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O Santuário

Lição 6 - O Dia da Expiação

2 a 9 de novembro

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jo 12, 13

VERSO PARA MEMORIZAR:

"Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança?
O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos
pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar". Mq 7:18, 19.
Leituras da Semana: Lv 16; 23:27-32; Dt 19:16-21; Mt 18:23-35; Is 6:1-6
O Dia da Expiação, ou Yom Kippur, conforme revelado em Levítico 16, é o ritual mais solene do Antigo Testamento. Ele foi
intencionalmente colocado no centro do livro de Levítico, que está no centro dos cinco livros de Moisés, para ilustrar o
"santíssimo" caráter desse ritual. Mencionado também como o sábado dos sábados (Lv 16:31, International Standard
Version), o dia requeria a cessação de todo trabalho, o que é único para um festival israelita anual. Esse fato coloca esse
dia justamente dentro do conceito do sábado, um tempo para descansar no que Deus, como Criador e Redentor, fez (e fará)
por nós.
É um sábado de descanso para vós, e afligireis a vossa alma; isto é estatuto perpétuo. Lv 16:31. RC
Nesta semana, estudaremos o que acontecia no Dia da Expiação no santuário terrestre, especificamente os rituais com os
dois bodes, que nos ajudam a entender melhor verdades mais profundas a respeito da salvação e eliminação final do
pecado.
Domingo - A purificação anual

Ano Bíblico: Jo 14, 15

1. Leia Levítico 16:16, 30. O que era purificado no Dia da Expiação?
“Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os
seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas.” (Lv
16:16. RA
“Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante
o SENHOR.” Lv 16:30. RA
Ao longo do ano, todos os tipos de pecados e impurezas rituais eram transferidos para o santuário. O Dia da Expiação era o
tempo para sua remoção. Havia três partes principais no Dia da Expiação:
1. A oferta da purificação pelo sacerdote. O sumo sacerdote sacrificava um novilho por seus pecados, certificando-se de
que ele (o sacerdote) estaria puro ao entrar no santuário e realizar o ritual para purificá-lo.
2. A oferta de purificação do bode "para o Senhor" (Lv 16:8). Durante o ano, as ofertas de purificação levavam todos os
pecados dos israelitas para o santuário. O Dia da Expiação era o momento de remover esses pecados do santuário. Esse
processo era feito mediante o sangue do bode "para o Senhor".
E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte pelo SENHOR e a outra sorte pelo bode emissário. 9 Então, Arão fará
chegar o bode sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR e o oferecerá para expiação do pecado. Lv 16:8. RC
3. O ritual da eliminação com o bode vivo para Azazel. Deus queria afastar os pecados de Seu povo para longe do santuário
e do acampamento. Portanto, outro bode vivo era enviado ao deserto.
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2. Leia Levítico 16:15. O que acontecia com o bode mencionado nesse texto, e o que ele simbolizava?
“Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o
seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele.” Lv 16:15. RA
Visto que não havia confissão do pecado nem imposição de mãos envolvidas com o bode para o Senhor, seu sangue não
era portador de pecado. Assim, ele não contaminava, mas, em vez disso, purificava. O efeito é claramente descrito nos
versos 16 e 20. O sumo sacerdote fazia expiação com o sangue do bode do Senhor, purificando todo o santuário. O mesmo
procedimento também efetuava a purificação do povo para que, quando o santuário fosse purificado de todos os pecados
das pessoas, elas também fossem purificadas. Nesse sentido, o Dia da Expiação era único, pois somente nesse dia tanto o
santuário quanto o povo eram purificados.
Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos
os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. Lv 16:16.
RC
Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. Lv
16:20. RC
O Dia da Expiação era a segunda etapa de uma expiação em duas fases. Na primeira fase, durante o ano, os israelitas
eram perdoados. Seus pecados não eram apagados, mas confiados ao próprio Deus, que havia prometido cuidar deles. A
segunda fase não se relacionava tanto com o perdão, porque as pessoas já estavam perdoadas. Na verdade, o verbo
"perdoar" não ocorre em Levítico 16 nem em Levítico 23:27-32. Isso nos mostra que o plano da salvação lida com algo mais
do que apenas o perdão dos nossos pecados, um ponto que tem ainda mais sentido quando compreendido no contexto
mais amplo do grande conflito.
O dia da expiação
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 27 Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa
convocação, e afligireis a vossa alma, e oferecereis oferta queimada ao SENHOR. 28 E, naquele mesmo dia, nenhuma
obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR, vosso Deus. 29 Porque toda alma
que, naquele mesmo dia, se não afligir será extirpada do seu povo. 30 Também toda alma que, naquele mesmo dia, fizer
alguma obra, aquela alma eu destruirei do meio do seu povo. 31 Nenhuma obra fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas
gerações, em todas as vossas habitações. 32 Sábado de descanso vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do
mês, à tarde, duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado. Lv 23:27-32. RC
Segunda - Além do perdão

Ano Bíblico: Jo 16–18

3. Leia Levítico 16:32-34. Qual era a principal tarefa do sumo sacerdote no Dia da Expiação?
“Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai fará a expiação, havendo posto as vestes
de linho, as vestes santas; fará expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar; também a fará pelos
sacerdotes e por todo o povo da congregação. Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano
pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés.” Lv 16:32-34. RA
A principal função do sumo sacerdote era a de servir de mediador entre Deus e a humanidade. Sua tarefa no Dia da
Expiação era imensa. Administrava o sistema do Santuário e realizava diversos rituais de sacrifícios e ofertas (Hb 8:3). Ele
realizava quase todos os rituais, exceto o de levar o bode para Azazel ao deserto, embora ele desse a ordem para fazer
isso.
Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também
tivesse alguma coisa que oferecer. Hb 8:3. RC
No Dia da Expiação, o "grande" sacerdote, como ele também era chamado, se tornava um exemplo vivo de Cristo. Assim
como a atenção do povo de Deus se voltava para o sumo sacerdote, Jesus é o centro exclusivo de nossa atenção. Como
as atividades do sumo sacerdote na Terra traziam purificação para as pessoas, igualmente a obra de Jesus no santuário
celestial faz o mesmo por nós (Rm 8:34; 1Jo 1:9). Assim como no Dia da Expiação a única esperança do povo estava no
sumo sacerdote, nossa única esperança está em Cristo.
Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de
Deus, e também intercede por nós. Rm 8:34. RC
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1Jo
1:9. RC
"O sangue de Cristo, embora devesse livrar da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este
ficaria registrado no santuário até a expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do
penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até o dia da expiação" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p.
ramos@advir.com
357).
De acordo com Levítico 16:16-20, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e o purificava das impurezas rituais,
transgressões e pecados. Então, ele transferia todas as iniquidades, transgressões e pecados de Israel para o bode vivo e
os enviava, por meio do bode, para o deserto. Assim, todas as falhas morais de Israel eram removidas, o que alcançava o
único objetivo do Dia da Expiação: a purificação moral que ia além do perdão. Não era necessário um novo perdão nesse
dia. Deus já havia perdoado seus pecados.
Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos
os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. 17 E
nenhum homem estará na tenda da congregação, quando ele entrar a fazer propiciação no santuário, até que ele saia;
assim, fará expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. 18 Então, sairá ao altar, que está
perante o SENHOR, e fará expiação por ele; e tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá sobre as pontas
do altar ao redor. 19 E daquele sangue espargirá sobre ele com o seu dedo sete vezes, e o purificará das imundícias dos
filhos de Israel, e o santificará. 20 Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então,
fará chegar o bode vivo. Lv 16:16-20.
Enquanto lutamos para abandonar os pecados, como podemos aprender a depender totalmente dos méritos de Cristo como
nossa única esperança de salvação?
Terça - Azazel

