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A GUERRA E A PAZ ENTRE ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar que a irresponsabilidade do governo Joe Biden
dos Estados Unidos na condução da guerra contra a Rússia da Ucrânia que completa um
ano pode conduzir à 3ª Guerra mundial. O governo Joe Biden dos Estados Unidos age de
forma irresponsável colocando o mundo diante da possibilidade uma hecatombe nuclear
ao aumentar as hostilidades com a Rússia na Ucrânia e não buscar uma negociação de
paz. É muito provável que, ao invadir a Ucrânia, o propósito governo da Rússia,
comandado por Wladimir Putin, seria provavelmente o de criar as condições para
negociar com o governo dos Estados Unidos o compromisso de evitar que a Ucrânia
passasse a integrar a OTAN que representaria uma ameaça à segurança da Rússia. É
oportuno observar que a tentativa de incorporação da Ucrânia à OTAN atenderia aos
interesses geopolíticos do governo dos Estados Unidos porque completaria o cerco da
Rússia. A Figura 1 mostra em coloração azul os países que integraram a OTAN até 1997
e em coloração laranja os países que a ela se integraram a partir de 1997. A Ucrânia
ingressando na OTAN aumentaria a pressão militar contra a Rússia.
Figura 1- O cerco da Rússia pela OTAN na Europa
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60129112
Sobre a OTAN, é importante observar que, depois da 2ª Guerra Mundial, os Estados
Unidos e seus aliados europeus se uniram no plano militar para enfrentar a União
Soviética e seus aliados. Desta união resultou a constituição da OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte) em 1949 sob a liderança dos Estados Unidos. Por sua vez, a
União Soviética constituiu uma aliança militar com os países socialistas criando o Pacto
de Varsóvia. Com o fim da União Soviética e, 1989, o Pacto de Varsóvia se desfez, mas
a OTAN foi mantida e expandida para atender os interesses geopolíticos dos Estados
Unidos com a incorporação dos países que pertenceram ao Pacto de Varsóvia, bem como
2
com a adesão recente da Finlândia e da Suécia. É oportuno observar que a OTAN tem
como um de seus pilares garantir a segurança de seus países-membros, que pode ocorrer
de forma diplomática ou com o uso de forças militares. Os países-membros da OTAN
fornecem parte de seu contingente militar para eventuais ações desse porte, uma vez que
a organização não possui força militar própria.
A OTAN contava durante a Guerra Fria até a dissolução da União Soviética em 1989 com
16 países: 1) Alemanha; 2) Bélgica; 3) Canadá; 4) Dinamarca; 5) Espanha; 6) Estados
Unidos; 7) França; 8) Grécia; 9) Holanda; 10) Islândia; 11) Itália; 12) Luxemburgo; 13)
Noruega; 14) Portugal; 15) Turquia; 16) Reino Unido. Para atender os interesses
geopolíticos dos Estados Unidos e da indústria bélica, a OTAN se expandiu, após o fim
da União Soviética, atraindo mais 14 países que integravam o sistema socialista do leste
europeu como Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria,
Letônia, Lituânia, Macedônia, Montenegro, Polônia, República Tcheca e Romênia. Mais
recentemente, Finlândia e Suécia aderiram à OTAN.
No caso da guerra da Ucrânia, o comportamento diplomático do governo Joe Biden dos
Estados Unidos para com a Rússia foi diferente do comportamento do governo Kennedy
no caso da crise dos mísseis de Cuba em 1962 para com a União Soviética. Ao invés de
tentar negociar uma solução negociada de paz para a guerra na Ucrânia, o governo Biden
preferiu o confronto estabelecendo sanções econômicas contra a Rússia e seus cidadãos,
além de armar o governo da Ucrânia para resistir à invasão russa. Os gastos militares e
não militares dos Estados Unidos destinados à Ucrânia superam US$ 50 bilhões. O
próprio Biden, em declaração dada no dia 6 de outubro de 2022, durante um evento do
Partido Democrata, em Nova Iorque, vê risco de “Armagedom” nuclear — guerra final
— que está no nível mais alto desde a Guerra Fria ao citar que Putin “não está brincando”
quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas, armas químicas ou
biológicas, porque seu Exército é significativamente menos capaz. Segundo ele, o uso de
uma arma nuclear poderia sair do controle e levar à destruição global. Esta afirmação
demonstra que Biden age de forma irresponsável porque sabe do risco de uma hecatombe
nuclear e nada faz para evitá-la buscando uma solução negociada diplomaticamente com
a Rússia como fez Kennedy em 1962 com a União Soviética.
