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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DR. ARCHIMEDES LAMMOGLIA
CURSO DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA AEROPORTUÁRIA
ELISÂNGELA HALLTOFFE DOS SANTOS LIMA BATISTA
RELATÓRIO DE MODELAGEM DO PROCESSO INTERNO
DA CADEIA QUÍMICA COM ÊNFASE EM MUNIÇÃO
INDAIATUBA
2020
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DR. ARCHIMEDES LAMMOGLIA
CURSO DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA AEROPORTUÁRIA
ELISÂNGELA HALLTOFFE DOS SANTOS LIMA BATISTA
RELATÓRIO DE MODELAGEM DO PROCESSO INTERNO
DA CADEIA QUÍMICA COM ÊNFASE EM MUNIÇÃO
Trabalho de Graduação apresentado pela
aluna Elisangela Halltoffe dos Santos
Lima Batista, faz parte da avaliação da
disciplina do Trabalho de Graduação I
do Curso Superior de Tecnologia em
Logística Aeroportuária da Faculdade de
Tecnologia de Indaiatuba “Dr.
Archimedes Lammoglia”, elaborado sob
a Orientação do Prof.º Marcelo Carvalho
da Costa.
INDAIATUBA
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus e a todos os professores que me
ajudaram nesta trajetória, a minha família,
meu esposo Luiz Fernando e meus filhos
Luiza e Lucas, por sempre me incentivar a ir
em busca dos meus sonhos e objetivos e me
ajudarem no desenvolvimento desse trabalho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os professores e
orientadores, por me proporcionar o
conhecimento necessário para a realização
desse trabalho, aos meus familiares pelo
incentivo e a Deus pela saúde e força para
superar todos os obstáculos e dificuldades.
EPÍGRAFE
Não desista da pessoa que você está se tornando.
Evoluir leva tempo, mas vale a pena.
(Autor Desconhecido)
RESUMO
O setor abordado neste relatório é sobre a Cadeia Química, um mercado grande e com
uma gama gigantesca de produtos, porém o produto a ser utilizado será munição, o setor
de munições vem ganhando cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional,
faturando cerca de US$ 24 bilhões no ano de 2019. O objetivo do TG I (Trabalho de
Graduação) da Fatec de Indaiatuba é o estudo aprofundado do fluxo de processos
logísticos, que são divididos em quatro partes sendo Inbound, Interno, Armazenagem e
Outbound, no entanto o processo a ser desenvolvido neste relatório é o Interno, que trata
da produção da munição e também o transporte até o CD (Centro de Distribuição) da
QuimLog, além dos custos envolvidos em cada etapa e todos os aspectos legais que
envolvem a cadeia estudada, o que faz com que se tenha uma visão geral das leis e
decretos para o bom andamento do processo. A metodologia aplicada será o mapeamento
dos dados, modelagem do fluxo e análise do processo. Após a ilustração desse
procedimento pode-se verificar os pontos fracos e desperdícios do processo, para que
assim possa ser otimizado o processo Interno, além de aplicar os gastos do processo os
tramites legais de acordo com o exigido pela Cadeia Química, mas especificamente no
setor de munições.
Palavra-Chave: Processo. Munição. Cadeia química.
Abstract
The sector addressed in this report will be about the Chemical Chain, a large market with
a huge range of products, but the product to be used will be ammunition, the munitions
sector is gaining more and more space in the domestic and international market, making
about US$ 24 billion in the year 2019. The objective of the TG I (Graduation Work) of
Fatec de Indaiatuba is the in-depth study of the flow of logistic process, which are divided
into four parts being Inbound, Internal, Storage and Outbound, however the process to
be developed in this report will be the Internal, which will deal with the production of
ammunition and also the transport to the CD (Distribution Center) of QuimLog, in
addition to the costs involved in each stage and all legal aspects involving the chain
studied, which makes it have an overview of the laws and decrees for the smooth progress
of the process. The methodology applied will be data mapping, flow modeling and
process analysis. After the illustration of this procedure, one can verify the weaknesses
and waste of the process, which makes it possible to redirect or eliminate unnecessary
tasks, optimizing the internal process, avoiding expenses and applying the legal
procedures according to what is required by the Chemical Chain, but specifically in the
munitions sector.
Keyword: Internal process, ammunition, chemical chain, logistics.
Lista de Figuras
Figura 1: Ciclo da Gestão de Processos.............................................................. 16
Figura 2: Modelagem de Processos. ................................................................... 19
Figura 3: Perguntas para modelagem de Processos............................................ 20
Figura 4: Notações de Modelagem de Processos. .............................................. 21
Figura 5: Diferença entre BPM e BPMN. .......................................................... 22
Figura 6 - Swinlanes. .......................................................................................... 23
Figura 7: Eventos de Início................................................................................. 24
Figura 8: Eventos Intermediários........................................................................ 24
Figura 9: Eventos de Fim.................................................................................... 25
Figura 10: Atividades. ........................................................................................ 26
Figura 11: Atividades. ........................................................................................ 27
Figura 12: Decisões (Gateways)......................................................................... 27
Figura 13: Objetos de Conexão. ......................................................................... 28
Figura 14: Artefatos............................................................................................ 28
Figura 15: Exemplo de utilização da notação e simbologia BPMN................... 29
Figura 16: Plano Mestre de Produção................................................................. 31
Figura 17 - Munições de vários calibres............................................................. 33
Figura 18 - Lingote de chumbo/Ponta e Bobina de latão/Copinho de latão....... 34
Figura 19 - Estojos da munição. ......................................................................... 35
Figura 20: Fixação do Projetil no Estojo da Munição. ....................................... 36
Figura 21 - Teste balístico. ................................................................................. 37
Figura 22 - Tipos de embalagens........................................................................ 38
Figura 23 - Fluxo do Processo Interno ............................................................... 40
Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Custos................................................. 51
Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Aspectos Legais ................................. 56
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Custos Produtivos.............................................................................. 44
Tabela 2 – Custos do processo Logístico de Abastecimento.............................. 45
Tabela 3 - Custos Despesas Gerais..................................................................... 46
Tabela 4 - Direcionadores de Recursos .............................................................. 47
Tabela 5 - Contas Gerais..................................................................................... 47
Tabela 6 - Recursos Consumidos na programação, planejamento e controle de
produção ............................................................................................................. 48
Tabela 7 - Recursos Consumidos Movimentação .............................................. 48
Tabela 8 - Custo Programação, Planejamento e Controle de Produção e
Movimentação .................................................................................................... 48
Tabela 9 - Resultado do Exercício...................................................................... 49
Tabela 10 - Resultado Final do Exercício........................................................... 50
Lista de Anexos
Anexo 1 – Exemplo de CNPJ ............................................................................. 62
Anexo 2 - Exemplo de Alvará de Funcionamento.............................................. 63
Anexo 3 – Exemplo de Contrato Social (folha1)................................................ 64
Anexo 4 - Exemplo de Contrato Social (folha 2) ............................................... 65
Anexo 5 - Exemplo de Contrato Social (folha 3) ............................................... 66
Anexo 6 – Exemplo de Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro.... 67
Anexo 7 - Exemplo de Certificado de Licença de Funcionamento .................... 67
Anexo 8 - Exemplo de Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros ........... 68
Anexo 9 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 1)...................................... 70
Anexo 10 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 2).................................... 71
Anexo 11 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 3).................................... 72
Anexo 12 - Exemplo de Autorização para Fabricação. ...................................... 73
Anexo 13 – Exemplo de Requerimento para fabricação de Prototipo................ 74
Anexo 14 – Exemplo de Guia de Tráfego .......................................................... 75
Anexo 15 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 1). ................................ 76
Anexo 16 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 2). ................................ 77
Anexo 17 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 3). ................................ 78
Anexo 18 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 1)....................................... 79
Anexo 19 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 2)....................................... 80
Anexo 20 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 3)....................................... 81
SUMARIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................12
Fundamentação Teórica.......................................................................................14
1.1 Modelagem do Processo ....................................................................... 14
1.2 Notação BPMN..................................................................................... 20
1.3 Logística Interna ....................................................................................... 29
2 Fluxo de processo..........................................................................................33
3 Custos do processo ...........................................................................................41
4 Aspectos legais .................................................................................................52
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................57
REFERÊNCIAS ..................................................................................................59
ANEXOS .............................................................................................................62
RELATÓRIO DE PLÁGIO.................................................................................82
INTRODUÇÃO
A cadeia química no setor de munições é bem vasta, mas apesar disso o Brasil
possui somente uma fábrica que produz munições, sendo ela a CBC (Companhia
Brasileira de Cartuchos), seu faturamento no último ano de acordo com a folha de São
Paulo (2005) foi de aproximadamente US$ 24 bilhões, sendo 13% referente a venda para
o mercado civil e os outros 36% para instituições policiais e militares, porém menos de
50% do seu faturamento e a nível nacional, o que faz com que mais da metade de sua
produção anual seja exportada. As munições possuem vários tipos de calibre, pois existem
diferentes tipos de situações para seu uso, como contenção, abate, caça, esporte,
sinalização e até a defesa pessoal. Toda munição é composta de um estojo (cápsula) que
é um tubo oco, moldado a partir do copinho de latão ou metal, de acordo com o calibre,
com um propelente (pólvora) no seu interior, na sua parte aberta encontra-se preso o
projetil (ponta) e na sua base encontra-se a espoleta elemento de inicialização, esse tubo
é conhecido como estojo e tem a função de unir mecanicamente as outras partes do
cartucho, após a montagem completa do cartucho, o mesmo recebe uma aplicação de
verniz e betume para vedação completa, além de passar por vistorias de qualidade durante
todo o processo.
A escolha do produto munições se deu por conta de ser um tema que não é tão
explorado, porém bem interessante, esse setor possui grandes restrições de informações
devido a segurança que envolve o processo, sendo assim um desafio, mas também
gratificante pois a pesquisa envolve vários setores, como Exército Brasileiro, Policia
Federal e o próprio fabricante. Outro ponto importante é a relevância desse mercado no
âmbito nacional e internacional, o que amplia as possibilidades de exploração do trabalho
por se tratar de um mercado de alta competitividade econômica.
Para que exista uma gestão eficiente no fluxo de processo da cadeia Interna é
necessário o entendimento das atividades dessa operação e o desempenho em sua
execução. Com a metodologia a ser estudada, buscou-se reunir informações com o intuito
de determinar a situação problema estudada – Quais as implicações da modelagem de
processo por meio da notação BPMN aplicada a cadeia logística química, mais
especificamente no processo Interno da munição? Esse relatório parte da ideia de que um
processo modelado através da notação BPMN, pode contribuir para melhor entendimento
e conhecimento da cadeia química com foco em produtos controlados (munições),
oferecendo assim, a possibilidade de diagnosticar potenciais problemas e apontar
13
possíveis soluções. Esse relatório tem como seu objetivo geral modelar o processo
Interno por meio da notação BPMN, levantar os custos e aspectos legais do processo
modelado e verificar as contribuições e desenvolvimento da cadeia logística química e de
seu produto modelado – munições.
Para a realização deste relatório foram utilizadas pesquisa exploratória,
bibliográficas, visita técnica e entrevista. A pesquisa exploratória foi baseada em artigos,
publicações e teses para que fosse obtida uma melhor forma de entrar no deste relatório
de modo claro e objetivo, já a pesquisa bibliográfica realizada através de livros e artigos
sobre a modelagem de processos, notação BPMN e o processo Interno por último foi
realizado uma visita técnica na guarda civil de Indaiatuba, para conhecer o processo de
fabricação, carregamento e compra das munições e entrevista com o Supervisor de
Operações Logísticas da empresa CBC, que ofereceu informações sobre processos e sobre
custos.
Esse relatório faz parte de um todo que foi dividido em quatro partes (inbound,
interno, armazenagem e outbound), onde o mesmo tratara sobre o processo Interno, o
mesmo foi dividido em quatro tópicos, onde no primeiro tópico explica os conceitos das
ferramentas utilizadas para a modelagem do processo baseada em vários autores, e o tema
abordado. O segundo tópico abordará o fluxo do processo modelado, descrevendo toda a
operação com o máximo de detalhes existentes. O terceiro tópico apresentará o
levantamento de todos os custos logísticos envolvido na operação do processo Interno da
produção de munição e o transporte até o CD (Centro de Distribuição) da QuimLog. Por
fim, o quarto tópico abordara todos os documentos, normas, decretos, leis e contratos
necessários para que haja o funcionamento adequado dessa operação. Além da Integração
das matérias ministradas nesse semestre, como Gestão de Processo, Custos Logísticos,
Direito Empresarial e Inglês.
Fundamentação Teórica
1.1 Modelagem do Processo
Para iniciar esse trabalho, primeiramente iremos entender o conceito de processo,
que de acordo com Harman (2007, p. 45) o termo processo se define como: “sequência
contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com
certa regularidade”. Hamer e Champy (1994, p. 68) definem processos com um conjunto
de atividades que juntas produzem um resultado de valor para o consumidor. Já Smith &
Fingar (2003) reforçam a relação de processos com a coordenação do trabalho e definem
processos como um conjunto de atividades colaborativas, para a entrega de um produto
de qualidade ao consumidor.
Segundo Davenport (1994, p. 24), a definição de processo é simplesmente um
conjunto de atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar num produto
especificado para um determinado cliente ou mercado, com uma orientação baseada em
processos de negócios que envolve elementos de estrutura, fabricação, estoque,
distribuição e clientes. Ainda de acordo com Davenport, um processo é, portanto, uma
ordenação especifica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com começo, e um
fim, e inputs1 e outputs2 claramente identificados: uma estrutura para a ação.
De acordo coma as definições de Netto (2006, p. 101) processo é:
[...] simplesmente o modo como uma organização realiza seu trabalho – a série
de atividades que executa para atingir um dado objetivo para um cliente, seja
interno ou externo.
Com as definições coletadas, podemos dizer que processo é um conjunto de
atividades sequenciadas, com cronograma pré-estabelecido, com relação entre si e que
envolve todas as áreas de uma organização, com finalidade de atender e suprir as
necessidades da empresa e de seus clientes.
Todos os setores, dentro de uma organização faz parte de um processo, o objetivo
principal de um processo é agregar valor a um serviço ou mercadoria, esse objetivo pode
ser empregado tanto internamente ou externamente. A organização utiliza-se desse
1
Entrada
2
Saída
15
método para unir seus setores em um único fluxo de atividades, por isso a gestão desses
processos, se bem empregadas, resulta na obtenção dos melhores resultados. De acordo
com Porter (1980, p. 39), a organização deve se posicionar de forma estratégica, conhecer
seus processos e forma de execução, a fim de gerenciá-los para resultados satisfatórios.
Conforme Paim (2009, p. 82) a principal motivação para a gestão de processos
tem sido sua capacidade de contribuir para superar as limitações do modelo funcional de
organização do trabalho. O que garante que o seu desempenho seja aperfeiçoado de
acordo com a sua capacidade.
Cardoso (2009, p. 23), define a gestão de processos como sendo:
[...] De forma simples, pode-se dizer que, ao se internalizar a gestão de
processos, projetar o trabalho e pensar como ele pode ser melhor realizado
passa a ser parte do dia-a-dia das organizações.
De acordo com Clemente (2009, p. 19), melhorar processos é uma ação básica
para as organizações responderem as mudanças que ocorrem constantemente em seu
ambiente de atuação para manter o sistema produtivo competitivo. Para que se obtenha
bons resultados, os processos devem se adequar a realidade da organização, por isso o
conhecimentos das rotinas facilitará o gerenciamento, além de monitorar seu
desempenho, outro fator importante para o funcionamento adequado da organização e
fazer com que o fluxo organizacional seja entendido pelos seus colaboradores, para que
eles se sintam parte do sistema, para assim alcançarem seus objetivos de forma eficiente.
Uma síntese das definições propostas por Paim (2009, p. 57) é essencialmente para
relacionar processos com melhoria, controle e aprendizado.
A gestão de processo, beneficia em muito a organização além de trazer vantagens:
a) Redução de custos – reduzir os custos de forma permanente e geral, de
maneira coordenada e integrada, com procedimentos específicos, para
obtenção de eficiência e produtividade;
b) Eficiência - a eficiência consiste no ato de “fazer certo as coisas”;
c) Produtividade - é o resultado da capacidade de produzir, de gerar um
produto, associado ao desempenho eficiente dos processos;
d) Integração – consiste em tornar eficiente o desempenho de seus
colaboradores de forma integrada, onde uma função auxilia a outra;
e) Comunicação – aumento da comunicação entre setores, a fim de evitar
falhas, isso torna fundamental o funcionamento da organização.
16
O mecanismo da gestão de processos está relacionado à forma como os recursos
e as atividades estão projetadas, fazendo com que esses processos atinjam sua excelência
de forma eficaz. A gestão de processos é um ciclo que foi dividido em seis tópicos, a
seguir será descrito cada fase desse ciclo que são: Mapear, Modelar, Analisar, Desenhar,
Implementar e Medir.
Figura 1: Ciclo da Gestão de Processos.
