3. QUEM JÁ NÃO OUVIU OS DIZERES:
““Não adianta nada separar, dentro do caminhão eles
misturam tudo.”
“Você acha que com isso vai salvar o planeta?.”
“Não tenho tempo para ficar separando lixo.”
4.
5.
6. O “lixo” é uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências,
dentre eles, o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências.
O lixo faz parte da história do homem, já que sua produção é inevitável
Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias
epidemias e causando a morte de milhões de pessoas.
A partir da Revolução Industrial iniciou-se o processo de urbanização, provocando um
êxodo do homem do campo para as cidades. Observou-se assim um vertiginoso
crescimento populacional, favorecido também pelo avanço da medicina e conseqüente
aumento da expectativa de vida. A partir de então, os impactos ambientais passaram a
ter um grau de magnitude alto, devido aos mais diversos tipos de poluição, dentre eles
a poluição gerada pelo lixo.
O fato é que o lixo passou a ser encarado como um problema, o qual deveria ser
combatido e escondido da população. A solução para o lixo naquele momento não foi
encarada como algo complexo, pois bastava simplesmente afastá-lo, descartando-o em
áreas mais distantes dos centros urbanos, denominados lixões
(Fadini et al., 2001).
7. Coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais
que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte
geradora.
Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de
papéis, plásticos, metais e vidros.
A separação na fonte evita a contaminação dos materiais
reaproveitáveis, aumentando o valor agregado destes e diminuindo os
custos de reciclagem.
Para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar,
quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos
gerados em determinado município ou localidade, a fim de estruturar
melhor o processo de coleta.
8.
9. Os resíduos sólidos domésticos, comerciais, industriais e das operações
agrícolas, apresentam cada vez mais papéis, plásticos, vidros, um sem
número de tipos de embalagens. Todo este material cria crescentes
problemas de coleta, despejo e tratamento. Seus depósitos constituem-se
muitas vezes em foco de crescimento de mosquitos e roedores. Podem até
reduzir o valor dos terrenos sobre os quais se acumulam. Todo esse
material contribui enormemente para a deterioração do ambiente humano
(Tommasi, 1976).
Os resíduos gerados por aglomerações urbanas e, também, por processos
produtivos constituem um grande problema, tanto pela quantidade quanto
pela toxicidade de tais rejeitos.
10. O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de
nosso tempo. Seu volume principalmente nos grandes centros urbanos
é enorme e vem aumentando intensa e progressivamente, atingindo
quantidades impressionantes. Na maior parte dos municípios
brasileiros (cerca de 76% deles), o lixo é simplesmente jogado no solo,
sem qualquer cuidado, formando os lixões, altamente prejudiciais à
saúde pública.
11.
12. As conseqüências da disposição inadequada do lixo no meio
ambiente são a proliferação de vetores de doenças, a contaminação de
lençóis subterrâneos e do solo pelo chorume (líquido escuro, altamente
tóxico, formado na decomposição dos resíduos orgânicos do lixo) e a
poluição do ar, causada pela fumaça proveniente da queima espontânea
do lixo exposto.
Dentro desse quadro, a coleta seletiva de lixo aparece não como a
solução final, mas como uma das possibilidades de redução do
problema.
13. Nosso lixo é composto por diversos tipos de material, grande parte
reaproveitável. A Coleta seletiva consiste na separação de tudo o que
pode ser reaproveitado, enviando-se esse material para reciclagem.
Quando misturamos nossos lixos inviabilizamos o reaproveitamento e a
reciclagem destas matérias-primas, pois estando contaminados os
materiais que acabam sendo jogados em lixões ou enterrados nos
poucos aterros sanitários.
Segundo o conceito de sustentabilidade ambiental, nossas riquezas
naturais devem ser preservadas para sobrevivência do planeta.
Algo a ser pensado!