Ano Bíblico: Jo 19–21

4. Leia Levítico 16:20-22. O que acontecia com o bode vivo?
“Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar, então, fará chegar o
bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos
de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto,
pela mão de um homem à disposição para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra
solitária; e o homem soltará o bode no deserto.” Lv 16:20-22. RA
O ritual com o bode vivo não era uma oferta. Depois que a sorte era lançada para decidir qual dos dois bodes seria para o
Senhor e qual seria para Azazel (bode emissário; em inglês, o termo muitas vezes é traduzido como scapegoat [bode
expiatório]), apenas o bode para o Senhor é mencionado como oferta de purificação (v. 9, 15). Por outro lado, o bode para
Azazel é chamado de "bode vivo". Ele não era morto, provavelmente para evitar qualquer ideia de que o ritual constituísse
um sacrifício. O bode vivo entrava em ação somente depois que o sumo sacerdote terminava a expiação de todo o
santuário (v. 20). Este ponto deve ser enfatizado: o ritual que se seguia com o bode vivo não tinha nada a ver com a efetiva
purificação do santuário ou do povo. Eles já tinham sido purificados.
Então, Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR e o oferecerá para expiação do pecado. Lv 16:9. RC
Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará
com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório.
Lv 16:15. RC
Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. Lv
16:20. RC
Quem ou o que é Azazel? Os antigos intérpretes judeus identificavam Azazel como o anjo caído, principal originador do mal
e líder dos anjos maus. Nós o conhecemos como símbolo do próprio Lúcifer.
O ritual com o bode vivo era um rito de eliminação que realizava a remoção final dos pecados, que seriam colocados sobre
o seu originador e depois retirados do povo para sempre. A "expiação" era feita sobre ele no sentido punitivo
(Lv 16:10), visto que o bode suportava a responsabilidade final pelo pecado.
Então Satanás desempenha um papel em nossa salvação, como alguns falsamente acusam que ensinamos? Claro que
não! Satanás nunca, de nenhuma forma, carrega o pecado por nós como substituto. Só Jesus fez isso, e é uma blasfêmia
pensar que Satanás tivesse alguma parte em nossa redenção.
O ritual com o bode vivo encontra paralelo na lei da testemunha falsa (Dt 19:16-21). O acusador e o acusado se
apresentavam diante do Senhor, representado pelos sacerdotes e juízes. Era realizada uma investigação e, se fosse
comprovado que o acusador era uma testemunha falsa, ele devia receber a punição que pretendia para o inocente (por
exemplo, o perverso Hamã que levantou uma forca para o leal Mordecai).
As testemunhas
Uma só testemunha contra ninguém se levantará por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado
que pecasse; pela boca de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o negócio. 16 Quando se levantar testemunha falsa
contra alguém, para testificar contra ele acerca de transgressão, 17 então, aqueles dois homens, que tiverem a demanda,
se apresentarão perante o SENHOR, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. 18 E os juízes bem
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inquirirão; e eis que, sendo a testemunha falsa testemunha, que testificou falsidade contra seu irmão, 19 far-lhe-eis como
cuidou fazer a seu irmão; e, assim, tirarás o mal do meio de ti, 20 para que os que ficarem o ouçam, e temam, e nunca mais
tornem a fazer tal mal no meio de ti. 21 O teu olho não poupará: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão,
pé por pé. Dt 19:16-21. RC
Graças a Deus por Seu misericordioso perdão e pelo fato de que Ele não mais Se lembrará dos nossos pecados (Jr 31:34).
Como podemos aprender a nos esquecermos dos nossos pecados, uma vez que eles estão perdoados? Por que é tão
importante fazer isso?
Quarta - No Dia da Expiação

Ano Bíblico: At 1–3

"Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou seu lugar, ensinava-se ao povo cada
dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo e, uma vez ao ano, sua mente era transportada para os
acontecimentos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e
pecadores" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 358).
5. Leia Levítico 16:29-31 e 23:27-32. O que Deus esperava que os israelitas fizessem no Yom Kippur (Dia da Expiação)?
Como esses princípios se aplicam a nós, que vivemos no antitípico "Dia da Expiação"?
“Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis,
nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos;
e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR. É sábado de descanso solene para vós outros, e
afligireis a vossa alma; é estatuto perpétuo.” Lv 16:29-31. RA
“Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta
queimada ao SENHOR. Nesse mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós
perante o SENHOR, vosso Deus. Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. Quem, nesse
dia, fizer alguma obra, a esse eu destruirei do meio do seu povo. Nenhuma obra fareis; é estatuto perpétuo pelas vossas
gerações, em todas as vossas moradas. Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do
mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” Lv 23:27-32. RA
Se alguém no antigo Israel não seguisse essas instruções, devia ser eliminado e destruído (Lv 23:29, 30). O Dia da
Expiação realmente significava nada menos do que vida e morte. Ele exigia completa lealdade para com Deus.
Imagine que alguém tivesse confessado seus pecados durante a primeira fase da expiação ao longo do ano, ou seja, por
meio dos sacrifícios diários, mas não levasse a sério o Dia da Expiação. Por seu desrespeito ao que Deus desejava
demonstrar nesse dia, essa pessoa teria demonstrado sua deslealdade para com o Senhor.
Isso significa que uma pessoa que professa fé em Deus ainda pode perder a salvação. Como adventistas do sétimo dia,
não acreditamos na expressão "uma vez salvo, salvo para sempre", porque a Bíblia não ensina isso. Estamos seguros em
Cristo apenas enquanto vivemos pela fé e nos entregamos a Ele, clamando por Seu poder para a vitória, quando tentados,
e Seu perdão, quando caímos.
6. Leia Mateus 18:23-35. Que lição devemos tirar dessa parábola?
“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo,
trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse
vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente,
rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdooulhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o
sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente
comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus
companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o
seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu,
igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o
entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não
perdoardes cada um a seu irmão.” Mt 18:23-35. RA
Quinta - O Yom Kippur de Isaías

