SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Forma Farmacêutica Básica
vegetais
animais
Forma farmacêutica básica
Medicamento homeopático
Forma farmacêutica derivada
Insumos inertes (uso interno):
- etanol, lactose, glóbulos (lactose + sacarose), microglóbulos (lactose + amido),
água, glicerina.
DROGAS
Droga
solúvel
Insumo
inerte
Tecnologia
Forma farmacêutica
derivada
(medicamento
homeopático)
Diluição
Sucussão
Droga
insolúvel
Insumo
inerte
Tecnologia
Forma farmacêutica
derivada
(medicamento
homeopático)
Droga
parcialmente
solúvel
Insumo
inerte
Tecnologia
Forma farmacêutica
básica
( TM – tintura-mãe)
Desconcentração
Trituração
Percolação
Maceração
Soluções Extrativas
São resultantes da dissolução parcial de
uma droga em um determinado solvente
• Surgiram com a necessidade do homem de usar as plantas medicinais
• Tem por finalidade separar componentes com atividade farmacológica de
componentes inertes
CONCEITO
Tintura-mãe
É o resultante da ação extrativa ou dissolvente, por contato
íntimo e prolongado (processo de maceração ou percolação,
de um insumo inerte hidroalcoólico ou hidroglicerinado
sobre determinada droga vegetal ou animal parcialmente
solúvel, fresca ou dessecada.
Droga de origem
animal
• Exemplares identificados zoologicamente
• Animais sãos, jovens, mas completamente desenvolvidos
• Podem ser usados animais vivos, recentemente
sacrificados, dessecados, inteiros, partes, órgãos, secreções
e excreções
Droga de origem vegetal
Coleta de drogas de origem vegetal
• Cascas de plantas resinosas: no período de maior produção de seiva
• Cascas de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva
• Madeira e lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos
• Raízes e plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo
• Frutos e sementes: na sua maturidade
• Brotos e folhas jovens: no momento da eclosão
• Flores: antes de desabrochar
Cuidados após a coleta
• Identificação botânica
• Seleção do vegetal, eliminando partes indesejadas e impurezas
• Lavagem do vegetal com água
• Retirada do excesso de água
• Trabalhar com planta fresca ou dessecada
Estabilização da droga vegetal
• A estabilização da droga pelo calor promove a evaporação da água, destruição de
enzimas evitando assim a fermentação
• Recomenda-se reduzir o teor de água a 5%
Preparação de Tintura-mãe de
Origem Vegetal
• Droga: vegetal fresco ou dessecado
• Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção
• Insumo inerte: etanol em diferentes graduações em função do resíduo sólido da droga
utilizada na preparação
A graduação alcoólica deverá estar especificada na monografia.
De modo geral, deverá ser obedecida a seguinte orientação:
• Resíduo sólido até 25% : utilizar etanol 90% (p/p)
• Resíduo sólido entre 30 e 35%: utilizar etanol a 80% (p/p)
• Resíduo sólido entre 40 e 50%: utilizar etanol a 70% (p/p)
Determinação do Resíduo Sólido de Vegetal Fresco
Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em
fragmentos suficientemente reduzidos deixando-a em estufa a temperatura
inferior a 50º C até peso constante. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na
amostra e arredondar o número obtido igualando-o ao mais próximo possível da
orientação especificada anteriormente ou àquele constante da monografia
específica. Se o resíduo sólido for inferior a 25% deve-se considerá-lo igual a 25%.
Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal fresco. Multiplicar esse
número por 10 para obter a quantidade (peso ou volume) da tintura-mãe.
Exemplo:
Vegetal fresco = 1000g
Resíduo sólido = 20%
Resíduo total do vegetal = 200g
Título etanólico do líquido extrator = 90% (p/p)
Volume de tintura-mãe a ser obtido = 2000 mL (10 x r.sol.)
V = volume da tintura-mãe a ser obtido (mL)
Vf = quantidade de vegetal fresco (g)
r. sol. = resíduo sólido (%)
V = Vf x r.sol.
10
Relação droga / insumo inerte:
1:10 (p/V) (10%)
Maceração
É uma técnica de extração em que o solvente e a droga são postos em contato por
determinado tempo, a temperatura ambiente, obtendo uma solução extrativa
denominada tintura-mãe (TM).
Divisão da droga:
• Células íntegras (com maior teor de princípio ativo) em meio com insumo
inerte. Por osmose, o insumo inerte entra na célula até inchar e se romper;
•Célula fragmentada precipita, insumo inerte do meio fica saturado, faz
agitação para dispersar as células no meio, diariamente.
Quando o vegetal for fresco, determinar previamente o resíduo sólido para obter o título
alcoólico do líquido extrator. Calcular o volume total da tintura-mãe a ser preparado. Em
seguida, iniciar o processo extrativo. Para vegetal dessecado, seguir a respectiva
monografia.
Consiste em deixar o vegetal, fresco ou dessecado, devidamente dividido, por 20 dias, em
contato com 85% do volume total do líquido extrator, em ambiente protegido da ação
direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o
filtrado.
Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele
anteriormente filtrado. Acrescentar ao resíduo de prensagem quantidade suficiente de
líquido extrator, misturar bem, prensar novamente, filtrar e completar o volume final a
ser obtido. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.
Processo:
Conservação:
Prazo de validade:
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.
A ser determinado, caso a caso.
Percolação
É um método de extração que consiste em fazer o líquido extrator atravessar de
maneira sucessiva a droga a fim de esgotar o princípio ativo.
Fatores que influenciam a extração:
• Estado da divisão das drogas;
• Agitação;
• Temperatura;
• Interação entre os componentes;
• Tensão superficial;
• Natureza do solvente;
• pH;
• Tempo de extração.
Processo:
Colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada. Adicionar, em
recipiente adequado e bem vedado, o líquido extrator em quantidade correspondente a
20% do peso da droga para umedecer o pó. Deixar em contato por 4 horas. Transferir
para percolador de capacidade ideal. Colocar volume suficiente de líquido extrator para
obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em contato por 24 horas.
Percolar, então, à velocidade de 8 gotas por minuto para cada 100g da droga. Prensar o
resíduo (torta), misturar o líquido assim obtido com o percolado e adicionar, se for o
caso, quantidade suficiente do líquido extrator (menstruo) para completar o volume.
Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.
Conservação:
Prazo de validade:
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado,
protegido do calor e da luz direta.
A ser determinado, caso a caso.
Preparação de Tintura-mãe de
Origem Animal
• Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado
• Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção
• Insumo inerte: etanol (65 a 70% (p/p)), mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1), mistura
de água e glicerina (1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia.
Relação droga / insumo inerte:
1:20 (p/v) (5%)
Processo:
Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com a
respectiva monografia, por 20 dias, em contato com quantidade suficiente de líquido
extrator, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente
diariamente. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e
armazenar adequadamente.
Maceração
Conservação:
Prazo de validade:
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.
A ser determinado, caso a caso.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Forma Farmacêutica Básica explicação.ppt