Fonte: Gestão de Processos e Serviços, 2020, pg. 115.
a) Mapear – o mapeamento é a forma com que a organização utiliza para
entender de forma clara e simples o seu funcionamento, a partir desse
mapeamento é possível propor melhorias, pois são observados cada detalhe
do processo, por isso é necessário ter um profissional que participe do
processo, para que ele possa esclarecer as dúvidas, além disso a outras técnicas
que auxiliam essa fase, como: entrevistas, questionários, reuniões analise
documental, entre outras;
b) Modelar – a modelagem é a fase do processo em que são esquematizados os
processos utilizados, a modelagem é a representação gráfica dos processos que
foram mapeados, esse passo do projeto oferece uma visão geral do dia a dia
17
da organização, além de identificar os componentes, promove interação entre
os demais setores;
c) Analisar – a análise oferece uma visão atual dos processos, além de identificar
os problemas, falhas no contato com clientes, variações no processo,
gargalos3
, podendo assim ajuntar cada detalhe, a fim de melhorar o processo;
d) Desenhar – esta etapa do processo, consiste em desenvolver um novo
processo, com base no anterior, além de considerar as correções dos
problemas identificados, para que o esse processo se adeque as necessidades
atuais da organização;
e) Implementar – a implementação do novo processo pode ocorrer de duas
formas: progressiva - onde a implementação das mudanças vai sendo colocada
em prática de forma progressiva, ou brusca – onde a mudança ocorre de uma
vez, e impõe as mudanças propostas no novo processo;
f) Medir – esta fase realiza uma análise com base nos indicadores de
desempenho, tais como: tempo, custo, qualidade e capacidade, onde é possível
verificar se a implementação do novo sistema se deu de forma positiva ou
negativa.
Com o ciclo da gestão de processos conceituada, nota-se que o mesmo visa
compreender a estratégia organizacional como um todo, com foco e objetivo para
direcionar os processos que estão sendo executados, com um olhar voltado para a
continua melhoria e a qualidade de seus serviços ou produtos que são ofertados aos seus
clientes. Para que esses processos ofereçam resultados satisfatórios, esses processos
devem ser maleáveis, para que havendo necessidade de mudança, possa ser implementado
com facilidade, acompanhando as necessidades da organização e de cada setor. O ciclo
da gestão de processos possui seis etapas, porem será abordado no decorrer deste trabalho
apenas a modelagem de processos, para que se possa entender o processo atual, e
esquematizar todas as interações de setores da organização.
A definição do BPM CBOK (2013, p. 15), para a modelagem de processos é:
[...] o conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de
processos de negócios existentes ou propostos... O propósito da modelagem é
criar uma representação do processo de maneira completa e precisa de seu
funcionamento.
3
Restrição da capacidade que cria uma fila.
18
Modelagem de processos é a ferramenta básica para a execução dos processos
dentro das organizações. De acordo com Devenport (1994, p. 25) a modelagem pode
começar com a compra de matéria prima, recebimento do pedido, entrega do produto ao
cliente, entre outras, com essa modelagem se tem uma boa visualização dos resultados,
estabelecendo assim a otimização do processo, facilitando a identificação de gargalos e
pontos de deficiência, por isso a comunicação entre todos os departamentos da empresa
deve estar em harmonia para evitar qualquer tipo de falha durante a execução do processo.
Para modelar um processo são definidas tarefas e atividades, com início em algum
dos processos existentes dentro da empresa, são definidas também matérias primas,
produtos, procedimentos, além de determinar o tempo da operação, avaliar os custos e
documentação necessária, esses processos podem ser modelados em várias áreas na
empresa, como: serviços, produção, financeiro, etc. Conforme Bertaglia (2009, p. 54)
esses processos devem ser corretamente mapeados, para que possa ser modelado de forma
a otimizá-los.
De acordo com Júnior & Scucuglia (2011, p. 38), modelagem de processos trata
da representação gráfica do sequenciamento de atividades que representa de maneira clara
e objetiva, a estrutura e o funcionamento de um processo. A modelagem de processos é
uma ferramenta estratégica para a gestão, utilizada por gestores e analistas para
compreender, comunicar e otimizar os processos dentro da logística de uma organização
de pequeno, médio e grande porte. Com os conceitos citados, pode-se dizer que
modelagem de processos é uma visão dinâmica da maneira pela qual a organização
produz seus serviços ou bens, de acordo com informações coletadas.
19
Figura 2: Modelagem de Processos.
Fonte: Instituto de Computação UFF (aula 3), 2015, pg. 3.
Gerir a modelagem de processos é útil para qualquer tipo de organização, já que
a necessidade de coordenar deriva exatamente da própria ação de dividir e organizar o
trabalho em si, Paim, Cardoso, Caulliraux & Clemente (2009, p. 97), dizem que a
modelagem de processos possuem algumas atividades ou ações necessárias para o bom
andamento do processo, tais como:
a) Modelagem de processos apropriada;
b) Eliminar atividades desnecessárias;
c) Aperfeiçoamento de atividades;
d) Identificar e implementar melhorias;
e) Profissionais capacitados;
f) Racionalizar os controles;
g) Coleta de documentos;
h) Reduzir tempo de atividade;
i) Eliminar gargalos.
A modelagem de processos tem o objetivo de auxiliar na construção da
organização. Maranhão & Macieira (2004, p. 10), citam que essas atividades têm a
necessidade de ilustrar a estrutura de negócios através de perguntas simples para que se
possa identificar seu objetivo e assim estruturá-lo da melhor forma. Por isso deve-se fazer
20
estas seguintes perguntas: O que fazer? Como fazer?; Quando fazer?; Onde fazer?; Quem
vai fazer?; Por que fazer?.
Após todas essas perguntas respondidas, sua modelagem de processo, será
direcionada diretamente para suas atividades especificas.
Figura 3: Perguntas para modelagem de Processos.
Fonte: Oliver, 2010, p. 74.
Com a modelagem de processos conceituada e entendida, para o próximo tópico
utilizaremos a notação BPMN (Notação de modelagem de Processo de Negócio), para
dar continuidade neste trabalho, que será ilustrado pelo processo de Logística Interna
(logística de produção) de munições que está relacionado a cadeia química, do grupo
QuimLog Enterprise.
1.2 Notação BPMN
Para iniciar este tópico, primeiramente se dará o conceito de notação, de acordo
com o Dicionário Aurélio (1987), notação é a ação de indicar ou notar, de representar por
sinais convencionados, qualquer sistema de símbolos e abreviações que ajuda as pessoas
a trabalharem em um determinado assunto. Muitos campos como: música, matemática,
química etc. usam de notação para auxiliarem a exemplificar suas simbologias e
abreviaturas, alguns exemplos são: notação musical, notação algébrica, notação
cientifica, notação de processos entre outras.
21
Conforme a definição dada por BPM CBOK (2013, p.77 e 78) diz que:
[...] Notação é um conjunto padronizado de símbolos e regras que determinam
os significados de símbolos... Uma notação de modelagem de processos inclui
ícones (figuras) e conectores que ajudam a mostrar o relacionamento entre
diversos componentes.
A notação de modelagem, tem foco no desenvolvimento do processo, por isso o
detalhamento do processo tem que ter o máximo de particularidades, para que assim o
seu entendimento seja feito de forma didática e de fácil leitura. Falconi (2002, p. 52), diz
que a notação tem o objetivo de oferecer uma visão ampla e detalhada sobre determinado
assunto, para que se possa ajudar a organização com detalhes específicos do seu processo.
A notação, tem como base organogramas, manuais da organização e análise que é
realizada no dia a dia, para obter o melhor uso da informação e maior conhecimento dos
processos, em especial dos processos críticos. Este tipo de processo utiliza-se de
linguagem organizacional ou notação, tais como: BPMN (Business Process Model and
Notation) que será explorada no decorrer desse trabalho de forma geral, Fluxograma, EPC
(Event-driven Process Chain), UML (Unified Modeling Language), IDEF (Integrated
Definition Language), Value stream Mapping, entre outras.
Figura 4: Notações de Modelagem de Processos.
Fonte: CBOK BPM, 2009, p. 79.
22
A notação BPMN é utilizada para o mapeamento e a modelagem de processos. De
acordo com Amaral (2012, p. 59), a notação BPMN é como um Raio-X, que analisa todo
o processo de forma ampla, para que se possa fazer um diagnóstico geral e assim possa-
se fazer uma análise do desenho, para que seja elaborado um plano de ação para melhorar
seus processos.
Porém não se deve confundir notação BPMN4
com BPM5
, as duas sigla podem
ser bem parecidas, mas com significados diferentes, ex.: BPMN é a representação gráfica,
de linguagem, de forma e símbolos do fluxo de processo, em outras palavras essa notação
permite que você desenhe e conheça todas as tarefas operacionais de um negócio de forma
logica e sequencial. Já o BPM é uma disciplina de gestão que reúne objetivos e propósitos
de uma organização, para que se já implementado o BPM é feito uma analise a fim de
revisar os processos, para encontrar erros e melhorá-los.
Figura 5: Diferença entre BPM e BPMN.
Fonte: SML Brasil, 2020.
O BPMN é um sistema moderno, ágil e simples, que facilita a comunicação entre
setores, que se complementam no decorrer do processo. Pavani Junior (2011, p. 23), diz
que o objetivo é trabalhar com processos e subprocessos, para se obter um alinhamento
de informações, recursos e objetivos para que seu desempenho seja executado de forma
a alcançar seus objetivos. Por isso existem simbologias que descrevem as atividades do
processo.
Silver (2009, p. 42), utiliza-se do termo “Método e Estilo” e acrescenta:
4
Business Process Model and Notation
5
Business Process Management
23
[...] Para representar as características de um modelo de processo, essa notação
é aplicável para toda e qualquer modelagem. O mapeamento não se resume em
características técnicas de conhecimento.
A estrutura do BPMN utiliza-se de diagrama DPN6
que utiliza um recurso de fácil
utilização para a criação do processo, composta por símbolos que descreve as atividades
do fluxo do processo de forma simples e clara, com o máximo de detalhes, os recursos
são agrupados em: evento, decisão, piscina e raias e atividades, a seguir será detalhado
cada recurso.
a) Swimlanes - Piscina: representa o campo onde o processo será desenhado, já
as Raias: representa um subprocesso dentro do processo e utilizada para
descrever os setores ou áreas dentro da organização para o especificar cada
etapa do processo. A modelagem é movida de atividade para atividade
seguindo o fluxo na ordem de execução;
Figura 6 - Swinlanes.
Fonte: Bizagi, 2020.
b) Eventos – ao decorrer do processo, pode-se utilizar eventos que indicam:
início, intermediário e fim, sua representação gráfica se dá por forma de
círculos vazados, cada evento possui uma cor que o define, como: verde
(início), amarelo (intermediário) e vermelho (fim), com o andamento do
processo esses círculos podem aparecer com alguns desenhos em seu interior,
que podem ser utilizados para definir: tarefa, tempo, mensagem etc.;
6
Diagrama de Processo de Negócio.
24
Figura 7: Eventos de Início
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 28.
Figura 8: Eventos Intermediários.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 29.
25
Figura 9: Eventos de Fim.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 30.
c) Atividades – os recursos são uma representação da forma que a atividade será
realizada, eles também podem fazer parte de diferentes atividades: tarefas,
subprocesso e processos;
26
Figura 10: Atividades.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 31-32.
27
Figura 11: Atividades.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 32.
d) Decisões (gateways) – utilizado para definir o fluxo a ser seguido, pode ser
composto por sete indicadores, porém os mais utilizados são: Exclusivo:
atividades que necessitam de tomadas de decisões, ex. sim, não ou talvez, e
Paralelo: atividades que são executadas simultaneamente;
Figura 12: Decisões (Gateways).
Fonte: SML Brasil, 2020.
Os recursos utilizados pelo BPMN para a modelagem do processo necessitam de
conexões, para a indicação do fluxo, são três tipos utilizados, essas conexões tornam o
processo de mais fácil entendimento.
28
Figura 13: Objetos de Conexão.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 34.
Além das conexões, são utilizados artefatos, para auxiliarem com agrupamento de
atividades, informações de determinadas atividades, como informações sobre
documentação, informações adicionais, entre outras.
Figura 14: Artefatos.
Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 37.
A notação BPMN pode ser representada por um modelo simples ou complexo,
além de contribuir com a representação gráfica do processo dos fluxos de cada etapa do
processo, auxiliando na compreensão de todos os setores envolvidos, para um melhor
entendimento do processo será apresentado um fluxo com as simbologias BPMN.
29
Figura 15: Exemplo de utilização da notação e simbologia BPMN.
Fonte: BPM CBOK, 2009, p. 82.
Toda a simbologia BPMN dentro do processo apresenta uma finalidade de
utilização, para a fácil leitura e entendimento, para assim suprir todas as necessidades da
organização, além de poder ser melhorada durante a execução.
1.3 Logística Interna
Este trabalho tratará da logística interna e/ou logística de produção de munições
pertencente a cadeia química, no entanto o mesmo faz parte de um conjunto de quatro
partes, composto por: Logística Inbound – processo que trata da aquisição de matéria
prima, contato com fornecedores, entre outras; Logística Interna – processo de produção
que será abordado nesta fase do trabalho; Logística de Armazenagem – processo de
acondicionamento de produtos e por fim Logística Outbound – processo de distribuição.
A Logística Interna ou Logística de Produção segundo Bertaglia (2009, p. 128) é
um processo de confecção ou aperfeiçoamento de um produto para disponibiliza-lo para
o mercado consumidor, onde abrange todos os setores internos da empresa, esse processo
controla todo o fluxo de matéria prima que será utilizada dentro da fábrica, abastecendo
30
as linhas de produção e a expedição do produto acabado, além de controlar a matéria
prima, cuida da mão de obra especializada e auxilia nas informações do processo
produtivo. Nesta etapa se define o que será produzido, quanto, quando e onde produzir,
essa fase também conta com os responsáveis pela fabricação, como: engenheiros de
produção e designers de produto.
O processo de produção vem evoluindo ao longo dos anos e possui três fases:
a) Produção Artesanal: todo o processo é feito de forma manual, sem o
auxílio de máquinas;
b) Produção Industrial: o processo utiliza máquinas que auxiliam no
processo de produção, mas ainda necessita do trabalho manual;
c) Pós-Industrialização: todo o processo é feito por máquinas, sem trabalho
manual.
Alguns benefícios da logística de produção na operação:
a) Redução de custos;
b) Realocação de recursos;
c) Aumento de produtividade;
d) Aumento de qualidade;
e) Correção de falhas.
A produção se inicia pela demanda de mercado, qualidade dos produtos e quantidade
ofertada, através disso são definidos os processos que serão adotados pela empresa, para
produção das mercadorias, existe também os sistemas de produção, que são denominados
por:
a) Processos padronizados: produzidos em quantidade e uniformidade;
b) Processos sob medida: produzidos de acordo com as especificações do
cliente;
c) Processos contínuos: produzidos com alta uniformidade e automação do
processo de produção;
d) Processos em massa: produzidos em grande escala;
e) Processos em lotes: produzidos por demandas, com volume médio e
padronizado;
31
f) Processos por projetos: produzidos para atender necessidades especificas,
data específica de entrega;
De acordo com a metodologia Kamban, existe formas de melhorar as operações,
sendo possível reduzir custos, otimizar tempo e evitar GAP’s7 durante a operação, reduzir
assim o número de erros e de retrabalho, além de corrigir falhas sobre o processo, o que
proporciona mais agilidade na execução das atividades, onde a margem de lucro pode
aumentar de acordo com o melhoramento da produção. Tanto a área de produção, quanto
a de logística, quando aprimoradas, influenciam nos resultados uma da outra e faz com
que os índices cresçam com qualidade.
Para que se possa eliminar prejuízos e otimizar a produção, é necessário ter um
plano mestre de produção bem elaborado. Solana (1994, p. 136), expressa que a
otimização da linha de produção é uma necessidade para se evitar prejuízos e garantir a
lucratividade para as organizações. Essa etapa é fundamental no planejamento de
produção, por isso e necessário saber quais ordens de fabricação são mais importantes,
definição de prazos, utilização de mão de obra especializada, equipamentos, de forma a
otimizar a produção. A área responsável por esse processo é o PCP8, que nada mais é que
o departamento estratégico e tático do planejamento de produção.
Existe quatro etapas principais para o planejamento da produção, que se bem
definidos manterão a produção alinhada.
Figura 16: Plano Mestre de Produção.
Fonte: TECNICON Busines Suite, 2020.
7
Falhas, lacunas ou divergência na produção.
8
Planejamento e Controle de Produção.
32
a) Previsão de demanda (pedidos dos clientes) – é necessário fazer uma
previsão de demanda, para um determinado período, para que a
organização tenha uma base da quantidade a ser produzida;
b) Planejamento de capacidade de produção (previsões) – deve-se
determinar a capacidade da organização de médio a longo prazo, para
que se possa providenciar a aquisição da matéria prima para a
produção;
c) Planejamento da produção – planejar a produção a curto prazo, para
que se possa reservar recursos para produções mais relevantes;
d) Armazenagem (situação do estoque) – manter um estoque de
segurança, para eventuais necessidades, como: pedidos extras, falta de
matéria prima, atraso nas entregas ao CD9
, entre outras.
A logística interna nos dias de hoje e fundamental para o planejamento estratégico
das organizações, antes era vista somente como distribuição e transporte. Ballou (1999,
p. 31), diz que para se ter sucesso, todos os setores e processos devem estar alinhados. A
logística interna, não está ligada somente a produção, como também compreende vários
setores como: Sistema de automação, manuseio de matérias, equipamentos, embalagens
etc., ou seja, cuida de todos os fluxos para que os itens certos estejam no lugar certo, na
quantidade certa e na hora certa.
A ausência da logística interna, gera problemas na movimentação de matéria
prima que abastece as linhas de produção, o que torna o processo produtivo inviabilizado,
acarretando outros problemas em vários setores, como na distribuição física. O que exige
uma boa gestão da logística interna.
Martins (2000, p. 33), classifica a logística interna como:
[...] Tendo a função de controlar todos os tipos de fluxos e movimentações
existente na organização... a logística interna ordena de forma alinhada todos os
setores, para que os materiais certos estejam disponíveis na hora e local certo.
Conceituado o termo de logística interna ou logística de produção, e suas funções
de gerir de forma ordenada a organização de matéria prima e outros setores, no tempo certo
9
Centro de Distribuição.
33
e na quantidade certa, será feito uma modelagem de processo da cadeia química, que no
caso será a fabricação de munição.
