SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
SAIBA O QUE É A AÇÃO REVISIONAL E
VEJA COMO SE LIVRAR DOS ALTOS
JUROS DOS CONTRATOS
http://www.vitorionetto.com.br/
(75) 3481-6270
(75) 9 8823-0788
Email: joao@vitorionetto.com.br
A ação revisional destina-se a reavaliar/revisar
as cláusulas dos contratos realizados entre o
cliente e a Instituição Financeira. E caso fique
verificado o abuso das cláusulas contratuais, a
Justiça determina a diminuição do valor
ajustado, diminuição do valor de parcelas, do
prazo de pagamento, dentre outros. Além de,
ser possível a devolução de valores
considerados exorbitantes, mas que já foram
pagos pelo consumidor.
O QUE É REVISIONAL ?
Entre as demandas mais comuns
estão as ações revisionais de
financiamento de carros, motos,
imóveis; faturas de cartões de crédito;
empréstimo pessoal; entre outros
contratos de concessão de crédito.
Para definir se uma cláusula é abusiva
ou os juros estão exagerados a Justiça
tem utilizado o § 1º, do art. 51, do
Código de Defesa do Consumidor.
Este artigo contém uma norma geral que proíbe
qualquer tipo de abuso nos contratos, e expõe
as hipóteses onde
são presumidas as desvantagens
exageradas do contrato que prejudicam o
consumidor. O inciso III, por exemplo, expõe
que é presumidamente abusiva a vantagem do
contrato que se mostra excessivamente onerosa
para o consumidor, considerando-se a natureza
e conteúdo do contrato, o interesse das partes e
outras circunstâncias peculiares ao caso.
A intenção da lei é equilibrar a relação entre
o consumidor e a Instituição Financeira, já
que esta detém um poder econômico muito
maior em relação ao cliente. E, dessa forma,
impedir e desencorajar a prática de cláusulas
abusivas nos contratos em desfavor do
consumidor, que procura serviços bancários
para realizar os seus sonhos e projetos.
Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) entende que, se comprovados os juros além
do preço de mercado, deve-se proceder à redução
para a taxa média publicada pelo Banco Central,
dependendo do caso, até mesmo, a decretação da
nulidade das cláusulas com desvantagem
exagerada para o consumidor.
O STJ ainda afirma que, se a taxa de juros cobrada
no contrato for maior que a taxa média, os juros
praticados podem, sim, serem considerados
abusivos!
Altos juros pagos, sem
inadimplência (juros
remuneratórios):
estes juros são aqueles
cobrados mesmo que você
pague as suas contas
(boletos, carnês, etc) em
dia. No caso, se estiverem
acima da taxa média
cobrada em outros
contratos semelhantes, são
considerados abusivos;
O que pode ser revisto nos contratos?
Taxa de Abertura de
Crédito (TAC):
muita atenção aqui! Os bancos
não podem mais exigir esta taxa
desde 2008! A sua cobrança era
bastante comum, sempre vinha
embutida nos contratos e servia
para custear a pesquisa sobre a
vida financeira do cliente.
Entretanto, esta pesquisa é
inerente ao trabalho do banco e,
portanto, o seu custo não deve
ser repassado ao cliente.
Serviços de
terceiros:
Esta taxa é ilegal!
Com ela o banco
tenta transferir
para o consumidor
custos que ele
mesmo deveria
pagar, pois são
inerentes aos seus
serviços.
Capitalização:
Esta taxa ocorre com a
cobrança de juros sobre juros.
Para você saber se no seu
contrato os juros são
capitalizados basta multiplicar
por 12 a taxa de juros mensal
e verificar se é igual a taxa de
juros anual. Caso os valores
sejam iguais, os juros do seu
contrato não são capitalizados.
Fique bastante atento para
esta questão, pois é bastante
controversa e, por isso, a
Justiça considera a taxa ilegal!
Comissão de
permanência:
esta taxa é aquela
cobrada quando
você atrasa o
pagamento da conta.
Da mesma forma,
das outras taxas
legais esta deve ter o
valor da taxa média
de mercado
publicada pelo Banco
Central. O que
exceder deste valor a
Justiça, prontamente,
julga como abusiva.
Vendas casadas:
Se você foi obrigado a aceitar um título
de capitalização ou qualquer outro
serviço para fechar um determinado
contrato, você foi vítima da venda
casada. É ilegal e você tem o direito de
