SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 91
Escola Básica  dos 2º e 3º Ciclos de Santo António Área de Projecto 2010/2011 Aves e Plantas  da Madeira Trabalho elaborado por:  Alexandre nº 8  Lénia  Nº 10 Sandy nº18
Aves da Madeira Cagarra Bis-Bis Francelho Andorinha da Serra
Introdução 		O Arquipélago da Madeira, devido à sua orografia, isolamento geográfico e distância de importantes fontes de poluição é um excelente local para a nidificação de aves marinhas.	Estas aves formam um grupo muito diversificado de espécies que se adaptaram eficientemente ao meio marinho e podem ser divididas em dois grupos principais, aves marinhas costeiras e aves marinhas oceânicas.	As aves marinhas costeiras são aves que fazem uso dos recursos marinhos existentes junto à costa e na Madeira. As subespécies endémicas da Macaronésia e qualquer uma das aves referidas está protegida legalmente, sendo que, pelo menos metadeda sua área de nidificação está classificada como zona de protecção especial e sítio de interesse comunitário.
Andorinha da serra  Nome vulgar: Andorinha da serra. Nome científico: Apus unicolor (Jardine, 1830) Família: Apodidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando apenas nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada numa variedade de habitates. Descrição: Apresenta o corpo uniformemente escuro e um voo bastante rápido e característico. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10.000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Esta espécie é muito abundante na Ilha da Madeira e menos na Ilha do Porto Santo.
Andorinha do mar Nome vulgar: Andorinha do mar. Nome científico: Apus pallidus brehmorum (Hartert, 1901) Família: Apodidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Mostra preferência por ilhéus e falésias costeiras, contudo pode ocorrer em zonas de montanha, rurais e suburbanas. 	Descrição: Possui uma mancha clara na garganta e tem uma coloração menos homogénea que a andorinha da serra. Estatuto de Conservação e Ameaças: Dados insuficientes. Não existe qualquer tipo de referência sobre a existência de ameaças relevantes. Observações: Espécie muito menos abundante do que A. unicolor, ocorrendo também na Ilha do Porto Santo e estando ausente do arquipélago no Inverno.
Bis-Bis 	Nome vulgar: Bis-Bis.  	Nome científico: Regulus ignicapillus madeirensis (Harcourt, 1851)  	Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira, ocorrendo regularmente, exclusivamente na Ilha da Madeira, onde ocupa uma variedade de habitates, que vão desde a floresta indígena até à floresta exótica. 	Descrição: É a ave mais pequena da avifauna do arquipélago e possui um comportamento inquieta e de foram inconfundível.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Espécie abundante sobretudo nas áreas de Laurisilva. Na Madeira apresenta uma tendência populacional positiva.
Cagarra Nome vulgar: Cagarra. Nome científico: Calonectris diomedea borealis (Cory, 1881) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Ave pelágica que corre no arquipélago da Madeira e que nidifica em pequenas ilhas, ilhéus e falésias costeiras. Nas Selvagens (uma das primeiras Áreas Protegidas de Portugal), nidifica no solo entre a vegetação rasteira devido à ausência de perturbações. Descrição: Ave marinha de grande. A envergadura das asas varia entre 100 e 125 cm. As fêmeas pesam em média 780 g, os machos são maiores e pesam cerca de 900 g. Pode ser identificada pelo seu voo rápido e planado. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação. População superior a 10000 casais com uma extensa área de ocorrência. Observações: Das aves marinhas nidificantes no Arquipélago da Madeira, a Cagarra é a mais bem estudada. A maior colónia desta espécie situa-se nas Ilhas Selvagens.
Calcamar 	Nome vulgar: Calcamar. 	Nome científico: Pelagodroma marina hypoleuca (Webb, Berthelot & Moquin-Tandon, 1841) 	Família: Hydrobatidae 	Distribuição e Habitat: Ave marinha endémica da Macaronésia, nidifica em solos arenosos onde escava profundos ninhos. É a espécie mais numerosa nidificando nas Ilhas Selvagens. 	Descrição: Parte superior escura e parte inferior branca. Esta ave não pode ser confundida com nenhuma outra devido ao seu voo calcando o mar. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável que apresenta reduzida área de ocupação. A recente erradicação do coelho e do murganho da Selvagem Grande, pôs fim aos impactos negativos que estas espécies provocavam no habitat do calcamar. 	Observações: Esta espécie é a mais numerosa nas Ilhas Selvagens (>30.000), onde ocorre entre Dezembro e Setembro. Até à data só foi referenciada uma vez nas águas da Ilha da Madeira.
Canário da terra 	Nome vulgar: Canário da terra. 	Nome científico: Serinus canaria canaria (Linnaeus, 1758) 	Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo, Desertas e Madeira, ocupando variados tipos de habitates, nomeadamente, zonas rurais agrícolas e zonas de vegetação rasteira. Descrição: De plumagem amarela no peito. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Não está identificada qualquer ameaça que ponha em risco esta ave. 	Observações: Espécie muito abundante. Na ilha da Madeira diminui de abundância com a altitude e tem apresentado uma tendência populacional positiva.
Cigarrinho Nome vulgar: Cigarrinho.  Nome científico: Sylvia conspicillata orbitalis (Wahlberg, 1854)  Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada em zonas com pouca perturbação e com coberto arbustivo (urzes e giestas) denso. No Porto Santo ocorre ainda em zonas de pinhal novo. Descrição: De porte muito pequeno, possuindo cabeça cinzenta e garganta branca. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são de plumagem mais apagada e acastanhada que os machos.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Ave vulnerável. População composta por poucos indivíduos (menos de 1.000) e a área de ocorrência é restrita. Observações: Esta espécie é de difícil observação e muito pouco se sabe sobre a sua biologia e dinâmica populacional.
Codorniz Nome vulgar: Codorniz.  	Nome científico: Coturnix coturnix confisa (Hartert, 1917)  Família: Phasianidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre nas ilhas da Madeira e do Porto Santo em zonas abertas com cobertura herbácea alta, onde se pode esconder, e em campos cultivados com cereais. Descrição: Ave arredondada, mais pequena que a perdiz, e com plumagem castanha.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Sem dúvida que a predação por ratos, gatos e cães na época de nidificação constitui factor de ameaça sobre esta espécie, aliado ao abandono das práticas agrícolas tradicionais.
Corre-caminhos Nome vulgar: Corre-caminhos.  Nome científico: Anthus bertheloti bertheloti (Bolle, 1862)  Família: Motacillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, na Selvagem Grande e na Selvagem Pequena, em zonas de planalto. Descrição: A identificação desta ave pode ser feita quase exclusivamente pela sua silhueta e pela forma como se move no solo que, tal como indica o nome, corre caminhos. A distinção entre esta subespécie e o Anthus bertheloti madeirensis, subespécie que ocorre nas Ilhas da Madeira, Porto Santo e Desertas, é quase impossível em campo.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie vulnerável. População pequena e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta subespécie é comum nas ilhas Selvagens, em particular na Selvagem Grande, onde em 1990 a população foi estimada em 300-400 indivíduos.
Coruja das Torres 	Nome vulgar: Coruja das torres.  	Nome científico: Tyto alba schmitzi (Hartert, 1900)  	Família: Tytonidae 	Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. A nidificação apenas está confirmada na Ilha da Madeira. Pode ser encontrada em zonas humanizadas, urbanas ou agrícolas, em zonas florestais e em zonas abertas com vegetação rasteira. 	Descrição: É a única ave terrestre nocturna do arquipélago e pode ser identificada pela sua silhueta em voo e pelo seu agudo e estridente.  	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10.000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. 	Observações: Esta espécie tem aumentado gradualmente os seus efectivos, carecendo no entanto de estudos recentes sobre a nidificação e níveis populacionais.
Francelho Nome vulgar: Francelho. Nome científico: Falco tinnunculus canariensis (Koenig, 1890) Família: Falconidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, podendo ser observada em zonas de floresta indígena e exótica, zonas de vegetação rasteira, zonas de cultivo, falésias ou na periferia dos centros urbanos. Descrição: É a rapina mais pequena da região. Possui capacidade de peneirar durante largos períodos. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Espécie apresentando um aumento populacional notável nas últimas décadas, tornando-se inclusivamente numa ave urbana.
Freira do Bugio Nome vulgar: Freira do Bugio. Nome científico: Pterodroma feae (Mathews, 1934) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, no entanto nidifica exclusivamente nos arquipélagos da Madeira, mais exactamente no Bugio (Ilhas Desertas) e de Cabo Verde. É uma ave marinha pelágica que escava o ninho no solo. Descrição: Muito semelhante à Freira da Madeira, com a parte superior do corpo escura, parte inferior branca e interior das asas escuro. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie considerada vulnerável porque possui uma população pequena e porque a sua área de ocupação é muito reduzida. Está naturalmente protegida pela acessibilidade muito difícil que o Bugio apresenta. Observações: Os coelhos abundam no Bugio e têm causado distúrbios às posturas destas aves. Uma vez que o Bugio é o único local no arquipélago onde estas aves nidificam, projectos de erradicação ou controlo dos coelhos têm sido analisados.
Fura bardos 	Nome vulgar: Fura bardos. 	Nome científico:Accipiter nisus granti (Sharpe, 1890) 	Família: Accipitridae 	Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira onde pode ser observada vivendo em áreas florestadas, indígenas e exóticas. 	Descrição: Ave de porte intermédio, com asas redondas e curtas e de coloração acinzentada. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 2500 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. 	Observações: Espécie provavelmente mais frequente do que se supõe, dadas as dificuldades de observação, fruto dos seus hábitos.
Galinha d’água Nome vulgar: Galinha d’água.  Nome científico: Gallinula chloropus (Linnaeus, 1758)  Família: Rallidae Distribuição e Habitat: Esta espécie era dada como ocasional para o arquipélago da Madeira, mas desde o ano 2000, que se confirmou o registo da sua nidificação na lagoa do Lugar de Baixo.  Descrição: Ave aquática de cor preta, com escudo facial vermelho, bico vermelho e amarela. As patas e os dedos são compridos, a cauda é branca levantada. No adulto, a linha lateral branca separa a parte inferior cinzento-escura das asas castanho-escuras. Nada bem e raramente mergulha.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Ave criticamente em perigo devido à reduzida população (inferior a 50 indivíduos). Observações: O habitat usado por esta espécie não existe naturalmente no Arquipélago da Madeira. Desta forma, a área de habitat é extremamente reduzido e associado à intervenção humana, o que resulta num estado de conservação muito precário.
Galinhola Nome vulgar: Galinhola. Nome científico: Scolopax rusticola (Linnaeus, 1758) Família: Scolopacidae Distribuição e Habitat: Ocorre unicamente na Ilha da Madeira, sobretudo em zonas com vegetação arbustiva densa e zonas de urzal, sendo no entanto de difícil observação. Descrição: Ave que possui um bico muito comprido e direito. Com plumagem acastanhada. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População constituída por pouco indivíduos (menos de 2500). Observações: Tratando-se de uma espécie que nidifica no solo, é altamente atacada por ratos, sendo esta a sua principal ameaça.
Garajau comum Nome vulgar: Garajau comum. Nome científico: Sterna hirundo hirundo Linnaeus, 1758 Família: Sternidae Distribuição e Habitat: Grande migradora, ocorre no arquipélago da Madeira onde nidifica, em ilhéus e falésias rochosas na Primavera. Descrição: Ave cinzento-claro na parte superior e branco na parte inferior, apresentado uma matiz cinzento-claro. Possui barrete preto, patas vermelhas e cauda profundamente bifurcada. O bico é laranja-avermelhado, com extremidade preta ou vermelho-vivo. Estatuto de conservação e Ameaças: Espécie considerada vulnerável, uma vez que a população é reduzida e a sua área de ocupação é muito restrita. Observações: Ocorre na Ilha da Madeira entre Março e Setembro, distribuindo-se equitativamente ao longo da costa. Em particular na Ilha da Madeira a ocupação e alteração do litoral têm constituído factor de ameaça.
Lavandeira Nome vulgar: Lavandeira.  Nome científico: Motacilla cinerea schmitzi (Tschusi, 1900)  Família: Motacillidae  Distribuição e Habitat: Subespécie endémica que pode ser observada nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo, vivendo associada à água e frequentando grande variedade de habitates aquáticos, especialmente ribeiras.  Descrição: Apresenta a parte superior do corpo cinzenta, asas pretas, uropígio amarelo-esverdeado e cauda preta comprida com margens brancas. A parte inferior do corpo é branca, com coberturas infracaudais amarelas e uma quantidade variável de amarelo no peito.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Não está identificada qualquer ameaça que ponha em causa a espécie.
Manta Nome vulgar: Manta.  Nome científico: Buteo buteo harterti (Swan, 1919)  Família: Accipitridae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre em zonas florestais, em zonas com pouca floresta ou com vegetação rateira, em zonas agrícolas e suburbanas. Descrição: Ave de rapina de maior porte na região. Possui asas arredondadas e patas amarelas. Muitas vezes é observada a voar em círculos largos, aproveitando as correntes ascendentes de ar quente.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência e de distribuição é extensa. Observações: Espécie em franca expansão, tendo aumentado a sua presença em zonas de baixa altitude.
Verdilhão Nome vulgar: Verdilhão. Nome científico: Carduelis chloris aurantiiventri (Cabanis, 1850) 	Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Ocorre no Arquipélago da Madeira,  exclusivamente  na Ilha da Madeira, onde nidifica e ocupa áreas de floresta exótica pouco densa e jardins de núcleos urbanos, nomeadamente no Funchal. Descrição: De plumagem amarelo-esverdeada e de bico bastante robusto. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. 	Observações: Ave cuja presença é cíclica.
Toutinegra Nome vulgar: Toutinegra.  Nome científico:Sylvia atricapilla heineken (Jardine, 1830)  Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando exclusivamente na Ilha da Madeira. Pode ser encontrada numa grande variedade de habitates, nomeadamente em zonas com uma grande densidade de arbustos. 	Descrição: Ave de porte pequeno que facilmente se distingue de outras semelhantes pelo barrete preto nos machos e castanho nas fêmeas.  	Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. 	Observações: Esta espécie é muito abundante na Ilha da Madeira e apresenta uma tendência populacional positiva
Tentilhão Nome vulgar: Tentilhão. Nome científico: Fringilla coelebs maderensis (Sharpe, 1888) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre unicamente na Ilha da Madeira em zonas de floresta indígena ou exótica, em zonas de cultivo ou em áreas de vegetação rasteira. Descrição: Plumagem do peito rosada, faixas alares e parte externa da cauda brancas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Observações: Espécie muito abundante na ilha da Madeira, onde se deixa observar facilmente nas tradicionais zonas de merenda e ao longo das levadas.
Roque de Castro Nome vulgar: Roque de Castro. Nome científico: Oceanodroma castro (Harcourt, 1851)  Família: Hydrobatidae 	Distribuição e Habitat: Espécie pelágica que ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando em pequenas ilhas, ilhéus e falésias costeiras. Podem ser avistadas a muitas milhas da costa, normalmente alimentando-se sobre bancos de pesca. Descrição: Ave de pequeno porte, de coloração escura, com uma faixa branca no uropígio e a cauda ligeiramente bifurcada. Estatuto de Conservação: Espécie de menor preocupação. População compostos por mais de 10000 indivíduos e com uma extensa área de ocorrência. Observações: Esta espécie nidifica durante todo o ano, apresentando duas populações com picos de nidificação distintos, na Primavera e no Outono.
Poupa Nome vulgar: Poupa. Nome científico: Upupa epops epops (Linnaeus, 1758) Família: Upupidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, no entanto a nidificação apenas está confirmada para a Ilha do Porto Santo. O seu habitat é, regra geral, áreas de coberto vegetal herbáceo ou arbustivo. Descrição: Ave inconfundível pela silhueta. Possui plumagem preta e branca nas asas. O bico é comprido e curvo e possui uma crista bastante evidente. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População pequena (inferior a 1.000 indivíduos) e que ocorre numa área restrita. Não existe um plano de acção dirigido exclusivamente para esta espécie. Observações: Esta espécie, cuja nidificação só foi comprovada em 1969, é relativamente abundante na ilha do Porto Santo e bastante mais rara na ilha da Madeira, onde as aves observadas podem ser visitantes ocasionais.
Pombo trocaz Nome vulgar: Pombo trocaz. Nome científico: Columba trocaz (Heineken, 1829) Família: Columbidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Ilha da Madeira. Vive associado à floresta Laurissilva, apresentado preferência por áreas com predominância do Til, de cuja baga o pombo trocaz se alimenta. Descrição: De plumagem cinzenta-azulada, tonalidade cor de vinho no peito e lista branca que atravessa a cauda.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável por apresentar área de ocorrência muito restrita. A floresta Laurissilva, onde vive esta espécie, é considerada Património Mundial Natural da Humanidade pela UNESCO, daí que o problema de perda e degradação do habitat é uma ameaça que já não se considera. Observações: Fruto do esforço de conservação da floresta Laurisilva e da cessação da caça a esta espécie a população tem estabilizado, sendo mesmo muito comum em alguns locais.
Pombo da Rocha Nome vulgar: Pombo da rocha.  Nome científico: Columba livia atlantis (Gmelin, 1789)  Família: Columbidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, em escarpas e falésias com pouca vegetação, junto ao mar. Descrição: A forma pura apresenta cor cinzenta com 2 listas pretas nas asas e com uropígio branco. A forma feral ocorre com padrões mais variados de coloração.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Não existe informação adequada para aplicação de qualquer classificação. A forma pura enfrenta a ameaça da hibridação com as formas ferais e domésticas. Observações: A enorme variabilidade de coloração e a hibridação com variedades domésticas, com a consequente dificuldade em separar as populações selvagens das assilvestradas, leva a que se opte por considerar aqui a subespécie nominal.
Pintassilgo Nome vulgar: Pintassilgo. Nome científico:Carduelis carduelis parva (Tschusi, 1901) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser observada nos mais variados habitates, fundamentalmente em áreas de cultivo, de vegetação rasteira e de gramíneas. Descrição: Apresenta padrão vermelho, branco e preto na cabeça. É a ave mais colorida da avifauna do arquipélago. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla.
