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Gestão de Riscos
Sumário
❖ Conceitos e princípios da Gestão de Riscos (GR);
❖ Estrutura do processo: Liderança e Comprometimento, Integração,
Concepção, Implementação, Avaliação e Melhoria;
❖ Elementos do processo: Comunicação e Consulta, Escopo, Contexto e
Critérios;
❖ Processo de Avaliação de Riscos: identificação, análise e avaliação; e
❖ Tratamento de riscos
Conceitos
O que é risco?
“É o efeito da incerteza nos objetivos.”
[ABNT/ISO 31000:2018]
Efeito = Consequência/Impacto
Incerteza = Evento imprevisível e indesejável/desejável
(acidente ou incidente)
Objetivos = Propósito de realizar algo, é aonde se quer
chegar.
O risco pode ser negativo ou positivo
Incerteza
Incerteza é a falta de informação ou de conhecimento
sobre o resultado de uma ação, decisão ou evento.
A incerteza existe sempre que não se sabe precisar o que
vai ocorrer no futuro. O risco é a incerteza que possui
potencial para afetar o alcance de um objetivo, a execução
de um planejamento e até mesmo a saúde e a integridade
física das pessoas.
O que diz a ISO 31000
“As organizações podem ter impactos internos e externos
que tornam incerto se as metas estabelecidas serão
cumpridas dentro do tempo planejado para sua execução.
O efeito e a consequência que essa incerteza possui em
relação aos objetivos da organização é chamado de risco.”
(ABNT NBR ISO 31000:2018)
Por que fazer Gestão de Riscos?
A gestão de riscos pode oportunizar a atuação rápida diante de possíveis
fatores que atrapalham o alcance dos objetivos organizacionais. Todavia, as
instituições demonstram-se imaturas neste processo, devido à existência de
uma postura prementemente reativa.
“A gestão de riscos é um processo para identificar riscos que confrontam uma
organização, visando o impacto destes riscos nos processos de negócio,
direcionando os riscos em um plano sistemático e coordenado, tornando
indivíduos chave responsáveis por gerenciar riscos críticos dentro do escopo de
suas responsabilidades. É um processo de avaliação e gerenciamento de
incertezas enfrentadas pelas organizações, com um enfoque estruturado de
controles que alinha estratégia, processos, pessoas, tecnologia e
conhecimentos, visando à criação de valor.” (MANTELI, 2014)
De acordo com Manteli (2014), o propósito do gerenciamento de riscos é medir
e hierarquizar as principais instabilidades existentes na organização, bem como
promover uma “cultura de riscos” e incorporá-la como atividade pertinente às
funções operacionais e administrativas da equipe executiva, e detectar
oportunidades para reduzir riscos e aperfeiçoar os processos organizacionais.
Benefícios da Gestão de Riscos
A gestão de riscos protege e amplia o valor da organização, por
meio da redução da probabilidade e/ou do impacto de eventos
de perda. Exemplos de benefícios:
a) Melhoria da comunicação com as partes interessadas;
b) Redução das surpresas;
c) Aperfeiçoamento dos controles internos;
d) Possibilidade de identificar, monitorar e mitigar riscos
relacionados a processos críticos;
e) Identificação e priorização dos riscos, considerando os
impactos inter-relacionados entre eles;
f) Maior assertividade na tomada de decisão, garantindo ao
gestor confiança e proteção; e
g) Aprimoramento dos instrumentos de planejamento e
governança.
Princípios da GR
Princípios da Gestão de Riscos
O propósito da Gestão de Riscos é a criação e proteção de valor
(tangível e intangível). Os princípios sustentam o propósito. Vamos
a eles:
❖ Integração
A GR deve ser parte integrante de todas as atividades
organizacionais, auxiliando no processo de execução dos objetivos
e também na tomada de decisão.
❖ Estruturação e abrangência
A GR evidencia a incerteza, a origem dessa incerteza, e como ela
pode ser tratada. É uma abordagem apropriada, sistemática e
estruturada para contribuir na eficiência dos resultados coerentes e
confiáveis da organização.
❖ Personalização
A GR deve ser feita sob medida para cada organização (de
acordo com os contextos interno e externo).
❖ Inclusão
O envolvimento oportuno das partes interessadas na GR
possibilita que os conhecimentos, pontos de vista e percepções
sejam considerados. Resulta em melhor conscientização e
legitimação.
❖ Dinamismo
Riscos podem surgir, mudar ou desaparecer na medida em que
os tratamentos vão sendo implementados, ou até mesmo quando
há mudanças no contexto da organização.
❖ Promoção da melhoria contínua
A GR deve possibilitar à organização realizar suas atividades com
a preocupação de revisar as ações, mensurar os resultados e
redefinir ações quando necessário.
❖ Embasamento na melhor informação disponível
A necessidade de decisão prevalece sobre a informação.
❖ Consideração de fatores humanos e culturais
O comportamento humano e a cultura organizacional influenciam
significativamente os aspectos da GR em cada nível e estágio.
Estrutura da GR
❖ Liderança e comprometimento
Sustenta a estrutura.
❖ Integração
Divulga e comunica a implantação da GR (Política).
❖ Concepção
Cria o modelo (Manual).
❖ Implementação
Processo de GR.
❖ Avaliação e melhoria
Analisa eventos, mudanças, tendências, sucessos e fracassos,
bem como aplica os aprendizados obtidos.
Estrutura da Gestão de Riscos
❖ A estrutura da GR é baseada no PDCA:
Integração e concepção – PLAN (planejar);
Implementação – DO (fazer);
Avaliação – CHECK (checar/monitorar);
Melhoria – ACT (corrigir ou padronizar).
