SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 40
Baixar para ler offline
Enfª. Esp. Janaína Lassala
Tratamento de Feridas
Tratamento de Feridas
“O cuidar da ferida de alguém vai muito além dos cuidados gerais
ou da realização de um curativo. Uma ferida pode não ser
apenas uma lesão física, mas algo que dói sem necessariamente
precisar de estímulos sensoriais; uma marca ou uma mágoa, uma
perda irreparável ou uma doença incurável. A ferida é algo que
fragiliza e muitas vezes incapacita.”
Jorge & Dantas (2003)
Introdução
O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa têm
como objetivo evitar ou diminuir os riscos de
complicações decorrentes.
facilitar o processo de cicatrização.
Curativos e Coberturas
Curativos e Coberturas
Curativo
limpeza, debridamento e indicação de cobertura
a própria substância ou os componentes ativos exerçam
dupla função: atuar interativamente no leito da ferida e
permitir a sua oclusão com o meio externo
Coberturas
Objetivos
Prevenir a contaminação;
Promover a cicatrização;
Proteger a ferida;
Absorver secreção e facilitar a drenagem;
Aliviar a dor.
Classificação das Coberturas
 Passivos: São aqueles que simplesmente ocluem e
protegem a lesão, não sendo valorizada nem sua atuação
nem as demandas específicas da ferida (p.ex., gazes)
 Interativos: Mantêm um microambiente úmido
favorecendo a restauração do tecido danificado
(p.ex.,filmes, HDC, espumas)
 Bioativos: Estimulam diretamente substâncias ou
reações na cascata de cicatrização (p.ex., fatores de
crescimento, colágenos)
Classificação das Coberturas
Quanto a sua relação de contato com o leito da ferida
 Primária são aquelas colocadas diretamente sobre a
ferida e que satisfaçam as suas necessidades
 Secundárias são aquelas colocadas sobre a cobertura
primária, quando necessário, tem função terapêutica, de
proteção ou fixação, aumentando a habilidade da
cobertura primária
Como escolher a cobertura???
Hidroativas
Gel
Creme
Óleo
Pomada
Alginato
Prata
Antimicrobiano
Antisséptico
Sulfadiazina
Neomicina
Metronidazol
Bacitracina
Nistatina
PHMB Papaína PVPI
Como escolher a cobertura???
Hidrorreguladoras
Fibras
Esponjas
Gazes
Malhas
Prata
Alginato
PHMB
Ibuprofeno
PVPI
Papaína
 Enzima proteolítica extraída do látex da carica papaya (mamão).
Indicação: tratamento de feridas abertas, limpas ou infectadas;
e no desbridamento de tecidos desvitalizados
Mecanismo de ação: ação anti-inflamatória, bactericida e
bacteriostático, acelera processo cicatricial, atua como
desbridante químico, estimula a força tênsil das cicatrizes
Papaína
Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10%
em tecido necrosado, 6% nas com exudato purulento e 2%
naquelas com pouco exudato.
Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substancias
oxidantes (ferro/iodo/oxigênio)
Após 12h, a papaína já perdeu a sua ação
Pó ***
Sulfadiazina de Prata
 É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a
1%.
Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico.
Mecanismo de ação: Prata: confere características
bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca
precipitação protéica e age diretamente na membrana
citoplasmática bacteriana.
Modo de usar: Freqüência de troca é recomendada a cada 12
horas.
Sulfadiazina de Prata
Indicações: prevenção de colonização e tratamento
de feriadas de queimadura.
Observação: retirar excesso de pomada
remanescente a cada troca de curativo.
É uma combinação das propriedades de hidratação e absorção, as
quais promovem o desbridamento autolítico natural e a
cicatrização em ambiente úmido.
Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água
(70 a 90%)
Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos
desvitalizados em feridas abertas.
Forma de apresentação: Amorfo e placa
Hidrogel
Indicação: feridas secas ou com pouco exsudato, necrose,
tecidos desvitalizados de feridas abertas, áreas doadoras e
receptoras de enxerto, úlceras crônicas.
Contra indicação: pele íntegra e incisão cirúrgica fechada.
Observação: necessita de cobertura secundária.
Amorfo Placa
Hidrocolóide
 São partículas hidroativas em polímero inerte impermeável.
Indicação - lesões não infectadas com pouco ou nenhum exsudato e
prevenção de lesões.
Benefícios: - auxiliam desbridamento autolítico e estimulam a
angiogênese;
- reduzem o risco de infecção (oclusivo), pois a camada externa atua como
barreira térmica aos gases, barreira microbiana e mecânica;
- promovem isolamento térmico;
- estimulam angiogênese , granulação e epitelização; não requerem troca
diária.
- permitem trocas em intervalos maiores (até cinco ou seis dias)
- protegem as terminações nervosas, reduzindo a dor.
Hidrocolóide
Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as
bordas e aplicar hidrocolóide e fixar o curativo à pele.
Observações - não deve ser utilizado para feridas infectadas .
Bactérias
Água
Filme semi
permeável
Troca Gasosa
Hidrocolóide
Alginato de Cácio e Sódio
 Fibras de não tecido, derivadas de algas marinhas com íons de
cálcio e sódio.
Indicação – feridas abertas, sangrantes, exsudativas, feridas
agudas ou crônicas
Mecanismo de ação – auxilia no desbridamento autolítico,
alta capacidade de absorção, resulta na formação de um gel
