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DESENVOLVIMENTO DE VACINAS
CONTRA AGENTES INFECCIOSOS
ü  Vírus vaccinia, família Poxviridae, ds DNA
ü  História
Ramsés V
ü  Variolizaçãoà China, Índia, África (1000 AC)
Morgan & Parker, 2006
Varíola
História da vacina antivariólica
Edward Jenner museum
Edward Jenner
James Phillips
Vacina = Vacca
A mão de
Sarah Nelms.
Qual o efeito da introdução de uma vacina?
Chen et al., Vaccine
Casos da doença Uso da vacina Reação adversa
Única doença erradicada: varíola
Poliomielite: 2000 casos em 2006
Vacina antes ano depois ano
Difteria 175,885 1922 1 1998
Sarampo 503,282 1962 89 1998
Caxumba 152,209 1968 606 1998
Coqueluche 147,271 1925 6,279 1998
Rubéola 47,745 1968 345 1998
Varíola 48,164 1904 0 1998
(Cases in the U.S.; The Scientist, July 19, 2004)
Vacinas Funcionando
O que faz uma vacina?
ü  Estimula respostas imunológicas protetoras do
hospedeiro para combater o patógeno invasor.
Que conhecimento é necessário para
produzir uma vacina?
1. Entender o ciclo de vida do patógeno.
→ encontrar o melhor estágio para servir de alvo.
2. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo
patógeno.
→ resposta imune celular/humoral?
Características de uma vacina
ideal
Ø  Vacinas contêm antígenos que são alvos do sistema
imunológico.
Ø  A vacinação deveria gerar uma imunidade efetiva
(anticorpos e células T).
Ø  Vacinas devem produzir imunidade protetora.
Ø  Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose
de reforço.
Ø  Seguras: uma vacina não pode causar doença ou morte.
Ø  Considerações práticas: Baixo custo por dose. Fácil de
administrar. Estável biologicamente. Poucos ou nenhum
efeito colateral.
Vacinas
disponíveis
no
Brasil
Doenças bacterianas Doenças virais
Difteria, Tétano, Coqueluche e
outras infecções causadas por
(Haemophilus influenzae)-
(Tetravalente)
Febre amarela
Tuberculose - BCG Hepatite B
Pneumococo Poliomielite
Meningite
(Neisseria meningitidis)
Sarampo, rubéola,
caxumba (tripla viral)
Antraz Rotavírus
Febre tifóide Gripe
Cólera HPV
Hepatite A
Raiva
Catapora (Varicela-
Zoster)
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21462
Calendário
vacinal de
crianças no
Brasil
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21463
Calendário vacinal de adolescentes no Brasil
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21464
Calendário vacinal de adultos e idosos no Brasil
•  Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba)
•  Poliomielite
•  Hib infecções causadas por Haemophilus influenzae
•  Meningite A, C
•  Febre Amarela
Vacinas produzidas no Brasil
•  DTP (difteria, tétano, coqueluche)
•  Tuberculose (BCG)
•  Hepatite B
•  Raiva
•  em breve à Influenza (Sanofi-aventis)
Rotavírus (NIH)
Dengue (NIH)
Mecanismo de ação
Tipos de vacinas
Tipo de vacina Doença
Organismo atenuado
(vivo, não patogênico)
Febre amarela, Polio (Sabin), Rubéola,
Sarampo, Caxumba, Catapora, Tuberculose
Organismo inativado ou morto Hepatite A, Raiva, Cólera, Gripe, Pólio (Salk),
Febre tifóide, Coqueluche
Toxóide-composto tóxico
inativado (formol)
Difteria, Tétano, Antraz
Vacinas de subunidades
(Proteínas recombinantes, LPS,
VLPs)
Hepatite B, pneumonia causada por
Streptococcus pneumoniae, HPV,
Pneumococo, Meningite
Vacinas conjugadas Haemophilus Influenza tipo B, pneumonia
causada porStreptococcus pneumoniae
Vacinas de DNA Em testes clínicos
Vetores recombinantes
(adenovírus, poxvírus)
Em testes clínicos
O vírus adquire mutações
que permitem o
crescimento nas células de
macaco
O vírus não cresce mais em
células humanas e pode ser
utilizado como vacina
Organismo atenuado
Febre amarela, Polio (Sabin), Rubéola, Sarampo, Caxumba,
Catapora, Tuberculose
O vírus é isolado de um
paciente e crescido em
células de cultura humana
O vírus é utilizado para
infectar células de macaco
Rubéola: células embrionárias de pato
Sabin: células de macaco
Febre amarela
ovos SPF
9 dias
suspensão viral é inoculada na cavidade vitelina do ovo
3 dias
Retirada dos embriões
Câmara trituradora, centrifugação, liofilização
-  Vantagens: Baixo custo, fácil administração (Sabin), imunidade duradoura,
capaz de induzir forte resposta de linfócitos T CD8.