Estrutura da Gestão de Riscos
PDCA é uma metodologia de gerenciamento com foco na
melhoria dos processos realizados por uma organização.
Por meio do PDCA, identifica-se o que precisa ser
aprimorado e, a partir daí, realiza-se um plano e um
controle de verificação.
No final do processo, deve ser feito um estudo para
identificar o que deu certo, o que precisa ser aprimorado
e o que deve ser abandonado.
Ao obter resultados positivos, deve-se criar um padrão a
ser utilizado por todos.
O que é PDCA?
Priorização de processos
Ainda que a gestão de riscos deva ser parte integrante de todos os
processos organizacionais (princípio previsto pela ISO 31000), ela não
deve ser aplicada a todos os seus processos com a mesma
intensidade, visto que os recursos da organização são limitados.
Naturalmente o investimento na gestão de riscos deve ser maior nos
processos que mais entregam ou devem entregar valor para as partes
interessadas, bem como nas atividades de suporte que podem estar
limitando a capacidade de entrega dos processos finalísticos.
Processo de GR
Definição
“Processo que permeia toda a organização,
colocado em prática pela alta administração,
pelos gestores e demais colaboradores,
aplicado no estabelecimento de estratégias,
formuladas para identificar em toda a
organização eventos em potencial, capazes de
afetá-la, e administrar os riscos de modo a
mantê-los compatível com o apetite a risco da
organização e possibilitar garantia razoável do
cumprimento dos seus objetivos.”
[COSO/2017]
❖ Escopo, contexto, critério
Contexto: é a listagem e um breve resumo dos objetivos organizacionais, pois são os riscos
desses objetivos não serem atingidos que serão gerenciados.
A matriz SWOT pode auxiliar nessa etapa - S-Strengths (Forças), W-Weaknesses
(Fraquezas), O-Opportunities (Oportunidades), T-Threats (Ameaças).
Escopo: definição dos processos, projetos e ativos que serão alvo da GR; e
Critérios: Por fim, é necessário estabelecer os parâmetros por meio dos quais os riscos serão
gerenciados, como as escalas de probabilidade e impacto e a definição do apetite a risco, que
é o nível de risco considerado como aceitável.
❖ Identificação de riscos
Mapeamento e listagem dos eventos de risco com as possíveis causas e consequências de
cada um desses eventos.
❖ Análise de riscos
Atribuir os valores de probabilidade e impacto e encontrar o nível do risco.
❖ Avaliação de riscos
Decisão sobre tratar ou não o risco, de acordo com o apetite a riscos da organização.
Processo de GR
❖ Tratamento de riscos
Definição de como cada opção de tratamento será implementada. Agora é a hora de detalhar
com exatidão a forma, o prazo e os responsáveis pelas medidas de tratamento definidas.
❖ Comunicação e consulta*
O propósito da comunicação e consulta é auxiliar as partes interessadas na compreensão do
risco, na base sobre a qual decisões são tomadas e nas razões pelas quais ações específicas
são requeridas.
Não vai adiantar fazer esse trabalho se as partes interessadas não entendem e nem
interagem. A gestão de riscos nos habilita tomarmos ações preventivas. Portanto, essas
decisões devem nos preparar para ameaças e oportunidades que estão por vir.
Para fazer isso, precisamos das partes interessadas e elas também precisam de nós. Por
isso, esse requisito é essencial para o sucesso do processo.
A comunicação busca promover a conscientização e o entendimento do risco, enquanto a
consulta envolve obter retorno e informação para auxiliar a tomada de decisão.
Exemplos: Hospitais e Cias aéreas
❖ Registro e relato
Documentação obrigatória (atas, listas de presença, planilhas, relatórios etc.).
Processo de GR
Prática
Fonte: Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Causa = Fonte de Risco + Vulnerabilidade
❖ Elemento que, individualmente ou combinado, tem
o potencial intrínseco para dar origem ao risco.
Regulamentos (Normas, Leis, Procedimentos etc.)
Pessoas (Comportamento humano)
Ambiente
Equipamentos (Tecnologia e Infraestrutura)
Causa = Fonte de Risco + Vulnerabilidade
Exemplos
Fonte Sistemas, vulnerabilidades:
◦ Obsoletos;
◦ Sem integração;
◦ Sem manuais de operação;
◦ Inexistência de controles de
acesso lógico/backup.
Fonte Pessoas, vulnerabilidades:
◦ Em número insuficiente;
◦ Sem capacitação;
◦ Com perfil inadequado;
◦ Desmotivadas.
Fonte Estrutura organizacional, vulnerabilidades:
◦ Falta de clareza quanto às funções e responsabilidades;
◦ Fluxos de informação e comunicação deficientes;
◦ Centralização de responsabilidades;
◦ Delegações exorbitantes.
Evento de Risco (Incidente ou Acidente)
❖ Ocorrência ou mudança em um conjunto específico
de circunstâncias. Um evento de risco:
- pode ser referido como um incidente (não
causa dano / quase acidente) ou um acidente
(é danoso);
- pode ser algo que é esperado, mas não
acontece, ou algo que não é esperado, mas
acontece; e
- pode ter várias causas e várias consequências.
Consequência (Perda ou Ganho)
❖ Resultado de um evento que afeta os objetivos. A
consequência:
- pode ser conhecida ou desconhecida;
- pode gerar efeitos positivos ou negativos,
diretos ou indiretos, nos objetivos.
Identificação de Riscos
Objetivo: produzir lista abrangente de riscos,
incluindo fontes e eventos de risco que possam ter
impacto na consecução dos objetivos.
