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OS COLAPSOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE NO SÉCULO XXI E COMO
EVITAR SUAS NEFASTAS CONSEQUÊNCIAS
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar que o mundo evolui para os colapsos do
capitalismo, da globalização, ambiental, social, humanitário e de tudo no século XXI que
impõem a necessidade da existência de um governo democrático mundial que seja capaz
de evitar suas nefastas consequências. O sociólogo Immanuel Wallerstein em sua obra O
Universalismo europeu: a retórica do poder (São Paulo: Editora Bomtempo, 2007) e o
economista Michael Roberts no artigo The Great Recession: a Marxist View (A Grande
Recessão: uma visão marxista), publicado no website
<https://files.libcom.org/files/The%20Great%20Recession%20-
%20Profit%20cycles,%20economic%20crisis.pdf> prognosticaram o colapso do
capitalismo e da globalização no século XXI. José Eustáquio Diniz Alves, doutor em
Demografia, em artigo sob o título Antropoceno: a Era do colapso ambiental, publicado
no website <https://cee.fiocruz.br/?q=node/1106>, afirmou que a Terra pode evoluir para
o colapso ambiental e social. John Casti, matemático e PhD, especialista em teorias dos
sistemas e da complexidade, prognosticou o colapso de tudo ao afirmar em seu livro O
Colapso de Tudo - Os Eventos Extremos que Podem Destruir a Civilização a Qualquer
Momento (Rio: Editora Intrínseca Ltda., 2012) que nossa sociedade está se tornando tão
interligada e complexa que o colapso é quase inevitável e, Edgar Morin, antropólogo,
sociólogo e filósofo francês, pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la
Recherche Scientifique de Paris) afirmou em seu livro Vers l’abîme ? (Rumo ao abismo ?)
(Cahiers de L’Herne, 2007) que a humanidade evolui rumo ao colapso humanitário ao
considerar a inevitabilidade do desastre diante da incapacidade humana de formular uma
política de civilização e de humanidade.
Immanuel Wallerstein afirma em sua obra O Universalismo europeu: a retórica do poder
que o mundo como o conhecemos acabou. O capitalismo está acabando por causa dos
limites impostos à acumulação de capital, de um lado, e do colapso da sua sustentação
política, de outro. À medida que o sistema entra em colapso, a ordem social também rui,
nacional e internacionalmente. Wallerstein previu uma série de guerras sangrentas e
inconcludentes, mas também tumultos sociais internos em cada país. Michael Roberts
afirma no artigo The Great Recession: a Marxist View que, de acordo com a Organização
Mundial do Comércio, um indicador-chave da “globalização”, a proporção das
exportações mundiais em relação ao PIB mundial, ficou praticamente inalterado entre
1870 e a Primeira Guerra Mundial; caiu depois quase 40% no período entre guerras;
aumentou 50% de 1950-70; depois estagnou até a década de 1990, decolando até a Grande
Recessão de 2009; depois disso, na Longa Depressão da década de 2010, esse indicador
caiu cerca de 12%, um declínio não visto desde a década de 1970. Michael Roberts afirma
que a globalização não chegará ao fim se o capitalismo ganhar um novo sopro de vida
baseado em lucratividade crescente e sustentada que parece improvável que aconteça
diante da perspectiva de uma nova crise nos próximos anos e talvez de mais guerras.
José Eustáquio Diniz Alves afirmou em artigo sob o título Antropoceno: a Era do colapso
ambiental, que a Terra pode entrar em uma situação com clima tão quente que pode elevar
as temperaturas médias globais a até cinco graus Celsius acima das temperaturas pré-
industriais. Isso teria várias implicações, como acidificação dos solos e das águas e
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aumento no nível dos oceanos entre 10 e 60 metros. O aquecimento global vai ser
abrangente, terá impacto muito rápido e vai durar muito tempo, promoverá a extinção das
espécies com a redução da biodiversidade, além da perda de fertilidade dos solos, numa
situação de crise hídrica, que pode ser prenúncio de um colapso ambiental e social. John
Casti afirma em sua obra O Colapso de Tudo - Os Eventos Extremos que Podem Destruir
a Civilização a Qualquer Momento que nossa sociedade está se tornando tão interligada
e complexa que o colapso é quase inevitável. Casti inaugurou no início de 2012 o X-
Center, um centro de estudos sediado em Viena para analisar a possibilidade de desastres
e desenvolver modos de preveni-los. John Casti usa a matemática e modelos de
computador para analisar sistemas complexos. No X-Center, em Viena, John Casti
desenvolve modelos para estudar os possíveis eventos, quais as condições que levam à
sua ocorrência e como impedi-los.