-  Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura),
mutaçãoà reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos
imunocomprometidos.
Organismo atenuado
Organismo inativado
Gripe, Pólio (Salk), Coqueluche, Hepatite A, Raiva, Cólera,
Febre tifóide
-  Vantagens: Sem mutação ou reversão, utiliza antígenos na sua conformação
nativa (Acs neutralizantes), pode ser utilizada em pacientes
imunocomprometidos.
-  Desvantagens: somente imunidade humoral, repetidas doses (o vírus não
multiplica) , custo mais elevado, bactérias inativadas podem causar inflamação.
Crescimento do vírus em células de cultura
Inativação por calor, formaldeído
Purificação dos vírus
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1435702-5603,00-VACINA+BRASILEIRA+CONTRA+A+NOVA+GRIPE+SAI+APENAS
+EM+MEADOS+DE.html
Acelulares
Toxóide
Difteria, Tétano, Anthrax
Isolamento das Toxinas (diftérica, tetânica)
Inativação da toxicidade por formol
Adição de estabilizador: mercúrioà Thimerosal
Adição do adjuvante Hidróxido de alumínio (alum)
Subunidade
Hepatite B, pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae , HPV,
Pneumococo, Meningite
PCR do antígeno de interesse (ex: HBsAg)
Clonagem em vetor de expressão para bactéria, levedura, células
Transformação de bactéria, levedura com o plasmídeo
Purificação do antígeno recombinante
Adição de adjuvantes (ex: alum)
Acelulares
Vacinas conjugadas
Haemophilus Influenza tipo B (meningite bacteriana)
Utilizam porção do microorganismo
(geralmente carboidrato) conjugado a uma
proteína carreadora
Acelulares
-  Vantagens: Segurança.
-  Desvantagens: Baixa imunogenicidade natural à
necessidade da adição de adjuvantes.
patógeno
Gene de interesse
plasmídeo
músculo
pele
Vacinas gênicas ou de DNA
-  Vantagens: imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo
custo, fácil escalonamento, termoestáveis.
-  Desvantagens: Baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genômico
do hospedeiro ou ao genoma de células da linhagem germinativa, aparecimento de
anticorpos anti-DNA.
Vetores recombinantes
Composição: gene de interesse inserido em vírus (adenovírus, vaccinia, febre
amarela)
-  Vantagens: Imunogenicidade
-  Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura),
mutaçãoà reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos
imunocomprometidos
Encefalite
transmitida por
carrapatos
1990
Hepatite A
1995
Encefalite
Japonesa
1992
Raiva
1980
Polio
1956
Influenza
1936
Pertussis
1914
Peste
bubônica
1897
Cólera
1896
Febre
Tifoide
1896
Adenovírus
1980
Rubéola
1969
Caxumba
1967
Sarampo
1963
Polio
1963
Varíola
1800
Febre
Amarela
1938
Tuberculose
1927
Raiva
1880
ü  Vacinas atenuadas
ü  Vacinas inativadas
Varicela
1996
Febre
Tifoide
1985
Rotavírus
1998
Colera
1995
Doença
de Lyme
1998
Toxina
colérica
1992
Hepatite B
1986
Pertussis
1981
Hepatite B
1981
Tétano
1927
Difteria
1923
ü  Vacinas acelulares - Conjugadas
Pneumococo
2000
Haemophilus
influenzae b
1987
Febre
Tifoide
1998
Haemophilus
influenzae b
1985
Meningococo
1982
Pneumococo
1977
ü  Vacinas acelulares - Subunidades
Vacinas ainda não disponíveis
Doenças bacterianas Doenças virais Doenças
parasitárias
Doenças
Fúngicas