2 Fluxo de processo
Para esta fase do trabalho será descrita o fluxo do processo interno, será
desenvolvido a partir das características de produção da munição, pertencente a cadeia
química, será detalhado todo o processo, desde o recebimento do material para
abastecimento da linha de produção até o despacho para o centro de distribuição da
QuimLog Enterprise. Vale ressaltar que por se tratar de um produto bélico, poucas
informações são divulgadas por motivos de segurança.
Figura 17 - Munições de vários calibres.
Fonte: Forças Aéreas Brasileiras (FAB).
O processo interno começa com o recebimento da matéria prima, vindo do
almoxarifado através de pedido para abastecimento da linha de produção, após o
recebimento e feita uma conferência para verificar se todos os componentes solicitados
foram encaminhados corretamente, caso esteja faltando algum componente e feito uma
nova solicitação da matéria prima para dar continuidade na produção, caso esteja tudo
correto, os componentes são enviados para a linha de produção. Todo o processo é feito
de forma automatizada, através de máquinas, após dado início a produção poucas vezes
34
terá contato humano. O primeiro passo é feito de forma simultânea, com a bobina de latão
sendo encaminhada para a máquina de corte e o lingote de chumbo indo para a máquina
de fundição com temperatura entre 560ºC à 760ºC, após o corte da bobina de latão as
peças serão moldadas, para assim virarem o copinho de latão de acordo com o calibre
desejado e o lingote de chumbo fundido sai em forma de fio, que também irá passar pela
máquina de corte para virar a ponta da munição de acordo com o calibre a ser fabricado,
após todas as pontas estarem cortadas, ela irá aguardar até a montagem da munição.
Figura 18 - Lingote de chumbo/Ponta e Bobina de latão/Copinho de latão
Fonte: CBC, 2018.
Com o copinho de latão moldado, encaminhar o mesmo para a prensa de
estiramento, onde o processo são de 240 batidas por minuto, ou seja, são 240 copinhos de
latão que se tornarão o corpo da munição, após a prensa de estiramento o corpo da
munição passa pelo recozimento, para que em seguida possa ir para a prensa de
modelagem e assim dar o formato correto ao corpo da munição, essa fase de modelagem
também são 240 batidas por minuto, ou seja, a cada minuto 240 estojos de munições estão
prontos para o primeiro controle de qualidade.
35
Figura 19 - Estojos da munição.
Fonte: CBC, 2018.
A primeira vistoria de qualidade é a única vez que o processo será feito de forma
manual, o restante do processo de fabricação será feito de forma mecânica, a vistoria é
feita uma a uma, caso não esteja dentro do padrão o estojo será descartado, se estiver nos
conformes passa para a próxima etapa, esta fase o estojo da munição passa pelo cozimento
da boca, para que possa mais para frente receber o restante dos componentes, após o
recozimento da boca o corpo da munição passa por mais um controle de qualidade, mas
de forma automática, através de fotos e comparativos com o protótipo original, se não
passar pelo controle de qualidade os estojos defeituosos são descartados, se estiver dentro
do padrão, a mesma passa para a próxima fase, para que se possa receber a espoleta, que
é colocada na base do corpo da munição, nessa etapa são espoleteadas 83 estojos por
minuto, após ser aplicada a espoleta é feita mais uma vistoria para conferencia da espoleta
e furo do evento10
, caso a conferencia não seja aprovada o estojo é descartado, se estiver
dentro dos parâmetros o corpo da munição passa para a fase de aplicação de verniz, que
garante a vedação da espoleta com o bolso da munição11
, a partir do verniz aplicado ao
estojo, o mesmo passa para a fase de montagem da munição, onde ela recebe a pólvora e
o projetil12
, após receber o restante dos componente a munição para a prensa para fixação
da projetil no estojo, vale ressaltar que a máquina está calibrada para a quantidade de
10
Pequeno furo na espoleta.
11
Local na base do estojo para colocar a espoleta.
12
Ponta da munição.
36
pólvora para cada tipo de munição, onde a mesma coloca a pólvora e pesa, antes de
mandar para a prensa.
Figura 20: Fixação do Projetil no Estojo da Munição.
Fonte: CBC, 2016.
A partir da fixação do projetil no estojo da munição, a mesma já em fase final
passa pela aplicação de betume para garantir a vedação da ponta no corpo da munição,
após a aplicação do betume a munição passa pelo controle de qualidade visual, onde se
encontra câmeras instaladas na própria máquina que verifica diâmetro e comprimento do
cartucho, se não estiver dentro do padrão as munições são descartadas pela própria
máquina, se estiver de acordo com os padrões de qualidade ela passa para a fase de
gravação a laser, onde a munição receberá em sua base o calibre da munição e o
fabricante, assim que recebe a marcação a laser a munição passa por mais um controle de
qualidade antes de ser embalada, se não estiver dentro dos padrões a munição é
descartada. Antes do processo de embalagem uma quantidade de munições são separadas
para passar pelo teste balístico para o controle de qualidade final no produto, o teste
balístico serve para averiguar a velocidade do projetil, pressão, tempo de ação, tudo isso
de acordo com as normas nacionais e internacionais para munições projetadas, além disso
os testes são feitos em temperaturas extremas, são testadas em frio extremo que chega a
-54ºC, temperatura ambiente em torno de 21ºC e calor intenso de 52ºC, para que a
munição possa suportar qualquer temperatura sem apresentar danos aos usuários das
munições, se apresentar defeito como a não deflagração ou explosão do cartucho o lote
37
inteiro é descartado, caso esteja tudo dentro das conformidades o lote passa para a fase
de embalagem, por ser um produto extremamente perigoso o controle de qualidade é bem
rigoroso.
Figura 21 - Teste balístico.
Fonte: CBC, 2016.
Se o lote passar pelo controle de qualidade as munições passam para a fase de
embalagem, onde irá receber três tipos de embalagens e suas respectivas etiquetas de
identificação. A primeira embalagem é o Blister plástico que recebe dez (10) munições,
após a vedação do blister ele recebe a etiqueta de identificação com o calibre da munição,
selo do INMETRO, lote, data de validade etc., após ser feito o processo de embalagem e
identificação, o mesmo passa por um processo de vistoria, para averiguar se a embalagem
não está danificada e se todas as informações estão corretas, esse controle de qualidade é
feito de forma mecânica, com câmeras instaladas na própria máquina, caso aja algum
problema a máquina desvio o produto embalado para a vistoria manual ou para que o
produto seja desembalado e retorne para ser embalado novamente, se estiver tudo correto
passa-se para a próxima embalagem, esse processo de vistoria e feito durante as três
embalagem, para que o produto final esteja em perfeitas condições para ser entregue ao
cliente final , a embalagem secundaria é um estojo de papel para unitização do blister,
esse estojo é composto por cinco (5) blísteres, totalizando 50 munições, após a unitização
esse estojo também recebe a etiqueta de identificação com as respectivas informações,
como: calibre da munição, quantidade, peso e demais informações, a terceira embalagem
e a caixa de papelão que recebe 20 estojos, totalizando mil munições, após toda munição
38
acomodada na caixa, a mesma recebe a etiqueta de informações, com os seguintes dados:
etiquetas de manuseio, logomarca da empresa, simbologia de risco, e todas as
informações necessárias para o transporte.
Figura 22 - Tipos de embalagens.
Fonte: Grupo QuimLog Enterprise (Fatec Indaiatuba), 2019.
Assim que a carga termina de ser embalada ela seguira para a expedição, o setor
de expedição também é responsável pelo recebimento do pedido o cliente, para que a
carga seja preparada de acordos com o pedido, após o recebimento do pedido a
mercadoria é separada e feita toda a parte de documentação necessária para a saída de
mercadoria da fábrica, após feito a separação da carga é verificada para certificar se está
tudo correto, caso o pedido esteja divergente com carga é solicitado que seja feito a
correção, se estiver tudo de acordo a carga será paletizada e strechada para evitar que o
pedido se movimente durante o transporte. Com os produtos embalados e paletizados eles
seguirão para o centro de distribuição da QuimLog Enterprise, para isso a emissão de
alguns documentos é necessário, como: nota fiscal da mercadoria, guia de trafego (vide
anexo 14), conhecimento de transito, ficha de emergência, entre outros, após a emissão
dos documentos a carga é conferida, caso não esteja correta é necessário a emissão de
uma nova nota fiscal contendo a quantidade correta de mercadoria caso esteja tudo certo
ou seja feita uma nova documentação, a carga é acondicionada no caminhão (vide anexo
39
15, 16 e 17 sobre contrato de prestação de transporte), e o mesmo é lacrado, mas para que
a mercadoria siga seu destino, é necessário acionar a escolta armada (vide anexo 18,19 e
20 sobre o contrato de escolta) e aguardar a verificação do perímetro, após a verificação
o caminhão é liberado pela portaria e segue para o CD da QuimLog sempre acompanhado
pela escolta, para que não aja reconhecimento do tipo de carga transportada o caminhão
não tem identificação da carga, somente dos componentes, que no caso é explosivo, e a
escolta armada também não tem identificação acompanha a carga à paisana, mantendo
uma certa distância para não chamar atenção, mas prestando sempre os devidos cuidados
para não perder o caminhão de vista.
40
Figura 23 - Fluxo do Processo Interno
Fonte: Autora
41
3 Custos do processo
Para melhor compreender os custos do processo Interno é necessário ter
conhecimento de alguns conceitos básicos referentes aos custos logísticos, sendo
utilizados desde os processos logísticos de abastecimento, produção, armazenagem e
distribuição.
Ao ser abordado esses custos, deve-se considerar sua importância em diferentes
tipos de negócios, possibilitar à gestão logística e tomar decisões e ações capazes de levar
os níveis de serviço desejados ao menor custo possível, em todas as situações práticas.
Cada empresa tem diferente situações referentes aos custos logísticos, algumas
organizações oferecem seus produtos e serviços somente para o mercado nacional,
enquanto outras exportam seus produtos e serviços a diversos países.
De acordo com Martins (2003, p. 24) será exposto alguns conceitos básicos que
são relevantes para um bom entendimento do assunto.
a) Gastos: segundo a ótica contábil são sacrifícios financeiros com os quais uma
pessoa, organização ou governo, têm que arcar a fim de atingir seus objetivos e a
obtenção direta de um produto ou serviço qualquer, como: matéria prima ou
prestação de serviço ou utilizados na obtenção de outros bens ou serviços a serem
respectivamente fornecidos ou prestados.
b) Investimentos: são os recursos comprometidos para funcionamento específico,
gastos que fazem parte dos ativos da empresa, composto por bens e direitos, de
propriedades da organização, tais como equipamentos de movimentação, veículos
instalações, prateleiras, os próprios estoques etc. podem ser considerados como
investimentos.
c) Perdas: são bens ou serviços consumidos de formas anormal ou involuntária, ou
seja, algo inesperado, tal como a obsolescência13 dos estoques. Podemos também,
associar as perdas com as falhas e aos desperdícios incorridos no processo, por
exemplo, com atividades que não agregam valor e precisam ser minimizadas ou
eliminadas.
d) Despesas: são todos os gastos incorridos no esforço de obter receitas, como
propaganda e publicidade realizada pela área de Marketing a fim de ganhar cliente
para consumo de seus produtos ou serviços e com isso aumentar sua receita.
13
Processo de tornar-se obsoleto, sem uso.
42
e) Custos: são gastos relacionados aos sacrifícios dos recursos ocorridos no processo
produtivo, como os custos de depreciação de máquinas, assim como a mão de obra
do pessoal envolvido desde o processo Inbound até o Outbound, esses custos são
elementos essenciais as estratégias da empresa.
Bloomberg et al. (2002, p. 36) afirma que os custos podem ser empregados como
diretos, indiretos, fixos e variáveis. Cada um destes custos revela a importância para a
tomada de decisões em logística.
a) Custos diretos: são todos os custos que estão relacionados diretamente com a
execução de um serviço ou produto. Exemplo: Mão de obra direta (ligada a
fabricação do produto) e matéria prima.
b) Custos indiretos: são todos os custos que estão relacionados aos gastos do
funcionamento de uma empresa: Exemplo: mão de obra indireta (gestores,
supervisores e diretores).
c) Custos Fixos: são aqueles que havendo ou não produção eles são mantidos.
Exemplo: Segurança, depreciação, funcionários.
d) Custos Variáveis: são os custos que aumentam ou diminuem conforme o
volume da produção. Exemplo: Fornecedores, energia, frete.
Após o compreendido o conceito dos custos logísticos, será apresentado o
conceito do custeio ABC14
, que será utilizado para demostrar o custo de cada atividade
do processo Interno. A ideia do custo ABC surgiu do fato que os métodos de custeio
utilizados distorciam os valores, além de reconhecer que os custos indiretos de produção
e de automação e de deficiência da apropriação dos custos indiretos comuns com base em
um critério único: horas de mão de obra direta. As empresas perceberam que os
consumidores começaram a exigir maior variedade de produtos em menores quantidades,
o que leva ao montante de custos indiretos resultasse em uma parcela significativa nos
custos totais das empresas.
De acordo com Manning (1995, p. 125), a gestão estratégica de custos, da qual faz
parte o ABC, reconhece que os custos não são dirigidos unicamente para os bens
produzidos, mas também, para servir os clientes e os canais, por meio dos quais os
produtos são oferecidos, removendo a restrição de que todos os custos devam ser
relacionados aos produtos para que se tenha uma visão mais adequada dos custos
14
Activity Based Costing
43
consumidores. De qualquer forma, esta abordagem nos dá uma informação adicional das
razões para a posição dos custos por produto, canal e por clientes. Dentro dessa
perspectiva, permite gerenciar e compreender os diferentes custos relatados para alguma
dessas categorias ou para o relacioná-las.
Após entendido suas perspectivas, irá ser realizada a análise dos custos diretos e
indiretos sobre os serviços prestados dentro do processo Interno. Quanto aos custos
diretos eles tendem a ser facilmente alocados aos itens de avaliação; como no caso da
avaliação de desempenho de uma máquina (que abrange depreciação do equipamento,
salários e encargos dos funcionários do processo, manutenção e etc.), porém os gastos
indiretos já não são ligados diretamente aos gastos do maquinário, e com isso será um
pouco mais difícil de identificar, para minimizar este problema é necessário entrar aos
métodos de custeio, entre esses métodos está o ABC (Custeio Baseado em Atividades).
Conforme Kaplan e Anderson (2007, p. 8), diz que como qualquer metodologia o
ABC tem algumas limitações e restrições, e comentam que a implementação do ABC tem
os seguintes problemas.
a) Os processos de entrevistas e levantamento de dados são demorados e
dispendiosos:
b) Os dados para o modelo ABC são subjetivos e de difícil validação:
c) O armazenamento o processamento e a apresentação dos dados são
dispendiosos:
d) A maioria dos modelos ABC foca processos específicos e não fornece uma
visão integrada das oportunidades de lucro em todo âmbito da empresa:
e) O modelo ABC não é atualizável ou adaptável facilmente as novas
circunstâncias:
f) O modelo incorre em erro teórico ao ignorar a possibilidade de capacidade
ociosa.
Agora realizaremos algumas etapas para o melhor entendimento da utilização do
modelo ABC.
Em seguida do conceito, aplica-se o custo ABC (Activity Based costing) onde é
calculado todos os gastos no processo Interno da cadeia química com ênfase no material
bélico (munição).
Com o detalhamento realizado, é possível verificar onde existe excessos dos
gastos de materiais que compõem o processo Interno, uma vez que avaliado será feito a
redução dos custos onde resultará em uma maior eficácia no processo.
44
A princípio será apresentado uma lista que contém todos os gastos da operação,
como os custos do processo produtivo, que contém os custos diretos variáveis e custos
indiretos fixos de produção, além do processo de distribuição e despesas comuns, e
também despesas administrativas de infraestrutura, conforme Tabela 1,2 e 3.
Tabela 1 - Custos Produtivos.
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 1)
45
Tabela 2 – Custos do processo Logístico de Abastecimento
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 2)
46
Tabela 3 - Custos Despesas Gerais
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 1)
Foi apresentado na Tabela 3 as despesas com as documentações essenciais e
específicos utilizadas no funcionamento da organização de acordo com as leis para
fabricação de munições. Após a apresentação de todos os custos de cada processo, será
preenchida a Tabela 4, de acordo com os recurso que serão utilizados, como: tempo, %
espaço utilizado, frequencia, quantidade de docas, entre outros. Abaixo se encontra as
siglas que serão utilizadas no preenchimento das tabelas.
a) PPCP – Programação, Planejamento e Controle de Produção;
b) MOV – Movimentação;
c) APA – Armazenagem do Produto Acabado;
d) LDN – Logística de Distribuição Nacional.
47
Tabela 4 - Direcionadores de Recursos
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 2)
Já a Tabela 5 foi preenchida com as contas gerais do processo, como: manutenção
de maquinário, seguro das máquinas industriais, depreciação de maquinário, mão de obra
direta, entre outros custos, o que totaliza o valor de R$ 201.046,97, que são gastos
mensamente com a operação do Processo de Produção. Sendo que o valor gasto com a
operação de produção soma o total de R$ 92.800,81 mensal
Tabela 5 - Contas Gerais
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 3)
48
Conforme a Tabela 6, apresentada abaixo, foi preenchida de acordo com os gastos
proporcionais destinados a PPCP15
, que juntos somam o valor de R$ 9.561,73 mensal.
Tabela 6 - Recursos Consumidos na programação, planejamento e controle de produção
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 4)
A próxima tabela a ser apresentada é a Tabela 7, que contêm os recursos
consumidos na parte de movimentação dentro da empresa, o valor total calculado para
essa finalidade é de R$4.130,00.
Tabela 7 - Recursos Consumidos Movimentação
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 5)
A tabela a seguir apresenta os custos do PPCP e MOV gastos com a produção da
munição, soma desses gastos é equivalente a R$ 13.691,73 mensal.
