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Baixar para ler offline
1.	 Priorização do tema
2.	 Mapear os processos, identificar riscos e pontos de controle
3.	 Estudo e implantação de dispositivos de prevenção de perdas
4.	 Treinamento de equipe
5.	 Definição de metas e campanha de incentivo
1.	 Comerciais
2.	 Administrativas
3.	 Produtividade
4.	 Financeiras
5.	 Operações
O que são perdas no varejo?
São consideradas perdas no varejo, toda e qualquer interfe-
rência negativa no resultado da empresa, gerando como con-
sequência final a redução do lucro.
Qual o impacto das perdas no varejo?
Embora os impactos das perdas variem bastante conforme o
país e os diversos segmentos do varejo, elas são extremamente
significativas. Conheça alguns números:
•	 O varejo norte-americano acumulou um total de perdas esti-
mado de US$34,5 bilhões em 2011, o que representa 1,41%
do faturamento do setor naquele país.
•	 Segundo a ABRAS – Associação Brasileira de Supermerca-
dos, entre 2005 e 2010 o índice médio de perdas no setor foi
de 2,33%, superando o lucro líquido médio que foi de 2,12%.
•	 Segundo o Provar, atualmente no Brasil o índice de perdas de
supermercados ainda alcança 1,96% do faturamento.
Como implantar um programa
de prevenção de perdas
Saiba mais na pág 6
Principais tipos
de perdas no varejo
Detalhes pág 8
PREVENÇÃO
DE PERDAS
NO VAREJO
1.	 Recebimento das mercadorias
2.	 Armazenagem das mercadorias
3.	 Trocas/devoluções
4.	 Inventários
5.	 Rotinas e controles diários
1.	 Localização
2.	 Layout
3.	 Tipos dos móveis e expositores
4.	 Dispositivos de segurança
Como evitar perdas
no projeto de uma loja
Veja dicas pág 2
Como evitar perdas
na operação da loja
Mais dicas na pág 4
x
y
2 Prevenção de perdas no Varejo
Como evitar perdas n
1 	 Localização - Antes mesmo de abrir uma loja já
é possível fazer escolhas baseadas na prevenção
de perdas. Recomenda-se fazer uma pesquisa
prévia da incidência de furtos e roubos na vizi-
nhança do imóvel em que se pretende instalar o
negócio. Observe a qualidade da iluminação pú-
blica e proximidade de delegacias e postos da po-
lícia militar, fatores que influenciam na segurança
do estabelecimento.
2 	 Layout - Um bom layout é aquele que consegue
organizar o fluxo de clientes e aproximá-los da
maior gama de produtos possível. Da mesma
forma, para previnir perdas, o layout deve favo-
recer ampla visualização de todas as áreas da
loja. Em geral os pontos cegos ou encobertos
do layout são, ao mesmo tempo, ruins para a
venda de produtos, e favoráveis a perdas por
furtos ou rupturas.
1
2
3
4
x
y
3Prevenção de perdas no Varejo
as no projeto de uma loja
As perdas relacionadas aos furtos externos e internos e as quebras operacionais aproximam-se de
66% do total, e por essa razão serão tratadas prioritariamente nesse material.
O maior atrativo em Prevenção de Perdas é que, a cada real economizado, aumenta-se um real no lucro,
diretamente. A prática demonstra que é mais rápido, fácil e barato prevenir perdas, a aumentar as vendas.
3 	 Tipos dos móveis e expositores - A escolha
dos móveis e expositores devem seguir os mes-
mos cuidados do projeto do layout. Elemen-
tos muito altos que dificultam a visualização
devem ser evitados ao máximo. As categorias
e os agrupamentos de produtos planejados
para loja devem ser considerados na seleção
de fornecedores dos móveis e expositores:
produtos expostos ou armazenados de manei-
ra inadequada também são fonte de perdas,
nesse caso por quebras ou pela simples di-
ficuldade de acesso aos produtos pelos pró-
prios clientes.
4 	 Dispositivos de segurança - Há uma grande va-
riedade de dispositivos que podem compor a se-
gurança de uma loja. Os mais utilizados são as
câmeras de monitoramento (CFTV) e os diversos
tipos de etiquetas e respectivas antenas de alarme.
