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COMO SALVAR A HUMANIDADE DA DEVASTAÇÃO SOCIAL,
ECONÔMICA, AMBIENTAL E DAS GUERRAS NO SÉCULO XXI
Fernando Alcoforado*
Este artigo é o primeiro de sete artigos que terão como tema central a salvação da
humanidade das ameaças existentes no planeta Terra e, também, daquelas oriundas do
espaço sideral. Além deste artigo, serão apresentados, pela ordem, os artigos seguintes:
 Como salvar a humanidade de catástrofes naturais provocadas por terremotos,
tsunamis e erupção de vulcões
 Como salvar a humanidade da colisão sobre o planeta Terra de corpos vindos do
espaço sideral
 Como salvar a humanidade dos raios cósmicos que podem devastar a vida no planeta
Terra e ameaçar os seres humanos em viagens espaciais
 Como salvar a humanidade das consequências catastróficas resultantes do contínuo
afastamento da Lua em relação à Terra
 Como salvar a humanidade com a morte do Sol e a colisão das galáxias Andrômeda
e Via Lactea
 Como salvar a humanidade com o fim do Universo
Este artigo cujo tema consiste em “Como salvar a humanidade da devastação social,
econômica, ambiental e das guerras no século XXI” tem por objetivo propor a adoção de
estratégias capazes de fazerem frente a três crises devastadoras que ameaçam o futuro da
humanidade em meados do século XXI. A primeira crise está relacionada com os danos
econômicos e sociais produzidos pelo capitalismo que culminarão com seu fim previsível
em meados do século XXI, a segunda crise diz respeito ao agravamento dos danos
ambientais produzidos pelo capitalismo no século XXI com o esgotamento dos recursos
naturais, o surgimento de novas pandemias e a mudança climática catastrófica global e, a
terceira crise poderá resultar do agravamento dos conflitos nas relações internacionais
produzidos pelo capitalismo que poderão levar o mundo a se defrontar com a
multiplicidade de guerras localizadas e até mesmo de uma nova guerra mundial no século
XXI. Este artigo apresenta as estratégias necessárias para salvar a humanidade da
devastação social, econômica, ambiental e das guerras no século XXI se apoiando em
pesquisa aprofundada sobre o desenvolvimento do capitalismo e seu futuro, sobre a
degradação do meio ambiente e suas nefastas consequências, bem como sobre as guerras
que eclodiram na história da humanidade e podem eclodir no futuro.
1. Os danos econômicos e sociais produzidos pelo capitalismo e seu fim previsível em
meados do século XXI
Apesar de ter contribuído para o progresso da humanidade desde seu surgimento no
século XV, o capitalismo vem produzindo, também, o caos econômico nos níveis
nacional e global geradores de recessões intermináveis e depressões econômicas como as
de 1873 e 2029, está produzindo graves danos de natureza social em todos os países
representados pela excessiva concentração da renda, pela crescente desigualdade social e
pela fome e miséria endêmicas [1]. Uma das principais consequências do processo de
2
globalização recente do capitalismo é o aumento das desigualdades econômicas entre
todos os países, das desigualdades sociais, do desemprego, da fome e da pobreza.
Nos últimos 40 anos, a concentração de renda só cresceu com a globalização. A pandemia
do novo Coronavirus aumentou, também, a chaga da desigualdade social, doença social
com a qual a humanidade convive há séculos. A disparidade de renda não é só um
problema dos pobres. A crise do capitalismo empobrece, também, a classe média que se
coloca entre bilionários, de um lado, e miseráveis, do outro, e impede milhões de pessoas
de acessar os bens e serviços que movem o progresso. Presente nas sociedades desde os
primórdios da civilização, a desigualdade social, de tão enraizada, ganhou no capitalismo
a situação de mal sem cura. Thomas Piketty mostra estatisticamente que o capital tendeu,
através da história, a produzir níveis cada vez maiores de desigualdade social [7]. Esta é
exatamente a conclusão teórica de Karl Marx, no primeiro volume de sua versão do
Capital [11]. A crescente desigualdade é o maior desafio que a humanidade enfrenta em
termos de progresso contra a pobreza. Outro problema provocado pela globalização do
capitalismo é o aumento acelerado do índice de desemprego em todo o mundo, resultado
da exploração sobre os trabalhadores e dos avanços tecnológicos que eliminam inúmeros
postos de trabalho.
Até 12 mil pessoas morreram por fome diariamente, até o final de 2020, agravada pela
pandemia de covid-19. Isso é equivalente ao total de mortes diárias causadas pela
pandemia. 122 milhões de pessoas foram levadas à beira da fome em 2020 como resultado
dos impactos sociais e econômicos do capitalismo agravados pela pandemia do novo
Coronavírus. A fome está presente em pessoas que continuamente não têm acesso a
calorias suficientes para suprir suas necessidades energéticas diárias. Atualmente,
cerca de 795 milhões de indivíduos se encontram nessa situação. Em outras
palavras: 1 a cada 9 pessoas no mundo está subnutrida. Desse total, a grande
maioria, 780 milhões, se encontra geograficamente nos países capitalistas
periféricos e semiperiféricos. O processo de globalização tem contribuído para o
aumento em massa da pobreza, excluindo um número cada vez maior de pessoas. Estima-
se que, atualmente, cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo sobrevivem com uma renda
diária que não ultrapassa 1 dólar [12].
Além de produzir imensos danos sociais, o capitalismo é um sistema que opera de acordo
com o princípio da entropia ao apresentar a tendência universal de evoluir para uma
crescente desordem econômica e autodestruição [4]. A tendência do capitalismo à
autodestruição se evidencia com a crescente dívida mundial que é uma bomba que ameaça
explodir a qualquer momento. Um nível de endividamento jamais visto desde a Segunda
Guerra Mundial ameaça inocular o veneno da próxima crise do sistema capitalista
mundial. A crise do novo Coronavirus encontrou a economia mundial em péssimo estado
porque, além de extremamente endividada, estava estagnada em seu crescimento. A crise
do novo Coronavirus agravou ainda mais a crise da economia global que pode ser maior
do que a Grande Depressão da década de 1930. A crise atual é comparável com a
depressão econômica que ocorreu nos anos 1930 e que se recuperou apenas dez anos
depois graças aos investimentos públicos em obras públicas e aos gastos militares
voltados para a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o mundo se defronta com o enfraquecimento
dos governos para intervir nas economias nacionais realizando obras públicas. Diante
disto, só restaria aos países desencadear novo conflito mundial para reativar a economia.
Além disso, o mundo é governado pelas forças de um mercado totalmente desregulado,
3
isto é, fora de controle. No lugar da estabilidade, o que temos hoje é um sistema em ruínas,
amplamente desregulado conhecido como “globalização”.