receber o dobro do que pagou pelos
produtos que foi obrigado aceitar.
Taxa de administração de consórcio acima da
porcentagem definida por lei:
O Decreto 70.951/72 determina que a taxa de
administração de consórcios não devem ultrapassar 10%
dos bens avaliados até 50 salários mínimos e não superior
a 12% quando o bem vale mais do que os referidos 50
salários mínimos (quando o produto é da própria instituição
financeira as porcentagens não podem ultrapassar de 5%
e 6% para estas mesmas referências). Esta questão é
muito controversa e cada juiz considera uma determinada
porcentagem como abusiva (de qualquer modo, consulte o
seu advogado);
Parcela mensal acima de 30% da renda do
consumidor:
empréstimos consignados, por exemplo, podem
ser descontados até 30% do valor do salário.
Entretanto, já ocorreram casos de algumas
financeiras ultrapassarem esta porcentagem e
consignarem o pagamento de 30% no
contracheque do cliente e agendarem o
pagamento da parte faltante na conta corrente
do consumidor. É importante dizer que a Justiça
é severa com as financeiras que agem dessa
forma!
Amortização negativa:
É o caso de, mesmo havendo o
pagamento em dia, por questões do
mercado financeiro, o valor da dívida
continua a mesma ou é até
aumentada. Nestes casos, a Justiça
determina a revisão das cláusulas do
contrato para que a dívida não se
estenda de forma absurda.
Dica: Existem outras duas situações mais específicas e que
são comuns, como:
FIES (Fundo de Financiamento Estudantil): a Justiça tem
julgado casos em que foram observadas a capitalização de
juros e outros abusos nas renegociações das dívidas deste
crédito;
PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos):
o STJ já definiu que os produtores com dívidas relativas a
este crédito rural, tem o direito de realizar a securitização.
Isto, possibilitará a diminuição da dívida e aumento dos
prazos de pagamento.
Quais os documentos necessários para entrar com
a ação revisional?
Para entrar com a ação revisional você vai precisar de:
Comprovantes de pagamento (boletos, carnês, etc.);
Comprovante de despesas pessoais, familiares e de
renda (para pedido de isenção de pagamento de taxas
judiciais);
Cópia do contrato (com todas as informações relativas
ao contrato);
documentos pessoais, como identidade, CPF e
comprovante de residência.
Como ocorrem as ações revisionais na
justiça?
Uma das primeiras medidas tomadas pelo
advogado é solicitar uma liminar ao juiz para
que o nome do cliente seja retirado do SPC,
SERASA, ou quaisquer outros órgãos de
negativação.
Após isso, é solicitada ao juiz a permissão para que o
consumidor continue com o bem e para que ele tenha a
oportunidade de depositar em juízo os valores que julgue
devido à Instituição Financeira. No caso de indeferimento da
liminar, o advogado poderá recorrer.
Após definida a decisão acerca da liminar, a ação segue
normalmente com a citação e apresentação da contestação
pelo réu, segue com a réplica do autor, produção das provas
necessárias, sentença (caso não seja preciso a realização de
uma audiência antes) e continua como qualquer outra.
Caso sejam comprovadas as cláusulas abusivas e/ou juros
altos o que pode acontecer?
Quando o juiz define que as cláusulas e os juros são
abusivos podem ocorrer:
Limitação dos juros à taxa média exigida pelo mercado
publicada pelo Banco Central;
Devolução do valor cobrado abusivamente e já pago;
Revisão considerando fatores que não poderiam ser previsto
pelas partes;
Nulidades das cláusulas que foram consideradas
excessivamente onerosas;
A concessão do direito ao consumidor de alterar a cláusula
abusiva.
Os casos aqui enumerados são apenas alguns
abusos cometidos por algumas Instituições
Financeiras e que a Justiça já detectou. Existem
outros e podem surgir mais, por isso, caso você
sinta que sua dívida está “pesando” muito no seu
bolso, mais do que você havia planejado, visite
imediatamente o seu advogado!
http://www.vitorionetto.com.br/
(75) 3481-6270
(75) 9 8823-0788
Email: joao@vitorionetto.com.br