Ano Bíblico: At 4–6

Em Isaías 6:1-6, o profeta viu o Rei celestial sentado em um "alto e sublime" trono no templo. A visão é uma cena de juízo
que apresenta Deus como vindo para o julgamento (Is 5:16). Isaías viu o verdadeiro Rei, identificado no Evangelho de João
como Jesus Cristo (Jo 12:41).
Mas o SENHOR dos Exércitos será exaltado em juízo, e Deus, o Santo, será santificado em justiça. Is 5:16. RC
Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele. Jo 12:41. RC
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Embora Isaías fosse profeta de Deus e chamasse as pessoas ao arrependimento, entendia que, na presença de Deus, ele
estava perdido. Confrontado com a santidade e glória de Deus, Isaías percebeu sua própria pecaminosidade e também a
impureza de seu povo. Santidade e pecado são incompatíveis. Como Isaías, precisamos chegar à conclusão de que não
podemos passar pelo juízo divino confiando em nós mesmos. Nossa única esperança é ter um Substituto.
7. Que paralelos para o Dia da Expiação aparecem em Isaías 6:1-6?
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o
templo. 2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés,
e com duas voavam. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a
terra está cheia da sua glória. 4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de
fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de
um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim
trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz. Is 6:1-6. RC
A combinação de um templo cheio de fumaça, um altar, julgamento e expiação para o pecado e a impureza, lembra
claramente o Dia da Expiação. Isaías experimentou seu próprio "Dia da Expiação", por assim dizer.
Atuando como sacerdote, um serafim (que literalmente significa "aquele que arde") tomou uma brasa viva do altar, o que
pressupõe algum tipo de oferta, para remover o pecado do profeta. Essa é uma imagem apropriada para a purificação do
pecado, que é possível mediante o sacrifício de Jesus e Seu ministério de mediação sacerdotal. Isaías reconheceu isso
como um ritual de purificação e se manteve quieto enquanto a brasa tocava seus lábios. Assim a sua "iniquidade foi tirada"
e seu pecado perdoado (Is 6:7). A voz passiva no verso 7 mostra que o perdão é concedido por Aquele que está sentado no
trono. O Juiz também é o Salvador.
e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu
pecado. Is 6:7. RC
A divina obra de purificação nos leva do "ai de mim!" para "eis-me aqui, envia-me a mim". Compreender a obra celestial no
Dia da Expiação leva à disposição para a proclamação, porque um verdadeiro entendimento conduz à segurança e certeza.
A razão disso é sabermos que, no juízo, temos um Substituto, Jesus Cristo, cuja justiça (simbolizada pelo sangue) nos
permitirá ficar sem medo da condenação (Rm 8:1). Gratidão motiva a missão. Pecadores absolvidos são os melhores
embaixadores de Deus (2Co 5:18-20), porque eles sabem que Deus os libertou.
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas
segundo o espírito. Rm 8:1. RC
E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a
palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. 2Co 5:18-20. RC
Sexta - Estudo adicional