A irracionalidade de Joe Biden em manter o conflito dos Estados Unidos com a Rússia se
explica por quatro motivos: 1) ele busca assegurar os interesses da indústria bélica norte-
americana com o aumento dos gastos militares e com a expansão da OTAN; 2) ele busca
com o aumento dos gastos militares evitar o agravamento da crise econômica nos Estados
Unidos que deverá entrar em recessão em 2023; 3) ele busca melhorar sua popularidade
internamente ao completar dois anos de mandato que está em baixa com apenas 40% da
população americana aprovando seu governo; e, 4) ele busca atender os interesses dos
fornecedores norte-americanos de GNL (gás natural liquefeito) transferindo a
dependência da Europa do gás natural da Rússia para os Estados Unidos.
Não é segredo que existe um complexo industrial militar nos Estados Unidos que faz com
que todos os governantes norte-americanos fiquem dele reféns. A quem mais interessa o
conflito armado na Ucrânia? Não há dúvidas que o maior interessado com o conflito é
a indústria bélica dos Estados Unidos com a venda de armas à OTAN e seu fornecimento
à Ucrânia. O Congresso dos Estados Unidos votou um projeto de lei chamado “Proteger
a Ucrânia” para fornecer armamento à Ucrânia. O mesmo está acontecendo com outros
3
países integrantes da OTAN. Pergunta-se: Mesmo bem armada, a Ucrânia teria
condições de vencer a guerra com a Rússia? A resposta é não. Além da ampla
superioridade militar, a Rússia é uma potência atômica, o que torna impossível um
confronto direto dos aliados da OTAN pela possibilidade de uma hecatombe nuclear.
Mas quase todos os países da região estão comprando armas, equipamentos militares e
munição. Tudo isto demonstra que o governo Biden busca assegurar os interesses da
indústria bélica norte-americana com a expansão da OTAN.
Não é por acaso que a indústria bélica norte-americana é a maior do mundo. Dos 10
maiores fabricantes de armas do mundo, seis são norte-americanas, sendo cinco delas
líder da indústria bélica mundial como mostra o quadro a seguir:
Fonte: https://www.poder360.com.br/internacional/100-maiores-empresas-de-armas-venderam-us-531-
bilhoes-em-2020/
Não há dúvidas que a indústria bélica patrocina a guerra na Ucrânia como promoveu
outras guerras no passado para ganhar dinheiro. A produção recorde de armamentos, cada
vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática.
A Figura 2 apresenta os maiores gastos militares no mundo por país. Os Estados Unidos
são os que têm o maior gasto militar do mundo (39% do total).
Figura 2- Os maiores gastos militares no mundo por país
4
Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2022/04/25/gasto-militar-mundial-bate-recorde-e-supera-us-2-
trilhoes-em-2021-aponta-relatorio
Com 102 guerras em seu "currículo" belicoso, os Estados Unidos são, provavelmente, um
dos países mais envolvidos em ações militares do mundo que começou com a anexação
de terras do México a seu território e a conquista do canal do Panamá. Não é coincidência
que os Estados Unidos sejam um dos países que mais se beneficiam economicamente de
confrontos armados, já que as maiores exportadoras de armas do mundo são norte-
americanas. Para além da venda de munição e armas, os Estados Unidos monetiza,
também, com contratos de segurança e treinamento militar, o que faz com que muitos
membros do Congresso estadunidense entendam as guerras como uma máquina de
emprego e dinheiro. A paz, para os Estados Unidos, poderia custar muito caro. São esses
fatos que levam muitos a questionarem a real motivação dos Estados Unidos na defesa da
Ucrânia, que há anos vive em estado de tensão com a Rússia. Fica evidente que, enquanto
houver indústria bélica no mundo, as guerras continuarão a proliferar em todo o planeta.
