionado na proporção de 1,00m² por trabalhador ou fração;  pé-direito mínimo de 3,00m;  lavatório ligado a rede de esgoto ou fossas e provido de material de limpeza para lavagem e secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas;  pia instalada em seu interior, ligada a rede de esgoto ou a fossa e provida de material de limpeza, para lavagem dos utensílios;  para cada 50 trabalhadores ou fração, um bebedouro de jato inclinado com sistema de filtragem ou equipamento similar, com copo descartável, proibindo-se o uso de copo coletivo;  aquecedor elétrico (banho-maria ou estufa metálica) para aquecimento de refeições trazidas pelo trabalhador;  disposição final das águas servidas. Martins (2013) no artigo “Espaços de vivência” publicada na Revista Techne, relata que espaços como o refeitório e o alojamento seriam melhor que fosse um espaço fixo e que não precisasse ser mudado durante a obra. A intenção ao fixá-los em um só local durante toda a obra seria para diminuir o impacto de montar outro alojamento ou refeitório.
  • 32. 31 FIGURA 6 - Modelo de refeitório Fonte: SESI (2008, p.96). 2.9 Cozinha quando houver refeições Yazigi (p.70, 2014) observador da NR-18 fala que a cozinha no canteiro de obras deve:  possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;  o pé direito mínimo deve ter 2,80m ou que respeite o Código de Obras do Município da obra;  possuir paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente;  possuir piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza;  a cobertura deve ser construída com material resistente ao fogo;  a iluminação deve ser natural ou artificial;  possuir pia para lavar os alimentos e utensílios;  ter instalações sanitárias afastadas da cozinha, de uso exclusivo dos encarregados da manipulação de gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura;  possuir recipiente, com tampa, para coleta de lixo;  o equipamento de refrigeração deve ser adequado para preservação dos alimentos;  deve ser adjacente ao refeitório;  possuir instalações elétricas adequadamente protegidas;  quando utilizar gás liquefeito de petróleo (GLP) os botijões deverão ser instalados fora do ambiente de utilização, em área permanentemente ventilada e coberta. Antes de expressar o que NBR-12284 acrescenta além das citadas acima sobre a repartição cozinha; abro um parêntese para comentar sobre a logística do
  • 33. 32 canteiro, principalmente da instalação da cozinha que requer um sistema construtivo adequado à segurança e conforto do trabalhador. Pensando nisso Martins (2013) no artigo “Espaços de vivência” publicada na Revista Techne, chama a atenção das empresas da construção civil, de que, antes de implantar ou fazer possíveis manutenções deve-se ter um bom planejamento que não comprometa a rentabilidade do empreendimento. Na NBR- 12284 diverge e/ou acrescenta as seguintes letras do item 4.5 (cozinha): a) ter pé-direito mínimo de 3,0m; b) ter portas de acesso teladas com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m; c) ter iluminação artificial que garanta um nível mínimo de iluminamento de 250 lux; d) ter ventilação natural, através de aberturas para o exterior, com área mínima de 50% da área de iluminação: - as janelas devem ser envidraçadas e possuir esquadrias metálicas, de madeira ou de outro material de resistência equivalente; - as janelas e outras aberturas devem ser teladas; e) ter captação por exaustão dos vapores e fumaças gerados no processo de preparo dos alimentos; (esse item é desnecessário se as empresas que fornecerem refeições prontas e preparadas externamente) f) ter os trabalhadores que preparam e servem as refeições usando, obrigatoriamente, aventais, gorros e botas impermeáveis; Nota: No caso dos próprios trabalhadores prepararem suas refeições, deve haver armários individuais, ventilados e com cadeado para guarda dos alimentos, fogo geladeira e congelador, fornecidos pela empresa. 2.10 Lavanderia Segundo a NR- 18, a lavanderia deve conter:  local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que os trabalhadores sejam alojados e possam lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal.  a empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto acima, sem ônus para o trabalhador.  este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado.
