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HISTÓRIA DA CIDADE DE ITAPETIM-PE
Nos primórdios do século XVIII, a região foi habitada por uma tribo indígena denominada
Babicos.
Ancestralmente, Itapetim recebeu o nome de Umburanas devido à imensa quantidade de árvores nativas
com essa nomeação (Bursera leptophleus).
Discorrer sobre a origem histórica desse centro urbanístico é rememorar seus fundadores: tropeiros,
almocreves, que transportavam bens tangíveis, principalmente gêneros alimentícios, vindos da localidade
de Lagoa de Baixo, atual Sertânia e Flores, em Pernambuco, para Princesa Isabel e São José de
Espinharas, na Paraíba.
Homens tangedores de azêmolas, em comboio, conduziam suas tropas fazendo tal percurso, numa viagem
expandida, que levava de seis a oito dias ao destino almejado. No transcorrer, realizavam paradas em
pontos diversos para seus descansos - e das alimárias. As umburanas, frondosas e de generosa sombra,
serviam como lenitivos aos tais recoveiros e estavam sempre à ribeira do Pajeú. Ao lado esquerdo do rio,
no Sítio Rio Limpo (hoje propriedade dos familiares do saudoso João Amaro Cordeiro), ficavam tais árvores
de madeira nobre. Os dias foram sucedendo e os mercadores aumentavam em quantidade, tornando-se
rotina acamparem por ali para o sistema de trocas de mercadoria.
Em virtude do aumento do trânsito e dos contínuos encontros em tal paragem, surgiu um comércio mais
pujante: tecidos, louças,joias, calçados, dentre outros artigos vários, fincaram pé - e assim nasceu a feira
das Umburanas, por volta de 1878.
Na segunda metade do século, deu-se a povoação com a chegada de dois portugueses: Pedro Mendes de
Barros e Inácio Cunha, que se interessaram por estas plagas, fixando-se para desenvolver culturas de
milho, feijão, mandioca, batata-doce, bem como criação de rebanho bovino, caprino e aves domésticas
adaptadas às nossas condições meteorológicas.
Com o passar dos anos, Amâncio Pereira, um dos primeiros moradores do lugarejo, vendo o crescimento
da população umburanense e sendo um homem prático, de ideias progressistas, teve a iniciativa de
construir uma casa comercial (a primeira, de alvenaria, erigida ao lado do Rio Pajeú, ainda existe).
Amâncio Pereira José, José Antônio e Virgulino Soares, considerados os fundadores na nascente vila,
construíram as primeiras habitações e, lá, moraram seus familiares. Religioso ao extremo, incitou às
pessoas já climatizadas na terra a conceber uma capelinha, que ficava defronte à casa de Amâncio, onde
hoje está o "Dance Music Casarão". Esse pequeno templo permaneceu funcionando até o ano de 1914,
quando o padre José Guerel, da Paróquia de São José do Egito, arquitetou a Igreja Matriz de São Pedro
das Lages, concluída muito depois pelo cônego João Leite Gonçalves, o primeiro
vigário.
Padre João fixou-se aqui em 1928, tornando-se um dos grandes vultos da história da cidade. Foi um
veemente chefe político, sempre ligado as forças políticas da direita e grande batalhador pela
emancipação.
Voltando à figura do padre Guerel. Conta-se que, por problemas sociais envolvendo seu país de origem, a
França e, também, forçado pela Primeira Guerra Mundial, ele imigrou para o Brasil. Aqui chegando,
abancou-se na cidade de São José do Egito. Trazia consigo dois objetivos básicos: sair ileso de sua nação
e edificar uma igreja em louvor a São Pedro,assim como explorar e cultivar a agricultura local. Fazia
celebrações periódicas de missas nos arredores. E encontrou o terreno ideal ao seu sonho: Umburanas. O
religioso citado morreu de forma trágica a 9 de dezembro de 1915, quando uma barreira de açude que
estruturava despencou sobre seu corpo enquanto ele cochilava, sob tal barranco, num pós-
almoço.