Ano Bíblico: At 7–9

"Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do Dia da Expiação. Quando se completava o
ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo
pecado, o bode emissário era, então, apresentado vivo perante o Senhor; e na presença da congregação o sumo sacerdote
confessava sobre ele "todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus
pecados", pondo-os sobre a cabeça do bode (Lv 16:21, RC). Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no
santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e da multidão dos remidos, serão então postos sobre Satanás
os pecados do povo de Deus. Ele será declarado culpado de todo o mal que os fez cometer" (Ellen G. White, O Grande
Conflito, p. 658).
Perguntas para reflexão
1. Por que a compreensão do plano da salvação seria incompleta se deixasse de fora, ou minimizasse, a obra de Cristo
como Sumo Sacerdote? O que o santuário nos ensina sobre a importância da obra de intercessão no santuário para o plano
da salvação? A maior parte do livro de Hebreus é dedicada à obra de Cristo no santuário celestial. Em vista disso, qual é a
importância dessa obra?
2. Alguém escreveu que a obra de Cristo, desde Sua morte até Seu ministério no santuário celestial, é simplesmente parte
do "método planejado por Deus" para lidar com o problema do pecado de uma forma que ajude a responder a todas as
perguntas acerca de Sua justiça, honestidade e amor. Pense nas implicações desse conceito, especialmente à luz do
grande conflito e o que ele ensina sobre as grandes questões envolvidas na tragédia do pecado.
3. Muitos adventistas do sétimo dia foram ensinados sobre o Dia da Expiação de uma forma que os deixou sem a certeza
da salvação. Tal visão vem da falsa compreensão do propósito do Dia da Expiação. O que significa a palavra "expiação"?
Como é alcançada? Quem faz a obra de expiação? Como ela é realizada? Como as respostas a essas perguntas nos
ramos@advir.com
ajudam a entender por que o Dia da Expiação é realmente uma boa notícia?
Respostas sugestivas: 1. No Dia da Expiação, eram purificados o santuário e a congregação. 2. O bode era imolado, como
símbolo do sacrifício de Cristo em favor do pecador. 3. A principal tarefa do sacerdote era interceder em favor do povo
diante de Deus. No Dia da Expiação, sua tarefa principal era fazer expiação pelo santuário e por todo o povo. 4. Os
pecados do povo eram colocados sobre esse bode, que era levado ao deserto, onde morria solitário. 5. O povo devia
recolher-se espiritualmente, humilhar-se, confessar e abandonar seus pecados. Hoje, Deus requer de nós que façamos o
mesmo. 6. Devemos perdoar nosso ofensor, assim como somos perdoados por Deus. 7. No cenário da visão de Isaías, há
um templo cheio de fumaça, um altar e uma cena de julgamento. Da parte do profeta, há reconhecimento e confissão de
sua impureza e a consequente remoção dela.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: Levítico 4
O aluno deverá...
Conhecer: Os fundamentos da tipologia do Dia da Expiação.
Sentir: A importância da mensagem do Dia da Expiação.
Fazer: Decidir participar dos privilégios especiais do povo de Deus no Dia da Expiação antitípico.
Esboço
I. Conhecer: Atividades do Dia da Expiação (Lv 16; 23:26-32)
A. O sacrifício "contínuo" (tamid) queimava sobre o altar durante o Dia da Expiação (Nm 29:11). O que isso nos ensina
sobre a base da nossa aceitação diante de Deus durante o juízo investigativo?
B. O sangue do bode "para o Senhor" purificava o santuário do registro acumulado de pecados confessados (Lv 16:3-19).
Como o Dia da Expiação antitípico vai além do perdão?
C. O bode emissário (ou Azazel; às vezes traduzido em inglês como scapegoat [bode expiatório]) representa Satanás (Lv
16:5-10, 20-23). Seria Satanás nosso "portador de pecados"? Explique. (Veja Dt 19:15-19; Ap 12:10; 20:10).
D. Atividades congregacionais eram requeridas do antigo Israel durante o Dia da Expiação (Lv 16:30; 23:26-32). Como
essas atividades se aplicam ao Dia da Expiação antitípico?
II. Sentir: Certeza no Juízo O Dia da Expiação envolve arrependimento, purificação e juízo investigativo. Como podemos ter
certeza da salvação em todo esse processo?
III. Fazer: Fixar os olhos em Jesus! Decida participar dos privilégios do Israel espiritual "fixando os olhos em Jesus" durante
o juízo investigativo.
Resumo: O ritual do Dia da Expiação aponta para a obra do juízo investigativo realizada por Cristo no santuário celestial e
revela as atividades especiais do povo de Deus durante esse tempo.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Levítico 16:29, 30
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O ritual do Dia da Expiação do Antigo Testamento prefigura a obra de Cristo e
as responsabilidades de Seu povo durante o Dia da Expiação antitípico.
Somente para o professor: Alguma vez você já se perguntou ou foi perguntado: "Por que os adventistas do sétimo dia
passam tanto tempo estudando o Dia da Expiação, um tema cujo principal apoio bíblico está isolado em um único capítulo
de uma parte obscura do Pentateuco, Levítico 16?" Considere a seguinte observação: Moisés organizou todo o Pentateuco
em uma bela estrutura simétrica e colocou Levítico exatamente no ponto alto dessa estrutura!
Atividade de abertura: Compartilhe com a classe a estrutura simétrica do Pentateuco e, em seguida, pergunte: O que torna
o Dia da Expiação antitípico tão central para o Israel espiritual?
Pense nisto: O Dia da Expiação antitípico abrange o período culminante da história da salvação (o tempo do fim). Durante
esse período, Cristo, o Sumo Sacerdote do Universo, vai para o lugar mais sagrado do Universo (o Lugar Santíssimo do
ramos@advir.com
santuário celestial), para realizar a mais sagrada obra de todos os tempos (a obra final de expiação)!
Comentário Bíblico
I. Os principais rituais do Dia da Expiação
A. A oferta "diária" (Recapitule com a classe Nm 29:11.)
O ministério "diário" (tamid) dos sacerdotes não era suspenso no Dia da Expiação (Nm 29:11; Êx 30:8, 10). As pessoas
ainda dependiam continuamente do sangue do sacrifício e da intercessão sacerdotal por meio do incenso. A base da
aceitação diante de Deus durante o Dia da Expiação antitípico era a mesma: o sangue de Cristo, nosso Substituto, e Sua
justiça a nós imputada.
B. O bode para o Senhor (Recapitule com a classe Lv 16:3-19.)
Algumas verdades importantes emergem da oferta do "bode para o Senhor" (o novilho sacrificado pelo pecado do sacerdote
[v. 11, 14] não se aplicava a Cristo em sua função sacerdotal, porque o Sacerdote [Antítipo] era sem pecado [Hb 7:26, 27] e,
portanto, não é examinado aqui).
1. Sangue livre do pecado. Mão nenhuma era colocada sobre a cabeça do bode para o Senhor (v. 9, 15). Portanto, nenhum
pecado era transferido para ele. Seu sangue era livre de pecado. Sendo um sangue livre de pecado, sua função, quando
aplicado ao santuário, não era contaminá-lo, mas para purificá-lo.
2. O movimento para o exterior. A obra expiatória no Dia da Expiação se movia para o exterior, a partir do Lugar Santíssimo
para o pátio (v. 15-18), simbolicamente mostrando que o sangue do bode para o Senhor não contaminava o santuário, mas
o purificava.
3. Juízo investigativo. O Dia da Expiação implicava um dia de juízo investigativo divino. Aqueles que não afligissem a alma
(literalmente, "humilhar-se" em arrependimento) nesse dia seriam "eliminados", ou seja, estariam condenados (Lv 16:29, 31;
23:27, 29, 32). Teólogos judeus modernos reconhecem essa função do Dia da Expiação.
4. Expiação além do perdão. Não há menção nenhuma do perdão (hebraico salach) em Levítico 16 (ou em nenhuma outra
passagem referente ao Dia da Expiação). Durante o ano, Deus assumia a responsabilidade pelos pecados perdoados, por
assim dizer, no santuário. No Dia da Expiação, Ele podia purificar o santuário enquanto demonstrava Sua justiça ao perdoar
os pecadores ao longo do ano.
5. Purificação. O Dia da Expiação envolvia uma obra de purificação corporativa para o povo de Deus (Lv 16:30; Ez 36:2527; Ml 3:2, 3). Mas note que era Deus quem assumia a responsabilidade pela purificação dos que permitiam que Ele fizesse
essa obra em sua vida.
C. O ritual do bode emissário (Azazel ou bode expiatório) (Recapitule com a classe Lv 16:5-10, 20-23.)
Muitas linhas de evidência bíblica apoiam a conclusão de que o ritual do "bode emissário/ou expiatório" (Azazel) apontava
para Satanás e não para Cristo, como alegam alguns intérpretes modernos.
1. Paralelismo de seres pessoais. De acordo com Levítico 16:8, um dos dois bodes designados por sortes era leYHWH
("[era] para [ou pertencia ao] Senhor"), e o outro era la´aza´zel ("[era] para [ou pertencia a] Azazel"). Se a primeira
expressão "para o Senhor" se refere a um Ser pessoal, o Senhor, em paralelismo natural, a segunda expressão, "para
Azazel", se referia a outro ser pessoal em contraposição (e mesmo em oposição) ao Senhor, ou seja, Satanás.
2. Tempo do evento. O ritual do Azazel (bode emissário) ocorria depois que a obra da expiação pelo santuário já estava
concluída (Lv 16:20).
3. Não sacrifical. Ao contrário do bode para o Senhor, o bode Azazel não era morto, mas, em vez disso, era levado com vida
para o deserto (v. 20-22). O bode Azazel não fazia parte do sacrifício da expiação pelo pecado, nem estava ligado a ele.
4. Rito de eliminação. O ritual do Azazel não era um ritual sacrifical, mas um rito de eliminação. Azazel era uma espécie de
"caminhonete" ou "caminhão de lixo", por assim dizer, para remover ritualmente o "lixo" moral para fora do acampamento,
depois da realização da expiação em favor do povo e do santuário.
5. Azazel e os "ídolos em forma de bode" (NVI) ou demônios (RA). Em Levítico 17:7 os israelitas são advertidos a não
oferecer sacrifícios aos demônios ("ídolos em forma de bode", NVI; em hebraico se´irim). Em outras passagens das
Escrituras, esses demônios ("ídolos em forma de bodes") estão associados com o deserto (Is 13:21; 34:14). Portanto, o ato
de levar o bode Azazel para o deserto estava associado com os poderes demoníacos representados por bodes peludos. A
interpretação de Azazel como um poder demoníaco era a visão predominante de primitivas fontes judaicas, sendo
igualmente bem representada nos ensinamentos dos pais da Igreja. É igualmente uma visão predominante entre os
estudiosos modernos.
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6. Apocalipse 20. A tipologia do Azazel encontra notável cumprimento no destino de Satanás durante o milênio. Em uma
clara alusão a Levítico 16, em Apocalipse 20:1-3 João, o Revelador, descreveu Satanás sendo "preso" (por uma cadeia de
circunstâncias) na Terra desolada (em grego, abyssos, a mesma palavra usada para a Terra desolada em Jeremias 4:23).
7. Testemunha maligna. Satanás leva as iniquidades dos justos, não no sentido de ser seu Salvador, mas como "acusador
de nossos irmãos" (Ap 12:10). Ele recebe justa retribuição de acordo com o princípio da testemunha falsa (Dt 19:15-19; Ap
20:10).
II. As atividades da congregação no Dia da Expiação (Recapitule com a classe Lv 23:26-32.)
Cada uma das cinco atividades da congregação de Israel no Dia da Expiação tem função tipológica para o Israel espiritual
de hoje.
A. Santa convocação para reunião junto ao santuário (v. 27). "Neste tempo, o povo de Deus deve fixar os olhos no santuário
celestial" (Ellen G. White, Life Sketches [Esboços da Vida], p. 278; compare com Hb 4:16; 10:19, 20.)
B. Identificar-se com a oferta feita pelo sacerdote (v. 27). Leia Hebreus 12:22-24. "Um interesse predominará, um assunto
absorverá todos os outros – Cristo, Justiça nossa" (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 259).
C. Abster-se do trabalho (v. 28, 30, 31). Leia Hebreus 4:3, 9; Ellen G. White fala do "repouso da graça" (The SDA Bible
Commentary [Comentário Bíblico Adventista, edição em inglês], v. 7, p. 928).
D. Afligir (humilhar) a alma (v. 27, 29, 32). Leia Isaías 58:5-11. "É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó" (Ellen
G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 456).
E. Experimentar a obra de purificação (Lv 16:30). Leia Malaquias 3:2, 3; Ezequiel 36:25-27.
Aplicação
Somente para o professor: A palavra para "purificar" em Daniel 8:14 é nitsdaq, que tem ampla gama de significados,
incluindo "purificar", "restaurar", e "vindicar". Como cada um desses significados corresponde às atividades do sumo
sacerdote no Dia da Expiação?
Perguntas para reflexão
1. No Dia da Expiação antitípico, que aplicações práticas das cinco atividades da congregação dia podem ser feitas à nossa
vida pessoal?
2. Como a mensagem do Juízo no Dia da Expiação nos dá certeza da salvação?
Atividades práticas
Somente para o professor: Considere novamente a estrutura simétrica do Pentateuco, mencionada na introdução do ciclo
do aprendizado desta lição. Observe como nessa estrutura, até o capítulo 16 de Levítico, a palavra-chave é "sangue", e a
partir do capítulo 16 a palavra-chave é "santidade".