Tabela 8 - Custo Programação, Planejamento e Controle de Produção e Movimentação
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 6)
15
Programação, Planejamento e Controle de Produção.
49
Após a disposição de todos os gastos e recursos utilizados feitos acima, é feito o
resultado final do Exercício, em que se apresenta todos os gastos consumidos e a
disposição dos mesmos, pode-se verificar total gastos, como: salários, aluguel do prédio,
segurança entre outros, conforme preenchida a Tabela 9, pode-se ter o resultado final
gasto com a operação de Logística Interna ou de Produção, que mensalmente apresenta
um valor variável de R$179.504,77.
Tabela 9 - Resultado do Exercício
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 7)
Por fim é apresentado na Tabela 10, a Receita Liquida Mensal, essa tabela
apresenta além dos gastos totais com a produção, oferece uma visão geral dos gastos dos
Processos: Inbound, Armazenagem e Outbound, outro fator disposto na tabela é receita
bruta de venda da mercadoria que totalizou o valor de R$ 103.700.000,000. Após
descontado os gastos de cada processo a Receita Liquida final apresenta o valor de R$
68.997.687,48. Pode- se então concluir que a operação geral apresenta um bom
50
rendimento final, em que a empresa gerou lucro, o que pode significar a boa distribuição
de recursos, durante todo o processo.
Tabela 10 - Resultado Final do Exercício
Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 7)
51
Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Custos
Fonte: Autora
52
4 Aspectos legais
Os aspectos legais são algumas da partes mais importantes para o processo Interno
ou de produção da cadeia química, por se tratar de um produto controlado pelo Exército
Brasileiro requer certos cuidados com documentação, pois a falta de um único documento
pode acarretar com a paralização da produção, como também inviabilizar todo o processo,
por isso a existência desses documentos comprovam os devidos registros de
funcionamento, qualidade, segurança, entre outros. A seguir será apresentado os
documentos que serão utilizados no processo Interno, assim como normas e decretos.
a) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) – Documento que identifica
uma pessoa jurídica e outros tipos de arranjo jurídico, junto à Receita
Federal16
, vide anexo 1.
b) Alvará de Funcionamento – Documento de autorização para que a empresa
possa exercer suas atividades, valido para todos os tipos de empresas,
como comercial, industrial ou prestadores de serviços, vide anexo 2.
c) Contrato Social – Tem a finalidade de registrar legalmente o
funcionamento da empresa junto ao governo, além de definir o ramo da
organização, informações sobre o Capital Social, entre outros, estabelece
também normas de relacionamento entre os sócios e a sociedade, vide
anexo 3, 4 e 5.
d) Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro – Instrumento que
possibilita a autorização da empresa para atividades com PCE17
, vide
anexo 6.
e) Certificado de Licença de Funcionamento da Polícia Federal – É o
documento que habilita as empresas a exercerem atividades com
substâncias químicas controladas pela DCPQ18
, vide anexo 7.
f) Atestado de Regularidade – Emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar que certifica que a edificação possua condições de segurança
contra incêndio e explosões, assim como saídas de emergência de fácil
acesso, previstos pela legislação, vide anexo 8.
16
Órgão do Ministério da Economia.
17
Produto Controlado pelo Exército.
18
Divisão de Controle de Produto Químico.
53
g) Contrato Trabalhista – Estabelece regras da relação trabalhista previstas
na CLT19
, além da relação entre empregador e empregado, vide anexo 9,
10 e 11.
Esses são os documentos necessários para que se possa começar qualquer
processo dentro de uma empresa pertencente a cadeia Química, vale ressaltar que esse
não são os únicos, por se tratar de cadeia bem complexa com ênfase em munições, é
exigido atenção a legislação e aprovação junto aos órgãos governamentais necessários
para o manuseio de substancias químicas e explosivas, pois se trata de produtos
controlados que apresenta um alto grau de periculosidade a sociedade e ao meio ambiente.
A seguir será analisado os Órgãos Governamentais e suas devidas funções,
conforme a necessidade da empresa para a fabricação de produtos bélicos.
De acordo com o Diário Oficial da União, Decreto nº 9.844, de 25 de junho de
2019:
“Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre
a aquisição, o cadastro, o registro, a fabricação e a comercialização de armas
de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de
Gerenciamento Militar de Armas.”
a) COLOG20
– É o órgão de direção setorial do Exército Brasileiro,
incumbido21
de prever e prover, no campo das atividades logística de
suprimento, fabricação, manutenção e transporte, os recursos e serviços
necessários ao Exército e as necessidades de mobilização dessas
atividades.
b) Receita Federal – É um órgão que tem como responsabilidade a
administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar
no combate à evasão fiscal22
, contrabando, descaminho, pirataria e tráfico
de drogas, armas, munições e animais.
c) ANVISA23
- É a agência reguladora, sob a forma de autarquia24
de regime
especial, vinculada ao Ministério da Saúde, no exercício do controle
sanitário sobre todos os produtos e serviços.
19
Consolidação da Leis do Trabalho.
20
Comando Logístico.
21
Encarregado.
22
Sonegação
23
Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
24
Forma de governo em que um indivíduo ou grupo tem poder absoluto sobre a nação.
54
Após realizado as exigências dos Órgãos Governamentais citados anteriormente,
é necessário ainda estar de acordo com as Normas Regulamentadoras (NR), que fornecem
orientações sobre procedimentos relacionados a segurança e saúde do trabalhador regidos
pela CLT, e Normas Brasileiras (NBR), que fornecem certificação para melhoria interna
dos processos. Para o processo Interno ou de produção é necessário seguir a normatização
das NR e NBR que serão exemplificadas abaixo:
a) NR 9 - Norma que dispõe sobre o programa de prevenção de riscos ambientais.
Essa norma dá suporte na prevenção dos riscos ambientais e a saúde e integridade
dos funcionários, pois os mesmos manusearão lingote de chumbo e pólvora,
materiais contaminantes e perigosos.
b) NR 11 - Norma que dispõe sobre transporte, movimentação e manuseio de
materiais. Essa norma dá suporte e orientação sobre todos os equipamentos de
movimentação utilizados no manuseio da matéria prima até a linha de produção
e treinamento correto dos funcionários. (exemplo: empilhadeiras e maquinário).
c) NR 19 – Norma que dispõe sobre explosivos. Essa norma dá suporte necessário
para o correto manuseio da pólvora (material explosivo), não podendo ser dentro
da cidade e sua utilização para produção de munições devem manter certa
distância de outras partes da empresa, e o número de funcionários deve ser
mínimo possível no local.
d) NBR ISO25
14001 – Norma que dispõe sobre os requisitos de um Sistema de
Gestão Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para
a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições
ambientais, pois o uso de material contaminante na produção é grande e deve ser
estudo formas de descarte correto dos materiais.
Outro aspecto a ser abordado são os Regulamentos que fiscalizam a produção de
produtos controlados pelo Exército Brasileiro. Esses regulamentos visam fiscalizar a
estrutura organizacional, as pessoas envolvidas na produção e o manuseio dos acessórios
iniciador (espoleta) e explosivo (pólvora).
Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Decreto
nº55.649- de 28 de janeiro de 1965, CAPÍTULO I – Art. 1º:
“Este Regulamento tem por objetivo fixar as normas para a fiscalização da
fabricação, recuperação, manutenção, utilização industrial, manuseio,
25
International Organization for Standardization
55
armazenamento, comércio e tráfego de armas e munições, pólvoras explosivas
e seus elementos e acessórias (espoletas, estopins, cordéis detonantes etc.),
produtos químicos básicos e agressivos e outros materiais constantes da
Relação de Produtos Controlados pelo Ministério do Exército, ou que venham
a ser incluídos na referida Relação.”
Outra forma de se legalizar as operações de uma empresa é a partir de Leis,
Decretos e Portarias que estabelecem parâmetros e normas a serem seguidas. Lei se define
como regra, prescrição escrita que emana da autoridade soberana de uma dada sociedade
e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de sanções.
Decretos já significa ordem ou resolução emanada de autoridade superior ou instituição,
civil ou militar, leiga ou eclesiástica. E por fim Portarias são atos administrativos,
geralmente internos, expedidos pelos chefes de órgãos.
De acordo com a Lei nº 10.826 de 22 de dezembro de 2003 - Art. 24:
“Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao
Comando do Exército autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas
de fogo e munições.”
Segundo a Portaria nº56 – COLOG de 5 de junho de 2017, CAPÍTULO II DO
REGISTRO PARA A ATIVIDADE DE FABRICAÇÃO DE PCE - Seção I – Art. 34:
“A concessão de registro para a fabricação ou o apostilamento de PCE ao
registro deve ser precedida da aprovação de protótipo por meio de avaliação
técnica, ressalvados aqueles PCE dispensados da avaliação técnica.”
Conforme COLOG (2017), para que se possa produzir qualquer tipo de munição,
antes é necessário ter o registro de protótipo e registro de fabricação aprovado junto ao
Exército Brasileiro. Exemplo disponível em anexo 12 e 13.
De acordo com o Inciso VI do Artigo 21 da Constituição Federal de 1988 -
Compete a união autorizar e fiscalizar a produção e comércio de materiais bélicos.
O Decreto nº 20.531 de 24 de janeiro de 1946 Art. 1º:
“Prevê que de um modo geral cabe a diretoria e ao órgão central de materiais
bélicos controlar as questões referentes a produção, aquisição, manutenção,
estocagem e distribuição de materiais bélicos.”
Após estudado as documentações, autorizações, contratos, leis e decretos sobre a
produção de munições, pode se iniciar o processo de Interno da cadeia Química, vale
ressaltar que mesmo cumprindo todas as exigências junto aos Órgãos Responsáveis, há
sempre a burocracia para se conseguir as autorizações necessárias, a periculosidade do
processo, a dificuldade de padronização e os certificados.
56
Figura 25 - Fluxo do Processo Interno e Aspectos Legais
Fonte: Autora
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi elaborado com a finalidade de estudar e compreender o processo
Interno da cadeia química de munições no Brasil, foi formulado para este relatório a
fundamentação teórica sobre a modelagem de processos, que deu uma visão sobre a
cadeia estudada e como modela-lo, além do uso da notação BPMN (Business Process
Management), que apresentou as formas de elaboração dos processos e o aprofundamento
sobre o processo Logístico Interno.
O produto escolhido (munição) apresentou um desafio sobre a coleta de
informações, no entanto nada que dificultou o estudo e análise do processo, mas
incentivou a busca pelo conhecimento aprofundado da Cadeia Química. O tema munição
que foi escolhido para a elaboração deste relatório, não é muito explorado no meio
acadêmico, dado a restrição de informações sobre o tema, devido a questões de segurança
que envolve a produção de Munições no Brasil e no Mundo. De um modo geral, a cadeia
química atualmente ganha cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional,
onde a empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) estudada para este relatório,
apresentou um faturamento de cerca de US$ 24 bilhões no último ano, o que torna o
mercado muito propício ao estudo, devido à grande concorrência econômica que
apresenta.
Foi utilizado de visita técnica e entrevistas físicas com especialistas da área,
realizadas na guarda civil de Indaiatuba-SP ministrada pelo Subinspetor Cossa e o
encarregado de equipe da GCM 2 da guarda civil de Itu-SP, Carlos Henrique da Silva e o
Supervisor de Operações Logísticas da empresa CBC, Diego Roberto Laffot, que
forneceu informações que complementam o estudo sobre processos e custos dentro da
operação, através dessas informações obtidas, foi possível desenvolver o fluxo detalhado
de todas as etapas da operação em questões.
Além da entrevista com os profissionais citados acima, utilizou-se também do
estudo aprofundado sobre custos, que envolve cada passo do processo logístico Interno e
os aspectos legais realizado no processo, através da elaboração das tabelas de custo foi
possível identificar as margens de custo gasto para a realização de cada processo e
também os custos que estavam sendo utilizados de forma errônea, outro aspecto abordado
foi a identificação dos documentos exigidos para o funcionamento de uma empresa,
acompanhado das leis e decretos que a cadeia química pede para o produto munição que
foi estudado para a formulação deste relatório. Com base na questão problematizadora
deste relatório, foram elaborados três fluxos com base no processo Interno que descreveu
o passo a passo da produção de munição e o deslocamento do produto acabado para o
Centro de Distribuição da QuimLog, o outro foi com base nos custos estudos, e por fim
os aspectos legais que foram utilizados para a cadeia química, com o objetivo de trazer
maior compreensão ao processo analisado.
A partir da notação BPMN pode ser modelado o fluxo do processo Interno da
cadeia química mais especificamente da indústria bélica, após a modelagem do processo,
pode-se observar o funcionamento dos recursos aplicados, o que forneceu um
conhecimento maior sobre a cadeia logística e sobre a produção de munição, através da
modelagem foi possível identificar possíveis problemas no funcionamento do processo
Interno, o que proporcionou visibilidade da produtividade, controle dos gastos,
aperfeiçoamento contínuo da organização entre outros aspectos.
Conclui-se no presente relatório a importância da organização determinar a análise
do percentual de produtividade do processo através das ferramentas utilizadas, onde foi
feito o mapeamento e modelagem. Dada a importância de cada evento do processo foi
possível observar que cada etapa é relevante, pois dessa forma é possível encarar as
fragilidades do processo e trabalhá-las para que sejam estruturadas corretamente. Foi
estudado os custos da operação, em que se pode analisar os devidos desperdícios para que
assim possa ser reorganizado a fim de otimizar dos custos, outro aspecto estudado foram
os aspectos legais que garantiram uma visão das leis e decretos exigidos para o
funcionamento da organização. Logo conclui-se que o objetivo foi executado com
sucesso, além de explorar a melhor forma de utilização dos recursos oferecidos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E. A comunicação de mercado. Aspectos polissêmicos do discurso
persuasivo. São Bernardo do Campo, 2012. 59 p.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial.
Porto Alegre: Bookman, 1999. 31 p.
BERTAGLIA, Paulo R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São
Paulo: Saraiva, 2009. 54 p.
BLOOMBERG, R. D. et al. Nutritional defi ciencies following bariatric surgery: what
have we learned? Obes Surg, New York, 2002. 36 p.
CARDOSO, V. Construção de Modelos de Gestão articulados por Modelos de
Referência: Uma Investigação sobre o uso dos Modelos de Referência de Qualidade e
Excelência. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção, Rio de janeiro:
COPPE/UFRJ, 2008. 23 p.
DAVENPORT, T. H. Reengenharia de processos: Como inovar na empresa através da
Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 24 p.
Dicionário Aurélio; Editora Positivo, 1987.
FALCONI, V. C. Gerenciamento Pelas Diretrizes, Belo Horizonte, DG, 2002, 52 p.
HAMMER, M.; CHAMPY, J. Reengenharia: Revolucionando a empresa em função dos
clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. Rio de Janeiro: Campus,
1994. 24 p.
HARMAN, Chris. Zombie capitalism: global crisis and the relevance of marx. Chigaco:
Haymarket Books, 2007. 45 p.
HARMON, P. Business Process Change: A Guide for Business Manager and BPM Six
Sigma Professionals. Florida: MK, 2007.
IMAI, M. K. A Estratégia para o Sucesso Competitivo, São Paulo, Imam, 1994. 136 p.
JÚNIOR, O.; SCUCUGLIA, R. Mapeamento e Gestão por Processos – BPM: Gestão
Orientada à Entrega por meios dos Objetos. São Paulo: M.Books, 2011.
KAPLAN, R. S.; ANDERSON, S. R. Time-Driven Activity-Based Costing. Harvard
Business Review, v. 82, n.11, November, 2004, 78 p.
MARANHÃO, M.; MACIEIRA, M. E. O processo nosso de cada dia: modelagem de
processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 10 p.
MARTINS. Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Editora Atlas, 2000. 33 p.
NETTO, J. P. Projeto Ético-político do Serviço Social. Serviço Social e Saúde: Formação
e Trabalho Profissional. São Paulo: Cortez, 2006. 101 p.
OLIVEIRA, P. de S. Caminhos de construção da pesquisa em ciências humanas. In:
MARRE, J. A. L. (org.). Metodologia das ciências humanas. São Paulo: Editora da Unesp,
2010, 74 p.
PAIM, R. Engenharia de Processos: análise do referencial teórico-conceitual,
instrumentos, aplicações e casos. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção,
Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2002. 82 p.
PAIM, R.; CARDOSO, V.; CAULLIRAUX, H.; CLEMENTE, R. Gestão de Processos:
pensar agir e aprender. Porto Alegre: Bookman, 2009.
PORTER, M. Estratégia – A busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus,
1980. 39 p.
REBOUÇAS, O. Administração de processos: conceitos, metodologias e práticas. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2007
SILVER, E. A.; PETERSON, R.; PYKE, D. F. Inventory Management and Production
Planning and Scheduling. New York: John Wiley & Sons, 2009. 52 p.
SMITH, H.; FINGAR, P. Business Process Management: the third wave. Tampa:
MeghanKiffer Press, 2003. 68 p.
SMITH, H.; FINGAR, P. Business Process Management:the third wave. Florida:
Meghan-Kiffer, 2003.
VIEIRA, Fernando de Oliveira. Perspectivas do Gerente-Educador. Revista ANGRAD –
Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração 2006, 125 p.
ANEXOS
Anexo 1 – Exemplo de CNPJ
Fonte: Autora
Anexo 2 - Exemplo de Alvará de Funcionamento
Fonte: Autora
Anexo 3 – Exemplo de Contrato Social (folha1).
Fonte: Autora
Anexo 4 - Exemplo de Contrato Social (folha 2)
Fonte: Autora
Anexo 5 - Exemplo de Contrato Social (folha 3)
Fonte: Autora
Anexo 6 – Exemplo de Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro.
Fonte: Autora
Anexo 7 - Exemplo de Certificado de Licença de Funcionamento
Fonte: Autora
Anexo 8 - Exemplo de Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros
Fonte: Autora
Anexo 9 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 1)
Fonte: Autora
Anexo 10 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 2).
