Informação sobre a edição 2016 da Feira Medieval de Coimbra, este ano dedicada a Isabel de Aragão, por ocasião da celebração dos 500 Anos sobre a beatificação da Rainha Santa. A iniciativa integra uma Ceia Medieval, dia 17, às 20h00, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. A recriação do mercado e acampamento que remontam à Idade Média decorre no dia 18 (das 9h00 às 19h00), no Largo da Sé Velha (este ano com extensão ao Quebra-Costas), com muita animação da época à mistura.
Feira Medieval de Coimbra homenageia Rainha Santa Isabel
1. Feira Medieval de Coimbra 2016 homenageia a Rainha Santa Isabel
18 de junho Feira | 17 de junho Ceia Medieval
2. A Câmara Municipal de Coimbra propõe uma viagem à Idade Média, aos seus munícipes
e a todos aqueles que visitam a cidade, no próximo fim de semana, dias 17 e 18 de
junho, com a realização da Ceia e da Feira Medievais, este ano dedicadas a Isabel de
Aragão, numa evocação dos 500 Anos sobre a Beatificação da Rainha Santa Isabel.
A Feira Medieval de Coimbra decorre entre as 9h00 e as 19h00 do próximo dia 18
tendo como palco principal o Largo da Sé Velha que acolhe a iniciativa evocativa do
período fernandino, desde 1992, constituindo um dos mais prestigiados eventos do
género no país.
A presente edição, integrada no circuito cultural e turístico da cidade, que atrai cada vez
mais visitantes à Alta de Coimbra, cresceu, estende-se, este ano, ao Quebra-Costas e ao
Arco de Almedina. Na zona do Quebra-Costas funcionará outra das novidades deste
ano, um carrocel destinado ao público infantil. Trata-se de um carrocel rústico, feito em
madeira e movido a pedais, em que os animais são troncos de árvores forrados com lã
de ovelha e pele de cabra. A música é composta por chocalhos de animais.
A Feira recria alguns aspetos do quotidiano medieval, permitindo ao visitante observar,
sentir e experimentar o ambiente da época, através do contacto com a atmosfera, os
sabores, os aromas, os ruídos, os ofícios, a animação e modo de vestir de um passado
longínquo recriado por centenas de figurantes. A iniciativa conta com a colaboração da
Câmara Municipal de Montemor-O-Velho no campo do enquadramento cénico.
Na figuração e animação, em particular, desempenha um papel importante a
Companhia de Teatro Viv’Arte, ao nível das teatralizações, da indumentária, de objetos,
de acessórios e de instrumentos que revelam o espólio patrimonial e humano que a
Companhia associa às suas recriações, que apresentam a história “ao vivo”.
A Feira inicia-se às 9h00, com Missa na Igreja da Sé Velha de Coimbra, com participação
do Coro Sinfónico Inês de Castro. A abertura do mercado acontece às 10h00, após a
Bênção da Feira e leitura da Carta da Feira, acompanhada pelo toque de trombetas. O
Cortejo Régio inicia-se a partir das 10h30, pelas ruas do “Burgo”, numa homenagem à
Rainha Santa Isabel.
Às 11h00 sai à rua o Adubamento de cavaleiro por El Rei D. Fernando, seguido de
animação, com a presença de gaiteiros, junto às tavernas presentes no certame. Após o
3. período do almoço, às 15h00, entram em cena os saltimbancos, os vendedores e os
embusteiros; segue-se, pelas 16h00, uma teatralização sobre a morte da Rainha Santa
Isabel e do que se passou com os milagrosos aromas que exalavam do ataúde, até à sua
canonização; a programação integra, a partir das 18h00, um Desafio e Justa entre dois
cavaleiros por amor de uma dama; o mercado e acampamento encerram às 19h00.
No contexto da animação permanente, o programa da Feira Medieval integra as
seguintes ações:
- Recriações históricas sobre a Rainha Santa Isabel: música, dança, rábulas, estórias,
mostra de armas e personagens diversos 4, pela Viv’Arte;
- Jograis D’el Rei (música Trovadoresca e Cantigas de Santa Maria), pelo Grupo de
Fantoches do Ateneu de Coimbra;
- Saltimbancos, malabaristas, acrobacias e cuspidores de fogo, pelo Grupo de Teatro
do CPT de Sobral de Ceira;
- Espetáculos de fantoches, pelo Xarabanecos – Grupo de Fantoches do Ateneu de
Coimbra;
O mercado será composto pelas tendas do “Barveiro”, do “Tabelião das notas”, do
“Pergaminheiro”, das “Cousas de escrita”, das Velas, do Ourives, do Carpinteiro, das
Regueifas de Santa Maria, da Santa Bebiana, das Grinaldas, dos Manjares Doces e a
tenda das Viandas Abrasadas, entre outras.