  • 34. 33 Em contra partida, temos no item 4.6 da NBR-12284 mais especificações sobre as características de uma lavanderia dentro do canteiro de obras além das citadas na norma acima. a) possuir tanques para lavagem de roupas, resistentes, com revestimento liso, impermeável e de fácil higienização, sendo proibida a instalação de tanques do tipo coletivo; b) atender a proporção de um tanque para cada grupo de 20 trabalhadores alojados ou fração; c) ter instalada uma torneira ligada à rede de abastecimento d’água para cada tanque; d) ser cobertos por material resistente também ao fogo, ter pisos de concreto, cimento queimado ou material similar com acabamento antiderrapante; e) possuir áreas de secagem cobertas e ao ar livre; f) ter varais de “nylon”, metálicos ou de material similar nas áreas de secagem de roupas, proibindo-se o uso de arames farpados ou fios elétricos e a sua instalação dentro dos alojamentos; g) possuir aparador para material de lavagem; h) ter instaladas mesas para passar roupa, cobertas com tecido e tomadas elétricas na proporção de uma para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, que devem ser utilizadas exclusivamente para ferros elétricos: - cada mesa deve ser provida de suporte metálico para apoio do ferro elétrico; - não é permitido passar roupas dentro dos quartos; 2.11 Área de lazer Para NR- 18 e a NBR-12284 a área de lazer devem ser: “locais para recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim”. 2.12 Almoxarifado da obra Para Yazigi (p.72, 2014), o almoxarifado tem a responsabilidade de: controlar a contagem do material entregue, a entrada e a saída do material e a saída do
  • 35. 34 material requisitado pelo pessoal da obra; guardar equipamentos de terceiros como, por exemplo, as ferramentas de empregados, e sob cuidados de segurança guardar os produtos tóxicos, infamáveis ou perigosos; alertar quando o estoque de alguns materiais chega ao limite crítico e por fim armazenar de forma organizada o que lhe for entregue. Ainda conforme aquele autor, o almoxarifado será dividido em seções:  Geral;  De material elétrico;  De material hidráulico;  De esquadrias;  De madeira(ferragens e ferramentas);  De pintura. Verifica-se que a geral, estoca-se: ferramentas de uso geral; material de segurança do trabalho; material de uso geral, ou seja, cal, cimento e outros; e material administrativo. Segundo Loturco (2011) no artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada na Revista Techne, o planejamento é fundamental e um fator decisivo na produtividade de em qualquer tipo de obra, pois alinha os trabalhadores e matérias ao auge da organização e segurança dentro do canteiro. E pensando nisso, Yazigi (p.72, 2014) diz que a localização do almoxarifado necessitará:  Permitir fácil acesso do caminhão de entrega;  Ter área para descarregamento de material;  Localizar-se estrategicamente junto da obra, de tal modo que o avanço da obra não impeça o abastecimento de materiais;  Ser afastado dos limites do terreno pelo menos 2 m, evitando saída descontroladas de material.
  • 36. 35 FIGURA 7 - Modelo de almoxarifado Fonte: SESI (p.922008). Loturco (2011) no artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada na Revista Techne, afirma que quando não se dá atenção ao planejamento, prejudica a produtividade, e que a falta da mesma, induz ao perigo tanto ao trabalhador quanto ao material. No artigo “Planejamento de Almoxarifado” publicada na Revista Techne faz menção ao manual "Planejamento de canteiros de obras e gestão de processos", do Programa de Tecnologia da Habitação (Habitare), os autores Tarcisio Abreu Saurin e Carlos Torres Formoso norteiam sobre o planejamento do almoxarifado, principalmente no que diz respeito à estocagem sob o olhar da evolução dos trabalhos ao longo do tempo (idem). Para dimensionar corretamente o almoxarifado é preciso considerar o porte da obra e o nível de estoques, o que determina o volume de materiais e equipamentos que será guardado. No caso de tubos de PVC, por exemplo, é necessário que ao menos uma das dimensões da instalação tenha, no mínimo, 6 m de comprimento (LOTURCO, 2011).