Fonte: Autora
Anexo 11 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 3).
Fonte: Autora
Anexo 12 - Exemplo de Autorização para Fabricação.
Fonte: Autora
Anexo 13 – Exemplo de Requerimento para fabricação de Prototipo
Fonte: Autora
Anexo 14 – Exemplo de Guia de Tráfego
Fonte: Autora
Anexo 15 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 1).
Fonte: Autora
Anexo 16 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 2).
Fonte: Autora
Anexo 17 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 3).
Fonte: Autora
Anexo 18 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 1).
Fonte: Autora
Anexo 19 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 2).
Fonte: Autora
Anexo 20 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 3).
Fonte: Autora
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Modelagem do processo interno da cadeia química

  • 1. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DR. ARCHIMEDES LAMMOGLIA CURSO DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA AEROPORTUÁRIA ELISÂNGELA HALLTOFFE DOS SANTOS LIMA BATISTA RELATÓRIO DE MODELAGEM DO PROCESSO INTERNO DA CADEIA QUÍMICA COM ÊNFASE EM MUNIÇÃO INDAIATUBA 2020
  • 2. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DR. ARCHIMEDES LAMMOGLIA CURSO DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA AEROPORTUÁRIA ELISÂNGELA HALLTOFFE DOS SANTOS LIMA BATISTA RELATÓRIO DE MODELAGEM DO PROCESSO INTERNO DA CADEIA QUÍMICA COM ÊNFASE EM MUNIÇÃO Trabalho de Graduação apresentado pela aluna Elisangela Halltoffe dos Santos Lima Batista, faz parte da avaliação da disciplina do Trabalho de Graduação I do Curso Superior de Tecnologia em Logística Aeroportuária da Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba “Dr. Archimedes Lammoglia”, elaborado sob a Orientação do Prof.º Marcelo Carvalho da Costa. INDAIATUBA 2020
  • 3. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus e a todos os professores que me ajudaram nesta trajetória, a minha família, meu esposo Luiz Fernando e meus filhos Luiza e Lucas, por sempre me incentivar a ir em busca dos meus sonhos e objetivos e me ajudarem no desenvolvimento desse trabalho.
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os professores e orientadores, por me proporcionar o conhecimento necessário para a realização desse trabalho, aos meus familiares pelo incentivo e a Deus pela saúde e força para superar todos os obstáculos e dificuldades.
  • 5. EPÍGRAFE Não desista da pessoa que você está se tornando. Evoluir leva tempo, mas vale a pena. (Autor Desconhecido)
  • 6. RESUMO O setor abordado neste relatório é sobre a Cadeia Química, um mercado grande e com uma gama gigantesca de produtos, porém o produto a ser utilizado será munição, o setor de munições vem ganhando cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional, faturando cerca de US$ 24 bilhões no ano de 2019. O objetivo do TG I (Trabalho de Graduação) da Fatec de Indaiatuba é o estudo aprofundado do fluxo de processos logísticos, que são divididos em quatro partes sendo Inbound, Interno, Armazenagem e Outbound, no entanto o processo a ser desenvolvido neste relatório é o Interno, que trata da produção da munição e também o transporte até o CD (Centro de Distribuição) da QuimLog, além dos custos envolvidos em cada etapa e todos os aspectos legais que envolvem a cadeia estudada, o que faz com que se tenha uma visão geral das leis e decretos para o bom andamento do processo. A metodologia aplicada será o mapeamento dos dados, modelagem do fluxo e análise do processo. Após a ilustração desse procedimento pode-se verificar os pontos fracos e desperdícios do processo, para que assim possa ser otimizado o processo Interno, além de aplicar os gastos do processo os tramites legais de acordo com o exigido pela Cadeia Química, mas especificamente no setor de munições. Palavra-Chave: Processo. Munição. Cadeia química.
  • 7. Abstract The sector addressed in this report will be about the Chemical Chain, a large market with a huge range of products, but the product to be used will be ammunition, the munitions sector is gaining more and more space in the domestic and international market, making about US$ 24 billion in the year 2019. The objective of the TG I (Graduation Work) of Fatec de Indaiatuba is the in-depth study of the flow of logistic process, which are divided into four parts being Inbound, Internal, Storage and Outbound, however the process to be developed in this report will be the Internal, which will deal with the production of ammunition and also the transport to the CD (Distribution Center) of QuimLog, in addition to the costs involved in each stage and all legal aspects involving the chain studied, which makes it have an overview of the laws and decrees for the smooth progress of the process. The methodology applied will be data mapping, flow modeling and process analysis. After the illustration of this procedure, one can verify the weaknesses and waste of the process, which makes it possible to redirect or eliminate unnecessary tasks, optimizing the internal process, avoiding expenses and applying the legal procedures according to what is required by the Chemical Chain, but specifically in the munitions sector. Keyword: Internal process, ammunition, chemical chain, logistics.
  • 8. Lista de Figuras Figura 1: Ciclo da Gestão de Processos.............................................................. 16 Figura 2: Modelagem de Processos. ................................................................... 19 Figura 3: Perguntas para modelagem de Processos............................................ 20 Figura 4: Notações de Modelagem de Processos. .............................................. 21 Figura 5: Diferença entre BPM e BPMN. .......................................................... 22 Figura 6 - Swinlanes. .......................................................................................... 23 Figura 7: Eventos de Início................................................................................. 24 Figura 8: Eventos Intermediários........................................................................ 24 Figura 9: Eventos de Fim.................................................................................... 25 Figura 10: Atividades. ........................................................................................ 26 Figura 11: Atividades. ........................................................................................ 27 Figura 12: Decisões (Gateways)......................................................................... 27 Figura 13: Objetos de Conexão. ......................................................................... 28 Figura 14: Artefatos............................................................................................ 28 Figura 15: Exemplo de utilização da notação e simbologia BPMN................... 29 Figura 16: Plano Mestre de Produção................................................................. 31 Figura 17 - Munições de vários calibres............................................................. 33 Figura 18 - Lingote de chumbo/Ponta e Bobina de latão/Copinho de latão....... 34 Figura 19 - Estojos da munição. ......................................................................... 35 Figura 20: Fixação do Projetil no Estojo da Munição. ....................................... 36 Figura 21 - Teste balístico. ................................................................................. 37 Figura 22 - Tipos de embalagens........................................................................ 38 Figura 23 - Fluxo do Processo Interno ............................................................... 40 Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Custos................................................. 51 Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Aspectos Legais ................................. 56
  • 9. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Custos Produtivos.............................................................................. 44 Tabela 2 – Custos do processo Logístico de Abastecimento.............................. 45 Tabela 3 - Custos Despesas Gerais..................................................................... 46 Tabela 4 - Direcionadores de Recursos .............................................................. 47 Tabela 5 - Contas Gerais..................................................................................... 47 Tabela 6 - Recursos Consumidos na programação, planejamento e controle de produção ............................................................................................................. 48 Tabela 7 - Recursos Consumidos Movimentação .............................................. 48 Tabela 8 - Custo Programação, Planejamento e Controle de Produção e Movimentação .................................................................................................... 48 Tabela 9 - Resultado do Exercício...................................................................... 49 Tabela 10 - Resultado Final do Exercício........................................................... 50
  • 10. Lista de Anexos Anexo 1 – Exemplo de CNPJ ............................................................................. 62 Anexo 2 - Exemplo de Alvará de Funcionamento.............................................. 63 Anexo 3 – Exemplo de Contrato Social (folha1)................................................ 64 Anexo 4 - Exemplo de Contrato Social (folha 2) ............................................... 65 Anexo 5 - Exemplo de Contrato Social (folha 3) ............................................... 66 Anexo 6 – Exemplo de Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro.... 67 Anexo 7 - Exemplo de Certificado de Licença de Funcionamento .................... 67 Anexo 8 - Exemplo de Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros ........... 68 Anexo 9 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 1)...................................... 70 Anexo 10 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 2).................................... 71 Anexo 11 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 3).................................... 72 Anexo 12 - Exemplo de Autorização para Fabricação. ...................................... 73 Anexo 13 – Exemplo de Requerimento para fabricação de Prototipo................ 74 Anexo 14 – Exemplo de Guia de Tráfego .......................................................... 75 Anexo 15 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 1). ................................ 76 Anexo 16 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 2). ................................ 77 Anexo 17 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 3). ................................ 78 Anexo 18 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 1)....................................... 79 Anexo 19 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 2)....................................... 80 Anexo 20 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 3)....................................... 81
  • 11. SUMARIO INTRODUÇÃO...................................................................................................12 Fundamentação Teórica.......................................................................................14 1.1 Modelagem do Processo ....................................................................... 14 1.2 Notação BPMN..................................................................................... 20 1.3 Logística Interna ....................................................................................... 29 2 Fluxo de processo..........................................................................................33 3 Custos do processo ...........................................................................................41 4 Aspectos legais .................................................................................................52 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................57 REFERÊNCIAS ..................................................................................................59 ANEXOS .............................................................................................................62 RELATÓRIO DE PLÁGIO.................................................................................82
  • 12. INTRODUÇÃO A cadeia química no setor de munições é bem vasta, mas apesar disso o Brasil possui somente uma fábrica que produz munições, sendo ela a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), seu faturamento no último ano de acordo com a folha de São Paulo (2005) foi de aproximadamente US$ 24 bilhões, sendo 13% referente a venda para o mercado civil e os outros 36% para instituições policiais e militares, porém menos de 50% do seu faturamento e a nível nacional, o que faz com que mais da metade de sua produção anual seja exportada. As munições possuem vários tipos de calibre, pois existem diferentes tipos de situações para seu uso, como contenção, abate, caça, esporte, sinalização e até a defesa pessoal. Toda munição é composta de um estojo (cápsula) que é um tubo oco, moldado a partir do copinho de latão ou metal, de acordo com o calibre, com um propelente (pólvora) no seu interior, na sua parte aberta encontra-se preso o projetil (ponta) e na sua base encontra-se a espoleta elemento de inicialização, esse tubo é conhecido como estojo e tem a função de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, após a montagem completa do cartucho, o mesmo recebe uma aplicação de verniz e betume para vedação completa, além de passar por vistorias de qualidade durante todo o processo. A escolha do produto munições se deu por conta de ser um tema que não é tão explorado, porém bem interessante, esse setor possui grandes restrições de informações devido a segurança que envolve o processo, sendo assim um desafio, mas também gratificante pois a pesquisa envolve vários setores, como Exército Brasileiro, Policia Federal e o próprio fabricante. Outro ponto importante é a relevância desse mercado no âmbito nacional e internacional, o que amplia as possibilidades de exploração do trabalho por se tratar de um mercado de alta competitividade econômica. Para que exista uma gestão eficiente no fluxo de processo da cadeia Interna é necessário o entendimento das atividades dessa operação e o desempenho em sua execução. Com a metodologia a ser estudada, buscou-se reunir informações com o intuito de determinar a situação problema estudada – Quais as implicações da modelagem de processo por meio da notação BPMN aplicada a cadeia logística química, mais especificamente no processo Interno da munição? Esse relatório parte da ideia de que um processo modelado através da notação BPMN, pode contribuir para melhor entendimento e conhecimento da cadeia química com foco em produtos controlados (munições), oferecendo assim, a possibilidade de diagnosticar potenciais problemas e apontar
  • 13. 13 possíveis soluções. Esse relatório tem como seu objetivo geral modelar o processo Interno por meio da notação BPMN, levantar os custos e aspectos legais do processo modelado e verificar as contribuições e desenvolvimento da cadeia logística química e de seu produto modelado – munições. Para a realização deste relatório foram utilizadas pesquisa exploratória, bibliográficas, visita técnica e entrevista. A pesquisa exploratória foi baseada em artigos, publicações e teses para que fosse obtida uma melhor forma de entrar no deste relatório de modo claro e objetivo, já a pesquisa bibliográfica realizada através de livros e artigos sobre a modelagem de processos, notação BPMN e o processo Interno por último foi realizado uma visita técnica na guarda civil de Indaiatuba, para conhecer o processo de fabricação, carregamento e compra das munições e entrevista com o Supervisor de Operações Logísticas da empresa CBC, que ofereceu informações sobre processos e sobre custos. Esse relatório faz parte de um todo que foi dividido em quatro partes (inbound, interno, armazenagem e outbound), onde o mesmo tratara sobre o processo Interno, o mesmo foi dividido em quatro tópicos, onde no primeiro tópico explica os conceitos das ferramentas utilizadas para a modelagem do processo baseada em vários autores, e o tema abordado. O segundo tópico abordará o fluxo do processo modelado, descrevendo toda a operação com o máximo de detalhes existentes. O terceiro tópico apresentará o levantamento de todos os custos logísticos envolvido na operação do processo Interno da produção de munição e o transporte até o CD (Centro de Distribuição) da QuimLog. Por fim, o quarto tópico abordara todos os documentos, normas, decretos, leis e contratos necessários para que haja o funcionamento adequado dessa operação. Além da Integração das matérias ministradas nesse semestre, como Gestão de Processo, Custos Logísticos, Direito Empresarial e Inglês.
  • 14. Fundamentação Teórica 1.1 Modelagem do Processo Para iniciar esse trabalho, primeiramente iremos entender o conceito de processo, que de acordo com Harman (2007, p. 45) o termo processo se define como: “sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade”. Hamer e Champy (1994, p. 68) definem processos com um conjunto de atividades que juntas produzem um resultado de valor para o consumidor. Já Smith & Fingar (2003) reforçam a relação de processos com a coordenação do trabalho e definem processos como um conjunto de atividades colaborativas, para a entrega de um produto de qualidade ao consumidor. Segundo Davenport (1994, p. 24), a definição de processo é simplesmente um conjunto de atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar num produto especificado para um determinado cliente ou mercado, com uma orientação baseada em processos de negócios que envolve elementos de estrutura, fabricação, estoque, distribuição e clientes. Ainda de acordo com Davenport, um processo é, portanto, uma ordenação especifica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com começo, e um fim, e inputs1 e outputs2 claramente identificados: uma estrutura para a ação. De acordo coma as definições de Netto (2006, p. 101) processo é: [...] simplesmente o modo como uma organização realiza seu trabalho – a série de atividades que executa para atingir um dado objetivo para um cliente, seja interno ou externo. Com as definições coletadas, podemos dizer que processo é um conjunto de atividades sequenciadas, com cronograma pré-estabelecido, com relação entre si e que envolve todas as áreas de uma organização, com finalidade de atender e suprir as necessidades da empresa e de seus clientes. Todos os setores, dentro de uma organização faz parte de um processo, o objetivo principal de um processo é agregar valor a um serviço ou mercadoria, esse objetivo pode ser empregado tanto internamente ou externamente. A organização utiliza-se desse 1 Entrada 2 Saída
  • 15. 15 método para unir seus setores em um único fluxo de atividades, por isso a gestão desses processos, se bem empregadas, resulta na obtenção dos melhores resultados. De acordo com Porter (1980, p. 39), a organização deve se posicionar de forma estratégica, conhecer seus processos e forma de execução, a fim de gerenciá-los para resultados satisfatórios. Conforme Paim (2009, p. 82) a principal motivação para a gestão de processos tem sido sua capacidade de contribuir para superar as limitações do modelo funcional de organização do trabalho. O que garante que o seu desempenho seja aperfeiçoado de acordo com a sua capacidade. Cardoso (2009, p. 23), define a gestão de processos como sendo: [...] De forma simples, pode-se dizer que, ao se internalizar a gestão de processos, projetar o trabalho e pensar como ele pode ser melhor realizado passa a ser parte do dia-a-dia das organizações. De acordo com Clemente (2009, p. 19), melhorar processos é uma ação básica para as organizações responderem as mudanças que ocorrem constantemente em seu ambiente de atuação para manter o sistema produtivo competitivo. Para que se obtenha bons resultados, os processos devem se adequar a realidade da organização, por isso o conhecimentos das rotinas facilitará o gerenciamento, além de monitorar seu desempenho, outro fator importante para o funcionamento adequado da organização e fazer com que o fluxo organizacional seja entendido pelos seus colaboradores, para que eles se sintam parte do sistema, para assim alcançarem seus objetivos de forma eficiente. Uma síntese das definições propostas por Paim (2009, p. 57) é essencialmente para relacionar processos com melhoria, controle e aprendizado. A gestão de processo, beneficia em muito a organização além de trazer vantagens: a) Redução de custos – reduzir os custos de forma permanente e geral, de maneira coordenada e integrada, com procedimentos específicos, para obtenção de eficiência e produtividade; b) Eficiência - a eficiência consiste no ato de “fazer certo as coisas”; c) Produtividade - é o resultado da capacidade de produzir, de gerar um produto, associado ao desempenho eficiente dos processos; d) Integração – consiste em tornar eficiente o desempenho de seus colaboradores de forma integrada, onde uma função auxilia a outra; e) Comunicação – aumento da comunicação entre setores, a fim de evitar falhas, isso torna fundamental o funcionamento da organização.