14. Separar é o processo que antecede o ato de reciclar. A coleta
seletiva retira do lixo materiais que podem ser reaproveitados
ou reciclados. Reciclar consiste em transformar o material já
utilizado em outros novos.
A coleta seletiva está relacionada ao ato de separar o que é
reciclável do que não é. Logo após essa separação é realizado
o processo de coleta seleção dos materiais (Plástico, vidro,
papel, metal e orgânico).
15. O primeiro passo é a SEPARAÇÃO dos materiais em sua fonte
geradora, logo após, esses materiais são coletados e encaminhados
para o beneficiamento.
A COLETA SELETIVA
É a maior aliada da reciclagem, pois os materiais estarão mais limpos e
conseqüentemente, com mais chances de serem reaproveitados
16.
17. Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos
resíduos descartados por empresas e pessoas.
Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico
(restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de lixo é
descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos
orgânicos.
No sistema de coleta seletiva, os materiais recicláveis são separados em: papéis,
plásticos, metais e vidros. Existem indústrias que reutilizam estes materiais
para a fabricação de matéria-prima ou até mesmo de outros produtos.
Pilhas e baterias também são separadas, pois quando descartadas no meio
ambiente provocam contaminação do solo. Embora não possam ser
reutilizados, estes materiais ganham um destino apropriado para não gerarem a
poluição do meio ambiente.
Os lixos hospitalares também merecem um tratamento especial, pois costumam
estar infectados com grande quantidade de vírus e bactérias. Desta forma, são
retirados dos hospitais de forma específica (com procedimentos seguros) e
levados para a incineração em locais especiais.
A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade.
20. PLÁSTICO
RECICLÁVEL
Copo de Plástico;
Copinhos de Café;
Sacos Plásticos;
Embalagem diversas;
Garrafas PET;
Canos e Tubos;
Vasilhas Plásticas.
NÃO RECICLÁVEL
• Cabo de panela;
• Tomada;
• Embalagem de biscoito;
• Misturas de papel, plástico
e metal (caixa de leite);
• Fibra de Vidro;
• Acrílico.
21. METAIS
RECICLÁVEL
Latas de folha de
flander
Óleo, leite, enlatados
em geral
Lata de alumínio
Sucatas de automóveis
Outras sucatas...
NÃO RECICLÁVEL
• Clips
• Grampos
• Esponja de aço
• Canos
22.
23. VIDRO
RECICLÁVEL
Garrafas em geral
Recipientes em geral
Copos
Frascos (Compotas,
perfumes remédios, etc.)
NÃO RECICLÁVEL
• Espelhos
• Lâmpadas
• Cerâmicas ou barros
(utilize como entulho)
• Porcelana
• Tubos de TV
• Vidro temperado (Carro),
faróis, cristal, pirex.
• Ampolas de remédios
24.
25. PAPEL
RECICLÁVEL
Jornais e revistas
Folhas de caderno
Fotocópias
Envelopes
Provas/apostilas
Papelões / Caixas em geral
Aparas de papel
NÃO RECICLÁVEL
• Papel Sujos/engordurados.
• Papel Higiênico
• Papéis Metalizados
• Papéis Parafinados
• Papéis Plastificados
• Papel de Fax / Carbono
• Fotografias / Adesivos
• Tocos de cigarro
26. LIXO HOSPITALAR
Estão nessa categoria embalagens de remédios,
ataduras, gazes, seringas, agulhas, etc. Esse tipo de
material não deve ir para o lixo comum, pois pode
propagar doenças, causar intoxicações, etc.
Normalmente, o lixo hospitalar é incinerado.
Algumas cidades possuem coleta especial para lixo
hospitalar.
27.
28. AGROTÓXICOS
As embalagens de agrotóxicos devem ser devolvidas
aos fabricantes. As embalagens devem ser
enxaguadas três vezes com água antes do envio
para a coleta seletiva. A água usada no enxágüe
deve ser aproveitada na aplicação do produto.
Depois do enxágüe devem ser inutilizadas, ou seja,
furadas ou cortadas para evitar que sejam
utilizadas
29.