A paz no mundo só acontecerá quando houver o desarmamento de todos os países e a
cessação da fabricação de armas.
Pelo exposto, fica evidenciado a responsabilidade do governo dos Estados Unidos pela
eclosão de nova guerra mundial porque promoveu desde 1997 a expansão da OTAN até
as fronteiras da Rússia que se completaria com a incorporação da Ucrânia à aliança militar
ocidental, além de impor sanções econômicas contra a Rússia. Os governos dos países da
União Europeia são, também, responsáveis pela eclosão de nova guerra mundial porque
estão contribuindo para que prospere a irracionalidade do governo Joe Biden no conflito
com a Rússia. Por sua vez, a ONU é outro grande responsável pela eclosão de nova guerra
mundial porque não tem contribuído no sentido de buscar o fim da guerra na Ucrânia e,
ao contrário, está colaborando para seu acirramento com as resoluções anti-Rússia
aprovadas pela Assembleia Geral.
Como fazer para celebrar a paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia e fazer com que as
guerras cheguem definitivamente ao fim em nosso planeta realizando o sonho de
Immanuel Kant expresso em sua obra “A Paz Perpétua”? Como fazer com que o sonho
de todos os amantes da paz se realize no mundo em que vivemos? A guerra entre Rússia
e Ucrânia só chegará ao fim desde que sejam eliminadas suas causas. São duas as causas
da guerra: 1) a expansão da OTAN, aliança militar ocidental, rumo às fronteiras da
Rússia; e, 2) o desejo do governo da Ucrânia de se incorporar à OTAN que completaria
o cerco da Rússia tornando este país vulnerável. Estas foram as duas razões que
contribuíram para a invasão da Ucrânia pela Rússia para derrubar o governo de extrema-
direita presidido por Volodymyr Zelenskyy e eliminar a ameaça da Ucrânia se incorporar
à OTAN. As tentativas de celebração da paz entre os governos da Rússia e da Ucrânia
foram infrutíferas e o que se observa é o aumento do banho de sangue de soldados da
ambos os lados e da população civil ucraniana, o aumento de refugiados e a destruição da
infraestrutura da Ucrânia pelos bombardeios russos. A celebração da paz na Ucrânia não
produziu avanços porque quem deveria negociá-la seriam os governos dos Estados
Unidos e da Rússia porque só estes governos teriam capacidade de eliminar as causas da
guerra.
Urge a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Biden e Putin para acabar
com a guerra na Ucrânia porque a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode evoluir para um
conflito que se estenderia pela Europa e pelo mundo se transformando em guerra mundial.
Se isto ocorrer abriria o caminho para o envolvimento das grandes potências militares de
consequências imprevisíveis com o uso de armas nucleares. É preciso que todos entendam
5
que a guerra na Ucrânia é cenário da disputa entre Rússia e Estados Unidos. De um lado,
temos os Estados Unidos que desejam a presença da OTAN na Ucrânia e, de outro, temos
a Rússia que não quer a presença da OTAN na Ucrânia. A guerra na Ucrânia só chegará
ao fim se Biden e Putin chegarem a um acordo sobre o fim do conflito entre Rússia e
Estados Unidos. O acordo inicial entre Biden e Putin poderia ser a Rússia aceitar o cessar
fogo na Ucrânia com a condição de os Estados Unidos desistirem da incorporação da
Ucrânia à OTAN. O acordo definitivo seria a Rússia acabar com suas hostilidades na
Ucrânia liberando as áreas ocupadas neste país e assumindo o ônus de reconstruir o que
foi destruido pela guerra com a condição de os Estados Unidos e a OTAN abandonarem
os países do leste europeu e assumirem o compromisso de remover as sanções econômicas
e financeiras adotadas contra a Rússia.