  • 16. 16 O mecanismo da gestão de processos está relacionado à forma como os recursos e as atividades estão projetadas, fazendo com que esses processos atinjam sua excelência de forma eficaz. A gestão de processos é um ciclo que foi dividido em seis tópicos, a seguir será descrito cada fase desse ciclo que são: Mapear, Modelar, Analisar, Desenhar, Implementar e Medir. Figura 1: Ciclo da Gestão de Processos. Fonte: Gestão de Processos e Serviços, 2020, pg. 115. a) Mapear – o mapeamento é a forma com que a organização utiliza para entender de forma clara e simples o seu funcionamento, a partir desse mapeamento é possível propor melhorias, pois são observados cada detalhe do processo, por isso é necessário ter um profissional que participe do processo, para que ele possa esclarecer as dúvidas, além disso a outras técnicas que auxiliam essa fase, como: entrevistas, questionários, reuniões analise documental, entre outras; b) Modelar – a modelagem é a fase do processo em que são esquematizados os processos utilizados, a modelagem é a representação gráfica dos processos que foram mapeados, esse passo do projeto oferece uma visão geral do dia a dia
  • 17. 17 da organização, além de identificar os componentes, promove interação entre os demais setores; c) Analisar – a análise oferece uma visão atual dos processos, além de identificar os problemas, falhas no contato com clientes, variações no processo, gargalos3 , podendo assim ajuntar cada detalhe, a fim de melhorar o processo; d) Desenhar – esta etapa do processo, consiste em desenvolver um novo processo, com base no anterior, além de considerar as correções dos problemas identificados, para que o esse processo se adeque as necessidades atuais da organização; e) Implementar – a implementação do novo processo pode ocorrer de duas formas: progressiva - onde a implementação das mudanças vai sendo colocada em prática de forma progressiva, ou brusca – onde a mudança ocorre de uma vez, e impõe as mudanças propostas no novo processo; f) Medir – esta fase realiza uma análise com base nos indicadores de desempenho, tais como: tempo, custo, qualidade e capacidade, onde é possível verificar se a implementação do novo sistema se deu de forma positiva ou negativa. Com o ciclo da gestão de processos conceituada, nota-se que o mesmo visa compreender a estratégia organizacional como um todo, com foco e objetivo para direcionar os processos que estão sendo executados, com um olhar voltado para a continua melhoria e a qualidade de seus serviços ou produtos que são ofertados aos seus clientes. Para que esses processos ofereçam resultados satisfatórios, esses processos devem ser maleáveis, para que havendo necessidade de mudança, possa ser implementado com facilidade, acompanhando as necessidades da organização e de cada setor. O ciclo da gestão de processos possui seis etapas, porem será abordado no decorrer deste trabalho apenas a modelagem de processos, para que se possa entender o processo atual, e esquematizar todas as interações de setores da organização. A definição do BPM CBOK (2013, p. 15), para a modelagem de processos é: [...] o conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de processos de negócios existentes ou propostos... O propósito da modelagem é criar uma representação do processo de maneira completa e precisa de seu funcionamento. 3 Restrição da capacidade que cria uma fila.
  • 18. 18 Modelagem de processos é a ferramenta básica para a execução dos processos dentro das organizações. De acordo com Devenport (1994, p. 25) a modelagem pode começar com a compra de matéria prima, recebimento do pedido, entrega do produto ao cliente, entre outras, com essa modelagem se tem uma boa visualização dos resultados, estabelecendo assim a otimização do processo, facilitando a identificação de gargalos e pontos de deficiência, por isso a comunicação entre todos os departamentos da empresa deve estar em harmonia para evitar qualquer tipo de falha durante a execução do processo. Para modelar um processo são definidas tarefas e atividades, com início em algum dos processos existentes dentro da empresa, são definidas também matérias primas, produtos, procedimentos, além de determinar o tempo da operação, avaliar os custos e documentação necessária, esses processos podem ser modelados em várias áreas na empresa, como: serviços, produção, financeiro, etc. Conforme Bertaglia (2009, p. 54) esses processos devem ser corretamente mapeados, para que possa ser modelado de forma a otimizá-los. De acordo com Júnior & Scucuglia (2011, p. 38), modelagem de processos trata da representação gráfica do sequenciamento de atividades que representa de maneira clara e objetiva, a estrutura e o funcionamento de um processo. A modelagem de processos é uma ferramenta estratégica para a gestão, utilizada por gestores e analistas para compreender, comunicar e otimizar os processos dentro da logística de uma organização de pequeno, médio e grande porte. Com os conceitos citados, pode-se dizer que modelagem de processos é uma visão dinâmica da maneira pela qual a organização produz seus serviços ou bens, de acordo com informações coletadas.
  • 19. 19 Figura 2: Modelagem de Processos. Fonte: Instituto de Computação UFF (aula 3), 2015, pg. 3. Gerir a modelagem de processos é útil para qualquer tipo de organização, já que a necessidade de coordenar deriva exatamente da própria ação de dividir e organizar o trabalho em si, Paim, Cardoso, Caulliraux & Clemente (2009, p. 97), dizem que a modelagem de processos possuem algumas atividades ou ações necessárias para o bom andamento do processo, tais como: a) Modelagem de processos apropriada; b) Eliminar atividades desnecessárias; c) Aperfeiçoamento de atividades; d) Identificar e implementar melhorias; e) Profissionais capacitados; f) Racionalizar os controles; g) Coleta de documentos; h) Reduzir tempo de atividade; i) Eliminar gargalos. A modelagem de processos tem o objetivo de auxiliar na construção da organização. Maranhão & Macieira (2004, p. 10), citam que essas atividades têm a necessidade de ilustrar a estrutura de negócios através de perguntas simples para que se possa identificar seu objetivo e assim estruturá-lo da melhor forma. Por isso deve-se fazer
  • 20. 20 estas seguintes perguntas: O que fazer? Como fazer?; Quando fazer?; Onde fazer?; Quem vai fazer?; Por que fazer?. Após todas essas perguntas respondidas, sua modelagem de processo, será direcionada diretamente para suas atividades especificas. Figura 3: Perguntas para modelagem de Processos. Fonte: Oliver, 2010, p. 74. Com a modelagem de processos conceituada e entendida, para o próximo tópico utilizaremos a notação BPMN (Notação de modelagem de Processo de Negócio), para dar continuidade neste trabalho, que será ilustrado pelo processo de Logística Interna (logística de produção) de munições que está relacionado a cadeia química, do grupo QuimLog Enterprise. 1.2 Notação BPMN Para iniciar este tópico, primeiramente se dará o conceito de notação, de acordo com o Dicionário Aurélio (1987), notação é a ação de indicar ou notar, de representar por sinais convencionados, qualquer sistema de símbolos e abreviações que ajuda as pessoas a trabalharem em um determinado assunto. Muitos campos como: música, matemática, química etc. usam de notação para auxiliarem a exemplificar suas simbologias e abreviaturas, alguns exemplos são: notação musical, notação algébrica, notação cientifica, notação de processos entre outras.
  • 21. 21 Conforme a definição dada por BPM CBOK (2013, p.77 e 78) diz que: [...] Notação é um conjunto padronizado de símbolos e regras que determinam os significados de símbolos... Uma notação de modelagem de processos inclui ícones (figuras) e conectores que ajudam a mostrar o relacionamento entre diversos componentes. A notação de modelagem, tem foco no desenvolvimento do processo, por isso o detalhamento do processo tem que ter o máximo de particularidades, para que assim o seu entendimento seja feito de forma didática e de fácil leitura. Falconi (2002, p. 52), diz que a notação tem o objetivo de oferecer uma visão ampla e detalhada sobre determinado assunto, para que se possa ajudar a organização com detalhes específicos do seu processo. A notação, tem como base organogramas, manuais da organização e análise que é realizada no dia a dia, para obter o melhor uso da informação e maior conhecimento dos processos, em especial dos processos críticos. Este tipo de processo utiliza-se de linguagem organizacional ou notação, tais como: BPMN (Business Process Model and Notation) que será explorada no decorrer desse trabalho de forma geral, Fluxograma, EPC (Event-driven Process Chain), UML (Unified Modeling Language), IDEF (Integrated Definition Language), Value stream Mapping, entre outras. Figura 4: Notações de Modelagem de Processos. Fonte: CBOK BPM, 2009, p. 79.
  • 22. 22 A notação BPMN é utilizada para o mapeamento e a modelagem de processos. De acordo com Amaral (2012, p. 59), a notação BPMN é como um Raio-X, que analisa todo o processo de forma ampla, para que se possa fazer um diagnóstico geral e assim possa- se fazer uma análise do desenho, para que seja elaborado um plano de ação para melhorar seus processos. Porém não se deve confundir notação BPMN4 com BPM5 , as duas sigla podem ser bem parecidas, mas com significados diferentes, ex.: BPMN é a representação gráfica, de linguagem, de forma e símbolos do fluxo de processo, em outras palavras essa notação permite que você desenhe e conheça todas as tarefas operacionais de um negócio de forma logica e sequencial. Já o BPM é uma disciplina de gestão que reúne objetivos e propósitos de uma organização, para que se já implementado o BPM é feito uma analise a fim de revisar os processos, para encontrar erros e melhorá-los. Figura 5: Diferença entre BPM e BPMN. Fonte: SML Brasil, 2020. O BPMN é um sistema moderno, ágil e simples, que facilita a comunicação entre setores, que se complementam no decorrer do processo. Pavani Junior (2011, p. 23), diz que o objetivo é trabalhar com processos e subprocessos, para se obter um alinhamento de informações, recursos e objetivos para que seu desempenho seja executado de forma a alcançar seus objetivos. Por isso existem simbologias que descrevem as atividades do processo. Silver (2009, p. 42), utiliza-se do termo “Método e Estilo” e acrescenta: 4 Business Process Model and Notation 5 Business Process Management
  • 23. 23 [...] Para representar as características de um modelo de processo, essa notação é aplicável para toda e qualquer modelagem. O mapeamento não se resume em características técnicas de conhecimento. A estrutura do BPMN utiliza-se de diagrama DPN6 que utiliza um recurso de fácil utilização para a criação do processo, composta por símbolos que descreve as atividades do fluxo do processo de forma simples e clara, com o máximo de detalhes, os recursos são agrupados em: evento, decisão, piscina e raias e atividades, a seguir será detalhado cada recurso. a) Swimlanes - Piscina: representa o campo onde o processo será desenhado, já as Raias: representa um subprocesso dentro do processo e utilizada para descrever os setores ou áreas dentro da organização para o especificar cada etapa do processo. A modelagem é movida de atividade para atividade seguindo o fluxo na ordem de execução; Figura 6 - Swinlanes. Fonte: Bizagi, 2020. b) Eventos – ao decorrer do processo, pode-se utilizar eventos que indicam: início, intermediário e fim, sua representação gráfica se dá por forma de círculos vazados, cada evento possui uma cor que o define, como: verde (início), amarelo (intermediário) e vermelho (fim), com o andamento do processo esses círculos podem aparecer com alguns desenhos em seu interior, que podem ser utilizados para definir: tarefa, tempo, mensagem etc.; 6 Diagrama de Processo de Negócio.
  • 24. 24 Figura 7: Eventos de Início Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 28. Figura 8: Eventos Intermediários. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 29.
  • 25. 25 Figura 9: Eventos de Fim. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 30. c) Atividades – os recursos são uma representação da forma que a atividade será realizada, eles também podem fazer parte de diferentes atividades: tarefas, subprocesso e processos;
  • 26. 26 Figura 10: Atividades. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 31-32.
  • 27. 27 Figura 11: Atividades. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 32. d) Decisões (gateways) – utilizado para definir o fluxo a ser seguido, pode ser composto por sete indicadores, porém os mais utilizados são: Exclusivo: atividades que necessitam de tomadas de decisões, ex. sim, não ou talvez, e Paralelo: atividades que são executadas simultaneamente; Figura 12: Decisões (Gateways). Fonte: SML Brasil, 2020. Os recursos utilizados pelo BPMN para a modelagem do processo necessitam de conexões, para a indicação do fluxo, são três tipos utilizados, essas conexões tornam o processo de mais fácil entendimento.
  • 28. 28 Figura 13: Objetos de Conexão. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 34. Além das conexões, são utilizados artefatos, para auxiliarem com agrupamento de atividades, informações de determinadas atividades, como informações sobre documentação, informações adicionais, entre outras. Figura 14: Artefatos. Fonte: Manual de gestão por processos, 2013, p. 37. A notação BPMN pode ser representada por um modelo simples ou complexo, além de contribuir com a representação gráfica do processo dos fluxos de cada etapa do processo, auxiliando na compreensão de todos os setores envolvidos, para um melhor entendimento do processo será apresentado um fluxo com as simbologias BPMN.
  • 29. 29 Figura 15: Exemplo de utilização da notação e simbologia BPMN. Fonte: BPM CBOK, 2009, p. 82. Toda a simbologia BPMN dentro do processo apresenta uma finalidade de utilização, para a fácil leitura e entendimento, para assim suprir todas as necessidades da organização, além de poder ser melhorada durante a execução. 1.3 Logística Interna Este trabalho tratará da logística interna e/ou logística de produção de munições pertencente a cadeia química, no entanto o mesmo faz parte de um conjunto de quatro partes, composto por: Logística Inbound – processo que trata da aquisição de matéria prima, contato com fornecedores, entre outras; Logística Interna – processo de produção que será abordado nesta fase do trabalho; Logística de Armazenagem – processo de acondicionamento de produtos e por fim Logística Outbound – processo de distribuição. A Logística Interna ou Logística de Produção segundo Bertaglia (2009, p. 128) é um processo de confecção ou aperfeiçoamento de um produto para disponibiliza-lo para o mercado consumidor, onde abrange todos os setores internos da empresa, esse processo controla todo o fluxo de matéria prima que será utilizada dentro da fábrica, abastecendo
  • 30. 30 as linhas de produção e a expedição do produto acabado, além de controlar a matéria prima, cuida da mão de obra especializada e auxilia nas informações do processo produtivo. Nesta etapa se define o que será produzido, quanto, quando e onde produzir, essa fase também conta com os responsáveis pela fabricação, como: engenheiros de produção e designers de produto. O processo de produção vem evoluindo ao longo dos anos e possui três fases: a) Produção Artesanal: todo o processo é feito de forma manual, sem o auxílio de máquinas; b) Produção Industrial: o processo utiliza máquinas que auxiliam no processo de produção, mas ainda necessita do trabalho manual; c) Pós-Industrialização: todo o processo é feito por máquinas, sem trabalho manual. Alguns benefícios da logística de produção na operação: a) Redução de custos; b) Realocação de recursos; c) Aumento de produtividade; d) Aumento de qualidade; e) Correção de falhas. A produção se inicia pela demanda de mercado, qualidade dos produtos e quantidade ofertada, através disso são definidos os processos que serão adotados pela empresa, para produção das mercadorias, existe também os sistemas de produção, que são denominados por: a) Processos padronizados: produzidos em quantidade e uniformidade; b) Processos sob medida: produzidos de acordo com as especificações do cliente; c) Processos contínuos: produzidos com alta uniformidade e automação do processo de produção; d) Processos em massa: produzidos em grande escala; e) Processos em lotes: produzidos por demandas, com volume médio e padronizado;
  • 31. 31 f) Processos por projetos: produzidos para atender necessidades especificas, data específica de entrega; De acordo com a metodologia Kamban, existe formas de melhorar as operações, sendo possível reduzir custos, otimizar tempo e evitar GAP’s7 durante a operação, reduzir assim o número de erros e de retrabalho, além de corrigir falhas sobre o processo, o que proporciona mais agilidade na execução das atividades, onde a margem de lucro pode aumentar de acordo com o melhoramento da produção. Tanto a área de produção, quanto a de logística, quando aprimoradas, influenciam nos resultados uma da outra e faz com que os índices cresçam com qualidade. Para que se possa eliminar prejuízos e otimizar a produção, é necessário ter um plano mestre de produção bem elaborado. Solana (1994, p. 136), expressa que a otimização da linha de produção é uma necessidade para se evitar prejuízos e garantir a lucratividade para as organizações. Essa etapa é fundamental no planejamento de produção, por isso e necessário saber quais ordens de fabricação são mais importantes, definição de prazos, utilização de mão de obra especializada, equipamentos, de forma a otimizar a produção. A área responsável por esse processo é o PCP8, que nada mais é que o departamento estratégico e tático do planejamento de produção. Existe quatro etapas principais para o planejamento da produção, que se bem definidos manterão a produção alinhada. Figura 16: Plano Mestre de Produção. Fonte: TECNICON Busines Suite, 2020. 7 Falhas, lacunas ou divergência na produção. 8 Planejamento e Controle de Produção.
  • 32. 32 a) Previsão de demanda (pedidos dos clientes) – é necessário fazer uma previsão de demanda, para um determinado período, para que a organização tenha uma base da quantidade a ser produzida; b) Planejamento de capacidade de produção (previsões) – deve-se determinar a capacidade da organização de médio a longo prazo, para que se possa providenciar a aquisição da matéria prima para a produção; c) Planejamento da produção – planejar a produção a curto prazo, para que se possa reservar recursos para produções mais relevantes; d) Armazenagem (situação do estoque) – manter um estoque de segurança, para eventuais necessidades, como: pedidos extras, falta de matéria prima, atraso nas entregas ao CD9 , entre outras. A logística interna nos dias de hoje e fundamental para o planejamento estratégico das organizações, antes era vista somente como distribuição e transporte. Ballou (1999, p. 31), diz que para se ter sucesso, todos os setores e processos devem estar alinhados. A logística interna, não está ligada somente a produção, como também compreende vários setores como: Sistema de automação, manuseio de matérias, equipamentos, embalagens etc., ou seja, cuida de todos os fluxos para que os itens certos estejam no lugar certo, na quantidade certa e na hora certa. A ausência da logística interna, gera problemas na movimentação de matéria prima que abastece as linhas de produção, o que torna o processo produtivo inviabilizado, acarretando outros problemas em vários setores, como na distribuição física. O que exige uma boa gestão da logística interna. Martins (2000, p. 33), classifica a logística interna como: [...] Tendo a função de controlar todos os tipos de fluxos e movimentações existente na organização... a logística interna ordena de forma alinhada todos os setores, para que os materiais certos estejam disponíveis na hora e local certo. Conceituado o termo de logística interna ou logística de produção, e suas funções de gerir de forma ordenada a organização de matéria prima e outros setores, no tempo certo 9 Centro de Distribuição.