O mercado oferece desde um simples espelho
até o mais sofisticado sistema integrado de segu-
rança, que combina imagens com as operações
de caixa, por exemplo. Para cada formato de loja
e categorias de produtos comercializados exis-
te um conjunto mais indicado de dispositivos,
considerando o investimento versus a exposi-
ção ao risco de perdas.
Impacto das perdas no varejo
Segundo estudos da ABRAS, GPP, Provar-FIA e Nielsen as perdas no varejo brasileiro estão distribuídas
conforme gráfico abaixo:
Quebra
operacional
Outros ajustes
Fornecedores
Erros
administrativos
Furto externo
Furto interno
9,1%
32,8%
9,5%
14,1%
15,0%
19,5%
Como
ocorrem as
perdas no
Brasil?
4 Prevenção de perdas no Varejo
Como evitar perdas n
1
2
3
4
5
5Prevenção de perdas no Varejo
as na operação da loja
1 	 Recebimento das mercadorias - O recebimen-
to de mercadorias é um momento de grande ex-
posição a perdas. Pode haver a possibilidade de
falhas na conferência e conciliação das quantida-
des e tipos de produto que de fato estão dando
entrada no estoque com o que consta na nota fis-
cal e são entregues pelo fornecedor. Além disso,
a presença de terceiros (entregadores) na área de
estoque da loja oferece oportunidade para furtos
ou quebras na movimentação de cargas.
		Recomendação: a conferência das merca-
dorias deve ocorrer em local separado do
armazenamento, e qualquer movimentação
de produtos deve ocorrer somente com a
presença de pessoal da loja, treinado para
essa tarefa.
2 	 Armazenagem das mercadorias - Após o
correto recebimento e registro dos produtos
no sistema de controle de estoque, a preocu-
pação com as perdas passa a ser a sua ade-
quada armazenagem.
		Recomendação: a área de estoque deve ser
muito organizada, limpa e bem iluminada,
para facilitar o acesso durante a reposição
dos produtos na loja. Estoque desorganiza-
do é fonte potencial de furtos e de “falsas”
rupturas, ou seja, o produto está no estoque,
porém no momento da venda não foi encon-
trado, podendo inclusive perder o prazo de
validade, dependendo do produto.
3 	 Trocas e devoluções - Apesar de corriquei-
ras e comuns a todos os tipos de comércio, as
trocas e devoluções de mercadorias também
constituem fonte de perdas. A mercadoria de-
volvida ou oriunda de trocas, mesmo quando
em perfeito estado de conservação, pode ser
uma potencial perda se não der entrada nova-
mente nos estoques da loja.
		Recomendação: a loja deve possuir uma ro-
tina eficaz e supervisionada de trocas e de-
voluções de maneira a garantir primeiro que
seja cumprida a política comercial de rela-
cionamento com os clientes, e em seguida
que a mercadoria seja reconduzida correta-
mente para os estoques da loja ou devolvida
aos fornecedores, conforme o caso.
4 	 Inventários - O principal e mais importante ele-
mento na previsão de perdas no varejo é a reali-
zação sistemática do inventário de mercadorias.
		Recomendação: a contagem frequente dos
estoques de produtos é a forma correta de
identificar a origem e a natureza das perdas
de uma loja. Além de orientar todo o proces-
so de compras, evita também as perdas por
ruptura (falta do produto). A comparação da
contagem das mercadorias com os relató-
rios de compras e vendas permite apontar
quais as categorias e itens que merecem
maior atenção, bem como as possíveis cau-
sas das perdas.
5 	 Rotinas e controles diários - Além dos in-
ventários frequentes, uma forma de detectar
e corrigir rapidamente potenciais perdas é a in-
trodução de rotinas diárias de verificação dos
produtos expostos na loja isso identifica poten-
ciais rupturas, desorganização dos estoques e
áreas de retaguarda.
		Recomendação: os melhores momentos
para isto são antes da abertura, no meio do
expediente e logo após o fechamento da loja.
