Faremos da crise política atual um catalizador de reformas e mudanças necessárias ao aperfeiçoamento da democracia ou corremos o risco de um retrocesso? PEDRO FLORIANO RIBEIRO Professor de ciência política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e editor associado da Brazilian Political Science Review. Foi pesquisador da Fulbright Visiting Chair in Democracy and Human Development at the Kellogg Institute (Universidade de Notre Dame, EUA) e Celso Furtado Visiting Professor (Universidade de Cambridge, Reino Unido).

1. Eleições 2018: Brasil, quo vadis?
Pedro Floriano Ribeiro
Universidade Federal de São Carlos
Debate: Caminhos e descaminhos da política: da crise nascerá uma
democracia melhor?
Fundação FHC / RAPS
17 de outubro de 2018

2. Fragmentação – Câmara dos Deputados
16,4
30
3,1
0
5
10
15
20
25
30
35
1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018
ENPP Chamber of
Deputies
Nominal number of
parties (Chamber)
Effective number of
candidates - presidency

3. Fragmentação: pós cláusula desempenho
14
22
3,1
0
5
10
15
20
25
30
35
1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018
ENPP Chamber of
Deputies
Nominal number of
parties (Chamber)
Effective number of
candidates - presidency

4. Número efetivo de partidos parlamentares
Source: Gallagher (2017). Election indices dataset.
13,3
8.2
7.8 7.6 7.5
6.9 6.7
6.3 6.1 6.1 5.8 5.7
0
2
4
6
8
10
12
14

5. Como chegamos até aqui?

6. • Populismo de extrema direita: brecha no sistema.
• Falência de legitimidade da classe política:
corrupção, mas não só.
• Desastre econômico da gestão PT.
• Erros em série das elites partidárias: PT e PSDB
• Judiciário (STF/TSE): dificultou estabilização do
sistema.
• Fracasso das políticas de segurança pública.
A soma de todos os erros

7. • Incerteza. Amadorismo e improviso? Voluntarismo?
• Presidente: fonte de agenda, pivô negociador, fiador de
acordos e da estabilidade.
• Relações com o Congresso: partidos ou frentes?
• Costumes e segurança pública: conservadorismo.
• Economia: campo em disputa (liberais x estatismo militar
e corporações).
• Crise fiscal, breve lua de mel: como presidente irá reagir?
O que nos espera em 2019?

8. • Regressão democrática
• Séc. 18-19: competição entre elites
• Início séc. 20: inclusividade (sufrágio universal)
• Pós 2ª GM: direitos sociais e direitos das minorias
• Outras liberdades civis afetadas? Associação,
expressão, pensamento, cátedra.
• Laicidade do Estado brasileiro: em risco.
• Extrema direita: o novo ‘normal’?
• Centro e centro-direita democrática: encruzilhada
histórica.
O que nos espera em 2019?

9. Centro e direita democrática: quo vadis?

10. Obrigado!
pfribeiro@ufscar.br