30. BATERIAS E PILHAS
As baterias e pilhas são fabricadas com metais como
chumbo e cádmio. Lançados na natureza, esses
metais acabam contaminando a água e são
causadores de doenças graves ao ser humano.
Baterias e pilhas devem ser devolvidas aos
fabricantes que tomarão as providências para sua
reciclagem.
(Lixeira laranja, indicada para pilhas, baterias e
outros materiais perigosos.)
32. LÂMPADAS
Alguns tipos de lâmpada liberam gases perigosos à
saúde quando quebradas, por isso, devem ser
recolhidas inteiras e enviadas ao fabricante que
tomará as providências para sua reciclagem.
33. LÂMPADAS
Alguns tipos de lâmpada
liberam gases perigosos à
saúde quando quebradas,
por isso, devem ser
recolhidas inteiras e
enviadas ao fabricante que
tomará as providências
para sua reciclagem.
34. LIXO DE JARDINAGEM
Esse lixo é formado por folhas, galhos, raízes,
enfim, por matéria orgânica que pode ser
aproveitada, inclusive para gerar adubo. Em
algumas cidades, existe coleta especial para lixo de
jardinagem.
36. ÓLEO DE COZINHA USADO
O óleo comestível não deve ser lançado no lixo
comum, nem no solo e nem na rede de esgoto.
Quando é lançado no solo, contamina os lençóis
subterrâneos de água. Na rede de esgoto, causa o
entupimento das tubulações. O óleo usado deve
ser coletado em um frasco e enviado para uma
empresa que pode utilizá-lo como matéria prima
para sabão, por exemplo.
38. PNEUS VELHOS
O pneus leva 600 anos para se deteriorar se jogados na
natureza. A água da chuva se acumula neles, que passam a
servir de incubadora para larvas de mosquitos como o da
dengue.
Com o pneu velho é possível fabricar asfalto, matéria-prima
para solas de sapato, produtos usados na industria do
cimento, pó de borracha, por exemplo.
No Brasil, por lei, os fabricantes de pneus são responsáveis
pela reciclagem dos pneus velhos. Informe-se como
devolver os pneus velhos ao fabricante em sua cidade.
43. COLETA DOMICILIAR
Procedimento parecido com a coleta clássica, mas
com a necessidade de que a coleta não coincida
com os horários e dias das coletas normais. Os
moradores deixam esses materiais em contêineres
implantados por um sistema especifico para que o
material seja acondicionado separadamente.
45. COLETA PEV / LEV
Sistema que disponibiliza contêineres específicos
localizados em pontos fixos do município, onde
espontaneamente é depositado os recicláveis. Os
recicláveis são separados por contêineres
específicos identificados (cores/ figuras),
constando o nome do material.
47. COLETA - CATADORES
Atividade autônoma / informal, executada por
catadores de rua. Os programas de coleta seletiva
deve contemplar o trabalho destes, mesmo não
havendo apoio direto.
57. 4Rs
REPENSAR
Este R tem o intuito de nos fazer pensar e refletir sobre a
necessidade de tomar uma decisão importante: a da AÇÃO.
Ser educado, não é ter conteúdo intelectual, é aquele que
age e põe em prática o que lhe toca, o que lhe sensibiliza. É
aprender e guardar para si o que é bom, o que é lógico e
correto. Pense nisso!
59. 4Rs
REAPROVEITAR
Concerte o que está quebrado ou doe o que não usa.
Reutilize embalagens de metais, plásticos, papéis e
outros produtos reutilizáveis para fins artesanais.
60. 4Rs
RECICLAR
Artesanalmente ou industrial. Após separado o
material é limpo e destruído, passando por
processo físico-químico, tornando-se em matéria-
prima. Com esse processo gasta-se menos.
63. AMBIENTAIS
Beneficiados: Meio ambiente e a população.
