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Rev Esc Enferm USP
2014; 48(1):58-65
www.ee.usp.br/reeusp/
Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG,
Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ
resumo
Objetivou-se investigar os fatores sociode-
mográficos, clínicos, comportamentais e o
recebimento de informações sobre a vaci-
na contra a Influenza pandêmica A (H1N1)
associados à vacinação de idosos. Estudo
de natureza quantitativa e transversal, do
qual participaram do 286 idosos residentes
em Fortaleza, CE, Brasil. A associação entre
as variáveis foi analisada por meio do teste
Qui-quadrado de Pearson, considerando-se
nível de significância de 95% (p≤0,05). Os
resultados revelaram que, diferentemen-
te das características sociodemográficas,
muitos aspectos clínicos, comportamentais
e informacionais apresentaram correlação
estatisticamente significativa com a adesão
à vacina Influenza A (H1N1). Acredita-se
que os achados possam ser empregados
em estratégias de controle e prevenção da
infecção pelo subtipo viral junto à popula-
ção idosa, extensíveis, inclusive, a outros
agravos imunopreveníveis, especialmente
diante de possíveis pandemias futuras.
descritores
Idoso
Imunização
Vacinas contra influenza
Vírus da Influenza A subtipo H1N1
Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
A
rtigo
O
riginal
Abstract
This study aimed to investigate the sociode-
mographic, clinical and behavioral factors
and receiving information about the vac-
cine against pandemic influenza A (H1N1)
associated with vaccination of elderly peo-
ple. Study of quantitative and transversal
nature, in which 286 elderly residents in
Fortaleza, CE, Brazil participated. The as-
sociation between variables was analyzed
by the Pearson chi-square test, considering
a 95% confidence interval and significance
level (p≤0.05). The results revealed that,
unlike the sociodemographic characteris-
tics, many clinical, behavioral and informa-
tional aspects correlated significantly with
adherence to Influenza A (H1N1) vaccina-
tion. It is believed that the findings can be
used in strategies to control and prevent
infection by viral subtypes within the el-
derly population, extensible even to other
vaccine-preventable diseases, especially in
light of possible future pandemics.
descriptors
Aged
Immunization
Influenza vaccines
Influenza A Virus H1N1 Subtype
Resumen
El objetivo fue investigar los factores socio-
demográficos, clínicos, de comportamien-
to y el proceso de recepción de informa-
ción, asociados a la vacunación contra la
influenza pandémica A (H1N1) en adultos
mayores. Corresponde a un estudio cuanti-
tativo y transversal en el cual participaron
286 adultos mayores residentes en Forta-
leza, CE, Brasil. La asociación entre varia-
bles se analizó mediante la prueba de chi-
cuadrado de Pearson, considerándose un
nivel de significación de 95% (p ≤ 0,05). Los
resultados señalaron que, a diferencia de
las características sociodemográficas, mu-
chos aspectos clínicos, de comportamiento
y relacionados con la entrega de informa-
ción presentaron una correlación estadísti-
camente significativa con la adhesión a la
vacuna contra la influenza A (H1N1). Estos
resultados podrán ser utilizados en estrate-
gias de control y prevención de la infección
por el subtipo viral en la población estu-
diada, incluso, en otras enfermedades in-
munoprevenibles y sobre todo en posibles
pandemias futuras.
descriptores
Anciano
Inmunización
Vacunas contra la influenza
Subtipo H1N1 del Virus de la Influenza A
Janaína Fonseca Victor1
, Gabriele Dias Gomes2
, Luana Rodrigues Sarmento2
, Arethusa Morais
de Gouveia Soares3
, Fernanda Rochelly do Nascimento Mota4
, Bruna Michelle Belém Leite5
,
Edson Silva Soares6
, Maria Josefina da Silva7
FACTORS ASSOCIATED WITH VACCINATION AGAINST INFLUENZA A (H1N1) IN THE
ELDERLY
FACTORES ASOCIADOS A LA VACUNACIÓN CONTRA LA INFLUENZA A (H1N1) EN
ADULTOS MAYORES
1
Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta II do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
janainavictor@uol.com.br 2
Enfermeira Graduada pela Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 3
Mestre em Enfermagem. Enfermeira
da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil. 4
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 5
Mestre em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 6
Mestre em Saúde Pública. Professor Assistente I do Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, CE, Brasil. 7
Doutora em Enfermagem. Professora Associada II, Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal
do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
Recebido: 24/05/2013
Aprovado: 12/11/2013
Português / Inglês
www.scielo.br/reeusp
DOI: 10.1590/S0080-623420140000100007
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Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG,
Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ
Rev Esc Enferm USP
2014; 48(1):58-65
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Introdução
Os vírus Influenza do tipo A causam doenças respi-
ratórias agudas de alta transmissibilidade. Foram res-
ponsáveis por importantes pandemias, como as gripes
Espanhola, Asiática, de Hong Kong e, mais recentemen-
te, a Gripe Suína, como ficou popularmente conhecida
a infecção ocasionada por um novo subtipo de vírus(1)
. É
impossível prever exatamente quando uma nova pande-
mia ocorrerá e o monitoramento dos vírus e da situação
epidemiológica é tarefa constante das organizações de
saúde nacionais e internacionais(2)
.
No início de 2009, registraram-se os primeiros casos de
Influenza A (H1N1) no México, que dali rapidamente se alas-
traram pelo mundo(1)
. A declaração da pandemia confirmou
a circulação de um vírus emergente, resultante da recom-
binação genética dos vírus suíno, aviário e humano(3-4)
. No
mesmo ano, 905 casos de Influenza A (H1N1) foram confir-
mados em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal(5)
.