272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologiaPaulo Do Amaral
 
6756836 receitas-com-plantas-is
6756836 receitas-com-plantas-is6756836 receitas-com-plantas-is
6756836 receitas-com-plantas-isMaria Alves Silva
 
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)Audrey Souza
 
Angelica - Angelica archangelica L.
Angelica - Angelica archangelica L. Angelica - Angelica archangelica L.
Angelica - Angelica archangelica L. Chá Fit
 
Trabalho de farmacotécnica
Trabalho de farmacotécnicaTrabalho de farmacotécnica
Trabalho de farmacotécnicaIana Carvalho
 
Remédio caseiros com plantas medicinais
Remédio caseiros com plantas medicinaisRemédio caseiros com plantas medicinais
Remédio caseiros com plantas medicinaiscomunidadedepraticas
 
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicos
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicosC1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicos
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicossedis-suporte
 
Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extraçãovanessaracele
 

Semelhante a Forma Farmacêutica Básica explicação.ppt (20)

Ce cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicaoCe cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicao
 
Ce cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicaoCe cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicao
 
272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia
 
Bula do Prostatal
Bula do ProstatalBula do Prostatal
Bula do Prostatal
 
Formas Farmaceuticas Parte 2
Formas Farmaceuticas Parte 2Formas Farmaceuticas Parte 2
Formas Farmaceuticas Parte 2
 