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Direitos dos portadores de anemia falciforme
Direitos dos portadores de anemia falciformeDireitos dos portadores de anemia falciforme
Direitos dos portadores de anemia falciformeJoão Vitorio Netto
 
Aposentadoria especial vigilante armado
Aposentadoria especial vigilante armadoAposentadoria especial vigilante armado
Aposentadoria especial vigilante armadoJoão Vitorio Netto
 
Chapter 4 lesson_2
Chapter 4 lesson_2Chapter 4 lesson_2
Chapter 4 lesson_2irschonberg
 
Chapter 2 lesson 2 sci
Chapter 2 lesson 2 sciChapter 2 lesson 2 sci
Chapter 2 lesson 2 sciirschonberg
 
Quantum4 d views-samples-2011.12-short
Quantum4 d views-samples-2011.12-shortQuantum4 d views-samples-2011.12-short
Quantum4 d views-samples-2011.12-shortQuantum4D Inc.
 
direitos do trabalhador no momento da demissão
direitos do trabalhador no momento da demissãodireitos do trabalhador no momento da demissão
direitos do trabalhador no momento da demissãoJoão Vitorio Netto
 
Como reduzir os juros através de acões revisionais
Como reduzir os juros através de acões revisionaisComo reduzir os juros através de acões revisionais
Como reduzir os juros através de acões revisionaisJoão Vitorio Netto
 
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalho
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalhoDireitos dos empregados que sofreram acidente de trabalho
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalhoJoão Vitorio Netto
 
Atraso/cancelamento de voo e dano moral
Atraso/cancelamento de voo e dano moralAtraso/cancelamento de voo e dano moral
Atraso/cancelamento de voo e dano moralJoão Vitorio Netto
 
Chapter 4 lesson_1
Chapter 4 lesson_1Chapter 4 lesson_1
Chapter 4 lesson_1irschonberg
 
Chapter 2 lesson 3 sci
Chapter 2  lesson 3 sciChapter 2  lesson 3 sci
Chapter 2 lesson 3 sciirschonberg
 
Chapter 4 lesson_3
Chapter 4 lesson_3Chapter 4 lesson_3
Chapter 4 lesson_3irschonberg
 

Destaque (16)

Enl
EnlEnl
Enl
 
Social networking
Social networkingSocial networking
Social networking
 
Direitos dos portadores de anemia falciforme
Direitos dos portadores de anemia falciformeDireitos dos portadores de anemia falciforme
Direitos dos portadores de anemia falciforme
 
Aposentadoria especial vigilante armado
Aposentadoria especial vigilante armadoAposentadoria especial vigilante armado
Aposentadoria especial vigilante armado
 
Chapter 4 lesson_2
Chapter 4 lesson_2Chapter 4 lesson_2
Chapter 4 lesson_2
 
Chapter 2 lesson 2 sci
Chapter 2 lesson 2 sciChapter 2 lesson 2 sci
Chapter 2 lesson 2 sci
 
Pensão por morte no INSS
Pensão por morte no INSSPensão por morte no INSS
Pensão por morte no INSS
 
Quantum4 d views-samples-2011.12-short
Quantum4 d views-samples-2011.12-shortQuantum4 d views-samples-2011.12-short
Quantum4 d views-samples-2011.12-short
 
direitos do trabalhador no momento da demissão
direitos do trabalhador no momento da demissãodireitos do trabalhador no momento da demissão
direitos do trabalhador no momento da demissão
 
Como reduzir os juros através de acões revisionais
Como reduzir os juros através de acões revisionaisComo reduzir os juros através de acões revisionais
Como reduzir os juros através de acões revisionais
 
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalho
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalhoDireitos dos empregados que sofreram acidente de trabalho
Direitos dos empregados que sofreram acidente de trabalho
 
Atraso/cancelamento de voo e dano moral
Atraso/cancelamento de voo e dano moralAtraso/cancelamento de voo e dano moral
Atraso/cancelamento de voo e dano moral
 
Chapter 4 lesson_1
Chapter 4 lesson_1Chapter 4 lesson_1
Chapter 4 lesson_1
 
Chapter 2 lesson 3 sci
Chapter 2  lesson 3 sciChapter 2  lesson 3 sci
Chapter 2 lesson 3 sci
 
Rasa and the brain
Rasa and the brainRasa and the brain
Rasa and the brain
 
Chapter 4 lesson_3
Chapter 4 lesson_3Chapter 4 lesson_3
Chapter 4 lesson_3
 

Semelhante a Ação revisional de juros e cláusulas abusivas em contratos

Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do crédito
Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do créditoSaiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do crédito
Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do créditoSPC Brasil
 