que mantém o meio úmido para cicatrização, induz
hemostasia.
Modo de usar – lavar ferida com SF 0,9%, modelar o
alginato no interior da ferida. Ocluir com cobertura
secundária estéril.
Observações – trocar cobertura secundaria sempre que
estiver saturada.
Alginato de Cácio e Sódio
AGE
 Óleo vegetal enriquecido com vitaminas A e E e lecitina
de soja.
Indicação – prevenção de úlcera por pressão, tratamento de
feridas abertas.
Conta-indicação – feridas com cicatrização por primeira
intenção.
Mecanismo de ação – promove a angiogênese, mantem o
meio úmido e acelera o processo de granulação. Em pele
íntegra, forma uma película protetora, prevenindo lesões.
AGE
Modo de usar – espalhar AGE no leito da ferida e/ou
embeber gazes estéreis de contato com a superfície para
manter o leito da ferida úmido.
Observações – pode ser associado a outros curativos.
Carvão Ativado e Prata
 O efeito bactericida da prata e a ação adsorvente do carvão
permite reduzir o
tamanho da ferida e finalmente eliminar a infecção.
Indicação - feridas fétidas, colonizadas, infectadas ou
exsudativas.
Mecanismo de ação - Age absorvendo o exsudato da lesão e
adsorvendo as moléculas de odor e as células bacterianas, que
serão destruídas pela ação da prata
Carvão Ativado e Prata
Modo de usar – após limpeza, aplicar curativo sobre lesão.
Observações - não pode ser cortado, pode ser associado a
outros produtos.
Freqüência de troca segundo a saturação, em média com 48
a 72 horas.
PHMB
Polihexamida Biguanida
Indicação - antissepsia de pele e mucosas.
Mecanismo de ação – antisséptico sintético, age na
retirada de biofilme, bactericida e bacteriostático.
Filmes Transparentes
 Filme de poliuretano, transparente, elástico,
semipermeável, aderente a superfícies secas.
Indicação – fixação de cateteres vasculares, proteção de pele
íntegra, prevenção de úlceras por pressão, cobertura de
incisões cirúrgicas com pouco ou nenhum exsudato.
Mecanismo de ação – proteção, manter a umidade,
permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.
Filmes Transparentes
Modo de usar – escolher filme transparente de tamanho
adequado para a ferida, e aplicar sobre a pele.
Observações - pode ser utilizado como cobertura
secundária. Trocar até 7 dias.
Cobertura Não Aderente
Coberturas a base de malha (acetato de celulose,rayon, etc),
impregnadas com substâncias anti-aderentes (p.ex.,parafina,
petrolatum, zinco, iodofórmio, solução salina hipertônica ou
normal.)
Indicação - áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e
lacerações.
Mecanismo de ação - evitam aderência do curativo à ferida,
permitindo o fluxo para o curativo secundário, não interferindo
com o tecido de regeneração, e evitam a dor durante a troca
Cobertura Não Aderente
Modo de usar – Limpar lesão e aplicar sobre a pele.
Observações – pode estar associado a outros curativos.
Utilizar curativo secundário.
Espumas de Poliuretano
 Almofada de espuma composta de camadas sobrepostas
de não tecido e revestida por poliuretano.
Indicação – feridas abertas não infectadas com baixa ou
moderada exsudação.
Mecanismo de ação – proporciona ambiente úmido,
estimula desbridamento autolítico e absorve o exsudato.
Espumas de Poliuretano
Modo de usar – lavar lesão, aplicar curativo sobre local da
ferida, de forma que a almofada de espuma cubra toda a lesão.
Observações – trocar o curativo sempre que saturado ou a
cada 7 dias.
Colágeno com alginato
 Curativo com 10% de alginato mais 90% de colágeno.
Indicação – feridas abertas e exsudativas.
Mecanismo de ação – o alginato mantém o meio úmido e
controla o alginato, e o colágeno favorece o crescimento
interno dos tecidos e dos vasos sanguíneos.
Colágeno com alginato
Modo de usar – lavar lesão e aplicar curativo sobre ferida.
Observações – trocar cobertura secundária sempre que
saturada, e trocar o curativo entre 2 e 4 dias de acordo com o
exsudato.
Modo de usar – lavar lesão e aplicar curativo sobre ferida e
fechar com curativo secundário
Observações – trocar cobertura secundária sempre que
saturada, a troca do curativo deve ocorrer em até 7 dias ou de
acordo com o exsudato.
Alginato de cálcio com prata
Terapias Complementares no
Tratamento de Feridas
O tratamento de feridas envolve mais do que o uso de curativos
e pomadas
Novas tecnologias:
- Terapia a vácuo
- Laser
- OHB
 Profissional de saúde conhecimento
- Materiais
- Fisiologia da cicatrização
O tratamento da ferida é um processo dinâmico, que
depende de avaliações sistematizadas e deve ser feito de
forma individualizada
Os recursos financeiros para a terapia devem ser avaliados no
momento da escolha do tratamento
Deve-se considerar:
Fatores individuais do paciente
Recursos materiais e humanos
Indicação, contra-indicação e custos
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Adotar atitudes positivas
Dar explicações claras sobre o tratamento e o prognóstico
Promover a participação do paciente e/ou familiares
Evitar comentários desnecessários em relação à doença ou ao
tratamento
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Definir tratamento individualizado
Orientar quanto a importância do acompanhamento médico
Estimular o autocuidado

