O que é Letra Financeira (LF) e os Maiores Ganhos do CDI
Mercado%20 financeiro
1. FACULDADE ESTACIO ATUAL DA AMAZÔNIA
DISCIPLINA: MERCADO FINANCEIRO
PROFESSOR: RUBENS SAVARIS
ACADÊMICOS: BEATRIZ ARAÚJO SILVA
ELIELSON SANCHES PIRES
JACKSON LOURETO O. SILVA
PRODUTOS FINANCEIROS
Boa Vista – RR
Maio/2015
2. PRODUTOS FINANCEIROS
1. CADERNETA DE POUPANÇA
A caderneta de Poupança foi criada em 1861 para proteger o dinheiro da inflação e
garantir poder de compra, é a aplicação mais popular do mercado financeiro brasileiro, conta
com mais de 40 milhões de poupadores. Tem como atrativos a possibilidade de se aplicar
qualquer valor, liquidez imediata para o depositante, isenção de Imposto de Renda para
pessoas físicas, não há cobrança de taxas administrativas e baixo risco, porém, é um
investimento de baixa rentabilidade, onde seu retorno na maioria das vezes fica abaixo da
inflação.
A caderneta de poupança tem uma “data de aniversário”, que é o dia que foi efetuado
o depósito (aplicação). Os rendimentos são calculados mensalmente creditados sempre nessa
data ao aplicador. Caso haja retiradas antes da data de aniversário, a caderneta não paga
nenhum rendimento sobre o dinheiro sacado. A remuneração é calculada sobre o menor valor
mantido no período.
A poupança possui papel social e é utilizada pelos bancos para financiamento
habitacional. Pela lei 65% dos depósitos na caderneta devem der destinadas aos empréstimos
para compra de imóveis.
A caderneta de poupança é indicada para quem tem pouco dinheiro, quem planeja
construir uma reserva de emergência, quem busca aplicação com liquidez diária e quem busca
investir em longo prazo.
2. DEBÊNTURES
Debênture é um título de dívida, de médio e longo prazo, que confere a seu detentor
um direito de crédito contra a companhia emissora. Quem investe em debêntures se torna
credor dessas companhias. Em debêntures, qualquer pessoa pode investir, mas o valor inicial
varia de uma oferta para outra. Algumas empresas exigem aplicação mínima de R$ 1.000,00
enquanto outras podem fixar o valor inicial em R$ 100 mil, R$ 300 mil ou até mais.
As vantagens de investir em debêntures é que o investidor sabe quanto seu dinheiro
vai render após o prazo estabelecido, rendem mais do que outras aplicações de renda fixa
como CDB, fundos DI e fundos referenciados e têm mais liquidez.
3. Para resgatar o dinheiro que foi investido em uma debênture é “devolvido” o valor
principal investido no vencimento (desde que acima de um ano), ou em parcelas
(amortizações) pagas periodicamente ao longo de anos. É comum serem realizados
pagamentos periódicos – semestrais, por exemplo – de juros.
Caso o resgate do dinheiro da aplicação ocorra antes das datas contratadas, o
investidor pode vendê-las no BOVESPA FIX. Mas, é importante ver como está o mercado,
pois se o papel estiver em baixa, o aplicador pode fazer um mau negócio.
Para investir em debêntures, é necessário ser cliente de uma corretora que negocie
este produto. Elas possuem especialistas que poderão ajudar esclarecendo todas as dúvidas
existentes.
Debêntures rendem juros fixos ou variáveis, que podem estar atrelados, entre outros
indexadores, à inflação (IPCA mais juros), ao CDI ou às taxas de juros de referência (TJ3 e
TJ6).
3. CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título que os bancos emitem para se
capitalizar - ou seja, conseguir dinheiro para financiar suas atividades de crédito. Portanto, ao
adquirir um CDB, o investidor está efetuando uma espécie de “empréstimo” para a instituição
bancária em troca de uma rentabilidade diária.
Existem três tipos principais de CDB: o prefixado, o pós-fixado e os que pagam juros
mais um índice de inflação. No primeiro, o investidor negocia com o banco uma taxa
predefinida e, durante a vigência daquele título, receberá sempre a remuneração que foi
acordada. Outro tipo de CDB é aquele cuja remuneração varia de acordo com um índice de
inflação (principalmente o IPCA) e uma taxa de juros prefixada. Então o investidor pode
ganhar, por exemplo, IPCA mais 5% ao ano para comprar e segurar o papel.
