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Núcleo e filosofia UNIX 
Conceitos básicos 
O UNIX é um sistema operativo com uma enorme 
importância na história da Informática. Não é lá muito 
amigável no sentido que a palavra tem hoje, já que de raiz 
não possui uma interface gráfica, mas é muito rápido e 
robusto. Serve de base a muitos outros sistemas 
operativos actuais, nomeadamente os da série OS X da 
Apple, para os seus Macintosh, que já possuem uma 
interface bem agradável .
Características do Linux 
O Linux é um SO multitarefa e multiutilizador 
Funciona sem conflitos no mesmo computador com outros SO, 
suporta nomes extensos de ficheiros e directórios (255 caracteres) 
e permite conectividade com outras plataformas como Apple, Sun, 
Macintosh... 
O GNU/LINUX carrega para a memória o que é usado durante 
o processamento, libertando-a totalmente assim que o 
programa/dispositivo termina; 
Funciona razoavelmente em computadores de baixas 
capacidades;
Características do Linux 
Acede sem problemas a discos formatados pelo Dos, 
Windows, NTFS, Mac,... 
Não são conhecidos vírus no Linux. 
O Linux permite executar aplicações DOS através do DOSEMU 
e do Windows através do WINE. 
Suporta vários tipos de dispositivos, nomeadamente 
infravermelhos, wireless, dispositivos Plug-and-play, 
USB...
Características do Linux 
O sistema de ficheiros usado pelo Gnu/Linux (Ext3) organiza os 
ficheiros sob forma de evitar a fragmentação. 
Permite a montagem de um Servidor Web, e-mail... com baixo 
custo e alta performance. O Apache e SendMail são distribuídos 
gratuitamente com o Linux. 
Possui vários tipos de Firewalls de alta qualidade de grande 
segurança. Pode atender a mais de um endereço IP na mesma 
placa de rede sendo útil para manutenção de servidores. 
Não é necessária uma licença para sua utilização;
Sistemas de ficheiros 
Para que os utilizadores possam usar os sistemas UNIX, 
como quaisquer sistemas computacionais geridos por 
outros sistemas operativos, é necessário que eles tenham 
acesso ao que está guardado nos discos e outras 
memórias auxiliares. É por isso que existem os chamados 
sistemas de ficheiros, para organizar e permitir não só o 
acesso aos ficheiros lá guardados, como também a criação 
de novos ficheiros. 
Sistemas de ficheiros 
Um sistema de ficheiros é um método para armazenar e organizar os 
ficheiros e os dados neles contidos, assim como gerir o acesso a eles.
Sistemas de ficheiros 
No UNIX, tal como no Microsoft Windows e no MS-DOS, os ficheiros são colocados 
em directórios que estão também organizados num sistema em árvore, com um 
directório-raiz e todos os outros sob ele. Mas há várias diferenças entre os sistemas 
de ficheiros do Microsoft Windows e do UNIX, nomeadamente, a organização. Por 
exemplo, no UNIX, a colocação de um directório na árvore depende do seu conteúdo, 
sendo o UNIX muito rigoroso nessa regra, ao contrário do Microsoft Windows, que 
sugere que os programas sejam instalados na pasta Programas, mas não o obriga! 
Daqui a pouco, quando abordarmos o sistema operativo Linux — que, de certa forma, 
deriva do UNIX — trataremos com muito mais profundidade estas questões dos 
sistemas de ficheiros.
A organização da informação 
Para utilizarmos qualquer sistema operativo, é 
fundamental conhecermos o(s) seu(s) sistemas de 
ficheiros para que possamos manipular objectos como 
ficheiros e pastas. É disso que vamos tratar a seguir. 
Volumes de informação, directórios, pastas e ficheiros 
O Linux segue de muito perto a filosofia do UNIX em termos de 
sistemas de ficheiros. É uma boa ideia, já que, por exemplo, 
esses sistemas de ficheiros dispensam o uso de um programa 
desfragmentador de disco como os usados nos sistemas de 
ficheiros do Microsoft Windows.
Partição 
Uma partição é uma secção independente de um disco rígido. Isto 
é, podemos dividir um disco em várias partições: as secções 
podem ser independentes, ao ponto de terem diferentes sistemas 
operativos lá instalados.
Na instalação, as partições criadas devem ser então formatadas 
com um determinado sistema de ficheiros. Podes escolher entre 
vários, mas os mais populares são estes: 
ufs (Unix File System) — sistema de ficheiros do UNIX, não 
compatível para efeitos de troca de ficheiros com outros sistemas 
operativos, nomeadamente o Windows. Não aconselhável. 
Linux Second Extended File system (ext2 ou ext3) — sistemas de 
ficheiros inspirados no ufs, em que a versão 2 é um melhoramento 
em termos de performance relativamente à ext original (foi 
implementado pela primeira vez na versão 0.96c, em 1994) e a 
versão 3 contém melhoramentos a nível de segurança da 
recuperação de dados em casos de ava-rias por perda de corrente 
eléctrica ou outra. É o sistema de ficheiros mais comum.
reiserfs — uma alternativa ao ext2 que traz algumas 
grandes vantagens, mas pode trazer problemas de 
compatibilidade na interligação de sistemas. As vantagens 
relativamente ao ext2 estão na melhor gestão do espaço 
em disco, melhor performance do disco e maior garantia de 
segurança na recuperação de dados em caso de desastre. 
reiser4 — uma versão bastante melhorada do reiserfs, em 
que a principal diferença consiste em ser possível definir 
diferentes permissões de acesso para diferentes partes do 
mesmo ficheiro! 
HFS+ (hfsplus) — sistema de ficheiros para o Mac OS X, 
sistema operativo dos Apple Macintosh baseado no Linux. 
É mais rápido do que os anteriores, já que organiza 
internamente os dados em forma de árvores binárias. Mas é 
compatível com eles.
O Linux usa um sistema de ficheiros hierárquico, em árvore, 
começando pelo directório-raiz (root) designado por uma barra / (ao 
contrário do MS-DOS e do Windows) e com vários directórios sob 
ele. Um desses directórios é o dev, que contém outros directórios 
correspondentes a dispositivos físicos (physical devices, daí o 
nome) como as unidades de memória auxiliar.
Em Linux, então, é assim: 
As unidades de disco IDE/ATA são designadas por /dev/hda, 
/dev/hdb, /dev/hdc, etc. 
As unidades de disco SCSI são designadas por /dev/sda, 
/dev/sdb, /dev/sdc, etc. 
A criação de partições pode obrigar à criação de novas unidades; 
por exemplo, três partições criadas no disco principal, levam às 
unidades /dev/hda1, /dev/hda2, /dev/hda3. 
Para aceder a uma unidade de memória auxiliar é necessário 
montá-la ou, mais rigorosamente, criar um ponto de montagem. 
Isso equivale a emitir um comando que crie um directório, sob o 
directório /mnt, que seja associado à unidade de memória em 
causa.
Ponto de Montagem 
Directório, normalmente colocado sob o directório /mnt (ou /media, 
se se tratar de um dispositivo amovível como um CD ou uma pendrive) 
de uma estrutura de directórios em Linux, associado a uma unidade 
de memória auxiliar, como uma partição de um disco rígido, uma 
disquete ou um DVD. 