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a curativos e coberturas.pdf

Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009
Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009
Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009Letícia Spina Tapia
 
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicas
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicasRecomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicas
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicasGNEAUPP.
 
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...anagabrielasilvaoliv
 
Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03SMS - Petrópolis
 
Feridas e curativos
Feridas e curativosFeridas e curativos
Feridas e curativosLuh Soares
 
5343303 tipos-de-curativos
5343303 tipos-de-curativos5343303 tipos-de-curativos
5343303 tipos-de-curativosLucia Tome
 

Semelhante a curativos e coberturas.pdf (20)

curativos aula.pptx
curativos aula.pptxcurativos aula.pptx
curativos aula.pptx
 
Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009
Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009
Atualização do Coren sobre o uso de antissépticos na pele - 2009
 
Feridas
FeridasFeridas
Feridas
 
Curativos especiais
Curativos especiaisCurativos especiais
Curativos especiais
 
Coberturas 04.ppt
Coberturas 04.pptCoberturas 04.ppt
Coberturas 04.ppt
 
FERIDAS CURSO.pdf
FERIDAS CURSO.pdfFERIDAS CURSO.pdf
FERIDAS CURSO.pdf
 
curativos.ppt
curativos.pptcurativos.ppt
curativos.ppt
 
Limpeza de Feridas
Limpeza de FeridasLimpeza de Feridas
Limpeza de Feridas
 
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicas
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicasRecomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicas
Recomendacoes sobre a utilizacao de antissepticos no cuidado de feridas cronicas
 
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...
Aula 4 - 2_CUIDADO_INTEGRAL_PORTADOR_LESOES_UNIDADE_I (revisado HAAF) (revisa...
 
