SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 44
Baixar para ler offline
Aula 07 – Contração e Alimentação de Peças Fundidas
1. Introdução
- Contrações que ocorrem durante o resfriamento de peças fundidas
- Conceito de massalote.
- Funções de um massalote.
2. Massalotes
- Tipos de massalotes.
- Mecanismos de formação de rechupes.
- Requisitos de um massalote.
3. Projeto de Massalotes
- Requisito Térmico – Módulo de Resfriamento
- Requisito Volumétrico – Volume do Rechupe – Coeficiente de Contração
Volumétrica
- Casos Particulares – ferros fundidos cinzentos, vermiculares e nodulares.
4. Roteiro para o Projeto de Massalotes.
- Seqüência de procedimentos para dimensionamento, determinação da quantidade e da
localização de massalotes em moldes de areia e coquilhas.
Disciplina: Fundição dos metais e suas ligas
Professor: Guilherme O. Verran
Contrações durante a obtenção de uma
peça fundida:
Contração no
Estado Líquido
Contração na
Solidificação
Contração no
Estado Sólido
⇒⇒⇒⇒
Desde a temperatura
de vazamento até a de
início da solidificação
⇒⇒⇒⇒ Do início até o final
da solidificação
⇒⇒⇒⇒
Do final da
solidificação até
a temperatura
ambiente
Compensadas
pelo uso de
Massalotes
Compensada
na Fabricação
dos
Ferramentais
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Representação esquemática da contração (“shrinkage”) de aço baixo carbono,
mostrando a contribuição dos três diferentes estágios da solidificação:
contração no líquido, contração na solidificação e contração no sólido.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Representação esquemática da contração de um ¨cubo¨ de ferro fundido
(a) Metal Líquido Inicial (b) Formação de uma ¨casca
sólida¨ e do vazio de contração
(c) Contração interna.
(d) Contração interna
+ contração externa
(e) Vazio na superfície
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
MASSALOTES
Massalotes ou Montantes são “reservatórios
de metal líquido” que constituem os
sistemas de canais de alimentação de
peças fundidas
Massalote
Parte da peça fundida
alimentada pelo massalote
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Função dos Massalotes: compensar as contrações no
estado líquido e de solidificação de metais e suas ligas
garantindo assim a sanidade das peças obtidas.
Massalote
Rechupe
Peça
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Solidificação
Direcional
Solidificação Progressiva
Massalote
(alimentador)
¨Riser¨
Solidificação direcional e progressiva numa peça com massalote
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Methods of controlling shrinkage in an iron cube to reduce riser size. (a) Open-top riser. (b)
Open-top riser plus chill. (c) Small open-top riser plus chill. (d) Insulated riser. (e) Insulated
riser plus chill
Grau de Sanidade ⇒⇒⇒⇒
Parâmetro fundamental no
dimensionamento e na
localização dos massalotes
O projeto de um massalote visa basicamente:
• Obter uma alimentação eficiente ⇒⇒⇒⇒
Peças com
sanidade interna
• Obter o máximo rendimento metálico ⇒⇒⇒⇒
Economia no
processo
• Facilitar a operação de limpeza da
peça
⇒⇒⇒⇒ ↑↑↑↑ Produtividade
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Líquido
Sólido
Vs
T (decrescente)
∆∆∆∆V
Vi
Superaquecimento Metal Sólido
Vo
Ts
Contrações na solidificação
de um Metal Puro
Modelo de Solidificação
Progressiva
Característica de um
Metal Puro
⇒
Solidificação a uma
temperatura constante
⇒
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Representação esquemática do modelo de solidificação de um metal puro
INTERFACE PLANA
• COMPOSIÇÃO
EUTÉTICA
• METAIS PUROS
Ligas que solidificam
com temperatura constante
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Contrações na solidificação
de uma Liga com Intervalo de
Solidificação
Modelo de Solidificação
Extensiva
Característica de
uma Liga ⇒ Solidificação em uma
faixa de temperaturas
⇒
Líquido
Sólido
Semi-Sólido
Vf
T (decrescente)
∆∆∆∆V
Vi
Superaquecimento Metal
Sólido
Vc
Metal
Pastoso
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Representação esquemática do modelo de solidificação de uma liga com
pequeno intervalo de solidificação.
Ligas com pequeno
intervalo de solidificação
• AÇOS
• FERROS FUNDIDOS
• LATÕES
FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO
PLANA
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Representação esquemática do modelo de solidificação de uma liga com
grande intervalo de solidificação.
Ligas com grande
intervalo de solidificação
• LIGAS DE Al HIPOEUTÉTICAS
• BRONZES
FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO
DENDRÍTICA
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Tabela I: Valores de Contração Volumétrica de Solidificação
para alguns metais e ligas.
MATERIAL CONTRAÇÃO (%)
Aço carbono 2,5 – 3,5
Alumínio 6,5
Cobre 5,0
Ferro fundido branco 4,0 – 5,5
Ferro fundido cinzento 0 – 2,0
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