O processo de identificação inclui (exemplo):
❖ Causa: curto-circuito em equipamento;
❖ Evento: incêndio; e
❖ Consequências: lesões, perdas materiais, óbitos.
Identificação de Riscos
É fundamental:
❖ listar todos os riscos (inclusive aqueles que não
estejam sob controle da organização);
❖ considerar reações em cadeia, efeitos cumulativos
ou em cascata;
❖ incluir ampla gama de consequências;
❖ reconhecer fatores humanos e organizacionais; e
❖ identificar os controles existentes.
Identificação de Riscos
Para descrever um risco adequadamente,
deve-se atentar às seguintes orientações:
❖ não incluir perguntas;
❖ não incluir respostas aos riscos;
❖ utilizar sentenças completas; e
❖ ser específico.
Quais são as causas associadas aos eventos?
Quais eventos podem impactar o objetivo?
Quais são as consequências decorrentes da
concretização dos eventos?
Devido à causa X, poderá ocorrer o evento Y, que
poderá ocasionar a consequência Z.
Ex.: Devido à não realização de estudos técnicos
preliminares, poderá ocorrer uma contratação que não
produza os resultados esperados ou que necessite de
alteração durante a sua execução, o que poderá
ocasionar a onerosidade na execução do contrato.
Identificação de Riscos
❖ BRAINSTORMING
Esta técnica consiste em reunir pessoas conhecedoras de certo ativo ou atividade
organizacional e incentivar o fluxo livre de conversação entre elas com o objetivo de
identificar possíveis perigos, riscos ou controles associados ao objeto analisado.
Passos:
1. Definir o Escopo da Identificação
2. Definir facilitador
3. Realizar brainstorming
4. Compilar respostas
5. Preencher lista com riscos obtidos
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ GRUPO NOMINAL
1. Definir o Escopo da Identificação
2. Definir facilitador
3. Realizar sessão com regras, tempo e número de riscos
4. Cada participante cria sua lista de riscos
5. Cada participante ordena a lista que criou
6. Facilitador anota 1o risco de cada participante
7. Facilitador anota 2o risco de cada participante
8. Facilitador anota n riscos de cada participante
9. Compilar os resultados finais
10. Preencher lista com riscos identificados e priorizados
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ ENTREVISTAS
A técnica de entrevistas é apropriada nos casos em que é difícil ou dispendioso reunir as
pessoas para análises em grupo ou quando se deseja ouvir as opiniões pessoais, sem
interferências ou influências de outros participantes de um grupo.
O produto gerado é a visão dos entrevistados sobre as questões propostas, as quais
buscam normalmente identificar eventos de risco, fontes, consequências e controles.
❖ TÉCNICA “E SE” (WHAT IF)
O procedimento é realizado em grupo, pelas pessoas que trabalham rotineiramente com
o objeto analisado ou que detenham informações sobre ele. Exige a atuação de um
facilitador, que deve provocar a participação das pessoas a partir de perguntas
previamente elaboradas do tipo “e se”, “o que aconteceria se”, “alguém ou algo pode
...?”, “alguém ou algo nunca...?”.
Essas questões devem estimular a reflexão dos participantes sobre diferentes
alternativas e cenários de funcionamento do objeto analisado.
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ ANÁLISE BOW TIE
Técnica que busca analisar e descrever os caminhos de um evento de risco, desde suas
causas até as consequências, por meio de uma representação pictográfica semelhante a
uma gravata borboleta (bow tie).
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ ANÁLISE DE CAUSA RAIZ
Esta análise tenta identificar a raiz ou causas originais ao invés de lidar somente com os
sintomas imediatos e óbvios.
A avaliação das causas geralmente progride de causas mais evidentes para causas
subjacentes, considerando diferentes categorias de fatores, tais como humanos,
tecnológicos, materiais, ambientais etc.
As seguintes técnicas, entre outras, podem ser utilizadas para análise de causa raiz:
“5 Porquês“, diagrama de espinha de peixe (Ishikawa), análise de Pareto, etc.
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ “5 PORQUÊS”
Se você já teve que responder a uma criança que perguntava algo como “Por que os
passarinhos voam?”, e continuava perguntando “Por quê?”, então você está ligeiramente
familiarizado com a técnica dos 5 Porquês.
Desenvolvida por Taicchii Ohno, idealizador do Sistema Toyota de Produção, ela
consiste basicamente num método investigativo por meio da pergunta “Por quê?”
repetida cinco vezes. Isto é, para cada resposta formula-se a pergunta em seguida.
Você pode utilizar os 5 Porquês na identificação e resolução de problemas de
manutenção, qualidade, produção e áreas administrativas. No entanto, é uma
ferramenta melhor aplicada para problemas de dificuldade simples ou moderada.
Para problemas críticos mais complexos, os 5 Porquês pode levar a uma única faixa de
questionamento em situações que possuem múltiplas causas e não somente uma.
Técnicas para Identificação de Riscos
❖ Exemplo “5 PORQUÊS”:
Máquina de Corte Parada
Definição do Problema: Máquina de corte parou de funcionar
Por quê? Houve uma sobrecarga no circuito causando o rompimento de um fusível;
Por quê? Houve lubrificação insuficiente nos rolamentos que por sua vez travaram;
Por quê? A bomba de óleo não estava circulando óleo o suficiente;
Por quê? A entrada da bomba estava entupida com pequenos pedaços de metais;
Por quê? Porque não há filtro na bomba.
Ação de tratamento: Especificar e colocar filtro na bomba de óleo.
Técnicas para Identificação de Riscos
Identificação de Riscos (exemplo)
Controles
“Medida que está modificando o risco.”
