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A informação
necessária
Painel do Poder
Painel do Poder
Uma ferramenta de apoio
no processo decisório
Setembro de 2018
A informação
necessária
O cenário político brasileiro é um exemplo de como a falta de informações precisas pode
levar a inquietações, instabilidade e paralisia de decisões de investimento pelos agentes
econômicos. As pesquisas estão entre os instrumentos mais efetivos para se coletar dados
em um contexto de dúvidas e incertezas.
A pesquisa Painel do Poder, uma ferramenta desenvolvida pela FleishmanHillard em parceria
com o Congresso em Foco, foi concebida como um instrumento para lidar com o cenário
de imprevisibilidade política brasileiro. Trata-se de um instrumento de apoio à decisão
de organizações sobre temas em discussão na esfera federal capazes de impactar seu
desempenho de forma direta ou indireta. Ele permite apreender, momentaneamente e em
séries históricas, a temperatura no ambiente parlamentar em relação ao governo federal, à
tramitação de propostas legislativas específicas e ao conjunto do cenário político brasileiro.
A pesquisa, que envolve a realização de quatro rodadas (ondas) anuais de sondagem com
as lideranças parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, monitora de forma
sistemática e com fundamentação científica a agenda do legislativo. O diferencial da pesquisa
é a qualificação do público ouvido: as principais lideranças do Congresso Nacional, formais
e informais, selecionadas pela equipe do Congresso em Foco a partir do conhecimento
acumulado ao longo de anos de cobertura da atuação do Legislativo federal brasileiro.
Políticos influentes na análise
de temas de interesse
Líderes e presidentes
de partidos
Presidentes de comissões
permanentes e de inquérito
Painel do Poder: uma escuta qualificada
O painel escuta a opinião dos
quadros que orientam o voto
de suas bancadas, definem as
questões prioritárias na agenda,
dialogam com o Executivo e são
ouvidos na avaliação de propostas
em tramitação. É capaz de extrair
informações estratégicas sobre
a temperatura das principais
pautas de interesse público ou
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e identificar riscos regulatórios.
Setembro de 2018
Especial
eleições 2018
Setembro de 2018
As duas últimas ondas do Painel do Poder, por exemplo, realizadas em junho e em setembro
de 2018, revelaram que, na opinião dos principais líderes do Congresso Nacional, os temas
que mais teriam importância na decisão dos eleitores em outubro seriam segurança pública,
criação de empregos e corrupção. Estes temas foram apontados como relevantes tanto na
escolha do Presidente da República quanto dos parlamentares. Dados que, projetados no
contexto de definição das candidaturas, ofereceram subsídios valiosos para antecipar o atual
cenário de polarização da disputa presidencial.
Antecipação do debate eleitoral
Os debates envolvendo as duas candidaturas mais bem posicionadas para disputar o segundo
turno articulam-se precisamente em torno desses eixos. O candidato líder nas pesquisas,
deputado Jair Bolsonaro (PSL), tem seu discurso fortemente ancorado na defesa da ordem, do
uso da força e no combate à corrupção. O segundo colocado, Fernando Haddad (PT) apoia-se
na promessa de tornar o Brasil “feliz de novo”, em uma referência ao período de crescimento
econômico experimentado no passado, com baixas taxas de desemprego e expansão da renda.
Capacidade de articulação com o Congresso
Esta terceira onda, que ouviu lideranças entre os dias 3 e 10 setembro, revela que Jair
Bolsonaro é, entre os candidatos à Presidência, um dos que menos facilidade terá, sob a
ótica das lideranças, para articular-se com o Legislativo federal de forma a levar a frente
reformas econômicas e fiscais. Apenas 1,75% dos líderes ouvidos o apontaram com alguém
com capacidade de articulação, embora contabilize sete mandatos seguidos na Câmara dos
Deputados. Geraldo Alckmin (PSDB) surge em primeiro lugar nesta competência (59,66%),
seguido de Fernando Haddad (17,54%).
Especial
eleições 2018
1,75%
1,75%
3,51%
5,26%
10,53%
17,54%
59,66%
Álvaro Dias (Podemos)
Jair Bolsona ro (PSL)
Henrique Meirelles
Ciro Gomes (PDT)
Não sabe/Não respon deu
Fernando Haddad (PT)
Geraldo Alckmin (PSDB)
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00%
Maior facilidade para
relacionar-se e aprovar reformas
Setembro de 2018
DEM
PSL
PT
PP
31,58%
28,07%
22,81%
35,09%
Futuro das reformas
Para a maioria dos líderes ouvidos, a Reforma da Previdência (citada por 33% dos entrevistados)
e a Reforma Tributária (32%) são as pautas com maiores chances de serem votadas pela
próxima composição do Congresso Nacional, a ser eleita em outubro. A flexibilização da
emenda constitucional que fixou um teto de crescimento dos gastos públicos também é
citada, mas com mais reservas: 12% acreditam que a elevação do teto será debatida. Ainda
na opinião das lideranças, o aumento de impostos para empresas e a elevação tributos sobre
consumo são os temas com menor chance de prosperar.
