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 mudanças de situação, transformações de
estado: ações realizadas por um sujeito;
 relação de anterioridade, posteridade ou
concomitância [presença de marcadores
temporais, como advérbios de tempo];
 Tempos verbais: predominância dos tempos
pretéritos
• Uma personagem passa a ter um querer, um
dever, um desejo, ou necessidade de fazer
algo.
• Realização daquilo que se quer ou se deve
fazer: transformação principal da narrativa.
• Constatação de que a transformação principal
ocorreu.
• Narrador: voz que narra o texto, que conta a
história. Pode ser assim classificado
• a.1 – narrador de 1ª pessoa, narrador
personagem ou narrador onipresente: narra
fatos que presenciou, ou que aconteceram
com ele.
• a.2 – narrador de 3ª pessoa, narrador
observador ou narrador onisciente: narra os
fatos que observou, dos quais ficou sabendo.
Tinha eu conquistado em Coimbra uma grande nomeada de
folião; era um acadêmico estróina, superficial, tumultuário e
petulante, dado às aventuras, fazendo romantismo prático e
liberalismo teórico, vivendo na pura fé dos olhos pretos e das
constituições
escritas. No dia em que a Universidade me atestou, em
pergaminho, uma ciência que eu estava longe de trazer
arraigada no cérebro, confesso que me achei de algum modo
logrado, ainda que orgulhoso. Explico-me: o diploma era uma
carta de alforria; se me dava a liberdade, dava-me a
responsabilidade. Guardei-o,
deixei as margens do Mondego, e vim por ali fora assaz
desconsolado, mas sentindo já uns ímpetos, uma curiosidade,
um desejo de acotovelar os outros, de influir, de gozar, de viver,
- de prolongar a Universidade pela vida adiante...
MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas
“Na planície avermelhada dos juazeiros
alargavam duas manchas verdes. Os infelizes
tinham caminhado o dia inteiro, estavam
cansados e famintos. Ordinariamente
andavam pouco, mas como haviam
repousado bastante na areia do rio seco, a
viagem progredira bem três léguas. Fazia
horas que procuravam uma sombra. A
folhagem dos juazeiros apareceu longe,
através dos galhos da caatinga rala”
RAMOS, Graciliano. Vidas secas.
 Personagens:
 b.1 – protagonista: no qual se centram os
principais fatos da narrativa
 b.2 – antagonista: aquele que se opõe ao
protagonista; muitas vezes é dessa oposição
que nasce o conflito da narrativa.
 b.3 – secundários: demais personagens que
copõem a história
 Espaço: onde se passam os fatos da narrativa;
cenário; pode ser real ou ficcional
“E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia,
agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas
hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e
quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por
entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o
revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas
sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,
cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem
lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade
quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a
crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que
parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e
multiplicar-se como larvas no esterco. “
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.
 O tempo da narrativa refere-se ao período
em que se passa a história narrada, indicado
pelas datas ;
 à organização das ações narradas: se as
ações são contadas na ordem em que
aconteceram, temos o tempo cronológico; se
há alguma interrupção dessa cronologia,
temos o tempo psicológico ou tempo da
memória (por exemplo, flash back)
• Enredo: conjunto de ações que determina a
história
• Introdução: devem conter informações já citadas
acima, como o tempo, o espaço, o enredo e as
personagens.
• Trama/situação inicial: Nessa fase você vai
relatar o fato propriamente dito, acrescentando
somente os detalhes relevantes para a boa
compreensão da narrativa. A montagem desses
fatos deve levar a um mistério, que se
desvendará no clímax.
• Clímax/conflito: é o momento chave da
narrativa, deve ser um trecho dinâmico e
emocionante, onde os fatos se encaixam para
chegar ao desenlace.
• Desfecho/desenlace: conclusão da narração,
onde tudo que ficou pendente durante o
desenvolvimento do texto é explicado, e o
“quebra-cabeça”, que deve ser a história, é
montado.
• O Urso e as Abelhas
Um urso topou com uma árvore caída que servia de depósito de
mel para um enxame de abelhas. Começou a farejar o tronco
quando uma das abelhas do enxame voltou do campo de trevos.
Adivinhando o que ele queria, deu uma picada daquelas no urso
e depois desapareceu no buraco do tronco. O urso ficou louco de
raiva e se pôs a arranhar o tronco com as garras na esperança de
destruir o ninho. A única coisa que conseguiu foi fazer o enxame
inteiro sair atrás dele. O urso fugiu a toda velocidade e só se
salvou porque mergulhou de cabeça num lago.
Moral: Mais vale suportar um só ferimento em silêncio que
perder o controle e acabar todo machucado.
Fábulas de Esopo. Tradução Heloisa Jahn, Companhia das
Letrinhas, 1994, p. 24.