  • 37. 36 3 DISCUSÃO E RESULTADOS 3.1 Canteiro O canteiro de obras , objeto de estudo, foi o do edifício do Centro de Educação Infantil- CEI, na Rua Otacilio Alexandre, s/n , no bairro Bela Vista , Mauriti- CE. O terreno tem área de 2.311,93m², e constará de 631,56m² de construção,e uma área de recreação de 100,00m²; disponibilizará de 64 usuários por turno (Manhã e Tarde), sendo 56 alunos nas salas de atividades, 08 no berçário e 9 na sala de informática por turno (manhã e tarde). Vale dizer ainda que o órgão executor do projeto do Estado do Ceará é a Prefeitura Municipal de Mauriti, localizada na Rua Otávio Pimenta de Souza, s/n 1º e 2º andar. O Centro de educação (figura 08) e entretenimento irá proporcionar experiências de aprendizagem que promovem ações de solidariedade e compromisso com a sociedade em seu conjunto através de jogos, imaginação e atividades interativas. Além de prover uma identidade específica e completamente distinta às unidades de ensino em questão. FIGURA 8 - Fotografia da frente da obra CEI Fonte: o autor (2017). Muitas empresas da cidade de Mauriti-CE, relacionadas à construção civil, omitem os programas de segurança e saúde do trabalhador, e os planejamentos que
  • 38. 37 induzem a gestão de segurança, advém da falta de conhecimento dos benefícios e preconceito. 3.2 Quanto ao gerenciamento A Prefeitura Municipal de Mauriti, órgão executor do edifício, desde o início esteve de acordo e disposta a fornecer as informações necessárias para a realização deste estudo de caso. O canteiro de obras analisado, a primeira vista, era muito precário, pouco conservado, com falhas na higiene e limpeza e segurança. Suas instalações do canteiro compreendiam em: instalações sanitárias, cozinha, e almoxarifado (figura 9). Não havia vestiário e nem refeitório, que são considerados espaços primordiais de uma obra. FIGURA 9 –cozinha-almoxarifado,escritório e banheiro Fonte: O autor (2017). Observou-se que a obra é desprovida de lavanderia e área de lazer. A obra não continha alojamento e nem ambulatório, que no caso não é solicitado pela norma. Vale dizer quem o pico máximo de pessoas trabalhando, incluindo os terceirizados era de 20(vinte) trabalhadores.
  • 39. 38 Além disso, foi observado que havia desorganização na distribuição dos espaços da locação das instalações provisórias. Os tapumes foram colocados corretamente com a altura de 2,5m, com apenas uma única entrada e saída de caminhões para descarregamento de materiais. Após análise das normas e da literatura, foram listados problemas, ligado àquela obra, que devem ser vistos para o melhoramento da produtividade do canteiro de obras, uma vez que a correta implantação das áreas de vivencia fornece a obra uma natureza produtiva. A ferramenta gerencial continua PDCA é muito eficaz dentro do canteiro de obras, podendo ajudar no controle de muitos dados e informações sobre equipamentos, estoques e frentes de trabalho. As etapas que compõe este ciclo são: Planejamento (P - Plan), Execução (D - Do), Verificação (C - Check) e Atuação (A - Action). Antes de planejar deverá ser observado o problema a ser resolvido dentro do canteiro, analisando o fenômeno e descobrir as causas do problema. Na etapa de planejamento deve-se idealizar o canteiro e projetar as ligações de água, energia elétrica, esgoto e telefone; a localização e dimensionamento, das áreas de vivencia; localização e dimensionamento, de áreas de armazenamento de materiais; as licenças; localização e dimensionamento das áreas operacionais:  dos equipamentos de transporte de materiais e pessoas, como: elevador de pessoas tipo gaiola e grua.  da central de concreto, betoneira, soldagem e corte, armação de ferro, armação de forma e outras. Na etapa de execução as seria feita a instalação dos equipamentos, colocação adequada dos materiais, recrutamento de funcionários da segurança, o estabelecimento da segurança e saúde ocupacional, e instalação/montagem da estrutura administrativa, sempre respeitando a distancia de locomoção. Na etapa de controle, faz necessária uma verificação do canteiro. Caso a meta não tenha sido atingida deve-se retornar a fase de observação da etapa de planejamento, analisar novamente o problema e elaborar um novo plano de ação. Algumas coisas devem ser feitas dentro do canteiro, nessa etapa: controle de pessoa; vistoria diária do uso de EPI’s; manutenção preventiva, corretiva, e controle
  • 40. 39 de custos; elaboração de relatórios para tomadas de decisões; administração de contratos entre outras. Na etapa de atuação corretiva acontecem as ações de acordo com o resultado obtido. Para um bom funcionamento, é fundamental: manter a organização e limpeza do canteiro; manter o bem estar entre os trabalhadores; prevenir e garantir os índices estabelecidos contra acidentes e outros. Se a meta foi conquistada, a atuação será de manutenção. Se a meta não foi conquistada, a atuação será de agir sobre as causas que impediram o sucesso do plano. Cada item contempla características encontradas e estratégias de correções para o gestor da obra aplicar: 3.2.1 Instalações Sanitárias A instalação sanitária tinha as seguintes características: espaço geral do banheiro 1 m x 1,5m; paredes de alvenaria não laváveis; porta de acesso com dimensões 0,80m x 2,10m; pé direito 2,30m; um vaso sinfonado com tampa e com caixa de descarga, ligado diretamente a rede de esgoto exposto a céu aberto; um lavatório com altura de 0,90m; com cobertura resistente ao fogo; com ausência de chuveiro e de ventilação. Sugiro ampliar a instalação para no mínimo 1,20m x 1,90m; aplicar nas paredes tinta óleo ou esmalte; com portas de acesso com dimensões mínimas de 1,20m x 2,l0m; com a opção de se ter iluminação natural com altura de 0,70m² ou a artificial com iluminamento mínimo de 150lux; ter disposição final das águas servidas, exceto as pluviais, ligadas à rede de esgoto ou a fossa séptica; ser providos de papel higiênico instalado em dispositivo apropriado; por ter um valor máximo de 20(vinte) trabalhadores na obra faz-se necessário a instalação de um mictório e de dois chuveiros de metal ou de plástico, individual com área de 0,80m² com suporte de sabonete e cabide para toalha cada, e o piso tem que ter caimento que assegure o escoamento da água, e ser colocado azulejo antiderrapante.