[ABNT/ISO 31000:2018]
Entendem-se como controles ações, softwares, procedimentos,
protocolos ou quaisquer outros dispositivos que atuem para diminuir a
sua probabilidade de ocorrência e/ou o impacto gerado pelo risco.
Exemplo: evitar a sobrecarga na fiação elétrica é um controle que atua
para diminuir a probabilidade do risco de incêndio. Já a utilização de
um agente extintor ou equipamento de combate ao fogo atua para
diminuir o impacto gerado pelo risco de incêndio.
Os controles nem sempre conseguem exercer o efeito de modificação
pretendido. Por exemplo, o uso de um agente extintor inadequado pode
tornar inútil o esforço de combater as chamas, ou pode agravar a
situação e gerar novos riscos.
Exemplo
Exemplo
Causa
(Fontes,
Perigos)
Evento
(Incidente,
Acidente)
Consequência
(Ganho,
Perda)
Prevenção Proteção
Controles
RISCOS
Controles Existentes
Os proprietários de riscos deverão listar os
controles já existentes e registrá-los no
Plano de Tratamento de Riscos.
Ao listar os controles, os proprietários deverão
informar também a efetividade conjunta
desses controles, de acordo com os critérios
definidos.
Efetividade dos Controles Existentes
Análise de Riscos
❖ A análise de riscos possui como propósito
desenvolver o entendimento do risco. Consiste
na determinação das consequências e suas
probabilidades para os eventos identificados,
combinadas para determinar o nível de risco.
Leva-se em consideração a presença e a eficácia
conjunta dos controles já existentes.
Escala de Probabilidade
Escalas de Impacto
No momento da seleção do impacto nas
dimensões do objetivo, nem sempre o nível
será o mesmo para todas. Caso isso ocorra,
considerar-se-á o nível mais alto.
Após considerar o impacto nas dimensões,
chega-se aos níveis de impacto, de acordo
com a segunda escala representada acima.
Nível de Risco
“Magnitude de um risco, expressa em
termos da combinação das
probabilidades e de seus impactos.”
[ABNT/ISO 31000:2009]
Avaliação de Riscos
❖ A avaliação de riscos é o processo de comparar os
resultados da análise de riscos (nível de risco) com a matriz
de riscos da Instituição, com o intuito de auxiliar na decisão
sobre o tratamento de risco (tipos de resposta).
Por que avaliar?
❖ Não há recursos ilimitados para lidar com todos os riscos
aos quais a organização está exposta.
❖ Assim, é preciso concentrar recursos (priorizar) para lidar
com os riscos de maior impacto (riscos-chave) sobre os
objetivos da organização (ou sobre os objetivos do
processo de trabalho).
❖ A decisão sobre tratar (ou não) o risco pode, enfim,
depender do equilíbrio entre os custos e os benefícios da
implementação dos controles.
Matriz de Risco (Quantitativo)
Impacto
Probabilidade
Muito
Baixa
Baixa Média Alta
Muito
Alta
Muito
Alto
5 10 15 20 25
Alto 4 8 12 16 20
Médio 3 6 9 12 15
Baixo 2 4 6 8 10
Muito
Baixo
1 2 3 4 5
Matriz de Risco (Qualitativo)
Diretrizes para a priorização do
tratamento de riscos
Após o cálculo do nível de risco, e conforme o
enquadramento na Matriz, os riscos terão o
tratamento priorizado de acordo com o Apetite
ao Risco da Instituição (é a quantidade de risco que
o Tribunal se dispõe a aceitar para atingir
seus objetivos).
A priorização envolve a classificação dos riscos,
convencionada no TRT3 em: baixo, médio
(aceitável), alto (inaceitável) ou extremo
(absolutamente inaceitável).
Diretrizes para a priorização do
tratamento de riscos
Tipos de Respostas
Análise e Avaliação dos Riscos (Exemplo)
Ações de Tratamento de Riscos
Depois de definida a resposta ao risco, caberá aos proprietários
de riscos elencar as ações de tratamento que pretendem
implementar.
O tratamento é o processo de modificar um risco.
Envolve a seleção de uma ou mais opções para modificar a
probabilidade ou a consequência dos riscos.
Devem ser avaliados:
❖ o custo-benefício de cada ação proposta;
❖ o efeito de cada ação sobre a probabilidade e o impacto; e
❖ os riscos cujo tratamento não é economicamente justificável.
Ações de Tratamento de Riscos
A ação de tratamento que se pretende realizar deverá ser descrita
de forma sucinta; caberá ao proprietário de riscos definir o
servidor responsável pela execução da ação, bem como uma
data-alvo para a execução.
Caso o proprietário verifique que a ação de tratamento proposta
esteja além das atribuições e responsabilidades originárias de sua
unidade, caberá a ele comunicar tal situação àqueles que
detenham competência para atuar no tratamento do risco,
consultando-os sobre a viabilidade, quando for o caso, de
soluções integradas. Nesse caso, o campo "Comunicação e
Consulta" deverá ser preenchido.
Ações de Tratamento de Riscos
IMPORTANTE!
Ainda que a ação proposta para tratar o risco esteja além das
atribuições e responsabilidades originárias do proprietário de
riscos, é importante salientar que tal fato não o exime da
responsabilidade de atuar no tratamento do risco identificado.
Exemplo: a comunicação por escrito de um risco às demais
unidades envolvidas, bem como a realização de consultas formais
a instâncias superiores a respeito de ações de tratamento
necessárias, são maneiras válidas de intervir para que o
tratamento do risco identificado se inicie.