A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais (que
representam em torno de 40% do lixo doméstico) reduz a
utilização dos aterros sanitários, prolongando sua vida útil.
Se junto ao programa de reciclagem houver uma usina de
compostagem, os benefícios são ainda maiores. A
reciclagem implica uma redução significativa dos níveis de
poluição ambiental que ocasionam doenças, e do
desperdício de recursos naturais economizando energia e
matérias-primas.
64. POLÍTICOS
Além de contribuir positivamente para a imagem do
governo e da cidade, a coleta seletiva exige um
exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem
um papel ativo em relação à administração da cidade.
Além das possibilidades de aproximação entre o poder
público e a população, a coleta seletiva pode estimular
a organização da sociedade civil.
65. ECONÔMICOS
A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresenta, demonstra
ter um custo mais elevado do que os métodos convencionais, se
analisarmos somente o ato de reciclar, mas se for levado em
consideração a venda dessa matéria-prima para reutilização na
indústria será nítido o investimento! O objetivo da coleta seletiva é
gerar recursos, reduzir o volume de lixo, gerando ganhos ambientais. É
um investimento ambiental, social e econômico. A curto prazo, a
reciclagem permite a geração de empregos e integrar na economia
formal trabalhadores antes marginalizados.
66.
67. A reciclagem contribui para a melhoria do meio
ambiente, na medida que:
Diminui a exploração de recursos naturais.
Reduz o consumo de energia.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Possibilita a recuperação de materiais que iriam para o lixo.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis
pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis
68. PAISES QUE MAIS COLETAM E
RECICLAM NO MUNDO
Entre os países que mais reciclam estão os Estados Unidos, o
Japão, a Alemanha e a Holanda. Os EUA, por exemplo,
conseguem reaproveitar pouco mais da metade do que vai
parar nas lixeiras. Na Europa Ocidental, virou rotina nos
supermercados cobrar uma taxa para fornecer sacolas
plásticas. Os clientes levam as suas de casa. Também na
Europa, o bom e velho casco (de vidro ou de plástico) vale
desconto na compra de refrigerantes e água mineral. Para a
redução do lixo industrial, a União Européia está
financiando projetos em que uma indústria transforma em
insumo o lixo de outras fábricas. Até a fuligem das
chaminés de algumas é aproveitada para a produção de
tijolos e estruturas metálicas.
69. QUANTO O BRASIL COLETA E RECICLA
O Brasil é campeão mundial na reciclagem de
alumínio. No total, reaproveita-se 94% delas.
Destas, 70% são recicladas em Pindamonhangaba.
O país também apresenta bons índices em relação
ao papelão - 77% - e às garrafas PET - 50%. Ainda
reciclamos poucos tipos de plástico, latas de aço e
caixas longa-vida, os índices não ultrapassam os
30%.
70. CONSCIENTIZAÇÃO
Embora o lixo seja considerado uma grande ameaça à vida,
verifica-se que é possível minimizar seus impactos, ao se
adotar medidas preventivas, abandonando práticas de
consumo exagerado ou então, conscientizando a
população, seja em relação ao destino ou às formas de
reciclagem do lixo gerado. Assim, é necessário que governo
e sociedade assumam novas atitudes, visando gerenciar de
modo mais adequado a grande quantidade e diversidade de
resíduos que são produzidos diariamente. Estas práticas
não só reduzirão o volume de resíduos produzidos
diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso,
culminando num melhor gerenciamento dos resíduos. São
atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada
vez mais, a fim de proteger o ar, o solo e a água, trazendo
como conseqüência melhores condições de saúde humana,
qualidade de vida e saúde ambiental.
71.
72. Pequenas ações individuais são a maior força
transformadora que se conhece.
Ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos
de consumo é a melhor (e talvez única) maneira de se
mudar o mundo.
Economize água, luz, recicle seu lixo, faça sua parte e
ajude a construir um futuro de todos.
Desejamos que você consiga transformar tudo o que
está dentro e fora de você.