CONTRAÇÃO DE SOLIDIFICAÇÃO
METAIS LINEAR SUPERFICIAL CÚBICA
AÇO 0,018= 1/55 0,036= 1/28 0,054= 1/18
FERRO
FUNDIDO
0,010= 1/100 0,020 1/50 0,030= 1/33
ALUMÍNIO 0,018= 1/55 0,036= 1/28 0,054= 1/18
CHUMBO 0,011= 1/90 0,022= 1/45 0,033= 1/30
Tabela II: Valores de Contrações Linear, Superficial e
Volumétrica na Solidificação para alguns metais e ligas.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Liga com pequeno intervalo
de solidificação
Liga com grande intervalo de
solidificação
Influência do modo de solidificação na alimentação de
peças fundidas
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Formas de rechupes em peças fundidas para ligas que solidificam de
forma progressiva
Rechupes na linha
central
Macro rechupe em
ponto quente
Metal com Sanidade
Peça
Massalote
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Macro Rechupes Dispersos num
Ponto Quente
Macro Rechupes Dispersos no Massalote
e nas suas proximidades
Micro Rechupes dispersos,
normalmente em camadas
Formas de rechupes em peças fundidas em areia para ligas com
grande intervalo de solidificação.
Peça
Massalote
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Classificação das principais ligas quanto ao modelo de
solidificação
• Ligas que solidificam
com temperatura constante
INTERFACE
PLANA
• COMPOSIÇÃO
EUTÉTICA
• METAIS PUROS
• Ligas com pequeno
intervalo de solidificação
• AÇOS
• FERROS
FUNDIDOS
• LATÕES
FRENTE DE
SOLIDIFICAÇÃO
PLANA
• Ligas com grande
intervalo de solidificação
• LIGAS DE Al
HIPOEUTÉTICAS
• BRONZES
FRENTE DE
SOLIDIFICAÇÃO
DENDRÍTICA
• Ligas com expansão
volumétrica em algum
estágio da solidificação
• FERROS FUNDIDOS
CINZENTOS E NODULARES
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Carbono (%)
Temperatura(0C)
1100
1140
1180
1220
1260
1300
3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4
L
L +Feγ
Feγ + Fe3C
Feγ + grafita
1ª fase: Solidificação pró-eutética
⇒ formação de dendritas de Fe γ
Ocorre a contração
na solidificação
2ª fase: Solidificação do
eutético - Fe γ + grafita
Ocorrem expansão( formação
da grafita) e contração
(formação da austenita (Fe γ).
Solidificação de ferro fundido cinzento
(diagrama Fe-C estável)
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Consequências dos diferentes modelos de
solidificação na prática de alimentação.
FRENTE DE
SOLIDIFICAÇÃO
PLANA
⇒
• Necessidade de promover solidificação
direcionada na própria peça e do (s) ponto
(s) quente(s) para o massalote
• Maior facilidade de alimentação
FRENTE DE
SOLIDIFICAÇÃO
DENDRÍTICA
⇒
• Baixa temperatura de vazamento
• Uso de Resfriadores
• Ataques nas partes finas
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Aberto – De topo Cego – De topo
Cego – LateralAberto – Lateral
TIPOS DE MASSALOTES
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Riser configurations
and their characteristic
values (Mr, Vr, D, H)
Configurações de massalotes e
seus valores característicos
(Mm, Vm, D, H)
Mecanismo de Formação de Rechupes
Evolução da solidificação de parte de uma peça,
mostrando com se forma um rechupe.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Condições para um bom funcionamento do massalote:
1. O massalote deve ser localizado junto a
parte da peça que solidifica por último.
• Qual(is) é(são) a (s) parte(s) da peça que solidifica(m) por
último?
⇓⇓⇓⇓
Método de Heuvers (Círculos Inscritos)
• Qual a Zona de Ação do massalote?
Zona de Ação: distância ao
longo da peça, na qual o
massalote é efetivo
⇒⇒⇒⇒ Distância de
Alimentação
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Plaqueta
Exotérmica
Rechupe Resfriador
Formação de Rechupe
na Região C
Placa Exotérmica
⇓⇓⇓⇓
↑↑↑↑ Tempo de
Solidificação
Resfriador
⇓⇓⇓⇓
↓↓↓↓ Tempo de
Solidificação
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Zona de Ação ou Distância de Alimentação
Distância Máxima
Efeito PontaContribuição
do massalote
Distância máxima de alimentação em placas de aço.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Região que solidifica
mais rápido
Zona de Ação ou Distância de Alimentação
Quando a distância máxima de alimentação é excedida ocorre a
formação de rechupes na região indicada no desenho
Isento
Rechupes na linha de centroVariável
Comprimento maior que a máxima
distância de alimentação do massalote
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Zona de Ação ou Distância de Alimentação
Distância de alimentação adicional devido
ao uso de um resfriador (Ex.: aço em molde de areia)
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
2. O massalote deve solidificar após a parte da
peça que deve ser alimentada.
Módulo de Resfriamento M = V/S
Regra de Chvorinov ts = k M2
V= volume da peça (ou parte da peça a ser alimentada)
S = superfície da peça que sofre resfriamento através das paredes
do molde
ts = tempo de solidificação (s)
K = constante que depende dos materiais do molde e
da peça, e da temperatura de vazamento