O sistema capitalista mundial está evoluindo para a autodestruição rumo ao seu fim que
deverá acontecer em meados do século XXI quando a taxa de lucro global e a taxa de
crescimento do Produto Bruto Mundial alcançarão o valor zero [1]. O sistema capitalista
mundial chegará ao fim em meados do século XXI porque há uma tendência de queda na
taxa de lucro mundial de 1869 a 2007 [3], na taxa de lucro das grandes corporações dos
Estados Unidos de 1947 a 2007 [6] e na taxa de crescimento do Produto Bruto Mundial
de 1961 a 2007 [2]. Para determinar quando essas taxas chegarão a zero no futuro,
mantendo a tendência de queda, e efetuando o cálculo usando o método dos mínimos
quadrados da Estatística, pode-se concluir que elas ocorrerão entre 2057 e 2059 [1].
2. O agravamento dos danos ambientais e dos conflitos nas relações internacionais
produzidos pelo capitalismo no século XXI
Os danos ambientais produzidos pelo capitalismo se manifestam no esgotamento dos
recursos naturais do planeta Terra, no surgimento de novas pandemias e na mudança
climática catastrófica global. O esgotamento dos recursos naturais do planeta é
constatado com base na análise dos dados disponíveis que apontam no sentido de que o
planeta Terra já está atingindo seus limites no uso de seus recursos naturais. Os dados
disponíveis sobre as reservas dos recursos minerais apontam no sentido de que o planeta
Terra já está atingindo seus limites conforme com base na informação da US Geological
Survey, órgão do governo dos Estados Unidos responsável por pesquisas geológicas. A
exaustão de recursos minerais como o petróleo é, atualmente, a maior fonte potencial de
conflitos mundiais. A disputa pela água entre vários países está se convertendo em uma
fonte geradora de guerras pelos recursos hídricos. A capacidade de produção de alimentos
do planeta está atingindo, também, seus limites [1].
Atualmente, mais de 80% da população mundial vive em países que usam mais recursos
do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países capitalistas centrais
(União Europeia, Estados Unidos e Japão), devedores ecológicos, já esgotaram seus
próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network,
os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm e seriam necessárias quatro Itália para
abastecer os italianos. Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais
recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Os dados disponíveis sobre as
reservas dos recursos minerais apontam no sentido de que o planeta Terra já está atingindo
seus limites. A humanidade utiliza na atualidade 50% da água doce do planeta. Em 40
anos utilizará 80%. O uso da água imprópria para o consumo é responsável por 60% dos
doentes do planeta. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos
e lixo industrial. 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável.
Apenas 12% das terras do planeta são cultiváveis. Nos últimos 30 anos dobrou o total de
terras cultiváveis atingidas por secas severas devido ao aquecimento global. Das 200
espécies de peixe com maior interesse comercial, 120 são exploradas além do nível
sustentável. Neste ritmo, o volume de pescado disponível terá diminuído em mais de 90%
até 2050. Estima-se que 40% da área dos oceanos esteja gravemente degradada pela ação
do homem. Nos últimos 50 anos o número de zonas mortas cresceu de 10 vezes. A partir
de 2050, a população mundial poderá ultrapassar 10 bilhões de habitantes. Com uma
população superior a 10 bilhões de habitantes, o planeta Terra poderá não resistir a
tamanha demanda por recursos naturais [1].
4
Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais recursos naturais do que
o planeta é capaz de repor. O ritmo atual de consumo é uma ameaça para a prosperidade
futura da humanidade. Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta
dobrou, devido à elevação do padrão de vida nos países ricos e emergentes e ao aumento
da população mundial. Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais
recursos naturais do que o planeta Terra é capaz de repor. Hoje, por conta do atual ritmo
de consumo, a demanda por recursos naturais excede em 41% a capacidade de reposição
da Terra. Se a escalada dessa demanda continuar no ritmo atual, em 2030, com uma
população planetária estimada em 10 bilhões de pessoas, serão necessárias duas Terras
para satisfazê-la [1]. Estes fatos evidenciam o esgotamento dos recursos naturais do
planeta Terra.
Os danos ambientais se caracterizam, também, pelo risco de surgimento de novas
pandemias conforme o desmatamento avança em todo o planeta. Há a perspectiva de que
uma eventual próxima pandemia pode ser tão contagiosa e muito mais letal que a de
Covid-19, que já tirou a vida de mais de 2 milhões de pessoas no planeta. O surgimento
de uma nova enfermidade é chamado pelos cientistas de “doença X” que é um conceito
da Organização Mundial da Saúde (OMS) para algo inesperado ou desconhecido que
ainda pode aparecer. Estamos agora em um mundo onde novos patógenos surgirão. E é
isso que constitui uma gigantesca ameaça para a humanidade. Um novo patógeno seguirá
o mesmo padrão de transmissão de outros já encontrados, passando de um animal silvestre
para os seres humanos. E, se a destruição da natureza não tiver um fim, é provável que
doenças ainda mais mortais e destrutivas atinjam a humanidade no futuro, de forma mais
rápida e frequente. O alerta vem dos principais especialistas em biodiversidade do mundo
[10].
Os danos ambientais produzidos pelo capitalismo não se manifestam apenas no
esgotamento dos recursos naturais do planeta Terra e no surgimento de novas pandemias,
mas, também, decorre do fato de eles serem responsáveis pelo rápido aumento das
temperaturas globais graças ao aquecimento global que pode contribuir para a mudança
climática catastrófica global que ocorrerá se a elevação da temperatura média da Terra
ultrapassar 2 ºC quando a humanidade se defrontaria com secas em algumas áreas do
planeta e chuvas intensas em outras comprometedoras da produção de alimentos, a
submersão de ilhas e cidades litorâneas devido ao aumento do nível do mar resultante do
degelo dos polos, da Groenlândia e das cordilheiras e a multiplicidade de tufões e
furações com inundações devastadoras, entre outros problemas [8]. Através do Acordo
de Paris busca-se conter a elevação da temperatura média global bem abaixo dos 2 °C
acima dos níveis pré-industriais e fazer esforços para limitar a elevação da temperatura a
1,5 °C acima dos níveis pré-industriais para reduzir os riscos e impactos das mudanças
climáticas. Uma questão não abordada no Acordo de Paris (COP 21) diz respeito às
guerras que está proliferando em todo o mundo e é, em grande parte, responsável pela
degradação ambiental do planeta devido a seus efeitos devastadores sobre o meio
ambiente [9].
Além de ter produzido e continuar produzindo a degradação ambiental do planeta que
tende a levar ao esgotamento de seus recursos naturais, ao surgimento de novas
pandemias e à mudança climática catastrófica, o capitalismo produziu, também, graves
problemas nas relações internacionais representados pelas duas grandes guerras mundiais
e pelos constantes conflitos internacionais em todo o planeta [1]. O século XX foi palco
(até agora) de três grandes guerras (1ª Guerra Mundial de 1914 a 1918, 2ª Guerra Mundial
5
de 1939 a 1945 e a Guerra Fria de 1945 a 1989). Na Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), morreram cerca de 9 milhões de pessoas. Apenas vinte anos depois, eclodia a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que matou entre 40 e 52 milhões de pessoas.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial até o ano de 1992 haviam ocorrido 149 guerras,
onde morreram mais de 23 milhões de pessoas. A estimativa abrangendo todas as
"megamortes" ocorridas desde 1914 até o momento atual chegou a um total de 187
milhões de mortos. A violência dos conflitos em nossa época não tem paralelo na história.
