O documento explica o uso da crase em português. A crase ocorre na contração da preposição "a" com artigos, pronomes e palavras como "qual". Sua aplicação depende de regras como substituir a preposição ou trocar o substantivo que a segue. A crase é facultativa antes de nomes femininos e a obrigatória em outros casos como antes de verbos ou substantivos masculinos.
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Fichamento
1. A crase
O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração
da preposição "a" com:
artigo feminino "a" ou "as".
o "a" dos pronomes "aquele"(s), "aquela"(s), "aquilo", "aqueloutro"(s) e "aqueloutra" (s).
o "a" do pronome relativo "a qual" e "as quais"
o "a" do pronome demonstrativo "a" ou "as".
Regras de verificação
Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento
grave) em vez da preposição a (sem acento), aplique-se uma das regras de verificação:
1) substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição,
o artigo definido a permanecer, então a crase é aplicável. Exemplos:
Pedro viajou à Região Nordeste: com crase, porque equivale a Pedro viajou para a Região
Nordeste
O autor dedicou o livro a sua esposa; sem crase em português do Brasil, porque equivale a O
autor dedicou o livro para sua esposa; mas com crase em português de Portugal,O autor
dedicou o livropara a sua esposa.
2) troca-se o complemento nominal, após "a", de um substantivo feminino para um substantivo
masculino; se, com a troca, for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável.
Exemplos:
Prestou relevantes serviços à comunidade; com crase, porque ao se trocar o complemento -
Prestou relevantes serviços ao povo - aparece a combinação ao.
Chegarei daqui a uma hora; sem crase, porque ao se trocar o complemento - Chegarei daqui a
um minuto - não aparece a combinação ao.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes
pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem
significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com
palavras repetidas (dia a dia).
2. Crase facultativa
A crase é facultativa nos seguintes casos:
Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Fernanda.
Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Crase facultativa
A crase é facultativa nos seguintes casos:
Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Fernanda.
Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Casos Proibidos
O uso da crase é proibido:
Antes do emprego de verbos:
Preços a combinar.
Antes de substantivos masculinos:
Passear a Cavalo
Antes de numerais:
Encontramos o produto numa faixa de preço que vai de R$120,00 a R$ 150,00.
Antes de plural sem o emprego do artigo definido as:
a brilhantes cientistas
3. Após o uso de preposições:
Antes a descoberta o cientista gritou.
Antes de pronomes indefinidos, pessoais, relativos ou demonstrativos (com exceção
da terceira pessoa):
Entregue o relatório a ela. (Pessoal)
Dei nota zero a esta aluna. (Demonstrativo)
Permiti apenas a uma mulher conhecer-me. (Indefinido)
Jamais dei dinheiro a ninguém. (Relativos)
Atenção (Pronomes demonstrativos de 3ª pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas
podem levar crase):
Entreguei as chaves àquela mulher. (Demonstrativo)
Entre substantivos idênticos:
Menino, vais tomar essa sopa gota a gota!
A exceção de:
É preciso declarar guerra à guerra!
Antes de topônimos de cidades que não admitem a:
Vou a Lisboa.
Obs.: Substituir por: "Estou na" ou "Vim da" (vai crase) - "Estou em" ou "Vim de" (não vai
crase). Ex: Vou a Brasília. - Estou em Brasília. Vim de Brasília.(não vai crase), Estou na
Brasília. Vim da Brasília.(não concorda). Ex: Vou a Bahia. - Estou em Bahia. Vim de Bahia.(não
vai crase), Estou na Bahia. Vim da Bahia.(concorda e vai crase então).