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  • 1. Lições Adultos O Santuário Lição 6 - O Dia da Expiação 2 a 9 de novembro Sábado à tarde Ano Bíblico: Jo 12, 13 VERSO PARA MEMORIZAR: "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar". Mq 7:18, 19. Leituras da Semana: Lv 16; 23:27-32; Dt 19:16-21; Mt 18:23-35; Is 6:1-6 O Dia da Expiação, ou Yom Kippur, conforme revelado em Levítico 16, é o ritual mais solene do Antigo Testamento. Ele foi intencionalmente colocado no centro do livro de Levítico, que está no centro dos cinco livros de Moisés, para ilustrar o "santíssimo" caráter desse ritual. Mencionado também como o sábado dos sábados (Lv 16:31, International Standard Version), o dia requeria a cessação de todo trabalho, o que é único para um festival israelita anual. Esse fato coloca esse dia justamente dentro do conceito do sábado, um tempo para descansar no que Deus, como Criador e Redentor, fez (e fará) por nós. É um sábado de descanso para vós, e afligireis a vossa alma; isto é estatuto perpétuo. Lv 16:31. RC Nesta semana, estudaremos o que acontecia no Dia da Expiação no santuário terrestre, especificamente os rituais com os dois bodes, que nos ajudam a entender melhor verdades mais profundas a respeito da salvação e eliminação final do pecado. Domingo - A purificação anual Ano Bíblico: Jo 14, 15 1. Leia Levítico 16:16, 30. O que era purificado no Dia da Expiação? “Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas.” (Lv 16:16. RA “Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR.” Lv 16:30. RA Ao longo do ano, todos os tipos de pecados e impurezas rituais eram transferidos para o santuário. O Dia da Expiação era o tempo para sua remoção. Havia três partes principais no Dia da Expiação: 1. A oferta da purificação pelo sacerdote. O sumo sacerdote sacrificava um novilho por seus pecados, certificando-se de que ele (o sacerdote) estaria puro ao entrar no santuário e realizar o ritual para purificá-lo. 2. A oferta de purificação do bode "para o Senhor" (Lv 16:8). Durante o ano, as ofertas de purificação levavam todos os pecados dos israelitas para o santuário. O Dia da Expiação era o momento de remover esses pecados do santuário. Esse processo era feito mediante o sangue do bode "para o Senhor". E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte pelo SENHOR e a outra sorte pelo bode emissário. 9 Então, Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR e o oferecerá para expiação do pecado. Lv 16:8. RC 3. O ritual da eliminação com o bode vivo para Azazel. Deus queria afastar os pecados de Seu povo para longe do santuário e do acampamento. Portanto, outro bode vivo era enviado ao deserto. ramos@advir.com
  • 2. 2. Leia Levítico 16:15. O que acontecia com o bode mencionado nesse texto, e o que ele simbolizava? “Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele.” Lv 16:15. RA Visto que não havia confissão do pecado nem imposição de mãos envolvidas com o bode para o Senhor, seu sangue não era portador de pecado. Assim, ele não contaminava, mas, em vez disso, purificava. O efeito é claramente descrito nos versos 16 e 20. O sumo sacerdote fazia expiação com o sangue do bode do Senhor, purificando todo o santuário. O mesmo procedimento também efetuava a purificação do povo para que, quando o santuário fosse purificado de todos os pecados das pessoas, elas também fossem purificadas. Nesse sentido, o Dia da Expiação era único, pois somente nesse dia tanto o santuário quanto o povo eram purificados. Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. Lv 16:16. RC Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. Lv 16:20. RC O Dia da Expiação era a segunda etapa de uma expiação em duas fases. Na primeira fase, durante o ano, os israelitas eram perdoados. Seus pecados não eram apagados, mas confiados ao próprio Deus, que havia prometido cuidar deles. A segunda fase não se relacionava tanto com o perdão, porque as pessoas já estavam perdoadas. Na verdade, o verbo "perdoar" não ocorre em Levítico 16 nem em Levítico 23:27-32. Isso nos mostra que o plano da salvação lida com algo mais do que apenas o perdão dos nossos pecados, um ponto que tem ainda mais sentido quando compreendido no contexto mais amplo do grande conflito. O dia da expiação Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 27 Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação, e afligireis a vossa alma, e oferecereis oferta queimada ao SENHOR. 28 E, naquele mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR, vosso Deus. 29 Porque toda alma que, naquele mesmo dia, se não afligir será extirpada do seu povo. 30 Também toda alma que, naquele mesmo dia, fizer alguma obra, aquela alma eu destruirei do meio do seu povo. 31 Nenhuma obra fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações, em todas as vossas habitações. 32 Sábado de descanso vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, à tarde, duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado. Lv 23:27-32. RC Segunda - Além do perdão Ano Bíblico: Jo 16–18 3. Leia Levítico 16:32-34. Qual era a principal tarefa do sumo sacerdote no Dia da Expiação? “Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas; fará expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar; também a fará pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés.” Lv 16:32-34. RA A principal função do sumo sacerdote era a de servir de mediador entre Deus e a humanidade. Sua tarefa no Dia da Expiação era imensa. Administrava o sistema do Santuário e realizava diversos rituais de sacrifícios e ofertas (Hb 8:3). Ele realizava quase todos os rituais, exceto o de levar o bode para Azazel ao deserto, embora ele desse a ordem para fazer isso. Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Hb 8:3. RC No Dia da Expiação, o "grande" sacerdote, como ele também era chamado, se tornava um exemplo vivo de Cristo. Assim como a atenção do povo de Deus se voltava para o sumo sacerdote, Jesus é o centro exclusivo de nossa atenção. Como as atividades do sumo sacerdote na Terra traziam purificação para as pessoas, igualmente a obra de Jesus no santuário celestial faz o mesmo por nós (Rm 8:34; 1Jo 1:9). Assim como no Dia da Expiação a única esperança do povo estava no sumo sacerdote, nossa única esperança está em Cristo. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Rm 8:34. RC Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1Jo 1:9. RC "O sangue de Cristo, embora devesse livrar da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até a expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até o dia da expiação" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. ramos@advir.com