Segundo Casti, a humanidade vive hoje uma sobrecarga de complexidade. Todas as
infraestruturas necessárias para manter o estilo de vida atual estão construídas
extremamente dependentes umas das outras. Para exemplificar, Casti afirma que a
Internet depende da energia elétrica, que por sua vez depende das usinas de carvão, gás,
nucleares ou hidrelétricas, que, por sua vez, dependem da Internet para operar. O
problema é que quando a complexidade se torna grande demais, o sistema pode entrar em
colapso inesperadamente. Casti chama essa ruptura de um evento X. A expressão, evento
X, é uma abreviação para evento extremo. Além disso, na matemática o X representa o
desconhecido. Todos os eventos X são similares tendo um componente muito aleatório,
que é o gatilho que dá início ao evento. Casti está tentando desenvolver no X-Center
alguns modos de antecipar as condições dos eventos X. Segundo Casti, a humanidade
ficou mais vulnerável a um evento extremo. As infraestruturas mundiais atuais são
similares a um castelo de cartas. Por causa de toda a conectividade entre nossas
infraestruturas, não é preciso um choque muito grande para derrubar todo o sistema. Se
alguém pega uma gripe em alguma parte do planeta, por exemplo, ela pode rapidamente
ser transmitida para outra parte e se tornar uma pandemia global. Estamos mais
vulneráveis do que nunca.
Em seu livro O Colapso de Tudo, Casti apresenta os cenários de uma interrupção
generalizada e duradoura da Internet, do esgotamento do sistema global de abastecimento
de alimentos, de um pulso eletromagnético continental que destrói todos os aparelhos
eletrônicos, do colapso da globalização, da destruição da Terra pela criação de partículas
exóticas, da desestabilização do panorama nuclear, do fim do suprimento global de
petróleo, de uma pandemia global, da falta de energia elétrica e de água potável, de robôs
inteligentes que sobrepujam a humanidade, da deflação global e do colapso dos mercados
financeiros mundiais. Por sua vez, em seu livro Vers l’abîme ? (Rumo ao abismo ?), Edgar
Morin considera a inevitabilidade do desastre que ameaça a humanidade em que, segundo
ele, o improvável se torna possível. O título do livro sob a forma de interrogação trata da
certeza do abismo. A humanidade evitará esse desastre ou recomeçará a partir do
desastre? Edgar Morin prova que a crise mundial se agravou e o pensamento político
dominante é incapaz de formular uma política de civilização e de humanidade. O mundo
está no início do caos, e a única perspectiva é uma metamorfose, com o surgimento de
forças de transformação e regeneração. Na crise planetária, a única perspectiva de
salvação encontra-se no que trará simultaneamente conservação e transformação, uma
verdadeira metamorfose. Segundo Morin, essa transformação deve ser desenvolvida no
interior de cada indivíduo, na modificação irremediável das mentalidades.
