2. Proposta de redação
Como você encara os cursos a distância e as universidades virtuais?
A chamada Educação a distância (Ead) é o processo de ensino-aprendizagem em que professores
e alunos não precisam estar fisicamente juntos, pois se encontram conectados por tecnologias
telemáticas, como a internet. Recursos de Educação a distância já são muito utilizados pelas
escolas tradicionais. Aliás, o próprio Banco de Redações se fundamenta na interatividade entre os
usuários do UOL e uma equipe de educadores. Desde o início desta década, têm se desenvolvido
os cursos de graduação a distância, que o aluno conclui sem praticamente ir à universidade. Há
quem veja a inovação com bons olhos. Há quem lhe seja contrário. Como você se posiciona nesse
debate?
Jamais aconselharia aos meus filhos
"Ensino a distância é algo mutável demais. A tecnologia muda muito, a USP muda pouco, são duas
realidades não casáveis - ao menos no momento. Ensino a distância serve para treinamento, não
para educação e vivência universitária. O ensino a distância é ótimo, sou um praticante dele, mas
jamais aconselharia aos meus filhos trocarem a possibilidade de fazer a universidade, tendo vida
universitária, pelo ensino a distância. E o que não recomendamos aos nossos filhos, não
deveríamos recomendar aos filhos dos outros."
[Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo e escritor, no blog Paulo Ghiraldelli Jr., o filósofo da cidade de
São Paulo.]
3. As possibilidades das tecnologias interativas
"O conceito de curso, de aula, também muda. Hoje ainda entendemos por aula um espaço e um tempo
determinados. Mas esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará 'dando
aula', e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para
receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e
pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade
cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto
professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo,
o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um
incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
[José Manuel Moran, professor de Comunicação, especialista em projetos inovadores na educação
presencial e a distância.]
Aluno à moda antiga
"Devo confessar, sou um aluno à moda antiga. E certos 'modernismos' não me caem bem como aluno, desde
aulões de vídeo a trabalhos em grupo pela internet. Mas o que mais me incomoda e me deixa frustrado chama-se
Ead, o tão famigerado 'ensino a distância'. Apelido de 'Ambiente Virtual de Aprendizagem', o Ead nada mais é que
uma forma repugnante e barata de diminuir os custos de um aluno no dia a dia de uma universidade em prol da
'comodidade de se aprender em casa'".
[Blog do Douglas - escrevendo para (nem sempre) ser lido...]
4. A procedência das instituições
Assim como os presenciais, os cursos a distância passam pelo mesmo processo de autorização e de avaliação,
de modo que são exigidas titulação, condições materiais e produção acadêmica. Portanto, não é de forma
aleatória que se cria um curso dessa natureza. É evidente que, assim como acontece como o ensino presencial, é
necessário muito cuidado por parte das pessoas que procuram os cursos em Ead. Isto porque existem instituições
sérias e aquelas que só visam o lucro, em detrimento da qualidade. É importante que se verifique a procedência
das instituições e de seus respectivos cursos.
[João Nunes da Silva, Doutorando em Comunicação e cultura contemporâneas (UFBA); especialista em
Metodologias e Linguagens em EAD, no blog Olhar Crítico.]
Diploma sem sair de casa
"'A participação dos alunos no ambiente virtual é muito maior do que na sala de aula', observa João Vianney,
diretor do ensino on-line da Unisul, universidade particular de Santa Catarina e uma das pioneiras da modalidade.
Além dos populares fóruns e chats, alguns dos recursos da internet usados nessas aulas ampliam, e muito, as
possibilidades de um estudante universitário. Por exemplo, permitindo que os alunos de administração da Unisul
simulem as atividades da bolsa de valores ou que os da Fundação Getúlio Vargas executem extensos trabalhos
em rede."
[Veja, "Diploma sem sair de casa", 26 de agosto de 2009.]
5. Tendo como base as ideias apresentadas nos
textos acima, os inscritos fizeram uma
dissertação sobre o tema Como você encara os
cursos a distância e as universidades
virtuais?
6. A problemática educacional
Nos dias atuais, a fragilidade educacional tornou-se alvo de várias discussões, pelo fato de vários países,
considerados subdesenvolvidos, apresentarem índices mínimos de produtividade e prosperidade econômica.
Enquanto os países desenvolvidos investem intensamente na educação humana, os países
subdesenvolvidos apresentam milhares de analfabetos, e com isso, o país cada vez mais, carece de profissionais
especializados em diversas áreas de trabalho.
Algumas soluções poderiam ser viáveis como um incentivo intensificado por parte dos pais, para que seus filhos
frequentem as escolas e colégios, para que esses não sofram com a precariedade financeira, as autoridades
governamentais deveriam estabelecer diversos projetos, tanto para adultos, adolescentes quanto para as
crianças, para que o analfabetismo seja extinguido, os países desenvolvidos poderiam estabelecer ajudas
financeiras a esses países, entre outras colocações.
Portanto, os países subdesenvolvidos deveriam investir na educação de seus habitantes, pois proporcionaria
vários avanços político, econômico e cultural desses, as pessoas teriam empregos melhores que conduziriam o
país a crescimentos nos "rankings", e as gerações futuras não sofreriam com tamanha desigualdade existente no
planeta, que hoje aflinge as pessoas carentes
7. A problemática educacional
Nos dias atuais, a fragilidade educacional tornou-se alvo de várias discussões, pelo fato de vários países,
considerados subdesenvolvidos, apresentarem índices mínimos de produtividade e prosperidade econômica.
Enquanto os países desenvolvidos investem intensamente na educação humana, os países
subdesenvolvidos apresentam milhares de analfabetos, e com isso, o país[,] cada vez mais, carece de
profissionais especializados em diversas áreas de trabalho.
Algumas soluções poderiam ser viáveis como um incentivo intensificado por parte dos pais, para que seus filhos
frequentem as escolas e colégios, para que esses não sofram com a precariedade financeira, as [financeira.
As] autoridades governamentais deveriam estabelecer diversos projetos, tanto para adultos, adolescentes
quanto para as crianças [como para adolescentes e crianças], para que o analfabetismo seja extinguido,
os [e os] países desenvolvidos poderiam estabelecer ajudas financeiras a esses países, entre
outras colocações.
Portanto, os países subdesenvolvidos deveriam investir na educação de seus habitantes, pois proporcionaria
vários avanços político, econômico e cultural [proporcionariam vários avanços políticos, econômicos e
culturais] desses, [e] as pessoas teriam empregos melhores que conduziriam o país a crescimentos nos
"rankings", e as gerações futuras não sofreriam com tamanha desigualdade existente no planeta, que hoje
aflinge as pessoas carentes[.]
8. Comentário geral
O autor inicia muito bem e parte para a comparação entre países que investem menos ou mais na
educação. Depois propõe soluções para a melhoria da educação no Brasil. E isso numa
construção de frases mais ou menos organizadas. Ocorre que fugiu totalmente ao tema, que não
era "Educação", mas Educação universitária a distância. Cuidado. Isso é muito grave. Invalida
totalmente o texto.
Aspectos pontuais
1) Se o texto não fugisse ao tema, valeria pensar, no primeiro parágrafo, no que é "educação
humana". Haveria outro tipo de educação? Animais, por exemplo, se adestram.
2) No terceiro parágrafo, há um uso indevido do plural. Existem expressões, muitas, que são
usadas no singular, e valem pelo plural. Assim ocorre com "ajuda financeira", que significa várias
estratégias, com noção de plural.
3) O mesmo ocorre no quarto parágrafo: o crescimento do país no ranking educacional deve ser
usado no singular.