  • 3. 357). De acordo com Levítico 16:16-20, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e o purificava das impurezas rituais, transgressões e pecados. Então, ele transferia todas as iniquidades, transgressões e pecados de Israel para o bode vivo e os enviava, por meio do bode, para o deserto. Assim, todas as falhas morais de Israel eram removidas, o que alcançava o único objetivo do Dia da Expiação: a purificação moral que ia além do perdão. Não era necessário um novo perdão nesse dia. Deus já havia perdoado seus pecados. Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. 17 E nenhum homem estará na tenda da congregação, quando ele entrar a fazer propiciação no santuário, até que ele saia; assim, fará expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. 18 Então, sairá ao altar, que está perante o SENHOR, e fará expiação por ele; e tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá sobre as pontas do altar ao redor. 19 E daquele sangue espargirá sobre ele com o seu dedo sete vezes, e o purificará das imundícias dos filhos de Israel, e o santificará. 20 Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. Lv 16:16-20. Enquanto lutamos para abandonar os pecados, como podemos aprender a depender totalmente dos méritos de Cristo como nossa única esperança de salvação? Terça - Azazel Ano Bíblico: Jo 19–21 4. Leia Levítico 16:20-22. O que acontecia com o bode vivo? “Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar, então, fará chegar o bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto.” Lv 16:20-22. RA O ritual com o bode vivo não era uma oferta. Depois que a sorte era lançada para decidir qual dos dois bodes seria para o Senhor e qual seria para Azazel (bode emissário; em inglês, o termo muitas vezes é traduzido como scapegoat [bode expiatório]), apenas o bode para o Senhor é mencionado como oferta de purificação (v. 9, 15). Por outro lado, o bode para Azazel é chamado de "bode vivo". Ele não era morto, provavelmente para evitar qualquer ideia de que o ritual constituísse um sacrifício. O bode vivo entrava em ação somente depois que o sumo sacerdote terminava a expiação de todo o santuário (v. 20). Este ponto deve ser enfatizado: o ritual que se seguia com o bode vivo não tinha nada a ver com a efetiva purificação do santuário ou do povo. Eles já tinham sido purificados. Então, Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR e o oferecerá para expiação do pecado. Lv 16:9. RC Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório. Lv 16:15. RC Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. Lv 16:20. RC Quem ou o que é Azazel? Os antigos intérpretes judeus identificavam Azazel como o anjo caído, principal originador do mal e líder dos anjos maus. Nós o conhecemos como símbolo do próprio Lúcifer. O ritual com o bode vivo era um rito de eliminação que realizava a remoção final dos pecados, que seriam colocados sobre o seu originador e depois retirados do povo para sempre. A "expiação" era feita sobre ele no sentido punitivo (Lv 16:10), visto que o bode suportava a responsabilidade final pelo pecado. Então Satanás desempenha um papel em nossa salvação, como alguns falsamente acusam que ensinamos? Claro que não! Satanás nunca, de nenhuma forma, carrega o pecado por nós como substituto. Só Jesus fez isso, e é uma blasfêmia pensar que Satanás tivesse alguma parte em nossa redenção. O ritual com o bode vivo encontra paralelo na lei da testemunha falsa (Dt 19:16-21). O acusador e o acusado se apresentavam diante do Senhor, representado pelos sacerdotes e juízes. Era realizada uma investigação e, se fosse comprovado que o acusador era uma testemunha falsa, ele devia receber a punição que pretendia para o inocente (por exemplo, o perverso Hamã que levantou uma forca para o leal Mordecai). As testemunhas Uma só testemunha contra ninguém se levantará por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que pecasse; pela boca de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o negócio. 16 Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para testificar contra ele acerca de transgressão, 17 então, aqueles dois homens, que tiverem a demanda, se apresentarão perante o SENHOR, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. 18 E os juízes bem ramos@advir.com
  • 4. inquirirão; e eis que, sendo a testemunha falsa testemunha, que testificou falsidade contra seu irmão, 19 far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e, assim, tirarás o mal do meio de ti, 20 para que os que ficarem o ouçam, e temam, e nunca mais tornem a fazer tal mal no meio de ti. 21 O teu olho não poupará: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé. Dt 19:16-21. RC Graças a Deus por Seu misericordioso perdão e pelo fato de que Ele não mais Se lembrará dos nossos pecados (Jr 31:34). Como podemos aprender a nos esquecermos dos nossos pecados, uma vez que eles estão perdoados? Por que é tão importante fazer isso? Quarta - No Dia da Expiação Ano Bíblico: At 1–3 "Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou seu lugar, ensinava-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo e, uma vez ao ano, sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 358). 5. Leia Levítico 16:29-31 e 23:27-32. O que Deus esperava que os israelitas fizessem no Yom Kippur (Dia da Expiação)? Como esses princípios se aplicam a nós, que vivemos no antitípico "Dia da Expiação"? “Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR. É sábado de descanso solene para vós outros, e afligireis a vossa alma; é estatuto perpétuo.” Lv 16:29-31. RA “Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao SENHOR. Nesse mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR, vosso Deus. Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. Quem, nesse dia, fizer alguma obra, a esse eu destruirei do meio do seu povo. Nenhuma obra fareis; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas moradas. Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” Lv 23:27-32. RA Se alguém no antigo Israel não seguisse essas instruções, devia ser eliminado e destruído (Lv 23:29, 30). O Dia da Expiação realmente significava nada menos do que vida e morte. Ele exigia completa lealdade para com Deus. Imagine que alguém tivesse confessado seus pecados durante a primeira fase da expiação ao longo do ano, ou seja, por meio dos sacrifícios diários, mas não levasse a sério o Dia da Expiação. Por seu desrespeito ao que Deus desejava demonstrar nesse dia, essa pessoa teria demonstrado sua deslealdade para com o Senhor. Isso significa que uma pessoa que professa fé em Deus ainda pode perder a salvação. Como adventistas do sétimo dia, não acreditamos na expressão "uma vez salvo, salvo para sempre", porque a Bíblia não ensina isso. Estamos seguros em Cristo apenas enquanto vivemos pela fé e nos entregamos a Ele, clamando por Seu poder para a vitória, quando tentados, e Seu perdão, quando caímos. 6. Leia Mateus 18:23-35. Que lição devemos tirar dessa parábola? “Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdooulhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” Mt 18:23-35. RA Quinta - O Yom Kippur de Isaías Ano Bíblico: At 4–6 Em Isaías 6:1-6, o profeta viu o Rei celestial sentado em um "alto e sublime" trono no templo. A visão é uma cena de juízo que apresenta Deus como vindo para o julgamento (Is 5:16). Isaías viu o verdadeiro Rei, identificado no Evangelho de João como Jesus Cristo (Jo 12:41). Mas o SENHOR dos Exércitos será exaltado em juízo, e Deus, o Santo, será santificado em justiça. Is 5:16. RC Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele. Jo 12:41. RC ramos@advir.com