Leptospirose Dengue Malária Histoplasmose
Amebíase HIV Leishmaniose Paracoccidiose
Clamidiose Hepatite C Esquistossomose Candidíase
Helicobacter pylori Citomegalovírus Ancilostomose Criptococose
Diarréia causada por
E.coli
Ebola Toxoplasmose
Lepra Epstein Barr
Shiguelose
Sífilis
Haemophilus
influenzae não tipável
Staphylococcus aureus
The Jordan Report, NIH, 2007
Novas tecnologias para o
desenvolvimento de vacinas
“A vacina ideal”
Ø  Única dose
Ø  100% efetiva
Ø  100% segura
Ø  Proteção de longo
prazo
Ø  Baixo custo
A realidade…
Ø  Múltiplas doses
Ø  Efetividade variável
Ø  Segurança variável
Ø  Geralmente proteção de
curto prazo
Antígeno
Adjuvante
Vetor
Via de
administração
Sistema
Vacinal
Ø  Intramuscular
Ø  Subcutânea
Ø  Intradérmica
Ø  Intranasal/Aerosol
Ø  Oral
Ø  Transdérmica
Vias de administração
“Delivery”
Ø  Intramuscular
Vantagens Desvantagens
Fácil técnica Invasiva
Grande volume possível Possível administração
sistêmica
Dano no músculo ou nervo
Ø  Subcutânea
Vantagens Desvantagens
Fácil técnica Absorção pela gordura
Grande volume possível
Menor chance de
administração sistêmica
Ø  Intradérmica
Vantagens Desvantagens
Acesso a APC (Langerhans) Volume menor (<250µl)
Técnica mais difícil
Ø  Intranasal
Vantagens Desvantagens
Não invasiva Pode ocorrer absorção
errada
Indução de resposta imune
de mucosa
Mínima diluição do antígeno
Ø  Oral
Vantagens Desvantagens
Não invasiva Tolerância
Indução de resposta imune
de mucosa
Diluição do antígeno
Ø  Transdérmica
Vantagens Desvantagens
Não invasiva Alergia
Fácil administração Tempo de absorção
Fácil observação
Novas tecnologias para vias de administração
ü  Eletroporação
ü  Biolistic particle delivery
system
ü  sem agulha
ü  pouco antígeno: 1µg/dose
ü  ideal para vacinação em massa
ü  pó ou partículas recobertas
proteínas, peptídeos, DN
http://www.jove.com/index/Details.stp?ID=675
400 psi optimal for mice
Helium
12 shot cartridge
Gold particles carrying DNA are propelled into
the mouse tissues
Definição
= Adjuvare. Qualquer substância que quando
adicionada a uma formulação vacinal, aumenta sua
imunogenicidade.
Tipos de adjuvantes
ü  Imunoestimulatórios
ü  Particulados (sais minerais, partículas
lipídicas, micropartículas)
ü  Mucosa
Adjuvantes
Lista de diferentes classes de adjuvantes que vem sendo
avaliados por melhorarem a resposta imune às vacinas
Adjuvantes de mucosa
•  Heat labile enterotoxin (LT)
•  Cholera toxin (CT)
•  Mutant toxins e.g., LTK63
•  Coleatos
Adjuvantes imunoestimulatórios
•  Saponinas ex., QS21
•  Citocinas ex., IL-2, IL-12,
•  GM-CSF
•  Derivados MDP
•  DNA bacteriano (CpG oligos)
•  LPS
•  MPL e derivados sintéticos
•  Lipopeptídeos
Singh and O’Hagan, Pharmaceutical Research, Vol. 19, No. 6, June 2002
Sais Minerais
•  Hidróxido de Alumínio*
•  Fosfato de Alumínio*
•  Fosfato de Cálcio*
Partículas lipídicas
•  Lipossomos
•  Emulsões ex., Freund’s,
•  SAF, MF59*
•  Virossomos*
•  Iscoms
•  Cocleatos
Adjuvantes
Particulados
Micropartículas
•  Micropartículas PLG
•  Partículas de Poloxamer
•  Partículas Virus-like
* Licenciado para uso em humanos
Ensaios para o desenvolvimento de vacinas
Segurança, imunogenicidade,
tolerabilidade.