Assim, quando, por exemplo, copiamos ficheiros para uma disquete, 
devemos indicar como destino o directório que corresponde à 
disquete - o seu ponto de montagem -, que se poderá chamar, por 
exemplo /media/floppy. Um pouco estranho, de facto, mas é por 
razões de segurança, já que quem determina quais as associações 
entre pastas e unidades é o administrador e também só ele pode 
acabar com essas associações quando entender).
A estrutura base de directórios
/ - o directório-raiz; o início da árvore de directórios do sistema. Só 
deverá conter subdirectórios e nenhum ficheiro. Não o confundas 
com o utilizador root - administrador do sistema - nem com o 
directório home deste utilizador! 
/boot - directório onde o Linux guarda ficheiros para o arranque e o 
seu kernel. Se listares o seu conteúdo, verás um ficheiro chamado 
vmlinuz, que é justamente o seu kernel.
/etc - contém ficheiros de configuração, sendo a maior parte deles 
ficheiros de texto. Irás usá-lo muitas vezes nas aulas. 
/etc/inittab - ficheiro que determina os processos que se iniciam 
automaticamente no arranque do sistema. 
/etc/fstab - ficheiro que contém as informações sobre os volumes de 
memória auxiliar, seus pontos de montagem, etc. É muito importante 
que te lembres dele. 
/etc/passwd - ficheiro que contém informação sobre todas as contas de 
todos os utilizadores. As palavras-passe estão encriptadas e nunca são 
acessíveis... 
/bin, /usr/bin - contém os ficheiros executáveis (binários, na linguagem 
corrente dos técnicos) do sistema. No directório /bin estão mais os 
utilitários para uso do próprio sistema e no /usr/bin os utilitários à 
disposição dos utilizadores, mas esta não é uma regra rígida.
/usr - muito material para os utilizadores; tanto, que muitas 
pessoas o colocam numa partição à parte das outras. 
/usr/doc - documentação sobre as várias aplicações disponíveis. 
/usr/share - ficheiros de configuração, imagens e demais material 
comum a todos os utilizadores. 
/usr/include - ficheiros header (.h) para os programas em C. 
/usr/X11R6 - ficheiros do sistema gráfico X-Window que suporta 
os ambientes gráficos como o próprio X-Window, o KDE ou o 
Gnome. 
/usr/local - aplicações destinadas apenas a uso local, isto é, no 
próprio computador.
/Iib - livrarias para as várias aplicações, semelhantes às 
DLL do Microsoft Windows. 
/home - directório onde estão todos os directórios home dos 
utilizadores. É assim como que o Documents and Settings 
do Windows XP. 
/root - o directório home do utilizador root, o administrador 
ou super utilizador do sistema. 
/var - contém ficheiros cujo conteúdo varia enquanto o 
sistema está a ser utilizado. 
/tmp - directório para ficheiros temporários. O Microsoft 
Windows também tem. 
.
/dev - já referido antes, é o directório dos ficheiros e directórios 
correspondentes a dispositivos físicos. A ideia é que seja possível 
facilitar tarefas como imprimir, copiando os ficheiros a imprimir para o 
directório correspondente à impressora, tal como se faz para outro 
directório qualquer. 
/media - directório dos pontos de montagem, tal como foi explicado 
antes e que aprenderás a usar mais adiante. 
/mnt - directório dos pontos de montagem, tal como foi explicado 
antes e que aprenderás a usar mais adiante. 
/proc - é um directório virtual e contém informações sobre os 
processos em execução em cada instante. 
/lost+found - directório que guarda ficheiros perdidos, por exemplo, 
após o crash do sistema para que possam se recuperados
Comandos UNIX/Linux 
Opções dos comandos 
Muitos dos comandos em Linux possuem várias opções, o 
que torna a sua sintaxe complicada. É normal, quando há 
tantas pessoas a sugerir-lhes melhorias. Mas muitas dessas 
opções quase não são usadas. Por isso, nos quadros abaixo, 
mostraremos apenas as opções mais comuns da maioria dos 
comandos.
No entanto, porque há uma grande vontade por parte dos 
distribuidores de Linux de que todas as tarefas sejam possíveis a partir 
das interfaces gráficas iremos, a título de exemplo, mostrar sempre a 
alternativa ao comando na interface KDE. 
De qualquer modo, para praticares os comandos a partir da interface 
gráfica, podes sem-pre invocar uma janela de terminal onde podes 
trabalhar em bash (bourne again shell), uma das linguagens de 
comandos usadas nos sistemas Linux.
Ajuda com sintaxe? 
Para obteres ajuda com a sintaxe de um comando e a 
explicação do que ele faz, podes usar qualquer um destes 
três comandos: 
man [-k] [comando] 
info [comando] 
help [-s] [comando] 
em que as opções são: 
-s - restringe a informação mostrada a uma simples 
sinopse do modo de usar o comando; 
-k - procura pela descrição do comando e não pelo 
seu nome.
Iniciar e terminar sessões 
Iniciar sessão 
No início de uma sessão - quer em modo gráfico quer em 
modo texto -, é-nos sempre pedido o nome de utilizador (login:) 
e a palavra-passe (password:) para iniciarmos sessão. 
Se pretenderes terminar a tua sessão e iniciar sessão com 
outro utilizador, podes usar o comando login. 
login 
Sintaxe 
login [nomelopção] 
Se não indicares o novo nome de utilizador, ele ser-te-á 
pedido, assim como a palavra-passe.
Iniciar temporariamente como outro utilizador 
Podes ainda trabalhar temporariamente como outro utilizador, sem 
terminares a tua sessão, o que é muito útil quando iniciamos sessão 
com uma conta de um utilizador comum, mas precisamos 
temporariamente de trabalhar como root para poder efectuar 
alguma tarefa que só esta conta permite. E não é preciso entrar na 
cabina telefónica para fazer a transformação em superutilizador - 
basta usar o comando apropriado: su (substitute user).
su 
Sintaxe 
su [opção][utilizador] 
Opções: 
-l ("I" de logín): inicia nova sessão de forma completa, mudando 
as variáveis de ambiente de trabalho, etc.; 
-p ("p" de preserva): preserva o ambiente de trabalho actual, não 
mudando para o do novo utilizador. 
Nota 1: Se não indicares o nome do utilizador, o Linux assume que é o 
utilizador root. 
Nota 2: Usa a combinação de teclas [Ctrl] [D] para terminar esta sessão 
temporária.
Exemplo: 
Iniciar uma sessão temporária como root para poder alterar um 
ficheiro que só este tem per-missão para alterar, escrevemos: 
su root
Terminar sessão 
Para terminar sessão, desligando ou não o computador, 
há várias formas, nomeadamente: 
- a sequência de teclas [Ctrl] [D] funciona para apenas 
terminar sessão e permitir a outro utilizador que inicie a 
sua a seguir - é a forma mais fácil de terminar sessão; 
- o comando logout.
Desligar o computador 
O comando shutdown, que termina todos os processos em curso 
no sistema - pode ser executado por utilizadores privilegiados, 
como o root 
Shutdown 
Sintaxe 
shutdown [opções] when [mensagem] 
Opções: 
-c ("c" de cancel): cancela um shutdown que esteja a decorrer; 
-h ("h" de holt): pára o sistema quando o shutdown termina; 
-r ("r" de restart): reinicia o sistema no fim do shutdown; 
-t segundos ("t" de time): faz uma pausa antes de começar a executar o 
comando.