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
3. O massalote deve conter quantidade suficiente
de metal líquido.
Volume massalote > Volume do rechupe em
formação na peça
4. O massalote deve atuar com pressão máxima
durante o tempo de solidificação
5. O Massalote deve ter o peso mínimo em relação
ao peso da peça
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
Requisito
Térmico
O massalote deve apresentar um módulo
de resfriamento maior que o da peça
⇒⇒⇒⇒
MM = K . MP
MM = Módulo do Massalote
MP = Módulo da Peça
K = Coeficiente de Segurança
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Valores de K para algumas condições práticas:
Liga Molde Tipo de Massalote K crítico
FoFo Cinzento
CE 4,2 P <<<<0,2
Areia Verde
De Topo (2)
Lateral (1)
De Topo (1)
0,30
0,88
1,00
FoFo Cinzento
CE 4,2 P <<<<0,6
Areia Verde De Topo (1) e (2) 1,09
FoFo Cinzento Rígido De Topo (1) 0,60
Aço Baixo C
Areia Verde
Areia Estufada
De Topo (1)
De Topo (1)
1,29
1,16
Aço Inox 18-8 A.Verde/Estufada De Topo (1) 1,15
(1) Altura Fixa/Diâmetro Variável (2) Diâmetro Fixa/Altura VariávelObs. :
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Valores de K para algumas condições práticas:
Liga Molde Tipo de Massalote K crítico
Bronze Al Areia Verde De Topo (1) 1,12
1,14Bronze Mn Areia Verde De Topo (1) ou (2)
Monel De Topo 1,15Areia Seca
(1) Altura Fixa/Diâmetro Variável (2) Diâmetro Fixa/Altura VariávelObs. :
Ligas de Al De Topo 1,25Areia Verde
Liga Al12Si De Topo 1,20Areia Verde
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
Requisito
Volumétrico
O volume do massalote deve ser maior ou
igual ao volume de metal a ser fornecido
para compensação da contração durante a
solidificação.
⇒⇒⇒⇒
VM = VP . b / ηηηη - b
VP = Volume da peça (ou parte da peça a ser alimentada)
b = Coeficiente de contração volumétrica
Equação Básica ⇒⇒⇒⇒
ηηηη = Rendimento do massalote ⇒⇒⇒⇒Caso
Geral
η = 14%
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Valores de b para diversas ligas metálicas:
Liga Superaquecimento 500C Superaquecimento 1500C
Bronze 0,04 0,045
Latão Especial 0,07 0,075
Latão Comum 0,06 0,065
Ligas de Mg 0,045-0,05 0,05-0,06
Al Si (10-13) 0,045 0,05
Al Si (05-10) 0,065-0,075 0,07-0,08
Al Cu (04-08) 0,065-0,075 0,07-0,08
Al Mg (03-06) 0,08 0,085-0,09
Aço C 0,8 0,06 0,07
Aço C 0,3 0,05 0,06
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Dimensionamento pelo Sistema Francês
Equação Básica ⇒⇒⇒⇒ VM ≥≥≥≥ k’ . b . Vc
b = Coeficiente de Contração Volumétrica
k’ = Coeficiente de Segurança ⇒⇒⇒⇒ Depende das condições de
funcionamento do Massalote
Tipo de Massalote k’
Massalote Comum
Aquecido p/Ataque
Coberto c/ Exotérmico
FoFo em Molde Rígido
C/ Luva Exotérmica
6
5
4
3
2
VC = VP . dS / dL
dS = densidade no estado sólido
dL = densidade no estado líquido
Caso Geral : dS / dL = 1,14
FoFos : dS / dL = 1,06
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Dimensionamento do Pescoço
(Ligação Peça – Massalote)
Caso Geral: o pescoço deve apresentar um tempo de
solidificação intermediário entre o da peça e do massalote.
Segundo Vlodaver : MP : MPESC : MM = 1 : 1,1 : 1,2
Caso Particular (Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares) : se usa a
expansão da grafita como compensação da contração, os massalotes
só devem alimentar as contrações de solidificação da fase pró-
eutética, devendo o pescoço solidificar antes do início da reação
eutética, evitando assim o fenômeno de refluxo.
MP : MPESC : MM = 1 : 0,8:1,05 -1,1
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Massalotes de Topo
Massalote lateral para
peça tipo ¨placa¨.
Massalotes laterais
Regras Gerais para
Design de Pescoços
para Massolotes
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
Roteiro para Cálculo de Massalotes
1. Determinação do Módulo(ou dos módulos parciais) da Peça
2. Definição das Partes da Peça a serem Alimentadas
a. Cálculo dos Módulos Parciais
b. Estabelecimento da Ordem de Solidificação na Peça
c. Determinação dos Pontos Quentes
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
3. Determinação do Número de Massalotes
Uso da Regra da Zona de Ação ou Distância de Alimentação
- Tipo de metal ou liga
- Modelo de solidificação
- Geometria da peça
- Grau de superaquecimento
- Uso de resfriadores
Valores
Tabelados
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
4. Dimensionamento do Massalote
4.1 Requisito Térmico
Módulo do Massalote
MM = K . MP
4.2 Requisito Volumétrico
Volume do Massalote
VM > Vrechupe
Escolher a condição
mais crítica.
Determinar as dimensões
do massalote que satisfaz
esta condição.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran
Projetos de Massalotes
5 . Dimensionamento do Pescoço do Massalote.
6 . Distribuição dos massalotes ao longo da peça
(esquema)
7 . Cálculo do Rendimento Metalúrgico.
Contração e alimentação de peças fundidas.
Disciplina: Fundição
Professor: Guilherme O. Verran