O tipo mais comum de CDB, no entanto, é o pós-fixado. Neste caso, a rentabilidade do
investimento é baseada em alguma taxa de referência, a principal delas é o CDI (Certificado
de Depósito Interbancário), que está sempre muito próxima da Selic (Taxa Básica de Juros).
Isso quer dizer que, ao comprar um CDB pós-fixado, você terá uma rentabilidade
parecida com a Selic, mas é preciso se atentar ao seguinte: o percentual que será pago do CDI
não é fixo e pode variar de banco para banco, dependendo do valor investido e da negociação
efetuada. Existem instituições que oferecem uma rentabilidade de 70% do CDI enquanto
4. outras chegam a pagar 115%, por exemplo, por isso, a dica é pesquisar antes de decidir por
uma ou outra aplicação.
Outro ponto importante e que deve ser levado em consideração na hora de optar por
um CDB é o fato de esta aplicação ser garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até
o limite de R$ 250 mil. Caso o banco emissor do CDB quebre, o investidor tem a segurança
de ter até este valor garantido pelo fundo, caso o investidor tenha um valor maior a ser
aplicado, o ideal é dividir os recursos entre diferentes instituições financeiras de forma que
nunca tenha mais de R$ 250 mil aplicados em papéis de um mesmo banco, para não incorrer o
risco de crédito.
Uma das principais vantagens do CDB é que não é cobrada nenhuma taxa para essa
aplicação, ao contrário de fundos DI ou Tesouro Direto, por exemplo. Mas o investidor terá
de pagar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de menos de 30 dias.
Outro tributo, este obrigatório para todos os casos de investimento em CDB, é o
Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o prazo da aplicação: 22,5% do lucro para
investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15%
para 721 dias ou mais.
Deste modo, conclui-se que na atualidade, este pode ser um investimento de longo ou
curto prazo com rentabilidade acima da poupança proporcionando uma boa liquidez com um
risco baixo, levando em consideração que o valor aplicado não ultrapasse o limite estipulado
pelo órgão normativo.
4. COMMERCIAL PAPERS
São títulos de crédito de curto prazo emitidos por sociedades por ações, exceto as
instituições financeiras, as sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários e
sociedades de arrendamento mercantil (empresas de leasing), com a finalidade de captar
recursos no mercado interno para financiar suas necessidades de capital de giro.
É uma alternativa às operações de empréstimos bancários convencionais, pois,
geralmente permitem uma redução nas taxas de juros pela eliminação da intermediação
financeira, ou seja, elimina o spread bancário.
Diante da possibilidade dos tomadores negociarem diretamente com os investidores
de mercado, os commercial papers imprimem maior agilidade às captações das empresas.
5. Caso estejam negociando empréstimos maiores e de longo prazo podem usar a
captação mais ágil do commercial papers como um crédito ponte. Estes títulos são negociados
sem garantia real, podendo oferecer garantia de fiança bancária.
Commercial Papers são negociados no mercado por um valor descontado (deságio),
sendo recomprados pela empresa emitente pelo seu valor nominal. Na negociação de título
com deságio sobre seu valor nominal, fica implícita uma taxa efetiva de juros que o título
paga aos investidores. Os commercial papers podem ser transferidos de titularidade mediante
endosso em preto.
A colocação de Commercial papers junto a investidores de mercado pode ser
efetuada também por meio de dealers. Esses agentes adquirem os títulos das sociedades
emitentes e os revendem ao publico em geral, auferindo uma margem de lucro.
O seu prazo mínimo de aplicação é 30 dias e o máximo de 360 dias.
Para o investidor a rentabilidade é definida pelos juros pagos pela empresa, podendo ser pré-
fixados ou pós-fixados, com um indexador definido no contrato. Há também a emissão em
dólares, que são uma oportunidade para quem está buscando aplicar em dólar.
A garantia da aplicação está vinculada à situação financeira da empresa. Assim como
as debêntures, há a necessidade de registrar a emissão junto à CVM e contratação de uma
instituição financeira para a intermediação.
Há possibilidades de venda antes do vencimento para outro investidor, bastando
transferir a titularidade por meio de endosso, e vice-versa, mas para isso é preciso que tenha
decorrido o prazo mínimo de 30 dias.
Apesar de não apresentarem um mercado secundário forte, os commercial papers
costumam apresentar boa liquidez, devido principalmente à possibilidade de recompra pela
própria empresa emitente ou pelos dealers.