O documento discute as divisões regionais tradicionais do Brasil realizadas pelo IBGE desde 1913. Inicialmente baseadas em critérios físicos como relevo e vegetação, as divisões passaram a considerar também características humanas e econômicas. Atualmente, o Brasil é dividido em 5 grandes regiões com características comuns que facilitam o estudo e a coleta de dados sobre o país.
1. REGIONALIZAÇÕES
BRASILEIRAS
O Brasil é o maior país da América do Sul. De acordo com dados de
1999, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua área
é de 8.547.403,5 quilômetros quadrados. Apenas quatro países no
mundo inteiro -- Rússia, Canadá, China e Estados Unidos -- têm
território maior do que o brasileiro. Dividir o Brasil em regiões facilita o
ensino de geografia e a pesquisa, coleta e organização de dados sobre
o país, o seu número de habitantes e a idade média da população.
A razão é simples: os estados que formam uma grande região não são
escolhidos ao acaso. Eles têm características semelhantes. As
primeiras divisões regionais propostas para o país, por exemplo, eram
baseadas apenas nos aspectos físicos -- ou seja, ligados à natureza,
como clima, vegetação e relevo. Mas logo se começou a levar em conta
também as características humanas -- isto é, as que resultam da ação
do homem, como atividades econômicas e o modo de vida da
população, para definir quais estados fariam parte de cada região.
2. REGIONALIZAÇÕES
BRASILEIRAS Então, se os estados de uma
região brasileira têm muito em
comum, o que é mais útil: estudá-
los separadamente ou em
conjunto? Claro que a segunda
opção é melhor. Para a pesquisa,
coleta e organização de dados,
também. Assim é possível
comparar informações de uma
região com as de outra e notar as
diferenças entre elas. Dessa
forma, por exemplo, os
governantes podem saber em
qual região há mais crianças fora
da escola. E investir nela para
resolver o problema.
3. REGIONALIZAÇÕES
BRASILEIRAS
Pequeno retrato das grandes regiões
Atualmente, o Brasil tem 26 estados e um Distrito Federal distribuídos em cinco
grandes regiões. E você já sabe que para fazer parte de uma mesma região os estados
precisam apresentar características comuns. Na região Norte, Acre, Amazonas, Amapá,
Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins têm em comum o fato de serem, em sua maior
parte, cobertos pela Floresta Amazônica. Grande parte da população vive na beira de
rios e a atividade econômica que predomina é a extração vegetal e de minerais, como o
ferro, a bauxita e o ouro. Já os estados da região Sudeste -- Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo -- são os que mais geram riquezas para o país,
reunindo a maior população e produção industrial. Na região Centro-Oeste, a vegetação
predominante é o cerrado, que está sendo ocupado por plantações de soja e pela
criação de gado. Na região Nordeste, o clima que predomina no interior é o semi-árido,
embora no litoral, onde as principais atividades econômicas são o cultivo de cana-de-
açúcar e de cacau, o clima seja mais úmido. Na região Sul -- que apresenta o clima
mais frio do país --, destaca-se o cultivo de frutas, como uva, maçã e pêssego, além da
criação de suínos e de aves.
4. REGIONALIZAÇÕES
BRASILEIRAS Divisão
Regional
TRADICIONAL
do IBGE
1988
•Divide o país em 5
Regiões;
• Basea-se no conceito de
Macrorregiões ou Regiões
Naturais; e
• Respeita os limites
Estaduais.
5. Brasil dividido =
pequenos 'brasis'
A primeira divisão do território do
Brasil em grandes regiões foi
proposta em 1913, para ser usada no
ensino de geografia. Os critérios
usados para fazê-la foram físicos:
levou-se em consideração o relevo, o
clima e a vegetação, por exemplo.
Não foi à toa! Na época, a natureza
era considerada duradoura e as
atividades humanas, mutáveis.
Considerava-se que a divisão
regional deveria ser baseada em
critérios que resistissem por bastante
tempo. Observe o mapa e veja que
interessante:
7. Em 1936, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) foi criado.
E começou uma campanha para adotar
uma divisão regional oficial para o Brasil.
Em 1942, o arquipélago de
Fernando de Noronha foi
transformado em território e
incluído na região
Nordeste. Em 1943, foram
fundados os territórios de
Guaporé, Rio Branco e
Amapá -- todos parte da
região Norte --, o território
de Iguaçu foi anexado à
região Sul e o de Ponta
Porã, colocado na região
Centro-Oeste.
13. A macrorregião da Amazônia abrange praticamente todos os
Estados com cobertura vegetal amazônica. Nas últimas décadas
o Norte, como um todo, vem sofrendo grandes alterações em sua
paisagem natural. Essa região ainda é pouco povoada e a
atividade industrial é restritamente desenvolvida, de uma forma
geral todos os Estados que compõe a macrorregião são
desprovidos de infra-estrutura e serviços sociais, como acesso à
educação, saúde, segurança, emprego, transportes e muitos
outros, até por que nessas áreas há uma enorme ausência do
estado, e muitas vezes, como no Pará, o poder é centrado nas
mãos de grandes fazendeiros e madeireiros que agem segundo
os seus interesses, por conta própria e na base da força.
A ocupação sem planejamento e presença do Estado contribui
para o surgimento de impactos profundos no ambiente, no qual os
principais agentes de devastação são a extração de madeira,
extração de minérios como o garimpo e principalmente a
crescente expansão de áreas agrícolas e pastoris.
14. No Nordeste o clima, em grande parte, é composto pelo
clima semi-árido, principalmente no sertão e no agreste.
Essa foi uma das áreas mais exploradas no período
colonial, pois o nordeste do Brasil foi explorado durante
muito tempo com destaque para a produção do açúcar
utilizando de mão-de-obra escrava, os fatores coloniais
geraram uma herança marcada por sérios problemas
estruturais, econômicos. As concentrações de terras e a
hegemonia da elite no poder foram alguns dos fatores
da elevada desigualdade social.
Apesar das adversidades a partir dos anos 80 as
principais cidades nordestinas (Salvador, Recife e
Fortaleza) e outras micro-regiões conseguiram se elevar
economicamente, destacando os setores do turismo,
indústria e agricultura de precisão.
15. A região Centro-Sul, de todas as macrorregiões, é a mais
desenvolvida, não só economicamente, mas também em
indicadores sociais (saúde, educação, renda, mortalidade
infantil, analfabetismo entre outros).
Apresenta uma economia dinâmica e diversificada em
atividades, que varia desde a indústria de base até
tecnologia de ponta, grande parte das indústrias está
estabelecida nesse complexo, a malha urbana é complexa e
interdependente, a agropecuária em geral apresenta
elevado índice tecnológico, além de contar com um grande
setor terciário (prestação de serviços, mercado varejista,
etc.), infra-estrutura de transportes superior às demais áreas
e um amplo sistema de telecomunicação (emissoras de TV,
telefone fixo e móvel, internet, entre outros).