Desde o século XX, as guerras foram “guerras totais” contra combatentes e civis sem
discriminação [1].
Vários são os países que podem se constituir em focos de eclosão de guerras no mundo
no século XXI destacando-se, entre eles, Estados Unidos, Rússia, China, Síria, Palestina,
Israel, Irã, Coreia do Norte, India e Paquistão. Na era contemporânea, o xadrez
geopolítico internacional aponta a existência de 3 grandes protagonistas: Estados Unidos,
China e Rússia. Na atualidade, além dos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e
França, são detentores de armas nucleares a India, Coréia do Norte, Paquistão e Israel.
Relatórios de especialistas acusam Israel de possuir amplo arsenal nuclear estimado em
mais de 100 ogivas, sendo assim o único com tal armamento no Oriente Médio. Por sua
vez, Irã e Síria são acusados de terem programas secretos de armas nucleares [1].
3. As estratégias necessárias para salvar a humanidade da devastação social,
econômica, ambiental e das guerras no século XXI
Até o fim do sistema capitalista em meados século XXI, os detentores do poder
econômico tentarão evitar a queda da taxa de lucro aumentando a exploração dos
trabalhadores e utilizando a automação da atividade produtiva, esta geradora do
desemprego em massa, e o poder político elevará os níveis de repressão política em todo
o planeta com o agravamento das tensões políticas e sociais em todo o mundo resultante
do agravamento da situação econômica. Em meados do século XXI, as crises econômicas
e ambientais se alimentarão mutuamente, fazendo com que as massas de todos os países
do mundo se organizem para realizar a revolução social e ambiental necessária para
mudar o mundo em que vivemos. É importante notar que em um ambiente de caos que já
se observa atualmente agravado com a pandemia do novo Coronavirus, soluções
revolucionárias podem nascer para tentar mudar o mundo para melhor, mas também
soluções contrarrevolucionárias podem nascer para manter o status quo. É importante
observar que em um ambiente de caos, soluções totalitárias podem surgir seja com
revoluções sociais, seja com contrarrevoluções, em oposição a uma mudança
administrada que poderia levar a soluções democráticas. Portanto, revoluções sociais e
contrarrevoluções vão dominar o cenário mundial. Para evitar esse cenário, governos de
todo o mundo deveriam estruturar soluções que contemplem a transição administrada e
racional do capitalismo para uma nova ordem política, econômica, social e ambiental em
todo o mundo.
Uma nova ordem política, econômica, social e ambiental a ser implantada em todo o
mundo que seja benfazeja para a humanidade significaria construir um novo modelo de
sociedade radicalmente diferente do modelo atual de sociedade movido pela dinâmica
capitalista desde o século XII. Este novo modelo de sociedade deveria buscar a
consecução do progresso em 3 novas bases descritas a seguir: 1) progresso econômico e
social em cada país para eliminar ou reduzir as desigualdades sociais; 2) progresso nas
relações internacionais para eliminar o caos na economia mundial e garantir a paz
6
mundial; e, 3) progresso ambiental em cada país e globalmente com o ordenamento do
meio ambiente do planeta baseado no desenvolvimento sustentável [1].
Para alcançar o progresso econômico e social em cada país visando eliminar ou reduzir
as desigualdades sociais, é preciso que seja adotado em cada país, com as necessárias
adaptações, um modelo de sociedade nos moldes da social democracia existente nos
países escandinavos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia) onde foi
edificado o Estado de Bem Estar Social mais evoluído do mundo. Para alcançar o
progresso nas relações internacionais visando eliminar o caos na economia mundial e
garantir a paz mundial, é preciso a existência de um governo democrático mundial e um
parlamento mundial no qual estariam representados todos os países do mundo. Para
alcançar o progresso ambiental em cada país e globalmente, é preciso a existência de um
governo democrático mundial, um parlamento mundial para ordenar o meio ambiente do
planeta baseado no modelo de desenvolvimento sustentável a ser adotado em todos os
países do mundo.
A defesa da social democracia escandinava como modelo de sociedade a ser adotado por
todos os países do mundo com as necessárias adaptações se justifica porque, segundo a
ONU, os países escandinavos são os mais bem governados do mundo, são os que
apresentam o maior progresso econômico e social entre todos os países do mundo cujos
povos são considerados os mais felizes do mundo de acordo com o World Happiness
Report de 2020 [5]. Trata-se de um modelo de sociedade extremamente bem sucedido
que reúne o que tem de positivo no capitalismo e no socialismo se constituindo, portanto,
em um sistema híbrido. Isto significa dizer que o modelo de sociedade capitalista
existente na grande maioria dos países do mundo deveria ser substituído pelo modelo de
sociedade nos moldes da social democracia escandinava com as necessárias adaptações
em cada país do mundo. Muitos podem perguntar por que não implantar o socialismo nos
moldes soviéticos com a socialização dos meios de produção? O fim do socialismo na
União Soviética e nos países da Europa Oriental, o fracasso do desenvolvimento
econômico em Cuba e na Coréia do Norte e o abandono pela China do socialismo baseado
no modelo soviético com a adoção de uma economia de capitalismo de estado,
demonstram a inviabilidade do modelo socialista nos moldes soviéticos.
O progresso nas relações internacionais para eliminar o caos na economia mundial e
garantir a paz mundial só poderá ser alcançado com a constituição de um governo mundial
democrático que seria eleito pelo parlamento mundial a ser constituído com a participação
dos países de todo o mundo porque nenhuma grande potência por mais poderosa que seja
nem as organizações internacionais atuais, como ONU, FMI, Banco Mundial,
Organização Mundial do Comércio, entre outras, já demonstraram ao longo da história
não terem a capacidade e o poder de promover o progresso nas relações internacionais do
planeta.
É chegada a hora da humanidade se dotar o mais urgentemente possível de instrumentos
necessários à construção da paz mundial e ao controle de seu destino. Nenhum país por
mais poderoso que seja não pode realizar esta tarefa. É preciso entender que não existirá
a paz mundial nem o mercado mundial funcionará adequadamente sem o Estado de
Direito Internacional que só pode ser aplicado e respeitado com a presença de um governo
mundial que seja aceito por todos os países. Um governo mundial só será sustentável se
for verdadeiramente democrático. A humanidade tem de entender que tem tudo a ganhar
se unindo em torno de um governo democrático mundial [1]. A nova ordem mundial deve
ser edificada não apenas para organizar as relações entre os homens na face da Terra, mas
também suas relações com a natureza. É preciso, portanto, que seja elaborado um contrato
7
social planetário que possibilite a conquista da paz mundial, o progresso econômico e
social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício de toda a humanidade.