3
Morin afirma que a Modernidade criou três mitos: o de controlar o universo, o do
progresso e da conquista da felicidade. O enorme desenvolvimento da ciência, da
tecnologia, da economia, do capitalismo, tem aumentado de forma inédita a invenção,
mas também a capacidade de destruição. A razão herdada do Iluminismo impôs a idéia
de um universo totalmente inteligível. Edgar Morin afirma que o progresso científico e
técnico permitiu como sempre a emancipação humana, mas a morte coletiva da
humanidade também se tornou possível como nunca antes. Morin defende a tese de que
o progresso traz consigo a certeza da morte. Este século é a maior promessa e também a
maior ameaça para a humanidade! Os progressos tecnológico, científico, médico, social,
se manifestam na forma de guerras, devastação ambiental, destruição cultural, criação de
novas desigualdades e de novas servidões. O modelo de desenvolvimento atual ignora
qualquer coisa que não seja calculável e mensurável. A racionalização baseada no cálculo
é reduzida ao econômico ignorando a vida, os sentimentos das pessoas. Morin defende a
tese de que a sociedade mundial ainda não é civilizada, ao contrário, é bárbara e que a
barbárie, crueldade, sombra da morte, individualismo ocidental precisam ser superados
por uma revolução na interioridade psíquica das pessoas. Infelizmente, as políticas
governamentais ignoram a necessidade de reforma das mentes e das pessoas. Ao lado
disto, uma nova classe dominante e exploradora surgiu, pior do que as anteriores.
Morin afirma que nós estamos diante do fracasso do Iluminismo e de suas promessas. Isto
faz com que haja a necessidade de uma verdadeira transformação na organização social
global por novo tipo de sociedade. A maior crise vivida hoje pela humanidade é a crise
intelectual do pensamento que se constitui no principal obstáculo à superação das demais
crises e à construção de uma nova sociedade centrada no real progresso econômico,
político, social e ambiental. A crise intelectual do pensamento da era contemporânea é
que faz com que o mundo em que vivemos funcione de forma caótica como uma nave à
deriva rumo ao desastre. Precisamos de um novo Iluminismo para o século XXI. No
centro do novo pensamento, deve estar a proteção de todas as formas de vida e do planeta.
O único progresso humanamente relevante é o que contribui de fato para o bem-estar de
todos os seres humanos e a preservação da natureza que os automatismos do crescimento
econômico não bastam para assegurá-lo. O progresso, nesse sentido, não deve ser visto
como uma doação espontânea da técnica, mas uma construção intencional pela qual os
homens decidem o que deve ser produzido, como e para quem, evitando ao máximo os
custos sociais e ecológicos de uma industrialização selvagem. Esse progresso não pode
depender nem de decisões empresariais isoladas, como é preconizado pelos ideólogos do
neoliberalismo, nem das diretrizes burocráticas de um Estado centralizador, como é
defendido pelos ideólogos do socialismo nos moldes soviéticos, e sim de impulsos
emanados da própria sociedade.
O Iluminismo do século XXI mantém sua fé na ciência, mas sabe que ela precisa ser
controlada socialmente e que a pesquisa científica e tecnológica precisa obedecer aos fins
e valores estabelecidos com base no consenso social, para que ela não se converta numa
força cega, a serviço da guerra e da dominação do capital. Assume como sua bandeira
mais valiosa a doutrina dos direitos humanos, sem ignorar que na maior parte da
humanidade só profundas reformas sociais e políticas podem assegurar sua fruição
efetiva. Combate o poder ilegítimo, consciente de que ele não se localiza apenas no
Estado tirânico, mas também na sociedade, em que ele se tornou invisível e total,
molecular e difuso, aprisionando o indivíduo em suas malhas tão seguramente como na
época da monarquia absoluta. Luta sem quartel pela liberdade e contra a opressão de
qualquer espécie. Edificar uma nova ordem mundial que seja capaz de organizar não
apenas as relações entre os homens na face da Terra, mas também suas relações com a
4
natureza. Elaborar um contrato social planetário que possibilite o desenvolvimento
econômico e social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício de toda a
humanidade.
Fica bastante evidenciada pelas visões de Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José
Eustáquio Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin que o mundo evolui rumo ao colapso
da globalização, ao colapso ambiental e social, ao colapso humanitário e ao colapso de
tudo. Urge a construção de uma nova sociedade diametralmente oposta à atual em todo o
mundo como propõe Morin. Uma nova sociedade terá que surgir e que só será viável se
for conduzida por um governo mundial democrático que seja capaz de planejar e controlar
os sistemas caóticos existentes para evitar as nefastas consequências sobre a humanidade
do colapso de tudo como prevê Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José Eustáquio
Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin. Só assim será possível evitar as nefastas
consequências sobre a humanidade provocadas pelo colapso da economia mundial, pelo
colapso ambiental e social, pelo colapso do sistema internacional, pela exaustão dos
recursos naturais do planeta especialmente água e petróleo, pelo crescimento desordenado
das cidades e pela mudança climática catastrófica global, além do descontrole dos
sistemas de internet e de energia e da emergência de novas pandemias globais, evitando,
enfim, as consequências do colapso de tudo.