  • 5. Embora Isaías fosse profeta de Deus e chamasse as pessoas ao arrependimento, entendia que, na presença de Deus, ele estava perdido. Confrontado com a santidade e glória de Deus, Isaías percebeu sua própria pecaminosidade e também a impureza de seu povo. Santidade e pecado são incompatíveis. Como Isaías, precisamos chegar à conclusão de que não podemos passar pelo juízo divino confiando em nós mesmos. Nossa única esperança é ter um Substituto. 7. Que paralelos para o Dia da Expiação aparecem em Isaías 6:1-6? No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. 2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz. Is 6:1-6. RC A combinação de um templo cheio de fumaça, um altar, julgamento e expiação para o pecado e a impureza, lembra claramente o Dia da Expiação. Isaías experimentou seu próprio "Dia da Expiação", por assim dizer. Atuando como sacerdote, um serafim (que literalmente significa "aquele que arde") tomou uma brasa viva do altar, o que pressupõe algum tipo de oferta, para remover o pecado do profeta. Essa é uma imagem apropriada para a purificação do pecado, que é possível mediante o sacrifício de Jesus e Seu ministério de mediação sacerdotal. Isaías reconheceu isso como um ritual de purificação e se manteve quieto enquanto a brasa tocava seus lábios. Assim a sua "iniquidade foi tirada" e seu pecado perdoado (Is 6:7). A voz passiva no verso 7 mostra que o perdão é concedido por Aquele que está sentado no trono. O Juiz também é o Salvador. e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado. Is 6:7. RC A divina obra de purificação nos leva do "ai de mim!" para "eis-me aqui, envia-me a mim". Compreender a obra celestial no Dia da Expiação leva à disposição para a proclamação, porque um verdadeiro entendimento conduz à segurança e certeza. A razão disso é sabermos que, no juízo, temos um Substituto, Jesus Cristo, cuja justiça (simbolizada pelo sangue) nos permitirá ficar sem medo da condenação (Rm 8:1). Gratidão motiva a missão. Pecadores absolvidos são os melhores embaixadores de Deus (2Co 5:18-20), porque eles sabem que Deus os libertou. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Rm 8:1. RC E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. 2Co 5:18-20. RC Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: At 7–9 "Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do Dia da Expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era, então, apresentado vivo perante o Senhor; e na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele "todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-os sobre a cabeça do bode (Lv 16:21, RC). Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e da multidão dos remidos, serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus. Ele será declarado culpado de todo o mal que os fez cometer" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 658). Perguntas para reflexão 1. Por que a compreensão do plano da salvação seria incompleta se deixasse de fora, ou minimizasse, a obra de Cristo como Sumo Sacerdote? O que o santuário nos ensina sobre a importância da obra de intercessão no santuário para o plano da salvação? A maior parte do livro de Hebreus é dedicada à obra de Cristo no santuário celestial. Em vista disso, qual é a importância dessa obra? 2. Alguém escreveu que a obra de Cristo, desde Sua morte até Seu ministério no santuário celestial, é simplesmente parte do "método planejado por Deus" para lidar com o problema do pecado de uma forma que ajude a responder a todas as perguntas acerca de Sua justiça, honestidade e amor. Pense nas implicações desse conceito, especialmente à luz do grande conflito e o que ele ensina sobre as grandes questões envolvidas na tragédia do pecado. 3. Muitos adventistas do sétimo dia foram ensinados sobre o Dia da Expiação de uma forma que os deixou sem a certeza da salvação. Tal visão vem da falsa compreensão do propósito do Dia da Expiação. O que significa a palavra "expiação"? Como é alcançada? Quem faz a obra de expiação? Como ela é realizada? Como as respostas a essas perguntas nos ramos@advir.com
  • 6. ajudam a entender por que o Dia da Expiação é realmente uma boa notícia? Respostas sugestivas: 1. No Dia da Expiação, eram purificados o santuário e a congregação. 2. O bode era imolado, como símbolo do sacrifício de Cristo em favor do pecador. 3. A principal tarefa do sacerdote era interceder em favor do povo diante de Deus. No Dia da Expiação, sua tarefa principal era fazer expiação pelo santuário e por todo o povo. 4. Os pecados do povo eram colocados sobre esse bode, que era levado ao deserto, onde morria solitário. 5. O povo devia recolher-se espiritualmente, humilhar-se, confessar e abandonar seus pecados. Hoje, Deus requer de nós que façamos o mesmo. 6. Devemos perdoar nosso ofensor, assim como somos perdoados por Deus. 7. No cenário da visão de Isaías, há um templo cheio de fumaça, um altar e uma cena de julgamento. Da parte do profeta, há reconhecimento e confissão de sua impureza e a consequente remoção dela. Auxiliar - Resumo Texto-chave: Levítico 4 O aluno deverá... Conhecer: Os fundamentos da tipologia do Dia da Expiação. Sentir: A importância da mensagem do Dia da Expiação. Fazer: Decidir participar dos privilégios especiais do povo de Deus no Dia da Expiação antitípico. Esboço I. Conhecer: Atividades do Dia da Expiação (Lv 16; 23:26-32) A. O sacrifício "contínuo" (tamid) queimava sobre o altar durante o Dia da Expiação (Nm 29:11). O que isso nos ensina sobre a base da nossa aceitação diante de Deus durante o juízo investigativo? B. O sangue do bode "para o Senhor" purificava o santuário do registro acumulado de pecados confessados (Lv 16:3-19). Como o Dia da Expiação antitípico vai além do perdão? C. O bode emissário (ou Azazel; às vezes traduzido em inglês como scapegoat [bode expiatório]) representa Satanás (Lv 16:5-10, 20-23). Seria Satanás nosso "portador de pecados"? Explique. (Veja Dt 19:15-19; Ap 12:10; 20:10). D. Atividades congregacionais eram requeridas do antigo Israel durante o Dia da Expiação (Lv 16:30; 23:26-32). Como essas atividades se aplicam ao Dia da Expiação antitípico? II. Sentir: Certeza no Juízo O Dia da Expiação envolve arrependimento, purificação e juízo investigativo. Como podemos ter certeza da salvação em todo esse processo? III. Fazer: Fixar os olhos em Jesus! Decida participar dos privilégios do Israel espiritual "fixando os olhos em Jesus" durante o juízo investigativo. Resumo: O ritual do Dia da Expiação aponta para a obra do juízo investigativo realizada por Cristo no santuário celestial e revela as atividades especiais do povo de Deus durante esse tempo. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Levítico 16:29, 30 Conceito-chave para o crescimento espiritual: O ritual do Dia da Expiação do Antigo Testamento prefigura a obra de Cristo e as responsabilidades de Seu povo durante o Dia da Expiação antitípico. Somente para o professor: Alguma vez você já se perguntou ou foi perguntado: "Por que os adventistas do sétimo dia passam tanto tempo estudando o Dia da Expiação, um tema cujo principal apoio bíblico está isolado em um único capítulo de uma parte obscura do Pentateuco, Levítico 16?" Considere a seguinte observação: Moisés organizou todo o Pentateuco em uma bela estrutura simétrica e colocou Levítico exatamente no ponto alto dessa estrutura! Atividade de abertura: Compartilhe com a classe a estrutura simétrica do Pentateuco e, em seguida, pergunte: O que torna o Dia da Expiação antitípico tão central para o Israel espiritual? Pense nisto: O Dia da Expiação antitípico abrange o período culminante da história da salvação (o tempo do fim). Durante esse período, Cristo, o Sumo Sacerdote do Universo, vai para o lugar mais sagrado do Universo (o Lugar Santíssimo do ramos@advir.com