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdf
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdfSuperendividamento - Gustavo Lopes (2).pdf
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdfGustavoSouza518649
 
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosCartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosAlain Winandy
 
O que você deve saber antes de financiar imóvel?
O que você deve saber antes de financiar imóvel?O que você deve saber antes de financiar imóvel?
O que você deve saber antes de financiar imóvel?Gilberto Melo
 
Negociar prestações no financiamento habitacional
Negociar prestações no financiamento habitacionalNegociar prestações no financiamento habitacional
Negociar prestações no financiamento habitacionalGilberto Melo
 
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratual
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratualAção de consignação em pagamento cc revisão contratual
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratualElias Pereira da Gloria
 
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralTudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralJosiane Canal
 
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralTudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralJosiane Canal
 
20 dúvidas sobre a revisão do fgts
20 dúvidas sobre a revisão do fgts20 dúvidas sobre a revisão do fgts
20 dúvidas sobre a revisão do fgtsJack Brandão
 
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.Jeferson Vieira
 
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoCartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoO Economista .
 
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes Londrina
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes LondrinaFinanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes Londrina
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes LondrinaInstituto Keynes
 
Guia do Consumidor
Guia do ConsumidorGuia do Consumidor
Guia do Consumidorbasededados
 
10 dicas importantes sobre linhas de crédito
10 dicas importantes sobre linhas de crédito10 dicas importantes sobre linhas de crédito
10 dicas importantes sobre linhas de créditoSebrae Bahia
 
Guia completo consorcio
Guia completo consorcioGuia completo consorcio
Guia completo consorcioTalmir Mendes
 

Semelhante a Ação revisional de juros e cláusulas abusivas em contratos (20)

INDC - Apresentação
INDC - ApresentaçãoINDC - Apresentação
INDC - Apresentação
 
Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do crédito
Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do créditoSaiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do crédito
Saiba como baratear seu financiamento com a portabilidade do crédito
 
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdf
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdfSuperendividamento - Gustavo Lopes (2).pdf
Superendividamento - Gustavo Lopes (2).pdf
 
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosCartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
 
O que você deve saber antes de financiar imóvel?
O que você deve saber antes de financiar imóvel?O que você deve saber antes de financiar imóvel?
O que você deve saber antes de financiar imóvel?
 
Negociar prestações no financiamento habitacional
Negociar prestações no financiamento habitacionalNegociar prestações no financiamento habitacional
Negociar prestações no financiamento habitacional
 
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratual
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratualAção de consignação em pagamento cc revisão contratual
Ação de consignação em pagamento cc revisão contratual
 
Casa própria
Casa própriaCasa própria
Casa própria
 
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralTudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
 
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco centralTudo que precisa saber sobre consorcio banco central
Tudo que precisa saber sobre consorcio banco central
 
20 dúvidas sobre a revisão do fgts
20 dúvidas sobre a revisão do fgts20 dúvidas sobre a revisão do fgts
20 dúvidas sobre a revisão do fgts
 
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.
Calculos Judiciais, a diferença entre TAC e tarifa de cadastro.
 
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoCartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
 
Cartilha
CartilhaCartilha
Cartilha
 
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes Londrina
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes LondrinaFinanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes Londrina
Finanças para Pequenos Negócios Instituto Keynes Londrina
 
Apoio
ApoioApoio
Apoio
 
Guia do Consumidor
Guia do ConsumidorGuia do Consumidor
Guia do Consumidor
 
5 o credito
5 o credito5 o credito
5 o credito
 
10 dicas importantes sobre linhas de crédito
10 dicas importantes sobre linhas de crédito10 dicas importantes sobre linhas de crédito
10 dicas importantes sobre linhas de crédito
 
Guia completo consorcio
Guia completo consorcioGuia completo consorcio
Guia completo consorcio
 

Mais de João Vitorio Netto

Mais de João Vitorio Netto (7)

Usucapiâo
UsucapiâoUsucapiâo
Usucapiâo
 
Diferença de salário e Equiparação Salarial
Diferença de salário e Equiparação SalarialDiferença de salário e Equiparação Salarial
Diferença de salário e Equiparação Salarial
 
Aposentadoria por Invalidez
Aposentadoria por InvalidezAposentadoria por Invalidez
Aposentadoria por Invalidez
 
Inventario Extrajucial
Inventario Extrajucial Inventario Extrajucial
Inventario Extrajucial
 
NOME SUJO NO SPC/SERASA INDEVIDAMENTE ?
NOME SUJO NO SPC/SERASA INDEVIDAMENTE ?NOME SUJO NO SPC/SERASA INDEVIDAMENTE ?
NOME SUJO NO SPC/SERASA INDEVIDAMENTE ?
 