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Recozimento e normalização
Recozimento e normalizaçãoRecozimento e normalização
Recozimento e normalização
 
Aula3 soldagem a arco elétrico
Aula3   soldagem a arco elétricoAula3   soldagem a arco elétrico
Aula3 soldagem a arco elétrico
 
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSATRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
 
8.4 soldagem
8.4   soldagem8.4   soldagem
8.4 soldagem
 
Forjamento
ForjamentoForjamento
Forjamento
 
Exercicios soldagem
Exercicios soldagemExercicios soldagem
Exercicios soldagem
 
Alumínio e suas ligas
Alumínio e suas ligasAlumínio e suas ligas
Alumínio e suas ligas
 
Forjamento
ForjamentoForjamento
Forjamento
 
Processos de conformação parte ii
Processos de conformação   parte iiProcessos de conformação   parte ii
Processos de conformação parte ii
 
MONITORAMENTO DA CORROSÃO
MONITORAMENTO DA CORROSÃOMONITORAMENTO DA CORROSÃO
MONITORAMENTO DA CORROSÃO
 
Discordância
Discordância Discordância
Discordância
 
Lista 1 2 e 3 gabarito
Lista 1 2 e 3 gabaritoLista 1 2 e 3 gabarito
Lista 1 2 e 3 gabarito
 
Soldagem 1
Soldagem   1Soldagem   1
Soldagem 1
 
defeitosemsoldagem
defeitosemsoldagemdefeitosemsoldagem
defeitosemsoldagem
 
Fadiga em metais
Fadiga em metaisFadiga em metais
Fadiga em metais
 
APOSOTILA SENAI 1
APOSOTILA SENAI 1APOSOTILA SENAI 1
APOSOTILA SENAI 1
 
Soldagem com eletrodo revestido
Soldagem com eletrodo revestidoSoldagem com eletrodo revestido
Soldagem com eletrodo revestido
 
Curso De Soldagem Mig Mag
Curso De Soldagem Mig MagCurso De Soldagem Mig Mag
Curso De Soldagem Mig Mag
 
Laminação
Laminação Laminação
Laminação
 
Conformação Mecânica trefilação
Conformação Mecânica trefilaçãoConformação Mecânica trefilação
Conformação Mecânica trefilação
 