Exemplos: 
Fazer o shutdown imediato. Escrevemos: 
shutdown -h now 
Reiniciar o sistema de imediato. Escrevemos: 
shutdown - r now 
Fazer o shutdown às 20:00. Escrevemos: 
shutdown -h 20:00 
Fazer o shutdown daqui a 10 minutos. Escrevemos: 
Shutdown -h +10
Quem está online? 
Em sistemas multiutilizador, às vezes, é útil saber quem 
está online, ou seja, com sessão iniciada. Há um comando 
que o diz: who 
who / who am i 
Sintaxe 
who [opções] [ficheiro] 
Opções 
am í Mostra o nome de utilizador do utilizador actual. É útil 
quando se usa o comando su; 
m ("m" de me, "eu") mesmo que am i; 
q ("q" de quick) mostra o número de utilizadores e a lista dos seus 
nomes de utilizador.
Mudar a palavra-passe 
Qualquer utilizador pode mudar a sua palavra-passe quando 
bem o entender. Basta usar o comando passwd. 
Passwd 
Sintaxe 
passwd [utilizador] 
Porque é possível a utilizadores privilegiados como o root modificar a 
palavra-passe de outro utilizador, o comando possui a opção de indicar 
o nome de utilizador de quem se pretende mudar a palavra-passe
Manipulação do sistema de ficheiros 
Volumes de informação 
Formatação 
A formatação, entendida como a criação de um sistema de ficheiros num 
volume de memória auxiliar, pode ser feita sobre uma unidade amovível, 
como uma disquete, ou sobre uma partição de um disco. 
Assim, para formatar um dispositivo físico amovível, como uma disquete 
ou uma pendrive, o comando devido é o que cria nele um sistema de 
ficheiros - o mkfs. Já o processo de criação de uma partição passa por 
duas fases: 
primeira: usar o comando fdisk para criar a(s) partição(ões) desejada(s) 
no volume; 
segunda: usar o comando mkfs para formatá-la com um determinado 
sistema de ficheiros.
fdisk 
Sintaxe 
fdisk [-u] dispositivo 
fdisk -I [-u] dispositivo... fdisk -s partição... 
fdisk -v 
Opções: 
-u ao listar tabelas de partições, dá o seu tamanho em 
sectores e não em cilindros; 
-l lista as tabelas da partição para /dev/hd[a-d], 
/dev/sd[a-h], /dev/ed[a-d] e sai; 
-s partição é mostrado o tamanho da partição em blocos; 
-v mostra a versão do fdisk que está a ser usada.
mkfs 
Sintaxe 
mkfs [-V] [-t tipodesf] [fs-opções] sistdefich [blocos] 
Opções: 
-V - opção verbose para mostrar todas operações que vão sendo 
efectuadas durante a formatação; 
-t - permite indicar o sistema de ficheiros que se pretende criar 
na unidade; se não indicado, é assumido o ext2; 
fs-opções - opções específicas do sistema de ficheiros escolhido; 
sistdefich - dispositivo a formatar; 
blocos - número de blocos de 1024 bytes. 
Existem variantes deste comando para cada um dos sistemas de 
ficheiros, como mkfs.ext2, mkfs.ext3, mkfs.msdos, etc.
O exemplo seguinte descreve a criação de uma única partição num 
segundo disco ligado no canal primário IDE, formatada com o sistema 
ext3. O disco corresponderá à unidade /dev/hdb e, porque terá uma 
única partição, será a /dev/hdb1. 
Passo 1: criação da partição 
[root@Iinux etc]# fdisk /dev/hdb 
Device contains neither a valid DOS partition table, nor Sun, SGI or 
OSF disklabel. Building a new DOS disklabel. Changes will remain in 
memory only, until you decide to write them. After that, of course, the 
previous content won't be recoverable.
The number of cylinders for this disk is set to 4865. 
There ís nothing wrong with that, but this is larger than 1024, and could in certain setups 
cause problems with: 
1) software that runs at boot time (e.g., old versions of LILO) 
2) booting and partitioning software from other OSs (e.g., DOS FDISK, OS/2 FDISK) 
Command (m for help): n 
Command action 
e extended 
p primary partition (1-4) 
P 
Partition number (1-4): 1 
First cylinder (1-4865, default 1): 1 
Last cylinder or +size or +sízeM or +sizeK (1-4865, default 4865): 4865 
Command (m for help): t 
Partition number (1-4): 1 
Hex code (type L to Iist codes): 83 
Command (m for help): w 
The partition table has been altered! 
Calling ioctlO to re-read partition table. 
Syncing disks.
Passo 2: criação do sistema de ficheiros 
[root@Iinux2 root]# mkfs -t ext3 /dev/hdb1 
Formatar uma disquete 
Tudo o que pretendes fazer é formatar uma disquete? Então só 
tens que usar o comando: 
mkfs.msdos idev/fd0 
ou 
mkfs.ext2 /fd0 
conforme pretendas a disquete formatada para MS-DOS ou para 
Linux. A primeira poderá ser usada num sistema Windows.
Montar/desmontar uma unidade 
Para montar uma unidade, usamos o comando mount. Ele é 
indispensável nas unidades de memória amovíveis, como CD, 
DVD, pendrives, etc. Para a desmontar - operação obrigatória 
antes de remover a unidade -, usamos o comando umount. 
Mount 
Sintaxe 
mount [opções][dispositivo] ponto_de_montagem 
Opções: 
-a monta todos os pontos definidos no ficheiro /etc/fstab; 
não deve ser usado com mais parâmetros, apenas 
mount -a; 
-o opção opção pode ser async, auto, defaults, dev, exec, noauto, 
nodev, noexec, nosuici, nouser, remount, ro, rw, suid, sync, user.
umount 
Sintaxe: 
umount ponto_de_montagem I dispositivo 
Nota: Na sintaxe de um comando, o símbolo "I" significa "ou".
Por exemplo, para montar uma disquete, usamos /dev/fd0, que é o directório 
associado ao primeiro drive de disquetes, e /mnt/floppy, que é um ponto de 
montagem que já costuma vir criado com as distribuições de Linux: 
$ mount /dev/fd0 /mnt/floppy 
Mas podes criar outro directório para ser ponto de montagem, como 
/mnt/disquete 
Para desmontá-lo, podes optar pelo dispositivo ou pelo ponto de montagem: 
$ umount /mnt/floppy 
ou 
$ umount /dev/fd0
O ficheiro /etc/fstab 
Relembrando, o directório /etc guarda ficheiros de configuração, 
nomeadamente o fstab (file systems table), que guarda informações 
sobre todas as partições, volumes de memória auxiliar e pontos de 
montagem existentes no sistema. Um exemplo? 
1 2 3 4 5 
/dev/hda2 / ext2 defaults 1 1 
/dev/hdb1 /home ext2 defaults 1 2 
/dev/cdrom /media/cdrom auto ro, noauto, user, exec 0 0 
/dev/fd0 /media/floppy auto rw, noauto, user, sync 0 0 
proc /proc proc defaults 0 0 
/dev/hda1 swap swap pri=42 0 0
O que significam as colunas? 