6 Prevenção de perdas no Varejo
Como implantar um program
1 	Priorização do tema - O primeiro passo para
criar uma cultura de prevenção e implantar um
sistema eficaz para reduzir as perdas no varejo
é tratar do tema como prioridade, como de fon-
te real de lucro para a empresa. O assunto deve
ter espaço nas reuniões com a equipe da loja
e ter a mesma importância de temas como au-
mento de vendas, redução da inadimplência ou
de custos. A implantação de inventário encerra
esta etapa inicial.
2 	Mapeamento de processos, identificação
de riscos e pontos de controle - Após a
implantação de inventários, realize o mapea-
mento dos processos mais críticos, identifique
potenciais riscos e quais os melhores pontos
de controle. Se necessário contrate um profis-
sional especializado em prevenção de perdas
para auxiliá-lo nessa etapa. A elaboração do
mapa de riscos e a implantação dos controles
finaliza a etapa.
3 	Estudo e implantação de dispositivos de pre-
venção de perdas - Com o mapa de riscos nas
mãos, busque entre as empresas especializa-
das no segmento as principais alternativas de
dispositivos para apoiar as ações de preven-
ção. Considere que para cada tipo de negócio,
arquitetura de loja e orçamento, existe uma so-
lução de segurança mais adequada. Nem sem-
pre um investimento maior se traduz em redu-
ção proporcional de perdas.
7Prevenção de perdas no Varejo
grama de prevenção de perdas
Dicas para prevenção de perdas
•	 Pergunte ao cliente se ele encontrou todos os
produtos desejados. Esta informação deve ser
sempre registrada e trabalhada. Por exemplo, se
diversos clientes não encontraram um determi-
nado produto que está disponível na loja, pode
indicar que ele está mal exposto ou que sua re-
posição não está adequada. Por outro lado se
muitos consumidores pedem um determinado
produto ou marca que não faz parte do portfólio
da loja, deve-se avaliar a sua introdução.
•	 Faça inspeções periódicas observando princi-
palmente: sacos rasgados ou furados com perda
de conteúdo e contaminação; caixas empilhadas
além do recomendado, que ficam amassadas e
danificam produto; mercadorias no chão ou en-
costadas em paredes úmidas; produtos expos-
tos ao sol, chuva, calor excessivo; mercadorias
misturadas com outras incompatíveis.
•	 Fique alerta, o furto é tão dinâmico quanto
o varejo:
	 - quanto mais bonita a loja, mais visada ela é;
	 - produtos pequenos e de alto valor exigem
maior atenção;
	 - autosserviço favorece a venda, porém os
furtos são mais frequentes;
	 - promoções aumentam o fluxo na loja, aumen-
tando a exposição a furtos.
4 	 Treinamento da equipe - A preparação, o treina-
mento e o comprometimento da equipe devem
ocorrer desde o início do programa. Mas são ne-
cessários que todos sejam atualizados e orien-
tados novamente, após a implantação dos equi-
pamentos e rotinas de controle. Mesmo a mais
sofisticada tecnologia de prevenção de perdas
ficará vulnerável se a equipe da loja não estiver
capacitada e motivada a utilizá-la corretamente.
É fundamental estabelecer uma política de pre-
miação pela redução das perdas ao invés de pu-
nição pela sua simples ocorrência, não eximindo
cada um de suas responsabilidades.
5 	 Definição de metas e campanha de incentivo
Após a sistematização dos inventários, implan-
tação dos dispositivos de segurança, pontos de
controle e treinamento da equipe, o passo se-
guinte é a implantação de metas e respectivo
programa de incentivo, com premiações asso-
ciadas à redução das perdas.
•	 No tocante às trocas, o ideal é que se façam
acordos com os fornecedores, caso contrário,
as mercadorias que estejam inviáveis de serem
comercializadas, por estarem danificadas ou
vencidas, resultarão em perdas para o lojista.
•	 É vital ter um controle detalhado no recebi-
mento de mercadorias, por meio de um siste-
ma de conferência e registro das irregularida-
des constatadas.
•	 Na movimentação dos estoques pela saída
das mercadorias com data de validade, o cri-
tério deve ser: o primeiro que vence é o pri-
meiro que sai.