O acordo entre Biden e Putin seria vantajoso para para a Ucrânia, a Rússia, os Estados
Unidos, a Europa e para o mundo. A Ucrânia ganharia com este acordo porque acabaria
o sofrimento de sua população, removeria a ocupação militar de seu território pela Rússia,
recuperaria sua soberania sobre o território nacional e teria a reconstrução do país
realizado pela Rússia. A Rússia ganharia com este acordo porque haveria a remoção das
sanções econômicas e financeiras contra ela adotadas pelos Estados Unidos e seus aliados
ocidentais, haveria o abandono da pretensão da OTAN de adesão da Ucrânia como um
dos seus paises integrantes e o compromisso dos Estados Unidos e da OTAN de excluirem
14 países do leste europeu (Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estónia,
Hungria, Letônia, Lituânia, Macedónia do Norte, Montenegro, Polónia, Romênia e
República Tcheca). Os Estados Unidos ganhariam com o acordo porque deixaria de
ocorrer a desestabilização de sua economia com o aumento do déficit público resultante
dos crescentes gastos militares com a guerra na Ucrânia. A Europa ganharia com o acordo
porque desapareceria a ameaça de cessação do suprimento do petróleo e do gás natural
da Rússia e de desestabilização de suas economias. O mundo ganharia com o acordo
porque desapareceria a ameaça de nova guerra mundial que levaria ao fim da espécie
humana.
Para Biden e Putin celebrarem este acordo de paz, é preciso que a ONU, através de seu
secretário geral, saia de sua passividade e procure a celebração da paz mundial e a China
e todos os países amantes da paz se mobilizem visando sua realização. Para afastar
definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz
perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é
incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com
base em um Contrato Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Constituição
do planeta Terra. Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a
convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de
representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social
Planetário deveria estabelecer a existência de um Governo mundial cujo presidente
deveria ser eleito com mais de 50% de votos do Parlamento mundial a ser, também,
constituído democraticamente.
Para assegurar a prática democrática e a governabilidade no planeta Terra, o poder
mundial deveria ser exercido pelo Parlamento mundial que, além de eleger o Presidente
do Governo mundial, deveria elaborar e aprovar as leis internacionais baseadas no
Contrato Social Planetário. O Parlamento mundial deveria ser composto por um número
determinado e igual de representantes de cada país eleitos democraticamente para este
fim. O Presidente do Governo mundial só exercerá o comando do governo mundial
enquanto contar com o apoio da maioria do parlamento Se, por maioria do parlamento,
houver a necessidade de substituição do Presidente do Governo mundial isto deve ser
6
feito. O Governo mundial deve contar com uma estrutura organizacional que seja capaz
de lidar com as relações internacionais, a questão militar, a economia global, o meio
ambiente global, a educação, a saúde, a infraestutura, a ciência e tecnologia, entre outras,
para dialogar com o Parlamento mundial e os países integrantes do sistema internacional.
Os parlamentares deveriam eleger a mesa diretora do Parlamento mundial que contaria
com estrutura organizacional apropriada. A Corte Suprema Mundial deveria ser composta
por juristas de alto nivel do mundo escolhido pelo Parlamento mundial que atuariam por
tempo determinado os quais deveriam eleger o Presidente da Corte para cumprir um
mandato por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que
envolvam litigios entre paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza
praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário,
julgar conflitos que existam entre o governo mundial e o partamento mundial e atuar
como guardiã do Contrato Social Planetário. O Governo mundial não terá Forças
Armadas próprias devendo contar com o respaldo de Forças Armadas dos países que
seriam convocados quando necessário.
Portanto, com esta sistemática o parlamento mundial legislaria com sucesso por meio de
um processo democrático. Não haveria a necessidade de um ente que atuaria como
policial do mundo porque quem exerceria o poder seria o Presidente do governo mundial
que usaria as Forças Armadas de determinados países que seriam convocadas quando
necessário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes
constituidos: Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial. O poder
mundial repousaria no Governo mundial, no Parlamento mundial e na Corte Suprema
mundial. O poder mundial não corromperia nem seria corrompido porque haveria a
vigilância de todos os poderes constituídos. Governo mundial, Parlamento mundial e
Corte Suprema mundial atuariam como freios e contrapesos visando a eficiência e
eficácia do sistema internacional.