Pintarroxo Nome vulgar: Pintarroxo. Nome científico: Carduelis cannabina guentheri (Wolters, 1953) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser observada em áreas abertas com vegetação rasteira, áreas de cultivo e onde abundam as gramíneas. Descrição: Os machos apresentam plumagem vermelha no peito, facilitando a sua identificação, e as fêmeas não. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Ave relativamente rara e que sofreu um acentuado declínio na segunda metade do século XX, o qual poderá estar relacionado com o aumento do uso de pesticidas na agricultura.
Pintaínho Nome vulgar: Pintaínho.Nome científico: Puffinus assimilis baroli (Bonaparte, 1857)Família: ProcelariidaeDistribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Nidifica nas falésias e pequenas ilhas e ilhéus.Descrição: Os adultos apresentam uma envergadura média de asas de 63 cm. As suas patas são azuis e, tal como o acontece com patagarro, possui um dorso muito escuro e um ventre claro. Uma maneira de distinguir as 2 espécies é observando a divisão entre o preto e o branco, que no pintaínho ocorre acima dos olhos, surgindo estes já na zona clara da face.Estatuto de conservação e Ameaças: Espécie vulnerável, uma vez que a sua área de ocupação é reduzida. Tem uma protecção adequada nas Ilhas Desertas e Selvagens, as quais são alvo de vigilância permanente.Observações: Esta espécie pode ser considerada rara, quando comparada com as restantes aves marinhas nidificantes no arquipélago (à excepção das Freiras), daí o seu estatuto de conservação.
Perdiz Nome vulgar: Perdiz. Nome científico: Alectoris rufa hispanica (Seoane, 1891)  Família: Phasianidae  Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Nidifica nas ilhas do Porto Santo e da Madeira. Procura áreas com arbustos pouco densos. Descrição: De forma arredondada e com padrão da plumagem que destaca as listas brancas e negras dos flancos. As patas são vermelhas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menos preocupação,  introduzida. Observações: Espécie gerida sob o ponto de vista cinegético sendo alvo de reintroduções anuais. Em virtude da pressão de caça exercida, a população provavelmente depende destereforço de efectivos.
Pardal espanhol Nome vulgar: Pardal espanhol.  Nome científico: Passer hispaniolensis (Temminck, 1820)  Família: Passeridae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser encontrada em habitates disponibilizados pelas zonas humanizadas, como jardins e praças urbanas. Descrição: Ave com acentuado dimorfismo sexual. O macho possui a cabeça castanha, as partes laterais inferiores brancas e a parte anterior do pescoço e peito negros. A fêmea é mais discreta e com uma coloração acastanhada.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População com pouco indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta espécie sofreu um acentuado declínio na ilha da Madeira, onde se tornou pouco abundante, podendo estar ameaçada por envenenamento acidental com pesticidas agrícolas.
Papinho Nome vulgar: Papinho. Nome científico: Erithacus rubecula rubecula (Linnaeus, 1758) Família: Turdidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Nidifica nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo e pode ser encontrada em qualquer zona com coberto vegetal composto por arbustos e/ou árvores, nomeadamente na floresta indígena. Descrição: Forma arredondada do corpo e plumagem no peito de coloração laranja. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Observações: Espécie bastante comum, com uma tendência populacional positiva nos últimos 10 anos. Rara na ilha do Porto Santo. Desconhece-se o efeito dos visitantes ocasionais sobre a população residente.
Pardal da terra Nome vulgar: Pardal da terra. Nome científico: Petronia petronia madeirensis (Erlanger, 1899) Família: Passeridae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada em locais com vegetação rasteira, em falésias costeiras e em áreas de cultivo. Descrição: De plumagem parda-acastanhada e com listas na cabeça e extremidades da cauda brancas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Vulnerável. População com pouco indivíduos (menos de 2.500) e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta espécie ocupou outrora o nicho ocupado por P. hispaniolensis. Actualmente é uma espécie pouco abundante e a sua população parece estar estável.
Melro preto Nome vulgar: Melro preto.  Nome científico: Turdus merula cabrerae (Hartert, 1901)  Família: Turdidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, exclusivamente na Ilha da Madeira. Pode ser observada nos mais variados habitates. Descrição: Apresenta um acentuado dimorfismo sexual. As fêmeas apresentam plumagem e bico castanhos e os machos possuem o corpo negro e o bico amarelo vivo.  Estatuto de Conservação e Ameaças: Não está identificada qualquer ameaça para esta ave. Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Espécie muito abundante na ilha da Madeira, desde as áreas à beira mar até às montanhas mais altas e mais rara na Ilha do Porto Santo.
Freira da Madeira Nome vulgar: Freira da Madeira. Nome científico: Pterodroma madeira (Mathews, 1934) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica gravemente ameaçada de extinção, ocorre exclusivamente na Ilha da Madeira. Ave pelágica que passa parte da sua vida no mar e regressa a terra para nidificar entre os 2 maiores picos, o Pico do Areeiro e o Pico Ruivo. Dada a importância para a ave, esta área foi considerada Zona Especial de Protecção e foi integrada na Rede Natura 2000. Descrição: Parte superior do corpo escura e parte inferior branca. Interior das asas escuro. Distingue-se das outras aves pela forma como voa, fazendo um V pronunciado. Estatuto de Conservação e Ameaças: Esta ave marinha está ameaçada de extinção à escala mundial, sendo que a população está estimada em cerca de 30 casais reprodutores. Com o objectivo de preservar esta espécie foi criado pelo Parque Natural da Madeira um programa que se intitula Conservação da Freira da Madeira através da recuperação do seu habitat. O presente estado de conservação desta espécie é fortemente atribuído, à predação por parte de mamíferos introduzidos, nomeadamente à ratazana preta (Rattus rattus) e ao gato assilvestrado (Felis catus) e à perda de habitat devido à degradação do mesmo pela presença de herbívoros. Observações: Algumas acções têm sido levadas a cabo com o intuito de sensibilizar a população e divulgar o trabalho conjunto para a preservação desta espécie e do seu habitat.
Plantas da Madeira
Introdução 	A Ilha da Madeira possui uma flora riquíssima, determinada por vários factores, entre eles a sua situação geográfica, o relevo e o clima mediterrâneo de que dispõe.  	A sua maior riqueza encontra-se na floresta Laurissilva que é detentora de um vasto e rico património natural contando com inúmeras plantas indígenas, e dentro destas, de plantas endémicas que são originárias unicamente da Madeira.  	A flora vascular é constituída por 1226 espécies, entre indígenas e naturalizadas, sendo que 123 são endémicas. Para além destas, é possível encontrar uma enorme variedade de flora trazida das mais variadas partes do Globo, algumas já naturalizadas.
Plantas Indígenas Erva de Coelho Durante muito tempo considerou-se a  floresta Laurissilva como a única floresta  indígena da Madeira, contudo, estudos  recentes mostram a existência de 5  florestas indígenas na ilha da Madeira: o Zambujal, a Laurissilva... Massaroco
Azevinho ou Azevim Nome vulgar: Azevinho ou Azevim. Nome científico: Ilex canariensis Poir. (1813) Classe: Magnoliopsida Ordem: Cornales Família: Aquifoliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, vive na Laurissilva entre os 300 e os 880 m de altitude, preferencialmente na zona central e na encosta norte da Madeira. O azevinho pode ser observado na Serra de Água e na Penha de Águia, no Porto da Cruz. Descrição: Árvore que atinge 6,5 m de altura, de casca acinzentada, com folhas verde escuro na face superior e verde pálido na face inferior. Possui flores brancas ou tingidas de purpúrea e frutos vermelho escuro, esféricos ou oblongos. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Época de floração de Abril a Junho. Frutifica de Outubro a Dezembro.
Barba-de-velho Nome vulgar: Barba-de-velho. Nome científico: Usnea sp. Família: Parmeliaceae Distribuição e Habitat: Abundantes na Laurissilva, mas não exclusivos desta floresta. Estes líquenes podem ser observados no Paúl da Serra, no Poiso e no Ribeiro Frio. Descrição: Líquenes formados por longos filamentos, pendentes das árvores. Estatuto de Conservação e Ameaças: Abundantes, não ameaçados. Observações: Servem de indicadores do bom estado do ecossistema.
Barbusano Nome vulgar: Barbusano. Nome científico: Apollonias barbujana (Cav.) Bornm. subsp. barbujana Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva, acima dos 1000 m. Pode ser observado em Santana, no Porto da Cruz e na Tabúa, no Sítio do Barbusano. Descrição: Atinge 25 m de altura, possui copa densa e redonda, folhas verde escuro, com margens revolutas e, de um modo geral, providas de galhas que são originadas por um insecto específico. Os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças : Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Ensaião Nome vulgar: Ensaião. 	Nome científico: Aeonium glandulosum (Ait.) Webb et Berth. Família: Crassulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que se encontra a altitudes que variam entre os 0 e os 700 m, em escarpas rochosas do litoral e na Laurissilva. Ocorre ainda no Porto Santo e nas Desertas. Os ensaiões podem ser observados por toda a parte. Na Madeira, podemos vê-los crescer sobre rochas na Tabúa. Descrição: Herbácea aromática, sem caule, de folhas suculentas com margens tingidas de vermelho-acastanhado, dispostas em roseta, que pode atingir 45 cm de diâmetro. Flores amarelas e em grande número. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Época de floração de Junho a Agosto.
Erva de coelho Nome vulgar: Erva de coelho. Nome científico: Pericallis aurita (LHer) B. Nord. Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em escarpas rochosas no interior da ilha, acima dos 1000 m de altitude. Pode ocorrer, embora com menos frequência, no Porto Santo. Na Madeira, esta espécie pode ser observada no Curral das Freiras. Descrição: Pequeno arbusto que pode atingir 1,5 m de altura, de caules ramificados, folhas ovais e flores purpúreas e brilhantes. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Época de floração de Maio a Julho.
Feto Nome vulgar: Feto. Nome científico: Dryopteris maderensis Alston 	Família: Dryopteridaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, comum na Laurissilva, na encosta norte, a altitudes superiores a 550 m. Pode ser observado nas zonas húmidas do Porto da Cruz e no Ribeiro Bonito, em Santana. Descrição: Feto com folhas verdes que atingem os 90 cm de comprimento. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Feto-do-botão ou do pontinho 	Nome vulgar: Feto-do-botão ou do pontinho. 	Nome científico: Woodwardia radicans (L.) Sm. 	Família: Blechnaceae 	Distribuição e Habitat: Espécie frequente em lugares sombrios e na floresta da Madeira, crescendo junto a cursos de água. Comum em toda a ilha, pode ser observado no Santo da Serra, no Porto da Cruz e na Fajã da Nogueira. 	Descrição: Feto de folhas brancas, que se tornam bem evidentes pelo seu tamanho e extensão (atingem os 3 metros). 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada.
Massaroco Nome vulgar: Massaroco. Nome científico: Echium candicans L. fil. 	Família: Boraginaceae 	Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira. Encontra-se nas escarpas rochosas da zona montanhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os 800 e os 1700 m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana. Descrição: Arbusto que pode atingir 2 m de altura, ramificado, com folhas verde acinzentado e inflorescências densas e alongadas com tamanhos que podem ir dos 15 aos 35 cm, com flores azul escuro. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Época de floração de Abril a Agosto.
Isoplexis Nome vulgar: Isoplexis Nome científico: Isoplexis sceptrum (L. fil.) Loudon Família: Scrophulariaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em ravinas e escarpas da Laurissilva, dos 600 aos 1000 m de altitude. Pode ser observado em alguns locais entre o Ribeiro Frio e a Portela. Descrição: Arbusto que pode atingir 4 m de altura, de caule ramificado, folhas grandes e serradas e inflorescências densas com flores laranja-amareladas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Planta rara, em bom estado de conservação e ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. 	Observações: Pode cultivar-se em locais húmidos e sombrios; a época de floração é de Junho a Agosto.
Loureiro Nome vulgar: Loureiro. 	Nome científico: Laurus azorica (Seub.) Franco 	Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande versatibilidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente. Descrição: Pode atingir 20 m de altura, possui copa densa, folhas verde escuras, com brilho e de forma variável, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras e as suas flores são amarelas. Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas. Época de Fevereiro a Abril.
Vinhático Nome vulgar: Vinhático. Nome científico: Persea indica (L.) Spreng Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 metros. Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na Calheta. Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa redonda, folhas verde pálido com pecíolos avermelhados, que se tornam também avermelhadas à medida que envelhecem, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Em tempos, a madeira do vinhático foi largamente exportada para a Inglaterra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. Época de floração de Junho a Novembro.
Uveira da serra Nome vulgar: Uveira da serra. Nome científico: Vaccinium padifolium Sm. Familia: Ericaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em locais expostos entre os 800 e os 1700 m de altitude. Esta espécie pode ser observada no Porto da Cruz, no Poço da Neve e na Levada do Barreiro. Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir 6 m de altura, com muitos ramos que, quando novos são geralmente avermelhados. As folhas são longas e serrilhadas, as flores apresentam-se brancas manchadas de vermelho e os frutos são bagas que, quando maduros, são preto-azulados. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Os seus frutos são comestíveis e utilizados no fabrico de compotas. Época de floração de Maio a Agosto.
Seixeiro Nome vulgar: Seixeiro, Seisseiro ou Seixo. Nome científico: Salix canariensis C. Sm. ex Link Família: Saliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se na Laurissilva, em  zonas húmidas, nomeadamente, nas margens dos ribeiros. Podem ser observados na Serra de Água, no vale da Ribeira da Ponta de Sol, na Calheta e no Paúl do Mar. Descrição: Pode atingir até 7 m de altura, folhas geralmente mais compridas que largas, verdes e tenras e flores dispostas em hastes com 6 cm de comprimento. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Pau-branco Nome vulgar: Pau-branco. Nome científico: Picconia excelsa (Aiton) DC. Família: Oleaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva na região central e a norte da Madeira, muitas vezes em ravinas e escarpas. Exemplares de pau-branco podem ser observados na Serra de Água e no Ribeiro Bonito, em Santana. Descrição: Chega a  atingir 15 m de altura, possui casca pálida e posição das folhas, caracteristicamente, oposta e alternada aos pares. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: A sua madeira é extremamente rija e foi em tempos utilizada na construção de fusos de lagar.
Orquídea da Serra Nome vulgar: Orquídea da serra. 	Nome científico: Dactylorhiza foliosa (Verm.) Soó 	Família: Orchidaceae 	Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva, em lugares preferencialmente húmidos, entre os 500 e os 1100 m. As orquídeas da serra podem ser observadas no Ribeiro Frio e no sítio das Ginjas, em São Vicente. 	Descrição: Herbácea que atinge entre os 20 e os 80 cm de altura, de caule erecto, folhas longas e inflorescência cónica com 10 a 15 flores rosa- purpúreas. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. 	Observações: Espécie comum ao longo das levadas que atravessam a Laurissilva. Época de floração de Maio a Julho.
Til Nome vulgar: Til. Nome científico: Ocotea foetens (Aiton) Baill. Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia e importante componente da Laurissilva, encontrando-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha. Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600 e os 1500 m. O til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana. Descrição: Pode atingir 30 m de altura e diâmetros de tronco de tamanhos impressionantes, possui copa densa que pode ser de redonda a piramidal. Folhas brilhantes e frutos que se assemelham a pequenas bolotas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: A madeira desta árvore quando adulta, é de excepcional qualidade, exalando um cheiro desagradável quando recentemente cortada. Floresce e frutifica de Novembro a Junho.
Outras Endémicas Urze de Vassouras Dragoeiro Perpetua Branca Leituga
Dragoeiro Nome vulgar: Dragoeiro. Nome científico: Dracaena draco (L.) L. Família: Dracaenaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Dragoeiros com algumas centenas de anos, e no seu estado natural, podem ser observados no Núcleo de Dragoeiros das Neves, em São Gonçalo e na Ribeira Brava. Descrição: Planta que se desenvolve muito devagar, demora cerca de 10 anos a atingir 2 a 3 m. Pode atingir os 15 m de altura, com caule castanho-acinzentado e ramos separados que originam uma coroa multi-dividida. As folhas são compridas e os frutos são bagas que se tornam alaranjadas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Segundo a The IUCN Red List of Threatened Species, o dragoeiro é uma espécie vulnerável, ou seja, embora não se encontre em perigo iminente, enfrenta sérios riscos de extinção, no seu habitat natural. Observações: A seiva avermelhada do dragoeiro, denominada sangue de drago, foi em tempos utilizada em tinturaria e na medicina caseira para o alívio de dores. Época de floração de Agosto a Outubro.
Perpétua Branca Nome vulgar: Perpétua Branca. Nome científico: Helichrysum melaleucum Rchb. ex Holl Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em escarpas rochosas, no litoral norte e no interior da ilha, até os 1700 m de altitude. Ocorre também no Porto Santo e na Deserta Grande, embora com menos frequência. Descrição: Pequeno arbusto que atinge até 1 m de altura, com muitos ramos e 	folhas em forma de lança. Flores aromáticas e purpúreo-negras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Observações: Época de floração de Março a Junho.
Múchia dourada Nome vulgar: Múchia dourada. Nome científico: Musschia aurea (L.f.) Dumort. Família: Campanulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita escarpas rochosas do litoral e interior da ilha. Pode ainda ser encontrada nas ilhas Desertas. Descrição: Herbácea que pode atingir 50 cm de altura, com folhas ovadas e serradas e flores abundantes e amarelo-douradas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie rara, estritamente protegida e classificada como sendo de interesse comunitário pelo Conselho da Europa. Observações: Planta adaptada à secura extrema, graças a um sistema radicular muito desenvolvido. Época de floração de Junho a Dezembro.