•	 O custo de manutenção dos estoques aumen-
ta na proporção de sua dimensão. Isso quer
dizer que quanto maior a quantidade de mer-
cadoria estocada, maior será o espaço físico
necessário para guardá-la, maior o número de
funcionários necessários e maiores os gastos
para controle. Sempre que possível, trabalhe
com os estoques dos próprios fornecedores,
e concentre no seu estoque as mercadorias
com maior saída.
•	 O varejista precisa entender que todas as lo-
jas sem exceção terão perdas. Elas podem
não ser conhecidas, muitas vezes por defi-
ciência na realização de inventários, mas cer-
tamente ocorrem e precisam ser administra-
das e reduzidas.
8 Prevenção de perdas no Varejo
1 	 Perdas comerciais – ocorrem quando o pro-
duto não está disponível para venda (ruptura)
e suas principais causas são: embalagens ina-
dequadas, falha na reposição do produto na
loja ou na entrega do fornecedor.
2 	 Perdas administrativas – ocorrem por falhas
no gerenciamento da operação da loja e suas
principais causas são: erro de precificação,
erro de cadastro de produto, desperdícios ge-
rais (água, energia, telefone, manutenções por
mau uso), deficiências na gestão de compras e
estoques, dimensionamento incorreto dos re-
cursos humanos para a operação da loja.
3 	 Perdas de produtividade – ocorrem quan-
do há falta de padrões, controles e proces-
sos operacionais estabelecidos e dissemi-
nados: demora no atendimento, desperdício
de tempo e recursos em tarefas redundan-
tes, retrabalho.
4 	Perdas financeiras – ocorrem principal-
mente devido a assaltos e furtos (internos e
externos), deficiências nos meios de paga-
mento e oferta de crédito, inadimplência e
fraudes (cartões e cheques).
5 	Perdas nas operações - ocorrem durante
a operação da loja e as principais causas são:
armazenamento, exposição, ou movimenta-
ção inadequada de produtos, falhas no rece-
bimento de mercadorias e falhas na operação
do check-out.
Fontes:
Sambugaro, Luiz Fernando – Perdas: Só não as tem quem não controla seu negócio
Angelo, Claudio Felisoni; Nielsen, Flavia Angeli Ghisi; Fouto, Nuno M. Martins Dias
Manual de Varejo no Brasil
Estudos e Pesquisas da Abras, Apas, Ibevar, FIA, Gunnebo-Gateway
Principais tipos de perdas no varejo

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  • 1. 1. Priorização do tema 2. Mapear os processos, identificar riscos e pontos de controle 3. Estudo e implantação de dispositivos de prevenção de perdas 4. Treinamento de equipe 5. Definição de metas e campanha de incentivo 1. Comerciais 2. Administrativas 3. Produtividade 4. Financeiras 5. Operações O que são perdas no varejo? São consideradas perdas no varejo, toda e qualquer interfe- rência negativa no resultado da empresa, gerando como con- sequência final a redução do lucro. Qual o impacto das perdas no varejo? Embora os impactos das perdas variem bastante conforme o país e os diversos segmentos do varejo, elas são extremamente significativas. Conheça alguns números: • O varejo norte-americano acumulou um total de perdas esti- mado de US$34,5 bilhões em 2011, o que representa 1,41% do faturamento do setor naquele país. • Segundo a ABRAS – Associação Brasileira de Supermerca- dos, entre 2005 e 2010 o índice médio de perdas no setor foi de 2,33%, superando o lucro líquido médio que foi de 2,12%. • Segundo o Provar, atualmente