Ações de Tratamento de Riscos
(Exemplo)
Referências Utilizadas
❖ ISO 31.000/2018: Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes
❖ ISO 31.010/2009: Técnicas para a Avaliação de Riscos
❖ Guia de orientação para o gerenciamento de riscos
corporativos / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa;
Coordenação: Eduarda La Rocque. São Paulo, SP: IBGC, 2007
(série de cadernos de governança corporativa, 3)
Obrigado!

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Gestão de Riscos Essenciais

  • 2. Sumário ❖ Conceitos e princípios da Gestão de Riscos (GR); ❖ Estrutura do processo: Liderança e Comprometimento, Integração, Concepção, Implementação, Avaliação e Melhoria; ❖ Elementos do processo: Comunicação e Consulta, Escopo, Contexto e Critérios; ❖ Processo de Avaliação de Riscos: identificação, análise e avaliação; e ❖ Tratamento de riscos
  • 4. O que é risco? “É o efeito da incerteza nos objetivos.” [ABNT/ISO 31000:2018] Efeito = Consequência/Impacto Incerteza = Evento imprevisível e indesejável/desejável (acidente ou incidente) Objetivos = Propósito de realizar algo, é aonde se quer chegar. O risco pode ser negativo ou positivo
  • 5. Incerteza Incerteza é a falta de informação ou de conhecimento sobre o resultado de uma ação, decisão ou evento. A incerteza existe sempre que não se sabe precisar o que vai ocorrer no futuro. O risco é a incerteza que possui potencial para afetar o alcance de um objetivo, a execução de um planejamento e até mesmo a saúde e a integridade física das pessoas.
  • 6. O que diz a ISO 31000 “As organizações podem ter impactos internos e externos que tornam incerto se as metas estabelecidas serão cumpridas dentro do tempo planejado para sua execução. O efeito e a consequência que essa incerteza possui em relação aos objetivos da organização é chamado de risco.” (ABNT NBR ISO 31000:2018)
  • 7. Por que fazer Gestão de Riscos? A gestão de riscos pode oportunizar a atuação rápida diante de possíveis fatores que atrapalham o alcance dos objetivos organizacionais. Todavia, as instituições demonstram-se imaturas neste processo, devido à existência de uma postura prementemente reativa. “A gestão de riscos é um processo para identificar riscos que confrontam uma organização, visando o impacto destes riscos nos processos de negócio, direcionando os riscos em um plano sistemático e coordenado, tornando indivíduos chave responsáveis por gerenciar riscos críticos dentro do escopo de suas responsabilidades. É um processo de avaliação e gerenciamento de incertezas enfrentadas pelas organizações, com um enfoque estruturado de controles que alinha estratégia, processos, pessoas, tecnologia e conhecimentos, visando à criação de valor.” (MANTELI, 2014) De acordo com Manteli (2014), o propósito do gerenciamento de riscos é medir e hierarquizar as principais instabilidades existentes na organização, bem como promover uma “cultura de riscos” e incorporá-la como atividade pertinente às funções operacionais e administrativas da equipe executiva, e detectar oportunidades para reduzir riscos e aperfeiçoar os processos organizacionais.
  • 8. Benefícios da Gestão de Riscos A gestão de riscos protege e amplia o valor da organização, por meio da redução da probabilidade e/ou do impacto de eventos de perda. Exemplos de benefícios: a) Melhoria da comunicação com as partes interessadas; b) Redução das surpresas; c) Aperfeiçoamento dos controles internos; d) Possibilidade de identificar, monitorar e mitigar riscos relacionados a processos críticos; e) Identificação e priorização dos riscos, considerando os impactos inter-relacionados entre eles; f) Maior assertividade na tomada de decisão, garantindo ao gestor confiança e proteção; e g) Aprimoramento dos instrumentos de planejamento e governança.
  • 10.
  • 11. Princípios da Gestão de Riscos O propósito da Gestão de Riscos é a criação e proteção de valor (tangível e intangível). Os princípios sustentam o propósito. Vamos a eles: ❖ Integração A GR deve ser parte integrante de todas as atividades organizacionais, auxiliando no processo de execução dos objetivos e também na tomada de decisão. ❖ Estruturação e abrangência A GR evidencia a incerteza, a origem dessa incerteza, e como ela pode ser tratada. É uma abordagem apropriada, sistemática e estruturada para contribuir na eficiência dos resultados coerentes e confiáveis da organização.
  • 12. ❖ Personalização A GR deve ser feita sob medida para cada organização (de acordo com os contextos interno e externo). ❖ Inclusão O envolvimento oportuno das partes interessadas na GR possibilita que os conhecimentos, pontos de vista e percepções sejam considerados. Resulta em melhor conscientização e legitimação. ❖ Dinamismo Riscos podem surgir, mudar ou desaparecer na medida em que os tratamentos vão sendo implementados, ou até mesmo quando há mudanças no contexto da organização.
  • 13. ❖ Promoção da melhoria contínua A GR deve possibilitar à organização realizar suas atividades com a preocupação de revisar as ações, mensurar os resultados e redefinir ações quando necessário. ❖ Embasamento na melhor informação disponível A necessidade de decisão prevalece sobre a informação. ❖ Consideração de fatores humanos e culturais O comportamento humano e a cultura organizacional influenciam significativamente os aspectos da GR em cada nível e estágio.
  • 15.