  • 41. 40 3.2.2 Cozinha A cozinha era caracterizada por ter somente um fogão industrial pequeno e ao lado um botijão de gás, e um bebedouro, portas com dimensões 1,20m x 2,l0m, iluminação natural/artificial, ventilação natural, o pé direito tinha 2,30m, parede de alvenaria, piso de concreto, e uma pia. Quando existe preparação de alimentos dentro do canteiro de obras, a Norma prevê uma série de regras a ser seguida. Pensando nisso é orientado que aumente o pé direito da cozinha para 2,80m; ter uma instalação sanitária afastada da cozinha, de uso exclusivo dos encarregados; possuir recipiente, com tampa, para coleta de lixo; ter equipamento de refrigeração; ser ao lado do refeitório; deve retirar o gás liquefeito de petróleo (GLP) para ser instalado fora do ambiente de utilização, em área permanentemente ventilada e coberta; e ter uma caixa de gordura para coleta das águas servidas antes de sua disposição final. 3.2.3 Refeitório No canteiro observado era inexistente essa repartição, e a instalações presentes eram mal distribuídas. Sabe-se que no canteiro de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. Como medida corretiva, confeccionar uma coberta com altura de 2,80m permitindo a circulação de ar ,com capacidade de acomodação de 1,00m² para cada trabalhador, com caimento de 30% evitando empoçamentos de água da chuva; tem que fazer um piso cimentado; ter um lavatório ligado a rede de esgoto e dispor de papel toalha; deter de um aquecedor de alimento; contar com um depósito, com tampa, para detritos; e também a confecção de mesas com tampões lisos e laváveis, e 20 assentos ou bancos que comportem 20 trabalhadores.
  • 42. 41 3.2.4 Almoxarifado O almoxarifado existia em conjunto com a cozinha que armazenava cimento e alguns materiais de instalações hidrossanitárias, arames e estruturas de aço. Com localização próxima a entrada da obra detinha de dimensões 1,00m x 1,50m, não comportava todos os materiais, a exemplo temos as ferragens e as madeiras. Deve-se construir um local para acomodar de forma segura os matérias e equipamentos, controlar a contagem do material entregue, a entrada e a saída do material e a saída do material requisitado pelo pessoal da obra, a fim de se ter produtividade pela organização do almoxarifado. Ser afastado dos limites do terreno pelo menos 2m, evitando saída descontroladas de material. Alguns materiais exigem a prática do primeiro a entrar é o primeiro a sair (PEPS), a finalidade de usar essa ferramenta da estocagem é que os materiais antigos sejam usados primeiro, evitando perca de materiais por validade, como exemplo temos o cimento. Para que o método de certo se deve armazenar conforme a data de compra, os prazos de validade e que o estoque tenha uma abertura para a entrada e outra para saída de estrado. 3.3 Quanto à segurança do trabalho Durante a jornada de trabalho, nas obras de construção civil existem vários risco de acidentes e fatores do meio ambiente que podem causar desde lesões à morte dos trabalhadores. A orientação, treinamento e prevenção sobre os riscos de acidentes que as atividades provocam são essenciais para evitar acidentes. Segundo a NR- 4 e NR-6 deve-se ter na obra um técnico de segurança da empresa, a entrega dos EPIs e EPCs. Consultar a NR-18 e a NBR-12284 a fim de atender as necessidades básicas de conforto e segurança é uma forma real de reduzir acidentes. Investir no canteiro de obras proporcionará qualidade de vida aos trabalhadores, na redução dos afastamentos relativos à saúde e acidentes. Em relação a Saúde e Segurança do Trabalho, o melhor investimento é o material humano das empresas. Em razão disso, prevenir acidentes se tonar mais fácil, pois os trabalhadores ficam mais instigados e valorizados, aumentando a produtividade e a segurança.