Voluntários humanos não-
imunes em áreas não
endêmicas.
FASE I
Clínica
Voluntários imunes. Desafio
experimental com o patógeno.
No laboratório
Fase IIa: voluntários não imunes
Fase IIb: voluntários imunes
Eficácia da vacina, segurança,
tolerabilidade, aceitação
FASE II
Clínica
Residentes semi-imunes de áreas
de diferentes endemicidades.
População alvo pequena, grupos
especiais.
Desafio Natural
Eficácia da vacina, segurança,
tolerabilidade, aceitação.
FASE III
Residentes semi-imunes de áreas
de endemicas. Grande população
alvo, comunidades inteiras.
Desafio Natural
Eficácia da vacina, segurança,
tolerabilidade, aceitação,
estratégias de vacinação,
efetividade.
FASE IV
Ensaios em animais
Segurança, imunogenicidade,
tolerabilidade, eficácia.
FASE 0
Pré-clínica
•  Quatro estágios
evolutivos
•  Muitos alvos
potenciais em
cada estágio
• Mais de 5000
alvos antigênicos
potenciais
• Grande adaptação
ao sistema imune
Por que é tão limitado o sucesso para o
desenvolvimento de vacinas contra parasitas?
§  Parasitas evitam, confundem e escapam do sistema imune do
hospedeiro.
§  Ciclos de vida complexos e dificuldade de identificar bons antígenos
alvo.
§  Dificuldade de se identificar correlatos de proteção.
•  Dez alvos antigênicos
•  Somente 2 induzem
anticorpos protetores
Seria possível uma vacina contra
malária?
ü  Indivíduos continuamente expostos à infecção pelo parasita
desenvolvem imunidade contra a doença. Em áreas endêmicas
com o aumento da idade…
ü  Diminui a mortalidade
ü  Diminui a doença severa
ü  Diminui o nível de parasitemia
ü  Diminui a prevalência de parasitemia
ü  Soro de adultos imunes transfere resistência para crianças
ü  Inoculação de parasitas vivos atenuados pode proteger
voluntários contra a infecção.
ü  Imunização com organismos mortos protege modelos animais.
Esporozoíto Estágio Hepático
Estágios Sanguíneos
MerozoítosEstágios Sexuais
Estágios Pré-eritrocíticos
Intra-vascular
3-5 minutos
Intra-hepatocitica
1-2 semanas
Intra-mosquito
(maioria)
10-14 dias
Intra-erythrocytic
2+ dias/ciclo
Anticorpos Neutralizantes Imunidade mediada por
Células
Proteção
dependente de
anticorpos
Transferência de
anticorpos para o
mosquito
(Reforço possível)(Reforço limitado)
Resposta Th1
CD4:INF gamma
CD8:CTL
+/- NK Cells
Hemácias não tem MHCI ou
MHCII. ADCC (Antibody
Dependent cell-mediated
cytotoxicty)Neutralização
+/- Ativação do
complemento
O efeito da vacina
Prevenção da Doença
+/- Lise por
complemento
Febs Journal
(2007), 274:4680a
RTS,S – uma vacina contra as
formas pré-eritrocíticas
ü  Híbrido contendo a região central repetitiva e a maior
parte da porção C-terminal da proteína CS fundida com o
antígeno de superfície do vírus da hepatite.
ü  Adjuvante em uma mistura complexa AS02.
ü  Protegeu completamente 6 de 7 voluntários contra a
infecção com esporozoítos.
ü  Estudos no Gâmbia mostraram boa proteção de curto
termo.
ü  Um estudo clínico em Moçambique mostrou um atraso na
infecção e redução na incidência de malária severa em
crianças.
ü  Está em fase III. Os resultados mostram que a
imunidade celular pode não ser o mecanismo protetor
majoritário.
ü  Partners: Walter Reed Army Institute in Washington,
DC, Glaxo Smithkline and the Medical Research Council,
The Gambia.
OUTRAS VACINAS ANTI-PARASITÁRIAS
OUTRAS VACINAS ANTI-PARASITÁRIAS
Ø  Ancylostoma caninum:
ü uso de larvas L3 irradiadas contra infecção canina.