1 Nomes dos dispositivos. 
2 Nomes dos pontos de montagem por defeito. São os 
directórios onde os dispositivos são montados por defeito, 
ou automaticamente, pelo sistema operativo, ou se, no 
comando mount, não for indicado o ponto de montagem, 
mas apenas o dispositivo a montar.
3 Sistema de ficheiros. O tipo auto significa que depende do 
sistema de ficheiros que estiver instalado no meio que for inserido, 
como acontece com as disquetes, com os CD, DVD, etc. O tipo 
swap é usado para a partição da memória virtual. Dos outros já 
falámos antes. Pode acontecer que, se tiveres alguma versão do 
Microsoft Windows instalada no teu computador, te surjam 
volumes com os sistemas VFAT ou NTFS, em que o primeiro foi 
usado nas versões até à 98 e o segundo, como saberás, na versão 
2000 e posteriores 
ATENÇÂO!! 
O Linux, dependentemente da versão do kernel, pode permitir ou não a 
escrita em volumes NTFS. Em fins de 2005, apenas a última versão o 
permitia. De qualquer modo, recomendamos que não tentes escrever nada 
numa partição NTFS, mas apenas VFAT, não vá "o diabo tecê-las"...
4 Opções de montagem. São elas: 
auto / noauto - com a opção auto, o dispositivo é automaticamente montado 
no arranque do sistema; com a opção noauto, ele tem de ser 
montado explicitamente; 
user/nouser - a opção user define que este dispositivo pode ser montado 
por qualquer utilizador; a opção nouser define que apenas o 
utilizador root o pode montar; 
exec/noexec - opção que indica se é permitido (exec) ou não (noexec) 
executar ficheiros existentes nesse dispositivo; a opção 
noexec é conveniente para partições que contenham 
executáveis de outros sistemas operativos; 
ro - opção que apenas permite a leitura do conteúdo da unidade 
(read only);
rw - opção que permite a leitura e a escrita na unidade (read / write); 
sync/async - a opção sync - ideal para dispositivos removíveis, 
como disquetes e pendrives - escreve na unidade ao 
mesmo tempo que escreve no directório do ponto de 
montagem (por exemplo, ao copiar um ficheiro para o 
directório de ponto de montagem da disquete, o ficheiro 
é, ao mesmo tempo - em sincronismo - escrito na 
disquete); a opção async significa que a escrita na 
unidade pode ser feita mais tarde; 
·defaults - assume as opções por defeito: rw, dev, exec, auto, 
nouser, async 
Naturalmente que este ficheiro pode ser editado pelo utilizador 
root. Aprenderás daqui a pouco como editar ficheiros de texto.
Informação sobre os espaços ocupado e livre 
Existem comandos que nos permitem obter informações sobre os 
espaços ocupado e livre de uma unidade, respectivamente o du 
(disk usage) e o df (disk free). 
O du mostra o espaço ocupado por um ou mais directórios ou, sem 
argumentos, o espaço ocupado na unidade em blocos de 1 KB 
contados como 1024 bytes. 
du 
Sintaxe 
du [opções][directórios] 
-a - ("a" de ali) — mostra o espaço ocupado por todos os ficheiros do 
directório actual ou do(s) especificado(s); 
-b - ("b" de bytes) — mostra o espaço ocupado em bytes e não em blocos 
de 1 KB, que é a opção por defeito; 
-c - mostra o total global, para além dos parciais.
O comando df fornece um relatório sobre espaço livre em blocos 
de 1 KB. Se nada for indicado, é dada informação sobre todos os 
volumes montados. Os nomes que podem ser indicados podem 
ser de um ou mais dispositivos (por exemplo, /dev/hda1), o nome 
de um directório de um ponto de montagem (por exemplo 
/media/floppy) ou o nome de um directório. Neste último caso, o 
relatório do espaço livre é sobre o volume onde o directório está. 
df 
Sintaxe 
df [opções][nomes]
Directórios 
Nesta secção abordaremos os directórios e os comandos 
com eles associados. Mas, antes disso, uma noção 
fundamental: a de caminho. 
Maiúsculas e minúsculas 
O Linux, como o UNIX, é sensível a maiúsculas e a minúsculas em tudo, 
desde os comandos aos nomes de utilizadores, passando pelos ficheiros 
e directórios. A grande maioria dos utilizadores inicia os nomes dos 
directórios por maiúsculas e os dos ficheiros por minúsculas
Caminhos absolutos e relativos 
Para qualquer comando relacionado com directórios e ficheiros, há 
noções muito importantes: primeira, a de caminho (path); 
segunda, a distinção entre caminhos absolutos e caminhos 
relativos. 
Os sistemas de ficheiros do Linux, tal como os do UNIX e de muitos 
outros sistemas operativos, funcionam com base nos directórios 
estruturados em árvore. Um caminho é como que uma descrição 
de que caminho seguir para chegar a um determinado directório na 
árvore, indicando, se necessário, por que directórios passar. 
Vamos ver alguns exemplos, mas, antes disso, fica já com alguns 
símbolos especiais que vão ser muito úteis:
Símbolo Significado 
/ O directório-raiz, se colocado no início de um caminho. 
Um separador, se colocado entre dois directórios ou entre um 
directório e um ficheiro, significando "debaixo de" ou "sob". 
Exemplo: /home/paulo. 
. O directório actual. Alguns comandos exigem a designação 
expressa do directório actual e aí podemos usar o ponto. 
.. O directório acima do actual. Numa estrutura em árvore, 
qualquer directório, excepto o raiz, tem apenas um directório 
acima dele que pode ser designado pelos dois pontos. 
~ O teu directório home, designado também de forma abreviada. 
Ou seja, - é equivalente a /home/eu.
Referências 
Nos caminhos em Linux, há sempre dois directórios que não 
podem nem são confundidos com outros e servem sempre de 
referência: o raiz ( / ) e o directório home ( ~) de cada utilizador. 
Por mais longe que estejamos de qualquer um deles, chegamos 
lá muito rapidamente ao indicar os seus símbolos.
Saber qual é o directório actual 
A primeira coisa de que deves lembrar-te é que inicias sessão no teu 
directório home, que, em princípio, deverá ser 
/home/teu_nome_de_utilizador. O Linux, ao contrário do MS-DOS, 
não tem por hábito mostrar no prompt o directório actual; 
normalmente, ele tem o formato 
nome_do_utilizador@nome_do_computador. Daí que um primeiro 
comando útil seja o pwd (present working directory).
Listar o conteúdo de um directório 
O comando usado para ver o conteúdo de um directório é o Is (list). 
ls 
Sintaxe 
ls [opções] [nomes] 
Opções: 
-l — listagem longa, que mostra vários detalhes sobre os ficheiros e os 
subdirectórios; 
-a — mostra todos (all) os ficheiros, até os escondidos, cujos nomes começam 
normalmente por um ponto; 
--color — coloca cores nos nomes dos ficheiros para distinguir mais facilmente os 
diferentes tipos - é uma opção desnecessária em muitas distribuições, que já o 
fazem por defeito; 
-f — listagem apenas pela ordem pela qual estão armazenados os objectos no 
directório; 
-p — marca os nomes dos directórios colocando uma / à frente do seu nome; 
-r — inverte a ordem da ordenação; 
-t — lista por ordem cronológica de criação/modificação dos objectos; 
-u — lista por ordem cronológica do último acesso; 
-R — lista também os conteúdos dos subdirectórios; 
-S — ordena por tamanhos dos objectos. 