Coberturas mais usadas na cce
Coberturas mais usadas na cceCoberturas mais usadas na cce
Coberturas mais usadas na cce
 
Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03
 
Antisepticos
AntisepticosAntisepticos
Antisepticos
 
tratamento-de-feridas.ppt
tratamento-de-feridas.ppttratamento-de-feridas.ppt
tratamento-de-feridas.ppt
 
Tratamento de feridas
Tratamento de feridasTratamento de feridas
Tratamento de feridas
 
curativos.ppt
curativos.pptcurativos.ppt
curativos.ppt
 
tipos de feridas.pdf
tipos de feridas.pdftipos de feridas.pdf
tipos de feridas.pdf
 
Aula feridas e curativos
Aula feridas e curativosAula feridas e curativos
Aula feridas e curativos
 
Feridas e curativos
Feridas e curativosFeridas e curativos
Feridas e curativos
 
5343303 tipos-de-curativos
5343303 tipos-de-curativos5343303 tipos-de-curativos
5343303 tipos-de-curativos
 

Mais de JssicaBizinoto

SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptx
SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptxSISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptx
SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptxJssicaBizinoto
 
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxFERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxJssicaBizinoto
 
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxFERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxJssicaBizinoto
 
Acessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptAcessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptJssicaBizinoto
 
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfJssicaBizinoto
 
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxSlide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxJssicaBizinoto
 
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdfJssicaBizinoto
 
assistencia de enfermagem para o rn.pdf
assistencia de enfermagem para o rn.pdfassistencia de enfermagem para o rn.pdf
assistencia de enfermagem para o rn.pdfJssicaBizinoto
 

Mais de JssicaBizinoto (8)

SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptx
SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptxSISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptx
SISTEMA DIGESTORIO - SEM EDITAR.pptx
 
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxFERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
 
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptxFERIDAS E CURATIVOS.pptx
FERIDAS E CURATIVOS.pptx
 
Acessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptAcessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.ppt
 
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
 
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxSlide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
 
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-130718003659-phpapp02.pdf
 
assistencia de enfermagem para o rn.pdf
assistencia de enfermagem para o rn.pdfassistencia de enfermagem para o rn.pdf
assistencia de enfermagem para o rn.pdf
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (8)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