ü  iniciativa de vacinação contra a ancilostomíase humana identificou,
isolou, clonou e expressou os principais antígenos das larvas L3 e os
está testando como vacinas recombinantes.
Ø  Leishmania:
ü parasitas inteiros mortos combinados com BCG foram testados no Irã
contra leishmaniose cutânea e visceral. Eficácia limitada.
ü  vários candidatos recombinantes foram testados em camundongos e
algum grau de proteção foi obtido (gp63, LPG, LACK e um antígeno de
46 kDa).
ü  uso de adjuvantes que induzem uma resposta Th1 (com IL-12)
resultaram em proteção em camundongos. Um teste clínico de fase I
em voluntários nos EUA e em pacientes no Brasil sugere que a vacina é
imunogênica e segura.

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Vacinas 2013

  • 1. DESENVOLVIMENTO DE VACINAS CONTRA AGENTES INFECCIOSOS
  • 2. ü  Vírus vaccinia, família Poxviridae, ds DNA ü  História Ramsés V ü  Variolizaçãoà China, Índia, África (1000 AC) Morgan & Parker, 2006 Varíola História da vacina antivariólica
  • 3. Edward Jenner museum Edward Jenner James Phillips Vacina = Vacca A mão de Sarah Nelms.
  • 4.
  • 5. Qual o efeito da introdução de uma vacina? Chen et al., Vaccine Casos da doença Uso da vacina Reação adversa Única doença erradicada: varíola Poliomielite: 2000 casos em 2006
  • 6. Vacina antes ano depois ano Difteria 175,885 1922 1 1998 Sarampo 503,282 1962 89 1998 Caxumba 152,209 1968 606 1998 Coqueluche 147,271 1925 6,279 1998 Rubéola 47,745 1968 345 1998 Varíola 48,164 1904 0 1998 (Cases in the U.S.; The Scientist, July 19, 2004) Vacinas Funcionando
  • 7. O que faz uma vacina? ü  Estimula respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor. Que conhecimento é necessário para produzir uma vacina? 1. Entender o ciclo de vida do patógeno. → encontrar o melhor estágio para servir de alvo. 2. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo patógeno. → resposta imune celular/humoral?
  • 8. Características de uma vacina ideal Ø  Vacinas contêm antígenos que são alvos do sistema imunológico. Ø  A vacinação deveria gerar uma imunidade efetiva (anticorpos e células T). Ø  Vacinas devem produzir imunidade protetora. Ø  Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de reforço. Ø  Seguras: uma vacina não pode causar doença ou morte. Ø  Considerações práticas: Baixo custo por dose. Fácil de administrar. Estável biologicamente. Poucos ou nenhum efeito colateral.
  • 9. Vacinas disponíveis no Brasil Doenças bacterianas Doenças virais Difteria, Tétano, Coqueluche e outras infecções causadas por (Haemophilus influenzae)- (Tetravalente) Febre amarela Tuberculose - BCG Hepatite B Pneumococo Poliomielite Meningite (Neisseria meningitidis) Sarampo, rubéola, caxumba (tripla viral) Antraz Rotavírus Febre tifóide Gripe Cólera HPV Hepatite A Raiva Catapora (Varicela- Zoster)
  • 13. •  Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba) •  Poliomielite •  Hib infecções causadas por Haemophilus influenzae •  Meningite A, C •  Febre Amarela Vacinas produzidas no Brasil •  DTP (difteria, tétano, coqueluche) •  Tuberculose (BCG) •  Hepatite B •  Raiva •  em breve à Influenza (Sanofi-aventis) Rotavírus (NIH) Dengue (NIH)