  • 33. 33 e na quantidade certa, será feito uma modelagem de processo da cadeia química, que no caso será a fabricação de munição. 2 Fluxo de processo Para esta fase do trabalho será descrita o fluxo do processo interno, será desenvolvido a partir das características de produção da munição, pertencente a cadeia química, será detalhado todo o processo, desde o recebimento do material para abastecimento da linha de produção até o despacho para o centro de distribuição da QuimLog Enterprise. Vale ressaltar que por se tratar de um produto bélico, poucas informações são divulgadas por motivos de segurança. Figura 17 - Munições de vários calibres. Fonte: Forças Aéreas Brasileiras (FAB). O processo interno começa com o recebimento da matéria prima, vindo do almoxarifado através de pedido para abastecimento da linha de produção, após o recebimento e feita uma conferência para verificar se todos os componentes solicitados foram encaminhados corretamente, caso esteja faltando algum componente e feito uma nova solicitação da matéria prima para dar continuidade na produção, caso esteja tudo correto, os componentes são enviados para a linha de produção. Todo o processo é feito de forma automatizada, através de máquinas, após dado início a produção poucas vezes
  • 34. 34 terá contato humano. O primeiro passo é feito de forma simultânea, com a bobina de latão sendo encaminhada para a máquina de corte e o lingote de chumbo indo para a máquina de fundição com temperatura entre 560ºC à 760ºC, após o corte da bobina de latão as peças serão moldadas, para assim virarem o copinho de latão de acordo com o calibre desejado e o lingote de chumbo fundido sai em forma de fio, que também irá passar pela máquina de corte para virar a ponta da munição de acordo com o calibre a ser fabricado, após todas as pontas estarem cortadas, ela irá aguardar até a montagem da munição. Figura 18 - Lingote de chumbo/Ponta e Bobina de latão/Copinho de latão Fonte: CBC, 2018. Com o copinho de latão moldado, encaminhar o mesmo para a prensa de estiramento, onde o processo são de 240 batidas por minuto, ou seja, são 240 copinhos de latão que se tornarão o corpo da munição, após a prensa de estiramento o corpo da munição passa pelo recozimento, para que em seguida possa ir para a prensa de modelagem e assim dar o formato correto ao corpo da munição, essa fase de modelagem também são 240 batidas por minuto, ou seja, a cada minuto 240 estojos de munições estão prontos para o primeiro controle de qualidade.
  • 35. 35 Figura 19 - Estojos da munição. Fonte: CBC, 2018. A primeira vistoria de qualidade é a única vez que o processo será feito de forma manual, o restante do processo de fabricação será feito de forma mecânica, a vistoria é feita uma a uma, caso não esteja dentro do padrão o estojo será descartado, se estiver nos conformes passa para a próxima etapa, esta fase o estojo da munição passa pelo cozimento da boca, para que possa mais para frente receber o restante dos componentes, após o recozimento da boca o corpo da munição passa por mais um controle de qualidade, mas de forma automática, através de fotos e comparativos com o protótipo original, se não passar pelo controle de qualidade os estojos defeituosos são descartados, se estiver dentro do padrão, a mesma passa para a próxima fase, para que se possa receber a espoleta, que é colocada na base do corpo da munição, nessa etapa são espoleteadas 83 estojos por minuto, após ser aplicada a espoleta é feita mais uma vistoria para conferencia da espoleta e furo do evento10 , caso a conferencia não seja aprovada o estojo é descartado, se estiver dentro dos parâmetros o corpo da munição passa para a fase de aplicação de verniz, que garante a vedação da espoleta com o bolso da munição11 , a partir do verniz aplicado ao estojo, o mesmo passa para a fase de montagem da munição, onde ela recebe a pólvora e o projetil12 , após receber o restante dos componente a munição para a prensa para fixação da projetil no estojo, vale ressaltar que a máquina está calibrada para a quantidade de 10 Pequeno furo na espoleta. 11 Local na base do estojo para colocar a espoleta. 12 Ponta da munição.
  • 36. 36 pólvora para cada tipo de munição, onde a mesma coloca a pólvora e pesa, antes de mandar para a prensa. Figura 20: Fixação do Projetil no Estojo da Munição. Fonte: CBC, 2016. A partir da fixação do projetil no estojo da munição, a mesma já em fase final passa pela aplicação de betume para garantir a vedação da ponta no corpo da munição, após a aplicação do betume a munição passa pelo controle de qualidade visual, onde se encontra câmeras instaladas na própria máquina que verifica diâmetro e comprimento do cartucho, se não estiver dentro do padrão as munições são descartadas pela própria máquina, se estiver de acordo com os padrões de qualidade ela passa para a fase de gravação a laser, onde a munição receberá em sua base o calibre da munição e o fabricante, assim que recebe a marcação a laser a munição passa por mais um controle de qualidade antes de ser embalada, se não estiver dentro dos padrões a munição é descartada. Antes do processo de embalagem uma quantidade de munições são separadas para passar pelo teste balístico para o controle de qualidade final no produto, o teste balístico serve para averiguar a velocidade do projetil, pressão, tempo de ação, tudo isso de acordo com as normas nacionais e internacionais para munições projetadas, além disso os testes são feitos em temperaturas extremas, são testadas em frio extremo que chega a -54ºC, temperatura ambiente em torno de 21ºC e calor intenso de 52ºC, para que a munição possa suportar qualquer temperatura sem apresentar danos aos usuários das munições, se apresentar defeito como a não deflagração ou explosão do cartucho o lote
  • 37. 37 inteiro é descartado, caso esteja tudo dentro das conformidades o lote passa para a fase de embalagem, por ser um produto extremamente perigoso o controle de qualidade é bem rigoroso. Figura 21 - Teste balístico. Fonte: CBC, 2016. Se o lote passar pelo controle de qualidade as munições passam para a fase de embalagem, onde irá receber três tipos de embalagens e suas respectivas etiquetas de identificação. A primeira embalagem é o Blister plástico que recebe dez (10) munições, após a vedação do blister ele recebe a etiqueta de identificação com o calibre da munição, selo do INMETRO, lote, data de validade etc., após ser feito o processo de embalagem e identificação, o mesmo passa por um processo de vistoria, para averiguar se a embalagem não está danificada e se todas as informações estão corretas, esse controle de qualidade é feito de forma mecânica, com câmeras instaladas na própria máquina, caso aja algum problema a máquina desvio o produto embalado para a vistoria manual ou para que o produto seja desembalado e retorne para ser embalado novamente, se estiver tudo correto passa-se para a próxima embalagem, esse processo de vistoria e feito durante as três embalagem, para que o produto final esteja em perfeitas condições para ser entregue ao cliente final , a embalagem secundaria é um estojo de papel para unitização do blister, esse estojo é composto por cinco (5) blísteres, totalizando 50 munições, após a unitização esse estojo também recebe a etiqueta de identificação com as respectivas informações, como: calibre da munição, quantidade, peso e demais informações, a terceira embalagem e a caixa de papelão que recebe 20 estojos, totalizando mil munições, após toda munição
  • 38. 38 acomodada na caixa, a mesma recebe a etiqueta de informações, com os seguintes dados: etiquetas de manuseio, logomarca da empresa, simbologia de risco, e todas as informações necessárias para o transporte. Figura 22 - Tipos de embalagens. Fonte: Grupo QuimLog Enterprise (Fatec Indaiatuba), 2019. Assim que a carga termina de ser embalada ela seguira para a expedição, o setor de expedição também é responsável pelo recebimento do pedido o cliente, para que a carga seja preparada de acordos com o pedido, após o recebimento do pedido a mercadoria é separada e feita toda a parte de documentação necessária para a saída de mercadoria da fábrica, após feito a separação da carga é verificada para certificar se está tudo correto, caso o pedido esteja divergente com carga é solicitado que seja feito a correção, se estiver tudo de acordo a carga será paletizada e strechada para evitar que o pedido se movimente durante o transporte. Com os produtos embalados e paletizados eles seguirão para o centro de distribuição da QuimLog Enterprise, para isso a emissão de alguns documentos é necessário, como: nota fiscal da mercadoria, guia de trafego (vide anexo 14), conhecimento de transito, ficha de emergência, entre outros, após a emissão dos documentos a carga é conferida, caso não esteja correta é necessário a emissão de uma nova nota fiscal contendo a quantidade correta de mercadoria caso esteja tudo certo ou seja feita uma nova documentação, a carga é acondicionada no caminhão (vide anexo
  • 39. 39 15, 16 e 17 sobre contrato de prestação de transporte), e o mesmo é lacrado, mas para que a mercadoria siga seu destino, é necessário acionar a escolta armada (vide anexo 18,19 e 20 sobre o contrato de escolta) e aguardar a verificação do perímetro, após a verificação o caminhão é liberado pela portaria e segue para o CD da QuimLog sempre acompanhado pela escolta, para que não aja reconhecimento do tipo de carga transportada o caminhão não tem identificação da carga, somente dos componentes, que no caso é explosivo, e a escolta armada também não tem identificação acompanha a carga à paisana, mantendo uma certa distância para não chamar atenção, mas prestando sempre os devidos cuidados para não perder o caminhão de vista.
  • 40. 40 Figura 23 - Fluxo do Processo Interno Fonte: Autora
  • 41. 41 3 Custos do processo Para melhor compreender os custos do processo Interno é necessário ter conhecimento de alguns conceitos básicos referentes aos custos logísticos, sendo utilizados desde os processos logísticos de abastecimento, produção, armazenagem e distribuição. Ao ser abordado esses custos, deve-se considerar sua importância em diferentes tipos de negócios, possibilitar à gestão logística e tomar decisões e ações capazes de levar os níveis de serviço desejados ao menor custo possível, em todas as situações práticas. Cada empresa tem diferente situações referentes aos custos logísticos, algumas organizações oferecem seus produtos e serviços somente para o mercado nacional, enquanto outras exportam seus produtos e serviços a diversos países. De acordo com Martins (2003, p. 24) será exposto alguns conceitos básicos que são relevantes para um bom entendimento do assunto. a) Gastos: segundo a ótica contábil são sacrifícios financeiros com os quais uma pessoa, organização ou governo, têm que arcar a fim de atingir seus objetivos e a obtenção direta de um produto ou serviço qualquer, como: matéria prima ou prestação de serviço ou utilizados na obtenção de outros bens ou serviços a serem respectivamente fornecidos ou prestados. b) Investimentos: são os recursos comprometidos para funcionamento específico, gastos que fazem parte dos ativos da empresa, composto por bens e direitos, de propriedades da organização, tais como equipamentos de movimentação, veículos instalações, prateleiras, os próprios estoques etc. podem ser considerados como investimentos. c) Perdas: são bens ou serviços consumidos de formas anormal ou involuntária, ou seja, algo inesperado, tal como a obsolescência13 dos estoques. Podemos também, associar as perdas com as falhas e aos desperdícios incorridos no processo, por exemplo, com atividades que não agregam valor e precisam ser minimizadas ou eliminadas. d) Despesas: são todos os gastos incorridos no esforço de obter receitas, como propaganda e publicidade realizada pela área de Marketing a fim de ganhar cliente para consumo de seus produtos ou serviços e com isso aumentar sua receita. 13 Processo de tornar-se obsoleto, sem uso.
  • 42. 42 e) Custos: são gastos relacionados aos sacrifícios dos recursos ocorridos no processo produtivo, como os custos de depreciação de máquinas, assim como a mão de obra do pessoal envolvido desde o processo Inbound até o Outbound, esses custos são elementos essenciais as estratégias da empresa. Bloomberg et al. (2002, p. 36) afirma que os custos podem ser empregados como diretos, indiretos, fixos e variáveis. Cada um destes custos revela a importância para a tomada de decisões em logística. a) Custos diretos: são todos os custos que estão relacionados diretamente com a execução de um serviço ou produto. Exemplo: Mão de obra direta (ligada a fabricação do produto) e matéria prima. b) Custos indiretos: são todos os custos que estão relacionados aos gastos do funcionamento de uma empresa: Exemplo: mão de obra indireta (gestores, supervisores e diretores). c) Custos Fixos: são aqueles que havendo ou não produção eles são mantidos. Exemplo: Segurança, depreciação, funcionários. d) Custos Variáveis: são os custos que aumentam ou diminuem conforme o volume da produção. Exemplo: Fornecedores, energia, frete. Após o compreendido o conceito dos custos logísticos, será apresentado o conceito do custeio ABC14 , que será utilizado para demostrar o custo de cada atividade do processo Interno. A ideia do custo ABC surgiu do fato que os métodos de custeio utilizados distorciam os valores, além de reconhecer que os custos indiretos de produção e de automação e de deficiência da apropriação dos custos indiretos comuns com base em um critério único: horas de mão de obra direta. As empresas perceberam que os consumidores começaram a exigir maior variedade de produtos em menores quantidades, o que leva ao montante de custos indiretos resultasse em uma parcela significativa nos custos totais das empresas. De acordo com Manning (1995, p. 125), a gestão estratégica de custos, da qual faz parte o ABC, reconhece que os custos não são dirigidos unicamente para os bens produzidos, mas também, para servir os clientes e os canais, por meio dos quais os produtos são oferecidos, removendo a restrição de que todos os custos devam ser relacionados aos produtos para que se tenha uma visão mais adequada dos custos 14 Activity Based Costing
  • 43. 43 consumidores. De qualquer forma, esta abordagem nos dá uma informação adicional das razões para a posição dos custos por produto, canal e por clientes. Dentro dessa perspectiva, permite gerenciar e compreender os diferentes custos relatados para alguma dessas categorias ou para o relacioná-las. Após entendido suas perspectivas, irá ser realizada a análise dos custos diretos e indiretos sobre os serviços prestados dentro do processo Interno. Quanto aos custos diretos eles tendem a ser facilmente alocados aos itens de avaliação; como no caso da avaliação de desempenho de uma máquina (que abrange depreciação do equipamento, salários e encargos dos funcionários do processo, manutenção e etc.), porém os gastos indiretos já não são ligados diretamente aos gastos do maquinário, e com isso será um pouco mais difícil de identificar, para minimizar este problema é necessário entrar aos métodos de custeio, entre esses métodos está o ABC (Custeio Baseado em Atividades). Conforme Kaplan e Anderson (2007, p. 8), diz que como qualquer metodologia o ABC tem algumas limitações e restrições, e comentam que a implementação do ABC tem os seguintes problemas. a) Os processos de entrevistas e levantamento de dados são demorados e dispendiosos: b) Os dados para o modelo ABC são subjetivos e de difícil validação: c) O armazenamento o processamento e a apresentação dos dados são dispendiosos: d) A maioria dos modelos ABC foca processos específicos e não fornece uma visão integrada das oportunidades de lucro em todo âmbito da empresa: e) O modelo ABC não é atualizável ou adaptável facilmente as novas circunstâncias: f) O modelo incorre em erro teórico ao ignorar a possibilidade de capacidade ociosa. Agora realizaremos algumas etapas para o melhor entendimento da utilização do modelo ABC. Em seguida do conceito, aplica-se o custo ABC (Activity Based costing) onde é calculado todos os gastos no processo Interno da cadeia química com ênfase no material bélico (munição). Com o detalhamento realizado, é possível verificar onde existe excessos dos gastos de materiais que compõem o processo Interno, uma vez que avaliado será feito a redução dos custos onde resultará em uma maior eficácia no processo.
  • 44. 44 A princípio será apresentado uma lista que contém todos os gastos da operação, como os custos do processo produtivo, que contém os custos diretos variáveis e custos indiretos fixos de produção, além do processo de distribuição e despesas comuns, e também despesas administrativas de infraestrutura, conforme Tabela 1,2 e 3. Tabela 1 - Custos Produtivos. Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 1)
  • 45. 45 Tabela 2 – Custos do processo Logístico de Abastecimento Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 2)
  • 46. 46 Tabela 3 - Custos Despesas Gerais Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 1) Foi apresentado na Tabela 3 as despesas com as documentações essenciais e específicos utilizadas no funcionamento da organização de acordo com as leis para fabricação de munições. Após a apresentação de todos os custos de cada processo, será preenchida a Tabela 4, de acordo com os recurso que serão utilizados, como: tempo, % espaço utilizado, frequencia, quantidade de docas, entre outros. Abaixo se encontra as siglas que serão utilizadas no preenchimento das tabelas. a) PPCP – Programação, Planejamento e Controle de Produção; b) MOV – Movimentação; c) APA – Armazenagem do Produto Acabado; d) LDN – Logística de Distribuição Nacional.
  • 47. 47 Tabela 4 - Direcionadores de Recursos Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 2) Já a Tabela 5 foi preenchida com as contas gerais do processo, como: manutenção de maquinário, seguro das máquinas industriais, depreciação de maquinário, mão de obra direta, entre outros custos, o que totaliza o valor de R$ 201.046,97, que são gastos mensamente com a operação do Processo de Produção. Sendo que o valor gasto com a operação de produção soma o total de R$ 92.800,81 mensal Tabela 5 - Contas Gerais Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 3)
  • 48. 48 Conforme a Tabela 6, apresentada abaixo, foi preenchida de acordo com os gastos proporcionais destinados a PPCP15 , que juntos somam o valor de R$ 9.561,73 mensal. Tabela 6 - Recursos Consumidos na programação, planejamento e controle de produção Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 4) A próxima tabela a ser apresentada é a Tabela 7, que contêm os recursos consumidos na parte de movimentação dentro da empresa, o valor total calculado para essa finalidade é de R$4.130,00. Tabela 7 - Recursos Consumidos Movimentação Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 5) A tabela a seguir apresenta os custos do PPCP e MOV gastos com a produção da munição, soma desses gastos é equivalente a R$ 13.691,73 mensal. Tabela 8 - Custo Programação, Planejamento e Controle de Produção e Movimentação Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 6) 15 Programação, Planejamento e Controle de Produção.