  • 43. 42 A importância do planejamento do canteiro está justamente para a segurança e produtividade dentro das obras. É fundamental ter-se em mente que não é privilégio ter uma distribuição física útil, mesmo que seja simples, pois pode haver custos maiores com a falta do mesmo. Com o objetivo de entender um pouco mais sobre as atitudes a serem tomadas dentro da Segurança do Trabalho foi dividido em 3 zonas:  EPIs;  Saúde Física e Mental e;  Meio Ambiente ; 3.3.1 EPI’s O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando acidentes de trabalho e exposição a doenças ocupacionais. Os requisitos de uso se da na seguinte forma: sempre transportar e usar o EPI da forma correta; utilizar o EPI adequado para todos os ambientes com risco diferente. Tem que haver uma compreensão da equipe de segurança do trabalho, em canteiro de obras, que não basta disponibilizar qualquer EPI, precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho. Além disso, devem-se buscar sempre treinamentos, prevenção, vigilância e aperfeiçoamento das técnicas de prevenção dos riscos. 3.3.2 Saúde Física e Mental Deve-se atentar para o modo como é distribuído e organizado a rotina de trabalho, e em não influenciar aos profissionais a serem multifuncionais, pois pode ocasionar as lesões por esforços repetitivos, as doenças mentais entre outras. A realização obrigatória de exames de admissão, de demissão, do retorno ao trabalho (após afastamento igual ou superior a 30 dias) prevista na legislação trabalhista de 8 de junho de 1978, regulamentada pela Portaria nº. 3214. Sabe-se que a quantidade e os tipos de exames dependerão dos riscos ocupacionais, dos riscos de acidentes, dos biológicos, dos químicos, e dos físicos e ergonômicos.
  • 44. 43 3.3.3 Meio Ambiente Faz-se necessário verificar o ambiente de trabalho, no quesito organização. O físico do canteiro de obra traz benefícios que geram reputação, mais produtividade e segurança. Dispor de melhor local para depósitos de materiais como areia, brita e ferro. Percebe-se que será menor o desperdício, se o deslocamento do material for menor. Planejamento e investimentos mínimos no ambiente do canteiro de obras podem afastar prejuízos.
  • 45. 44 4 CONCLUSÃO Neste trabalho se determina a importância dos conhecimentos adquiridos dentro da área de segurança no trabalho, principalmente da NBR-12284 e a NR18. A segurança do trabalho veio como auxiliador para o progresso da indústria da construção civil, contudo ela continua sendo negligenciada. Na obra em estudo, percebe-se várias irregularidades perante as normas e trabalhos científicos, referente à Segurança e Saúde do Trabalho na indústria da construção, porem pode ser aplicado soluções com custos baixos para a empresa. Ao longo do trabalho percebeu-se que a NR-18 foi uma vitória para toda classe, em especial dos trabalhadores, por se tornar uma obrigatoriedade em seu cumprimento, implantando áreas de vivência que possibilitem proteção, segurança e bem estar. A NBR-12284 é uma alternativa explicativa e esclarecedora das exigências da NR- 18 que se refere às áreas de vivência, justificando, facilitando e avaliando soluções mais cabíveis para cada tipo de canteiro de obra na hora da implantação . Todavia também é a norma que mais se encontra lacunas dentro da construção civil. Há de se falar que, quando as áreas de vivencias e a segurança no trabalho são postos de lado, a fim de reduzir custos para obter lucro, acontece uma significativa recessão aumentando consequentemente os riscos à saúde dos trabalhadores, que oferece menor produtividade e maior custo. Para considerar a importância do planejamento do canteiro juntamente com o estudo de tempos e movimentos para a segurança e desenvolvimento das obras. É importante ter em mente que não é privilégio ter uma distribuição física completa ou simples e útil, pois pode ter custos inferiores no final do que de uma distribuição deficiente que acarrete prejuízos ao trabalhador e a obra. Por sua vez, a atividade de planejamento do canteiro de obras não consome muitas horas técnicas e os benefícios são refletidos na qualidade de vida dos trabalhadores, na redução dos afastamentos relativos à saúde e acidentes, não existindo, portanto, desculpas para a sua não realização, já que os benefícios são maiores do que o custeio do mesmo. Vale acrescentar que as contratações numerosas, com uma grande porcentagem de trabalhadores de baixa escolaridade e altamente despreparadas faz-se necessário a revisão contínua da legislação para fortalecer os pontos de