  • 15. Tipos de vacinas Tipo de vacina Doença Organismo atenuado (vivo, não patogênico) Febre amarela, Polio (Sabin), Rubéola, Sarampo, Caxumba, Catapora, Tuberculose Organismo inativado ou morto Hepatite A, Raiva, Cólera, Gripe, Pólio (Salk), Febre tifóide, Coqueluche Toxóide-composto tóxico inativado (formol) Difteria, Tétano, Antraz Vacinas de subunidades (Proteínas recombinantes, LPS, VLPs) Hepatite B, pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae, HPV, Pneumococo, Meningite Vacinas conjugadas Haemophilus Influenza tipo B, pneumonia causada porStreptococcus pneumoniae Vacinas de DNA Em testes clínicos Vetores recombinantes (adenovírus, poxvírus) Em testes clínicos
  • 16. O vírus adquire mutações que permitem o crescimento nas células de macaco O vírus não cresce mais em células humanas e pode ser utilizado como vacina Organismo atenuado Febre amarela, Polio (Sabin), Rubéola, Sarampo, Caxumba, Catapora, Tuberculose O vírus é isolado de um paciente e crescido em células de cultura humana O vírus é utilizado para infectar células de macaco Rubéola: células embrionárias de pato Sabin: células de macaco
  • 17. Febre amarela ovos SPF 9 dias suspensão viral é inoculada na cavidade vitelina do ovo 3 dias Retirada dos embriões Câmara trituradora, centrifugação, liofilização -  Vantagens: Baixo custo, fácil administração (Sabin), imunidade duradoura, capaz de induzir forte resposta de linfócitos T CD8. -  Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura), mutaçãoà reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos. Organismo atenuado
  • 18. Organismo inativado Gripe, Pólio (Salk), Coqueluche, Hepatite A, Raiva, Cólera, Febre tifóide -  Vantagens: Sem mutação ou reversão, utiliza antígenos na sua conformação nativa (Acs neutralizantes), pode ser utilizada em pacientes imunocomprometidos. -  Desvantagens: somente imunidade humoral, repetidas doses (o vírus não multiplica) , custo mais elevado, bactérias inativadas podem causar inflamação. Crescimento do vírus em células de cultura Inativação por calor, formaldeído Purificação dos vírus
  • 20. Acelulares Toxóide Difteria, Tétano, Anthrax Isolamento das Toxinas (diftérica, tetânica) Inativação da toxicidade por formol Adição de estabilizador: mercúrioà Thimerosal Adição do adjuvante Hidróxido de alumínio (alum)
  • 21. Subunidade Hepatite B, pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae , HPV, Pneumococo, Meningite PCR do antígeno de interesse (ex: HBsAg) Clonagem em vetor de expressão para bactéria, levedura, células Transformação de bactéria, levedura com o plasmídeo Purificação do antígeno recombinante Adição de adjuvantes (ex: alum) Acelulares
  • 22. Vacinas conjugadas Haemophilus Influenza tipo B (meningite bacteriana) Utilizam porção do microorganismo (geralmente carboidrato) conjugado a uma proteína carreadora Acelulares -  Vantagens: Segurança. -  Desvantagens: Baixa imunogenicidade natural à necessidade da adição de adjuvantes.
  • 23. patógeno Gene de interesse plasmídeo músculo pele Vacinas gênicas ou de DNA -  Vantagens: imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo custo, fácil escalonamento, termoestáveis. -  Desvantagens: Baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genômico do hospedeiro ou ao genoma de células da linhagem germinativa, aparecimento de anticorpos anti-DNA.
  • 24. Vetores recombinantes Composição: gene de interesse inserido em vírus (adenovírus, vaccinia, febre amarela) -  Vantagens: Imunogenicidade -  Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura), mutaçãoà reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos
  • 25.