O governo mundial democrático traduziria o estágio mais avançado de evolução política
da humanidade porque, ao longo da história, a humanidade evoluiu da aldeia para formar
cidades-estado, de cidades-estado para constituir estados-nação, de estados-nação para
constituir blocos econômicos como o NAFTA e o Mercosul ou a união econômica e
política de estados como a União Europeia. O próximo passo da humanidade será,
portanto, a constituição de uma governança mundial para alcançar seu estágio mais
elevado de desenvolvimento com uma verdadeira integração econômica, política, social
e ambiental ao nível planetário com base em um contrato social planetário aprovado por
todos os povos do mundo. O sucesso na realização das mudanças políticas, econômicas,
sociais e ambientais nos níveis nacional e global depende da existência de um governo
democrático mundial. Além disso, a existência do governo democrático mundial é
absolutamente necessária para coordenar a ação de todos os países do mundo no plano da
economia global e assegurar a paz mundial em nosso planeta.
Um governo democrático mundial não transformaria os governos de cada nação em seus
vassalos. Os governos nacionais manteriam suas autonomias sendo governados de acordo
com os interesses de seus povos enquanto o governo democrático mundial teria por
objetivo a defesa dos interesses gerais do planeta. O que não seria admissivel seria
qualquer governo nacional adotar medidas dissonantes das decisões de interesse geral
tomadas pelo parlamento mundial que traduziria a vontade da maioria dos povos do
mundo inteiro. O governo democrático mundial evitaria o império de um só país e a
anarquia de todos os países. A construção de um governo democrático mundial se impõe
para fazer frente a desastres sistêmicos maiores tais como, crise ecológica extrema
resultante do aquecimento global, crise econômica de grande amplitude como a que se
registra no momento e tende a se agravar no futuro, a mundialização do crime organizado,
as ameaças à vida no planeta Terra vindas do espaço sideral e o avanço do terrorismo. A
preservação da paz internacional seria a primeira missão de toda nova forma de governo
democrático mundial.
Da mesma forma que urge o progresso econômico e social em cada país e o progresso
nas relações internacionais, é preciso, também, o progresso ambiental em cada país e
globalmente baseado no modelo desenvolvimento sustentável que deve garantir que as
necessidades das gerações atuais ocorram sem comprometer as necessidades das gerações
futuras pondo fim à constante degradação ambiental que se caracteriza pelo esgotamento
dos recursos naturais do planeta, pelo surgimento de novas pandemias e pela mudança
climática que ameaça o futuro da humanidade. A insustentabilidade do modelo atual de
desenvolvimento capitalista é evidente, uma vez que tem sido extremamente destrutiva
das condições de vida no planeta. Diante disso, é imperativo substituir o atual modelo
econômico capitalista dominante em todo o mundo por outro que leve em conta o homem
integrado ao meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento
sustentável que só poderá ser alcançado com a existência de um governo democrático
mundial e a celebração de um Contrato Social Planetário que estabeleceria as bases das
relações entre os países em termos de economia, relações internacionais e meio ambiente
e das relações entre os seres humanos e a natureza.
4. Conclusões
8
Pelo exposto, os graves danos econômicos, sociais e ambientais e de conflitos nas relações
internacionais produzidos pelo capitalismo ao longo da história, que continuará até o seu
fim previsível a partir de meados do século XXI, apontam a necessidade: 1) da construção
de novo modelo de sociedade que venha a substituí-lo em cada país voltado para a
estabilidade econômica, o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental; e, 2) da
implantação de um governo democrático mundial para ordenar a economia global e o
meio ambiente e assegurar a paz mundial. A incessante degradação do meio ambiente e
a catastrófica mudança climática global apontam a necessidade: 1) da adoção do modelo
de desenvolvimento sustentável em cada país e globalmente; e, 2) a implantação de um
governo democrático mundial para ordenar o meio ambiente. Por sua vez, a escalada dos
conflitos internacionais produzida pelo capitalismo ao longo da história que tendem a se
multiplicar no futuro indicam a necessidade de constituição de um governo democrático
mundial e um parlamento mundial para eliminar o caos econômico global e assegurar a
paz mundial. Estas são as principais conclusões para evitar que uma crise de humanidade
sem precedentes coloque em risco a espécie humana e a vida no planeta no século XXI.
Para salvar a humanidade da devastação social provocada pelas crises econômica e
ambiental e guerras no século XXI, é preciso, portanto, viabilizar a construção da social
democracia nos moldes escandinavos em cada país do mundo com a necessária adaptação
e a implantação de um governo mundial adotando a estratégia exposta em nosso livro
Como inventar o futuro para mudar o mundo, publicado pela Editora CRV de Curitiba
em 2019 [1], que considera ser preciso, de início, constituir um Fórum Mundial pela Paz
e pelo Progresso da Humanidade por organizações da Sociedade Civil de todos os países
do mundo. Neste Fórum deveriam ser debatidos e estabelecidos os objetivos e estratégias
de um movimento mundial pela construção da social democracia nos moldes
escandinavos em cada país do mundo com a necessária adaptação e pela constituição de
um governo democrático e um parlamento mundial visando sensibilizar a população
mundial e os governos nacionais no sentido de tornar realidade um mundo em que
prevaleça a liberdade, a igualdade e a fraternidade em cada país do mundo e a paz
internacional e o progresso para toda a humanidade. Este seria o caminho que tornaria
possível transformar a utopia da confraternização universal em realidade e acabar com o
calvário da humanidade.
REFERÊNCIAS
1. ALCOFORADO, Fernando. Como inventar o futuro para mudar o mundo. Curitiba:
Editora CRV, 2019.
2. BEINSTEIN, Jorge. Rostos da crise: Reflexões sobre o colapso da civilização
burguesa. Disponível no website <http://resistir.info/crise/beinstein_04nov08_p.html>,
2008.
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<https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/A-queda-tendencial-da-
taxa-de-lucros/7/47223>.
4. GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. The Entropy Law and the Economic Process.
Cambridge: Harvard University Press, 1971
9
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Emmanuel. World Hapiness Report 2020. Disponível no website <https://happiness-
report.s3.amazonaws.com/2020/WHR20.pdf>.
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recession. London: Pluto, 2012.
7. PIKETTY, Thomas. Capital in the Twenty-First Century. Cambridge, Massachusetts:
The Belknap Press of Harvard University Press, 2014.
8. ALCOFORADO, Fernando. Aquecimento Global e Catástrofe Planetária. Santa Cruz
do Rio Pardo, São Paulo: Viena- Editora e Gráfica, 2010.
9. ALCOFORADO, Fernando. Global Climate Change and Its Solutions. Disponível no
website <https://www.heraldopenaccess.us/openaccess/global-climate-change-and-its-
solutions>. Journal of Atmospheric & Earth Sciences, 2018.
10. ALCOFORADO, Fernando. Futuras pandemias e degradação ambiental. Disponível
no website
<https://www.academia.edu/44941968/FUTURAS_PANDEMIAS_E_DEGRADA%C3
%87%C3%83O_AMBIENTAL>, 2021.