Estas são, portanto, as medidas que deveriam ser adotadas a curto prazo para acabar com
a guerra na Ucrânia e, a médio e longo prazo, para acabar definitivamente com as guerras
no mundo.
* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário
(Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento
empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-
Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de
Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os
condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora
Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos
na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica,
Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate
ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores
Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no
Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba,
2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV,
7
Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua
convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro
para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua
sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da
história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022),
de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to
protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Europe, Republic
of Moldova, Chișinău, 2023).

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A GUERRA E A PAZ ENTRE ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA.pdf

  • 1. 1 A GUERRA E A PAZ ENTRE ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA Fernando Alcoforado* Este artigo tem por objetivo demonstrar que a irresponsabilidade do governo Joe Biden dos Estados Unidos na condução da guerra contra a Rússia da Ucrânia que completa um ano pode conduzir à 3ª Guerra mundial. O governo Joe Biden dos Estados Unidos age de forma irresponsável colocando o mundo diante da possibilidade uma hecatombe nuclear ao aumentar as hostilidades com a Rússia na Ucrânia e não buscar uma negociação de paz. É muito provável que, ao invadir a Ucrânia, o propósito governo da Rússia, comandado por Wladimir Putin, seria provavelmente o de criar as condições para negociar com o governo dos Estados Unidos o compromisso de evitar que a Ucrânia passasse a integrar a OTAN que representaria uma ameaça à segurança da Rússia. É oportuno observar que a tentativa de incorporação da Ucrânia à OTAN atenderia aos interesses geopolíticos do governo dos Estados Unidos porque completaria o cerco da Rússia. A Figura 1 mostra em coloração azul os países que integraram a OTAN até 1997 e em coloração laranja os países que a ela se integraram a partir de 1997. A Ucrânia ingressando na OTAN aumentaria a pressão militar contra a Rússia. Figura 1- O cerco da Rússia pela OTAN na Europa Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60129112 Sobre a OTAN, é importante observar que, depois da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos e seus aliados europeus se uniram no plano militar para enfrentar a União Soviética e seus aliados. Desta união resultou a constituição da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 1949 sob a liderança dos Estados Unidos. Por sua vez, a União Soviética constituiu uma aliança militar com os países socialistas criando o Pacto de Varsóvia. Com o fim da União Soviética e, 1989, o Pacto de Varsóvia se desfez, mas a OTAN foi mantida e expandida para atender os interesses geopolíticos dos Estados Unidos com a incorporação dos países que pertenceram ao Pacto de Varsóvia, bem como
  • 2. 2 com a adesão recente da Finlândia e da Suécia. É oportuno observar que a OTAN tem como um de seus pilares garantir a segurança de seus países-membros, que pode ocorrer de forma diplomática ou com o uso de forças militares. Os países-membros da OTAN fornecem parte de seu contingente militar para eventuais ações desse porte, uma vez que a organização não possui força militar própria. A OTAN contava durante a Guerra Fria até a dissolução da União Soviética em 1989 com 16 países: 1) Alemanha; 2) Bélgica; 3) Canadá; 4) Dinamarca; 5) Espanha; 6) Estados Unidos; 7) França; 8) Grécia; 9) Holanda; 10) Islândia; 11) Itália; 12) Luxemburgo; 13) Noruega; 14) Portugal; 15) Turquia; 16) Reino Unido. Para atender os interesses geopolíticos dos Estados Unidos e da indústria bélica, a OTAN se expandiu, após o fim da União Soviética, atraindo mais 14 países que integravam o sistema socialista do leste europeu como Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Montenegro, Polônia, República