O grande obstáculo ao advento de um governo mundial é representado pelos governos
nacionais, sobretudo pelas grandes potências, que não abrem mão de intervir globalmente
em defesa de seus interesses. As grandes potências não aceitam um governo mundial para
continuarem sua dominação em nível mundial e os governos dos demais países se aferram
à defesa de suas soberanias se opondo à existência de um governo mundial porque acham
que eles seriam seus vassalos. No entanto, no novo sistema internacional que substituiria
o atual, o governo democrático mundial atuaria apenas para fazer com que o sistema
econômico e o sistema internacional evoluam em benefício de todos os países em um
ambiente de progresso, paz e concórdia entre as nações. Cada país seria soberano para
atuar nos limites de seu território e não para intervir nos assuntos internos de outros
países. O que não seria admitido é qualquer país intervir com o uso da força nos assuntos
internos de outros países como tem acontecido ao longo da história. O governo
democrático mundial seria a garantia do respeito à soberania dos países do mundo,
especialmente dos mais fracos. A ausência de um governo mundial é que representaria
uma ameaça à soberania nacional da maioria dos países porque ficariam à mercê dos mais
fortes como tem ocorrido ao longo da história. Se qualquer país comprometer o ambiente
de paz entre as nações, intervindo nos assuntos internos de outro país, o governo mundial
atuaria para impedir que o agressor consuma seus propósitos através de ação diplomática
ou, em caso de insucesso, inclusive com o uso da força. Para tanto, o governo mundial
convocaria as forças armadas de determinados países para cumprirem o papel de impedir
que qualquer país intervenha em outro fazendo uso da força.
Se existisse um governo mundial seria possível evitar que fossem praticados os crimes de
guerra pelo Hamas em 7 de outubro com um ataque surpresa a Israel matando mais de
1.400 civis israelenses e capturando mais de 200 reféns e pelo governo de Israel que
reagiu com bombardeios indiscriminados contra o Hamas e, também, contra a população
civil que já mataram cerca de 7.000 pessoas na Faixa de Gaza e ordenou um cerco
completo a Gaza com a suspensão do fornecimento de eletricidade, alimentos, água e
combustível. É preciso observar que as regras básicas do direito internacional
estabelecem que as partes envolvidas nos conflitos devem distinguir entre civis e
combatentes inimigos. Nem o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, nem o governo de
5
Israel estão fazendo distinção entre população civil e combatentes inimigos porque estão
atacando a ambos. Devido a este fato, o governo de Israel e o comando do Hamas estão
cometendo crimes de guerra e deveriam ser punidos pelo Tribunal Penal Internacional.
O lamentável é que este conflito pode contribuir, também para a ocorrência de uma nova
guerra regional entre Israel e países árabes e, até mesmo, de uma nova guerra mundial se
as grandes potências se envolverem diretamente no conflito. Nada disto ocorreria se
existisse um governo mundial que mediaria o conflito com ação diplomática e, em caso
de insucesso, com o uso da força para assegurar a paz com a utilização de forças armadas
dos países integrantes do novo sistema internacional que venha a ser criado.
Os governantes e os povos de todos os países do mundo precisam adquirir a consciência
de que o caos que caracteriza a operação dos sistemas mundiais atuais nos planos
econômico, ambiental e das relações internacionais resulta de sua ingovernabilidade que
só será superada com a existência de um governo democrático mundial para promover o
progresso em benefício de todos os povos do mundo e o ordenamento da economia
mundial e do meio ambiente global, bem como a concretização da paz mundial ao lidar
com as ameaças dos colapsos do capitalismo, da globalização, ambiental, social,
humanitário e de tudo no século XXI com suas nefastas consequências que pairam contra
a sobrevivência da humanidade. Só assim, a humanidade evitará o abismo do colapso
total.
* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA
e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona,
professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento
estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi
Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution
company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de
Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e
a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel,
São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado.
Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e
Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX
e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of
the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade
ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da
ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da
humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton,
Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the
extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução
da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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Colapsos que ameaçam a humanidade e como evitá-los

  • 1. 1 OS COLAPSOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE NO SÉCULO XXI E COMO EVITAR SUAS NEFASTAS CONSEQUÊNCIAS Fernando Alcoforado* Este artigo tem por objetivo demonstrar que o mundo evolui para os colapsos do capitalismo, da globalização, ambiental, social, humanitário e de tudo no século XXI que impõem a necessidade da existência de um governo democrático mundial que seja capaz de evitar suas nefastas consequências. O sociólogo Immanuel Wallerstein em sua obra O Universalismo europeu: a retórica do poder (São Paulo: Editora Bomtempo, 2007) e o economista Michael Roberts no artigo The Great Recession: a Marxist View (A Grande Recessão: uma visão marxista), publicado no website <https://files.libcom.org/files/The%20Great%20Recession%20- %20Profit%20cycles,%20economic%20crisis.pdf> prognosticaram o colapso do capitalismo e da globalização no século XXI. José Eustáquio Diniz Alves, doutor em Demografia, em artigo sob o título Antropoceno: a Era do colapso ambiental, publicado no website <https://cee.fiocruz.br/?q=node/1106>, afirmou que a Terra pode evoluir para o colapso ambiental e social. John Casti, matemático e PhD, especialista em teorias dos sistemas e da complexidade, prognosticou o colapso de tudo ao afirmar em seu livro O Colapso de Tudo - Os Eventos Extremos que Podem Destruir a Civilização a Qualquer Momento (Rio: Editora Intrínseca Ltda., 2012) que nossa sociedade está se tornando tão interligada e complexa que o colapso é quase inevitável e, Edgar Morin, antropólogo, sociólogo e filósofo francês, pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique de Paris) afirmou em seu livro Vers l’abîme ? (Rumo ao abismo ?) (Cahiers de L’Herne, 2007) que a humanidade evolui rumo ao colapso humanitário ao considerar a inevitabilidade do desastre diante da incapacidade humana de formular uma política de civilização e de humanidade. Immanuel Wallerstein afirma em sua obra O Universalismo europeu: a retórica do poder que o mundo como o conhecemos acabou. O capitalismo está acabando por causa dos limites impostos à acumulação de capital, de um lado, e do colapso da sua sustentação política, de outro. À medida que o sistema entra em colapso, a ordem social também rui, nacional e internacionalmente. Wallerstein previu uma série de guerras sangrentas e inconcludentes, mas também tumultos sociais internos em cada país. Michael Roberts afirma no artigo The Great Recession: a Marxist View que, de acordo com a Organização Mundial do Comércio, um indicador-chave da “globalização”, a proporção das exportações mundiais em relação ao PIB mundial, ficou praticamente inalterado entre 1870 e a Primeira Guerra Mundial; caiu depois quase 40% no período entre guerras; aumentou 50% de 1950-70; depois estagnou até a década de 1990, decolando até a Grande Recessão de 2009; depois disso, na Longa Depressão da década de 2010, esse indicador caiu cerca de 12%, um declínio não visto desde a década de 1970. Michael Roberts afirma que a globalização não chegará ao fim se o capitalismo ganhar um novo sopro de vida baseado em lucratividade crescente e sustentada que parece improvável que aconteça diante da perspectiva de uma nova crise nos próximos anos e talvez de mais guerras. José Eustáquio Diniz Alves afirmou em artigo sob o título Antropoceno: a Era do colapso ambiental, que a Terra pode entrar em uma situação com clima tão quente que pode elevar as temperaturas médias globais a até cinco graus Celsius acima das temperaturas pré- industriais. Isso teria várias implicações, como acidificação dos solos e das águas e