Os que crescem e os que encolhem
Quando convidados a opinar sobre quais partidos mais crescerão, surgem o Democratas e o PSL
de Jair Bolsonaro, seguidos do Partido dos Trabalhadores. Este último mostra recuperação em
relação à rodada de junho, quando apenas 13% dos entrevistados acreditavam que o partido
seria capaz de expandir o número de representantes.
Refletindo os baixíssimos níveis de aprovação do governo Temer, a maior parte aposta que o MDB
encolherá, seguido do PT (abalado pela Lava Jato) e o PSDB, com dificuldade de emplacar seu
candidato presidencial, apesar da extensa coligação.
Partidos que ampliarão bancadas
Partidos que perderão vagas
MDB
PT
PSDB
DEM 17,54%
33,33%
59,65%
63,16%
Setembro de 2018
Revólver e bíblia
Na avaliação dos mais influentes do Congresso, a causa da segurança pública será um
importante cabo eleitoral: 63% acreditam que a chamada “bancada da bala” aumentará,
seguida da bancada evangélica (61%).
Privatização como carro-chefe
A expansão das privatizações de empresas estatais como forma de reduzir a presença do
estado na economia e arrecadar recursos para reduzir o déficit fiscal é a principal aposta dos
parlamentares líderes consultados pelo Painel do Poder: 58% informam acreditar nisso.
Setembro de 2018
Fundo do poço
O Painel do Poder mede de forma sistemática a perspectiva que os líderes têm sobre o
desempenho do governo dos próximos meses em diversas áreas. Variando de -100 a +100, o
Índice de Avaliação do Governo aponta que há tendência de melhora quando está no campo
positivo e de piora quando no campo negativo. O governo Temer ostenta sua pior performance
desde março de 2017.
Setembro de 2018
Antecipação de
cenários, riscos
e oportunidades
Setembro de 2018
Antecipação de
cenários, riscos
e oportunidades
O Painel do Poder já permitiu a antecipação de outros cenários importantes, como por
exemplo as dificuldades enfrentadas pelo Governo Federal em aprovar uma proposta
de reforma da Previdência. Em março de 2017, 42% dos líderes entrevistados se
disseram totalmente contrários ou contrários com ressalvas ao projeto de reforma do
sistema de aposentadorias e pensões. O painel de dezembro de 2017 revelou que 63%
das lideranças consideravam baixas ou inexistentes as chances de a proposta, mesmo
enxuta, ser votada no Congresso até abril de 2018, como desejava o poder Executivo.
Os painéis realizados em junho e em setembro deste ano mostraram que as lideranças
apostam nessa pauta com chance de votação somente no ano que vem, quando um
novo governo terá tomado posse.
Da mesma forma que aponta tendências sobre grandes temas, o Painel pode trazer
indicações sobre os rumos de temas específicos. Sondagens sobre, por exemplo, a
disposição do Congresso em acolher mudanças nas regras de serviços de transporte
por aplicativos, o posicionamento sobre pesticidas, as entidades mais reconhecidas
em setores econômicos específicos e a segurança da propriedade intelectual já foram
explorados com sucesso. Todas ajudaram a apoiar decisões.
O Painel do Poder também foi a base para
idealização de narrativas de campanhas de
causa de diversas natureza – ajudando a
definir narrativas, estratégias de abordagem
e pontos de resistência das lideranças em
relação a aspectos específicos.
Onda diferenciada em novembro
Em novembro próximo, será realizada a última
rodada de 2018. Será uma oportunidade
diferenciada: o Congresso em Foco selecionará
para consulta exclusivamente lideranças
eleitas para o exercício parlamentar nos
próximos quatro anos. Os parlamentares serão
convidados a analisar cenários, tendências e
desafios na agenda do novo governo.
Setembro de 2018
Metodologia
Metodologia
Nas quatro rodadas de pesquisa do Painel do Poder, são entrevistados pelo menos 51 das
principais lideranças do Congresso Nacional.
Com metodologia elaborada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad),
é constituído por dois blocos: um de perguntas fixas - sobre a avaliação do Poder Executivo e
o impacto da atuação das principais instituições brasileiras na Câmara e no Senado - e outro
de perguntas temáticas, que podem ser enviadas por parceiros da pesquisa.
A estrutura fixa avalia a postura do Congresso Nacional – favorável ou desfavorável – sobre
o desempenho do Governo Federal em áreas/temas como: desenvolvimento econômico,
agricultura e pecuária, geração de empregos, segurança pública, direitos humanos, combate
à corrupção, infraestrutura, elevação da confiança do mercado. O Painel do Poder também
mede a confiança ou desconfiança dos parlamentares sobre melhoras no cenário para os
próximos 12 meses.