NOTA: Na sintaxe, nomes pode indicar nomes de ficheiros ou de directórios.
Para obter uma listagem detalhada do conteúdo do directório actual, 
basta escrever: 
ls -l 
Para obter uma listagem detalhada de um directório Jogos que 
esteja situado sob o directório home, podemos escrever: 
Is -I ~/Jogos 
E se esse directório possuir subdirectórios cujo conteúdo também 
queremos listar, escrevemos: 
Is -I -R ~/Jogos 
ou 
Is -IR ~/Jogos 
Para obtermos informação detalhada sobre um ficheiro carta1 
que está no directório actual, escrevemos: 
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Organização de informação e sistemas de ficheiros no UNIX e Linux

  • 1.
  • 2. Núcleo e filosofia UNIX Conceitos básicos O UNIX é um sistema operativo com uma enorme importância na história da Informática. Não é lá muito amigável no sentido que a palavra tem hoje, já que de raiz não possui uma interface gráfica, mas é muito rápido e robusto. Serve de base a muitos outros sistemas operativos actuais, nomeadamente os da série OS X da Apple, para os seus Macintosh, que já possuem uma interface bem agradável .
  • 3. Características do Linux O Linux é um SO multitarefa e multiutilizador Funciona sem conflitos no mesmo computador com outros SO, suporta nomes extensos de ficheiros e directórios (255 caracteres) e permite conectividade com outras plataformas como Apple, Sun, Macintosh... O GNU/LINUX carrega para a memória o que é usado durante o processamento, libertando-a totalmente assim que o programa/dispositivo termina; Funciona razoavelmente em computadores de baixas capacidades;
  • 4. Características do Linux Acede sem problemas a discos formatados pelo Dos, Windows, NTFS, Mac,... Não são conhecidos vírus no Linux. O Linux permite executar aplicações DOS através do DOSEMU e do Windows através do WINE. Suporta vários tipos de dispositivos, nomeadamente infravermelhos, wireless, dispositivos Plug-and-play, USB...
  • 5. Características do Linux O sistema de ficheiros usado pelo Gnu/Linux (Ext3) organiza os ficheiros sob forma de evitar a fragmentação. Permite a montagem de um Servidor Web, e-mail... com baixo custo e alta performance. O Apache e SendMail são distribuídos gratuitamente com o Linux. Possui vários tipos de Firewalls de alta qualidade de grande segurança. Pode atender a mais de um endereço IP na mesma placa de rede sendo útil para manutenção de servidores. Não é necessária uma licença para sua utilização;
  • 6. Sistemas de ficheiros Para que os utilizadores possam usar os sistemas UNIX, como quaisquer sistemas computacionais geridos por outros sistemas operativos, é necessário que eles tenham acesso ao que está guardado nos discos e outras memórias auxiliares. É por isso que existem os chamados sistemas de ficheiros, para organizar e permitir não só o acesso aos ficheiros lá guardados, como também a criação de novos ficheiros. Sistemas de ficheiros Um sistema de ficheiros é um método para armazenar e organizar os ficheiros e os dados neles contidos, assim como gerir o acesso a eles.
  • 7. Sistemas de ficheiros No UNIX, tal como no Microsoft Windows e no MS-DOS, os ficheiros são colocados em directórios que estão também organizados num sistema em árvore, com um directório-raiz e todos os outros sob ele. Mas há várias diferenças entre os sistemas de ficheiros do Microsoft Windows e do UNIX, nomeadamente, a organização. Por exemplo, no UNIX, a colocação de um directório na árvore depende do seu conteúdo, sendo o UNIX muito rigoroso nessa regra, ao contrário do Microsoft Windows, que sugere que os programas sejam instalados na pasta Programas, mas não o obriga! Daqui a pouco, quando abordarmos o sistema operativo Linux — que, de certa forma, deriva do UNIX — trataremos com muito mais profundidade estas questões dos sistemas de ficheiros.
  • 8.
  • 9. A organização da informação Para utilizarmos qualquer sistema operativo, é fundamental conhecermos o(s) seu(s) sistemas de ficheiros para que possamos manipular objectos como ficheiros e pastas. É disso que vamos tratar a seguir. Volumes de informação, directórios, pastas e ficheiros O Linux segue de muito perto a filosofia do UNIX em termos de sistemas de ficheiros. É uma boa ideia, já que, por exemplo, esses sistemas de ficheiros dispensam o uso de um programa desfragmentador de disco como os usados nos sistemas de ficheiros do Microsoft Windows.
  • 10. Partição Uma partição é uma secção independente de um disco rígido. Isto é, podemos dividir um disco em várias partições: as secções podem ser independentes, ao ponto de terem diferentes sistemas operativos lá instalados.
  • 11. Na instalação, as partições criadas devem ser então formatadas com um determinado sistema de ficheiros. Podes escolher entre vários, mas os mais populares são estes: ufs (Unix File System) — sistema de ficheiros do UNIX, não compatível para efeitos de troca de ficheiros com outros sistemas operativos, nomeadamente o Windows. Não aconselhável. Linux Second Extended File system (ext2 ou ext3) — sistemas de ficheiros inspirados no ufs, em que a versão 2 é um melhoramento em termos de performance relativamente à ext original (foi implementado pela primeira vez na versão 0.96c, em 1994) e a versão 3 contém melhoramentos a nível de segurança da recuperação de dados em casos de ava-rias por perda de corrente eléctrica ou outra. É o sistema de ficheiros mais comum.
  • 12. reiserfs — uma alternativa ao ext2 que traz algumas grandes vantagens, mas pode trazer problemas de compatibilidade na interligação de sistemas. As vantagens relativamente ao ext2 estão na melhor gestão do espaço em disco, melhor performance do disco e maior garantia de segurança na recuperação de dados em caso de desastre. reiser4 — uma versão bastante melhorada do reiserfs, em que a principal diferença consiste em ser possível definir diferentes permissões de acesso para diferentes partes do mesmo ficheiro! HFS+ (hfsplus) — sistema de ficheiros para o Mac OS X, sistema operativo dos Apple Macintosh baseado no Linux. É mais rápido do que os anteriores, já que organiza internamente os dados em forma de árvores binárias. Mas é compatível com eles.
  • 13.
  • 14. O Linux usa um sistema de ficheiros hierárquico, em árvore, começando pelo directório-raiz (root) designado por uma barra / (ao contrário do MS-DOS e do Windows) e com vários directórios sob ele. Um desses directórios é o dev, que contém outros directórios correspondentes a dispositivos físicos (physical devices, daí o nome) como as unidades de memória auxiliar.
  • 15. Em Linux, então, é assim: As unidades de disco IDE/ATA são designadas por /dev/hda, /dev/hdb, /dev/hdc, etc. As unidades de disco SCSI são designadas por /dev/sda, /dev/sdb, /dev/sdc, etc. A criação de partições pode obrigar à criação de novas unidades; por exemplo, três partições criadas no disco principal, levam às unidades /dev/hda1, /dev/hda2, /dev/hda3. Para aceder a uma unidade de memória auxiliar é necessário montá-la ou, mais rigorosamente, criar um ponto de montagem. Isso equivale a emitir um comando que crie um directório, sob o directório /mnt, que seja associado à unidade de memória em causa.