Semelhante a Aula 07 contra__o_e_alimenta__o_de_pe_as_fundidas

propriedades mecânicas metálicas.pdf
propriedades mecânicas metálicas.pdfpropriedades mecânicas metálicas.pdf
propriedades mecânicas metálicas.pdfMarclioDQuintela
 
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...rafaelluiz87
 
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições Cristalinas
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições CristalinasCiências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições Cristalinas
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições CristalinasFelipe Machado
 
Metalurgia - Soldagem
Metalurgia - SoldagemMetalurgia - Soldagem
Metalurgia - SoldagemEverton Costa
 
Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Karina Mello
 
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoMecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoelizethalves
 
Acta microscopica 2007_silva netoov
Acta microscopica 2007_silva netoovActa microscopica 2007_silva netoov
Acta microscopica 2007_silva netoovKarina Mello
 
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfCapítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfGISELEFERREIRALIMONT
 
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdf
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdfPrincipios_de_Metalurgia_Fisica.pdf
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdfGabriel81829
 
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem cópia
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem   cópiaAula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem   cópia
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem cópiajacqueagnet
 

Semelhante a Aula 07 contra__o_e_alimenta__o_de_pe_as_fundidas (13)

propriedades mecânicas metálicas.pdf
propriedades mecânicas metálicas.pdfpropriedades mecânicas metálicas.pdf
propriedades mecânicas metálicas.pdf
 
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...
3ª+aula+ +fundamentos+de+materiais+metálicos+i+-+mecanismos+de+endurecimento+...
 
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições Cristalinas
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições CristalinasCiências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições Cristalinas
Ciências dos Materiais - Aula 6 - Imperfeições Cristalinas
 
Metalurgia - Soldagem
Metalurgia - SoldagemMetalurgia - Soldagem
Metalurgia - Soldagem
 
Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007
 
Solidificação
SolidificaçãoSolidificação
Solidificação
 
Mecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimentoMecanismos de endurecimento
Mecanismos de endurecimento
 
Apostila fundição cap.1
Apostila fundição   cap.1Apostila fundição   cap.1
Apostila fundição cap.1
 
Acta microscopica 2007_silva netoov
Acta microscopica 2007_silva netoovActa microscopica 2007_silva netoov
Acta microscopica 2007_silva netoov
 
Resumo - EPP.pptx
Resumo - EPP.pptxResumo - EPP.pptx
Resumo - EPP.pptx
 
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfCapítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
 
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdf
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdfPrincipios_de_Metalurgia_Fisica.pdf
Principios_de_Metalurgia_Fisica.pdf
 
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem cópia
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem   cópiaAula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem   cópia
Aula mecânica e eletromecânica tecnologia da soldagem cópia
 

Último

NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 

Último (7)

NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 

Aula 07 contra__o_e_alimenta__o_de_pe_as_fundidas

  • 1. Aula 07 – Contração e Alimentação de Peças Fundidas 1. Introdução - Contrações que ocorrem durante o resfriamento de peças fundidas - Conceito de massalote. - Funções de um massalote. 2. Massalotes - Tipos de massalotes. - Mecanismos de formação de rechupes. - Requisitos de um massalote. 3. Projeto de Massalotes - Requisito Térmico – Módulo de Resfriamento - Requisito Volumétrico – Volume do Rechupe – Coeficiente de Contração Volumétrica - Casos Particulares – ferros fundidos cinzentos, vermiculares e nodulares. 4. Roteiro para o Projeto de Massalotes. - Seqüência de procedimentos para dimensionamento, determinação da quantidade e da localização de massalotes em moldes de areia e coquilhas. Disciplina: Fundição dos metais e suas ligas Professor: Guilherme O. Verran
  • 2. Contrações durante a obtenção de uma peça fundida: Contração no Estado Líquido Contração na Solidificação Contração no Estado Sólido ⇒⇒⇒⇒ Desde a temperatura de vazamento até a de início da solidificação ⇒⇒⇒⇒ Do início até o final da solidificação ⇒⇒⇒⇒ Do final da solidificação até a temperatura ambiente Compensadas pelo uso de Massalotes Compensada na Fabricação dos Ferramentais Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 3. Representação esquemática da contração (“shrinkage”) de aço baixo carbono, mostrando a contribuição dos três diferentes estágios da solidificação: contração no líquido, contração na solidificação e contração no sólido. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 4. Representação esquemática da contração de um ¨cubo¨ de ferro fundido (a) Metal Líquido Inicial (b) Formação de uma ¨casca sólida¨ e do vazio de contração (c) Contração interna. (d) Contração interna + contração externa (e) Vazio na superfície Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 5. MASSALOTES Massalotes ou Montantes são “reservatórios de metal líquido” que constituem os sistemas de canais de alimentação de peças fundidas Massalote Parte da peça fundida alimentada pelo massalote Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 6. Função dos Massalotes: compensar as contrações no estado líquido e de solidificação de metais e suas ligas garantindo assim a sanidade das peças obtidas. Massalote Rechupe Peça Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 7. Solidificação Direcional Solidificação Progressiva Massalote (alimentador) ¨Riser¨ Solidificação direcional e progressiva numa peça com massalote Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 8. Methods of controlling shrinkage in an iron cube to reduce riser size. (a) Open-top riser. (b) Open-top riser plus chill. (c) Small open-top riser plus chill. (d) Insulated riser. (e) Insulated riser plus chill
  • 9. Grau de Sanidade ⇒⇒⇒⇒ Parâmetro fundamental no dimensionamento e na localização dos massalotes O projeto de um massalote visa basicamente: • Obter uma alimentação eficiente ⇒⇒⇒⇒ Peças com sanidade interna • Obter o máximo rendimento metálico ⇒⇒⇒⇒ Economia no processo • Facilitar a operação de limpeza da peça ⇒⇒⇒⇒ ↑↑↑↑ Produtividade Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 10. Líquido Sólido Vs T (decrescente) ∆∆∆∆V Vi Superaquecimento Metal Sólido Vo Ts Contrações na solidificação de um Metal Puro Modelo de Solidificação Progressiva Característica de um Metal Puro ⇒ Solidificação a uma temperatura constante ⇒ Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 11. Representação esquemática do modelo de solidificação de um metal puro INTERFACE PLANA • COMPOSIÇÃO EUTÉTICA • METAIS PUROS Ligas que solidificam com temperatura constante Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 12. Contrações na solidificação de uma Liga com Intervalo de Solidificação Modelo de Solidificação Extensiva Característica de uma Liga ⇒ Solidificação em uma faixa de temperaturas ⇒ Líquido Sólido Semi-Sólido Vf T (decrescente) ∆∆∆∆V Vi Superaquecimento Metal Sólido Vc Metal Pastoso Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 13. Representação esquemática do modelo de solidificação de uma liga com pequeno intervalo de solidificação. Ligas com pequeno intervalo de solidificação • AÇOS • FERROS FUNDIDOS • LATÕES FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO PLANA Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 14. Representação esquemática do modelo de solidificação de uma liga com grande intervalo de solidificação. Ligas com grande intervalo de solidificação • LIGAS DE Al HIPOEUTÉTICAS • BRONZES FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO DENDRÍTICA Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 15. Tabela I: Valores de Contração Volumétrica de Solidificação para alguns metais e ligas. MATERIAL CONTRAÇÃO (%) Aço carbono 2,5 – 3,5 Alumínio 6,5 Cobre 5,0 Ferro fundido branco 4,0 – 5,5 Ferro fundido cinzento 0 – 2,0 Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 16. CONTRAÇÃO DE SOLIDIFICAÇÃO METAIS LINEAR SUPERFICIAL CÚBICA AÇO 0,018= 1/55 0,036= 1/28 0,054= 1/18 FERRO FUNDIDO 0,010= 1/100 0,020 1/50 0,030= 1/33 ALUMÍNIO 0,018= 1/55 0,036= 1/28 0,054= 1/18 CHUMBO 0,011= 1/90 0,022= 1/45 0,033= 1/30 Tabela II: Valores de Contrações Linear, Superficial e Volumétrica na Solidificação para alguns metais e ligas. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 17. Liga com pequeno intervalo de solidificação Liga com grande intervalo de solidificação Influência do modo de solidificação na alimentação de peças fundidas Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 18. Formas de rechupes em peças fundidas para ligas que solidificam de forma progressiva Rechupes na linha central Macro rechupe em ponto quente Metal com Sanidade Peça Massalote Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 19. Macro Rechupes Dispersos num Ponto Quente Macro Rechupes Dispersos no Massalote e nas suas proximidades Micro Rechupes dispersos, normalmente em camadas Formas de rechupes em peças fundidas em areia para ligas com grande intervalo de solidificação. Peça Massalote Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 20. Classificação das principais ligas quanto ao modelo de solidificação • Ligas que solidificam com temperatura constante INTERFACE PLANA • COMPOSIÇÃO EUTÉTICA • METAIS PUROS • Ligas com pequeno intervalo de solidificação • AÇOS • FERROS FUNDIDOS • LATÕES FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO PLANA • Ligas com grande intervalo de solidificação • LIGAS DE Al HIPOEUTÉTICAS • BRONZES FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO DENDRÍTICA • Ligas com expansão volumétrica em algum estágio da solidificação • FERROS FUNDIDOS CINZENTOS E NODULARES Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 21. Carbono (%) Temperatura(0C) 1100 1140 1180 1220 1260 1300 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 L L +Feγ Feγ + Fe3C Feγ + grafita 1ª fase: Solidificação pró-eutética ⇒ formação de dendritas de Fe γ Ocorre a contração na solidificação 2ª fase: Solidificação do eutético - Fe γ + grafita Ocorrem expansão( formação da grafita) e contração (formação da austenita (Fe γ). Solidificação de ferro fundido cinzento (diagrama Fe-C estável) Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 22. Consequências dos diferentes modelos de solidificação na prática de alimentação. FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO PLANA ⇒ • Necessidade de promover solidificação direcionada na própria peça e do (s) ponto (s) quente(s) para o massalote • Maior facilidade de alimentação FRENTE DE SOLIDIFICAÇÃO DENDRÍTICA ⇒ • Baixa temperatura de vazamento • Uso de Resfriadores • Ataques nas partes finas Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 23. Aberto – De topo Cego – De topo Cego – LateralAberto – Lateral TIPOS DE MASSALOTES Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 24. Riser configurations and their characteristic values (Mr, Vr, D, H) Configurações de massalotes e seus valores característicos (Mm, Vm, D, H)
  • 25. Mecanismo de Formação de Rechupes Evolução da solidificação de parte de uma peça, mostrando com se forma um rechupe. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 26. Condições para um bom funcionamento do massalote: 1. O massalote deve ser localizado junto a parte da peça que solidifica por último. • Qual(is) é(são) a (s) parte(s) da peça que solidifica(m) por último? ⇓⇓⇓⇓ Método de Heuvers (Círculos Inscritos) • Qual a Zona de Ação do massalote? Zona de Ação: distância ao longo da peça, na qual o massalote é efetivo ⇒⇒⇒⇒ Distância de Alimentação Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 27. Plaqueta Exotérmica Rechupe Resfriador Formação de Rechupe na Região C Placa Exotérmica ⇓⇓⇓⇓ ↑↑↑↑ Tempo de Solidificação Resfriador ⇓⇓⇓⇓ ↓↓↓↓ Tempo de Solidificação Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 28. Zona de Ação ou Distância de Alimentação Distância Máxima Efeito PontaContribuição do massalote Distância máxima de alimentação em placas de aço. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Região que solidifica mais rápido
  • 29. Zona de Ação ou Distância de Alimentação Quando a distância máxima de alimentação é excedida ocorre a formação de rechupes na região indicada no desenho Isento Rechupes na linha de centroVariável Comprimento maior que a máxima distância de alimentação do massalote Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 30. Zona de Ação ou Distância de Alimentação Distância de alimentação adicional devido ao uso de um resfriador (Ex.: aço em molde de areia) Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 31. 2. O massalote deve solidificar após a parte da peça que deve ser alimentada. Módulo de Resfriamento M = V/S Regra de Chvorinov ts = k M2 V= volume da peça (ou parte da peça a ser alimentada) S = superfície da peça que sofre resfriamento através das paredes do molde ts = tempo de solidificação (s) K = constante que depende dos materiais do molde e da peça, e da temperatura de vazamento Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 32. 