no Brasil o índice de perdas de supermercados ainda alcança 1,96% do faturamento. Como implantar um programa de prevenção de perdas Saiba mais na pág 6 Principais tipos de perdas no varejo Detalhes pág 8 PREVENÇÃO DE PERDAS NO VAREJO 1. Recebimento das mercadorias 2. Armazenagem das mercadorias 3. Trocas/devoluções 4. Inventários 5. Rotinas e controles diários 1. Localização 2. Layout 3. Tipos dos móveis e expositores 4. Dispositivos de segurança Como evitar perdas no projeto de uma loja Veja dicas pág 2 Como evitar perdas na operação da loja Mais dicas na pág 4 x y
  • 2. 2 Prevenção de perdas no Varejo Como evitar perdas n 1 Localização - Antes mesmo de abrir uma loja já é possível fazer escolhas baseadas na prevenção de perdas. Recomenda-se fazer uma pesquisa prévia da incidência de furtos e roubos na vizi- nhança do imóvel em que se pretende instalar o negócio. Observe a qualidade da iluminação pú- blica e proximidade de delegacias e postos da po- lícia militar, fatores que influenciam na segurança do estabelecimento. 2 Layout - Um bom layout é aquele que consegue organizar o fluxo de clientes e aproximá-los da maior gama de produtos possível. Da mesma forma, para previnir perdas, o layout deve favo- recer ampla visualização de todas as áreas da loja. Em geral os pontos cegos ou encobertos do layout são, ao mesmo tempo, ruins para a venda de produtos, e favoráveis a perdas por furtos ou rupturas. 1 2 3 4 x y
  • 3. 3Prevenção de perdas no Varejo as no projeto de uma loja As perdas relacionadas aos furtos externos e internos e as quebras operacionais aproximam-se de 66% do total, e por essa razão serão tratadas prioritariamente nesse material. O maior atrativo em Prevenção de Perdas é que, a cada real economizado, aumenta-se um real no lucro, diretamente. A prática demonstra que é mais rápido, fácil e barato prevenir perdas, a aumentar as vendas. 3 Tipos dos móveis e expositores - A escolha dos móveis e expositores devem seguir os mes- mos cuidados do projeto do layout. Elemen- tos muito altos que dificultam a visualização devem ser evitados ao máximo. As categorias e os agrupamentos de produtos planejados para loja devem ser considerados na seleção de fornecedores dos móveis e expositores: produtos expostos ou armazenados de manei- ra inadequada também são fonte de perdas, nesse caso por quebras ou pela simples di- ficuldade de acesso aos produtos pelos pró- prios clientes. 4 Dispositivos de segurança - Há uma grande va- riedade de dispositivos que podem compor a se- gurança de uma loja. Os mais utilizados são as câmeras de monitoramento (CFTV) e os diversos tipos de etiquetas e respectivas antenas de alarme. O mercado oferece desde um simples espelho até o mais sofisticado sistema integrado de segu- rança, que combina imagens com as operações de caixa, por exemplo. Para cada formato de loja e categorias de produtos comercializados exis- te um conjunto mais indicado de dispositivos, considerando o investimento versus a exposi- ção ao risco de perdas. Impacto das perdas no varejo Segundo estudos da ABRAS, GPP, Provar-FIA e Nielsen as perdas no varejo brasileiro estão distribuídas conforme gráfico abaixo: Quebra operacional Outros ajustes Fornecedores Erros administrativos Furto externo Furto interno 9,1% 32,8% 9,5% 14,1% 15,0% 19,5% Como ocorrem as perdas no Brasil?