Em relação ao padre João Leite Gonçalves,figura ultra carismática, ele nasceu no dia 7 de julho de 1903
no Pajeú. Filho de Cláudio Leite de Andrade e Josefa Gonçalves de Andrade. Ao cursar o primário,
descobriu sua vocação para o sacerdócio, demonstrando aos seus familiares o desejo de estudar Teologia.
Entrou para o Seminário de Pesqueira, concluindo o ginásio e o clássico. Em seguida, ingressou no no
Seminário de Olinda, onde finalmente cursou filosofia e teologia - fato que culminou com sua ordenação
plesbiterial realizado por dom José Antônio de Oliveira Lopes, no dia 2 de abril de 1927. Já como padre,
iniciou seus trabalhos religiosos na cidade de Buíque, em Pernambuco e, em seguida, em Pedra de Buíque.
Mediante as labutas exemplares,foi convocado pelo Bispo da Diocese de Pesqueira para ser seu secretário.
Finalmente, realiza sua paixão de servir a seu povo na terra natal. Nomeado vigário da Paróquia de São
Pedro das Umburanas no dia 4 de janeiro de 1928, assumiu-a,em definitivo,no dia 9 do mesmo
mês.
Ele preencheu uma grande pauta de atividades prestadas ao povo da cidade. Mais que religioso, foi um
político. Doou 42 anos de vida a Itapetim, falecendo a 1 de dezembro de 1969.
Voltando às priscas eras itapetinenses. A celebração da primeira missa aqui foi conduzida pelo padre
Manoel Gomes,da paróquia de São José da Ingazeira, hoje São José do egito, juntamente com frei Ibiapina,
da Ordem dos Franciscanos. Eles foram hospedados na casa de três vitalinas, que exibiram aos religiosos
uma imagem de São Pedro encontrada numa gruta de pedra alteada pelos portugueses pioneiros. Em
homenagem, Ibiapina batizou a Capela de São Pedro, que, mais tarde, seria o padroeiro da urbe.
Denominações
O primeiro nome de Itapetim foi Umburanas, pelo fator já descrito. Quarenta e três anos depois do início do
povoamento, chamou-se São pedro das Lages, pelo Decreto 92 de 31 de março de 1928. Passada uma
década, pela Lei 235 de 9 de dezembro de 1938, já na categoria de Vila, nomear-se-ia Itapetininga,
permanecendo apenas a paróquia com o nome primevo. Em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei
952, foi novamente alterado o nome devido a uma cidade homônima do interior de São Paulo. A partir desta
data, o município passou definitivamente ao nome atual, pela Lei 1 818 de 29 de dezembro de 1953, Itapetim
torna-se município, ficando desmembrado de São José. Na época,o governador de Pernambuco era o Dr.
Etelvino Lins de Albuquerque e o projeto foi apresentado à Assembleia Legislativa pelo então deputado
Manoel Santa Cruz Valadares e impulsionado pelo seu companheiro Walfredo Paulino de Siqueira, ambos
de São José do Egito. Vale salientar que Valadares foi o primeiro juiz da Comarca de Itapetim.
Em 1º de junho de 1954, em sessão presidida pelo padre João leite no Grupo Escolar Dom José Lopes,
onde funcionou provisoriamente a Prefeitura Municipal, foi inaugurada a instalação do município com a
posse do primeiro prefeito nomeado, Francisco José de Maria ("Chico Santos"). Ele teve um mandato de
dezoito meses
.
