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CENTRODEESTUDOSPRESBITERIANO
Prof. Rev. João França
AULA 05 - Análise Histórico-Contextual
Introdução:
Na Exegese Bíblico é necessário considerar o escopo
todo do livro a ser estudado, os procedimentos da
hermenêutica especial. Que engloba Autoria, datação,
destinatários, propósito e esboço do livro. Estas
informações são preliminares no processo da exegese.
E tem como objetivo ser uma breve introdução ao
próprio processo da análise da passagem a ser
estudada.
Nesta aula o aluno será introduzido como produzir
essaparte importante da exegese bíblica.
1. A autoria do livro:
Quando escolhe-se a passagem para trabalhar as questões exegéticas, é
importante que o exegeta tenha uma visão geral do livro. É tipo, antes de
examinar a árvore deve-se considerar a densidade da floresta´. É necessário
estudar o livro e considerar o primeiro passo na compreensão do texto, é
perguntar pelo autor do livro. Quem escreveu este livro? Quem é o autor?
Essa é a pergunta fundamental em rumo a compreensão da mensagem escrita!
Vale ressaltar que textos do Novo Testamento circularam incialmente como
anônimos. Por exemplo, os Evangelhos e algumas epistolas católicas, no corpus
paulinus, muitas epistolas são reconhecidamente como autoria paulina outras
não. Em caso onde o autor não é textualmente indicado, é necessário
argumentar valendo-se das evidências internas e externas para justificar
autoria ou não
Exemplo: 1ª João
O aluno deverá apresentar uma argumentação que justifique a autoria da carta.
1. Autoria:
John Stott argumenta que devemos
buscar aevidênciapara autoria da carta
na própria carta (STOTT, 1985, p.50)
a. Evidências Externas:
Policarpo – cita 1 João 4.3 como sendo
de autoria de João o discípulo do
Senhor.
Eusébio confirma que 1 João foi escrita
por João o discípulo de Cristo.
b. Evidência Interna
2.Local e Data:
Outro elemento importante na análise histórico contextual é a
localização do autor e a data da escrita de seu documento. Faz toda
a diferença se Paulo estava preso ou não quando escreveu Efésios.
Também faz toda a diferença se Apocalipse foi escrito antes de
70.dc ou depois de 70 d.C (geralmente se ensina que apocalipse foi
escrito por volta de 98 d.C), isso influencia em muito a forma como
se interpretará este livro profético. Local aqui deve ser levado em
consideração a situação vivencial do autor do documento quando
escrevia a carta (p.e: 1 João foi escrito de Éfeso ou de Patmos?) e a
data deve ser considerada aquela na qual o autor terminou o seu
escrito. Ressaltamos que as datas devem ser sempre aproximadas!
Exemplo para local e data.
2. Local e Data:
Merril C. Tenney argumenta que “são indeterminados os tempos
exatos do local e ocasião da escrita destas cartas”(TENNEY, 1995,
p.399)
Outro escritor sugere que estas cartas joaninas foram escritas em
“Éfeso” (CHAMPLIN, 1986, p.217). Quanto a data os eruditos estão
divididos, alguns colocam os escritos de João para 89-90 d.C,
entretanto, é melhor datar a obra de João antes de 70 d. C, a razão
disso, é que em 70 d. C Jerusalém é devastada pelo genal romano Tito,
e tal evento não passaria desapercebido dos escritos joaninos.
3. Destinatário e Propósito:
O terceiro passo importante na análise histórico-contextual é
identiicar o destinatário e o propósito do documento escrito. As
perguntas a serem respondidas nesta parte são as seguintes: (1) pra
quem foi escrito? (2) por que foi escrito?.
Os documentos do Novo Testamento são circunstâncias, ou seja,
eles foram elaborados para atender uma determinada demanda e
circunstância no momento em que foram escritos: p.e: a carta de
Tiago foi direciona aos judeus convertidos ao cristianismo
(destinatérios), com a finalidade de confortá-los e exortá-los
(propósito); o Evangelho de João tinha como público os judeus
(destinatários) e tinha como objetivo promover a fé (propósito); e por
fim, Lucas ao escrever sua obra Lucas-Atos tinha como publico o
jovem Teófilo e a finalidade era oferecer uma narrativa ordenada das
coisas (o alvo era a catequese)
Exemplo de destinatários e propósito
3. Destinatários:
Quanto a questão: para quem foi escrito? As cartas joaninas
parecem ter sido escritas para as igrejas da Ásia Menor
(CHAMPLIN,1986, p.217).
Carson parece acompanhar Champlin neste parecer ainda que
argumente que “destinação geográfica” seja uma inferência
(CARSON, 1997, p.501)
4. Propósito:
A questão: para que João escreveu sua primeira epistola? É a
resposta fundamental no sentido de compreender sua mensagem. O
propósito da carta é combater o ensino incipiente do Gnosticismo
na igreja primitiva.
4. Introdução Indutiva:
Introdução indutiva é outro nome para esboço. No
estudo da exegese é importante que o aluno faça seu
próprio esboço.
Isso ajuda-nos a vê o escopo completo da
passagem. O estudo indutivo é importante porque
revela o corpo completo da passagem e do livro em
sentenças e proposições importantes.