Tcheca e Romênia. Mais recentemente, Finlândia e Suécia aderiram à OTAN. No caso da guerra da Ucrânia, o comportamento diplomático do governo Joe Biden dos Estados Unidos para com a Rússia foi diferente do comportamento do governo Kennedy no caso da crise dos mísseis de Cuba em 1962 para com a União Soviética. Ao invés de tentar negociar uma solução negociada de paz para a guerra na Ucrânia, o governo Biden preferiu o confronto estabelecendo sanções econômicas contra a Rússia e seus cidadãos, além de armar o governo da Ucrânia para resistir à invasão russa. Os gastos militares e não militares dos Estados Unidos destinados à Ucrânia superam US$ 50 bilhões. O próprio Biden, em declaração dada no dia 6 de outubro de 2022, durante um evento do Partido Democrata, em Nova Iorque, vê risco de “Armagedom” nuclear — guerra final — que está no nível mais alto desde a Guerra Fria ao citar que Putin “não está brincando” quando fala sobre o uso potencial de armas nucleares táticas, armas químicas ou biológicas, porque seu Exército é significativamente menos capaz. Segundo ele, o uso de uma arma nuclear poderia sair do controle e levar à destruição global. Esta afirmação demonstra que Biden age de forma irresponsável porque sabe do risco de uma hecatombe nuclear e nada faz para evitá-la buscando uma solução negociada diplomaticamente com a Rússia como fez Kennedy em 1962 com a União Soviética. A irracionalidade de Joe Biden em manter o conflito dos Estados Unidos com a Rússia se explica por quatro motivos: 1) ele busca assegurar os interesses da indústria bélica norte- americana com o aumento dos gastos militares e com a expansão da OTAN; 2) ele busca com o aumento dos gastos militares evitar o agravamento da crise econômica nos Estados Unidos que deverá entrar em recessão em 2023; 3) ele busca melhorar sua popularidade internamente ao completar dois anos de mandato que está em baixa com apenas 40% da população americana aprovando seu governo; e, 4) ele busca atender os interesses dos fornecedores norte-americanos de GNL (gás natural liquefeito) transferindo a dependência da Europa do gás natural da Rússia para os Estados Unidos. Não é segredo que existe um complexo industrial militar nos Estados Unidos que faz com que todos os governantes norte-americanos fiquem dele reféns. A quem mais interessa o conflito armado na Ucrânia? Não há dúvidas que o maior interessado com o conflito é a indústria bélica dos Estados Unidos com a venda de armas à OTAN e seu fornecimento à Ucrânia. O Congresso dos Estados Unidos votou um projeto de lei chamado “Proteger a Ucrânia” para fornecer armamento à Ucrânia. O mesmo está acontecendo com outros
  • 3. 3 países integrantes da OTAN. Pergunta-se: Mesmo bem armada, a Ucrânia teria condições de vencer a guerra com a Rússia? A resposta é não. Além da ampla superioridade militar, a Rússia é uma potência atômica, o que torna impossível um confronto direto dos aliados da OTAN pela possibilidade de uma hecatombe nuclear. Mas quase todos os países da região estão comprando armas, equipamentos militares e munição. Tudo isto demonstra que o governo Biden busca assegurar os interesses da indústria bélica norte-americana com a expansão da OTAN. Não é por acaso que a indústria bélica norte-americana é a maior do mundo. Dos 10 maiores fabricantes de armas do mundo, seis são norte-americanas, sendo cinco delas líder da indústria bélica mundial como mostra o quadro a seguir: Fonte: https://www.poder360.com.br/internacional/100-maiores-empresas-de-armas-venderam-us-531- bilhoes-em-2020/ Não há dúvidas que a indústria bélica patrocina a guerra na Ucrânia como promoveu outras guerras no passado para ganhar dinheiro. A produção recorde de armamentos, cada vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática. A Figura 2 apresenta os maiores gastos militares no mundo por país. Os Estados Unidos são os que têm o maior gasto militar do mundo (39% do total). Figura 2- Os maiores gastos militares no mundo por país