curativos e coberturas.pdf

  • 1. Enfª. Esp. Janaína Lassala Tratamento de Feridas Tratamento de Feridas
  • 2. “O cuidar da ferida de alguém vai muito além dos cuidados gerais ou da realização de um curativo. Uma ferida pode não ser apenas uma lesão física, mas algo que dói sem necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca ou uma mágoa, uma perda irreparável ou uma doença incurável. A ferida é algo que fragiliza e muitas vezes incapacita.” Jorge & Dantas (2003)
  • 3. Introdução O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa têm como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes. facilitar o processo de cicatrização.
  • 5. Curativo limpeza, debridamento e indicação de cobertura a própria substância ou os componentes ativos exerçam dupla função: atuar interativamente no leito da ferida e permitir a sua oclusão com o meio externo Coberturas
  • 6. Objetivos Prevenir a contaminação; Promover a cicatrização; Proteger a ferida; Absorver secreção e facilitar a drenagem; Aliviar a dor.
  • 7. Classificação das Coberturas  Passivos: São aqueles que simplesmente ocluem e protegem a lesão, não sendo valorizada nem sua atuação nem as demandas específicas da ferida (p.ex., gazes)  Interativos: Mantêm um microambiente úmido favorecendo a restauração do tecido danificado (p.ex.,filmes, HDC, espumas)  Bioativos: Estimulam diretamente substâncias ou reações na cascata de cicatrização (p.ex., fatores de crescimento, colágenos)
  • 8. Classificação das Coberturas Quanto a sua relação de contato com o leito da ferida  Primária são aquelas colocadas diretamente sobre a ferida e que satisfaçam as suas necessidades  Secundárias são aquelas colocadas sobre a cobertura primária, quando necessário, tem função terapêutica, de proteção ou fixação, aumentando a habilidade da cobertura primária
  • 9. Como escolher a cobertura??? Hidroativas Gel Creme Óleo Pomada Alginato Prata Antimicrobiano Antisséptico Sulfadiazina Neomicina Metronidazol Bacitracina Nistatina PHMB Papaína PVPI
  • 10. Como escolher a cobertura??? Hidrorreguladoras Fibras Esponjas Gazes Malhas Prata Alginato PHMB Ibuprofeno PVPI
  • 11.
  • 12. Papaína  Enzima proteolítica extraída do látex da carica papaya (mamão). Indicação: tratamento de feridas abertas, limpas ou infectadas; e no desbridamento de tecidos desvitalizados Mecanismo de ação: ação anti-inflamatória, bactericida e bacteriostático, acelera processo cicatricial, atua como desbridante químico, estimula a força tênsil das cicatrizes
  • 13. Papaína Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado, 6% nas com exudato purulento e 2% naquelas com pouco exudato. Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substancias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio) Após 12h, a papaína já perdeu a sua ação Pó ***
  • 14. Sulfadiazina de Prata  É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%. Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico. Mecanismo de ação: Prata: confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana. Modo de usar: Freqüência de troca é recomendada a cada 12 horas.
  • 15. Sulfadiazina de Prata Indicações: prevenção de colonização e tratamento de feriadas de queimadura. Observação: retirar excesso de pomada remanescente a cada troca de curativo.
  • 16. É uma combinação das propriedades de hidratação e absorção, as quais promovem o desbridamento autolítico natural e a cicatrização em ambiente úmido. Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%) Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas. Forma de apresentação: Amorfo e placa
  • 17. Hidrogel Indicação: feridas secas ou com pouco exsudato, necrose, tecidos desvitalizados de feridas abertas, áreas doadoras e receptoras de enxerto, úlceras crônicas. Contra indicação: pele íntegra e incisão cirúrgica fechada. Observação: necessita de cobertura secundária. Amorfo Placa
  • 18. Hidrocolóide  São partículas hidroativas em polímero inerte impermeável. Indicação - lesões não infectadas com pouco ou nenhum exsudato e prevenção de lesões. Benefícios: - auxiliam desbridamento autolítico e estimulam a angiogênese; - reduzem o risco de infecção (oclusivo), pois a camada externa atua como barreira térmica aos gases, barreira microbiana e mecânica; - promovem isolamento térmico; - estimulam angiogênese , granulação e epitelização; não requerem troca diária. - permitem trocas em intervalos maiores (até cinco ou seis dias) - protegem as terminações nervosas, reduzindo a dor.
  • 19. Hidrocolóide Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar hidrocolóide e fixar o curativo à pele. Observações - não deve ser utilizado para feridas infectadas . Bactérias Água Filme semi permeável Troca Gasosa
  • 21. Alginato de Cácio e Sódio  Fibras de não tecido, derivadas de algas marinhas com íons de cálcio e sódio. Indicação – feridas abertas, sangrantes, exsudativas, feridas agudas ou crônicas Mecanismo de ação – auxilia no desbridamento autolítico, alta capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para cicatrização, induz hemostasia.