Exemplo de Esboço:

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História e contexto da 1a Epístola de João

  • 1. CENTRODEESTUDOSPRESBITERIANO Prof. Rev. João França AULA 05 - Análise Histórico-Contextual
  • 2. Introdução: Na Exegese Bíblico é necessário considerar o escopo todo do livro a ser estudado, os procedimentos da hermenêutica especial. Que engloba Autoria, datação, destinatários, propósito e esboço do livro. Estas informações são preliminares no processo da exegese. E tem como objetivo ser uma breve introdução ao próprio processo da análise da passagem a ser estudada. Nesta aula o aluno será introduzido como produzir essaparte importante da exegese bíblica.
  • 3. 1. A autoria do livro: Quando escolhe-se a passagem para trabalhar as questões exegéticas, é importante que o exegeta tenha uma visão geral do livro. É tipo, antes de examinar a árvore deve-se considerar a densidade da floresta´. É necessário estudar o livro e considerar o primeiro passo na compreensão do texto, é perguntar pelo autor do livro. Quem escreveu este livro? Quem é o autor? Essa é a pergunta fundamental em rumo a compreensão da mensagem escrita! Vale ressaltar que textos do Novo Testamento circularam incialmente como anônimos. Por exemplo, os Evangelhos e algumas epistolas católicas, no corpus paulinus, muitas epistolas são reconhecidamente como autoria paulina outras não. Em caso onde o autor não é textualmente indicado, é necessário argumentar valendo-se das evidências internas e externas para justificar autoria ou não
  • 4. Exemplo: 1ª João O aluno deverá apresentar uma argumentação que justifique a autoria da carta. 1. Autoria: John Stott argumenta que devemos buscar aevidênciapara autoria da carta na própria carta (STOTT, 1985, p.50) a. Evidências Externas: Policarpo – cita 1 João 4.3 como sendo de autoria de João o discípulo do Senhor. Eusébio confirma que 1 João foi escrita por João o discípulo de Cristo. b. Evidência Interna
  • 5. 2.Local e Data: Outro elemento importante na análise histórico contextual é a localização do autor e a data da escrita de seu documento. Faz toda a diferença se Paulo estava preso ou não quando escreveu Efésios. Também faz toda a diferença se Apocalipse foi escrito antes de 70.dc ou depois de 70 d.C (geralmente se ensina que apocalipse foi escrito por volta de 98 d.C), isso influencia em muito a forma como se interpretará este livro profético. Local aqui deve ser levado em consideração a situação vivencial do autor do documento quando escrevia a carta (p.e: 1 João foi escrito de Éfeso ou de Patmos?) e a data deve ser considerada aquela na qual o autor terminou o seu escrito. Ressaltamos que as datas devem ser sempre aproximadas!
  • 6. Exemplo para local e data. 2. Local e Data: Merril C. Tenney argumenta que “são indeterminados os tempos exatos do local e ocasião da escrita destas cartas”(TENNEY, 1995, p.399) Outro escritor sugere que estas cartas joaninas foram escritas em “Éfeso” (CHAMPLIN, 1986, p.217). Quanto a data os eruditos estão divididos, alguns colocam os escritos de João para 89-90 d.C, entretanto, é melhor datar a obra de João antes de 70 d. C, a razão disso, é que em 70 d. C Jerusalém é devastada pelo genal romano Tito, e tal evento não passaria desapercebido dos escritos joaninos.
  • 7. 3. Destinatário e Propósito: O terceiro passo importante na análise histórico-contextual é identiicar o destinatário e o propósito do documento escrito. As perguntas a serem respondidas nesta parte são as seguintes: (1) pra quem foi escrito? (2) por que foi escrito?. Os documentos do Novo Testamento são circunstâncias, ou seja, eles foram elaborados para atender uma determinada demanda e circunstância no momento em que foram escritos: p.e: a carta de Tiago foi direciona aos judeus convertidos ao cristianismo (destinatérios), com a finalidade de confortá-los e exortá-los (propósito); o Evangelho de João tinha como público os judeus (destinatários) e tinha como objetivo promover a fé (propósito); e por fim, Lucas ao escrever sua obra Lucas-Atos tinha como publico o jovem Teófilo e a finalidade era oferecer uma narrativa ordenada das coisas (o alvo era a catequese)
  • 8. Exemplo de destinatários e propósito 3. Destinatários: Quanto a questão: para quem foi escrito? As cartas joaninas parecem ter sido escritas para as igrejas da Ásia Menor (CHAMPLIN,1986, p.217). Carson parece acompanhar Champlin neste parecer ainda que argumente que “destinação geográfica” seja uma inferência (CARSON, 1997, p.501) 4. Propósito: A questão: para que João escreveu sua primeira epistola? É a resposta fundamental no sentido de compreender sua mensagem. O propósito da carta é combater o ensino incipiente do Gnosticismo na igreja primitiva.
  • 9. 4. Introdução Indutiva: Introdução indutiva é outro nome para esboço. No estudo da exegese é importante que o aluno faça seu próprio esboço. Isso ajuda-nos a vê o escopo completo da passagem. O estudo indutivo é importante porque revela o corpo completo da passagem e do livro em sentenças e proposições importantes.