3- Escalas Homeopáticas.pptx
3- Escalas Homeopáticas.pptx3- Escalas Homeopáticas.pptx
3- Escalas Homeopáticas.pptx
 
6756836 receitas-com-plantas-is
6756836 receitas-com-plantas-is6756836 receitas-com-plantas-is
6756836 receitas-com-plantas-is
 
Farmacotécnica
FarmacotécnicaFarmacotécnica
Farmacotécnica
 
3- Escalas Homeopáticas.pptx
3- Escalas Homeopáticas.pptx3- Escalas Homeopáticas.pptx
3- Escalas Homeopáticas.pptx
 
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)
Remedio caseiros com_plantas_medicinais (2)
 
Fitoterapia brasileira na estética
Fitoterapia brasileira na estéticaFitoterapia brasileira na estética
Fitoterapia brasileira na estética
 
Angelica - Angelica archangelica L.
Angelica - Angelica archangelica L. Angelica - Angelica archangelica L.
Angelica - Angelica archangelica L.
 
Trabalho de farmacotécnica
Trabalho de farmacotécnicaTrabalho de farmacotécnica
Trabalho de farmacotécnica
 
Remédio caseiros com plantas medicinais
Remédio caseiros com plantas medicinaisRemédio caseiros com plantas medicinais
Remédio caseiros com plantas medicinais
 
Aula Plantas medicinais I-2-53.pdf
Aula Plantas medicinais I-2-53.pdfAula Plantas medicinais I-2-53.pdf
Aula Plantas medicinais I-2-53.pdf
 
Plantas que curam
Plantas que curamPlantas que curam
Plantas que curam
 
Tecnicasextrativas
TecnicasextrativasTecnicasextrativas
Tecnicasextrativas
 
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicos
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicosC1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicos
C1 e3 ppt_producao_de_medicamentos_fitoterapicos
 
Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extração
 
Plantas que curam
Plantas que curam Plantas que curam
Plantas que curam
 

Último

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 

Último (8)

