Atualmente, frente a grande incidência de pragas nas culturas, sejam elas de soja, milho, algodão, sorgo, entre outras, é fundamental e imprescindível executar aplicação correta de inseticidas. Para uma aplicação correta de qualquer inseticida, é preciso conhecer bem seu mecanismo de ação perante o inseto, ou seja, em qual sítio de ação será o foco do produto para que interfira na rota metabólica da praga fazendo-a morrer consequentemente. Uma aplicação incorreta de algum inseticida pode ocasionar problemas drásticos para o produtor, como por exemplo, na ineficiência da aplicação de controle, ou até mesmo, na seleção de insetos resistentes ao produto, sendo assim se criará uma população que não é susceptível ao produto tornando-o assim ineficaz para a ocasião. Para evitar casos como esse é necessário rotacionar os mecanismos de ação dos inseticidas para que abranja uma área maior de atuação, interferindo assim em diversas rotas metabólicas e consequentemente aumentando o número de pragas a serem controladas. Dentre os vários mecanismos de ação que se pode ter no que diz respeito a inseticida, um deles é a inibição da enzima acetilcolinesterase, a qual é responsável por degradar o neurotransmissor acetilcolina. Com isso a praga recebe estímulos repetidamente e ocorre a morte por excitação. O grupo químico responsável por essa inibição são os organofosforados e os carbamatos. Cada um possui seus ingredientes ativos, ou seja, as moléculas específicas que serão responsáveis por bloquear a rota do inseto. Como por exemplo: Acephate, Dimethoate, Clorpirifós, Profenofós, Terbufós, Triazophós são ingredientes ativo do grupo dos organofosforado. Enquanto que Bendiocarb, Carbosulfan, Carbofuran, Thiodicarb, Aldicarb são alguns dos exemplos de ingredientes ativo do grupo dos Carbamatos. Utilizando-se disto as multinacionais Syngenta, Bayer, Basf, Dupont, Dow, Fmc, Ihara, entre outras, possuem em seus respectivos portfólios inseticidas atuantes nesse mecanismo de ação. Sendo assim, resta ao produtor aproveitar essa grande variedade de produtos e saber quando e como utilizá-los de maneira correta, para que suas tecnologias durem o máximo possível. E para isso, é necessário conhecer as particularidades dos produtos, como a classe do inseticida, sua formulação, o modo de aplicação, composição e concentração, também é necessário conhecer quais pragas ele atua em qual dosagem será mais eficiente para aquele nível de incidência da praga, e principalmente o preço, para que esse manejo seja economicamente viável e com eficácia para o produtor.