  • 26. Encefalite transmitida por carrapatos 1990 Hepatite A 1995 Encefalite Japonesa 1992 Raiva 1980 Polio 1956 Influenza 1936 Pertussis 1914 Peste bubônica 1897 Cólera 1896 Febre Tifoide 1896 Adenovírus 1980 Rubéola 1969 Caxumba 1967 Sarampo 1963 Polio 1963 Varíola 1800 Febre Amarela 1938 Tuberculose 1927 Raiva 1880 ü  Vacinas atenuadas ü  Vacinas inativadas Varicela 1996 Febre Tifoide 1985 Rotavírus 1998 Colera 1995 Doença de Lyme 1998 Toxina colérica 1992 Hepatite B 1986 Pertussis 1981 Hepatite B 1981 Tétano 1927 Difteria 1923 ü  Vacinas acelulares - Conjugadas Pneumococo 2000 Haemophilus influenzae b 1987 Febre Tifoide 1998 Haemophilus influenzae b 1985 Meningococo 1982 Pneumococo 1977 ü  Vacinas acelulares - Subunidades
  • 27. Vacinas ainda não disponíveis Doenças bacterianas Doenças virais Doenças parasitárias Doenças Fúngicas Leptospirose Dengue Malária Histoplasmose Amebíase HIV Leishmaniose Paracoccidiose Clamidiose Hepatite C Esquistossomose Candidíase Helicobacter pylori Citomegalovírus Ancilostomose Criptococose Diarréia causada por E.coli Ebola Toxoplasmose Lepra Epstein Barr Shiguelose Sífilis Haemophilus influenzae não tipável Staphylococcus aureus The Jordan Report, NIH, 2007
  • 28. Novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas “A vacina ideal” Ø  Única dose Ø  100% efetiva Ø  100% segura Ø  Proteção de longo prazo Ø  Baixo custo A realidade… Ø  Múltiplas doses Ø  Efetividade variável Ø  Segurança variável Ø  Geralmente proteção de curto prazo
  • 30. Ø  Intramuscular Ø  Subcutânea Ø  Intradérmica Ø  Intranasal/Aerosol Ø  Oral Ø  Transdérmica Vias de administração “Delivery”
  • 31. Ø  Intramuscular Vantagens Desvantagens Fácil técnica Invasiva Grande volume possível Possível administração sistêmica Dano no músculo ou nervo Ø  Subcutânea Vantagens Desvantagens Fácil técnica Absorção pela gordura Grande volume possível Menor chance de administração sistêmica
  • 32. Ø  Intradérmica Vantagens Desvantagens Acesso a APC (Langerhans) Volume menor (<250µl) Técnica mais difícil Ø  Intranasal Vantagens Desvantagens Não invasiva Pode ocorrer absorção errada Indução de resposta imune de mucosa Mínima diluição do antígeno
  • 33. Ø  Oral Vantagens Desvantagens Não invasiva Tolerância Indução de resposta imune de mucosa Diluição do antígeno Ø  Transdérmica Vantagens Desvantagens Não invasiva Alergia Fácil administração Tempo de absorção Fácil observação
  • 34. Novas tecnologias para vias de administração ü  Eletroporação ü  Biolistic particle delivery system ü  sem agulha ü  pouco antígeno: 1µg/dose ü  ideal para vacinação em massa ü  pó ou partículas recobertas proteínas, peptídeos, DN http://www.jove.com/index/Details.stp?ID=675 400 psi optimal for mice Helium 12 shot cartridge Gold particles carrying DNA are propelled into the mouse tissues
  • 35. Definição = Adjuvare. Qualquer substância que quando adicionada a uma formulação vacinal, aumenta sua imunogenicidade. Tipos de adjuvantes ü  Imunoestimulatórios ü  Particulados (sais minerais, partículas lipídicas, micropartículas) ü  Mucosa Adjuvantes
  • 36. Lista de diferentes classes de adjuvantes que vem sendo avaliados por melhorarem a resposta imune às vacinas Adjuvantes de mucosa •  Heat labile enterotoxin (LT) •  Cholera toxin (CT) •  Mutant toxins e.g., LTK63 •  Coleatos Adjuvantes imunoestimulatórios •  Saponinas ex., QS21 •  Citocinas ex., IL-2, IL-12, •  GM-CSF •  Derivados MDP •  DNA bacteriano (CpG oligos) •  LPS •  MPL e derivados sintéticos •  Lipopeptídeos Singh and O’Hagan, Pharmaceutical Research, Vol. 19, No. 6, June 2002 Sais Minerais •  Hidróxido de Alumínio* •  Fosfato de Alumínio* •  Fosfato de Cálcio* Partículas lipídicas •  Lipossomos •  Emulsões ex., Freund’s, •  SAF, MF59* •  Virossomos* •  Iscoms •  Cocleatos Adjuvantes Particulados Micropartículas •  Micropartículas PLG •  Partículas de Poloxamer •  Partículas Virus-like * Licenciado para uso em humanos