11. MARX, Karl. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
12. GONÇALVES, Marina. Até 12 mil pessoas podem morrer de fome por dia no mundo
até o fim de 2020 por causa da pandemia, alerta Oxfam. Disponível no website
<https://oglobo.globo.com/mundo/ate-12-mil-pessoas-podem-morrer-de-fome-por-dia-
no-mundo-ate-fim-de-2020-por-causa-da-pandemia-alerta-oxfam-24521771>, 2020.
* Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor
nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de
sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC-
O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil
(Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de
doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização
e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século
XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions
of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).

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COMO SALVAR A HUMANIDADE DA DEVASTAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA, AMBIENTAL E DAS GUERRAS NO SÉCULO XXI

  • 1. 1 COMO SALVAR A HUMANIDADE DA DEVASTAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA, AMBIENTAL E DAS GUERRAS NO SÉCULO XXI Fernando Alcoforado* Este artigo é o primeiro de sete artigos que terão como tema central a salvação da humanidade das ameaças existentes no planeta Terra e, também, daquelas oriundas do espaço sideral. Além deste artigo, serão apresentados, pela ordem, os artigos seguintes:  Como salvar a humanidade de catástrofes naturais provocadas por terremotos, tsunamis e erupção de vulcões  Como salvar a humanidade da colisão sobre o planeta Terra de corpos vindos do espaço sideral  Como salvar a humanidade dos raios cósmicos que podem devastar a vida no planeta Terra e ameaçar os seres humanos em viagens espaciais  Como salvar a humanidade das consequências catastróficas resultantes do contínuo afastamento da Lua em relação à Terra  Como salvar a humanidade com a morte do Sol e a colisão das galáxias Andrômeda e Via Lactea  Como salvar a humanidade com o fim do Universo Este artigo cujo tema consiste em “Como salvar a humanidade da devastação social, econômica, ambiental e das guerras no século XXI” tem por objetivo propor a adoção de estratégias capazes de fazerem frente a três crises devastadoras que ameaçam o futuro da humanidade em meados do século XXI. A primeira crise está relacionada com os danos econômicos e sociais produzidos pelo capitalismo que culminarão com seu fim previsível em meados do século XXI, a segunda crise diz respeito ao agravamento dos danos ambientais produzidos pelo capitalismo no século XXI com o esgotamento dos recursos naturais, o surgimento de novas pandemias e a mudança climática catastrófica global e, a terceira crise poderá resultar do agravamento dos conflitos nas relações internacionais produzidos pelo capitalismo que poderão levar o mundo a se defrontar com a multiplicidade de guerras localizadas e até mesmo de uma nova guerra mundial no século XXI. Este artigo apresenta as estratégias necessárias para salvar a humanidade da devastação social, econômica, ambiental e das guerras no século XXI se apoiando em pesquisa aprofundada sobre o desenvolvimento do capitalismo e seu futuro, sobre a degradação do meio ambiente e suas nefastas consequências, bem como sobre as guerras que eclodiram na história da humanidade e podem eclodir no futuro. 1. Os danos econômicos e sociais produzidos pelo capitalismo e seu fim previsível em meados do século XXI Apesar de ter contribuído para o progresso da humanidade desde seu surgimento no século XV, o capitalismo vem produzindo, também, o caos econômico nos níveis nacional e global geradores de recessões intermináveis e depressões econômicas como as de 1873 e 2029, está produzindo graves danos de natureza social em todos os países representados pela excessiva concentração da renda, pela crescente desigualdade social e pela fome e miséria endêmicas [1]. Uma das principais consequências do processo de
  • 2. 2 globalização recente do capitalismo é o aumento das desigualdades econômicas entre todos os países, das desigualdades sociais, do desemprego, da fome e da pobreza. Nos últimos 40 anos, a concentração de renda só cresceu com a globalização. A pandemia do novo Coronavirus aumentou, também, a chaga da desigualdade social, doença social com a qual a humanidade convive há séculos. A disparidade de renda não é só um problema dos pobres. A crise do capitalismo empobrece, também, a classe média que se coloca entre bilionários, de um lado, e miseráveis, do outro, e impede milhões de pessoas de acessar os bens e serviços que movem o progresso. Presente nas sociedades desde os primórdios da civilização, a desigualdade social, de tão enraizada, ganhou no capitalismo a situação de mal sem cura. Thomas Piketty mostra estatisticamente que o capital tendeu, através da história, a produzir níveis cada vez maiores de desigualdade social [7]. Esta é exatamente a conclusão teórica de Karl Marx, no primeiro volume de sua versão do Capital [11]. A crescente desigualdade é o maior desafio que a humanidade enfrenta em termos de progresso contra a pobreza. Outro problema provocado pela globalização do capitalismo é o aumento acelerado do índice de desemprego em todo o mundo, resultado da exploração sobre os trabalhadores e dos avanços tecnológicos que eliminam inúmeros postos de trabalho. Até 12 mil pessoas morreram por fome diariamente, até o final de 2020, agravada pela pandemia de covid-19. Isso é equivalente ao total de mortes diárias causadas pela pandemia. 122 milhões de pessoas foram levadas à beira da fome em 2020 como resultado dos impactos sociais e econômicos do capitalismo agravados pela pandemia do novo Coronavírus. A fome está presente em pessoas que continuamente não têm acesso a calorias suficientes para suprir suas necessidades energéticas diárias. Atualmente, cerca de 795 milhões de indivíduos se encontram nessa situação. Em outras palavras: 1 a cada 9 pessoas no mundo está subnutrida. Desse total, a grande maioria, 780 milhões, se encontra geograficamente nos países capitalistas periféricos e semiperiféricos. O processo de globalização tem contribuído para o aumento em massa da pobreza, excluindo um número cada vez maior de pessoas. Estima- se que, atualmente, cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo sobrevivem com uma renda diária que não ultrapassa 1 dólar [12]. Além de produzir imensos danos sociais, o capitalismo é um sistema que opera de acordo com o princípio da entropia ao apresentar a tendência universal de evoluir para uma crescente desordem econômica e autodestruição [4]. A tendência do capitalismo à autodestruição se evidencia com a crescente dívida mundial que é uma bomba que ameaça explodir a qualquer momento. Um nível de endividamento jamais visto desde a Segunda Guerra Mundial ameaça inocular o veneno da próxima crise do sistema capitalista mundial. A crise do novo Coronavirus encontrou a economia mundial em péssimo estado porque, além de extremamente endividada, estava estagnada em seu crescimento. A crise do novo Coronavirus agravou ainda mais a crise da economia global que pode ser maior do que a Grande Depressão da década de 1930. A crise atual é comparável com a depressão econômica que ocorreu nos anos 1930 e que se recuperou apenas dez anos depois graças aos investimentos públicos em obras públicas e aos gastos militares voltados para a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o mundo se defronta com o enfraquecimento dos governos para intervir nas economias nacionais realizando obras públicas. Diante disto, só restaria aos países desencadear novo conflito mundial para reativar a economia. Além disso, o mundo é governado pelas forças de um mercado totalmente desregulado,