História
Itapetim Pernambuco
Histórico
HISTÓRICO ? O primeiro nome do município, foi Umburanas. O significado e origem desse nome foi a árvore
de igual denominação existente no local, em cuja sombra era realizada a pequena feira do povoado. Também
foi conhecido por São Pedro das Lages. O povoado surgiu no ano de 1885, pelo cidadão Amâncio Pereira,
que construiu as primeiras casas, e graças ao seu esforço e espírito de progresso, organizou a feira, e
incentivou a construção da primeira capela, fundou a primeira casa comercial e fez com que diversas famílias
emigrassem de municípios vizinhos para o povoado em organização. A capela foi fundada em 1890,
pertencendo a paróquia de São José do Egito, onde, nessa data, o padre José Gomes, então vigário, celebrou
a primeira missa. No ano de 1914, foi construída outra capela com maiores dimensões, capaz de abrigar a
população, já bastante desenvolvida. Mais tarde foi a capela aumentada, sendo atualmente a matriz da
freguesia, parecendo com uma das igrejas mais altas da região. A paróquia foi criado no ano de 1927, por
Dom José Lopes, Bispo da Diocese de Pesqueira, sendo seu primeiro vigário o Padre João Leite de Andrade.
Gentílico: itapetinense
Formação Administrativa
Pelo decreto Lei 92 de 31.03.1938, passou o Distrito a chamar-se São Pedro das Lages. No quadro de divisão
territorial constante da lei nº 235, de 09.12.1938, figura o distrito de São Pedro das Lages, como Itapetininga,
sendo posteriormente, com o decreto lei nº 952, de 31.12.1943, novamente o seu topônimo para Itapetim. Foi
desmembrado do município de São José do Egito, já como vila, elevando-se a categoria de cidade pela lei nº
1818, de 29.12.1953. Sua instalação ocorreu no dia 01.06.1954. A comarca foi criada pelo decreto lei estadual
nº 1818, de 29.12.1953, confirmada pela lei nº 2567, de 22.10.1956.
LOCALIZAÇÃO MUNICIPAL
O município está localizado na Macrorregião do Sertão Pernambucano e na Microrregião do Pajeú, com uma
área territorial de 408,0 km2, limitando-se ao Norte com o estado da Paraíba , ao Sul com São José do Egito,
ao Leste com o estado da Paraíba, ao Oeste com São José do Egito e Brejinho.
A sede municipal está a 637 m de altitude em relação ao nível do Mar, Tem sua posição geográfica
determinada pelo paralelo de -7º 22 40.8 da latitude -37º 11 25? de longitude.
O clima é semiárido quente, com temperaturas variando entre 20º C e 36ºC.
Fonte
IBGE

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  • 1. HISTÓRIA DA CIDADE DE ITAPETIM-PE Nos primórdios do século XVIII, a região foi habitada por uma tribo indígena denominada Babicos. Ancestralmente, Itapetim recebeu o nome de Umburanas devido à imensa quantidade de árvores nativas com essa nomeação (Bursera leptophleus). Discorrer sobre a origem histórica desse centro urbanístico é rememorar seus fundadores: tropeiros, almocreves, que transportavam bens tangíveis, principalmente gêneros alimentícios, vindos da localidade de Lagoa de Baixo, atual Sertânia e Flores, em Pernambuco, para Princesa Isabel e São José de Espinharas, na Paraíba. Homens tangedores de azêmolas, em comboio, conduziam suas tropas fazendo tal percurso, numa viagem expandida, que levava de seis a oito dias ao destino almejado. No transcorrer, realizavam paradas em pontos diversos para seus descansos - e das alimárias. As umburanas, frondosas e de generosa sombra, serviam como lenitivos aos tais recoveiros e estavam sempre à ribeira do Pajeú. Ao lado esquerdo do rio, no Sítio Rio Limpo (hoje propriedade dos familiares do saudoso João Amaro Cordeiro), ficavam tais árvores de madeira nobre. Os dias foram sucedendo e os mercadores aumentavam em quantidade, tornando-se rotina acamparem por ali para o sistema de trocas de mercadoria. Em virtude do aumento do trânsito e dos contínuos encontros em tal paragem, surgiu um comércio mais pujante: tecidos, louças,joias, calçados, dentre