Arroz da rocha ou Uva de rato.  Nome vulgar: Arroz da rocha ou Uva de rato. Nome científico: Sedum nudum Ait. subsp. nudum Família: Crassulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita locais rochosos no litoral da ilha, até 300 m de altitude. Com pouca frequência, pode ainda ser encontrada no Porto Santo e na Deserta Grande. Descrição: Pequeno arbusto que pode atingir 25 cm de altura, com numerosos caules e folhas lineares, verde-pálidas ou tingidas de vermelho. Apresenta flores de pétalas amarelo-esverdeadas, que podem ser também tingidas de vermelho. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Junho a Outubro.
Hera Nome vulgar: Hera. Nome científico: Hedera maderensis K. Koch ex A. Rutherf. subsp. maderensis Família: Araliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que pode ser encontrada até aos 1100 m de altitude, vivendo em escarpas rochosas, sobre muros e troncos de árvore. Descrição: Trepadeira, com raízes aéreas e caules verdes ou castanhos com pêlos. Possui folhas largas, brilhantes e verde escuras, com 1 a 5 lobos e flores pequenas, amarelo-esverdeadas. Os frutos são globosos e pretos quando maduros. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Setembro a Outubro.
Leituga Nome vulgar: Leituga. Nome científico: Sonchus ustulatus Lowe subsp. ustulatus Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita locais rochosos na costa sul da ilha. Descrição:  Herbácea que atinge 30 cm de altura, de flores amarelas e folhas com lobos em forma de lança. Estatuto de Conservação e Ameaças: Abundante, não ameaçada. Observações: Época de floração de Outubro a Janeiro.
Losna 	Nome vulgar: Losna. 	Nome científico: Artemisia argentea LHér. 	Família: Asteraceae 	Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em locais rochosos do litoral, na encosta sul da ilha. É frequente também no Porto Santo e nas ilhas Desertas. 	Descrição: Arbusto que atinge até 1 m de altura, com muitos ramos, folhas triangulares e flores amarelas. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Planta comum, não ameaçada. 	Observações: Época de floração de Abril a Agosto.
Zambujeiro ou Oliveira brava 	Nome vulgar: Zambujeiro ou Oliveira brava. 	Nome científico:Olea europaea L. subsp. maderensis Lowe 	Família: Oleaceae 	Distribuição e Habitat: Espécie endémica na Madeira que vive em escarpas rochosas que compreendem o litoral e os 500 m de altitude. Com menos frequência, surge no Porto Santo e nas ilhas Desertas. 	Descrição:  Arbusto ou pequena árvore que atinge até 2.5 m de altura, com muitos ramos e folhas de forma variável. As flores são pequenas e brancas e os frutos pouco carnudos, são pretos quando maduros. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. 	Observações: Época de floração de Março a Junho.
Urze das vassouras ou Urze-durária 	Nome vulgar: Urze das vassouras ou Urze-durária. 	Nome científico: Erica scoparia L. subsp. maderinicola D.C. McClint. 	Família: Ericaceae 	Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Madeira, que pode ser encontrada desde o litoral até grandes altitudes (1400 m). Pode ainda, com menos frequência, habitar os picos mais altos do Porto Santo. 	Descrição: Arbusto ou pequena árvore que atinge os 4 m de altura, com muitos ramos, folhas pequenas e lineares e flores rosadas. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, não ameaçada. 	Observações: Desempenha um papel fundamental na fixação de nevoeiros, provocando a sua condensação e posterior infiltração e armazenamento da água no lençol freático. Tal como sugere o seu nome, Urze das vassouras, é utilizada no fabrico de vassouras. Época de floração de Abril a Junho.
Piorno 	Nome vulgar: Piorno. 	Nome científico: Genista tenera (Jacq. ex Murray) Kuntze 	Família: Fabaceae 	Distribuição: Espécie endémica da Madeira que vive em escarpas rochosas e em ravinas, desde o nível do mar até os 1700 m de altitude. 	Descrição: Arbusto que atinge 2,5 m de altura, com folhas lineares e inflorescências com 1 a 9 flores amarelas. Os frutos são vagens. 	Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, não ameaçada. 	Observações: Época de floração de Março a Julho.
Plantas Introduzidas 	A ocupação do Arquipélago da Madeira pelo Homem permitiu a introdução, consciente ou inconsciente, de diversas plantas que se adaptaram muito bem às condições edafo-climáticas que aqui encontraram e se distribuíram por toda o Arquipélago da Madeira. Estas podem ser agrícolas, ornamentais e invasivas. Estrelícia Anoneira Acácio Draco
Agrícola Fruto Delicioso Maracujá Roxo Bananeira Anã
Abacateira 	Nome vulgar: Abacateira. 	Nome científico: Persea americana Mill. 	Família: Lauraceae 	Distribuição e Habitat: Originária da América Tropical e amplamente cultivada na região devido ao seu elevado valor comercial. 	Descrição: Árvore de casca pardacenta que pode atingir até 18 m de altura. As folhas são verdes, ovadas, alternadas e coriáceas. As flores pequenas e de coloração branco-esverdeadas, possui odor acentuado e característico, encontram-se agrupadas em inflorescências. Fruto com forma de pêra e com cerca de 10 cm de comprimento, de casca verde ou púrpura brilhante, com polpa espessa e cremosa, de coloração creme-amarelada, rica em óleos vegetais. Possui uma única semente que está envolta pela polpa de consistência mole do fruto. 	Observações: Resistente à poluição. Época de floração de Janeiro a Abril.
Anoneira Nome vulgar: Anoneira. Nome científico: Annona cherimola Mill. Família: Annonaceae Distribuição e Habitat: Originária do Peru e do Equador. Na ilha da Madeira esta árvore de fruta é cultivada há muitos anos. Aparentemente a primeira árvore conhecida na ilha teve origem nas sementes de um fruto trazido do Brasil. No Funchal e arredores é possível observá-la no estado subespontâneo. Descrição: Árvore que pode atingir 10 m de altura, de tronco cilíndrico, com casca grossa e lisa ou com ranhuras pouco aparentes e de cor verde acinzentada. De ramos densos e folhas de 10 a 25 cm de comprimento, ovais ou elípticas, sedosas. As flores são solitárias ou reunidas em pequenos grupos de 2 a 4, hermafroditas, aromáticas, com 2,5 cm de comprimento. O fruto, a anona, pode ser cordiforme, cónico ou irregular, com a epiderme reticulada lisa ou com pequenas protuberâncias, de cor verde clara. A polpa é branca, cremosa, sumarenta e com elevado valor alimentício.	 Observações: Época de floração de geral de Maio a Julho.
Fruto Delicioso Nome vulgar: Fruto Delicioso.Nome científico: Monstera deliciosa Liebm.Família: AraceaeDistribuição e Habitat: Originária da América Central e cultivada na região.Descrição: Planta herbácea que atinge até 8 m de altura, prostada ou ascendente quando apoiada em suportes. As folhas são grandes, verdes, coriáceas, recortadas, perfuradas, e ornamentais. A inflorescência é do tipo espádice (à semelhança do antúrio, pertencente à mesma família), de coloração branco-creme e mede entre 20 a 30 cm de comprimento. Fruto do tipo baga, é aromático, muito saboroso e parece-se com uma espiga de milho verde.Observações: As suas folhas são consideradas tóxicas. Época de floração de Junho a Setembro.
Bananeira Anã 	Nome vulgar: Bananeira Anã. 	Nome científico: Musa acuminata Colla 	Família: Musaceae 	Distribuição e Habitat: Cultivo de maior representatividade e importância  económica da Madeira, sendo a que melhor se adapta aos climas mais frios, constituindo a base de comercialização das zonas subtropicais. 	Descrição: Herbácea de grande porte (atinge até 3 m de altura), não possuindo um verdadeiro caule. As folhas verdes estão dispostas em 3 filas, numa espiral voltada para a esquerda. A inflorescência é uma espiga simples e terminal. A banana caracteriza-se por ser uma baga alongada, mais ou menos cilíndrica, com a extremidade apical arredondada ou em bico. A superfície é lisa e adquire uma coloração amarelada durante a maturação do fruto. 	Observações: Época de floração durante todo o ano.
Cana de Açúcar 	Nome vulgar: Cana de Açúcar. 	Nome científico: Saccharum officinarum L. 	Família: Poaceae 	Distribuição e Habitat: Com origem na Ásia Tropical. É amplamente cultivado na Ilha da Madeira devido ao seu elevado valor comercial e múltiplas utilidades, nomeadamente, a produção de mel. A Madeira posiciona-se nos anais da História universal como a primeira área de ocupação atlântica, pioneira na cultura e divulgação do açúcar. 	Descrição: Gramínea que atinge até 2 m de altura. É uma planta erecta, perene, com colmo cilíndrico, externamente glabro e de coloração variável e, internamente, com feixes vasculares. Os entrenós podem ser rectos ou em zigue-zague, com comprimento, espessura e forma muito variados. As folhas são simples, alternadas e lanceoladas e as flores encontram-se reunidas em inflorescências. Os frutos são secos e do tipo cariopse. Observações: A cana de açúcar é considerada a cultura agrícola mais importante da história da humanidade, pois provocou o maior fenómeno em termos de mobilidade humana, económica, comercial e ecológica.
Mangueiro Nome vulgar: Mangueiro. Nome científico: Mangifera indica L. Família: Anacardiaceae Distribuição e Habitat: Originário da Ásia Tropical e amplamente cultivados na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: É uma árvore de grande porte, podendo atingir 30 m de altura, de casca rugosa, cinza escura e fibrosa. As flores são aromáticas e amarelas-esverdeadas. A folhas acumulam-se na ponta dos galhos e têm de 10 a 30 cm de comprimento, oblongas ou lanceoladas, de cor verde-escura brilhante. Os frutos, as mangas, são frutos volumosos, com cores verdes, amareladas ou alaranjadas, possuem uma polpa suculenta, fibrosa, de cor amarela ou amarela alaranjada e um grande caroço (semente) no seu interior. 	Observações: Época de floração de Novembro a Maio.
Papeiro 	Nome vulgar: Papaieiro. 	Nome científico: Carica papaya L.  	Família: Acanthaceae  	Distribuição e Habitat: Originário da América Tropical e cultivado na Madeira. 	Descrição: Herbácea com caule único e liso, geralmente sem ramos laterais e que pode atingir até 10 m de altura. As folhas são grandes, lobuladas e palmiformes. O fruto, a papaia, é uma baga muito perfumada com uma grande cavidade central onde se encontram numerosas sementes cinzentas escuras. A epiderme é delgada, macia, verde quando imatura e amarela ou laranja quando madura. A polpa com o amadurecimento torna-se de branca a amarela, laranja, salmão ou vermelha.  	Observações: Época de floração de Maio a Agosto.
Maracujá Roxo Nome vulgar: Maracujá Roxo. Nome científico: Passiflora edulis Sims 	Família: Passifloraceae Distribuição e Habitat: Originário do Brasil e cultivada na Madeira uma vez que se trata de um fruto muito apreciado pelos seus habitantes. 	Descrição: Frutos que crescem em trepadeira herbácea ou lenhosa que pode atingir mais de 10 m de comprimento, de folhas verdes, brilhantes na face superior, simples, alternadas, ovadas, elípticas, lobadas ou digitadas. As flores hermafroditas e de rara beleza, são brancas e roxas e possuem um perfume intenso. Os frutos são de cor púrpura, com forma de ovo, de casca dura e rugosa, de polpa amarela, sumarenta e com  pequenas sementes pretas. 	Observações: Época de floração de Abril a Novembro.
Ornamental Hortênsias Orquídea de Haste Antúrio Sapatinhos
Agapanto Nome vulgar: Agapanto. Nome científico: Agapanthus praecox Willd. emend. Leighton ssp. orientalis (Leighton) Leighton Família: Alliaceae Distribuição e Habitat: Planta originária da África do Sul, cultivada na Madeira e no Porto Santo como ornamental, em jardins e nas bermas das estradas. Descrição: Planta herbácea de folhas lineares e em forma de fita, com 50 cm de comprimento, suculentas e verde-escuras brilhante. As inflorescências encontram-se na extremidade do caule e são constituídas por pequenas flores de forma tubular, azuis ou brancas e que podem atingir 1,2 m de altura. Observações: Época de floração de Maio a Setembro.
Estrelícia Nome vulgar: Estrelícia. Nome científico: Strelitzia reginae Ait. Família: Strelitziaceae Distribuição e Habitat: Originária da África do Sul e amplamente cultivada na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: Planta exótica, tropical e perene que pode atingir 1 m de altura. As folhas são verdes, brilhantes, coriáceas e em forma de pás. As flores fazem lembrar a cabeça de uma ave conhecida como ave do paraíso, devido à sua forma única e coloração azul e laranja sendo por isso esta, uma das possíveis designações desta planta. Observações: Época de floração durante todo o ano.
Hortênsias Nome vulgar: Hortênsias. Nome científico: Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. Família: Hydrangeaceae Distribuição e Habitat: Originária do Japão e largamente cultivada na Madeira e menos no Porto Santo. Descrição: Arbusto que pode atingir 4 m de altura e folhas de elípticas a ovadas, com cerca de 18 cm de comprimento, verdes e largas. Inflorescências globosas compostas por pequenas flores de 4 pétalas, cuja coloração é predominantemente azul e branca podendo, no entanto, apresentar tonalidades como o rosa e o roxo. Observações: Época de floração de Junho a Setembro.
Acácia Draco Nome vulgar: Acácia Draco. Nome científico: Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Família: Fabaceae Distribuição e Habitat: Originária da América do Sul. Na Madeira cresce como ornamental em jardins. Descrição: Árvore que pode atingir até 15 m de altura, de copa densa e tronco grosso de casca escura e com fissuras. As folhas são imparipinadas, possuindo de 11 a 29 folíolos oblongos e de cor verde-amarelado. As inflorescências são constituídas por pequenas flores amarelas ou laranja com 2 cm de diâmetro. O fruto é uma sâmara (tipo de vagem) com uma asa estreita, contendo de 1 a 3 sementes. Observações: Época de floração de Junho a Agosto.
Antúrio Nome vulgar: Antúrio. Nome científico: Anthurium andreanum Linden ex André Distribuição e Habitat: Originário da Colombia, o antúrio é a cultura mais praticada pelos floricultores regionais. Descrição: Planta herbácea que atinge 80 cm de altura, com raízes aéreas que podem absorver água do ar. Inflorescência constituída por espádice (amarelo e onde se concentram as pequenas flores) e espada (vermelho e em forma de coração) e folhas em forma de coração, verdes, mais ou menos coriáceas e brilhante. Observações: Época de floração durante todo o ano.
Babosas Nome vulgar: Babosas. Nome científico: Aloe arborescens Mill. Família: Asphodelaceae Distribuição e Habitat: Originária da África do Sul. Na Madeira e no Porto Santo é cultivada em jardins e nas margens das estrada. Encontra-se já naturalizada na Ilha da Madeira. Descrição: Planta arbustiva e robusta que pode atingir 150 cm de altura, de folhas verdes, estreitas, suculentas e sobrepostas, com espinhos salientes nas margens. As inflorescências são cheias de flores vermelhas tubulosas. 	Observações: Época de floração de Outubro a Janeiro.
Jacarandá Nome vulgar: Jacarandá. Nome científico: Jacaranda mimosifolia D. Don Família: Bignoniaceae Distribuição e Habitat: Árvore originária da Argentina e cultivada na Madeira como ornamental. Descrição: Árvore que pode atingir até 15 m de altura, com folhas compostas imparipinuladas, com 20 a 30 pares de folíolos, pequenos e ovados. As flores são roxas, em forma de sino, e dispostas em inflorescências terminais. Os frutos lenhosos são umas cápsulas planas esverdeadas, castanho claro, quando secas, de cerca de 5 a 8 cm de comprimento e com grande quantidade de sementes aladas. Observações: Época de floração de Abril a Junho.
Sapatinhos 	Nome vulgar: Sapatinhos.	 Nome científico: Paphiopedilum insigne (Wall. ex Lindl.) Pfitz. Família: Orchidaceae Distribuição e Habitat: Originária do Himalaia e amplamente cultivada na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: Herbácea, perene, podendo atingir até 30 cm de altura. Os caules são curtos e encontram-se encerrados em bases foliares. As folhas são lisas, lineares e verdes. As flores são solitárias, possuem 2 tépalas externas e o lábio (pétala inferior da corola das plantas pertencentes ao grupo das orquídeas) é em forma de saco com 2 lóbulos laterais com um bordo. A cor é variável entre o castanho, o rosa e o verde e, na tépala dorsal existem pontuações castanhas. Observações: Época de floração de Dezembro a Janeiro.
Orquídea de Haste Nome vulgar: Orquídea de Haste. Nome científico: Cymbidium insigne Rolfe Família: Orchidaceae Distribuição e Habitat: Originária do Vietname e amplamente cultivada na Madeira devido aos seu elevado valor comercial. Descrição: Planta bulbosa que pode atingir até 1 m de altura, com folhas lineares, verdes e brilhantes. As inflorescências possuem entre 12 a 25 flores de coloração variada e com o lábio (pétala inferior da corola das orquídeas) padronizado de púrpura. As raízes apresentam-se espessas e carnudas, a que se ligam raízes finas e fibrosas. O fruto é uma cápsula, que se abre quando seca para libertar sementes minúsculas e leves. Observações: Época de floração de Janeiro a Maio.
Invasiva Eucalipto Pinheiro Bravo Pinheiro Bravo
Pinheiro Bravo 	Nome vulgar: Pinheiro Bravo. Nome científico: Pinus pinaster Aiton Família: Pinaceae Distribuição e Habitat: Árvore florestal introduzida na Madeira e que hoje se encontra naturalizada, ocupando mais de 12000 hectares do seu território. Existe também na ilha do Porto Santo, onde é cultivado. Descrição: Árvore de grande porte, podendo atingir 30 a 40 m de altura. O tronco possui casca espessa, de cor castanha avermelhada e muito fissurada. As folhas são agulhas, emparelhadas, de cor verde-escura, com 10 a 25 cm, rígidas e grossas. As flores masculinas estão dispostas em inflorescências douradas, com forma de espiga, agrupadas lateralmente nos ramos e as flores femininas são dispostas em inflorescências terminais. As pinhas são cónicas ovóides, simétricas ou quase, castanhas claras e polidas. Observações: Época de floração de Fevereiro e Março.
Eucalipto Nome vulgar: Eucalipto. Nome científico: Eucalyptus globulus Labill. Família: Myrtaceae Distribuição e Habitat: Originário da Austrália e Tasmânia, está amplamente distribuído pela região. Descrição: Árvore de grande porte, atingindo 65 m de altura e com tronco de casca lisa, cinzenta ou castanha. Folhas juvenis acinzentadas e de forma ovada. As folhas adultas são estreitas e largas, lanceoladas, coriáceas, com pecíolos distintos. Geralmente apresenta uma flor axilar solitária com pedúnculos curtos e de cor branca. Os frutos são cápsulas lenhosas. Observações: Esta espécie exótica proliferou na região de tal modo que, em algumas zonas se tornou infestante. Actualmente decorre uma campanha no Parque Ecológico do Funchal para a sua erradicação. Época de floração durante os meses de Inverno.
Mimosa Nome vulgar: Mimosa. 	Nome científico: Acacia dealbata Link. 	Família: Mimosaceae Distribuição e Habitat: Originária do Sudeste da Austrália e da Tasmânia. Cultivada na Madeira como florestal e ornamental é agora considerada uma invasora muito perigosa. 	Descrição: Árvore que atinge até 30 m de altura e tronco com casca lisa. Os ramos, raminhos e a folhagem são branco-preteado. As folhas são tripinuladas, com 20 a 25 pares de folíolos e com numerosas glândulas. Inflorescências terminais com 30 a 40 flores amarelas. O fruto é uma vagem comprimida com 4 a 10 cm de comprimento. 	Observações: Considerada uma espécie infestante por ser responsável pela perda de diversidade florística dos ecossistemas por isso, decorre, actualmente, uma campanha no Parque Ecológico do Funchal para a sua erradicação. Época de floração sobretudo no Inverno.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A classe dos quantificadores ficha de trabalho[1]
A classe dos quantificadores   ficha de trabalho[1]A classe dos quantificadores   ficha de trabalho[1]
A classe dos quantificadores ficha de trabalho[1]Teresa Oliveira
 
Categorias narrativa
Categorias narrativaCategorias narrativa
Categorias narrativapauloprofport
 
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.Elisabete
 
Diversidade dos animais
Diversidade dos animaisDiversidade dos animais
Diversidade dos animaisJorge Mata
 
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1Maria Gomes
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
 
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei JorgeFrei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei JorgePatricia Martins
 
Resumo da obra
Resumo da obraResumo da obra
Resumo da obramanuela016
 
Modificador restritivo e apositivo do nome
Modificador restritivo e apositivo do nomeModificador restritivo e apositivo do nome
Modificador restritivo e apositivo do nomeAntónio Fernandes
 
Os Maias Episódios da Vida Romântica
Os Maias   Episódios da Vida RomânticaOs Maias   Episódios da Vida Romântica
Os Maias Episódios da Vida RomânticaPatrícia Pereira
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasEpisódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasAnaGomes40
 

Mais procurados (20)

Teste 9º os lusíadas
Teste 9º os lusíadasTeste 9º os lusíadas
Teste 9º os lusíadas
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
A classe dos quantificadores ficha de trabalho[1]
A classe dos quantificadores   ficha de trabalho[1]A classe dos quantificadores   ficha de trabalho[1]
A classe dos quantificadores ficha de trabalho[1]
 
As serras de portugal
As serras de portugalAs serras de portugal
As serras de portugal
 
Categorias narrativa
Categorias narrativaCategorias narrativa
Categorias narrativa
 
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.
A Passarola (sonho/utopia) em Memorial do Convento.
 
A Aia
A AiaA Aia
A Aia
 
Diversidade dos animais
Diversidade dos animaisDiversidade dos animais
Diversidade dos animais
 
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
 
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei JorgeFrei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
 
Resumo da obra
Resumo da obraResumo da obra
Resumo da obra
 
Modificador restritivo e apositivo do nome
Modificador restritivo e apositivo do nomeModificador restritivo e apositivo do nome
Modificador restritivo e apositivo do nome
 
Os Maias Episódios da Vida Romântica
Os Maias   Episódios da Vida RomânticaOs Maias   Episódios da Vida Romântica
Os Maias Episódios da Vida Romântica
 
Analise os lusiadas 1
Analise os lusiadas 1Analise os lusiadas 1
Analise os lusiadas 1
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Adamastor
AdamastorAdamastor
Adamastor
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os LusíadasEpisódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
Episódio "O Gigante Adamastor" d' Os Lusíadas
 

Semelhante a Aves e Plantas da Madeira

Criando Raízes
Criando RaízesCriando Raízes
Criando RaízesTurma8B
 
Freira Da Madeira
Freira Da MadeiraFreira Da Madeira
Freira Da Madeiraguestbe93b
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinçãoAGRT8C5111922
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinçãoAGRT8C5111922
 
Cabra montês e corvo
Cabra montês e corvoCabra montês e corvo
Cabra montês e corvoMauroJardim3
 
Trbalho de ciencias pn
Trbalho de ciencias pnTrbalho de ciencias pn
Trbalho de ciencias pnAna Agostinho
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinçãoteratici
 
Parque natural da serra de São Mamede
Parque natural da serra de São MamedeParque natural da serra de São Mamede
Parque natural da serra de São MamedeBiaa
 
Espécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoEspécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoLimm1011
 
Espécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoEspécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoLimm1011
 
parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaAnaGomes40
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileirosPaulo Vitor
 

Semelhante a Aves e Plantas da Madeira (20)

Criando Raízes
Criando RaízesCriando Raízes
Criando Raízes
 
Freira Da Madeira
Freira Da MadeiraFreira Da Madeira
Freira Da Madeira
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinção
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinção
 
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvor
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvorAlgumas aves limicolas presentes na ria de alvor
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvor
 
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvor
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvorAlgumas aves limicolas presentes na ria de alvor
Algumas aves limicolas presentes na ria de alvor
 
Cerrado
CerradoCerrado
Cerrado
 
Rom
RomRom
Rom
 
Aves de portugal 8
Aves de portugal 8Aves de portugal 8
Aves de portugal 8
 
Cabra montês e corvo
Cabra montês e corvoCabra montês e corvo
Cabra montês e corvo
 
Sintra cascais
Sintra cascaisSintra cascais
Sintra cascais
 
Trbalho de ciencias pn
Trbalho de ciencias pnTrbalho de ciencias pn
Trbalho de ciencias pn
 
Animais em extinção
Animais em extinçãoAnimais em extinção
Animais em extinção
 
Parque natural da serra de São Mamede
Parque natural da serra de São MamedeParque natural da serra de São Mamede
Parque natural da serra de São Mamede
 
Espécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoEspécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de Extinção
 
Espécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de ExtinçãoEspécies em Vias de Extinção
Espécies em Vias de Extinção
 
parque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadianaparque natural do vale do guadiana
parque natural do vale do guadiana
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileiros
 
Cegonha preta
Cegonha pretaCegonha preta
Cegonha preta
 
Aves de portugal 10
Aves de portugal 10Aves de portugal 10
Aves de portugal 10
 

Aves e Plantas da Madeira

  • 1. Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo António Área de Projecto 2010/2011 Aves e Plantas da Madeira Trabalho elaborado por: Alexandre nº 8 Lénia Nº 10 Sandy nº18
  • 2. Aves da Madeira Cagarra Bis-Bis Francelho Andorinha da Serra
  • 3. Introdução O Arquipélago da Madeira, devido à sua orografia, isolamento geográfico e distância de importantes fontes de poluição é um excelente local para a nidificação de aves marinhas. Estas aves formam um grupo muito diversificado de espécies que se adaptaram eficientemente ao meio marinho e podem ser divididas em dois grupos principais, aves marinhas costeiras e aves marinhas oceânicas. As aves marinhas costeiras são aves que fazem uso dos recursos marinhos existentes junto à costa e na Madeira. As subespécies endémicas da Macaronésia e qualquer uma das aves referidas está protegida legalmente, sendo que, pelo menos metadeda sua área de nidificação está classificada como zona de protecção especial e sítio de interesse comunitário.
  • 4. Andorinha da serra Nome vulgar: Andorinha da serra. Nome científico: Apus unicolor (Jardine, 1830) Família: Apodidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando apenas nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada numa variedade de habitates. Descrição: Apresenta o corpo uniformemente escuro e um voo bastante rápido e característico. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10.000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Esta espécie é muito abundante na Ilha da Madeira e menos na Ilha do Porto Santo.
  • 5. Andorinha do mar Nome vulgar: Andorinha do mar. Nome científico: Apus pallidus brehmorum (Hartert, 1901) Família: Apodidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Mostra preferência por ilhéus e falésias costeiras, contudo pode ocorrer em zonas de montanha, rurais e suburbanas. Descrição: Possui uma mancha clara na garganta e tem uma coloração menos homogénea que a andorinha da serra. Estatuto de Conservação e Ameaças: Dados insuficientes. Não existe qualquer tipo de referência sobre a existência de ameaças relevantes. Observações: Espécie muito menos abundante do que A. unicolor, ocorrendo também na Ilha do Porto Santo e estando ausente do arquipélago no Inverno.
  • 6. Bis-Bis Nome vulgar: Bis-Bis. Nome científico: Regulus ignicapillus madeirensis (Harcourt, 1851) Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira, ocorrendo regularmente, exclusivamente na Ilha da Madeira, onde ocupa uma variedade de habitates, que vão desde a floresta indígena até à floresta exótica. Descrição: É a ave mais pequena da avifauna do arquipélago e possui um comportamento inquieta e de foram inconfundível. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Espécie abundante sobretudo nas áreas de Laurisilva. Na Madeira apresenta uma tendência populacional positiva.
  • 7. Cagarra Nome vulgar: Cagarra. Nome científico: Calonectris diomedea borealis (Cory, 1881) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Ave pelágica que corre no arquipélago da Madeira e que nidifica em pequenas ilhas, ilhéus e falésias costeiras. Nas Selvagens (uma das primeiras Áreas Protegidas de Portugal), nidifica no solo entre a vegetação rasteira devido à ausência de perturbações. Descrição: Ave marinha de grande. A envergadura das asas varia entre 100 e 125 cm. As fêmeas pesam em média 780 g, os machos são maiores e pesam cerca de 900 g. Pode ser identificada pelo seu voo rápido e planado. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação. População superior a 10000 casais com uma extensa área de ocorrência. Observações: Das aves marinhas nidificantes no Arquipélago da Madeira, a Cagarra é a mais bem estudada. A maior colónia desta espécie situa-se nas Ilhas Selvagens.
  • 8. Calcamar Nome vulgar: Calcamar. Nome científico: Pelagodroma marina hypoleuca (Webb, Berthelot & Moquin-Tandon, 1841) Família: Hydrobatidae Distribuição e Habitat: Ave marinha endémica da Macaronésia, nidifica em solos arenosos onde escava profundos ninhos. É a espécie mais numerosa nidificando nas Ilhas Selvagens. Descrição: Parte superior escura e parte inferior branca. Esta ave não pode ser confundida com nenhuma outra devido ao seu voo calcando o mar. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável que apresenta reduzida área de ocupação. A recente erradicação do coelho e do murganho da Selvagem Grande, pôs fim aos impactos negativos que estas espécies provocavam no habitat do calcamar. Observações: Esta espécie é a mais numerosa nas Ilhas Selvagens (>30.000), onde ocorre entre Dezembro e Setembro. Até à data só foi referenciada uma vez nas águas da Ilha da Madeira.
  • 9. Canário da terra Nome vulgar: Canário da terra. Nome científico: Serinus canaria canaria (Linnaeus, 1758) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo, Desertas e Madeira, ocupando variados tipos de habitates, nomeadamente, zonas rurais agrícolas e zonas de vegetação rasteira. Descrição: De plumagem amarela no peito. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Não está identificada qualquer ameaça que ponha em risco esta ave. Observações: Espécie muito abundante. Na ilha da Madeira diminui de abundância com a altitude e tem apresentado uma tendência populacional positiva.
  • 10. Cigarrinho Nome vulgar: Cigarrinho. Nome científico: Sylvia conspicillata orbitalis (Wahlberg, 1854) Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada em zonas com pouca perturbação e com coberto arbustivo (urzes e giestas) denso. No Porto Santo ocorre ainda em zonas de pinhal novo. Descrição: De porte muito pequeno, possuindo cabeça cinzenta e garganta branca. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são de plumagem mais apagada e acastanhada que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: Ave vulnerável. População composta por poucos indivíduos (menos de 1.000) e a área de ocorrência é restrita. Observações: Esta espécie é de difícil observação e muito pouco se sabe sobre a sua biologia e dinâmica populacional.
  • 11. Codorniz Nome vulgar: Codorniz. Nome científico: Coturnix coturnix confisa (Hartert, 1917) Família: Phasianidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre nas ilhas da Madeira e do Porto Santo em zonas abertas com cobertura herbácea alta, onde se pode esconder, e em campos cultivados com cereais. Descrição: Ave arredondada, mais pequena que a perdiz, e com plumagem castanha. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Sem dúvida que a predação por ratos, gatos e cães na época de nidificação constitui factor de ameaça sobre esta espécie, aliado ao abandono das práticas agrícolas tradicionais.
  • 12. Corre-caminhos Nome vulgar: Corre-caminhos. Nome científico: Anthus bertheloti bertheloti (Bolle, 1862) Família: Motacillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, na Selvagem Grande e na Selvagem Pequena, em zonas de planalto. Descrição: A identificação desta ave pode ser feita quase exclusivamente pela sua silhueta e pela forma como se move no solo que, tal como indica o nome, corre caminhos. A distinção entre esta subespécie e o Anthus bertheloti madeirensis, subespécie que ocorre nas Ilhas da Madeira, Porto Santo e Desertas, é quase impossível em campo. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie vulnerável. População pequena e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta subespécie é comum nas ilhas Selvagens, em particular na Selvagem Grande, onde em 1990 a população foi estimada em 300-400 indivíduos.
  • 13. Coruja das Torres Nome vulgar: Coruja das torres. Nome científico: Tyto alba schmitzi (Hartert, 1900) Família: Tytonidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. A nidificação apenas está confirmada na Ilha da Madeira. Pode ser encontrada em zonas humanizadas, urbanas ou agrícolas, em zonas florestais e em zonas abertas com vegetação rasteira. Descrição: É a única ave terrestre nocturna do arquipélago e pode ser identificada pela sua silhueta em voo e pelo seu agudo e estridente. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10.000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Esta espécie tem aumentado gradualmente os seus efectivos, carecendo no entanto de estudos recentes sobre a nidificação e níveis populacionais.
  • 14. Francelho Nome vulgar: Francelho. Nome científico: Falco tinnunculus canariensis (Koenig, 1890) Família: Falconidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, podendo ser observada em zonas de floresta indígena e exótica, zonas de vegetação rasteira, zonas de cultivo, falésias ou na periferia dos centros urbanos. Descrição: É a rapina mais pequena da região. Possui capacidade de peneirar durante largos períodos. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Espécie apresentando um aumento populacional notável nas últimas décadas, tornando-se inclusivamente numa ave urbana.
  • 15. Freira do Bugio Nome vulgar: Freira do Bugio. Nome científico: Pterodroma feae (Mathews, 1934) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, no entanto nidifica exclusivamente nos arquipélagos da Madeira, mais exactamente no Bugio (Ilhas Desertas) e de Cabo Verde. É uma ave marinha pelágica que escava o ninho no solo. Descrição: Muito semelhante à Freira da Madeira, com a parte superior do corpo escura, parte inferior branca e interior das asas escuro. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie considerada vulnerável porque possui uma população pequena e porque a sua área de ocupação é muito reduzida. Está naturalmente protegida pela acessibilidade muito difícil que o Bugio apresenta. Observações: Os coelhos abundam no Bugio e têm causado distúrbios às posturas destas aves. Uma vez que o Bugio é o único local no arquipélago onde estas aves nidificam, projectos de erradicação ou controlo dos coelhos têm sido analisados.
  • 16. Fura bardos Nome vulgar: Fura bardos. Nome científico:Accipiter nisus granti (Sharpe, 1890) Família: Accipitridae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira onde pode ser observada vivendo em áreas florestadas, indígenas e exóticas. Descrição: Ave de porte intermédio, com asas redondas e curtas e de coloração acinzentada. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 2500 indivíduos e a sua área de ocorrência é extensa. Observações: Espécie provavelmente mais frequente do que se supõe, dadas as dificuldades de observação, fruto dos seus hábitos.
  • 17. Galinha d’água Nome vulgar: Galinha d’água. Nome científico: Gallinula chloropus (Linnaeus, 1758) Família: Rallidae Distribuição e Habitat: Esta espécie era dada como ocasional para o arquipélago da Madeira, mas desde o ano 2000, que se confirmou o registo da sua nidificação na lagoa do Lugar de Baixo. Descrição: Ave aquática de cor preta, com escudo facial vermelho, bico vermelho e amarela. As patas e os dedos são compridos, a cauda é branca levantada. No adulto, a linha lateral branca separa a parte inferior cinzento-escura das asas castanho-escuras. Nada bem e raramente mergulha. Estatuto de Conservação e Ameaças: Ave criticamente em perigo devido à reduzida população (inferior a 50 indivíduos). Observações: O habitat usado por esta espécie não existe naturalmente no Arquipélago da Madeira. Desta forma, a área de habitat é extremamente reduzido e associado à intervenção humana, o que resulta num estado de conservação muito precário.
  • 18. Galinhola Nome vulgar: Galinhola. Nome científico: Scolopax rusticola (Linnaeus, 1758) Família: Scolopacidae Distribuição e Habitat: Ocorre unicamente na Ilha da Madeira, sobretudo em zonas com vegetação arbustiva densa e zonas de urzal, sendo no entanto de difícil observação. Descrição: Ave que possui um bico muito comprido e direito. Com plumagem acastanhada. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População constituída por pouco indivíduos (menos de 2500). Observações: Tratando-se de uma espécie que nidifica no solo, é altamente atacada por ratos, sendo esta a sua principal ameaça.
  • 19. Garajau comum Nome vulgar: Garajau comum. Nome científico: Sterna hirundo hirundo Linnaeus, 1758 Família: Sternidae Distribuição e Habitat: Grande migradora, ocorre no arquipélago da Madeira onde nidifica, em ilhéus e falésias rochosas na Primavera. Descrição: Ave cinzento-claro na parte superior e branco na parte inferior, apresentado uma matiz cinzento-claro. Possui barrete preto, patas vermelhas e cauda profundamente bifurcada. O bico é laranja-avermelhado, com extremidade preta ou vermelho-vivo. Estatuto de conservação e Ameaças: Espécie considerada vulnerável, uma vez que a população é reduzida e a sua área de ocupação é muito restrita. Observações: Ocorre na Ilha da Madeira entre Março e Setembro, distribuindo-se equitativamente ao longo da costa. Em particular na Ilha da Madeira a ocupação e alteração do litoral têm constituído factor de ameaça.
  • 20. Lavandeira Nome vulgar: Lavandeira. Nome científico: Motacilla cinerea schmitzi (Tschusi, 1900) Família: Motacillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica que pode ser observada nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo, vivendo associada à água e frequentando grande variedade de habitates aquáticos, especialmente ribeiras. Descrição: Apresenta a parte superior do corpo cinzenta, asas pretas, uropígio amarelo-esverdeado e cauda preta comprida com margens brancas. A parte inferior do corpo é branca, com coberturas infracaudais amarelas e uma quantidade variável de amarelo no peito. Estatuto de Conservação e Ameaças: Não está identificada qualquer ameaça que ponha em causa a espécie.
  • 21. Manta Nome vulgar: Manta. Nome científico: Buteo buteo harterti (Swan, 1919) Família: Accipitridae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre em zonas florestais, em zonas com pouca floresta ou com vegetação rateira, em zonas agrícolas e suburbanas. Descrição: Ave de rapina de maior porte na região. Possui asas arredondadas e patas amarelas. Muitas vezes é observada a voar em círculos largos, aproveitando as correntes ascendentes de ar quente. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menor preocupação uma vez que a população no arquipélago é composta por cerca de 10000 indivíduos e a sua área de ocorrência e de distribuição é extensa. Observações: Espécie em franca expansão, tendo aumentado a sua presença em zonas de baixa altitude.
  • 22. Verdilhão Nome vulgar: Verdilhão. Nome científico: Carduelis chloris aurantiiventri (Cabanis, 1850) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Ocorre no Arquipélago da Madeira,  exclusivamente  na Ilha da Madeira, onde nidifica e ocupa áreas de floresta exótica pouco densa e jardins de núcleos urbanos, nomeadamente no Funchal. Descrição: De plumagem amarelo-esverdeada e de bico bastante robusto. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Observações: Ave cuja presença é cíclica.
  • 23. Toutinegra Nome vulgar: Toutinegra. Nome científico:Sylvia atricapilla heineken (Jardine, 1830) Família: Sylviidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando exclusivamente na Ilha da Madeira. Pode ser encontrada numa grande variedade de habitates, nomeadamente em zonas com uma grande densidade de arbustos. Descrição: Ave de porte pequeno que facilmente se distingue de outras semelhantes pelo barrete preto nos machos e castanho nas fêmeas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Esta espécie é muito abundante na Ilha da Madeira e apresenta uma tendência populacional positiva
  • 24. Tentilhão Nome vulgar: Tentilhão. Nome científico: Fringilla coelebs maderensis (Sharpe, 1888) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre unicamente na Ilha da Madeira em zonas de floresta indígena ou exótica, em zonas de cultivo ou em áreas de vegetação rasteira. Descrição: Plumagem do peito rosada, faixas alares e parte externa da cauda brancas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual. As fêmeas são mais discretas que os machos. Estatuto de Conservação e Ameaças: De menor preocupação. População com mais de 10.000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Observações: Espécie muito abundante na ilha da Madeira, onde se deixa observar facilmente nas tradicionais zonas de merenda e ao longo das levadas.
  • 25. Roque de Castro Nome vulgar: Roque de Castro. Nome científico: Oceanodroma castro (Harcourt, 1851) Família: Hydrobatidae Distribuição e Habitat: Espécie pelágica que ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando em pequenas ilhas, ilhéus e falésias costeiras. Podem ser avistadas a muitas milhas da costa, normalmente alimentando-se sobre bancos de pesca. Descrição: Ave de pequeno porte, de coloração escura, com uma faixa branca no uropígio e a cauda ligeiramente bifurcada. Estatuto de Conservação: Espécie de menor preocupação. População compostos por mais de 10000 indivíduos e com uma extensa área de ocorrência. Observações: Esta espécie nidifica durante todo o ano, apresentando duas populações com picos de nidificação distintos, na Primavera e no Outono.
  • 26. Poupa Nome vulgar: Poupa. Nome científico: Upupa epops epops (Linnaeus, 1758) Família: Upupidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, no entanto a nidificação apenas está confirmada para a Ilha do Porto Santo. O seu habitat é, regra geral, áreas de coberto vegetal herbáceo ou arbustivo. Descrição: Ave inconfundível pela silhueta. Possui plumagem preta e branca nas asas. O bico é comprido e curvo e possui uma crista bastante evidente. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População pequena (inferior a 1.000 indivíduos) e que ocorre numa área restrita. Não existe um plano de acção dirigido exclusivamente para esta espécie. Observações: Esta espécie, cuja nidificação só foi comprovada em 1969, é relativamente abundante na ilha do Porto Santo e bastante mais rara na ilha da Madeira, onde as aves observadas podem ser visitantes ocasionais.
  • 27. Pombo trocaz Nome vulgar: Pombo trocaz. Nome científico: Columba trocaz (Heineken, 1829) Família: Columbidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Ilha da Madeira. Vive associado à floresta Laurissilva, apresentado preferência por áreas com predominância do Til, de cuja baga o pombo trocaz se alimenta. Descrição: De plumagem cinzenta-azulada, tonalidade cor de vinho no peito e lista branca que atravessa a cauda. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável por apresentar área de ocorrência muito restrita. A floresta Laurissilva, onde vive esta espécie, é considerada Património Mundial Natural da Humanidade pela UNESCO, daí que o problema de perda e degradação do habitat é uma ameaça que já não se considera. Observações: Fruto do esforço de conservação da floresta Laurisilva e da cessação da caça a esta espécie a população tem estabilizado, sendo mesmo muito comum em alguns locais.
  • 28. Pombo da Rocha Nome vulgar: Pombo da rocha. Nome científico: Columba livia atlantis (Gmelin, 1789) Família: Columbidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, em escarpas e falésias com pouca vegetação, junto ao mar. Descrição: A forma pura apresenta cor cinzenta com 2 listas pretas nas asas e com uropígio branco. A forma feral ocorre com padrões mais variados de coloração. Estatuto de Conservação e Ameaças: Não existe informação adequada para aplicação de qualquer classificação. A forma pura enfrenta a ameaça da hibridação com as formas ferais e domésticas. Observações: A enorme variabilidade de coloração e a hibridação com variedades domésticas, com a consequente dificuldade em separar as populações selvagens das assilvestradas, leva a que se opte por considerar aqui a subespécie nominal.
  • 29. Pintassilgo Nome vulgar: Pintassilgo. Nome científico:Carduelis carduelis parva (Tschusi, 1901) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser observada nos mais variados habitates, fundamentalmente em áreas de cultivo, de vegetação rasteira e de gramíneas. Descrição: Apresenta padrão vermelho, branco e preto na cabeça. É a ave mais colorida da avifauna do arquipélago. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla.
  • 30. Pintarroxo Nome vulgar: Pintarroxo. Nome científico: Carduelis cannabina guentheri (Wolters, 1953) Família: Fringillidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira. Ocorre nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser observada em áreas abertas com vegetação rasteira, áreas de cultivo e onde abundam as gramíneas. Descrição: Os machos apresentam plumagem vermelha no peito, facilitando a sua identificação, e as fêmeas não. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Ave relativamente rara e que sofreu um acentuado declínio na segunda metade do século XX, o qual poderá estar relacionado com o aumento do uso de pesticidas na agricultura.
  • 31. Pintaínho Nome vulgar: Pintaínho.Nome científico: Puffinus assimilis baroli (Bonaparte, 1857)Família: ProcelariidaeDistribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Nidifica nas falésias e pequenas ilhas e ilhéus.Descrição: Os adultos apresentam uma envergadura média de asas de 63 cm. As suas patas são azuis e, tal como o acontece com patagarro, possui um dorso muito escuro e um ventre claro. Uma maneira de distinguir as 2 espécies é observando a divisão entre o preto e o branco, que no pintaínho ocorre acima dos olhos, surgindo estes já na zona clara da face.Estatuto de conservação e Ameaças: Espécie vulnerável, uma vez que a sua área de ocupação é reduzida. Tem uma protecção adequada nas Ilhas Desertas e Selvagens, as quais são alvo de vigilância permanente.Observações: Esta espécie pode ser considerada rara, quando comparada com as restantes aves marinhas nidificantes no arquipélago (à excepção das Freiras), daí o seu estatuto de conservação.
  • 32. Perdiz Nome vulgar: Perdiz. Nome científico: Alectoris rufa hispanica (Seoane, 1891) Família: Phasianidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Nidifica nas ilhas do Porto Santo e da Madeira. Procura áreas com arbustos pouco densos. Descrição: De forma arredondada e com padrão da plumagem que destaca as listas brancas e negras dos flancos. As patas são vermelhas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie de menos preocupação,  introduzida. Observações: Espécie gerida sob o ponto de vista cinegético sendo alvo de reintroduções anuais. Em virtude da pressão de caça exercida, a população provavelmente depende destereforço de efectivos.
  • 33. Pardal espanhol Nome vulgar: Pardal espanhol. Nome científico: Passer hispaniolensis (Temminck, 1820) Família: Passeridae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo. Pode ser encontrada em habitates disponibilizados pelas zonas humanizadas, como jardins e praças urbanas. Descrição: Ave com acentuado dimorfismo sexual. O macho possui a cabeça castanha, as partes laterais inferiores brancas e a parte anterior do pescoço e peito negros. A fêmea é mais discreta e com uma coloração acastanhada. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável. População com pouco indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta espécie sofreu um acentuado declínio na ilha da Madeira, onde se tornou pouco abundante, podendo estar ameaçada por envenenamento acidental com pesticidas agrícolas.
  • 34. Papinho Nome vulgar: Papinho. Nome científico: Erithacus rubecula rubecula (Linnaeus, 1758) Família: Turdidae Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira. Nidifica nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo e pode ser encontrada em qualquer zona com coberto vegetal composto por arbustos e/ou árvores, nomeadamente na floresta indígena. Descrição: Forma arredondada do corpo e plumagem no peito de coloração laranja. Estatuto de Conservação e Ameaças: Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10000 indivíduos e que apresenta áreas de ocorrência e de distribuição amplas. Observações: Espécie bastante comum, com uma tendência populacional positiva nos últimos 10 anos. Rara na ilha do Porto Santo. Desconhece-se o efeito dos visitantes ocasionais sobre a população residente.
  • 35. Pardal da terra Nome vulgar: Pardal da terra. Nome científico: Petronia petronia madeirensis (Erlanger, 1899) Família: Passeridae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada em locais com vegetação rasteira, em falésias costeiras e em áreas de cultivo. Descrição: De plumagem parda-acastanhada e com listas na cabeça e extremidades da cauda brancas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Vulnerável. População com pouco indivíduos (menos de 2.500) e que apresenta uma área de ocorrência restrita. Observações: Esta espécie ocupou outrora o nicho ocupado por P. hispaniolensis. Actualmente é uma espécie pouco abundante e a sua população parece estar estável.
  • 36. Melro preto Nome vulgar: Melro preto. Nome científico: Turdus merula cabrerae (Hartert, 1901) Família: Turdidae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, exclusivamente na Ilha da Madeira. Pode ser observada nos mais variados habitates. Descrição: Apresenta um acentuado dimorfismo sexual. As fêmeas apresentam plumagem e bico castanhos e os machos possuem o corpo negro e o bico amarelo vivo. Estatuto de Conservação e Ameaças: Não está identificada qualquer ameaça para esta ave. Subespécie de menor preocupação. População com cerca de 10.000 indivíduos e que apresenta uma área de ocorrência ampla. Observações: Espécie muito abundante na ilha da Madeira, desde as áreas à beira mar até às montanhas mais altas e mais rara na Ilha do Porto Santo.
  • 37. Freira da Madeira Nome vulgar: Freira da Madeira. Nome científico: Pterodroma madeira (Mathews, 1934) Família: Procelariidae Distribuição e Habitat: Espécie endémica gravemente ameaçada de extinção, ocorre exclusivamente na Ilha da Madeira. Ave pelágica que passa parte da sua vida no mar e regressa a terra para nidificar entre os 2 maiores picos, o Pico do Areeiro e o Pico Ruivo. Dada a importância para a ave, esta área foi considerada Zona Especial de Protecção e foi integrada na Rede Natura 2000. Descrição: Parte superior do corpo escura e parte inferior branca. Interior das asas escuro. Distingue-se das outras aves pela forma como voa, fazendo um V pronunciado. Estatuto de Conservação e Ameaças: Esta ave marinha está ameaçada de extinção à escala mundial, sendo que a população está estimada em cerca de 30 casais reprodutores. Com o objectivo de preservar esta espécie foi criado pelo Parque Natural da Madeira um programa que se intitula Conservação da Freira da Madeira através da recuperação do seu habitat. O presente estado de conservação desta espécie é fortemente atribuído, à predação por parte de mamíferos introduzidos, nomeadamente à ratazana preta (Rattus rattus) e ao gato assilvestrado (Felis catus) e à perda de habitat devido à degradação do mesmo pela presença de herbívoros. Observações: Algumas acções têm sido levadas a cabo com o intuito de sensibilizar a população e divulgar o trabalho conjunto para a preservação desta espécie e do seu habitat.
  • 39. Introdução A Ilha da Madeira possui uma flora riquíssima, determinada por vários factores, entre eles a sua situação geográfica, o relevo e o clima mediterrâneo de que dispõe. A sua maior riqueza encontra-se na floresta Laurissilva que é detentora de um vasto e rico património natural contando com inúmeras plantas indígenas, e dentro destas, de plantas endémicas que são originárias unicamente da Madeira. A flora vascular é constituída por 1226 espécies, entre indígenas e naturalizadas, sendo que 123 são endémicas. Para além destas, é possível encontrar uma enorme variedade de flora trazida das mais variadas partes do Globo, algumas já naturalizadas.
  • 40. Plantas Indígenas Erva de Coelho Durante muito tempo considerou-se a floresta Laurissilva como a única floresta indígena da Madeira, contudo, estudos recentes mostram a existência de 5 florestas indígenas na ilha da Madeira: o Zambujal, a Laurissilva... Massaroco
  • 41. Azevinho ou Azevim Nome vulgar: Azevinho ou Azevim. Nome científico: Ilex canariensis Poir. (1813) Classe: Magnoliopsida Ordem: Cornales Família: Aquifoliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, vive na Laurissilva entre os 300 e os 880 m de altitude, preferencialmente na zona central e na encosta norte da Madeira. O azevinho pode ser observado na Serra de Água e na Penha de Águia, no Porto da Cruz. Descrição: Árvore que atinge 6,5 m de altura, de casca acinzentada, com folhas verde escuro na face superior e verde pálido na face inferior. Possui flores brancas ou tingidas de purpúrea e frutos vermelho escuro, esféricos ou oblongos. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Época de floração de Abril a Junho. Frutifica de Outubro a Dezembro.
  • 42. Barba-de-velho Nome vulgar: Barba-de-velho. Nome científico: Usnea sp. Família: Parmeliaceae Distribuição e Habitat: Abundantes na Laurissilva, mas não exclusivos desta floresta. Estes líquenes podem ser observados no Paúl da Serra, no Poiso e no Ribeiro Frio. Descrição: Líquenes formados por longos filamentos, pendentes das árvores. Estatuto de Conservação e Ameaças: Abundantes, não ameaçados. Observações: Servem de indicadores do bom estado do ecossistema.
  • 43. Barbusano Nome vulgar: Barbusano. Nome científico: Apollonias barbujana (Cav.) Bornm. subsp. barbujana Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva, acima dos 1000 m. Pode ser observado em Santana, no Porto da Cruz e na Tabúa, no Sítio do Barbusano. Descrição: Atinge 25 m de altura, possui copa densa e redonda, folhas verde escuro, com margens revolutas e, de um modo geral, providas de galhas que são originadas por um insecto específico. Os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças : Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
  • 44. Ensaião Nome vulgar: Ensaião. Nome científico: Aeonium glandulosum (Ait.) Webb et Berth. Família: Crassulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que se encontra a altitudes que variam entre os 0 e os 700 m, em escarpas rochosas do litoral e na Laurissilva. Ocorre ainda no Porto Santo e nas Desertas. Os ensaiões podem ser observados por toda a parte. Na Madeira, podemos vê-los crescer sobre rochas na Tabúa. Descrição: Herbácea aromática, sem caule, de folhas suculentas com margens tingidas de vermelho-acastanhado, dispostas em roseta, que pode atingir 45 cm de diâmetro. Flores amarelas e em grande número. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Época de floração de Junho a Agosto.
  • 45. Erva de coelho Nome vulgar: Erva de coelho. Nome científico: Pericallis aurita (LHer) B. Nord. Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em escarpas rochosas no interior da ilha, acima dos 1000 m de altitude. Pode ocorrer, embora com menos frequência, no Porto Santo. Na Madeira, esta espécie pode ser observada no Curral das Freiras. Descrição: Pequeno arbusto que pode atingir 1,5 m de altura, de caules ramificados, folhas ovais e flores purpúreas e brilhantes. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Época de floração de Maio a Julho.
  • 46. Feto Nome vulgar: Feto. Nome científico: Dryopteris maderensis Alston Família: Dryopteridaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, comum na Laurissilva, na encosta norte, a altitudes superiores a 550 m. Pode ser observado nas zonas húmidas do Porto da Cruz e no Ribeiro Bonito, em Santana. Descrição: Feto com folhas verdes que atingem os 90 cm de comprimento. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
  • 47. Feto-do-botão ou do pontinho Nome vulgar: Feto-do-botão ou do pontinho. Nome científico: Woodwardia radicans (L.) Sm. Família: Blechnaceae Distribuição e Habitat: Espécie frequente em lugares sombrios e na floresta da Madeira, crescendo junto a cursos de água. Comum em toda a ilha, pode ser observado no Santo da Serra, no Porto da Cruz e na Fajã da Nogueira. Descrição: Feto de folhas brancas, que se tornam bem evidentes pelo seu tamanho e extensão (atingem os 3 metros). Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada.
  • 48. Massaroco Nome vulgar: Massaroco. Nome científico: Echium candicans L. fil. Família: Boraginaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira. Encontra-se nas escarpas rochosas da zona montanhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os 800 e os 1700 m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana. Descrição: Arbusto que pode atingir 2 m de altura, ramificado, com folhas verde acinzentado e inflorescências densas e alongadas com tamanhos que podem ir dos 15 aos 35 cm, com flores azul escuro. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Época de floração de Abril a Agosto.
  • 49. Isoplexis Nome vulgar: Isoplexis Nome científico: Isoplexis sceptrum (L. fil.) Loudon Família: Scrophulariaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em ravinas e escarpas da Laurissilva, dos 600 aos 1000 m de altitude. Pode ser observado em alguns locais entre o Ribeiro Frio e a Portela. Descrição: Arbusto que pode atingir 4 m de altura, de caule ramificado, folhas grandes e serradas e inflorescências densas com flores laranja-amareladas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Planta rara, em bom estado de conservação e ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Pode cultivar-se em locais húmidos e sombrios; a época de floração é de Junho a Agosto.
  • 50. Loureiro Nome vulgar: Loureiro. Nome científico: Laurus azorica (Seub.) Franco Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande versatibilidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente. Descrição: Pode atingir 20 m de altura, possui copa densa, folhas verde escuras, com brilho e de forma variável, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras e as suas flores são amarelas. Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas. Época de Fevereiro a Abril.
  • 51. Vinhático Nome vulgar: Vinhático. Nome científico: Persea indica (L.) Spreng Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 metros. Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na Calheta. Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa redonda, folhas verde pálido com pecíolos avermelhados, que se tornam também avermelhadas à medida que envelhecem, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Em tempos, a madeira do vinhático foi largamente exportada para a Inglaterra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. Época de floração de Junho a Novembro.
  • 52. Uveira da serra Nome vulgar: Uveira da serra. Nome científico: Vaccinium padifolium Sm. Familia: Ericaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em locais expostos entre os 800 e os 1700 m de altitude. Esta espécie pode ser observada no Porto da Cruz, no Poço da Neve e na Levada do Barreiro. Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir 6 m de altura, com muitos ramos que, quando novos são geralmente avermelhados. As folhas são longas e serrilhadas, as flores apresentam-se brancas manchadas de vermelho e os frutos são bagas que, quando maduros, são preto-azulados. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Os seus frutos são comestíveis e utilizados no fabrico de compotas. Época de floração de Maio a Agosto.
  • 53. Seixeiro Nome vulgar: Seixeiro, Seisseiro ou Seixo. Nome científico: Salix canariensis C. Sm. ex Link Família: Saliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se na Laurissilva, em  zonas húmidas, nomeadamente, nas margens dos ribeiros. Podem ser observados na Serra de Água, no vale da Ribeira da Ponta de Sol, na Calheta e no Paúl do Mar. Descrição: Pode atingir até 7 m de altura, folhas geralmente mais compridas que largas, verdes e tenras e flores dispostas em hastes com 6 cm de comprimento. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
  • 54. Pau-branco Nome vulgar: Pau-branco. Nome científico: Picconia excelsa (Aiton) DC. Família: Oleaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva na região central e a norte da Madeira, muitas vezes em ravinas e escarpas. Exemplares de pau-branco podem ser observados na Serra de Água e no Ribeiro Bonito, em Santana. Descrição: Chega a  atingir 15 m de altura, possui casca pálida e posição das folhas, caracteristicamente, oposta e alternada aos pares. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: A sua madeira é extremamente rija e foi em tempos utilizada na construção de fusos de lagar.
  • 55. Orquídea da Serra Nome vulgar: Orquídea da serra. Nome científico: Dactylorhiza foliosa (Verm.) Soó Família: Orchidaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva, em lugares preferencialmente húmidos, entre os 500 e os 1100 m. As orquídeas da serra podem ser observadas no Ribeiro Frio e no sítio das Ginjas, em São Vicente. Descrição: Herbácea que atinge entre os 20 e os 80 cm de altura, de caule erecto, folhas longas e inflorescência cónica com 10 a 15 flores rosa- purpúreas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: Espécie comum ao longo das levadas que atravessam a Laurissilva. Época de floração de Maio a Julho.
  • 56. Til Nome vulgar: Til. Nome científico: Ocotea foetens (Aiton) Baill. Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia e importante componente da Laurissilva, encontrando-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha. Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600 e os 1500 m. O til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana. Descrição: Pode atingir 30 m de altura e diâmetros de tronco de tamanhos impressionantes, possui copa densa que pode ser de redonda a piramidal. Folhas brilhantes e frutos que se assemelham a pequenas bolotas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Observações: A madeira desta árvore quando adulta, é de excepcional qualidade, exalando um cheiro desagradável quando recentemente cortada. Floresce e frutifica de Novembro a Junho.
  • 57. Outras Endémicas Urze de Vassouras Dragoeiro Perpetua Branca Leituga
  • 58. Dragoeiro Nome vulgar: Dragoeiro. Nome científico: Dracaena draco (L.) L. Família: Dracaenaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Dragoeiros com algumas centenas de anos, e no seu estado natural, podem ser observados no Núcleo de Dragoeiros das Neves, em São Gonçalo e na Ribeira Brava. Descrição: Planta que se desenvolve muito devagar, demora cerca de 10 anos a atingir 2 a 3 m. Pode atingir os 15 m de altura, com caule castanho-acinzentado e ramos separados que originam uma coroa multi-dividida. As folhas são compridas e os frutos são bagas que se tornam alaranjadas quando maduras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Segundo a The IUCN Red List of Threatened Species, o dragoeiro é uma espécie vulnerável, ou seja, embora não se encontre em perigo iminente, enfrenta sérios riscos de extinção, no seu habitat natural. Observações: A seiva avermelhada do dragoeiro, denominada sangue de drago, foi em tempos utilizada em tinturaria e na medicina caseira para o alívio de dores. Época de floração de Agosto a Outubro.
  • 59. Perpétua Branca Nome vulgar: Perpétua Branca. Nome científico: Helichrysum melaleucum Rchb. ex Holl Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em escarpas rochosas, no litoral norte e no interior da ilha, até os 1700 m de altitude. Ocorre também no Porto Santo e na Deserta Grande, embora com menos frequência. Descrição: Pequeno arbusto que atinge até 1 m de altura, com muitos ramos e folhas em forma de lança. Flores aromáticas e purpúreo-negras. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Observações: Época de floração de Março a Junho.
  • 60. Múchia dourada Nome vulgar: Múchia dourada. Nome científico: Musschia aurea (L.f.) Dumort. Família: Campanulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita escarpas rochosas do litoral e interior da ilha. Pode ainda ser encontrada nas ilhas Desertas. Descrição: Herbácea que pode atingir 50 cm de altura, com folhas ovadas e serradas e flores abundantes e amarelo-douradas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie rara, estritamente protegida e classificada como sendo de interesse comunitário pelo Conselho da Europa. Observações: Planta adaptada à secura extrema, graças a um sistema radicular muito desenvolvido. Época de floração de Junho a Dezembro.
  • 61. Arroz da rocha ou Uva de rato. Nome vulgar: Arroz da rocha ou Uva de rato. Nome científico: Sedum nudum Ait. subsp. nudum Família: Crassulaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita locais rochosos no litoral da ilha, até 300 m de altitude. Com pouca frequência, pode ainda ser encontrada no Porto Santo e na Deserta Grande. Descrição: Pequeno arbusto que pode atingir 25 cm de altura, com numerosos caules e folhas lineares, verde-pálidas ou tingidas de vermelho. Apresenta flores de pétalas amarelo-esverdeadas, que podem ser também tingidas de vermelho. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Junho a Outubro.
  • 62. Hera Nome vulgar: Hera. Nome científico: Hedera maderensis K. Koch ex A. Rutherf. subsp. maderensis Família: Araliaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que pode ser encontrada até aos 1100 m de altitude, vivendo em escarpas rochosas, sobre muros e troncos de árvore. Descrição: Trepadeira, com raízes aéreas e caules verdes ou castanhos com pêlos. Possui folhas largas, brilhantes e verde escuras, com 1 a 5 lobos e flores pequenas, amarelo-esverdeadas. Os frutos são globosos e pretos quando maduros. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Setembro a Outubro.
  • 63. Leituga Nome vulgar: Leituga. Nome científico: Sonchus ustulatus Lowe subsp. ustulatus Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que habita locais rochosos na costa sul da ilha. Descrição:  Herbácea que atinge 30 cm de altura, de flores amarelas e folhas com lobos em forma de lança. Estatuto de Conservação e Ameaças: Abundante, não ameaçada. Observações: Época de floração de Outubro a Janeiro.
  • 64. Losna Nome vulgar: Losna. Nome científico: Artemisia argentea LHér. Família: Asteraceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em locais rochosos do litoral, na encosta sul da ilha. É frequente também no Porto Santo e nas ilhas Desertas. Descrição: Arbusto que atinge até 1 m de altura, com muitos ramos, folhas triangulares e flores amarelas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Planta comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Abril a Agosto.
  • 65. Zambujeiro ou Oliveira brava Nome vulgar: Zambujeiro ou Oliveira brava. Nome científico:Olea europaea L. subsp. maderensis Lowe Família: Oleaceae Distribuição e Habitat: Espécie endémica na Madeira que vive em escarpas rochosas que compreendem o litoral e os 500 m de altitude. Com menos frequência, surge no Porto Santo e nas ilhas Desertas. Descrição:  Arbusto ou pequena árvore que atinge até 2.5 m de altura, com muitos ramos e folhas de forma variável. As flores são pequenas e brancas e os frutos pouco carnudos, são pretos quando maduros. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie comum, não ameaçada. Observações: Época de floração de Março a Junho.
  • 66. Urze das vassouras ou Urze-durária Nome vulgar: Urze das vassouras ou Urze-durária. Nome científico: Erica scoparia L. subsp. maderinicola D.C. McClint. Família: Ericaceae Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Madeira, que pode ser encontrada desde o litoral até grandes altitudes (1400 m). Pode ainda, com menos frequência, habitar os picos mais altos do Porto Santo. Descrição: Arbusto ou pequena árvore que atinge os 4 m de altura, com muitos ramos, folhas pequenas e lineares e flores rosadas. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, não ameaçada. Observações: Desempenha um papel fundamental na fixação de nevoeiros, provocando a sua condensação e posterior infiltração e armazenamento da água no lençol freático. Tal como sugere o seu nome, Urze das vassouras, é utilizada no fabrico de vassouras. Época de floração de Abril a Junho.
  • 67. Piorno Nome vulgar: Piorno. Nome científico: Genista tenera (Jacq. ex Murray) Kuntze Família: Fabaceae Distribuição: Espécie endémica da Madeira que vive em escarpas rochosas e em ravinas, desde o nível do mar até os 1700 m de altitude. Descrição: Arbusto que atinge 2,5 m de altura, com folhas lineares e inflorescências com 1 a 9 flores amarelas. Os frutos são vagens. Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, não ameaçada. Observações: Época de floração de Março a Julho.
  • 68. Plantas Introduzidas A ocupação do Arquipélago da Madeira pelo Homem permitiu a introdução, consciente ou inconsciente, de diversas plantas que se adaptaram muito bem às condições edafo-climáticas que aqui encontraram e se distribuíram por toda o Arquipélago da Madeira. Estas podem ser agrícolas, ornamentais e invasivas. Estrelícia Anoneira Acácio Draco
  • 69. Agrícola Fruto Delicioso Maracujá Roxo Bananeira Anã
  • 70. Abacateira Nome vulgar: Abacateira. Nome científico: Persea americana Mill. Família: Lauraceae Distribuição e Habitat: Originária da América Tropical e amplamente cultivada na região devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: Árvore de casca pardacenta que pode atingir até 18 m de altura. As folhas são verdes, ovadas, alternadas e coriáceas. As flores pequenas e de coloração branco-esverdeadas, possui odor acentuado e característico, encontram-se agrupadas em inflorescências. Fruto com forma de pêra e com cerca de 10 cm de comprimento, de casca verde ou púrpura brilhante, com polpa espessa e cremosa, de coloração creme-amarelada, rica em óleos vegetais. Possui uma única semente que está envolta pela polpa de consistência mole do fruto. Observações: Resistente à poluição. Época de floração de Janeiro a Abril.
  • 71. Anoneira Nome vulgar: Anoneira. Nome científico: Annona cherimola Mill. Família: Annonaceae Distribuição e Habitat: Originária do Peru e do Equador. Na ilha da Madeira esta árvore de fruta é cultivada há muitos anos. Aparentemente a primeira árvore conhecida na ilha teve origem nas sementes de um fruto trazido do Brasil. No Funchal e arredores é possível observá-la no estado subespontâneo. Descrição: Árvore que pode atingir 10 m de altura, de tronco cilíndrico, com casca grossa e lisa ou com ranhuras pouco aparentes e de cor verde acinzentada. De ramos densos e folhas de 10 a 25 cm de comprimento, ovais ou elípticas, sedosas. As flores são solitárias ou reunidas em pequenos grupos de 2 a 4, hermafroditas, aromáticas, com 2,5 cm de comprimento. O fruto, a anona, pode ser cordiforme, cónico ou irregular, com a epiderme reticulada lisa ou com pequenas protuberâncias, de cor verde clara. A polpa é branca, cremosa, sumarenta e com elevado valor alimentício. Observações: Época de floração de geral de Maio a Julho.
  • 72. Fruto Delicioso Nome vulgar: Fruto Delicioso.Nome científico: Monstera deliciosa Liebm.Família: AraceaeDistribuição e Habitat: Originária da América Central e cultivada na região.Descrição: Planta herbácea que atinge até 8 m de altura, prostada ou ascendente quando apoiada em suportes. As folhas são grandes, verdes, coriáceas, recortadas, perfuradas, e ornamentais. A inflorescência é do tipo espádice (à semelhança do antúrio, pertencente à mesma família), de coloração branco-creme e mede entre 20 a 30 cm de comprimento. Fruto do tipo baga, é aromático, muito saboroso e parece-se com uma espiga de milho verde.Observações: As suas folhas são consideradas tóxicas. Época de floração de Junho a Setembro.
  • 73. Bananeira Anã Nome vulgar: Bananeira Anã. Nome científico: Musa acuminata Colla Família: Musaceae Distribuição e Habitat: Cultivo de maior representatividade e importância  económica da Madeira, sendo a que melhor se adapta aos climas mais frios, constituindo a base de comercialização das zonas subtropicais. Descrição: Herbácea de grande porte (atinge até 3 m de altura), não possuindo um verdadeiro caule. As folhas verdes estão dispostas em 3 filas, numa espiral voltada para a esquerda. A inflorescência é uma espiga simples e terminal. A banana caracteriza-se por ser uma baga alongada, mais ou menos cilíndrica, com a extremidade apical arredondada ou em bico. A superfície é lisa e adquire uma coloração amarelada durante a maturação do fruto. Observações: Época de floração durante todo o ano.
  • 74. Cana de Açúcar Nome vulgar: Cana de Açúcar. Nome científico: Saccharum officinarum L. Família: Poaceae Distribuição e Habitat: Com origem na Ásia Tropical. É amplamente cultivado na Ilha da Madeira devido ao seu elevado valor comercial e múltiplas utilidades, nomeadamente, a produção de mel. A Madeira posiciona-se nos anais da História universal como a primeira área de ocupação atlântica, pioneira na cultura e divulgação do açúcar. Descrição: Gramínea que atinge até 2 m de altura. É uma planta erecta, perene, com colmo cilíndrico, externamente glabro e de coloração variável e, internamente, com feixes vasculares. Os entrenós podem ser rectos ou em zigue-zague, com comprimento, espessura e forma muito variados. As folhas são simples, alternadas e lanceoladas e as flores encontram-se reunidas em inflorescências. Os frutos são secos e do tipo cariopse. Observações: A cana de açúcar é considerada a cultura agrícola mais importante da história da humanidade, pois provocou o maior fenómeno em termos de mobilidade humana, económica, comercial e ecológica.
  • 75. Mangueiro Nome vulgar: Mangueiro. Nome científico: Mangifera indica L. Família: Anacardiaceae Distribuição e Habitat: Originário da Ásia Tropical e amplamente cultivados na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: É uma árvore de grande porte, podendo atingir 30 m de altura, de casca rugosa, cinza escura e fibrosa. As flores são aromáticas e amarelas-esverdeadas. A folhas acumulam-se na ponta dos galhos e têm de 10 a 30 cm de comprimento, oblongas ou lanceoladas, de cor verde-escura brilhante. Os frutos, as mangas, são frutos volumosos, com cores verdes, amareladas ou alaranjadas, possuem uma polpa suculenta, fibrosa, de cor amarela ou amarela alaranjada e um grande caroço (semente) no seu interior. Observações: Época de floração de Novembro a Maio.
  • 76. Papeiro Nome vulgar: Papaieiro. Nome científico: Carica papaya L. Família: Acanthaceae  Distribuição e Habitat: Originário da América Tropical e cultivado na Madeira. Descrição: Herbácea com caule único e liso, geralmente sem ramos laterais e que pode atingir até 10 m de altura. As folhas são grandes, lobuladas e palmiformes. O fruto, a papaia, é uma baga muito perfumada com uma grande cavidade central onde se encontram numerosas sementes cinzentas escuras. A epiderme é delgada, macia, verde quando imatura e amarela ou laranja quando madura. A polpa com o amadurecimento torna-se de branca a amarela, laranja, salmão ou vermelha. Observações: Época de floração de Maio a Agosto.
  • 77. Maracujá Roxo Nome vulgar: Maracujá Roxo. Nome científico: Passiflora edulis Sims Família: Passifloraceae Distribuição e Habitat: Originário do Brasil e cultivada na Madeira uma vez que se trata de um fruto muito apreciado pelos seus habitantes. Descrição: Frutos que crescem em trepadeira herbácea ou lenhosa que pode atingir mais de 10 m de comprimento, de folhas verdes, brilhantes na face superior, simples, alternadas, ovadas, elípticas, lobadas ou digitadas. As flores hermafroditas e de rara beleza, são brancas e roxas e possuem um perfume intenso. Os frutos são de cor púrpura, com forma de ovo, de casca dura e rugosa, de polpa amarela, sumarenta e com  pequenas sementes pretas. Observações: Época de floração de Abril a Novembro.
  • 78. Ornamental Hortênsias Orquídea de Haste Antúrio Sapatinhos
  • 79. Agapanto Nome vulgar: Agapanto. Nome científico: Agapanthus praecox Willd. emend. Leighton ssp. orientalis (Leighton) Leighton Família: Alliaceae Distribuição e Habitat: Planta originária da África do Sul, cultivada na Madeira e no Porto Santo como ornamental, em jardins e nas bermas das estradas. Descrição: Planta herbácea de folhas lineares e em forma de fita, com 50 cm de comprimento, suculentas e verde-escuras brilhante. As inflorescências encontram-se na extremidade do caule e são constituídas por pequenas flores de forma tubular, azuis ou brancas e que podem atingir 1,2 m de altura. Observações: Época de floração de Maio a Setembro.
  • 80. Estrelícia Nome vulgar: Estrelícia. Nome científico: Strelitzia reginae Ait. Família: Strelitziaceae Distribuição e Habitat: Originária da África do Sul e amplamente cultivada na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: Planta exótica, tropical e perene que pode atingir 1 m de altura. As folhas são verdes, brilhantes, coriáceas e em forma de pás. As flores fazem lembrar a cabeça de uma ave conhecida como ave do paraíso, devido à sua forma única e coloração azul e laranja sendo por isso esta, uma das possíveis designações desta planta. Observações: Época de floração durante todo o ano.
  • 81. Hortênsias Nome vulgar: Hortênsias. Nome científico: Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. Família: Hydrangeaceae Distribuição e Habitat: Originária do Japão e largamente cultivada na Madeira e menos no Porto Santo. Descrição: Arbusto que pode atingir 4 m de altura e folhas de elípticas a ovadas, com cerca de 18 cm de comprimento, verdes e largas. Inflorescências globosas compostas por pequenas flores de 4 pétalas, cuja coloração é predominantemente azul e branca podendo, no entanto, apresentar tonalidades como o rosa e o roxo. Observações: Época de floração de Junho a Setembro.
  • 82. Acácia Draco Nome vulgar: Acácia Draco. Nome científico: Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Família: Fabaceae Distribuição e Habitat: Originária da América do Sul. Na Madeira cresce como ornamental em jardins. Descrição: Árvore que pode atingir até 15 m de altura, de copa densa e tronco grosso de casca escura e com fissuras. As folhas são imparipinadas, possuindo de 11 a 29 folíolos oblongos e de cor verde-amarelado. As inflorescências são constituídas por pequenas flores amarelas ou laranja com 2 cm de diâmetro. O fruto é uma sâmara (tipo de vagem) com uma asa estreita, contendo de 1 a 3 sementes. Observações: Época de floração de Junho a Agosto.
  • 83. Antúrio Nome vulgar: Antúrio. Nome científico: Anthurium andreanum Linden ex André Distribuição e Habitat: Originário da Colombia, o antúrio é a cultura mais praticada pelos floricultores regionais. Descrição: Planta herbácea que atinge 80 cm de altura, com raízes aéreas que podem absorver água do ar. Inflorescência constituída por espádice (amarelo e onde se concentram as pequenas flores) e espada (vermelho e em forma de coração) e folhas em forma de coração, verdes, mais ou menos coriáceas e brilhante. Observações: Época de floração durante todo o ano.
  • 84. Babosas Nome vulgar: Babosas. Nome científico: Aloe arborescens Mill. Família: Asphodelaceae Distribuição e Habitat: Originária da África do Sul. Na Madeira e no Porto Santo é cultivada em jardins e nas margens das estrada. Encontra-se já naturalizada na Ilha da Madeira. Descrição: Planta arbustiva e robusta que pode atingir 150 cm de altura, de folhas verdes, estreitas, suculentas e sobrepostas, com espinhos salientes nas margens. As inflorescências são cheias de flores vermelhas tubulosas. Observações: Época de floração de Outubro a Janeiro.
  • 85. Jacarandá Nome vulgar: Jacarandá. Nome científico: Jacaranda mimosifolia D. Don Família: Bignoniaceae Distribuição e Habitat: Árvore originária da Argentina e cultivada na Madeira como ornamental. Descrição: Árvore que pode atingir até 15 m de altura, com folhas compostas imparipinuladas, com 20 a 30 pares de folíolos, pequenos e ovados. As flores são roxas, em forma de sino, e dispostas em inflorescências terminais. Os frutos lenhosos são umas cápsulas planas esverdeadas, castanho claro, quando secas, de cerca de 5 a 8 cm de comprimento e com grande quantidade de sementes aladas. Observações: Época de floração de Abril a Junho.
  • 86. Sapatinhos Nome vulgar: Sapatinhos. Nome científico: Paphiopedilum insigne (Wall. ex Lindl.) Pfitz. Família: Orchidaceae Distribuição e Habitat: Originária do Himalaia e amplamente cultivada na Madeira devido ao seu elevado valor comercial. Descrição: Herbácea, perene, podendo atingir até 30 cm de altura. Os caules são curtos e encontram-se encerrados em bases foliares. As folhas são lisas, lineares e verdes. As flores são solitárias, possuem 2 tépalas externas e o lábio (pétala inferior da corola das plantas pertencentes ao grupo das orquídeas) é em forma de saco com 2 lóbulos laterais com um bordo. A cor é variável entre o castanho, o rosa e o verde e, na tépala dorsal existem pontuações castanhas. Observações: Época de floração de Dezembro a Janeiro.
  • 87. Orquídea de Haste Nome vulgar: Orquídea de Haste. Nome científico: Cymbidium insigne Rolfe Família: Orchidaceae Distribuição e Habitat: Originária do Vietname e amplamente cultivada na Madeira devido aos seu elevado valor comercial. Descrição: Planta bulbosa que pode atingir até 1 m de altura, com folhas lineares, verdes e brilhantes. As inflorescências possuem entre 12 a 25 flores de coloração variada e com o lábio (pétala inferior da corola das orquídeas) padronizado de púrpura. As raízes apresentam-se espessas e carnudas, a que se ligam raízes finas e fibrosas. O fruto é uma cápsula, que se abre quando seca para libertar sementes minúsculas e leves. Observações: Época de floração de Janeiro a Maio.
  • 88. Invasiva Eucalipto Pinheiro Bravo Pinheiro Bravo
  • 89. Pinheiro Bravo Nome vulgar: Pinheiro Bravo. Nome científico: Pinus pinaster Aiton Família: Pinaceae Distribuição e Habitat: Árvore florestal introduzida na Madeira e que hoje se encontra naturalizada, ocupando mais de 12000 hectares do seu território. Existe também na ilha do Porto Santo, onde é cultivado. Descrição: Árvore de grande porte, podendo atingir 30 a 40 m de altura. O tronco possui casca espessa, de cor castanha avermelhada e muito fissurada. As folhas são agulhas, emparelhadas, de cor verde-escura, com 10 a 25 cm, rígidas e grossas. As flores masculinas estão dispostas em inflorescências douradas, com forma de espiga, agrupadas lateralmente nos ramos e as flores femininas são dispostas em inflorescências terminais. As pinhas são cónicas ovóides, simétricas ou quase, castanhas claras e polidas. Observações: Época de floração de Fevereiro e Março.
  • 90. Eucalipto Nome vulgar: Eucalipto. Nome científico: Eucalyptus globulus Labill. Família: Myrtaceae Distribuição e Habitat: Originário da Austrália e Tasmânia, está amplamente distribuído pela região. Descrição: Árvore de grande porte, atingindo 65 m de altura e com tronco de casca lisa, cinzenta ou castanha. Folhas juvenis acinzentadas e de forma ovada. As folhas adultas são estreitas e largas, lanceoladas, coriáceas, com pecíolos distintos. Geralmente apresenta uma flor axilar solitária com pedúnculos curtos e de cor branca. Os frutos são cápsulas lenhosas. Observações: Esta espécie exótica proliferou na região de tal modo que, em algumas zonas se tornou infestante. Actualmente decorre uma campanha no Parque Ecológico do Funchal para a sua erradicação. Época de floração durante os meses de Inverno.
  • 91. Mimosa Nome vulgar: Mimosa. Nome científico: Acacia dealbata Link. Família: Mimosaceae Distribuição e Habitat: Originária do Sudeste da Austrália e da Tasmânia. Cultivada na Madeira como florestal e ornamental é agora considerada uma invasora muito perigosa. Descrição: Árvore que atinge até 30 m de altura e tronco com casca lisa. Os ramos, raminhos e a folhagem são branco-preteado. As folhas são tripinuladas, com 20 a 25 pares de folíolos e com numerosas glândulas. Inflorescências terminais com 30 a 40 flores amarelas. O fruto é uma vagem comprimida com 4 a 10 cm de comprimento. Observações: Considerada uma espécie infestante por ser responsável pela perda de diversidade florística dos ecossistemas por isso, decorre, actualmente, uma campanha no Parque Ecológico do Funchal para a sua erradicação. Época de floração sobretudo no Inverno.