2. As danças populares tradicionais desta região são
marcadas pelas fortes influências espanholas,
portuguesa e, posteriormente, pela cultura imigrante
européia.
As danças gaúchas são legítimas expressões da alma
gauchesca. Em todas elas está presente o espírito de
fidalguia e de respeito à mulher, que sempre
caracterizou o espírito do campesino rio-grandense.
Os sapateados são amoldados ao ritmo regional e as
coreografias se espelham no romantismo espanhol.
3. Pau-de-Fitas
O pau-de-fitas foi trazido pelos alemães que aportaram no sul do Brasil. Um
mastro de aproximadamente três metros é fincado no chão com diversas fitas
coloridas atreladas a ele. Os dançarinos devem estar em número par e cada
um segura uma fita para girar ao redor do mastro. No decorrer dos passos da
dança, vão se formando desenhos com as tranças das fitas. A dança é
acompanhada por músicas provenientes de instrumentos como o cavaquinho,
pandeiro, acordeão e violão.
Fandango
Esse estilo de dança tem origem ibérica e foi trazida pelos portugueses para as
regiões de litoral do Paraná. No Brasil, recebeu influências dos índios e o
fandango também pode ser encontrado nos estados de Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e São Paulo. São utilizados instrumentos como violas, pandeiro
e uma rabeca enquanto a letra é improvisada. Os dançarinos fazem uma roda
e dançam com passos valsados e o ritmo é seguido com palmas e com as
batidas dos pés.
4. Chimarrita
Dança típica de Portugal, foi trazida por eles para o Brasil durante o século XIX. Inicialmente, a dança era
realizada com os casais juntos dançando algo parecido com as valsas. Depois, as duplas passaram a
dançar em várias direções e mais separados. Em algumas partes, eles dançam juntos no passo bem
conhecido que é o dois pra lá e dois pra cá. A partir de alguns movimentos, o homem, chamado de peão,
e a mulher, que recebe o nome de prenda, podem flexionar levemente os joelhos durante os passos.
Milonga
Essa dança também é popular na Argentina e no Uruguai. No Rio Grande do Sul, ela recebe a companhia
da viola e de outros instrumentos musicais. A milonga gaúcha lembra os passos do tango e é bem mais
lenta e romântica. Ela pode ser dançada de três formas: havaneirada (seguindo os passos da vaneira),
tangueada (dança no ritmo de marcha) e rio-grandense (dança com passos dois e um.
Vaneirão/Vaneira/Vaneirinha
É um ritmo bastante comum no estado e tem suas origens na cidade de Havana, em Cuba. Sua influência
incidiu não só sobre o Rio Grande do Sul como também nos sambas do Rio de Janeiro. O nome da dança
se altera conforme o ritmo, pois se ele for lento recebe o nome de Vaneirinha, rápido, Vaneirão e
moderado, Vaneira. Os passos são realizados com dois pra lá e dois pra cá, sendo que são alternados
com quatro movimentos de cada lado.
5. Chula
Dança que é praticada só por homens e ela representa um desafio. Uma lança é colocada no
chão e três homens em suas extremidades. Eles sapateiam de diversas formas e, após realizar
uma sequência de passos, outro dançarino vai executar os movimentos e deve realizar de forma
mais difícil que o anterior. Tudo isso acontece sob a música de uma gaita gaúcha. O dançarino
que vence o desafio é aquele que realiza uma coreografia mais difícil que os companheiros,
quando encosta na vara ou quando por algum motivo perde o ritmo.
Pezinho
O Pezinho tem origens portuguesas e conseguiu atrair adeptos no Rio Grande do Sul e em
Santa Catarina. Além de dançar, os dançarinos devem cantar no ritmo da música que
acompanha os passos. A coreografia se altera entre passos ritmados pelos pés e as duplas que
rodam em torno de si.
Outras danças típicas do Rio Grande do Sul
-Chote;
-Bugio;
-Mazurca;
-Contrapasso;
-Marcha;
-Polca;
-Chamamé;
-Rancheira.
6. Boi de Mamão
Essa dança também é conhecida como bumba-meu-boi, boi-bumbá, boi-de-cara-preta,
dentre outros. Em Santa Catarina, a dança apresentada durante a encenação é mais
alegre e brincalhona do que as que são apresentadas nas regiões norte e nordeste.
Dança do Vilão
É uma das danças que faz parte do folclore de Santa Catarina. São diversos
componentes, balizadores, batedores e músicos, ou seja, muito semelhante a que é
dançada no estado de Goiás. Com os bastões, os integrantes realizam batidas e giram
entre si. O movimento proporcionado pelo vai e vem dos bastões deixa a coreografia
mais bonita.
Balainha
Também recebe o nome de Arcos Floridos ou Jardineira e os casais seguram um arco
florido. É formada uma fila e as duplas vão passando os arcos por cima e por baixo dos
demais casais. Depois, são executados outros passos com formação de grupos com
quatro pares e eles fazem uma roda para cruzar seus arcos e formar as 'balainhas'.
7. São danças tradicionais gaúchas o Anu, o Balaio, a Cana Verde,
o Caranguejo, o Chico Sapateado ou Cuiquinho, a Chimarrita,
a Chimarrita Balão, o Chote Carreirinho, o Chote de Sete Voltas,
o Chote de Duas Damas, o Chote de Quatro PassO, o Chote
Inglês,
a vaneira Marcada, o Maçanico, a Meia Canha (polca de relação),
o Pau de Fitas, o Pezinho, o Queromana, a Rancheira de
Carreirinha,
o Rilo, a Roseira, o Sarrabalho, o Tatu, o Tatu de Volta no Meio e
a Tirana do Lenço.
8. Tradição é a memória cultural de um povo.
É um conjunto de idéias, usos, memórias,
recordações e símbolos conservados pelos tempos, pelas gerações,
transmitidos de pais para filhos.
Inspirado neste legado mantido pela família
e que conserva valores culturais e peculiares do povo gaúcho,
o deputado Osmar Severo prestigia nossos hábito
s e costumes no seu novo projeto de lei.
Desta vez o patrimônio simbólico gaúcho que pretende ser preservado
pelo parlamentar é o Conjunto de Danças Gaúchas.
No Projeto de Lei que acabou de ser protocolado,
as danças tradicionais gaúchas, suas respectivas músicas e letras,
deverão ser reconhecidas como integrantes do patrimônio cultural do
Estado.
10. promover encontros para debater sobre os assuntos relacionados com
a Tradição Gaúcha Catarinense. O compromisso com as Gerações, a
História, o Folclore, o Artesanato, a Sociedade e o Futuro. E está
acima dos interesses individuais, por isso a busca dos valores.
Abrir espaço para o aparecimento de novos grupos e talentos, para
fortalecer ainda mais o meio artístico catarinense.
Estimular o intercâmbio cultural entre as entidades tradicionalistas
de Santa Catarina, as quais asseguram a credibilidade e a vontade
firme de atingir os objetivos do tradicionalismo.
Premiar os talentos que melhor atenderem aos propósitos deste
regulamento, dentro da mais pura liberdade e compromisso com a
nossa sociedade.