Setembro de 2018
Painel do Poder

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Estudo painel do poder

  • 1. A informação necessária Painel do Poder Painel do Poder Uma ferramenta de apoio no processo decisório
  • 2. Setembro de 2018 A informação necessária O cenário político brasileiro é um exemplo de como a falta de informações precisas pode levar a inquietações, instabilidade e paralisia de decisões de investimento pelos agentes econômicos. As pesquisas estão entre os instrumentos mais efetivos para se coletar dados em um contexto de dúvidas e incertezas. A pesquisa Painel do Poder, uma ferramenta desenvolvida pela FleishmanHillard em parceria com o Congresso em Foco, foi concebida como um instrumento para lidar com o cenário de imprevisibilidade política brasileiro. Trata-se de um instrumento de apoio à decisão de organizações sobre temas em discussão na esfera federal capazes de impactar seu desempenho de forma direta ou indireta. Ele permite apreender, momentaneamente e em séries históricas, a temperatura no ambiente parlamentar em relação ao governo federal, à tramitação de propostas legislativas específicas e ao conjunto do cenário político brasileiro. A pesquisa, que envolve a realização de quatro rodadas (ondas) anuais de sondagem com as lideranças parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, monitora de forma sistemática e com fundamentação científica a agenda do legislativo. O diferencial da pesquisa é a qualificação do público ouvido: as principais lideranças do Congresso Nacional, formais e informais, selecionadas pela equipe do Congresso em Foco a partir do conhecimento acumulado ao longo de anos de cobertura da atuação do Legislativo federal brasileiro. Políticos influentes na análise de temas de interesse Líderes e presidentes de partidos Presidentes de comissões permanentes e de inquérito Painel do Poder: uma escuta qualificada O painel escuta a opinião dos quadros que orientam o voto de suas bancadas, definem as questões prioritárias na agenda, dialogam com o Executivo e são ouvidos na avaliação de propostas em tramitação. É capaz de extrair informações estratégicas sobre a temperatura das principais pautas de interesse público ou institucionais na Câmara e Senado e identificar riscos regulatórios.
  • 4. Setembro de 2018 As duas últimas ondas do Painel do Poder, por exemplo, realizadas em junho e em setembro de 2018, revelaram que, na opinião dos principais líderes do Congresso Nacional, os temas que mais teriam importância na decisão dos eleitores em outubro seriam segurança pública, criação de empregos e corrupção. Estes temas foram apontados como relevantes tanto na escolha do Presidente da República quanto dos parlamentares. Dados que, projetados no contexto de definição das candidaturas, ofereceram subsídios valiosos para antecipar o atual cenário de polarização da disputa presidencial. Antecipação do debate eleitoral Os debates envolvendo as duas candidaturas mais bem posicionadas para disputar o segundo turno articulam-se precisamente em torno desses eixos. O candidato líder nas pesquisas, deputado Jair Bolsonaro (PSL), tem seu discurso fortemente ancorado na defesa da ordem, do uso da força e no combate à corrupção. O segundo colocado, Fernando Haddad (PT) apoia-se na promessa de tornar o Brasil “feliz de novo”, em uma referência ao período de crescimento econômico experimentado no passado, com baixas taxas de desemprego e expansão da renda. Capacidade de articulação com o Congresso Esta terceira onda, que ouviu lideranças entre os dias 3 e 10 setembro, revela que Jair Bolsonaro é, entre os candidatos à Presidência, um dos que menos facilidade terá, sob a ótica das lideranças, para articular-se com o Legislativo federal de forma a levar a frente reformas econômicas e fiscais. Apenas 1,75% dos líderes ouvidos o apontaram com alguém com capacidade de articulação, embora contabilize sete mandatos seguidos na Câmara dos Deputados. Geraldo Alckmin (PSDB) surge em primeiro lugar nesta competência (59,66%), seguido de Fernando Haddad (17,54%). Especial eleições 2018 1,75% 1,75% 3,51% 5,26% 10,53% 17,54% 59,66% Álvaro Dias (Podemos) Jair Bolsona ro (PSL) Henrique Meirelles Ciro Gomes (PDT) Não sabe/Não respon deu Fernando Haddad (PT) Geraldo Alckmin (PSDB) 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% Maior facilidade para relacionar-se e aprovar reformas