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 

Forma Farmacêutica Básica explicação.ppt

  • 2. vegetais animais Forma farmacêutica básica Medicamento homeopático Forma farmacêutica derivada Insumos inertes (uso interno): - etanol, lactose, glóbulos (lactose + sacarose), microglóbulos (lactose + amido), água, glicerina. DROGAS
  • 4. Soluções Extrativas São resultantes da dissolução parcial de uma droga em um determinado solvente • Surgiram com a necessidade do homem de usar as plantas medicinais • Tem por finalidade separar componentes com atividade farmacológica de componentes inertes CONCEITO
  • 5. Tintura-mãe É o resultante da ação extrativa ou dissolvente, por contato íntimo e prolongado (processo de maceração ou percolação, de um insumo inerte hidroalcoólico ou hidroglicerinado sobre determinada droga vegetal ou animal parcialmente solúvel, fresca ou dessecada. Droga de origem animal • Exemplares identificados zoologicamente • Animais sãos, jovens, mas completamente desenvolvidos • Podem ser usados animais vivos, recentemente sacrificados, dessecados, inteiros, partes, órgãos, secreções e excreções
  • 6. Droga de origem vegetal Coleta de drogas de origem vegetal • Cascas de plantas resinosas: no período de maior produção de seiva • Cascas de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva • Madeira e lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos • Raízes e plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo • Frutos e sementes: na sua maturidade • Brotos e folhas jovens: no momento da eclosão • Flores: antes de desabrochar Cuidados após a coleta • Identificação botânica • Seleção do vegetal, eliminando partes indesejadas e impurezas • Lavagem do vegetal com água • Retirada do excesso de água • Trabalhar com planta fresca ou dessecada Estabilização da droga vegetal • A estabilização da droga pelo calor promove a evaporação da água, destruição de enzimas evitando assim a fermentação • Recomenda-se reduzir o teor de água a 5%
  • 7. Preparação de Tintura-mãe de Origem Vegetal • Droga: vegetal fresco ou dessecado • Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção • Insumo inerte: etanol em diferentes graduações em função do resíduo sólido da droga utilizada na preparação A graduação alcoólica deverá estar especificada na monografia. De modo geral, deverá ser obedecida a seguinte orientação: • Resíduo sólido até 25% : utilizar etanol 90% (p/p) • Resíduo sólido entre 30 e 35%: utilizar etanol a 80% (p/p) • Resíduo sólido entre 40 e 50%: utilizar etanol a 70% (p/p)
  • 8. Determinação do Resíduo Sólido de Vegetal Fresco Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em fragmentos suficientemente reduzidos deixando-a em estufa a temperatura inferior a 50º C até peso constante. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra e arredondar o número obtido igualando-o ao mais próximo possível da orientação especificada anteriormente ou àquele constante da monografia específica. Se o resíduo sólido for inferior a 25% deve-se considerá-lo igual a 25%. Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal fresco. Multiplicar esse número por 10 para obter a quantidade (peso ou volume) da tintura-mãe. Exemplo: Vegetal fresco = 1000g Resíduo sólido = 20% Resíduo total do vegetal = 200g Título etanólico do líquido extrator = 90% (p/p) Volume de tintura-mãe a ser obtido = 2000 mL (10 x r.sol.) V = volume da tintura-mãe a ser obtido (mL) Vf = quantidade de vegetal fresco (g) r. sol. = resíduo sólido (%) V = Vf x r.sol. 10 Relação droga / insumo inerte: 1:10 (p/V) (10%)
  • 9. Maceração É uma técnica de extração em que o solvente e a droga são postos em contato por determinado tempo, a temperatura ambiente, obtendo uma solução extrativa denominada tintura-mãe (TM). Divisão da droga: • Células íntegras (com maior teor de princípio ativo) em meio com insumo inerte. Por osmose, o insumo inerte entra na célula até inchar e se romper; •Célula fragmentada precipita, insumo inerte do meio fica saturado, faz agitação para dispersar as células no meio, diariamente.
  • 10. Quando o vegetal for fresco, determinar previamente o resíduo sólido para obter o título alcoólico do líquido extrator. Calcular o volume total da tintura-mãe a ser preparado. Em seguida, iniciar o processo extrativo. Para vegetal dessecado, seguir a respectiva monografia. Consiste em deixar o vegetal, fresco ou dessecado, devidamente dividido, por 20 dias, em contato com 85% do volume total do líquido extrator, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado. Acrescentar ao resíduo de prensagem quantidade suficiente de líquido extrator, misturar bem, prensar novamente, filtrar e completar o volume final a ser obtido. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Processo: Conservação: Prazo de validade: Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. A ser determinado, caso a caso.
  • 11. Percolação É um método de extração que consiste em fazer o líquido extrator atravessar de maneira sucessiva a droga a fim de esgotar o princípio ativo. Fatores que influenciam a extração: • Estado da divisão das drogas; • Agitação; • Temperatura; • Interação entre os componentes; • Tensão superficial; • Natureza do solvente; • pH; • Tempo de extração.
  • 12. Processo: Colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada. Adicionar, em recipiente adequado e bem vedado, o líquido extrator em quantidade correspondente a 20% do peso da droga para umedecer o pó. Deixar em contato por 4 horas. Transferir para percolador de capacidade ideal. Colocar volume suficiente de líquido extrator para obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em contato por 24 horas. Percolar, então, à velocidade de 8 gotas por minuto para cada 100g da droga. Prensar o resíduo (torta), misturar o líquido assim obtido com o percolado e adicionar, se for o caso, quantidade suficiente do líquido extrator (menstruo) para completar o volume. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Conservação: Prazo de validade: Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. A ser determinado, caso a caso.
  • 13. Preparação de Tintura-mãe de Origem Animal • Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado • Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção • Insumo inerte: etanol (65 a 70% (p/p)), mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1), mistura de água e glicerina (1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia. Relação droga / insumo inerte: 1:20 (p/v) (5%)
  • 14. Processo: Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com a respectiva monografia, por 20 dias, em contato com quantidade suficiente de líquido extrator, em ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Maceração Conservação: Prazo de validade: Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. A ser determinado, caso a caso.