3. FILOSOFIA MODERNA: EMPIRISMO
Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou
principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas.
O termo tem uma etimologia dupla. A palavra latina experientia, de onde deriva a palavra
"experiência", é originária da expressão grega εμπειρισμός.
Por outro lado, deriva-se também de um uso mais específico da palavra empírico, relativo
aos médicos cuja habilidade derive da experiência prática e não da instrução da teoria.
O empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria do conhecimento, foi impulsionada
por filósofos como John Locke e David Hume.
Basicamente, o empirismo defende que todo o conhecimento advém da experiência
prática que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas cognitivas somente
aprendem por meio da vivência e das apreensões de nossos 5 sentidos.
5. FILOSOFIA MODERNA: EMPIRISMO
O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência
prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e
profundo torna-se o nosso conhecimento. Aristóteles já defendia que o conhecimento advém da
experiência, contrariando as teses platônicas, que eram essencialmente inatistas.
John Locke, um dos principais empiristas da Modernidade, afirmou que o ser humano é
uma tábula rasa. A tábula era um instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas
escreviam na cera com uma espécie de estilete e, quando queriam apagar, bastava raspar ou
derreter esse material.
Quando a tábula estava sem inscrições, era chamada de tábula rasa. Esta pode ser comparada a
uma folha em branco. Isso significa que o ser humano nasce sem nenhum conhecimento e é
preenchido de acordo com as vivências que ele adquire.
7. FILOSOFIA MODERNA: EMPIRISMO
Para David Hume, as ideias não são inatas, mas derivam das sensações e das percepções que
o ser humano adquire. As sensações e percepções são fruto de um conjunto de vivências que
adquirimos por meio dos sentidos. O que determina o grau e a capacidade de conhecimento
humano são o nível e a intensidade das experiências adquiridas pelos sentidos.
Para Hume o conhecimento empírico é fruto do conjunto de experiências práticas que adquirimos
com as vivências, e estas são uma espécie de baliza pra determinar o modo como o ser humano
entende o mundo e o que sabe dele.
8. FILOSOFIA MODERNA: EMPIRISMO
Empirismo X racionalismo
O racionalismo moderno remonta às ideias de Platão, na Antiguidade. Assim como esse
pensador, filósofos como René Descartes e Baruch de Spinoza defenderam a existência de uma
racionalidade universal, que é inata ao ser humano enquanto ser racional. Para Descartes, a
razão é a característica mais bem distribuída entre os seres humanos. O que acontece é que
algumas pessoas não fazem uso dela.
Para os empiristas, essa ideia é falsa. Segundo a teoria racionalista, o conhecimento é feito de
ideias que já estão inseridas na intelectualidade humana. Para os empiristas, as ideias somente
podem ser obtidas via obtenção de intuições que advêm dos sentidos do corpo e da experiência.
A teoria empirista admite que existem ideias simples e ideias compostas. As ideias simples são
formadas com base na experiência imediata que conhece objetos corriqueiros do mundo, como
homem e cavalo. Já as ideias complexas são junções de duas ou mais ideias simples,
perfazendo elementos compostos que não existem na realidade, mas podem ser imaginados,
como o centauro, que é uma junção das ideias de homem e de cavalo.