  • 4. 4 Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2022/04/25/gasto-militar-mundial-bate-recorde-e-supera-us-2- trilhoes-em-2021-aponta-relatorio Com 102 guerras em seu "currículo" belicoso, os Estados Unidos são, provavelmente, um dos países mais envolvidos em ações militares do mundo que começou com a anexação de terras do México a seu território e a conquista do canal do Panamá. Não é coincidência que os Estados Unidos sejam um dos países que mais se beneficiam economicamente de confrontos armados, já que as maiores exportadoras de armas do mundo são norte- americanas. Para além da venda de munição e armas, os Estados Unidos monetiza, também, com contratos de segurança e treinamento militar, o que faz com que muitos membros do Congresso estadunidense entendam as guerras como uma máquina de emprego e dinheiro. A paz, para os Estados Unidos, poderia custar muito caro. São esses fatos que levam muitos a questionarem a real motivação dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia, que há anos vive em estado de tensão com a Rússia. Fica evidente que, enquanto houver indústria bélica no mundo, as guerras continuarão a proliferar em todo o planeta. A paz no mundo só acontecerá quando houver o desarmamento de todos os países e a cessação da fabricação de armas. Pelo exposto, fica evidenciado a responsabilidade do governo dos Estados Unidos pela eclosão de nova guerra mundial porque promoveu desde 1997 a expansão da OTAN até as fronteiras da Rússia que se completaria com a incorporação da Ucrânia à aliança militar ocidental, além de impor sanções econômicas contra a Rússia. Os governos dos países da União Europeia são, também, responsáveis pela eclosão de nova guerra mundial porque estão contribuindo para que prospere a irracionalidade do governo Joe Biden no conflito com a Rússia. Por sua vez, a ONU é outro grande responsável pela eclosão de nova guerra mundial porque não tem contribuído no sentido de buscar o fim da guerra na Ucrânia e, ao contrário, está colaborando para seu acirramento com as resoluções anti-Rússia aprovadas pela Assembleia Geral. Como fazer para celebrar a paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia e fazer com que as guerras cheguem definitivamente ao fim em nosso planeta realizando o sonho de Immanuel Kant expresso em sua obra “A Paz Perpétua”? Como fazer com que o sonho de todos os amantes da paz se realize no mundo em que vivemos? A guerra entre Rússia e Ucrânia só chegará ao fim desde que sejam eliminadas suas causas. São duas as causas da guerra: 1) a expansão da OTAN, aliança militar ocidental, rumo às fronteiras da Rússia; e, 2) o desejo do governo da Ucrânia de se incorporar à OTAN que completaria o cerco da Rússia tornando este país vulnerável. Estas foram as duas razões que contribuíram para a invasão da Ucrânia pela Rússia para derrubar o governo de extrema- direita presidido por Volodymyr Zelenskyy e eliminar a ameaça da Ucrânia se incorporar à OTAN. As tentativas de celebração da paz entre os governos da Rússia e da Ucrânia foram infrutíferas e o que se observa é o aumento do banho de sangue de soldados da ambos os lados e da população civil ucraniana, o aumento de refugiados e a destruição da infraestrutura da Ucrânia pelos bombardeios russos. A celebração da paz na Ucrânia não produziu avanços porque quem deveria negociá-la seriam os governos dos Estados Unidos e da Rússia porque só estes governos teriam capacidade de eliminar as causas da guerra. Urge a celebração de um acordo de paz entre os presidentes Biden e Putin para acabar com a guerra na Ucrânia porque a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode evoluir para um conflito que se estenderia pela Europa e pelo mundo se transformando em guerra mundial. Se isto ocorrer abriria o caminho para o envolvimento das grandes potências militares de consequências imprevisíveis com o uso de armas nucleares. É preciso que todos entendam
  • 5. 5 que a guerra na Ucrânia é cenário da disputa entre Rússia e Estados Unidos. De um lado, temos os Estados Unidos que desejam a presença da OTAN na Ucrânia e, de outro, temos a Rússia que não quer a presença da OTAN na Ucrânia. A guerra na Ucrânia só chegará ao fim se Biden e Putin chegarem a um acordo sobre o fim do conflito entre Rússia e Estados Unidos. O acordo inicial entre Biden e Putin poderia ser a Rússia aceitar o cessar fogo na Ucrânia com a condição de os Estados Unidos desistirem da incorporação da Ucrânia à OTAN. O acordo definitivo seria a Rússia acabar com suas hostilidades na Ucrânia liberando as áreas ocupadas neste país e assumindo o ônus de reconstruir o que foi destruido pela guerra com a condição de os Estados Unidos e a OTAN abandonarem os países do leste europeu e assumirem o compromisso de remover as sanções econômicas e financeiras adotadas contra a Rússia. O acordo entre Biden e Putin seria vantajoso para para a Ucrânia, a Rússia, os Estados Unidos, a Europa e para o mundo. A Ucrânia ganharia com este acordo porque acabaria o sofrimento de sua população, removeria a ocupação militar de seu território pela Rússia, recuperaria sua soberania sobre o território