  • 2. 2 aumento no nível dos oceanos entre 10 e 60 metros. O aquecimento global vai ser abrangente, terá impacto muito rápido e vai durar muito tempo, promoverá a extinção das espécies com a redução da biodiversidade, além da perda de fertilidade dos solos, numa situação de crise hídrica, que pode ser prenúncio de um colapso ambiental e social. John Casti afirma em sua obra O Colapso de Tudo - Os Eventos Extremos que Podem Destruir a Civilização a Qualquer Momento que nossa sociedade está se tornando tão interligada e complexa que o colapso é quase inevitável. Casti inaugurou no início de 2012 o X- Center, um centro de estudos sediado em Viena para analisar a possibilidade de desastres e desenvolver modos de preveni-los. John Casti usa a matemática e modelos de computador para analisar sistemas complexos. No X-Center, em Viena, John Casti desenvolve modelos para estudar os possíveis eventos, quais as condições que levam à sua ocorrência e como impedi-los. Segundo Casti, a humanidade vive hoje uma sobrecarga de complexidade. Todas as infraestruturas necessárias para manter o estilo de vida atual estão construídas extremamente dependentes umas das outras. Para exemplificar, Casti afirma que a Internet depende da energia elétrica, que por sua vez depende das usinas de carvão, gás, nucleares ou hidrelétricas, que, por sua vez, dependem da Internet para operar. O problema é que quando a complexidade se torna grande demais, o sistema pode entrar em colapso inesperadamente. Casti chama essa ruptura de um evento X. A expressão, evento X, é uma abreviação para evento extremo. Além disso, na matemática o X representa o desconhecido. Todos os eventos X são similares tendo um componente muito aleatório, que é o gatilho que dá início ao evento. Casti está tentando desenvolver no X-Center alguns modos de antecipar as condições dos eventos X. Segundo Casti, a humanidade ficou mais vulnerável a um evento extremo. As infraestruturas mundiais atuais são similares a um castelo de cartas. Por causa de toda a conectividade entre nossas infraestruturas, não é preciso um choque muito grande para derrubar todo o sistema. Se alguém pega uma gripe em alguma parte do planeta, por exemplo, ela pode rapidamente ser transmitida para outra parte e se tornar uma pandemia global. Estamos mais vulneráveis do que nunca. Em seu livro O Colapso de Tudo, Casti apresenta os cenários de uma interrupção generalizada e duradoura da Internet, do esgotamento do sistema global de abastecimento de alimentos, de um pulso eletromagnético continental que destrói todos os aparelhos eletrônicos, do colapso da globalização, da destruição da Terra pela criação de partículas exóticas, da desestabilização do panorama nuclear, do fim do suprimento global de petróleo, de uma pandemia global, da falta de energia elétrica e de água potável, de robôs inteligentes que sobrepujam a humanidade, da deflação global e do colapso dos mercados financeiros mundiais. Por sua vez, em seu livro Vers l’abîme ? (Rumo ao abismo ?), Edgar Morin considera a inevitabilidade do desastre que ameaça a humanidade em que, segundo ele, o improvável se torna possível. O título do livro sob a forma de interrogação trata da certeza do abismo. A humanidade evitará esse desastre ou recomeçará a partir do desastre? Edgar Morin prova que a crise mundial se agravou e o pensamento político dominante é incapaz de formular uma política de civilização e de humanidade. O mundo está no início do caos, e a única perspectiva é uma metamorfose, com o surgimento de forças de transformação e regeneração. Na crise planetária, a única perspectiva de salvação encontra-se no que trará simultaneamente conservação e transformação, uma verdadeira metamorfose. Segundo Morin, essa transformação deve ser desenvolvida no interior de cada indivíduo, na modificação irremediável das mentalidades.