  • 49. 49 Após a disposição de todos os gastos e recursos utilizados feitos acima, é feito o resultado final do Exercício, em que se apresenta todos os gastos consumidos e a disposição dos mesmos, pode-se verificar total gastos, como: salários, aluguel do prédio, segurança entre outros, conforme preenchida a Tabela 9, pode-se ter o resultado final gasto com a operação de Logística Interna ou de Produção, que mensalmente apresenta um valor variável de R$179.504,77. Tabela 9 - Resultado do Exercício Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 7) Por fim é apresentado na Tabela 10, a Receita Liquida Mensal, essa tabela apresenta além dos gastos totais com a produção, oferece uma visão geral dos gastos dos Processos: Inbound, Armazenagem e Outbound, outro fator disposto na tabela é receita bruta de venda da mercadoria que totalizou o valor de R$ 103.700.000,000. Após descontado os gastos de cada processo a Receita Liquida final apresenta o valor de R$ 68.997.687,48. Pode- se então concluir que a operação geral apresenta um bom
  • 50. 50 rendimento final, em que a empresa gerou lucro, o que pode significar a boa distribuição de recursos, durante todo o processo. Tabela 10 - Resultado Final do Exercício Fonte: Adaptado de Faria e Costa (2005, p. 7)
  • 51. 51 Figura 24 - Fluxo do Processo Interno e Custos Fonte: Autora
  • 52. 52 4 Aspectos legais Os aspectos legais são algumas da partes mais importantes para o processo Interno ou de produção da cadeia química, por se tratar de um produto controlado pelo Exército Brasileiro requer certos cuidados com documentação, pois a falta de um único documento pode acarretar com a paralização da produção, como também inviabilizar todo o processo, por isso a existência desses documentos comprovam os devidos registros de funcionamento, qualidade, segurança, entre outros. A seguir será apresentado os documentos que serão utilizados no processo Interno, assim como normas e decretos. a) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) – Documento que identifica uma pessoa jurídica e outros tipos de arranjo jurídico, junto à Receita Federal16 , vide anexo 1. b) Alvará de Funcionamento – Documento de autorização para que a empresa possa exercer suas atividades, valido para todos os tipos de empresas, como comercial, industrial ou prestadores de serviços, vide anexo 2. c) Contrato Social – Tem a finalidade de registrar legalmente o funcionamento da empresa junto ao governo, além de definir o ramo da organização, informações sobre o Capital Social, entre outros, estabelece também normas de relacionamento entre os sócios e a sociedade, vide anexo 3, 4 e 5. d) Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro – Instrumento que possibilita a autorização da empresa para atividades com PCE17 , vide anexo 6. e) Certificado de Licença de Funcionamento da Polícia Federal – É o documento que habilita as empresas a exercerem atividades com substâncias químicas controladas pela DCPQ18 , vide anexo 7. f) Atestado de Regularidade – Emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar que certifica que a edificação possua condições de segurança contra incêndio e explosões, assim como saídas de emergência de fácil acesso, previstos pela legislação, vide anexo 8. 16 Órgão do Ministério da Economia. 17 Produto Controlado pelo Exército. 18 Divisão de Controle de Produto Químico.
  • 53. 53 g) Contrato Trabalhista – Estabelece regras da relação trabalhista previstas na CLT19 , além da relação entre empregador e empregado, vide anexo 9, 10 e 11. Esses são os documentos necessários para que se possa começar qualquer processo dentro de uma empresa pertencente a cadeia Química, vale ressaltar que esse não são os únicos, por se tratar de cadeia bem complexa com ênfase em munições, é exigido atenção a legislação e aprovação junto aos órgãos governamentais necessários para o manuseio de substancias químicas e explosivas, pois se trata de produtos controlados que apresenta um alto grau de periculosidade a sociedade e ao meio ambiente. A seguir será analisado os Órgãos Governamentais e suas devidas funções, conforme a necessidade da empresa para a fabricação de produtos bélicos. De acordo com o Diário Oficial da União, Decreto nº 9.844, de 25 de junho de 2019: “Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, a fabricação e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas.” a) COLOG20 – É o órgão de direção setorial do Exército Brasileiro, incumbido21 de prever e prover, no campo das atividades logística de suprimento, fabricação, manutenção e transporte, os recursos e serviços necessários ao Exército e as necessidades de mobilização dessas atividades. b) Receita Federal – É um órgão que tem como responsabilidade a administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar no combate à evasão fiscal22 , contrabando, descaminho, pirataria e tráfico de drogas, armas, munições e animais. c) ANVISA23 - É a agência reguladora, sob a forma de autarquia24 de regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, no exercício do controle sanitário sobre todos os produtos e serviços. 19 Consolidação da Leis do Trabalho. 20 Comando Logístico. 21 Encarregado. 22 Sonegação 23 Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 24 Forma de governo em que um indivíduo ou grupo tem poder absoluto sobre a nação.
  • 54. 54 Após realizado as exigências dos Órgãos Governamentais citados anteriormente, é necessário ainda estar de acordo com as Normas Regulamentadoras (NR), que fornecem orientações sobre procedimentos relacionados a segurança e saúde do trabalhador regidos pela CLT, e Normas Brasileiras (NBR), que fornecem certificação para melhoria interna dos processos. Para o processo Interno ou de produção é necessário seguir a normatização das NR e NBR que serão exemplificadas abaixo: a) NR 9 - Norma que dispõe sobre o programa de prevenção de riscos ambientais. Essa norma dá suporte na prevenção dos riscos ambientais e a saúde e integridade dos funcionários, pois os mesmos manusearão lingote de chumbo e pólvora, materiais contaminantes e perigosos. b) NR 11 - Norma que dispõe sobre transporte, movimentação e manuseio de materiais. Essa norma dá suporte e orientação sobre todos os equipamentos de movimentação utilizados no manuseio da matéria prima até a linha de produção e treinamento correto dos funcionários. (exemplo: empilhadeiras e maquinário). c) NR 19 – Norma que dispõe sobre explosivos. Essa norma dá suporte necessário para o correto manuseio da pólvora (material explosivo), não podendo ser dentro da cidade e sua utilização para produção de munições devem manter certa distância de outras partes da empresa, e o número de funcionários deve ser mínimo possível no local. d) NBR ISO25 14001 – Norma que dispõe sobre os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais, pois o uso de material contaminante na produção é grande e deve ser estudo formas de descarte correto dos materiais. Outro aspecto a ser abordado são os Regulamentos que fiscalizam a produção de produtos controlados pelo Exército Brasileiro. Esses regulamentos visam fiscalizar a estrutura organizacional, as pessoas envolvidas na produção e o manuseio dos acessórios iniciador (espoleta) e explosivo (pólvora). Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Decreto nº55.649- de 28 de janeiro de 1965, CAPÍTULO I – Art. 1º: “Este Regulamento tem por objetivo fixar as normas para a fiscalização da fabricação, recuperação, manutenção, utilização industrial, manuseio, 25 International Organization for Standardization
  • 55. 55 armazenamento, comércio e tráfego de armas e munições, pólvoras explosivas e seus elementos e acessórias (espoletas, estopins, cordéis detonantes etc.), produtos químicos básicos e agressivos e outros materiais constantes da Relação de Produtos Controlados pelo Ministério do Exército, ou que venham a ser incluídos na referida Relação.” Outra forma de se legalizar as operações de uma empresa é a partir de Leis, Decretos e Portarias que estabelecem parâmetros e normas a serem seguidas. Lei se define como regra, prescrição escrita que emana da autoridade soberana de uma dada sociedade e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de sanções. Decretos já significa ordem ou resolução emanada de autoridade superior ou instituição, civil ou militar, leiga ou eclesiástica. E por fim Portarias são atos administrativos, geralmente internos, expedidos pelos chefes de órgãos. De acordo com a Lei nº 10.826 de 22 de dezembro de 2003 - Art. 24: “Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas de fogo e munições.” Segundo a Portaria nº56 – COLOG de 5 de junho de 2017, CAPÍTULO II DO REGISTRO PARA A ATIVIDADE DE FABRICAÇÃO DE PCE - Seção I – Art. 34: “A concessão de registro para a fabricação ou o apostilamento de PCE ao registro deve ser precedida da aprovação de protótipo por meio de avaliação técnica, ressalvados aqueles PCE dispensados da avaliação técnica.” Conforme COLOG (2017), para que se possa produzir qualquer tipo de munição, antes é necessário ter o registro de protótipo e registro de fabricação aprovado junto ao Exército Brasileiro. Exemplo disponível em anexo 12 e 13. De acordo com o Inciso VI do Artigo 21 da Constituição Federal de 1988 - Compete a união autorizar e fiscalizar a produção e comércio de materiais bélicos. O Decreto nº 20.531 de 24 de janeiro de 1946 Art. 1º: “Prevê que de um modo geral cabe a diretoria e ao órgão central de materiais bélicos controlar as questões referentes a produção, aquisição, manutenção, estocagem e distribuição de materiais bélicos.” Após estudado as documentações, autorizações, contratos, leis e decretos sobre a produção de munições, pode se iniciar o processo de Interno da cadeia Química, vale ressaltar que mesmo cumprindo todas as exigências junto aos Órgãos Responsáveis, há sempre a burocracia para se conseguir as autorizações necessárias, a periculosidade do processo, a dificuldade de padronização e os certificados.
  • 56. 56 Figura 25 - Fluxo do Processo Interno e Aspectos Legais Fonte: Autora
  • 57. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho foi elaborado com a finalidade de estudar e compreender o processo Interno da cadeia química de munições no Brasil, foi formulado para este relatório a fundamentação teórica sobre a modelagem de processos, que deu uma visão sobre a cadeia estudada e como modela-lo, além do uso da notação BPMN (Business Process Management), que apresentou as formas de elaboração dos processos e o aprofundamento sobre o processo Logístico Interno. O produto escolhido (munição) apresentou um desafio sobre a coleta de informações, no entanto nada que dificultou o estudo e análise do processo, mas incentivou a busca pelo conhecimento aprofundado da Cadeia Química. O tema munição que foi escolhido para a elaboração deste relatório, não é muito explorado no meio acadêmico, dado a restrição de informações sobre o tema, devido a questões de segurança que envolve a produção de Munições no Brasil e no Mundo. De um modo geral, a cadeia química atualmente ganha cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional, onde a empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) estudada para este relatório, apresentou um faturamento de cerca de US$ 24 bilhões no último ano, o que torna o mercado muito propício ao estudo, devido à grande concorrência econômica que apresenta. Foi utilizado de visita técnica e entrevistas físicas com especialistas da área, realizadas na guarda civil de Indaiatuba-SP ministrada pelo Subinspetor Cossa e o encarregado de equipe da GCM 2 da guarda civil de Itu-SP, Carlos Henrique da Silva e o Supervisor de Operações Logísticas da empresa CBC, Diego Roberto Laffot, que forneceu informações que complementam o estudo sobre processos e custos dentro da operação, através dessas informações obtidas, foi possível desenvolver o fluxo detalhado de todas as etapas da operação em questões. Além da entrevista com os profissionais citados acima, utilizou-se também do estudo aprofundado sobre custos, que envolve cada passo do processo logístico Interno e os aspectos legais realizado no processo, através da elaboração das tabelas de custo foi possível identificar as margens de custo gasto para a realização de cada processo e também os custos que estavam sendo utilizados de forma errônea, outro aspecto abordado foi a identificação dos documentos exigidos para o funcionamento de uma empresa, acompanhado das leis e decretos que a cadeia química pede para o produto munição que
  • 58. foi estudado para a formulação deste relatório. Com base na questão problematizadora deste relatório, foram elaborados três fluxos com base no processo Interno que descreveu o passo a passo da produção de munição e o deslocamento do produto acabado para o Centro de Distribuição da QuimLog, o outro foi com base nos custos estudos, e por fim os aspectos legais que foram utilizados para a cadeia química, com o objetivo de trazer maior compreensão ao processo analisado. A partir da notação BPMN pode ser modelado o fluxo do processo Interno da cadeia química mais especificamente da indústria bélica, após a modelagem do processo, pode-se observar o funcionamento dos recursos aplicados, o que forneceu um conhecimento maior sobre a cadeia logística e sobre a produção de munição, através da modelagem foi possível identificar possíveis problemas no funcionamento do processo Interno, o que proporcionou visibilidade da produtividade, controle dos gastos, aperfeiçoamento contínuo da organização entre outros aspectos. Conclui-se no presente relatório a importância da organização determinar a análise do percentual de produtividade do processo através das ferramentas utilizadas, onde foi feito o mapeamento e modelagem. Dada a importância de cada evento do processo foi possível observar que cada etapa é relevante, pois dessa forma é possível encarar as fragilidades do processo e trabalhá-las para que sejam estruturadas corretamente. Foi estudado os custos da operação, em que se pode analisar os devidos desperdícios para que assim possa ser reorganizado a fim de otimizar dos custos, outro aspecto estudado foram os aspectos legais que garantiram uma visão das leis e decretos exigidos para o funcionamento da organização. Logo conclui-se que o objetivo foi executado com sucesso, além de explorar a melhor forma de utilização dos recursos oferecidos.
  • 59. REFERÊNCIAS ALMEIDA, E. A comunicação de mercado. Aspectos polissêmicos do discurso persuasivo. São Bernardo do Campo, 2012. 59 p. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 1999. 31 p. BERTAGLIA, Paulo R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2009. 54 p. BLOOMBERG, R. D. et al. Nutritional defi ciencies following bariatric surgery: what have we learned? Obes Surg, New York, 2002. 36 p. CARDOSO, V. Construção de Modelos de Gestão articulados por Modelos de Referência: Uma Investigação sobre o uso dos Modelos de Referência de Qualidade e Excelência. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção, Rio de janeiro: COPPE/UFRJ, 2008. 23 p. DAVENPORT, T. H. Reengenharia de processos: Como inovar na empresa através da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 24 p. Dicionário Aurélio; Editora Positivo, 1987. FALCONI, V. C. Gerenciamento Pelas Diretrizes, Belo Horizonte, DG, 2002, 52 p. HAMMER, M.; CHAMPY, J. Reengenharia: Revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 24 p. HARMAN, Chris. Zombie capitalism: global crisis and the relevance of marx. Chigaco: Haymarket Books, 2007. 45 p.
  • 60. HARMON, P. Business Process Change: A Guide for Business Manager and BPM Six Sigma Professionals. Florida: MK, 2007. IMAI, M. K. A Estratégia para o Sucesso Competitivo, São Paulo, Imam, 1994. 136 p. JÚNIOR, O.; SCUCUGLIA, R. Mapeamento e Gestão por Processos – BPM: Gestão Orientada à Entrega por meios dos Objetos. São Paulo: M.Books, 2011. KAPLAN, R. S.; ANDERSON, S. R. Time-Driven Activity-Based Costing. Harvard Business Review, v. 82, n.11, November, 2004, 78 p. MARANHÃO, M.; MACIEIRA, M. E. O processo nosso de cada dia: modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 10 p. MARTINS. Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Editora Atlas, 2000. 33 p. NETTO, J. P. Projeto Ético-político do Serviço Social. Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional. São Paulo: Cortez, 2006. 101 p. OLIVEIRA, P. de S. Caminhos de construção da pesquisa em ciências humanas. In: MARRE, J. A. L. (org.). Metodologia das ciências humanas. São Paulo: Editora da Unesp, 2010, 74 p. PAIM, R. Engenharia de Processos: análise do referencial teórico-conceitual, instrumentos, aplicações e casos. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2002. 82 p. PAIM, R.; CARDOSO, V.; CAULLIRAUX, H.; CLEMENTE, R. Gestão de Processos: pensar agir e aprender. Porto Alegre: Bookman, 2009. PORTER, M. Estratégia – A busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1980. 39 p.
  • 61. REBOUÇAS, O. Administração de processos: conceitos, metodologias e práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007 SILVER, E. A.; PETERSON, R.; PYKE, D. F. Inventory Management and Production Planning and Scheduling. New York: John Wiley & Sons, 2009. 52 p. SMITH, H.; FINGAR, P. Business Process Management: the third wave. Tampa: MeghanKiffer Press, 2003. 68 p. SMITH, H.; FINGAR, P. Business Process Management:the third wave. Florida: Meghan-Kiffer, 2003. VIEIRA, Fernando de Oliveira. Perspectivas do Gerente-Educador. Revista ANGRAD – Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração 2006, 125 p.
  • 62. ANEXOS Anexo 1 – Exemplo de CNPJ Fonte: Autora
  • 63. Anexo 2 - Exemplo de Alvará de Funcionamento Fonte: Autora
  • 64. Anexo 3 – Exemplo de Contrato Social (folha1). Fonte: Autora
  • 65. Anexo 4 - Exemplo de Contrato Social (folha 2) Fonte: Autora
  • 66. Anexo 5 - Exemplo de Contrato Social (folha 3) Fonte: Autora
  • 67. Anexo 6 – Exemplo de Certificado de Registro junto ao Exército Brasileiro. Fonte: Autora Anexo 7 - Exemplo de Certificado de Licença de Funcionamento
  • 68. Fonte: Autora Anexo 8 - Exemplo de Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros
  • 70. Anexo 9 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 1) Fonte: Autora
  • 71. Anexo 10 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 2). Fonte: Autora
  • 72. Anexo 11 - Exemplo de Contrato de Trabalho (folha 3). Fonte: Autora
  • 73. Anexo 12 - Exemplo de Autorização para Fabricação. Fonte: Autora
  • 74. Anexo 13 – Exemplo de Requerimento para fabricação de Prototipo Fonte: Autora
  • 75. Anexo 14 – Exemplo de Guia de Tráfego Fonte: Autora
  • 76. Anexo 15 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 1). Fonte: Autora
  • 77. Anexo 16 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 2). Fonte: Autora
  • 78. Anexo 17 - Exemplo de Contrato de Transporte (folha 3). Fonte: Autora
  • 79. Anexo 18 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 1). Fonte: Autora
  • 80. Anexo 19 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 2). Fonte: Autora
  • 81. Anexo 20 - Exemplo de Contrato de Escolta (folha 3). Fonte: Autora