  • 3. 3 isto é, fora de controle. No lugar da estabilidade, o que temos hoje é um sistema em ruínas, amplamente desregulado conhecido como “globalização”. O sistema capitalista mundial está evoluindo para a autodestruição rumo ao seu fim que deverá acontecer em meados do século XXI quando a taxa de lucro global e a taxa de crescimento do Produto Bruto Mundial alcançarão o valor zero [1]. O sistema capitalista mundial chegará ao fim em meados do século XXI porque há uma tendência de queda na taxa de lucro mundial de 1869 a 2007 [3], na taxa de lucro das grandes corporações dos Estados Unidos de 1947 a 2007 [6] e na taxa de crescimento do Produto Bruto Mundial de 1961 a 2007 [2]. Para determinar quando essas taxas chegarão a zero no futuro, mantendo a tendência de queda, e efetuando o cálculo usando o método dos mínimos quadrados da Estatística, pode-se concluir que elas ocorrerão entre 2057 e 2059 [1]. 2. O agravamento dos danos ambientais e dos conflitos nas relações internacionais produzidos pelo capitalismo no século XXI Os danos ambientais produzidos pelo capitalismo se manifestam no esgotamento dos recursos naturais do planeta Terra, no surgimento de novas pandemias e na mudança climática catastrófica global. O esgotamento dos recursos naturais do planeta é constatado com base na análise dos dados disponíveis que apontam no sentido de que o planeta Terra já está atingindo seus limites no uso de seus recursos naturais. Os dados disponíveis sobre as reservas dos recursos minerais apontam no sentido de que o planeta Terra já está atingindo seus limites conforme com base na informação da US Geological Survey, órgão do governo dos Estados Unidos responsável por pesquisas geológicas. A exaustão de recursos minerais como o petróleo é, atualmente, a maior fonte potencial de conflitos mundiais. A disputa pela água entre vários países está se convertendo em uma fonte geradora de guerras pelos recursos hídricos. A capacidade de produção de alimentos do planeta está atingindo, também, seus limites [1]. Atualmente, mais de 80% da população mundial vive em países que usam mais recursos do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países capitalistas centrais (União Europeia, Estados Unidos e Japão), devedores ecológicos, já esgotaram seus próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network, os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm e seriam necessárias quatro Itália para abastecer os italianos. Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Os dados disponíveis sobre as reservas dos recursos minerais apontam no sentido de que o planeta Terra já está atingindo seus limites. A humanidade utiliza na atualidade 50% da água doce do planeta. Em 40 anos utilizará 80%. O uso da água imprópria para o consumo é responsável por 60% dos doentes do planeta. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável. Apenas 12% das terras do planeta são cultiváveis. Nos últimos 30 anos dobrou o total de terras cultiváveis atingidas por secas severas devido ao aquecimento global. Das 200 espécies de peixe com maior interesse comercial, 120 são exploradas além do nível sustentável. Neste ritmo, o volume de pescado disponível terá diminuído em mais de 90% até 2050. Estima-se que 40% da área dos oceanos esteja gravemente degradada pela ação do homem. Nos últimos 50 anos o número de zonas mortas cresceu de 10 vezes. A partir de 2050, a população mundial poderá ultrapassar 10 bilhões de habitantes. Com uma população superior a 10 bilhões de habitantes, o planeta Terra poderá não resistir a tamanha demanda por recursos naturais [1].
  • 4. 4 Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. O ritmo atual de consumo é uma ameaça para a prosperidade futura da humanidade. Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou, devido à elevação do padrão de vida nos países ricos e emergentes e ao aumento da população mundial. Um fato indiscutível é o de que a humanidade já consome mais recursos naturais do que o planeta Terra é capaz de repor. Hoje, por conta do atual ritmo de consumo, a demanda por recursos naturais excede em 41% a capacidade de reposição da Terra. Se a escalada dessa demanda continuar no ritmo atual, em 2030, com uma população planetária estimada em 10 bilhões de pessoas, serão necessárias duas Terras para satisfazê-la [1]. Estes fatos evidenciam o esgotamento dos recursos naturais do planeta Terra. Os danos ambientais se caracterizam, também, pelo risco de surgimento de novas pandemias conforme o desmatamento avança em todo o planeta. Há a perspectiva de que uma eventual próxima pandemia pode ser tão contagiosa e muito mais letal que a de Covid-19, que já tirou a vida de mais de 2 milhões de pessoas no planeta. O surgimento de uma nova enfermidade é chamado pelos cientistas de “doença X” que é um conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) para algo inesperado ou desconhecido que ainda pode aparecer. Estamos agora em um mundo onde novos patógenos surgirão. E é isso que constitui uma gigantesca ameaça para a humanidade. Um novo patógeno seguirá o mesmo padrão de transmissão de outros já encontrados, passando de um animal silvestre para os seres humanos. E, se a destruição da natureza não tiver um fim, é provável que doenças ainda mais mortais e destrutivas atinjam a humanidade no futuro, de forma mais rápida e frequente. O alerta vem dos principais especialistas em biodiversidade do mundo [10]. Os danos ambientais produzidos pelo capitalismo não se manifestam apenas no esgotamento dos recursos naturais do planeta Terra e no surgimento de novas pandemias, mas, também, decorre do fato de eles serem responsáveis pelo rápido aumento das temperaturas globais graças ao aquecimento global que pode contribuir para a mudança climática catastrófica global que ocorrerá se a elevação da temperatura média da Terra ultrapassar 2 ºC quando a humanidade se defrontaria com secas em algumas áreas do planeta e chuvas intensas em outras comprometedoras da produção de alimentos, a submersão de ilhas e cidades litorâneas devido ao aumento do nível do mar resultante do degelo dos polos, da Groenlândia e das cordilheiras e a multiplicidade de tufões e furações com inundações devastadoras, entre outros problemas [8]. Através do Acordo de Paris busca-se conter a elevação da temperatura média global bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais e fazer esforços para limitar a elevação da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais para reduzir os riscos e impactos das mudanças climáticas. Uma questão não abordada no Acordo de Paris (COP 21) diz respeito às guerras que está proliferando em todo o mundo e é, em grande parte, responsável pela degradação ambiental do planeta devido a seus efeitos devastadores sobre o meio ambiente [9]. Além de ter produzido e continuar produzindo a degradação ambiental do planeta que tende a levar ao esgotamento de seus recursos naturais, ao surgimento de novas pandemias e à mudança climática catastrófica, o capitalismo produziu, também, graves problemas nas relações internacionais representados pelas duas grandes guerras mundiais e pelos constantes conflitos internacionais em todo o planeta [1]. O século XX foi palco (até agora) de três grandes guerras (1ª Guerra Mundial de 1914 a 1918, 2ª Guerra Mundial