  • 7. santuário celestial), para realizar a mais sagrada obra de todos os tempos (a obra final de expiação)! Comentário Bíblico I. Os principais rituais do Dia da Expiação A. A oferta "diária" (Recapitule com a classe Nm 29:11.) O ministério "diário" (tamid) dos sacerdotes não era suspenso no Dia da Expiação (Nm 29:11; Êx 30:8, 10). As pessoas ainda dependiam continuamente do sangue do sacrifício e da intercessão sacerdotal por meio do incenso. A base da aceitação diante de Deus durante o Dia da Expiação antitípico era a mesma: o sangue de Cristo, nosso Substituto, e Sua justiça a nós imputada. B. O bode para o Senhor (Recapitule com a classe Lv 16:3-19.) Algumas verdades importantes emergem da oferta do "bode para o Senhor" (o novilho sacrificado pelo pecado do sacerdote [v. 11, 14] não se aplicava a Cristo em sua função sacerdotal, porque o Sacerdote [Antítipo] era sem pecado [Hb 7:26, 27] e, portanto, não é examinado aqui). 1. Sangue livre do pecado. Mão nenhuma era colocada sobre a cabeça do bode para o Senhor (v. 9, 15). Portanto, nenhum pecado era transferido para ele. Seu sangue era livre de pecado. Sendo um sangue livre de pecado, sua função, quando aplicado ao santuário, não era contaminá-lo, mas para purificá-lo. 2. O movimento para o exterior. A obra expiatória no Dia da Expiação se movia para o exterior, a partir do Lugar Santíssimo para o pátio (v. 15-18), simbolicamente mostrando que o sangue do bode para o Senhor não contaminava o santuário, mas o purificava. 3. Juízo investigativo. O Dia da Expiação implicava um dia de juízo investigativo divino. Aqueles que não afligissem a alma (literalmente, "humilhar-se" em arrependimento) nesse dia seriam "eliminados", ou seja, estariam condenados (Lv 16:29, 31; 23:27, 29, 32). Teólogos judeus modernos reconhecem essa função do Dia da Expiação. 4. Expiação além do perdão. Não há menção nenhuma do perdão (hebraico salach) em Levítico 16 (ou em nenhuma outra passagem referente ao Dia da Expiação). Durante o ano, Deus assumia a responsabilidade pelos pecados perdoados, por assim dizer, no santuário. No Dia da Expiação, Ele podia purificar o santuário enquanto demonstrava Sua justiça ao perdoar os pecadores ao longo do ano. 5. Purificação. O Dia da Expiação envolvia uma obra de purificação corporativa para o povo de Deus (Lv 16:30; Ez 36:2527; Ml 3:2, 3). Mas note que era Deus quem assumia a responsabilidade pela purificação dos que permitiam que Ele fizesse essa obra em sua vida. C. O ritual do bode emissário (Azazel ou bode expiatório) (Recapitule com a classe Lv 16:5-10, 20-23.) Muitas linhas de evidência bíblica apoiam a conclusão de que o ritual do "bode emissário/ou expiatório" (Azazel) apontava para Satanás e não para Cristo, como alegam alguns intérpretes modernos. 1. Paralelismo de seres pessoais. De acordo com Levítico 16:8, um dos dois bodes designados por sortes era leYHWH ("[era] para [ou pertencia ao] Senhor"), e o outro era la´aza´zel ("[era] para [ou pertencia a] Azazel"). Se a primeira expressão "para o Senhor" se refere a um Ser pessoal, o Senhor, em paralelismo natural, a segunda expressão, "para Azazel", se referia a outro ser pessoal em contraposição (e mesmo em oposição) ao Senhor, ou seja, Satanás. 2. Tempo do evento. O ritual do Azazel (bode emissário) ocorria depois que a obra da expiação pelo santuário já estava concluída (Lv 16:20). 3. Não sacrifical. Ao contrário do bode para o Senhor, o bode Azazel não era morto, mas, em vez disso, era levado com vida para o deserto (v. 20-22). O bode Azazel não fazia parte do sacrifício da expiação pelo pecado, nem estava ligado a ele. 4. Rito de eliminação. O ritual do Azazel não era um ritual sacrifical, mas um rito de eliminação. Azazel era uma espécie de "caminhonete" ou "caminhão de lixo", por assim dizer, para remover ritualmente o "lixo" moral para fora do acampamento, depois da realização da expiação em favor do povo e do santuário. 5. Azazel e os "ídolos em forma de bode" (NVI) ou demônios (RA). Em Levítico 17:7 os israelitas são advertidos a não oferecer sacrifícios aos demônios ("ídolos em forma de bode", NVI; em hebraico se´irim). Em outras passagens das Escrituras, esses demônios ("ídolos em forma de bodes") estão associados com o deserto (Is 13:21; 34:14). Portanto, o ato de levar o bode Azazel para o deserto estava associado com os poderes demoníacos representados por bodes peludos. A interpretação de Azazel como um poder demoníaco era a visão predominante de primitivas fontes judaicas, sendo igualmente bem representada nos ensinamentos dos pais da Igreja. É igualmente uma visão predominante entre os estudiosos modernos. ramos@advir.com
  • 8. 6. Apocalipse 20. A tipologia do Azazel encontra notável cumprimento no destino de Satanás durante o milênio. Em uma clara alusão a Levítico 16, em Apocalipse 20:1-3 João, o Revelador, descreveu Satanás sendo "preso" (por uma cadeia de circunstâncias) na Terra desolada (em grego, abyssos, a mesma palavra usada para a Terra desolada em Jeremias 4:23). 7. Testemunha maligna. Satanás leva as iniquidades dos justos, não no sentido de ser seu Salvador, mas como "acusador de nossos irmãos" (Ap 12:10). Ele recebe justa retribuição de acordo com o princípio da testemunha falsa (Dt 19:15-19; Ap 20:10). II. As atividades da congregação no Dia da Expiação (Recapitule com a classe Lv 23:26-32.) Cada uma das cinco atividades da congregação de Israel no Dia da Expiação tem função tipológica para o Israel espiritual de hoje. A. Santa convocação para reunião junto ao santuário (v. 27). "Neste tempo, o povo de Deus deve fixar os olhos no santuário celestial" (Ellen G. White, Life Sketches [Esboços da Vida], p. 278; compare com Hb 4:16; 10:19, 20.) B. Identificar-se com a oferta feita pelo sacerdote (v. 27). Leia Hebreus 12:22-24. "Um interesse predominará, um assunto absorverá todos os outros – Cristo, Justiça nossa" (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 259). C. Abster-se do trabalho (v. 28, 30, 31). Leia Hebreus 4:3, 9; Ellen G. White fala do "repouso da graça" (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista, edição em inglês], v. 7, p. 928). D. Afligir (humilhar) a alma (v. 27, 29, 32). Leia Isaías 58:5-11. "É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó" (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 456). E. Experimentar a obra de purificação (Lv 16:30). Leia Malaquias 3:2, 3; Ezequiel 36:25-27. Aplicação Somente para o professor: A palavra para "purificar" em Daniel 8:14 é nitsdaq, que tem ampla gama de significados, incluindo "purificar", "restaurar", e "vindicar". Como cada um desses significados corresponde às atividades do sumo sacerdote no Dia da Expiação? Perguntas para reflexão 1. No Dia da Expiação antitípico, que aplicações práticas das cinco atividades da congregação dia podem ser feitas à nossa vida pessoal? 2. Como a mensagem do Juízo no Dia da Expiação nos dá certeza da salvação? Atividades práticas Somente para o professor: Considere novamente a estrutura simétrica do Pentateuco, mencionada na introdução do ciclo do aprendizado desta lição. Observe como nessa estrutura, até o capítulo 16 de Levítico, a palavra-chave é "sangue", e a partir do capítulo 16 a palavra-chave é "santidade". ramos@advir.com