outros artigos vários, fincaram pé - e assim nasceu a feira das Umburanas, por volta de 1878. Na segunda metade do século, deu-se a povoação com a chegada de dois portugueses: Pedro Mendes de Barros e Inácio Cunha, que se interessaram por estas plagas, fixando-se para desenvolver culturas de milho, feijão, mandioca, batata-doce, bem como criação de rebanho bovino, caprino e aves domésticas adaptadas às nossas condições meteorológicas. Com o passar dos anos, Amâncio Pereira, um dos primeiros moradores do lugarejo, vendo o crescimento da população umburanense e sendo um homem prático, de ideias progressistas, teve a iniciativa de construir uma casa comercial (a primeira, de alvenaria, erigida ao lado do Rio Pajeú, ainda existe). Amâncio Pereira José, José Antônio e Virgulino Soares, considerados os fundadores na nascente vila, construíram as primeiras habitações e, lá, moraram seus familiares. Religioso ao extremo, incitou às pessoas já climatizadas na terra a conceber uma capelinha, que ficava defronte à casa de Amâncio, onde hoje está o "Dance Music Casarão". Esse pequeno templo permaneceu funcionando até o ano de 1914,
  • 2. quando o padre José Guerel, da Paróquia de São José do Egito, arquitetou a Igreja Matriz de São Pedro das Lages, concluída muito depois pelo cônego João Leite Gonçalves, o primeiro vigário. Padre João fixou-se aqui em 1928, tornando-se um dos grandes vultos da história da cidade. Foi um veemente chefe político, sempre ligado as forças políticas da direita e grande batalhador pela emancipação. Voltando à figura do padre Guerel. Conta-se que, por problemas sociais envolvendo seu país de origem, a França e, também, forçado pela Primeira Guerra Mundial, ele imigrou para o Brasil. Aqui chegando, abancou-se na cidade de São José do Egito. Trazia consigo dois objetivos básicos: sair ileso de sua nação e edificar uma igreja em louvor a São Pedro,assim como explorar e cultivar a agricultura local. Fazia celebrações periódicas de missas nos arredores. E encontrou o terreno ideal ao seu sonho: Umburanas. O religioso citado morreu de forma trágica a 9 de dezembro de 1915, quando uma barreira de açude que estruturava despencou sobre seu corpo enquanto ele cochilava, sob tal barranco, num pós- almoço. Em relação ao padre João Leite Gonçalves,figura ultra carismática, ele nasceu no dia 7 de julho de 1903 no Pajeú. Filho de Cláudio Leite de Andrade e Josefa Gonçalves de Andrade. Ao cursar o primário, descobriu sua vocação para o sacerdócio, demonstrando aos seus familiares o desejo de estudar Teologia. Entrou para o Seminário de Pesqueira, concluindo o ginásio e o clássico. Em seguida, ingressou no no Seminário de Olinda, onde finalmente cursou filosofia e teologia - fato que culminou com sua ordenação plesbiterial realizado por dom José Antônio de Oliveira Lopes, no dia 2 de abril de 1927. Já como padre, iniciou seus trabalhos religiosos na cidade de Buíque, em Pernambuco e, em seguida, em Pedra de Buíque. Mediante as labutas exemplares,foi convocado pelo Bispo da Diocese de Pesqueira para ser seu secretário. Finalmente, realiza sua paixão de servir a seu povo na terra natal. Nomeado vigário da Paróquia de São Pedro das Umburanas no dia 4 de janeiro de 1928, assumiu-a,em definitivo,no dia 9 do mesmo mês. Ele preencheu uma grande pauta de atividades prestadas ao povo da cidade. Mais que religioso, foi um político. Doou 42 anos de vida a Itapetim, falecendo a 1 de dezembro de 1969. Voltando às priscas eras itapetinenses. A celebração da primeira missa aqui foi conduzida pelo padre Manoel Gomes,da paróquia de São José da Ingazeira, hoje São José do egito, juntamente com frei Ibiapina, da Ordem dos Franciscanos. Eles foram hospedados na casa de três vitalinas, que exibiram aos religiosos uma imagem de São Pedro encontrada numa gruta de pedra alteada pelos portugueses pioneiros. Em homenagem, Ibiapina batizou a Capela de São Pedro, que, mais tarde, seria o padroeiro da urbe. Denominações