  • 3. 3 Morin afirma que a Modernidade criou três mitos: o de controlar o universo, o do progresso e da conquista da felicidade. O enorme desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da economia, do capitalismo, tem aumentado de forma inédita a invenção, mas também a capacidade de destruição. A razão herdada do Iluminismo impôs a idéia de um universo totalmente inteligível. Edgar Morin afirma que o progresso científico e técnico permitiu como sempre a emancipação humana, mas a morte coletiva da humanidade também se tornou possível como nunca antes. Morin defende a tese de que o progresso traz consigo a certeza da morte. Este século é a maior promessa e também a maior ameaça para a humanidade! Os progressos tecnológico, científico, médico, social, se manifestam na forma de guerras, devastação ambiental, destruição cultural, criação de novas desigualdades e de novas servidões. O modelo de desenvolvimento atual ignora qualquer coisa que não seja calculável e mensurável. A racionalização baseada no cálculo é reduzida ao econômico ignorando a vida, os sentimentos das pessoas. Morin defende a tese de que a sociedade mundial ainda não é civilizada, ao contrário, é bárbara e que a barbárie, crueldade, sombra da morte, individualismo ocidental precisam ser superados por uma revolução na interioridade psíquica das pessoas. Infelizmente, as políticas governamentais ignoram a necessidade de reforma das mentes e das pessoas. Ao lado disto, uma nova classe dominante e exploradora surgiu, pior do que as anteriores. Morin afirma que nós estamos diante do fracasso do Iluminismo e de suas promessas. Isto faz com que haja a necessidade de uma verdadeira transformação na organização social global por novo tipo de sociedade. A maior crise vivida hoje pela humanidade é a crise intelectual do pensamento que se constitui no principal obstáculo à superação das demais crises e à construção de uma nova sociedade centrada no real progresso econômico, político, social e ambiental. A crise intelectual do pensamento da era contemporânea é que faz com que o mundo em que vivemos funcione de forma caótica como uma nave à deriva rumo ao desastre. Precisamos de um novo Iluminismo para o século XXI. No centro do novo pensamento, deve estar a proteção de todas as formas de vida e do planeta. O único progresso humanamente relevante é o que contribui de fato para o bem-estar de todos os seres humanos e a preservação da natureza que os automatismos do crescimento econômico não bastam para assegurá-lo. O progresso, nesse sentido, não deve ser visto como uma doação espontânea da técnica, mas uma construção intencional pela qual os homens decidem o que deve ser produzido, como e para quem, evitando ao máximo os custos sociais e ecológicos de uma industrialização selvagem. Esse progresso não pode depender nem de decisões empresariais isoladas, como é preconizado pelos ideólogos do neoliberalismo, nem das diretrizes burocráticas de um Estado centralizador, como é defendido pelos ideólogos do socialismo nos moldes soviéticos, e sim de impulsos emanados da própria sociedade. O Iluminismo do século XXI mantém sua fé na ciência, mas sabe que ela precisa ser controlada socialmente e que a pesquisa científica e tecnológica precisa obedecer aos fins e valores estabelecidos com base no consenso social, para que ela não se converta numa força cega, a serviço da guerra e da dominação do capital. Assume como sua bandeira mais valiosa a doutrina dos direitos humanos, sem ignorar que na maior parte da humanidade só profundas reformas sociais e políticas podem assegurar sua fruição efetiva. Combate o poder ilegítimo, consciente de que ele não se localiza apenas no Estado tirânico, mas também na sociedade, em que ele se tornou invisível e total, molecular e difuso, aprisionando o indivíduo em suas malhas tão seguramente como na época da monarquia absoluta. Luta sem quartel pela liberdade e contra a opressão de qualquer espécie. Edificar uma nova ordem mundial que seja capaz de organizar não apenas as relações entre os homens na face da Terra, mas também suas relações com a
  • 4. 4 natureza. Elaborar um contrato social planetário que possibilite o desenvolvimento econômico e social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício de toda a humanidade. Fica bastante evidenciada pelas visões de Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José Eustáquio Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin que o mundo evolui rumo ao colapso da globalização, ao colapso ambiental e social, ao colapso humanitário e ao colapso de tudo. Urge a construção de uma nova sociedade diametralmente oposta à atual em todo o mundo como propõe Morin. Uma nova sociedade terá que surgir e que só será viável se for conduzida por um governo mundial democrático que seja capaz de planejar e controlar os sistemas caóticos existentes para