Desvio de Função
Desvio de FunçãoDesvio de Função
Desvio de Função
 
Como se aposentar por idade
Como se aposentar por idadeComo se aposentar por idade
Como se aposentar por idade
 

Ação revisional de juros e cláusulas abusivas em contratos

  • 1. SAIBA O QUE É A AÇÃO REVISIONAL E VEJA COMO SE LIVRAR DOS ALTOS JUROS DOS CONTRATOS
  • 2. http://www.vitorionetto.com.br/ (75) 3481-6270 (75) 9 8823-0788 Email: joao@vitorionetto.com.br
  • 3. A ação revisional destina-se a reavaliar/revisar as cláusulas dos contratos realizados entre o cliente e a Instituição Financeira. E caso fique verificado o abuso das cláusulas contratuais, a Justiça determina a diminuição do valor ajustado, diminuição do valor de parcelas, do prazo de pagamento, dentre outros. Além de, ser possível a devolução de valores considerados exorbitantes, mas que já foram pagos pelo consumidor. O QUE É REVISIONAL ?
  • 4. Entre as demandas mais comuns estão as ações revisionais de financiamento de carros, motos, imóveis; faturas de cartões de crédito; empréstimo pessoal; entre outros contratos de concessão de crédito. Para definir se uma cláusula é abusiva ou os juros estão exagerados a Justiça tem utilizado o § 1º, do art. 51, do Código de Defesa do Consumidor.
  • 5. Este artigo contém uma norma geral que proíbe qualquer tipo de abuso nos contratos, e expõe as hipóteses onde são presumidas as desvantagens exageradas do contrato que prejudicam o consumidor. O inciso III, por exemplo, expõe que é presumidamente abusiva a vantagem do contrato que se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
  • 6. A intenção da lei é equilibrar a relação entre o consumidor e a Instituição Financeira, já que esta detém um poder econômico muito maior em relação ao cliente. E, dessa forma, impedir e desencorajar a prática de cláusulas abusivas nos contratos em desfavor do consumidor, que procura serviços bancários para realizar os seus sonhos e projetos.
  • 7. Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que, se comprovados os juros além do preço de mercado, deve-se proceder à redução para a taxa média publicada pelo Banco Central, dependendo do caso, até mesmo, a decretação da nulidade das cláusulas com desvantagem exagerada para o consumidor. O STJ ainda afirma que, se a taxa de juros cobrada no contrato for maior que a taxa média, os juros praticados podem, sim, serem considerados abusivos!
  • 8. Altos juros pagos, sem inadimplência (juros remuneratórios): estes juros são aqueles cobrados mesmo que você pague as suas contas (boletos, carnês, etc) em dia. No caso, se estiverem acima da taxa média cobrada em outros contratos semelhantes, são considerados abusivos; O que pode ser revisto nos contratos? Taxa de Abertura de Crédito (TAC): muita atenção aqui! Os bancos não podem mais exigir esta taxa desde 2008! A sua cobrança era bastante comum, sempre vinha embutida nos contratos e servia para custear a pesquisa sobre a vida financeira do cliente. Entretanto, esta pesquisa é inerente ao trabalho do banco e, portanto, o seu custo não deve ser repassado ao cliente.
  • 9. Serviços de terceiros: Esta taxa é ilegal! Com ela o banco tenta transferir para o consumidor custos que ele mesmo deveria pagar, pois são inerentes aos seus serviços. Capitalização: Esta taxa ocorre com a cobrança de juros sobre juros. Para você saber se no seu contrato os juros são capitalizados basta multiplicar por 12 a taxa de juros mensal e verificar se é igual a taxa de juros anual. Caso os valores sejam iguais, os juros do seu contrato não são capitalizados. Fique bastante atento para esta questão, pois é bastante controversa e, por isso, a Justiça considera a taxa ilegal! Comissão de permanência: esta taxa é aquela cobrada quando você atrasa o pagamento da conta. Da mesma forma, das outras taxas legais esta deve ter o valor da taxa média de mercado publicada pelo Banco Central. O que exceder deste valor a Justiça, prontamente, julga como abusiva.
  • 10. Vendas casadas: Se você foi obrigado a aceitar um título de capitalização ou qualquer outro serviço para fechar um determinado contrato, você foi vítima da venda casada. É ilegal e você tem o direito de receber o dobro do que pagou pelos produtos que foi obrigado aceitar.