3. O massalote deve conter quantidade suficiente de metal líquido. Volume massalote > Volume do rechupe em formação na peça 4. O massalote deve atuar com pressão máxima durante o tempo de solidificação 5. O Massalote deve ter o peso mínimo em relação ao peso da peça Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 33. Projetos de Massalotes Requisito Térmico O massalote deve apresentar um módulo de resfriamento maior que o da peça ⇒⇒⇒⇒ MM = K . MP MM = Módulo do Massalote MP = Módulo da Peça K = Coeficiente de Segurança Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 34. Valores de K para algumas condições práticas: Liga Molde Tipo de Massalote K crítico FoFo Cinzento CE 4,2 P <<<<0,2 Areia Verde De Topo (2) Lateral (1) De Topo (1) 0,30 0,88 1,00 FoFo Cinzento CE 4,2 P <<<<0,6 Areia Verde De Topo (1) e (2) 1,09 FoFo Cinzento Rígido De Topo (1) 0,60 Aço Baixo C Areia Verde Areia Estufada De Topo (1) De Topo (1) 1,29 1,16 Aço Inox 18-8 A.Verde/Estufada De Topo (1) 1,15 (1) Altura Fixa/Diâmetro Variável (2) Diâmetro Fixa/Altura VariávelObs. : Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 35. Valores de K para algumas condições práticas: Liga Molde Tipo de Massalote K crítico Bronze Al Areia Verde De Topo (1) 1,12 1,14Bronze Mn Areia Verde De Topo (1) ou (2) Monel De Topo 1,15Areia Seca (1) Altura Fixa/Diâmetro Variável (2) Diâmetro Fixa/Altura VariávelObs. : Ligas de Al De Topo 1,25Areia Verde Liga Al12Si De Topo 1,20Areia Verde Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 36. Projetos de Massalotes Requisito Volumétrico O volume do massalote deve ser maior ou igual ao volume de metal a ser fornecido para compensação da contração durante a solidificação. ⇒⇒⇒⇒ VM = VP . b / ηηηη - b VP = Volume da peça (ou parte da peça a ser alimentada) b = Coeficiente de contração volumétrica Equação Básica ⇒⇒⇒⇒ ηηηη = Rendimento do massalote ⇒⇒⇒⇒Caso Geral η = 14% Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 37. Valores de b para diversas ligas metálicas: Liga Superaquecimento 500C Superaquecimento 1500C Bronze 0,04 0,045 Latão Especial 0,07 0,075 Latão Comum 0,06 0,065 Ligas de Mg 0,045-0,05 0,05-0,06 Al Si (10-13) 0,045 0,05 Al Si (05-10) 0,065-0,075 0,07-0,08 Al Cu (04-08) 0,065-0,075 0,07-0,08 Al Mg (03-06) 0,08 0,085-0,09 Aço C 0,8 0,06 0,07 Aço C 0,3 0,05 0,06 Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 38. Dimensionamento pelo Sistema Francês Equação Básica ⇒⇒⇒⇒ VM ≥≥≥≥ k’ . b . Vc b = Coeficiente de Contração Volumétrica k’ = Coeficiente de Segurança ⇒⇒⇒⇒ Depende das condições de funcionamento do Massalote Tipo de Massalote k’ Massalote Comum Aquecido p/Ataque Coberto c/ Exotérmico FoFo em Molde Rígido C/ Luva Exotérmica 6 5 4 3 2 VC = VP . dS / dL dS = densidade no estado sólido dL = densidade no estado líquido Caso Geral : dS / dL = 1,14 FoFos : dS / dL = 1,06 Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 39. Dimensionamento do Pescoço (Ligação Peça – Massalote) Caso Geral: o pescoço deve apresentar um tempo de solidificação intermediário entre o da peça e do massalote. Segundo Vlodaver : MP : MPESC : MM = 1 : 1,1 : 1,2 Caso Particular (Ferros Fundidos Cinzentos e Nodulares) : se usa a expansão da grafita como compensação da contração, os massalotes só devem alimentar as contrações de solidificação da fase pró- eutética, devendo o pescoço solidificar antes do início da reação eutética, evitando assim o fenômeno de refluxo. MP : MPESC : MM = 1 : 0,8:1,05 -1,1 Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 40. Massalotes de Topo Massalote lateral para peça tipo ¨placa¨. Massalotes laterais Regras Gerais para Design de Pescoços para Massolotes Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 41. Projetos de Massalotes Roteiro para Cálculo de Massalotes 1. Determinação do Módulo(ou dos módulos parciais) da Peça 2. Definição das Partes da Peça a serem Alimentadas a. Cálculo dos Módulos Parciais b. Estabelecimento da Ordem de Solidificação na Peça c. Determinação dos Pontos Quentes Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 42. Projetos de Massalotes 3. Determinação do Número de Massalotes Uso da Regra da Zona de Ação ou Distância de Alimentação - Tipo de metal ou liga - Modelo de solidificação - Geometria da peça - Grau de superaquecimento - Uso de resfriadores Valores Tabelados Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 43. Projetos de Massalotes 4. Dimensionamento do Massalote 4.1 Requisito Térmico Módulo do Massalote MM = K . MP 4.2 Requisito Volumétrico Volume do Massalote VM > Vrechupe Escolher a condição mais crítica. Determinar as dimensões do massalote que satisfaz esta condição. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran
  • 44. Projetos de Massalotes 5 . Dimensionamento do Pescoço do Massalote. 6 . Distribuição dos massalotes ao longo da peça (esquema) 7 . Cálculo do Rendimento Metalúrgico. Contração e alimentação de peças fundidas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran