4. A cotovia-arbórea (também chamada cotovia-dos-
bosques) é comum ao longo do território, podendo ser
localmente abundante, especialmente em zonas de
montados e bosques do interior.
Tal como as cotovias e a laverca, com quem se assemelha bastante, possui um
padrão cromático que lhe confere um mimetismo extremamente fiável, em tons
cores malhado. Distingue-se das restantes espécies pela ausência de uma crista
visível e pela presença de um padrão claro-escuro-claro junto à dobra das
asas, bastante visível quando a ave está poisada.
Trás-os-Montes – bastante comum
nesta região, pode facilmente ser
avistada em Miranda do Douro, nas
serras de Montesinho, da Coroa e da
Nogueira
Beira interior – distribui-se
bastante bem por esta
região
Alentejo – alguns dos melhores locais para a observação
deste alaudídeo estão nesta região, como é o caso Arraiolos,
serra de Grândola e estuário do Sado. Também se observa na
região de Nisa e na Mina de São Domingos
Algarve – pode ser facilmente
avistada nas serras de
Monchique e do Caldeirão.
Identificação e características
Distribuição e abundância
7. Plumagem de tons acastanhados. A pequena
poupa, quase sempre ereta, é a característica
mais evidente. A cauda curta, a forma
rechonchuda e o bico relativamente longo
são as outras características desta espécie. A
cotovia-de-poupa efetua um voo ondulante e
laborioso.
Tal como as outras cotovias, esta espécie tem
a plumagem de tons acastanhados.. A
distinção da cotovia-montesina é bastante
difícil e faz-se sobretudo com base na
plumagem mais clara, no bico com a
mandíbula inferior reta, na contra-asa bege e
no canto menos variado.
A cotovia-de-poupa pode ser considerada uma
espécie razoavelmente comum, embora a sua
abundância seja um pouco mascarada pelas
dificuldades de identificação. Distribui-se
sobretudo, mas não exclusivamente, pelas terras
baixas do litoral. De uma forma geral é frequente
em terrenos lavrados ou incultos, nomeadamente
em várzeas mas também na orla de zonas
húmidas. É uma espécie residente que está
presente em Portugal durante todo o ano.
Esta cotovia é relativamente
frequente nas terras baixas do
litoral oeste português.
Identificação e características
Distribuição e abundância
8. Cotovia-de-poupa
Galerida cristata Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Alaudidae
Género Galerida
Espécie G. cristata
Nome binominal
Galerida cristata ( Linnaeus, 1758 )
10. Tal como as outras cotovias que ocorrem em Portugal,
caracteriza-se pela plumagem castanha,
apresentando riscas verticais escuras no peito. A
pequena poupa que ostenta no alto da cabeça permite
distingui-la de todas as outras espécies, exceto da
muito parecida cotovia-de-poupa. Relativamente a esta
última espécie, identifica-se pela plumagem mais
escura, pela mandíbula inferior convexa e pelo peito
mais fortemente marcado.
A cotovia-montesina é bastante comum, mas a sua abundância passa por vezes despercebida devido às
dificuldades de identificação; é particularmente comum na metade interior do território, onde o habitat
lhe é mais favorável e por vezes podem ser vistos pequenos bandos desta espécie. Esta cotovia é
residente e observa-se em Portugal durante todo o ano.
Trás-os-Montes – o Douro Internacional é a melhor
zona para observar esta cotovia, que pode ser vista
por exemplo em Miranda do Douro
Alentejo – distribui-se pela maior parte da
região
Algarve – pode ser vista com relativa facilidade
junto ao cabo de São Vicente
Beira interior – observa-se na
zona de Vilar Formoso e no Tejo
Internacional (neste último local
é particularmente comum).
Identificação e características
Distribuição e abundância
13. O cruza-bico é maior que um verdilhão, sendo assim
um dos maiores elementos da sua família. O macho
adulto é todo vermelho-carmim, a fêmea e os juvenis
são esverdeados. Contudo, é o bico, cujas mandíbulas
se cruzam na ponta, que mais facilmente caracteriza e
permite identificar esta espécie.
As duas últimas grandes invasões que atingiram Portugal deram-se em 1990 e
1993, tendo-se registado pequenos influxos em anos mais recentes. Nos anos de
invasões, os primeiros cruza-bicos surgem geralmente no mês de Agosto,
havendo depois novas observações ao longo do Outono. Por vezes a espécie
permanece até à Primavera seguinte , chegando mesmo a nidificar em certos
anos. O cruza-bico surge quase sempre em zonas de pinhal, apresentando
preferência por plantações de pinheiro – de – casquinha.