  • 16. ❖ Liderança e comprometimento Sustenta a estrutura. ❖ Integração Divulga e comunica a implantação da GR (Política). ❖ Concepção Cria o modelo (Manual). ❖ Implementação Processo de GR. ❖ Avaliação e melhoria Analisa eventos, mudanças, tendências, sucessos e fracassos, bem como aplica os aprendizados obtidos. Estrutura da Gestão de Riscos
  • 17. ❖ A estrutura da GR é baseada no PDCA: Integração e concepção – PLAN (planejar); Implementação – DO (fazer); Avaliação – CHECK (checar/monitorar); Melhoria – ACT (corrigir ou padronizar). Estrutura da Gestão de Riscos
  • 18. PDCA é uma metodologia de gerenciamento com foco na melhoria dos processos realizados por uma organização. Por meio do PDCA, identifica-se o que precisa ser aprimorado e, a partir daí, realiza-se um plano e um controle de verificação. No final do processo, deve ser feito um estudo para identificar o que deu certo, o que precisa ser aprimorado e o que deve ser abandonado. Ao obter resultados positivos, deve-se criar um padrão a ser utilizado por todos. O que é PDCA?
  • 19. Priorização de processos Ainda que a gestão de riscos deva ser parte integrante de todos os processos organizacionais (princípio previsto pela ISO 31000), ela não deve ser aplicada a todos os seus processos com a mesma intensidade, visto que os recursos da organização são limitados. Naturalmente o investimento na gestão de riscos deve ser maior nos processos que mais entregam ou devem entregar valor para as partes interessadas, bem como nas atividades de suporte que podem estar limitando a capacidade de entrega dos processos finalísticos.
  • 21.
  • 22. Definição “Processo que permeia toda a organização, colocado em prática pela alta administração, pelos gestores e demais colaboradores, aplicado no estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes de afetá-la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível com o apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.” [COSO/2017]
  • 23. ❖ Escopo, contexto, critério Contexto: é a listagem e um breve resumo dos objetivos organizacionais, pois são os riscos desses objetivos não serem atingidos que serão gerenciados. A matriz SWOT pode auxiliar nessa etapa - S-Strengths (Forças), W-Weaknesses (Fraquezas), O-Opportunities (Oportunidades), T-Threats (Ameaças). Escopo: definição dos processos, projetos e ativos que serão alvo da GR; e Critérios: Por fim, é necessário estabelecer os parâmetros por meio dos quais os riscos serão gerenciados, como as escalas de probabilidade e impacto e a definição do apetite a risco, que é o nível de risco considerado como aceitável. ❖ Identificação de riscos Mapeamento e listagem dos eventos de risco com as possíveis causas e consequências de cada um desses eventos. ❖ Análise de riscos Atribuir os valores de probabilidade e impacto e encontrar o nível do risco. ❖ Avaliação de riscos Decisão sobre tratar ou não o risco, de acordo com o apetite a riscos da organização. Processo de GR
  • 24. ❖ Tratamento de riscos Definição de como cada opção de tratamento será implementada. Agora é a hora de detalhar com exatidão a forma, o prazo e os responsáveis pelas medidas de tratamento definidas. ❖ Comunicação e consulta* O propósito da comunicação e consulta é auxiliar as partes interessadas na compreensão do risco, na base sobre a qual decisões são tomadas e nas razões pelas quais ações específicas são requeridas. Não vai adiantar fazer esse trabalho se as partes interessadas não entendem e nem interagem. A gestão de riscos nos habilita tomarmos ações preventivas. Portanto, essas decisões devem nos preparar para ameaças e oportunidades que estão por vir. Para fazer isso, precisamos das partes interessadas e elas também precisam de nós. Por isso, esse requisito é essencial para o sucesso do processo. A comunicação busca promover a conscientização e o entendimento do risco, enquanto a consulta envolve obter retorno e informação para auxiliar a tomada de decisão. Exemplos: Hospitais e Cias aéreas ❖ Registro e relato Documentação obrigatória (atas, listas de presença, planilhas, relatórios etc.). Processo de GR
  • 26. Fonte: Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
  • 27. Causa = Fonte de Risco + Vulnerabilidade ❖ Elemento que, individualmente ou combinado, tem o potencial intrínseco para dar origem ao risco. Regulamentos (Normas, Leis, Procedimentos etc.) Pessoas (Comportamento humano) Ambiente Equipamentos (Tecnologia e Infraestrutura)
  • 28. Causa = Fonte de Risco + Vulnerabilidade Exemplos Fonte Sistemas, vulnerabilidades: ◦ Obsoletos; ◦ Sem integração; ◦ Sem manuais de operação; ◦ Inexistência de controles de acesso lógico/backup. Fonte Pessoas, vulnerabilidades: ◦ Em número insuficiente; ◦ Sem capacitação; ◦ Com perfil inadequado; ◦ Desmotivadas. Fonte Estrutura organizacional, vulnerabilidades: ◦ Falta de clareza quanto às funções e responsabilidades; ◦ Fluxos de informação e comunicação deficientes; ◦ Centralização de responsabilidades; ◦ Delegações exorbitantes.
  • 29. Evento de Risco (Incidente ou Acidente) ❖ Ocorrência ou mudança em um conjunto específico de circunstâncias. Um evento de risco: - pode ser referido como um incidente (não causa dano / quase acidente) ou um acidente (é danoso); - pode ser algo que é esperado, mas não acontece, ou algo que não é esperado, mas acontece; e - pode ter várias causas e várias consequências.
  • 30. Consequência (Perda ou Ganho) ❖ Resultado de um evento que afeta os objetivos. A consequência: - pode ser conhecida ou desconhecida; - pode gerar efeitos positivos ou negativos, diretos ou indiretos, nos objetivos.
  • 31. Identificação de Riscos Objetivo: produzir lista abrangente de riscos, incluindo fontes e eventos de risco que possam ter impacto na consecução dos objetivos. O processo de identificação inclui (exemplo): ❖ Causa: curto-circuito em equipamento; ❖ Evento: incêndio; e ❖ Consequências: lesões, perdas materiais, óbitos.