  • 16. Ponto de Montagem Directório, normalmente colocado sob o directório /mnt (ou /media, se se tratar de um dispositivo amovível como um CD ou uma pendrive) de uma estrutura de directórios em Linux, associado a uma unidade de memória auxiliar, como uma partição de um disco rígido, uma disquete ou um DVD. Assim, quando, por exemplo, copiamos ficheiros para uma disquete, devemos indicar como destino o directório que corresponde à disquete - o seu ponto de montagem -, que se poderá chamar, por exemplo /media/floppy. Um pouco estranho, de facto, mas é por razões de segurança, já que quem determina quais as associações entre pastas e unidades é o administrador e também só ele pode acabar com essas associações quando entender).
  • 17. A estrutura base de directórios
  • 18. / - o directório-raiz; o início da árvore de directórios do sistema. Só deverá conter subdirectórios e nenhum ficheiro. Não o confundas com o utilizador root - administrador do sistema - nem com o directório home deste utilizador! /boot - directório onde o Linux guarda ficheiros para o arranque e o seu kernel. Se listares o seu conteúdo, verás um ficheiro chamado vmlinuz, que é justamente o seu kernel.
  • 19. /etc - contém ficheiros de configuração, sendo a maior parte deles ficheiros de texto. Irás usá-lo muitas vezes nas aulas. /etc/inittab - ficheiro que determina os processos que se iniciam automaticamente no arranque do sistema. /etc/fstab - ficheiro que contém as informações sobre os volumes de memória auxiliar, seus pontos de montagem, etc. É muito importante que te lembres dele. /etc/passwd - ficheiro que contém informação sobre todas as contas de todos os utilizadores. As palavras-passe estão encriptadas e nunca são acessíveis... /bin, /usr/bin - contém os ficheiros executáveis (binários, na linguagem corrente dos técnicos) do sistema. No directório /bin estão mais os utilitários para uso do próprio sistema e no /usr/bin os utilitários à disposição dos utilizadores, mas esta não é uma regra rígida.
  • 20. /usr - muito material para os utilizadores; tanto, que muitas pessoas o colocam numa partição à parte das outras. /usr/doc - documentação sobre as várias aplicações disponíveis. /usr/share - ficheiros de configuração, imagens e demais material comum a todos os utilizadores. /usr/include - ficheiros header (.h) para os programas em C. /usr/X11R6 - ficheiros do sistema gráfico X-Window que suporta os ambientes gráficos como o próprio X-Window, o KDE ou o Gnome. /usr/local - aplicações destinadas apenas a uso local, isto é, no próprio computador.
  • 21. /Iib - livrarias para as várias aplicações, semelhantes às DLL do Microsoft Windows. /home - directório onde estão todos os directórios home dos utilizadores. É assim como que o Documents and Settings do Windows XP. /root - o directório home do utilizador root, o administrador ou super utilizador do sistema. /var - contém ficheiros cujo conteúdo varia enquanto o sistema está a ser utilizado. /tmp - directório para ficheiros temporários. O Microsoft Windows também tem. .
  • 22. /dev - já referido antes, é o directório dos ficheiros e directórios correspondentes a dispositivos físicos. A ideia é que seja possível facilitar tarefas como imprimir, copiando os ficheiros a imprimir para o directório correspondente à impressora, tal como se faz para outro directório qualquer. /media - directório dos pontos de montagem, tal como foi explicado antes e que aprenderás a usar mais adiante. /mnt - directório dos pontos de montagem, tal como foi explicado antes e que aprenderás a usar mais adiante. /proc - é um directório virtual e contém informações sobre os processos em execução em cada instante. /lost+found - directório que guarda ficheiros perdidos, por exemplo, após o crash do sistema para que possam se recuperados
  • 23. Comandos UNIX/Linux Opções dos comandos Muitos dos comandos em Linux possuem várias opções, o que torna a sua sintaxe complicada. É normal, quando há tantas pessoas a sugerir-lhes melhorias. Mas muitas dessas opções quase não são usadas. Por isso, nos quadros abaixo, mostraremos apenas as opções mais comuns da maioria dos comandos.
  • 24. No entanto, porque há uma grande vontade por parte dos distribuidores de Linux de que todas as tarefas sejam possíveis a partir das interfaces gráficas iremos, a título de exemplo, mostrar sempre a alternativa ao comando na interface KDE. De qualquer modo, para praticares os comandos a partir da interface gráfica, podes sem-pre invocar uma janela de terminal onde podes trabalhar em bash (bourne again shell), uma das linguagens de comandos usadas nos sistemas Linux.
  • 25.
  • 26. Ajuda com sintaxe? Para obteres ajuda com a sintaxe de um comando e a explicação do que ele faz, podes usar qualquer um destes três comandos: man [-k] [comando] info [comando] help [-s] [comando] em que as opções são: -s - restringe a informação mostrada a uma simples sinopse do modo de usar o comando; -k - procura pela descrição do comando e não pelo seu nome.
  • 27. Iniciar e terminar sessões Iniciar sessão No início de uma sessão - quer em modo gráfico quer em modo texto -, é-nos sempre pedido o nome de utilizador (login:) e a palavra-passe (password:) para iniciarmos sessão. Se pretenderes terminar a tua sessão e iniciar sessão com outro utilizador, podes usar o comando login. login Sintaxe login [nomelopção] Se não indicares o novo nome de utilizador, ele ser-te-á pedido, assim como a palavra-passe.
  • 28. Iniciar temporariamente como outro utilizador Podes ainda trabalhar temporariamente como outro utilizador, sem terminares a tua sessão, o que é muito útil quando iniciamos sessão com uma conta de um utilizador comum, mas precisamos temporariamente de trabalhar como root para poder efectuar alguma tarefa que só esta conta permite. E não é preciso entrar na cabina telefónica para fazer a transformação em superutilizador - basta usar o comando apropriado: su (substitute user).
  • 29. su Sintaxe su [opção][utilizador] Opções: -l ("I" de logín): inicia nova sessão de forma completa, mudando as variáveis de ambiente de trabalho, etc.; -p ("p" de preserva): preserva o ambiente de trabalho actual, não mudando para o do novo utilizador. Nota 1: Se não indicares o nome do utilizador, o Linux assume que é o utilizador root. Nota 2: Usa a combinação de teclas [Ctrl] [D] para terminar esta sessão temporária.
  • 30. Exemplo: Iniciar uma sessão temporária como root para poder alterar um ficheiro que só este tem per-missão para alterar, escrevemos: su root
  • 31. Terminar sessão Para terminar sessão, desligando ou não o computador, há várias formas, nomeadamente: - a sequência de teclas [Ctrl] [D] funciona para apenas terminar sessão e permitir a outro utilizador que inicie a sua a seguir - é a forma mais fácil de terminar sessão; - o comando logout.