  • 4. 4 Prevenção de perdas no Varejo Como evitar perdas n 1 2 3 4 5
  • 5. 5Prevenção de perdas no Varejo as na operação da loja 1 Recebimento das mercadorias - O recebimen- to de mercadorias é um momento de grande ex- posição a perdas. Pode haver a possibilidade de falhas na conferência e conciliação das quantida- des e tipos de produto que de fato estão dando entrada no estoque com o que consta na nota fis- cal e são entregues pelo fornecedor. Além disso, a presença de terceiros (entregadores) na área de estoque da loja oferece oportunidade para furtos ou quebras na movimentação de cargas. Recomendação: a conferência das merca- dorias deve ocorrer em local separado do armazenamento, e qualquer movimentação de produtos deve ocorrer somente com a presença de pessoal da loja, treinado para essa tarefa. 2 Armazenagem das mercadorias - Após o correto recebimento e registro dos produtos no sistema de controle de estoque, a preocu- pação com as perdas passa a ser a sua ade- quada armazenagem. Recomendação: a área de estoque deve ser muito organizada, limpa e bem iluminada, para facilitar o acesso durante a reposição dos produtos na loja. Estoque desorganiza- do é fonte potencial de furtos e de “falsas” rupturas, ou seja, o produto está no estoque, porém no momento da venda não foi encon- trado, podendo inclusive perder o prazo de validade, dependendo do produto. 3 Trocas e devoluções - Apesar de corriquei- ras e comuns a todos os tipos de comércio, as trocas e devoluções de mercadorias também constituem fonte de perdas. A mercadoria de- volvida ou oriunda de trocas, mesmo quando em perfeito estado de conservação, pode ser uma potencial perda se não der entrada nova- mente nos estoques da loja. Recomendação: a loja deve possuir uma ro- tina eficaz e supervisionada de trocas e de- voluções de maneira a garantir primeiro que seja cumprida a política comercial de rela- cionamento com os clientes, e em seguida que a mercadoria seja reconduzida correta- mente para os estoques da loja ou devolvida aos fornecedores, conforme o caso. 4 Inventários - O principal e mais importante ele- mento na previsão de perdas no varejo é a reali- zação sistemática do inventário de mercadorias. Recomendação: a contagem frequente dos estoques de produtos é a forma correta de identificar a origem e a natureza das perdas de uma loja. Além de orientar todo o proces- so de compras, evita também as perdas por ruptura (falta do produto). A comparação da contagem das mercadorias com os relató- rios de compras e vendas permite apontar quais as categorias e itens que merecem maior atenção, bem como as possíveis cau- sas das perdas. 5 Rotinas e controles diários - Além dos in- ventários frequentes, uma forma de detectar e corrigir rapidamente potenciais perdas é a in- trodução de rotinas diárias de verificação dos produtos expostos na loja isso identifica poten- ciais rupturas, desorganização dos estoques e áreas de retaguarda. Recomendação: os melhores momentos para isto são antes da abertura, no meio do expediente e logo após o fechamento da loja.
  • 6. 6 Prevenção de perdas no Varejo Como implantar um program 1 Priorização do tema - O primeiro passo para criar uma cultura de prevenção e implantar um sistema eficaz para reduzir as perdas no varejo é tratar do tema como prioridade, como de fon- te real de lucro para a empresa. O assunto deve ter espaço nas reuniões com a equipe da loja e ter a mesma importância de temas como au- mento de vendas, redução da inadimplência ou de custos. A implantação de inventário encerra esta etapa inicial. 2 Mapeamento de processos, identificação de riscos e pontos de controle - Após a implantação de inventários, realize o mapea- mento dos processos mais críticos, identifique potenciais riscos e quais os melhores pontos de controle. Se necessário contrate um profis- sional especializado em prevenção de perdas para auxiliá-lo nessa etapa. A elaboração do mapa de riscos e a implantação dos controles finaliza a etapa. 3 Estudo e implantação de dispositivos de pre- venção de perdas - Com o mapa de riscos nas mãos, busque entre as empresas especializa- das no segmento as principais alternativas de dispositivos para apoiar as ações de preven- ção. Considere que para cada tipo de negócio, arquitetura de loja e orçamento, existe uma so- lução de segurança mais adequada. Nem sem- pre um investimento maior se traduz em redu- ção proporcional de perdas.