  • 22. Modo de usar – lavar ferida com SF 0,9%, modelar o alginato no interior da ferida. Ocluir com cobertura secundária estéril. Observações – trocar cobertura secundaria sempre que estiver saturada. Alginato de Cácio e Sódio
  • 23. AGE  Óleo vegetal enriquecido com vitaminas A e E e lecitina de soja. Indicação – prevenção de úlcera por pressão, tratamento de feridas abertas. Conta-indicação – feridas com cicatrização por primeira intenção. Mecanismo de ação – promove a angiogênese, mantem o meio úmido e acelera o processo de granulação. Em pele íntegra, forma uma película protetora, prevenindo lesões.
  • 24. AGE Modo de usar – espalhar AGE no leito da ferida e/ou embeber gazes estéreis de contato com a superfície para manter o leito da ferida úmido. Observações – pode ser associado a outros curativos.
  • 25. Carvão Ativado e Prata  O efeito bactericida da prata e a ação adsorvente do carvão permite reduzir o tamanho da ferida e finalmente eliminar a infecção. Indicação - feridas fétidas, colonizadas, infectadas ou exsudativas. Mecanismo de ação - Age absorvendo o exsudato da lesão e adsorvendo as moléculas de odor e as células bacterianas, que serão destruídas pela ação da prata
  • 26. Carvão Ativado e Prata Modo de usar – após limpeza, aplicar curativo sobre lesão. Observações - não pode ser cortado, pode ser associado a outros produtos. Freqüência de troca segundo a saturação, em média com 48 a 72 horas.
  • 27. PHMB Polihexamida Biguanida Indicação - antissepsia de pele e mucosas. Mecanismo de ação – antisséptico sintético, age na retirada de biofilme, bactericida e bacteriostático.
  • 28. Filmes Transparentes  Filme de poliuretano, transparente, elástico, semipermeável, aderente a superfícies secas. Indicação – fixação de cateteres vasculares, proteção de pele íntegra, prevenção de úlceras por pressão, cobertura de incisões cirúrgicas com pouco ou nenhum exsudato. Mecanismo de ação – proteção, manter a umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.
  • 29. Filmes Transparentes Modo de usar – escolher filme transparente de tamanho adequado para a ferida, e aplicar sobre a pele. Observações - pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.
  • 30. Cobertura Não Aderente Coberturas a base de malha (acetato de celulose,rayon, etc), impregnadas com substâncias anti-aderentes (p.ex.,parafina, petrolatum, zinco, iodofórmio, solução salina hipertônica ou normal.) Indicação - áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e lacerações. Mecanismo de ação - evitam aderência do curativo à ferida, permitindo o fluxo para o curativo secundário, não interferindo com o tecido de regeneração, e evitam a dor durante a troca
  • 31. Cobertura Não Aderente Modo de usar – Limpar lesão e aplicar sobre a pele. Observações – pode estar associado a outros curativos. Utilizar curativo secundário.
  • 32. Espumas de Poliuretano  Almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não tecido e revestida por poliuretano. Indicação – feridas abertas não infectadas com baixa ou moderada exsudação. Mecanismo de ação – proporciona ambiente úmido, estimula desbridamento autolítico e absorve o exsudato.
  • 33. Espumas de Poliuretano Modo de usar – lavar lesão, aplicar curativo sobre local da ferida, de forma que a almofada de espuma cubra toda a lesão. Observações – trocar o curativo sempre que saturado ou a cada 7 dias.
  • 34. Colágeno com alginato  Curativo com 10% de alginato mais 90% de colágeno. Indicação – feridas abertas e exsudativas. Mecanismo de ação – o alginato mantém o meio úmido e controla o alginato, e o colágeno favorece o crescimento interno dos tecidos e dos vasos sanguíneos.
  • 35. Colágeno com alginato Modo de usar – lavar lesão e aplicar curativo sobre ferida. Observações – trocar cobertura secundária sempre que saturada, e trocar o curativo entre 2 e 4 dias de acordo com o exsudato.
  • 36. Modo de usar – lavar lesão e aplicar curativo sobre ferida e fechar com curativo secundário Observações – trocar cobertura secundária sempre que saturada, a troca do curativo deve ocorrer em até 7 dias ou de acordo com o exsudato. Alginato de cálcio com prata
  • 37. Terapias Complementares no Tratamento de Feridas O tratamento de feridas envolve mais do que o uso de curativos e pomadas Novas tecnologias: - Terapia a vácuo - Laser - OHB  Profissional de saúde conhecimento - Materiais - Fisiologia da cicatrização
  • 38. O tratamento da ferida é um processo dinâmico, que depende de avaliações sistematizadas e deve ser feito de forma individualizada Os recursos financeiros para a terapia devem ser avaliados no momento da escolha do tratamento Deve-se considerar: Fatores individuais do paciente Recursos materiais e humanos Indicação, contra-indicação e custos IMPORTANTE! IMPORTANTE!
  • 39. IMPORTANTE! IMPORTANTE! Adotar atitudes positivas Dar explicações claras sobre o tratamento e o prognóstico Promover a participação do paciente e/ou familiares Evitar comentários desnecessários em relação à doença ou ao tratamento
  • 40. IMPORTANTE! IMPORTANTE! Definir tratamento individualizado Orientar quanto a importância do acompanhamento médico Estimular o autocuidado