  • 5. Setembro de 2018 DEM PSL PT PP 31,58% 28,07% 22,81% 35,09% Futuro das reformas Para a maioria dos líderes ouvidos, a Reforma da Previdência (citada por 33% dos entrevistados) e a Reforma Tributária (32%) são as pautas com maiores chances de serem votadas pela próxima composição do Congresso Nacional, a ser eleita em outubro. A flexibilização da emenda constitucional que fixou um teto de crescimento dos gastos públicos também é citada, mas com mais reservas: 12% acreditam que a elevação do teto será debatida. Ainda na opinião das lideranças, o aumento de impostos para empresas e a elevação tributos sobre consumo são os temas com menor chance de prosperar. Os que crescem e os que encolhem Quando convidados a opinar sobre quais partidos mais crescerão, surgem o Democratas e o PSL de Jair Bolsonaro, seguidos do Partido dos Trabalhadores. Este último mostra recuperação em relação à rodada de junho, quando apenas 13% dos entrevistados acreditavam que o partido seria capaz de expandir o número de representantes. Refletindo os baixíssimos níveis de aprovação do governo Temer, a maior parte aposta que o MDB encolherá, seguido do PT (abalado pela Lava Jato) e o PSDB, com dificuldade de emplacar seu candidato presidencial, apesar da extensa coligação. Partidos que ampliarão bancadas Partidos que perderão vagas MDB PT PSDB DEM 17,54% 33,33% 59,65% 63,16%
  • 6. Setembro de 2018 Revólver e bíblia Na avaliação dos mais influentes do Congresso, a causa da segurança pública será um importante cabo eleitoral: 63% acreditam que a chamada “bancada da bala” aumentará, seguida da bancada evangélica (61%). Privatização como carro-chefe A expansão das privatizações de empresas estatais como forma de reduzir a presença do estado na economia e arrecadar recursos para reduzir o déficit fiscal é a principal aposta dos parlamentares líderes consultados pelo Painel do Poder: 58% informam acreditar nisso.
  • 7. Setembro de 2018 Fundo do poço O Painel do Poder mede de forma sistemática a perspectiva que os líderes têm sobre o desempenho do governo dos próximos meses em diversas áreas. Variando de -100 a +100, o Índice de Avaliação do Governo aponta que há tendência de melhora quando está no campo positivo e de piora quando no campo negativo. O governo Temer ostenta sua pior performance desde março de 2017.
  • 8. Setembro de 2018 Antecipação de cenários, riscos e oportunidades
  • 9. Setembro de 2018 Antecipação de cenários, riscos e oportunidades O Painel do Poder já permitiu a antecipação de outros cenários importantes, como por exemplo as dificuldades enfrentadas pelo Governo Federal em aprovar uma proposta de reforma da Previdência. Em março de 2017, 42% dos líderes entrevistados se disseram totalmente contrários ou contrários com ressalvas ao projeto de reforma do sistema de aposentadorias e pensões. O painel de dezembro de 2017 revelou que 63% das lideranças consideravam baixas ou inexistentes as chances de a proposta, mesmo enxuta, ser votada no Congresso até abril de 2018, como desejava o poder Executivo. Os painéis realizados em junho e em setembro deste ano mostraram que as lideranças apostam nessa pauta com chance de votação somente no ano que vem, quando um novo governo terá tomado posse. Da mesma forma que aponta tendências sobre grandes temas, o Painel pode trazer indicações sobre os rumos de temas específicos. Sondagens sobre, por exemplo, a disposição do Congresso em acolher mudanças nas regras de serviços de transporte por aplicativos, o posicionamento sobre pesticidas, as entidades mais reconhecidas em setores econômicos específicos e a segurança da propriedade intelectual já foram explorados com sucesso. Todas ajudaram a apoiar decisões. O Painel do Poder também foi a base para idealização de narrativas de campanhas de causa de diversas natureza – ajudando a definir narrativas, estratégias de abordagem e pontos de resistência das lideranças em relação a aspectos específicos. Onda diferenciada em novembro Em novembro próximo, será realizada a última rodada de 2018. Será uma oportunidade diferenciada: o Congresso em Foco selecionará para consulta exclusivamente lideranças eleitas para o exercício parlamentar nos próximos quatro anos. Os parlamentares serão convidados a analisar cenários, tendências e desafios na agenda do novo governo.
  • 11. Metodologia Nas quatro rodadas de pesquisa do Painel do Poder, são entrevistados pelo menos 51 das principais lideranças do Congresso Nacional. Com metodologia elaborada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad), é constituído por dois blocos: um de perguntas fixas - sobre a avaliação do Poder Executivo e o impacto da atuação das principais instituições brasileiras na Câmara e no Senado - e outro de perguntas temáticas, que podem ser enviadas por parceiros da pesquisa. A estrutura fixa avalia a postura do Congresso Nacional – favorável ou desfavorável – sobre o desempenho do Governo Federal em áreas/temas como: desenvolvimento econômico, agricultura e pecuária, geração de empregos, segurança pública, direitos humanos, combate à corrupção, infraestrutura, elevação da confiança do mercado. O Painel do Poder também mede a confiança ou desconfiança dos parlamentares sobre melhoras no cenário para os próximos 12 meses.