  • 32. Identificação de Riscos É fundamental: ❖ listar todos os riscos (inclusive aqueles que não estejam sob controle da organização); ❖ considerar reações em cadeia, efeitos cumulativos ou em cascata; ❖ incluir ampla gama de consequências; ❖ reconhecer fatores humanos e organizacionais; e ❖ identificar os controles existentes.
  • 33. Identificação de Riscos Para descrever um risco adequadamente, deve-se atentar às seguintes orientações: ❖ não incluir perguntas; ❖ não incluir respostas aos riscos; ❖ utilizar sentenças completas; e ❖ ser específico.
  • 34. Quais são as causas associadas aos eventos? Quais eventos podem impactar o objetivo? Quais são as consequências decorrentes da concretização dos eventos? Devido à causa X, poderá ocorrer o evento Y, que poderá ocasionar a consequência Z. Ex.: Devido à não realização de estudos técnicos preliminares, poderá ocorrer uma contratação que não produza os resultados esperados ou que necessite de alteração durante a sua execução, o que poderá ocasionar a onerosidade na execução do contrato. Identificação de Riscos
  • 35. ❖ BRAINSTORMING Esta técnica consiste em reunir pessoas conhecedoras de certo ativo ou atividade organizacional e incentivar o fluxo livre de conversação entre elas com o objetivo de identificar possíveis perigos, riscos ou controles associados ao objeto analisado. Passos: 1. Definir o Escopo da Identificação 2. Definir facilitador 3. Realizar brainstorming 4. Compilar respostas 5. Preencher lista com riscos obtidos Técnicas para Identificação de Riscos
  • 36. ❖ GRUPO NOMINAL 1. Definir o Escopo da Identificação 2. Definir facilitador 3. Realizar sessão com regras, tempo e número de riscos 4. Cada participante cria sua lista de riscos 5. Cada participante ordena a lista que criou 6. Facilitador anota 1o risco de cada participante 7. Facilitador anota 2o risco de cada participante 8. Facilitador anota n riscos de cada participante 9. Compilar os resultados finais 10. Preencher lista com riscos identificados e priorizados Técnicas para Identificação de Riscos
  • 37. ❖ ENTREVISTAS A técnica de entrevistas é apropriada nos casos em que é difícil ou dispendioso reunir as pessoas para análises em grupo ou quando se deseja ouvir as opiniões pessoais, sem interferências ou influências de outros participantes de um grupo. O produto gerado é a visão dos entrevistados sobre as questões propostas, as quais buscam normalmente identificar eventos de risco, fontes, consequências e controles. ❖ TÉCNICA “E SE” (WHAT IF) O procedimento é realizado em grupo, pelas pessoas que trabalham rotineiramente com o objeto analisado ou que detenham informações sobre ele. Exige a atuação de um facilitador, que deve provocar a participação das pessoas a partir de perguntas previamente elaboradas do tipo “e se”, “o que aconteceria se”, “alguém ou algo pode ...?”, “alguém ou algo nunca...?”. Essas questões devem estimular a reflexão dos participantes sobre diferentes alternativas e cenários de funcionamento do objeto analisado. Técnicas para Identificação de Riscos
  • 38. ❖ ANÁLISE BOW TIE Técnica que busca analisar e descrever os caminhos de um evento de risco, desde suas causas até as consequências, por meio de uma representação pictográfica semelhante a uma gravata borboleta (bow tie). Técnicas para Identificação de Riscos
  • 39. ❖ ANÁLISE DE CAUSA RAIZ Esta análise tenta identificar a raiz ou causas originais ao invés de lidar somente com os sintomas imediatos e óbvios. A avaliação das causas geralmente progride de causas mais evidentes para causas subjacentes, considerando diferentes categorias de fatores, tais como humanos, tecnológicos, materiais, ambientais etc. As seguintes técnicas, entre outras, podem ser utilizadas para análise de causa raiz: “5 Porquês“, diagrama de espinha de peixe (Ishikawa), análise de Pareto, etc. Técnicas para Identificação de Riscos
  • 40. ❖ “5 PORQUÊS” Se você já teve que responder a uma criança que perguntava algo como “Por que os passarinhos voam?”, e continuava perguntando “Por quê?”, então você está ligeiramente familiarizado com a técnica dos 5 Porquês. Desenvolvida por Taicchii Ohno, idealizador do Sistema Toyota de Produção, ela consiste basicamente num método investigativo por meio da pergunta “Por quê?” repetida cinco vezes. Isto é, para cada resposta formula-se a pergunta em seguida. Você pode utilizar os 5 Porquês na identificação e resolução de problemas de manutenção, qualidade, produção e áreas administrativas. No entanto, é uma ferramenta melhor aplicada para problemas de dificuldade simples ou moderada. Para problemas críticos mais complexos, os 5 Porquês pode levar a uma única faixa de questionamento em situações que possuem múltiplas causas e não somente uma. Técnicas para Identificação de Riscos
  • 41. ❖ Exemplo “5 PORQUÊS”: Máquina de Corte Parada Definição do Problema: Máquina de corte parou de funcionar Por quê? Houve uma sobrecarga no circuito causando o rompimento de um fusível; Por quê? Houve lubrificação insuficiente nos rolamentos que por sua vez travaram; Por quê? A bomba de óleo não estava circulando óleo o suficiente; Por quê? A entrada da bomba estava entupida com pequenos pedaços de metais; Por quê? Porque não há filtro na bomba. Ação de tratamento: Especificar e colocar filtro na bomba de óleo. Técnicas para Identificação de Riscos
  • 43. Controles “Medida que está modificando o risco.” [ABNT/ISO 31000:2018] Entendem-se como controles ações, softwares, procedimentos, protocolos ou quaisquer outros dispositivos que atuem para diminuir a sua probabilidade de ocorrência e/ou o impacto gerado pelo risco. Exemplo: evitar a sobrecarga na fiação elétrica é um controle que atua para diminuir a probabilidade do risco de incêndio. Já a utilização de um agente extintor ou equipamento de combate ao fogo atua para diminuir o impacto gerado pelo risco de incêndio. Os controles nem sempre conseguem exercer o efeito de modificação pretendido. Por exemplo, o uso de um agente extintor inadequado pode tornar inútil o esforço de combater as chamas, ou pode agravar a situação e gerar novos riscos.