evitar as nefastas consequências sobre a humanidade do colapso de tudo como prevê Immanuel Wallerstein, Michael Roberts, José Eustáquio Diniz Alves, John Casti e Edgar Morin. Só assim será possível evitar as nefastas consequências sobre a humanidade provocadas pelo colapso da economia mundial, pelo colapso ambiental e social, pelo colapso do sistema internacional, pela exaustão dos recursos naturais do planeta especialmente água e petróleo, pelo crescimento desordenado das cidades e pela mudança climática catastrófica global, além do descontrole dos sistemas de internet e de energia e da emergência de novas pandemias globais, evitando, enfim, as consequências do colapso de tudo. O grande obstáculo ao advento de um governo mundial é representado pelos governos nacionais, sobretudo pelas grandes potências, que não abrem mão de intervir globalmente em defesa de seus interesses. As grandes potências não aceitam um governo mundial para continuarem sua dominação em nível mundial e os governos dos demais países se aferram à defesa de suas soberanias se opondo à existência de um governo mundial porque acham que eles seriam seus vassalos. No entanto, no novo sistema internacional que substituiria o atual, o governo democrático mundial atuaria apenas para fazer com que o sistema econômico e o sistema internacional evoluam em benefício de todos os países em um ambiente de progresso, paz e concórdia entre as nações. Cada país seria soberano para atuar nos limites de seu território e não para intervir nos assuntos internos de outros países. O que não seria admitido é qualquer país intervir com o uso da força nos assuntos internos de outros países como tem acontecido ao longo da história. O governo democrático mundial seria a garantia do respeito à soberania dos países do mundo, especialmente dos mais fracos. A ausência de um governo mundial é que representaria uma ameaça à soberania nacional da maioria dos países porque ficariam à mercê dos mais fortes como tem ocorrido ao longo da história. Se qualquer país comprometer o ambiente de paz entre as nações, intervindo nos assuntos internos de outro país, o governo mundial atuaria para impedir que o agressor consuma seus propósitos através de ação diplomática ou, em caso de insucesso, inclusive com o uso da força. Para tanto, o governo mundial convocaria as forças armadas de determinados países para cumprirem o papel de impedir que qualquer país intervenha em outro fazendo uso da força. Se existisse um governo mundial seria possível evitar que fossem praticados os crimes de guerra pelo Hamas em 7 de outubro com um ataque surpresa a Israel matando mais de 1.400 civis israelenses e capturando mais de 200 reféns e pelo governo de Israel que reagiu com bombardeios indiscriminados contra o Hamas e, também, contra a população civil que já mataram cerca de 7.000 pessoas na Faixa de Gaza e ordenou um cerco completo a Gaza com a suspensão do fornecimento de eletricidade, alimentos, água e combustível. É preciso observar que as regras básicas do direito internacional estabelecem que as partes envolvidas nos conflitos devem distinguir entre civis e combatentes inimigos. Nem o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, nem o governo de
  • 5. 5 Israel estão fazendo distinção entre população civil e combatentes inimigos porque estão atacando a ambos. Devido a este fato, o governo de Israel e o comando do Hamas estão cometendo crimes de guerra e deveriam ser punidos pelo Tribunal Penal Internacional. O lamentável é que este conflito pode contribuir, também para a ocorrência de uma nova guerra regional entre Israel e países árabes e, até mesmo, de uma nova guerra mundial se as grandes potências se envolverem diretamente no conflito. Nada disto ocorreria se existisse um governo mundial que mediaria o conflito com ação diplomática e, em caso de insucesso, com o uso da força para assegurar a paz com a utilização de forças armadas dos países integrantes do novo sistema internacional que venha a ser criado. Os governantes e os povos de todos os países do mundo precisam adquirir a consciência de que o caos que caracteriza a operação dos sistemas mundiais atuais nos planos econômico, ambiental e das relações internacionais resulta de sua ingovernabilidade que só será superada com a existência de um governo democrático mundial para promover o progresso em benefício de todos os povos do mundo e o ordenamento da economia mundial e do meio ambiente global, bem como a concretização da paz mundial ao lidar com as ameaças dos colapsos do capitalismo, da globalização, ambiental, social, humanitário e de tudo no século XXI com suas nefastas consequências que pairam contra a sobrevivência da humanidade. Só assim, a humanidade evitará o abismo do colapso total. * Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co- autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).