  • 11. Taxa de administração de consórcio acima da porcentagem definida por lei: O Decreto 70.951/72 determina que a taxa de administração de consórcios não devem ultrapassar 10% dos bens avaliados até 50 salários mínimos e não superior a 12% quando o bem vale mais do que os referidos 50 salários mínimos (quando o produto é da própria instituição financeira as porcentagens não podem ultrapassar de 5% e 6% para estas mesmas referências). Esta questão é muito controversa e cada juiz considera uma determinada porcentagem como abusiva (de qualquer modo, consulte o seu advogado);
  • 12. Parcela mensal acima de 30% da renda do consumidor: empréstimos consignados, por exemplo, podem ser descontados até 30% do valor do salário. Entretanto, já ocorreram casos de algumas financeiras ultrapassarem esta porcentagem e consignarem o pagamento de 30% no contracheque do cliente e agendarem o pagamento da parte faltante na conta corrente do consumidor. É importante dizer que a Justiça é severa com as financeiras que agem dessa forma!
  • 13. Amortização negativa: É o caso de, mesmo havendo o pagamento em dia, por questões do mercado financeiro, o valor da dívida continua a mesma ou é até aumentada. Nestes casos, a Justiça determina a revisão das cláusulas do contrato para que a dívida não se estenda de forma absurda.
  • 14. Dica: Existem outras duas situações mais específicas e que são comuns, como: FIES (Fundo de Financiamento Estudantil): a Justiça tem julgado casos em que foram observadas a capitalização de juros e outros abusos nas renegociações das dívidas deste crédito; PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos): o STJ já definiu que os produtores com dívidas relativas a este crédito rural, tem o direito de realizar a securitização. Isto, possibilitará a diminuição da dívida e aumento dos prazos de pagamento.
  • 15. Quais os documentos necessários para entrar com a ação revisional? Para entrar com a ação revisional você vai precisar de: Comprovantes de pagamento (boletos, carnês, etc.); Comprovante de despesas pessoais, familiares e de renda (para pedido de isenção de pagamento de taxas judiciais); Cópia do contrato (com todas as informações relativas ao contrato); documentos pessoais, como identidade, CPF e comprovante de residência.
  • 16. Como ocorrem as ações revisionais na justiça? Uma das primeiras medidas tomadas pelo advogado é solicitar uma liminar ao juiz para que o nome do cliente seja retirado do SPC, SERASA, ou quaisquer outros órgãos de negativação.
  • 17. Após isso, é solicitada ao juiz a permissão para que o consumidor continue com o bem e para que ele tenha a oportunidade de depositar em juízo os valores que julgue devido à Instituição Financeira. No caso de indeferimento da liminar, o advogado poderá recorrer. Após definida a decisão acerca da liminar, a ação segue normalmente com a citação e apresentação da contestação pelo réu, segue com a réplica do autor, produção das provas necessárias, sentença (caso não seja preciso a realização de uma audiência antes) e continua como qualquer outra.
  • 18. Caso sejam comprovadas as cláusulas abusivas e/ou juros altos o que pode acontecer? Quando o juiz define que as cláusulas e os juros são abusivos podem ocorrer: Limitação dos juros à taxa média exigida pelo mercado publicada pelo Banco Central; Devolução do valor cobrado abusivamente e já pago; Revisão considerando fatores que não poderiam ser previsto pelas partes; Nulidades das cláusulas que foram consideradas excessivamente onerosas; A concessão do direito ao consumidor de alterar a cláusula abusiva.
  • 19. Os casos aqui enumerados são apenas alguns abusos cometidos por algumas Instituições Financeiras e que a Justiça já detectou. Existem outros e podem surgir mais, por isso, caso você sinta que sua dívida está “pesando” muito no seu bolso, mais do que você havia planejado, visite imediatamente o seu advogado!
  • 20. http://www.vitorionetto.com.br/ (75) 3481-6270 (75) 9 8823-0788 Email: joao@vitorionetto.com.br