 Narrador:
 Protagonista:
 Antagonista:
 Tempo:
 Espaço:
 Enredo: em cores
 Classificação quanto ao gênero textual:
 TRABALHO COM O CONTO: Flor, telefone e
moça- Carlos Drummond de Andrade

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Transformações e desejos em Vidas Secas

  • 1.
  • 2.  mudanças de situação, transformações de estado: ações realizadas por um sujeito;  relação de anterioridade, posteridade ou concomitância [presença de marcadores temporais, como advérbios de tempo];  Tempos verbais: predominância dos tempos pretéritos
  • 3. • Uma personagem passa a ter um querer, um dever, um desejo, ou necessidade de fazer algo. • Realização daquilo que se quer ou se deve fazer: transformação principal da narrativa. • Constatação de que a transformação principal ocorreu.
  • 4. • Narrador: voz que narra o texto, que conta a história. Pode ser assim classificado • a.1 – narrador de 1ª pessoa, narrador personagem ou narrador onipresente: narra fatos que presenciou, ou que aconteceram com ele. • a.2 – narrador de 3ª pessoa, narrador observador ou narrador onisciente: narra os fatos que observou, dos quais ficou sabendo.
  • 5. Tinha eu conquistado em Coimbra uma grande nomeada de folião; era um acadêmico estróina, superficial, tumultuário e petulante, dado às aventuras, fazendo romantismo prático e liberalismo teórico, vivendo na pura fé dos olhos pretos e das constituições escritas. No dia em que a Universidade me atestou, em pergaminho, uma ciência que eu estava longe de trazer arraigada no cérebro, confesso que me achei de algum modo logrado, ainda que orgulhoso. Explico-me: o diploma era uma carta de alforria; se me dava a liberdade, dava-me a responsabilidade. Guardei-o, deixei as margens do Mondego, e vim por ali fora assaz desconsolado, mas sentindo já uns ímpetos, uma curiosidade, um desejo de acotovelar os outros, de influir, de gozar, de viver, - de prolongar a Universidade pela vida adiante... MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas
  • 6. “Na planície avermelhada dos juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos da caatinga rala” RAMOS, Graciliano. Vidas secas.
  • 7.  Personagens:  b.1 – protagonista: no qual se centram os principais fatos da narrativa  b.2 – antagonista: aquele que se opõe ao protagonista; muitas vezes é dessa oposição que nasce o conflito da narrativa.  b.3 – secundários: demais personagens que copõem a história
  • 8.  Espaço: onde se passam os fatos da narrativa; cenário; pode ser real ou ficcional
  • 9. “E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco. E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. “ AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.
  • 10.  O tempo da narrativa refere-se ao período em que se passa a história narrada, indicado pelas datas ;  à organização das ações narradas: se as ações são contadas na ordem em que aconteceram, temos o tempo cronológico; se há alguma interrupção dessa cronologia, temos o tempo psicológico ou tempo da memória (por exemplo, flash back)
  • 11. • Enredo: conjunto de ações que determina a história • Introdução: devem conter informações já citadas acima, como o tempo, o espaço, o enredo e as personagens. • Trama/situação inicial: Nessa fase você vai relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes relevantes para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério, que se desvendará no clímax.
  • 12. • Clímax/conflito: é o momento chave da narrativa, deve ser um trecho dinâmico e emocionante, onde os fatos se encaixam para chegar ao desenlace. • Desfecho/desenlace: conclusão da narração, onde tudo que ficou pendente durante o desenvolvimento do texto é explicado, e o “quebra-cabeça”, que deve ser a história, é montado.
  • 13. • O Urso e as Abelhas Um urso topou com uma árvore caída que servia de depósito de mel para um enxame de abelhas. Começou a farejar o tronco quando uma das abelhas do enxame voltou do campo de trevos. Adivinhando o que ele queria, deu uma picada daquelas no urso e depois desapareceu no buraco do tronco. O urso ficou louco de raiva e se pôs a arranhar o tronco com as garras na esperança de destruir o ninho. A única coisa que conseguiu foi fazer o enxame inteiro sair atrás dele. O urso fugiu a toda velocidade e só se salvou porque mergulhou de cabeça num lago. Moral: Mais vale suportar um só ferimento em silêncio que perder o controle e acabar todo machucado. Fábulas de Esopo. Tradução Heloisa Jahn, Companhia das Letrinhas, 1994, p. 24.
  • 14.  Narrador:  Protagonista:  Antagonista:  Tempo:  Espaço:  Enredo: em cores  Classificação quanto ao gênero textual:
  • 15.  TRABALHO COM O CONTO: Flor, telefone e moça- Carlos Drummond de Andrade