  • 46. 45 fragilidade. Para se ter um canteiro seguro, é necessário atender algumas diretrizes e procedimentos de planejamento, muitos exibidos na NR-18 e a NBR-12284. Conclui-se que a obra em questão possui falhas de ordem funcional e administrativa, transbordando um canteiro com muitas falhas. A avaliação das instalações provisórias, expõe a necessidade da introdução de conceitos como PDCA além do atendimento às especificações da NR18 e a NBR-12284. Referindo a movimentação dos trabalhadores, observa-se a falta de planejamento do layout de maneira a diminuir distâncias e tempos na locomoção. O diagnóstico sobre o almoxarifado mostra uma movimentação e armazenamento/estocagem inadequado de alguns dos materiais observados traduzindo em desconhecimento de conceitos modernos de gestão, como a exemplo tem o da estocagem PEPS. Nota-se uma falta singular no que se refere no atendimento a áreas de vivencia, principalmente da NR-18 o que reproduz a maioria da realidade dos canteiros da região que por não serem alvo de fiscalizações acabam depreciando o atendimento a esta norma. Sugere-se, para os trabalhos futuros realizar projetos de planejamento e segurança de canteiro de obras nesta região, estudos de tempos e movimentos, assim como as deficiências e capacidades desta obra. Também se sugere fazer a aplicação das normas e ferramentas de administração em obras que possam estar enfrentando algum transtorno produtivo/funcional, como do caso levantado neste trabalho.
  • 47. 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AHUJA, H. N. et al. Project Management: techiniques in planning and controlling construction projects. New York: John Willey & Sons, 1994. 505p. ARAÚJO, Wellington Tavares. Manual de Segurança do Trabalho. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2010, 457 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Áreas de vivência em canteiros de obras – NBR 12284. Rio de Janeiro, 1991. BARBOZA, Nathalia. Planejamento e análise criteriosa de variáveis determinam eficiência na movimentação de materiais no canteiro. Revista Techne, São Paulo, n. 236, nov./2016. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/236/ planejamento-e-analise-criteriosa-de-variaveis-determinam-eficiencia-na- movimentacao-375629-1.aspx >. Acesso em: 29 de abril de 2017. BLOG INOVA EM GESTÃO- Blog destinado a assuntos relacionados à Gestão de Projetos e Administração em geral. Natal, Rio Grande do Norte, 2012. Disponível em: < http://inovaemgestao.blogspot.com.br/2012/09/ciclo- pdca.html>. Acesso em: 14 de abril de 2017. BORGES, Marcus Vinicius Estrela, 2009 – NBR 12284/91 x NR 18/95: Estudo Comparativo dos Pontos Divergentes, Coincidentes e Complementares. (Monografia).Universidade Federal de Santa:2009, 80 p. BRANDI, L. L.; SOARES, J. C. Uma Abordagem ao lay-out de canteiros de obras situados na região Nordeste/RS, 2000. Disponível em:<http://www.abepro.org.br/ biblioteca/ENEGEP2000_E0115.PDF>. Acesso em: 15 abri.2017. CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2001. CAMPOS, V. F. Gerenciamento pelas diretrizes. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG,1996. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: 2.ª ed. Atlas, 1989. CORDEIRO, Samuel Bezerra, 2017- Concepção de check-list para melhoramento produtivo e de segurança do trabalho da central de argamassa de uma obra EM JUAZEIRO DO NORTE-CE. (Monografia). Universidade Regional do Cariri, Juazeiro: 2017, 52 p. DANTAS, José Diego Formiga, 2011 - Produtividade da mão de obra - Estudo de caso: métodos e tempos na indústria da construção civil no subsetor de edificações na cidade de João Pessoa- PB. (Monografia). Universidade Federal
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