O documento discute diferentes tipos de violência contra crianças e adolescentes, incluindo violência física, psicológica, sexual, negligência, bullying e violência simbólica. Ele fornece detalhes sobre cada tipo de violência, incluindo definições, exemplos e indicadores. Além disso, discute os efeitos da violência sobre as vítimas e aborda estratégias para prevenção e enfrentamento.
3. Violência Física
A violência física é
considerada como qualquer
dano físico provocado pelo
agressor contra criança ou o
adolescente, podendo as
consequências de tais danos
variar de lesões leves até a
morte.
4. Agressividade ou apatia excessiva;
Tendências autodestrutivas;
Autoritarismo;
Sentimento intenso de medo ou raiva;
Baixa autoestima;
Problemas de aprendizagem;
Comportamento violento.
5. Violência Psicológica
É definida como a atitude do
adulto em depreciar e
inferiorizar de modo constante
a criança ou adolescente,
causando-lhe sofrimento
psíquico e interferindo
negativamente no processo de
desenvolvimento.
Este tipo de violência
acontece de forma sutil e por
isso dificilmente é detectado.
A violência psicológica se
apresenta de diversas
maneiras e muitos adultos a
cometem sem se dar conta da
gravidade de sua ação.
6. Indicadores de violência psicológica:
Alterações no apetite (comer
com voracidade ou rejeitar a
alimentação);
Alterações no sono (dormir
demais em horários
inadequados ou sono
agitado com dificuldade de
dormir);
Comportamento infantilizado
para a idade;
Descontrole da bexiga e
intestino;
Tendência ao isolamento
(postura de agressividade
ou apatia);
Baixo rendimento escolar;
Dificuldade de
concentração;
Déficit de atenção.
7. Violência Sexual
É a pratica sexual sem o
consentimento da vítima
que muitas vezes ainda
nem dispõe de idade para
entender o que está
acontecendo. Subdivido
em várias formas pode
ocorrer com ou sem
contato físico (assédio
sexual, abuso sexual
verbal, telefonemas
obscenos, exibicionismo,
voyeurismo, pornografia e
abuso sexual com contato
físico).
8. Indicadores de violência sexual:
Comportamento sexual
inadequado para sua idade;
Vergonha excessiva;
Dificuldade de concentração;
Queda no rendimento escolar;
Agitação excessiva ou apatia;
Masturbação excessiva;
Culpa;
Conduta erotizada;
Choros sem causa aparente;
Rebeldia excessiva;
Isolamento;
Perturbações do sono;
Dificuldade de controlar
bexiga e intestino (diurna e
noturna).
9. Entendida como a
situação em que pais ou
responsáveis se omitem
ou prestam atendimento
inadequado às
necessidades básicas de
seus filhos gerando nos
mesmos sofrimento e
prejudicando o
desenvolvimento das
suas capacidades físicas
e emocionais.
10. Indicadores de negligência:
Desnutrição;
Higiene precária;
Agressividade;
Falta de limites;
Desobediência.
11. Qualifica comportamentos
agressivos no âmbito escolar,
praticados tanto por meninos
quanto por meninas. Os atos
de violência (física ou não)
ocorrem de forma repetitiva,
não apresentam motivações
específicas ou justificáveis.
Os mais fortes utilizam os
mais frágeis como meros
objetos de diversão, prazer e
poder, com o intuito de
maltratar, intimidar, humilhar
e amedrontar suas vítimas.
12. Verbal(insultar, ofender, falar mal,
colocar apelidos pejorativos,
“zoar”);
Física e material(bater, empurrar,
beliscar, roubar, furtar ou destruir
pertences da vítima);
Psicológica e moral(humilhar,
excluir, discriminar, chantagear,
intimidar, difamar);
Sexual (abusar, violentar,
assediar, insinuar);
Virtual ou ciberbullying(bullying
realizado por meio de
ferramentas tecnológicas:
celulares, filmadoras, internet,
etc.).
13. baixa autoestima,
medo,
angústia,
pesadelos,
falta de vontade de ir à escola e
rejeição da mesma,
ansiedade, dificuldades de
relacionamento interpessoal,
dificuldade de concentração,
diminuição do rendimento escolar,
dores de cabeça, dores de estômago e
dores não-especificadas,
mudanças de humor súbitas,
vómitos,
urinar na cama,
falta de apetite ou apetite voraz,
choro,
insónias,
medo do escuro,
ataques de pânico sem motivo,
sensação de aperto no coração,
aumento do pedido de dinheiro aos
pais e familiares,
furto de objetos em casa, surgimento
de material escolar e pessoal
danificado,
desaparecimento de material escolar,
abuso de álcool e/ou estupefacientes,
automutilação,
stress,
suicídio.
14. Violência Simbólica
A Violência Simbólica segundo
Bourdieu (2008) se manifesta
através de símbolos e signos
culturais, onde um grupo de
pessoas passam a enxergar o
mundo segundo critérios
estabelecidos pelas forças sociais. É
adquirido pela classe dominante
através da imposição e a ocultação,
com a união de ambas se define a
cultura dominante como arbitraria,
a única de valor.
A violência simbólica é um tipo
sutil de mecanismo de exclusão
social, utilizados por indivíduos ou
grupos, e também por instituições,
como a igreja, a escola, a família, e
muitas vezes aparece no nosso
cotidiano de forma sutil .
(Bourdieu-Passeron,2008).
15. Há três maneiras diferentes
de educar que muitos pais
utilizam isoladamente ou até
todas as três juntas e que
constituem uma violência tão
cruel para os filhos quanto a
violência sangrenta(vermelha).
1- EDUCAÇÃO PELAS AMEAÇAS E
CRÍTICAS : Maneiras de romper a
confiança entre pais e filhos :
"Se continuar chorando vou deixar
você aqui no supermercado e vou-me
embora!"
2- EDUCAÇÃO PELA ESCRAVIDÃO :
Quando os pais defendem a teoria:
"MANDA QUEM PODE E OBEDECE
QUEM TEM JUÍZO".
3- EDUCAÇÃO PELA HUMILHAÇÃO E
DEPRECIAÇÃO: Neste caso os pais
estão sempre comparando a criança
ou o adolescente com outra pessoa.
"Não aguento mais você! Não sei
o que faço para você me dar
sossego!"
16. Fortalecimento da Família;
Informação;
Encaminhamentos:
Conselho Tutelar,
Promotoria, CREAS, CRAS,
Sec. Promoção Social, Sec.
de Saúde, PC, PM, etc.;
Campanhas e trabalhos
sociais;
Busca de parceria;
Ações lúdicas: Esporte,
música, encontros de
crianças e jovens.
17.
18. “Se não vejo na criança, uma criança, é por que alguém a
violentou antes e o que vejo é o que sobrou de tudo que lhe
foi tirado. Mas essa que vejo na rua, sem pai, sem mãe, sem
casa, cama e comida, essa que vive a solidão das noites sem
gente por perto, é um grito, é um espanto. Diante dela, o
mundo deveria parar para começar um novo encontro, porque a
criança é o princípio sem fim e o seu fim é o fim de todos
nós". (Herbert de Souza)