  • 5. 5 de 1939 a 1945 e a Guerra Fria de 1945 a 1989). Na Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), morreram cerca de 9 milhões de pessoas. Apenas vinte anos depois, eclodia a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que matou entre 40 e 52 milhões de pessoas. Desde o final da Segunda Guerra Mundial até o ano de 1992 haviam ocorrido 149 guerras, onde morreram mais de 23 milhões de pessoas. A estimativa abrangendo todas as "megamortes" ocorridas desde 1914 até o momento atual chegou a um total de 187 milhões de mortos. A violência dos conflitos em nossa época não tem paralelo na história. Desde o século XX, as guerras foram “guerras totais” contra combatentes e civis sem discriminação [1]. Vários são os países que podem se constituir em focos de eclosão de guerras no mundo no século XXI destacando-se, entre eles, Estados Unidos, Rússia, China, Síria, Palestina, Israel, Irã, Coreia do Norte, India e Paquistão. Na era contemporânea, o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3 grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Na atualidade, além dos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, são detentores de armas nucleares a India, Coréia do Norte, Paquistão e Israel. Relatórios de especialistas acusam Israel de possuir amplo arsenal nuclear estimado em mais de 100 ogivas, sendo assim o único com tal armamento no Oriente Médio. Por sua vez, Irã e Síria são acusados de terem programas secretos de armas nucleares [1]. 3. As estratégias necessárias para salvar a humanidade da devastação social, econômica, ambiental e das guerras no século XXI Até o fim do sistema capitalista em meados século XXI, os detentores do poder econômico tentarão evitar a queda da taxa de lucro aumentando a exploração dos trabalhadores e utilizando a automação da atividade produtiva, esta geradora do desemprego em massa, e o poder político elevará os níveis de repressão política em todo o planeta com o agravamento das tensões políticas e sociais em todo o mundo resultante do agravamento da situação econômica. Em meados do século XXI, as crises econômicas e ambientais se alimentarão mutuamente, fazendo com que as massas de todos os países do mundo se organizem para realizar a revolução social e ambiental necessária para mudar o mundo em que vivemos. É importante notar que em um ambiente de caos que já se observa atualmente agravado com a pandemia do novo Coronavirus, soluções revolucionárias podem nascer para tentar mudar o mundo para melhor, mas também soluções contrarrevolucionárias podem nascer para manter o status quo. É importante observar que em um ambiente de caos, soluções totalitárias podem surgir seja com revoluções sociais, seja com contrarrevoluções, em oposição a uma mudança administrada que poderia levar a soluções democráticas. Portanto, revoluções sociais e contrarrevoluções vão dominar o cenário mundial. Para evitar esse cenário, governos de todo o mundo deveriam estruturar soluções que contemplem a transição administrada e racional do capitalismo para uma nova ordem política, econômica, social e ambiental em todo o mundo. Uma nova ordem política, econômica, social e ambiental a ser implantada em todo o mundo que seja benfazeja para a humanidade significaria construir um novo modelo de sociedade radicalmente diferente do modelo atual de sociedade movido pela dinâmica capitalista desde o século XII. Este novo modelo de sociedade deveria buscar a consecução do progresso em 3 novas bases descritas a seguir: 1) progresso econômico e social em cada país para eliminar ou reduzir as desigualdades sociais; 2) progresso nas relações internacionais para eliminar o caos na economia mundial e garantir a paz
  • 6. 6 mundial; e, 3) progresso ambiental em cada país e globalmente com o ordenamento do meio ambiente do planeta baseado no desenvolvimento sustentável [1]. Para alcançar o progresso econômico e social em cada país visando eliminar ou reduzir as desigualdades sociais, é preciso que seja adotado em cada país, com as necessárias adaptações, um modelo de sociedade nos moldes da social democracia existente nos países escandinavos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia) onde foi edificado o Estado de Bem Estar Social mais evoluído do mundo. Para alcançar o progresso nas relações internacionais visando eliminar o caos na economia mundial e garantir a paz mundial, é preciso a existência de um governo democrático mundial e um parlamento mundial no qual estariam representados todos os países do mundo. Para alcançar o progresso ambiental em cada país e globalmente, é preciso a existência de um governo democrático mundial, um parlamento mundial para ordenar o meio ambiente do planeta baseado no modelo de desenvolvimento sustentável a ser adotado em todos os países do mundo. A defesa da social democracia escandinava como modelo de sociedade a ser adotado por todos os países do mundo com as necessárias adaptações se justifica porque, segundo a ONU, os países escandinavos são os mais bem governados do mundo, são os que apresentam o maior progresso econômico e social entre todos os países do mundo cujos povos são considerados os mais felizes do mundo de acordo com o World Happiness Report de 2020 [5]. Trata-se de um modelo de sociedade extremamente bem sucedido que reúne o que tem de positivo no capitalismo e no socialismo se constituindo, portanto, em um sistema híbrido. Isto significa dizer que o modelo de sociedade capitalista existente na grande maioria dos países do mundo deveria ser substituído pelo modelo de sociedade nos moldes da social democracia escandinava com as necessárias adaptações em cada país do mundo. Muitos podem perguntar por que não implantar o socialismo nos moldes soviéticos com a socialização dos meios de produção? O fim do socialismo na União Soviética e nos países da Europa Oriental, o fracasso do desenvolvimento econômico em Cuba e na Coréia do Norte e o abandono pela China do socialismo baseado no modelo soviético com a adoção de uma economia de capitalismo de estado, demonstram a inviabilidade do modelo socialista nos moldes soviéticos. O progresso nas relações internacionais para eliminar o caos na economia mundial e garantir a paz mundial só poderá ser alcançado com a constituição de um governo mundial democrático que seria eleito pelo parlamento mundial a ser constituído com a participação dos países de todo o mundo porque nenhuma grande potência por mais poderosa que seja nem as organizações internacionais atuais, como ONU, FMI, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, entre outras, já demonstraram ao longo da história não terem a capacidade e o poder de promover o progresso nas relações internacionais do planeta. É chegada a hora da humanidade se dotar o mais urgentemente possível de instrumentos necessários à construção da paz mundial e ao controle de seu destino. Nenhum país por mais poderoso que seja não pode realizar esta tarefa. É preciso entender que não existirá a paz mundial nem o mercado mundial funcionará adequadamente sem o Estado de Direito Internacional que só pode ser aplicado e respeitado com a presença de um governo mundial que seja aceito por todos os países. Um governo mundial só será sustentável se for verdadeiramente democrático. A humanidade tem de entender que tem tudo a ganhar se unindo em torno de um governo democrático mundial [1]. A nova ordem mundial deve ser edificada não apenas para organizar as relações entre os homens na face da Terra, mas também suas relações com a natureza. É preciso, portanto, que seja elaborado um contrato