  • 32. Desligar o computador O comando shutdown, que termina todos os processos em curso no sistema - pode ser executado por utilizadores privilegiados, como o root Shutdown Sintaxe shutdown [opções] when [mensagem] Opções: -c ("c" de cancel): cancela um shutdown que esteja a decorrer; -h ("h" de holt): pára o sistema quando o shutdown termina; -r ("r" de restart): reinicia o sistema no fim do shutdown; -t segundos ("t" de time): faz uma pausa antes de começar a executar o comando.
  • 33. Exemplos: Fazer o shutdown imediato. Escrevemos: shutdown -h now Reiniciar o sistema de imediato. Escrevemos: shutdown - r now Fazer o shutdown às 20:00. Escrevemos: shutdown -h 20:00 Fazer o shutdown daqui a 10 minutos. Escrevemos: Shutdown -h +10
  • 34. Quem está online? Em sistemas multiutilizador, às vezes, é útil saber quem está online, ou seja, com sessão iniciada. Há um comando que o diz: who who / who am i Sintaxe who [opções] [ficheiro] Opções am í Mostra o nome de utilizador do utilizador actual. É útil quando se usa o comando su; m ("m" de me, "eu") mesmo que am i; q ("q" de quick) mostra o número de utilizadores e a lista dos seus nomes de utilizador.
  • 35. Mudar a palavra-passe Qualquer utilizador pode mudar a sua palavra-passe quando bem o entender. Basta usar o comando passwd. Passwd Sintaxe passwd [utilizador] Porque é possível a utilizadores privilegiados como o root modificar a palavra-passe de outro utilizador, o comando possui a opção de indicar o nome de utilizador de quem se pretende mudar a palavra-passe
  • 36. Manipulação do sistema de ficheiros Volumes de informação Formatação A formatação, entendida como a criação de um sistema de ficheiros num volume de memória auxiliar, pode ser feita sobre uma unidade amovível, como uma disquete, ou sobre uma partição de um disco. Assim, para formatar um dispositivo físico amovível, como uma disquete ou uma pendrive, o comando devido é o que cria nele um sistema de ficheiros - o mkfs. Já o processo de criação de uma partição passa por duas fases: primeira: usar o comando fdisk para criar a(s) partição(ões) desejada(s) no volume; segunda: usar o comando mkfs para formatá-la com um determinado sistema de ficheiros.
  • 37. fdisk Sintaxe fdisk [-u] dispositivo fdisk -I [-u] dispositivo... fdisk -s partição... fdisk -v Opções: -u ao listar tabelas de partições, dá o seu tamanho em sectores e não em cilindros; -l lista as tabelas da partição para /dev/hd[a-d], /dev/sd[a-h], /dev/ed[a-d] e sai; -s partição é mostrado o tamanho da partição em blocos; -v mostra a versão do fdisk que está a ser usada.
  • 38. mkfs Sintaxe mkfs [-V] [-t tipodesf] [fs-opções] sistdefich [blocos] Opções: -V - opção verbose para mostrar todas operações que vão sendo efectuadas durante a formatação; -t - permite indicar o sistema de ficheiros que se pretende criar na unidade; se não indicado, é assumido o ext2; fs-opções - opções específicas do sistema de ficheiros escolhido; sistdefich - dispositivo a formatar; blocos - número de blocos de 1024 bytes. Existem variantes deste comando para cada um dos sistemas de ficheiros, como mkfs.ext2, mkfs.ext3, mkfs.msdos, etc.
  • 39. O exemplo seguinte descreve a criação de uma única partição num segundo disco ligado no canal primário IDE, formatada com o sistema ext3. O disco corresponderá à unidade /dev/hdb e, porque terá uma única partição, será a /dev/hdb1. Passo 1: criação da partição [root@Iinux etc]# fdisk /dev/hdb Device contains neither a valid DOS partition table, nor Sun, SGI or OSF disklabel. Building a new DOS disklabel. Changes will remain in memory only, until you decide to write them. After that, of course, the previous content won't be recoverable.
  • 40. The number of cylinders for this disk is set to 4865. There ís nothing wrong with that, but this is larger than 1024, and could in certain setups cause problems with: 1) software that runs at boot time (e.g., old versions of LILO) 2) booting and partitioning software from other OSs (e.g., DOS FDISK, OS/2 FDISK) Command (m for help): n Command action e extended p primary partition (1-4) P Partition number (1-4): 1 First cylinder (1-4865, default 1): 1 Last cylinder or +size or +sízeM or +sizeK (1-4865, default 4865): 4865 Command (m for help): t Partition number (1-4): 1 Hex code (type L to Iist codes): 83 Command (m for help): w The partition table has been altered! Calling ioctlO to re-read partition table. Syncing disks.
  • 41. Passo 2: criação do sistema de ficheiros [root@Iinux2 root]# mkfs -t ext3 /dev/hdb1 Formatar uma disquete Tudo o que pretendes fazer é formatar uma disquete? Então só tens que usar o comando: mkfs.msdos idev/fd0 ou mkfs.ext2 /fd0 conforme pretendas a disquete formatada para MS-DOS ou para Linux. A primeira poderá ser usada num sistema Windows.
  • 42. Montar/desmontar uma unidade Para montar uma unidade, usamos o comando mount. Ele é indispensável nas unidades de memória amovíveis, como CD, DVD, pendrives, etc. Para a desmontar - operação obrigatória antes de remover a unidade -, usamos o comando umount. Mount Sintaxe mount [opções][dispositivo] ponto_de_montagem Opções: -a monta todos os pontos definidos no ficheiro /etc/fstab; não deve ser usado com mais parâmetros, apenas mount -a; -o opção opção pode ser async, auto, defaults, dev, exec, noauto, nodev, noexec, nosuici, nouser, remount, ro, rw, suid, sync, user.
  • 43. umount Sintaxe: umount ponto_de_montagem I dispositivo Nota: Na sintaxe de um comando, o símbolo "I" significa "ou".
  • 44. Por exemplo, para montar uma disquete, usamos /dev/fd0, que é o directório associado ao primeiro drive de disquetes, e /mnt/floppy, que é um ponto de montagem que já costuma vir criado com as distribuições de Linux: $ mount /dev/fd0 /mnt/floppy Mas podes criar outro directório para ser ponto de montagem, como /mnt/disquete Para desmontá-lo, podes optar pelo dispositivo ou pelo ponto de montagem: $ umount /mnt/floppy ou $ umount /dev/fd0
  • 45. O ficheiro /etc/fstab Relembrando, o directório /etc guarda ficheiros de configuração, nomeadamente o fstab (file systems table), que guarda informações sobre todas as partições, volumes de memória auxiliar e pontos de montagem existentes no sistema. Um exemplo? 1 2 3 4 5 /dev/hda2 / ext2 defaults 1 1 /dev/hdb1 /home ext2 defaults 1 2 /dev/cdrom /media/cdrom auto ro, noauto, user, exec 0 0 /dev/fd0 /media/floppy auto rw, noauto, user, sync 0 0 proc /proc proc defaults 0 0 /dev/hda1 swap swap pri=42 0 0
  • 46. O que significam as colunas? 1 Nomes dos dispositivos. 2 Nomes dos pontos de montagem por defeito. São os directórios onde os dispositivos são montados por defeito, ou automaticamente, pelo sistema operativo, ou se, no comando mount, não for indicado o ponto de montagem, mas apenas o dispositivo a montar.
  • 47. 3 Sistema de ficheiros. O tipo auto significa que depende do sistema de ficheiros que estiver instalado no meio que for inserido, como acontece com as disquetes, com os CD, DVD, etc. O tipo swap é usado para a partição da memória virtual. Dos outros já falámos antes. Pode acontecer que, se tiveres alguma versão do Microsoft Windows instalada no teu computador, te surjam volumes com os sistemas VFAT ou NTFS, em que o primeiro foi usado nas versões até à 98 e o segundo, como saberás, na versão 2000 e posteriores ATENÇÂO!! O Linux, dependentemente da versão do kernel, pode permitir ou não a escrita em volumes NTFS. Em fins de 2005, apenas a última versão o permitia. De qualquer modo, recomendamos que não tentes escrever nada numa partição NTFS, mas apenas VFAT, não vá "o diabo tecê-las"...
  • 48. 4 Opções de montagem. São elas: auto / noauto - com a opção auto, o dispositivo é automaticamente montado no arranque do sistema; com a opção noauto, ele tem de ser montado explicitamente; user/nouser - a opção user define que este dispositivo pode ser montado por qualquer utilizador; a opção nouser define que apenas o utilizador root o pode montar; exec/noexec - opção que indica se é permitido (exec) ou não (noexec) executar ficheiros existentes nesse dispositivo; a opção noexec é conveniente para partições que contenham executáveis de outros sistemas operativos; ro - opção que apenas permite a leitura do conteúdo da unidade (read only);
  • 49. rw - opção que permite a leitura e a escrita na unidade (read / write); sync/async - a opção sync - ideal para dispositivos removíveis, como disquetes e pendrives - escreve na unidade ao mesmo tempo que escreve no directório do ponto de montagem (por exemplo, ao copiar um ficheiro para o directório de ponto de montagem da disquete, o ficheiro é, ao mesmo tempo - em sincronismo - escrito na disquete); a opção async significa que a escrita na unidade pode ser feita mais tarde; ·defaults - assume as opções por defeito: rw, dev, exec, auto, nouser, async Naturalmente que este ficheiro pode ser editado pelo utilizador root. Aprenderás daqui a pouco como editar ficheiros de texto.
  • 50. Informação sobre os espaços ocupado e livre Existem comandos que nos permitem obter informações sobre os espaços ocupado e livre de uma unidade, respectivamente o du (disk usage) e o df (disk free). O du mostra o espaço ocupado por um ou mais directórios ou, sem argumentos, o espaço ocupado na unidade em blocos de 1 KB contados como 1024 bytes. du Sintaxe du [opções][directórios] -a - ("a" de ali) — mostra o espaço ocupado por todos os ficheiros do directório actual ou do(s) especificado(s); -b - ("b" de bytes) — mostra o espaço ocupado em bytes e não em blocos de 1 KB, que é a opção por defeito; -c - mostra o total global, para além dos parciais.
  • 51. O comando df fornece um relatório sobre espaço livre em blocos de 1 KB. Se nada for indicado, é dada informação sobre todos os volumes montados. Os nomes que podem ser indicados podem ser de um ou mais dispositivos (por exemplo, /dev/hda1), o nome de um directório de um ponto de montagem (por exemplo /media/floppy) ou o nome de um directório. Neste último caso, o relatório do espaço livre é sobre o volume onde o directório está. df Sintaxe df [opções][nomes]
  • 52. Directórios Nesta secção abordaremos os directórios e os comandos com eles associados. Mas, antes disso, uma noção fundamental: a de caminho. Maiúsculas e minúsculas O Linux, como o UNIX, é sensível a maiúsculas e a minúsculas em tudo, desde os comandos aos nomes de utilizadores, passando pelos ficheiros e directórios. A grande maioria dos utilizadores inicia os nomes dos directórios por maiúsculas e os dos ficheiros por minúsculas
  • 53. Caminhos absolutos e relativos Para qualquer comando relacionado com directórios e ficheiros, há noções muito importantes: primeira, a de caminho (path); segunda, a distinção entre caminhos absolutos e caminhos relativos. Os sistemas de ficheiros do Linux, tal como os do UNIX e de muitos outros sistemas operativos, funcionam com base nos directórios estruturados em árvore. Um caminho é como que uma descrição de que caminho seguir para chegar a um determinado directório na árvore, indicando, se necessário, por que directórios passar. Vamos ver alguns exemplos, mas, antes disso, fica já com alguns símbolos especiais que vão ser muito úteis:
  • 54. Símbolo Significado / O directório-raiz, se colocado no início de um caminho. Um separador, se colocado entre dois directórios ou entre um directório e um ficheiro, significando "debaixo de" ou "sob". Exemplo: /home/paulo. . O directório actual. Alguns comandos exigem a designação expressa do directório actual e aí podemos usar o ponto. .. O directório acima do actual. Numa estrutura em árvore, qualquer directório, excepto o raiz, tem apenas um directório acima dele que pode ser designado pelos dois pontos. ~ O teu directório home, designado também de forma abreviada. Ou seja, - é equivalente a /home/eu.
  • 55. Referências Nos caminhos em Linux, há sempre dois directórios que não podem nem são confundidos com outros e servem sempre de referência: o raiz ( / ) e o directório home ( ~) de cada utilizador. Por mais longe que estejamos de qualquer um deles, chegamos lá muito rapidamente ao indicar os seus símbolos.
  • 56. Saber qual é o directório actual A primeira coisa de que deves lembrar-te é que inicias sessão no teu directório home, que, em princípio, deverá ser /home/teu_nome_de_utilizador. O Linux, ao contrário do MS-DOS, não tem por hábito mostrar no prompt o directório actual; normalmente, ele tem o formato nome_do_utilizador@nome_do_computador. Daí que um primeiro comando útil seja o pwd (present working directory).
  • 57. Listar o conteúdo de um directório O comando usado para ver o conteúdo de um directório é o Is (list). ls Sintaxe ls [opções] [nomes] Opções: -l — listagem longa, que mostra vários detalhes sobre os ficheiros e os subdirectórios; -a — mostra todos (all) os ficheiros, até os escondidos, cujos nomes começam normalmente por um ponto; --color — coloca cores nos nomes dos ficheiros para distinguir mais facilmente os diferentes tipos - é uma opção desnecessária em muitas distribuições, que já o fazem por defeito; -f — listagem apenas pela ordem pela qual estão armazenados os objectos no directório; -p — marca os nomes dos directórios colocando uma / à frente do seu nome; -r — inverte a ordem da ordenação; -t — lista por ordem cronológica de criação/modificação dos objectos; -u — lista por ordem cronológica do último acesso; -R — lista também os conteúdos dos subdirectórios; -S — ordena por tamanhos dos objectos. NOTA: Na sintaxe, nomes pode indicar nomes de ficheiros ou de directórios.
  • 58. Para obter uma listagem detalhada do conteúdo do directório actual, basta escrever: ls -l Para obter uma listagem detalhada de um directório Jogos que esteja situado sob o directório home, podemos escrever: Is -I ~/Jogos E se esse directório possuir subdirectórios cujo conteúdo também queremos listar, escrevemos: Is -I -R ~/Jogos ou Is -IR ~/Jogos Para obtermos informação detalhada sobre um ficheiro carta1 que está no directório actual, escrevemos: Is -I carta1