Dado o carácter imprevisível da sua
ocorrência, não existem locais onde a
presença do cruza-bico possa ser
considerada regular. Ainda assim, há
algumas zonas que parecem ser
particularmente favoráveis à observação de
cruza-bicos nos anos de invasões.
Identificação e características
Distribuição e abundância
14. Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Fringillidae
Género Loxia
Espécie L. curvirostra
Nome binominal
Loxia curvirostra ( Linnaeus, 1758 )
16. O cuco-canoro é difícil de observar, sendo muito mais facilmente localizável pelo
seu canto. Algo semelhante nas formas e dimensões ao gavião, possui a cabeça e
pescoço cinzentos, donde sobressai o olho, orlado de amarelo. O peito e o abdómen
são barrados e com fundo branco, sendo o dorso também cinzento como
a cabeça. Algumas fêmeas possuem uma muito característica tonalidade arruivada,
a que se chama «fase hepática». Esta é, no entanto, bastante rara.
O cuco-canoro é abundante e bem distribuído pelo território continental, mas parece ser
especialmente numeroso no nordeste do país (Beira Alta e Trás-os-Montes) Ocorre sobretudo
em zonas florestadas, montados, bosques, evitando as zonas de altitude, os matos densos e
as zonas fortemente urbanizadas. A sua presença no nosso território é exclusivamente
estival, podendo ser observado sobretudo entre Março e Julho.
Facilidade de observação do cuco-canoro é maior
nas regiões do interior norte e centro, devido à
maior abundância da espécie nessas zonas.
Trás-os-Montes – os cucos podem ser
observados facilmente na zona de
Miranda do Douro e na serra da Coroa
Identificação e características
Distribuição e abundância
17. Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
Género Cuculus
Espécie C. canorus
Nome binominal
Cuculus canorus ( Linnaeus, 1758 )
Cuco-canoro
Cuculus
canorus
19. O cuco-rabilongo é relativamente grande. Distingue-se sobretudo pelo contraste
entre o castanho das partes superiores e o bege do peito; pela cauda muito longa;
pela pequena poupa; e, naturalmente, pelas vocalizações dos adultos, uma
sequencia de "tchak-tchak-tchak-tchak", muito diferente do tradicional "cu-cu" do
cuco-canoro.Os juvenis caracterizam-se ainda pelas manchas arruivadas nas
asas.
Identificação e características
Os melhores locais para observar o cuco-rabilongo situam-se
na metade interior do país, com destaque para o Alentejo. A
norte do Tejo, este cuco é claramente menos comum.
Note-se que, devido à sua baixa abundância e discrição, o
cuco-rabilongo nem sempre é fácil de encontrar. Esta espécie
deteta-se sobretudo no início da Primavera (Março-Abril a sul
do Tejo, Abril-Maio mais para norte), pois é neste período que
os adultos emitem as suas vocalizações, tornando-se por isso
mais conspícuos. Durante o mês de Junho, quando os jovens
cucos começam a voar, a espécie tem um segundo período de
detetatibilidade.
Distribuição e abundância
Trás-os-Montes – pode ser encontrado
com alguma regularidade em Miranda
do Douro
22. Dom-fafe é uma ave pequena (14-15 cm) difícil de
observar. É uma ave robusta com a coroa preta. O
macho apresenta o peito cor-de-rosa muito vivo e o
dorso cinzento-azulado. A fêmea é semelhante mas
com o peito acastanhado. Ambos os sexos
apresentam as asas pretas com uma lista branca.
O uropígio é branco e bem visível em voo.
Identificação e características
Como nidificante está restrito às serras do
extremo norte do país. No Outono e no Inverno
surge no resto do território mas é relativamente
escasso. Frequenta principalmente zonas de
arvoredo bem desenvolvido, apreciando
principalmente folhosas ao longo de linhas de
água.
Distribuição e abundância
23. Classificação científica
Nome binominal
Pyrrhula pyrrhula ( Linnaeus, 1758 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Fringillidae
Género Pyrrhula
Espécie P. pyrrhula
Dom-fafe
Pyrrhula pyrrhula
25. Esta escrevedeira ocorre unicamente
nalgumas serras do noroeste do pais.