  • 7. 7 social planetário que possibilite a conquista da paz mundial, o progresso econômico e social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício de toda a humanidade. O governo mundial democrático traduziria o estágio mais avançado de evolução política da humanidade porque, ao longo da história, a humanidade evoluiu da aldeia para formar cidades-estado, de cidades-estado para constituir estados-nação, de estados-nação para constituir blocos econômicos como o NAFTA e o Mercosul ou a união econômica e política de estados como a União Europeia. O próximo passo da humanidade será, portanto, a constituição de uma governança mundial para alcançar seu estágio mais elevado de desenvolvimento com uma verdadeira integração econômica, política, social e ambiental ao nível planetário com base em um contrato social planetário aprovado por todos os povos do mundo. O sucesso na realização das mudanças políticas, econômicas, sociais e ambientais nos níveis nacional e global depende da existência de um governo democrático mundial. Além disso, a existência do governo democrático mundial é absolutamente necessária para coordenar a ação de todos os países do mundo no plano da economia global e assegurar a paz mundial em nosso planeta. Um governo democrático mundial não transformaria os governos de cada nação em seus vassalos. Os governos nacionais manteriam suas autonomias sendo governados de acordo com os interesses de seus povos enquanto o governo democrático mundial teria por objetivo a defesa dos interesses gerais do planeta. O que não seria admissivel seria qualquer governo nacional adotar medidas dissonantes das decisões de interesse geral tomadas pelo parlamento mundial que traduziria a vontade da maioria dos povos do mundo inteiro. O governo democrático mundial evitaria o império de um só país e a anarquia de todos os países. A construção de um governo democrático mundial se impõe para fazer frente a desastres sistêmicos maiores tais como, crise ecológica extrema resultante do aquecimento global, crise econômica de grande amplitude como a que se registra no momento e tende a se agravar no futuro, a mundialização do crime organizado, as ameaças à vida no planeta Terra vindas do espaço sideral e o avanço do terrorismo. A preservação da paz internacional seria a primeira missão de toda nova forma de governo democrático mundial. Da mesma forma que urge o progresso econômico e social em cada país e o progresso nas relações internacionais, é preciso, também, o progresso ambiental em cada país e globalmente baseado no modelo desenvolvimento sustentável que deve garantir que as necessidades das gerações atuais ocorram sem comprometer as necessidades das gerações futuras pondo fim à constante degradação ambiental que se caracteriza pelo esgotamento dos recursos naturais do planeta, pelo surgimento de novas pandemias e pela mudança climática que ameaça o futuro da humanidade. A insustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento capitalista é evidente, uma vez que tem sido extremamente destrutiva das condições de vida no planeta. Diante disso, é imperativo substituir o atual modelo econômico capitalista dominante em todo o mundo por outro que leve em conta o homem integrado ao meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento sustentável que só poderá ser alcançado com a existência de um governo democrático mundial e a celebração de um Contrato Social Planetário que estabeleceria as bases das relações entre os países em termos de economia, relações internacionais e meio ambiente e das relações entre os seres humanos e a natureza. 4. Conclusões
  • 8. 8 Pelo exposto, os graves danos econômicos, sociais e ambientais e de conflitos nas relações internacionais produzidos pelo capitalismo ao longo da história, que continuará até o seu fim previsível a partir de meados do século XXI, apontam a necessidade: 1) da construção de novo modelo de sociedade que venha a substituí-lo em cada país voltado para a estabilidade econômica, o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental; e, 2) da implantação de um governo democrático mundial para ordenar a economia global e o meio ambiente e assegurar a paz mundial. A incessante degradação do meio ambiente e a catastrófica mudança climática global apontam a necessidade: 1) da adoção do modelo de desenvolvimento sustentável em cada país e globalmente; e, 2) a implantação de um governo democrático mundial para ordenar o meio ambiente. Por sua vez, a escalada dos conflitos internacionais produzida pelo capitalismo ao longo da história que tendem a se multiplicar no futuro indicam a necessidade de constituição de um governo democrático mundial e um parlamento mundial para eliminar o caos econômico global e assegurar a paz mundial. Estas são as principais conclusões para evitar que uma crise de humanidade sem precedentes coloque em risco a espécie humana e a vida no planeta no século XXI. Para salvar a humanidade da devastação social provocada pelas crises econômica e ambiental e guerras no século XXI, é preciso, portanto, viabilizar a construção da social democracia nos moldes escandinavos em cada país do mundo com a necessária adaptação e a implantação de um governo mundial adotando a estratégia exposta em nosso livro Como inventar o futuro para mudar o mundo, publicado pela Editora CRV de Curitiba em 2019 [1], que considera ser preciso, de início, constituir um Fórum Mundial pela Paz e pelo Progresso da Humanidade por organizações da Sociedade Civil de todos os países do mundo. Neste Fórum deveriam ser debatidos e estabelecidos os objetivos e estratégias de um movimento mundial pela construção da social democracia nos moldes escandinavos em cada país do mundo com a necessária adaptação e pela constituição de um governo democrático e um parlamento mundial visando sensibilizar a população mundial e os governos nacionais no sentido de tornar realidade um mundo em que prevaleça a liberdade, a igualdade e a fraternidade em cada país do mundo e a paz internacional e o progresso para toda a humanidade. Este seria o caminho que tornaria possível transformar a utopia da confraternização universal em realidade e acabar com o calvário da humanidade. REFERÊNCIAS 1. ALCOFORADO, Fernando. Como inventar o futuro para mudar o mundo. Curitiba: Editora CRV, 2019. 2. BEINSTEIN, Jorge. Rostos da crise: Reflexões sobre o colapso da civilização burguesa. Disponível no website <http://resistir.info/crise/beinstein_04nov08_p.html>, 2008. 3. CHESNAIS, François. A queda tendencial da taxa de lucros. Disponível no website <https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/A-queda-tendencial-da- taxa-de-lucros/7/47223>. 4. GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. The Entropy Law and the Economic Process. Cambridge: Harvard University Press, 1971
  • 9. 9 5. HELLIWELL, John F.; LAYARD, Richard; SACHS, Jeffrey D. and DE NEVE, Jan- Emmanuel. World Hapiness Report 2020. Disponível no website <https://happiness- report.s3.amazonaws.com/2020/WHR20.pdf>. 6. KLIMAN, A. The failure of capitalist production: underlying causes of the great recession. London: Pluto, 2012. 7. PIKETTY, Thomas. Capital in the Twenty-First Century. Cambridge, Massachusetts: The Belknap Press of Harvard University Press, 2014. 8. ALCOFORADO, Fernando. Aquecimento Global e Catástrofe Planetária. Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo: Viena- Editora e Gráfica, 2010. 9. ALCOFORADO, Fernando. Global Climate Change and Its Solutions. Disponível no website <https://www.heraldopenaccess.us/openaccess/global-climate-change-and-its- solutions>. Journal of Atmospheric & Earth Sciences, 2018. 10. ALCOFORADO, Fernando. Futuras pandemias e degradação ambiental. Disponível no website <https://www.academia.edu/44941968/FUTURAS_PANDEMIAS_E_DEGRADA%C3 %87%C3%83O_AMBIENTAL>, 2021. 11. MARX, Karl. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. 12. GONÇALVES, Marina. Até 12 mil pessoas podem morrer de fome por dia no mundo até o fim de 2020 por causa da pandemia, alerta Oxfam. Disponível no website <https://oglobo.globo.com/mundo/ate-12-mil-pessoas-podem-morrer-de-fome-por-dia- no-mundo-ate-fim-de-2020-por-causa-da-pandemia-alerta-oxfam-24521771>, 2020. * Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co- autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).