  • 47. Controles Existentes Os proprietários de riscos deverão listar os controles já existentes e registrá-los no Plano de Tratamento de Riscos. Ao listar os controles, os proprietários deverão informar também a efetividade conjunta desses controles, de acordo com os critérios definidos.
  • 49. Análise de Riscos ❖ A análise de riscos possui como propósito desenvolver o entendimento do risco. Consiste na determinação das consequências e suas probabilidades para os eventos identificados, combinadas para determinar o nível de risco. Leva-se em consideração a presença e a eficácia conjunta dos controles já existentes.
  • 52. No momento da seleção do impacto nas dimensões do objetivo, nem sempre o nível será o mesmo para todas. Caso isso ocorra, considerar-se-á o nível mais alto. Após considerar o impacto nas dimensões, chega-se aos níveis de impacto, de acordo com a segunda escala representada acima.
  • 53. Nível de Risco “Magnitude de um risco, expressa em termos da combinação das probabilidades e de seus impactos.” [ABNT/ISO 31000:2009]
  • 54. Avaliação de Riscos ❖ A avaliação de riscos é o processo de comparar os resultados da análise de riscos (nível de risco) com a matriz de riscos da Instituição, com o intuito de auxiliar na decisão sobre o tratamento de risco (tipos de resposta). Por que avaliar? ❖ Não há recursos ilimitados para lidar com todos os riscos aos quais a organização está exposta. ❖ Assim, é preciso concentrar recursos (priorizar) para lidar com os riscos de maior impacto (riscos-chave) sobre os objetivos da organização (ou sobre os objetivos do processo de trabalho). ❖ A decisão sobre tratar (ou não) o risco pode, enfim, depender do equilíbrio entre os custos e os benefícios da implementação dos controles.
  • 55. Matriz de Risco (Quantitativo) Impacto Probabilidade Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Muito Alto 5 10 15 20 25 Alto 4 8 12 16 20 Médio 3 6 9 12 15 Baixo 2 4 6 8 10 Muito Baixo 1 2 3 4 5
  • 56. Matriz de Risco (Qualitativo)
  • 57. Diretrizes para a priorização do tratamento de riscos Após o cálculo do nível de risco, e conforme o enquadramento na Matriz, os riscos terão o tratamento priorizado de acordo com o Apetite ao Risco da Instituição (é a quantidade de risco que o Tribunal se dispõe a aceitar para atingir seus objetivos). A priorização envolve a classificação dos riscos, convencionada no TRT3 em: baixo, médio (aceitável), alto (inaceitável) ou extremo (absolutamente inaceitável).
  • 58. Diretrizes para a priorização do tratamento de riscos
  • 60. Análise e Avaliação dos Riscos (Exemplo)
  • 61. Ações de Tratamento de Riscos Depois de definida a resposta ao risco, caberá aos proprietários de riscos elencar as ações de tratamento que pretendem implementar. O tratamento é o processo de modificar um risco. Envolve a seleção de uma ou mais opções para modificar a probabilidade ou a consequência dos riscos. Devem ser avaliados: ❖ o custo-benefício de cada ação proposta; ❖ o efeito de cada ação sobre a probabilidade e o impacto; e ❖ os riscos cujo tratamento não é economicamente justificável.
  • 62. Ações de Tratamento de Riscos A ação de tratamento que se pretende realizar deverá ser descrita de forma sucinta; caberá ao proprietário de riscos definir o servidor responsável pela execução da ação, bem como uma data-alvo para a execução. Caso o proprietário verifique que a ação de tratamento proposta esteja além das atribuições e responsabilidades originárias de sua unidade, caberá a ele comunicar tal situação àqueles que detenham competência para atuar no tratamento do risco, consultando-os sobre a viabilidade, quando for o caso, de soluções integradas. Nesse caso, o campo "Comunicação e Consulta" deverá ser preenchido.
  • 63. Ações de Tratamento de Riscos IMPORTANTE! Ainda que a ação proposta para tratar o risco esteja além das atribuições e responsabilidades originárias do proprietário de riscos, é importante salientar que tal fato não o exime da responsabilidade de atuar no tratamento do risco identificado. Exemplo: a comunicação por escrito de um risco às demais unidades envolvidas, bem como a realização de consultas formais a instâncias superiores a respeito de ações de tratamento necessárias, são maneiras válidas de intervir para que o tratamento do risco identificado se inicie.
  • 64. Ações de Tratamento de Riscos (Exemplo)
  • 65. Referências Utilizadas ❖ ISO 31.000/2018: Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes ❖ ISO 31.010/2009: Técnicas para a Avaliação de Riscos ❖ Guia de orientação para o gerenciamento de riscos corporativos / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa; Coordenação: Eduarda La Rocque. São Paulo, SP: IBGC, 2007 (série de cadernos de governança corporativa, 3)