  • 37. Ensaios para o desenvolvimento de vacinas Segurança, imunogenicidade, tolerabilidade. Voluntários humanos não- imunes em áreas não endêmicas. FASE I Clínica Voluntários imunes. Desafio experimental com o patógeno. No laboratório Fase IIa: voluntários não imunes Fase IIb: voluntários imunes Eficácia da vacina, segurança, tolerabilidade, aceitação FASE II Clínica Residentes semi-imunes de áreas de diferentes endemicidades. População alvo pequena, grupos especiais. Desafio Natural Eficácia da vacina, segurança, tolerabilidade, aceitação. FASE III Residentes semi-imunes de áreas de endemicas. Grande população alvo, comunidades inteiras. Desafio Natural Eficácia da vacina, segurança, tolerabilidade, aceitação, estratégias de vacinação, efetividade. FASE IV Ensaios em animais Segurança, imunogenicidade, tolerabilidade, eficácia. FASE 0 Pré-clínica
  • 38. •  Quatro estágios evolutivos •  Muitos alvos potenciais em cada estágio • Mais de 5000 alvos antigênicos potenciais • Grande adaptação ao sistema imune Por que é tão limitado o sucesso para o desenvolvimento de vacinas contra parasitas? §  Parasitas evitam, confundem e escapam do sistema imune do hospedeiro. §  Ciclos de vida complexos e dificuldade de identificar bons antígenos alvo. §  Dificuldade de se identificar correlatos de proteção. •  Dez alvos antigênicos •  Somente 2 induzem anticorpos protetores
  • 39. Seria possível uma vacina contra malária? ü  Indivíduos continuamente expostos à infecção pelo parasita desenvolvem imunidade contra a doença. Em áreas endêmicas com o aumento da idade… ü  Diminui a mortalidade ü  Diminui a doença severa ü  Diminui o nível de parasitemia ü  Diminui a prevalência de parasitemia ü  Soro de adultos imunes transfere resistência para crianças ü  Inoculação de parasitas vivos atenuados pode proteger voluntários contra a infecção. ü  Imunização com organismos mortos protege modelos animais.
  • 40. Esporozoíto Estágio Hepático Estágios Sanguíneos MerozoítosEstágios Sexuais Estágios Pré-eritrocíticos Intra-vascular 3-5 minutos Intra-hepatocitica 1-2 semanas Intra-mosquito (maioria) 10-14 dias Intra-erythrocytic 2+ dias/ciclo Anticorpos Neutralizantes Imunidade mediada por Células Proteção dependente de anticorpos Transferência de anticorpos para o mosquito (Reforço possível)(Reforço limitado) Resposta Th1 CD4:INF gamma CD8:CTL +/- NK Cells Hemácias não tem MHCI ou MHCII. ADCC (Antibody Dependent cell-mediated cytotoxicty)Neutralização +/- Ativação do complemento O efeito da vacina Prevenção da Doença +/- Lise por complemento
  • 42. RTS,S – uma vacina contra as formas pré-eritrocíticas ü  Híbrido contendo a região central repetitiva e a maior parte da porção C-terminal da proteína CS fundida com o antígeno de superfície do vírus da hepatite. ü  Adjuvante em uma mistura complexa AS02. ü  Protegeu completamente 6 de 7 voluntários contra a infecção com esporozoítos. ü  Estudos no Gâmbia mostraram boa proteção de curto termo. ü  Um estudo clínico em Moçambique mostrou um atraso na infecção e redução na incidência de malária severa em crianças. ü  Está em fase III. Os resultados mostram que a imunidade celular pode não ser o mecanismo protetor majoritário. ü  Partners: Walter Reed Army Institute in Washington, DC, Glaxo Smithkline and the Medical Research Council, The Gambia.
  • 44. OUTRAS VACINAS ANTI-PARASITÁRIAS Ø  Ancylostoma caninum: ü uso de larvas L3 irradiadas contra infecção canina. ü  iniciativa de vacinação contra a ancilostomíase humana identificou, isolou, clonou e expressou os principais antígenos das larvas L3 e os está testando como vacinas recombinantes. Ø  Leishmania: ü parasitas inteiros mortos combinados com BCG foram testados no Irã contra leishmaniose cutânea e visceral. Eficácia limitada. ü  vários candidatos recombinantes foram testados em camundongos e algum grau de proteção foi obtido (gp63, LPG, LACK e um antígeno de 46 kDa). ü  uso de adjuvantes que induzem uma resposta Th1 (com IL-12) resultaram em proteção em camundongos. Um teste clínico de fase I em voluntários nos EUA e em pacientes no Brasil sugere que a vacina é imunogênica e segura.