O macho desta espécie ostenta uma particular coloração amarela, nomeadamente
na cabeça. Já a fêmea apresenta uma coloração mais consentânea com as
restantes escrevedeiras, distinguindo-se pelo padrão das faces e pelas pintas
amareladas na cabeça e na garganta.
Pouco comum e de distribuição bastante reduzida, trata-se de
uma escrevedeira residente podendo ser encontrada durante
todo o ano, sobretudo associada a zonas de lameiros e prados
de altitude, no extremo norte do país. Embora seja geralmente
uma espécie residente, em Portugal a escrevedeira-amarela
apenas está presente nas zonas de nidificação durante a
época de reprodução, desconhecendo-se para onde se
desloca na época fria.
Identificação e características
Distribuição e abundância
26. Classificação científica
Nome binominal
Emberiza citrinella ( Linnaeus, 1758 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Fringillidae
Género Emberiza
Espécie E. citrinella
Escrevedeira-amarela
Emberiza citrinella
28. Ave granívora, da família das escrevedeiras, assemelha-se a estas nas
tonalidades e forma. Com bico grosso e curto, saltam à vista as partes inferiores
brancas, e asas também brancas . A escrevedeira-das-neves apresenta uma
diferenciação entre plumagem de Outono e Inverno, mais acastanhada, e a
plumagem de Primavera e Verão, que no macho é totalmente preta e branca.
Em Portugal esta escrevedeira é rara e tem uma distribuição muito localizada, pode ser observada
entre Outubro e Março. Embora seja uma espécie típica de alta montanha, as aves invernantes que
podemos encontrar no nosso território distribuem-se tanto pelas serras mais altas, como por algumas
zonas dunares junto à costa. Os bandos desta espécie podem facilmente passar despercebidos devido
à quantidade de fringilídeos que ocorrem durante o Inverno no nosso país, e com os quais podem ser
confundidos.
Lisboa e Vale do Tejo – tal como acontece no
norte e centro do país, os registos efetuados ao
longo da faixa costeira
Entre Douro e Minho – o litoral norte parece ser
uma das zonas onde esta espécie litoral de
Esposende, nas dunas junto à Praia da Apúlia
Litoral Centro – os registos
conhecidos foram efetuados
junto à costa
Beira interior – a espécie tem sido
vista com alguma frequência
Identificação e características
Distribuição e abundância
31. Identificação e características: O macho possui riscas
pretas e amarelas na cabeça, sendo o ventre amarelo e o dorso riscado de castanho. A
fêmea apresenta um padrão semelhante, mas as riscas são muito ténues. Tal como as
outras escrevedeiras, apresenta uma ondulação na mandíbula inferior, o que confere ao
bico uma forma característica. Esta ave efetua um voo direto.
Esta escrevedeira distribui-se de norte a sul do país e é razoavelmente comum, exceto na
parte oriental do Baixo Alentejo e do Algarve onde se torna rara. Aprecia paisagens
agrícolas em mosaico, onde as sebes ou matos esparsos confinam com terrenos agrícolas, e
também orlas de bosquetes. É uma espécie residente, que raramente é observada fora dos
seus locais habituais de ocorrência.
Lisboa e vale do Tejo – pode ser
vista com regularidade
Beira interior – distribui-se pela
maior parte da Beira Alta
Trás-os-Montes – bastante comum
nesta região, pode ver-se com
facilidade na serra da Coroa e na zona
de Miranda do Douro e junto a Barca
d'Alva.
Algarve – a escrevedeira-de-garganta-
preta é pouco comum no Algarve
Litoral centro – razoavelmente comum e
bem distribuída
Distribuição e abundância
34. O macho é fácil de identificar: tem a
cabeça-preta com um bigode branco, o
peito e o ventre branco acinzentados e o
dorso e as asas castanhos com riscas. A
fêmea é menos contrastada, mas o bigode
branco permite geralmente uma boa
identificação.
Contrariamente aos outros membros da sua família, esta escrevedeira encontra-se muito ligada às
zonas húmidas, podendo ser bastante comum neste tipo de habitats e estar totalmente ausente das
zonas circundantes .É particularmente frequente em caniçais, sapais e mesmo restolhos de arroz,
sendo estes os melhores habitats para procurar esta espécie.