Destaque, ainda, para a tão afamada presença do Mendigo e Profeta “Basilius” e os
espaços dedicados ao trabalho ao vivo, nas áreas da Tecelagem (de Almalaguês),
Cestaria, Esteiraria e construção de Vassouras.
Estarão presentes Grupos de Teatro, trajados à época, que comercializarão, nas suas
tendas, produtos como aves, azeite, azeitonas, carne de porco, enchidos, cereais,
frutos verdes e secos, mel, ovos, pão, peixe, sal, sopa de legumes, utensílios de
madeira, de barro, tecelagem, esteiras, cestaria ou jóias, entre outros.
A Ceia Medieval dá o arranque ao evento e acontece a partir das 20h00 de sexta-feira,
17, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, com a colaboração da Direção Regional de
Cultura do Centro/Mosteiro de Santa Clara a Velha. O espaço reúne a beleza, a
dignidade e o enquadramento que a padroeira de Coimbra merece. Este fator resulta,
4. aliás, num dos aspetos inéditos da iniciativa já que, pela primeira vez, interligam-se as
duas margens do Mondego.
A Ceia, envolta num cenário ladeado por tochas, não dispensará a presença do rei (D.
Dinis) e da rainha (Isabel de Aragão), recriações de época, a cargo da Companhia
Viv’Arte, tais como: receção dos comensais, demonstração de armas e pequenos
combates, coreografia de soldadeiras, música, dança, jograis, trovadores e o
apontamento cénico intitulado “O Milagre das Rosas” (no jardim do Mosteiro),
complementadas por espetáculos de malabaristas de fogo e pirotecnia.
O serviço de mesa, fruto de uma colaboração dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra, sob coordenação do chef Luís Lavrador, apresenta uma
ementa baseada em documentos coevos, composta, segundo terminologia da época,
por “primeiras iguarias” (pão meado, pão alvo, azeitonas, tabuinhas de queijos frescos
e secos, pastéis de pescado, empadas de legumes, acompanhados com vinho
formiguento); “segundas iguarias” (pato abrasado, coelho abafado, vaca picada, peixes
frígidos, “boldroegas” com espinafres, regadas com taças de vinho branco); “terceiras
iguarias” (potage de verduras, assado de galinha com castanha, massa de maçã e taças
de vinho vermelho e água da fonte); os “manjares de leite e conservas” encerram o
repasto, com tigelada, beilhós de mel, manjar branco, pera em calda, acompanhados
com vinho Malvasia.
A participação na Ceia Medieval, com um custo de 20 euros por pessoa, requer
inscrição prévia, através do telefone 239 702 630, ou presencialmente, na Casa
Municipal da Cultura, à Rua Pedro Monteiro. O pagamento deverá ser feito no ato das
inscrições, limitadas a 80 lugares.
Participantes na Feira Medieval de Coimbra 2016
ARCO – Associação Recreativa e Cultural de Covões, Grupo Cénico Amador da Portela
de Tentúgal, Ateneu de Coimbra, Associação Cultural, Musical, Arte e Recreio de
Condeixa-a-Nova, ADDAC-Associação Defesa e Desenvolvimento da Alta de Coimbra,
5. Loucomotiva - Grupo de Teatro de Taveiro, Clube União Vilanovense – Vila Nova de
Outil, Grupo de Teatro de S. Frutuoso, Rancho Folclórico e Etnográfico “As
Moleirinhas” de Casconha, Grupo de Teatro de Sobral de Ceira, Mensagem – Grupo de
Intervenção Cultural da Abrunheira, Grupo Regional Danças e Cantares do Mondego,
Grupo Folclórico da Casa do Povo de Tentúgal, Associação Herança do Passado, Arte
d’Alma, Centro Comunitário de Inserção da Cáritas – Coimbra; ChronosPaper, Coro
Sinfónico Inês de Castro.