nacional e teria a reconstrução do país realizado pela Rússia. A Rússia ganharia com este acordo porque haveria a remoção das sanções econômicas e financeiras contra ela adotadas pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, haveria o abandono da pretensão da OTAN de adesão da Ucrânia como um dos seus paises integrantes e o compromisso dos Estados Unidos e da OTAN de excluirem 14 países do leste europeu (Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estónia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedónia do Norte, Montenegro, Polónia, Romênia e República Tcheca). Os Estados Unidos ganhariam com o acordo porque deixaria de ocorrer a desestabilização de sua economia com o aumento do déficit público resultante dos crescentes gastos militares com a guerra na Ucrânia. A Europa ganharia com o acordo porque desapareceria a ameaça de cessação do suprimento do petróleo e do gás natural da Rússia e de desestabilização de suas economias. O mundo ganharia com o acordo porque desapareceria a ameaça de nova guerra mundial que levaria ao fim da espécie humana. Para Biden e Putin celebrarem este acordo de paz, é preciso que a ONU, através de seu secretário geral, saia de sua passividade e procure a celebração da paz mundial e a China e todos os países amantes da paz se mobilizem visando sua realização. Para afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Constituição do planeta Terra. Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a existência de um Governo mundial cujo presidente deveria ser eleito com mais de 50% de votos do Parlamento mundial a ser, também, constituído democraticamente. Para assegurar a prática democrática e a governabilidade no planeta Terra, o poder mundial deveria ser exercido pelo Parlamento mundial que, além de eleger o Presidente do Governo mundial, deveria elaborar e aprovar as leis internacionais baseadas no Contrato Social Planetário. O Parlamento mundial deveria ser composto por um número determinado e igual de representantes de cada país eleitos democraticamente para este fim. O Presidente do Governo mundial só exercerá o comando do governo mundial enquanto contar com o apoio da maioria do parlamento Se, por maioria do parlamento, houver a necessidade de substituição do Presidente do Governo mundial isto deve ser
  • 6. 6 feito. O Governo mundial deve contar com uma estrutura organizacional que seja capaz de lidar com as relações internacionais, a questão militar, a economia global, o meio ambiente global, a educação, a saúde, a infraestutura, a ciência e tecnologia, entre outras, para dialogar com o Parlamento mundial e os países integrantes do sistema internacional. Os parlamentares deveriam eleger a mesa diretora do Parlamento mundial que contaria com estrutura organizacional apropriada. A Corte Suprema Mundial deveria ser composta por juristas de alto nivel do mundo escolhido pelo Parlamento mundial que atuariam por tempo determinado os quais deveriam eleger o Presidente da Corte para cumprir um mandato por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios entre paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o governo mundial e o partamento mundial e atuar como guardiã do Contrato Social Planetário. O Governo mundial não terá Forças Armadas próprias devendo contar com o respaldo de Forças Armadas dos países que seriam convocados quando necessário. Portanto, com esta sistemática o parlamento mundial legislaria com sucesso por meio de um processo democrático. Não haveria a necessidade de um ente que atuaria como policial do mundo porque quem exerceria o poder seria o Presidente do governo mundial que usaria as Forças Armadas de determinados países que seriam convocadas quando necessário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituidos: Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial. O poder mundial repousaria no Governo mundial, no Parlamento mundial e na Corte Suprema mundial. O poder mundial não corromperia nem seria corrompido porque haveria a vigilância de todos os poderes constituídos. Governo mundial, Parlamento mundial e Corte Suprema mundial atuariam como freios e contrapesos visando a eficiência e eficácia do sistema internacional. Estas são, portanto, as medidas que deveriam ser adotadas a curto prazo para acabar com a guerra na Ucrânia e, a médio e longo prazo, para acabar definitivamente com as guerras no mundo. * Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice- Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV,
  • 7. 7 Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023).