Apesar de haver uma pequena população nidificante na metade norte do território, é no Outono e
no Inverno que a escrevedeira-dos-caniços pode ser encontrada com mais facilidade, sobretudo
nas grandes zonas húmidas costeiras. Está presente geralmente entre Outubro e
Março. Durante a época de reprodução a escrevedeira-dos-caniços é consideravelmente mais
escassa e difícil de encontrar, sendo a Ria de Aveiro um dos poucos locais onde a espécie ainda
pode ser observada nessa época do ano.
Identificação e características
Distribuição e abundância
37. A maioria dos falcões que ocorre entre nós apresenta um claro dimorfismo sexual,
e o esmerilhão não é exceção. Possui a silhueta de um falcão de pequenas
dimensões. Enquanto a fêmea e os juvenis são bastante semelhantes, com o peito
barrado sobre fundo branco, e dorso acastanhado escuro, o macho apresenta
barras pequenas no peito, em fundo alaranjado e dorso cinzento-azulado.
Normalmente desloca-se em voos baixos e bastante rápidos, apresentando cauda
menos comprida que um peneireiro, asas em bico, sendo a tonalidade geral algo
escurecida.
Dada a escassez do esmerilhão em Portugal, são poucos
os locais onde a espécie aparece com regularidade.
Lisboa e Vale do Tejo – melhor local de
observação situa-se sem dúvida nas lezírias
da Ponta da Erva; a espécie pode também
ser observada na Lezíria Norte e no Vale de
Santarém.
Trata-se de um invernante raro, que ocorre em baixos
números e sobretudo em zonas abertas, do tipo das
lezírias, terrenos agrícolas extensos e pastagens
amplas. Dada a sua fenologia, os melhores meses de
observação decorrem de Novembro a Fevereiro.
Alentejo – ocorre sobretudo nas
planícies de Évora e na região de
Castro Verde, tendo já sido também
observado junto ao cabo Sardão
Identificação e características
Distribuição e abundância
40. Identificação e características
Do mesmo tamanho que o estorninho-preto, ao qual se associa
frequentemente, distingue-se principalmente pelas inúmeras
malhas brancas que apresenta na plumagem; esta característica é,
contudo, muito difícil de ver à distância e é menos evidente na
Primavera. As patas são vermelhas.
Abundância e calendário
O estorninho-malhado ocorre em Portugal
como invernante. As suas datas de ocorrência
são mal conhecidas, mas julga-se que esteja
presente em Portugal de Outubro a Fevereiro.
Devido às dificuldades de identificação, este
estorninho passa muitas vezes despercebido,
pelo que as estimativas sobre a sua
abundância são muito imprecisas, é possível
que ocorra um pouco por todo o país.
A cidade de Lisboa é talvez o local
onde a espécie pode ser observada
em melhores condições
43. Trás-os-Montes – comum nesta região, sobretudo em
localidades de pequena e média dimensão, sendo
mais locais como em Miranda do Douro, nas serras
da Coroa, de Montesinho, do Gerês e do Alvão,
em Barca d’Alva e no baixo Sabor
O Estorninho preto é uma ave de médias dimensões que vão de 21 a 22 cm.
Em termos de silhueta é bastante idêntico ao estorninho malhado, mas em
termos de cor é visivelmente mais preto as patas são rosadas e o bico mais
amarelo. No inverno apresenta umas malhas desmaiadas no corpo e a ponta
do bico preto.
Em Portugal encontra-se presente em praticamente todo
o território do Continente, embora essa presença seja
mais acentuada no interior do Alto e Baixo Alentejo e no
nordeste transmontano e beirão
Identificação e características
Abundância e calendário
46. Os adultos são inconfundíveis: dorso e peito
rosados, coroa e asas pretas. Os juvenis são cor
de “café com leite”, destacando-se o bico
amarelado e o dorso um pouco mais claro que as
asas. Associa-se frequentemente a outras
espécies de estorninhos, o que facilita a
comparação.
Em Portugal é bastante raro e aparece
principalmente no Outono.
Até final de 2010 foram
homologadas 20 observações de
estorninhos-rosados em Portugal
Continental
Identificação e características
Abundância e calendário
47. Estorninho-rosado
Pastor roseus / Sturnus roseus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Sturnidae
Género Sturnus
Espécie S.roseus
Nome binominal
Sturnus roseus ( Linnaeus,1758 )
49. A estrelinha de cabeça listada é a ave mais pequena
da nossa avifauna, medindo apenas 9 cm. Nas fêmeas
sobressai a coroa amarela coroada de preto, que no
macho é mais ou menos alaranjada. Tem uma lista
ocular negra que atravessa o olho e uma lista
supraciliar branca. É uma ave muito discreta, que
passa facilmente despercebida.