  • 3. O primeiro nome de Itapetim foi Umburanas, pelo fator já descrito. Quarenta e três anos depois do início do povoamento, chamou-se São pedro das Lages, pelo Decreto 92 de 31 de março de 1928. Passada uma década, pela Lei 235 de 9 de dezembro de 1938, já na categoria de Vila, nomear-se-ia Itapetininga, permanecendo apenas a paróquia com o nome primevo. Em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei 952, foi novamente alterado o nome devido a uma cidade homônima do interior de São Paulo. A partir desta data, o município passou definitivamente ao nome atual, pela Lei 1 818 de 29 de dezembro de 1953, Itapetim torna-se município, ficando desmembrado de São José. Na época,o governador de Pernambuco era o Dr. Etelvino Lins de Albuquerque e o projeto foi apresentado à Assembleia Legislativa pelo então deputado Manoel Santa Cruz Valadares e impulsionado pelo seu companheiro Walfredo Paulino de Siqueira, ambos de São José do Egito. Vale salientar que Valadares foi o primeiro juiz da Comarca de Itapetim. Em 1º de junho de 1954, em sessão presidida pelo padre João leite no Grupo Escolar Dom José Lopes, onde funcionou provisoriamente a Prefeitura Municipal, foi inaugurada a instalação do município com a posse do primeiro prefeito nomeado, Francisco José de Maria ("Chico Santos"). Ele teve um mandato de dezoito meses . História Itapetim Pernambuco Histórico HISTÓRICO ? O primeiro nome do município, foi Umburanas. O significado e origem desse nome foi a árvore de igual denominação existente no local, em cuja sombra era realizada a pequena feira do povoado. Também foi conhecido por São Pedro das Lages. O povoado surgiu no ano de 1885, pelo cidadão Amâncio Pereira, que construiu as primeiras casas, e graças ao seu esforço e espírito de progresso, organizou a feira, e incentivou a construção da primeira capela, fundou a primeira casa comercial e fez com que diversas famílias emigrassem de municípios vizinhos para o povoado em organização. A capela foi fundada em 1890, pertencendo a paróquia de São José do Egito, onde, nessa data, o padre José Gomes, então vigário, celebrou a primeira missa. No ano de 1914, foi construída outra capela com maiores dimensões, capaz de abrigar a população, já bastante desenvolvida. Mais tarde foi a capela aumentada, sendo atualmente a matriz da freguesia, parecendo com uma das igrejas mais altas da região. A paróquia foi criado no ano de 1927, por Dom José Lopes, Bispo da Diocese de Pesqueira, sendo seu primeiro vigário o Padre João Leite de Andrade. Gentílico: itapetinense Formação Administrativa Pelo decreto Lei 92 de 31.03.1938, passou o Distrito a chamar-se São Pedro das Lages. No quadro de divisão territorial constante da lei nº 235, de 09.12.1938, figura o distrito de São Pedro das Lages, como Itapetininga, sendo posteriormente, com o decreto lei nº 952, de 31.12.1943, novamente o seu topônimo para Itapetim. Foi desmembrado do município de São José do Egito, já como vila, elevando-se a categoria de cidade pela lei nº 1818, de 29.12.1953. Sua instalação ocorreu no dia 01.06.1954. A comarca foi criada pelo decreto lei estadual nº 1818, de 29.12.1953, confirmada pela lei nº 2567, de 22.10.1956. LOCALIZAÇÃO MUNICIPAL
  • 4. O município está localizado na Macrorregião do Sertão Pernambucano e na Microrregião do Pajeú, com uma área territorial de 408,0 km2, limitando-se ao Norte com o estado da Paraíba , ao Sul com São José do Egito, ao Leste com o estado da Paraíba, ao Oeste com São José do Egito e Brejinho. A sede municipal está a 637 m de altitude em relação ao nível do Mar, Tem sua posição geográfica determinada pelo paralelo de -7º 22 40.8 da latitude -37º 11 25? de longitude. O clima é semiárido quente, com temperaturas variando entre 20º C e 36ºC. Fonte IBGE