  • 7. 7Prevenção de perdas no Varejo grama de prevenção de perdas Dicas para prevenção de perdas • Pergunte ao cliente se ele encontrou todos os produtos desejados. Esta informação deve ser sempre registrada e trabalhada. Por exemplo, se diversos clientes não encontraram um determi- nado produto que está disponível na loja, pode indicar que ele está mal exposto ou que sua re- posição não está adequada. Por outro lado se muitos consumidores pedem um determinado produto ou marca que não faz parte do portfólio da loja, deve-se avaliar a sua introdução. • Faça inspeções periódicas observando princi- palmente: sacos rasgados ou furados com perda de conteúdo e contaminação; caixas empilhadas além do recomendado, que ficam amassadas e danificam produto; mercadorias no chão ou en- costadas em paredes úmidas; produtos expos- tos ao sol, chuva, calor excessivo; mercadorias misturadas com outras incompatíveis. • Fique alerta, o furto é tão dinâmico quanto o varejo: - quanto mais bonita a loja, mais visada ela é; - produtos pequenos e de alto valor exigem maior atenção; - autosserviço favorece a venda, porém os furtos são mais frequentes; - promoções aumentam o fluxo na loja, aumen- tando a exposição a furtos. 4 Treinamento da equipe - A preparação, o treina- mento e o comprometimento da equipe devem ocorrer desde o início do programa. Mas são ne- cessários que todos sejam atualizados e orien- tados novamente, após a implantação dos equi- pamentos e rotinas de controle. Mesmo a mais sofisticada tecnologia de prevenção de perdas ficará vulnerável se a equipe da loja não estiver capacitada e motivada a utilizá-la corretamente. É fundamental estabelecer uma política de pre- miação pela redução das perdas ao invés de pu- nição pela sua simples ocorrência, não eximindo cada um de suas responsabilidades. 5 Definição de metas e campanha de incentivo Após a sistematização dos inventários, implan- tação dos dispositivos de segurança, pontos de controle e treinamento da equipe, o passo se- guinte é a implantação de metas e respectivo programa de incentivo, com premiações asso- ciadas à redução das perdas. • No tocante às trocas, o ideal é que se façam acordos com os fornecedores, caso contrário, as mercadorias que estejam inviáveis de serem comercializadas, por estarem danificadas ou vencidas, resultarão em perdas para o lojista. • É vital ter um controle detalhado no recebi- mento de mercadorias, por meio de um siste- ma de conferência e registro das irregularida- des constatadas. • Na movimentação dos estoques pela saída das mercadorias com data de validade, o cri- tério deve ser: o primeiro que vence é o pri- meiro que sai. • O custo de manutenção dos estoques aumen- ta na proporção de sua dimensão. Isso quer dizer que quanto maior a quantidade de mer- cadoria estocada, maior será o espaço físico necessário para guardá-la, maior o número de funcionários necessários e maiores os gastos para controle. Sempre que possível, trabalhe com os estoques dos próprios fornecedores, e concentre no seu estoque as mercadorias com maior saída. • O varejista precisa entender que todas as lo- jas sem exceção terão perdas. Elas podem não ser conhecidas, muitas vezes por defi- ciência na realização de inventários, mas cer- tamente ocorrem e precisam ser administra- das e reduzidas.
  • 8. 8 Prevenção de perdas no Varejo 1 Perdas comerciais – ocorrem quando o pro- duto não está disponível para venda (ruptura) e suas principais causas são: embalagens ina- dequadas, falha na reposição do produto na loja ou na entrega do fornecedor. 2 Perdas administrativas – ocorrem por falhas no gerenciamento da operação da loja e suas principais causas são: erro de precificação, erro de cadastro de produto, desperdícios ge- rais (água, energia, telefone, manutenções por mau uso), deficiências na gestão de compras e estoques, dimensionamento incorreto dos re- cursos humanos para a operação da loja. 3 Perdas de produtividade – ocorrem quan- do há falta de padrões, controles e proces- sos operacionais estabelecidos e dissemi- nados: demora no atendimento, desperdício de tempo e recursos em tarefas redundan- tes, retrabalho. 4 Perdas financeiras – ocorrem principal- mente devido a assaltos e furtos (internos e externos), deficiências nos meios de paga- mento e oferta de crédito, inadimplência e fraudes (cartões e cheques). 5 Perdas nas operações - ocorrem durante a operação da loja e as principais causas são: armazenamento, exposição, ou movimenta- ção inadequada de produtos, falhas no rece- bimento de mercadorias e falhas na operação do check-out. Fontes: Sambugaro, Luiz Fernando – Perdas: Só não as tem quem não controla seu negócio Angelo, Claudio Felisoni; Nielsen, Flavia Angeli Ghisi; Fouto, Nuno M. Martins Dias Manual de Varejo no Brasil Estudos e Pesquisas da Abras, Apas, Ibevar, FIA, Gunnebo-Gateway Principais tipos de perdas no varejo