Localmente pode ser abundante, sendo comum na metade norte
do território continental, concretamente, a norte do sistema
montanhoso Montejunto-Estrela. É uma espécie residente, mas
conta com um importante reforço populacional durante o Inverno,
de aves migradoras provenientes do Norte da Europa.
Identificação e características
Pode ser encontrada onde haja
matas, bosques, parques e jardins,
especialmente se existirem coníferas.
Abundância e calendário
52. Trata-se de um insectívoro de muito pequenas dimensões, com a
plumagem esverdeada e a coroa amarelada. Apenas se pode confundir
com a estrelinha-de-cabeça-listada, da qual se distingue em todas as
plumagens pela ausência de lista supraciliar branca, apresentando em
vez disso um anel pálido em redor do olho. O bico é pequeno, fino e de
cor negra. As pernas são castanho-alaranjadas, escuras. A cabeça é
recoberta por plumagem cinzento-escura , coroada por um pequeno
penacho ou poupa de penas amarelas. Nas fêmeas o penacho é
inteiramente amarelo e nos machos tem um centro alaranjado.
Escassa e discreta durante o Inverno, a estrelinha-de-poupa passa
certamente despercebida, em parte pelo facto de as suas
vocalizações serem muito semelhantes às da estrelinha-de-cabeça-
listada. A espécie ocorre em Portugal como invernante, havendo
registos pelo menos de Novembro a Março, e parece ser mais
frequente na metade norte do território. Tal como a sua congénere,
frequenta habitats florestais, principalmente de resinosas.
Identificação e características
Abundância e calendário
53. Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Regulidae
Género Regulus
Espécie R.regulus
Nome binominal
Regulus regulus ( Linnaeus,1758 )
Estrelinha-de-poupa
Regulus regulus
55. Identificação
Pequena limícola do tamanho de um pilrito. Cinzento e branco fora da
época de cria, destaca-se pelo seu bico fino, longo e preto. Os juvenis
têm manchas acastanhadas e possuem um V amarelado no dorso. Os
falaropos são excelentes nadadores e são muitas vezes vistos a
nadar.
As observações desta espécie encontram-se
sujeitas a homologação pelo Comité
Português de Raridades desde 2001.
Adicionalmente, foram publicadas 16
observações anteriores a 2001, que por isso
foram dispensadas de homologação:
Até final de 2010
foram homologadas
11 observações:
58. Mede cerca de 21 centímetros de comprimento. A fêmea
reprodutora é predominantemente marrom escura e preta por
cima. O macho reprodutor é uma versão mais maçante do sexo
feminino. As aves jovens são cinza-claro e marrom na parte
superior e uma mancha escura no olho. No inverno, a plumagem é
essencialmente cinzenta em cima e branco em baixo. O bico é
preto no inverno.
O falaropo-de-bico-grosso é uma
espécie invernante que ocorre
sobretudo ao largo da nossa costa, no
mar alto. Raramente ocorre junto à
costa, embora por vezes seja visto a
partir de terra ou em zonas húmidas
costeiras.
Identificação e características
Abundância e calendário
61. O falcão-da-rainha ocorre em dois tipos
distintos de plumagem: o tipo escuro e
o tipo claro, bastante
diferentes entre si. O primeiro caso
afigura-se como o mais raro e o mais
distinto das restantes espécies, com os
indivíduos totalmente castanho-
escuros. A tipologia clara caracteriza-se
pela tonalidade ocre-avermelhado do
peito e abdómen, barrado como os
restantes falcões, faces e garganta
brancas e dorso escuro.
Bastante rara, esta ave de rapina ocorre
sobretudo no final do Verão e princípio
do Outono. As observações
existentes dizem respeito quase
exclusivamente ao litoral, muito
provavelmente acompanhando a
migração
de passeriformes que constituem uma
das bases da sua alimentação. Existem
Identificação e características
Abundância e calendário
62. Falcão-da-rainha
Falco eleonorae
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Falconidae
Género Falco
Espécie F. eleonorae
Nome binominal
Falco eleonorae ( Gené, 1839 )
Classificação científica