Por se tratar de um vírus emergente, naquele mo-
mento ainda não havia imunobiológico disponível, o
que exigiu que os laboratórios e centros de pesquisas
fizessem rápidos investimentos em tecnologia para
produção, ainda em 2009, da vacina para a prevenção
ao vírus pandêmico.
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
anunciou a fase pós-pandêmica, a partir da qual deveriam
ser intensificadas e monitoradas as ações preventivas,
especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis,
como crianças, idosos, pessoas imunodeprimidas, cardio-
patas e pneumopatas, uma vez que o vírus A (H1N1) apre-
senta maior potencial para causar morbidades e mortali-
dade em tais grupos(1,6)
. A OMS indica a vacinação como
estratégia preventiva primordial para redução de infec-
ções, hospitalizações e óbitos(7)
.
No Brasil, a Estratégia Nacional de Vacinação con-
tra o vírus Influenza Pandêmico A (H1N1) teve início em
2010, alcançando mais de 88% de cobertura(1). A partir
de 2011, a imunização contra Influenza A (H1N1) passou
a compor o calendário nacional de vacinação, sob a forma
de imunobiológico trivalente (associado a dois outros sub-
tipos virais), e as pessoas com idade igual ou superior a 60
anos permaneceram como um dos grupos-alvo(7)
.
No período pós-pandêmico, com a existência de um
imunobiológico eficaz, emergiu a necessidade de estu-
dos sobre aspectos inerentes à adesão à vacinação. No
tocante a grupos específicos, particularmente os idosos,
a investigação de aspectos pessoais e comportamentais
mostrou-se especialmente relevante, pois tais indivíduos
encontram-se em uma fase da vida de grande vulnera-
bilidade(8)
. Além disso, neste grupo tais fatores traduzem
ações, atitudes e crenças que podem interferir na adesão
e na manutenção de ações voltadas à prevenção de agra-
vos e à promoção da saúde(9)
.
A produção científica brasileira sobre Influenza A (H1N1)
ainda é inexpressiva, inclusive no que tange à imunização
contra a infecção pelo vírus e aos fatores associados à acei-
tação da vacina(10)
. O conhecimento de tais aspectos pode
fundamentar estratégias de intervenção específicas e efica-
zes para os diferentes grupos populacionais.
Este estudo objetivou investigar a associação de fa-
tores sociodemográficos, clínicos, comportamentais e o
recebimento de informações sobre a vacina Influenza A
(H1N1) em idosos.
MÉTODO
Estudo descritivo e transversal, desenvolvido com ido-
sos assistidos por equipes da Estratégia Saúde da Família
do município de Fortaleza - CE, Brasil. A amostra foi calcu-
lada através da fórmula para populações finitas, empre-
gando-se nível de confiança de 95%, erro amostral de 4%
e porcentagem de 11% de indivíduos na faixa etária de 60
anos ou mais, residentes em Fortaleza, cuja população to-
tal é 2.452.185 habitantes(11)
. O cálculo resultou em 235
idosos, todavia, o número amostral final foi 286, uma vez
que foram incluídos alguns idosos que solicitavam partici-
par ao verem outro idoso responder à pesquisa.
Os dados foram coletados por meio de entrevistas
individuais, realizadas mediante o uso de formulário, no
período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011, em dois
dos 12 Centros de Saúde da Família (CSF) que concentram
maior número de idosos no município de Fortaleza. Estes
foram eleitos por meio de sorteio simples.
A amostra foi do tipo não probabilística consecutiva.
As entrevistas ocorreram nas dependências físicas dos
CSF, em momento anterior ou posterior ao atendimento
de saúde. Foram incluídas na amostra pessoas com ida-
de igual ou superior a 60 anos, que não apresentavam
diagnóstico médico de demência, com capacidade de co-
municação verbal preservada. Os critérios de exclusão fo-
ram: não se recordar sobre a vacinação contra influenza A
(H1N1) e estar presente no CSF para atendimento clínico
de urgência.
Os dados coletados foram inseridos em planilha ele-
trônica, utilizando-se o software Statistical Package for
the Social Sciences (SPSS), versão 18.0, organizados em
tabelas, com frequências absolutas e relativas, e analisa-
dos de forma descritiva e inferencial.
Analisou-se a existência de associações entre a vari-
ável dependente (vacinação contra influenza A (H1N1)
e as variáveis independentes, ou seja, as características
sociodemográficas, comportamentais, clínicas e as infor-
mações sobre a vacina. Utilizou-se o teste Qui-quadrado
de Pearson na análise inferencial geral e o teste exato de
Fisher quando, em alguma comparação, 20% ou mais das
células apresentaram valor esperado menor que cinco,
considerando um nível de significância de 95% (p≤0,05).
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Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG,
Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ
Foram respeitados os princípios éticos para pesqui-
sas envolvendo seres humanos, conforme a Resolução
196/96, do Ministério da Saúde/Conselho Nacional de
Saúde. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pes-
quisa da Universidade Federal do Ceará e aprovado sob
número de protocolo 295/09.
RESULTADOS
O perfil dos participantes revelou: vacinação contra
Influenza Pandêmica A (H1N1) (62,94%), sexo feminino
(72,4%), faixa etária de 60 a 65 anos (39,5%), menos de
cinco anos de estudo (40,5%), casado ou em união con-
sensual (47,5%), aposentado (69,9%), residindo em arran-
jos trigeracionais (25,9%) e renda pessoal mensal de um a
dois salários mínimos (73,4%).
A Tabela 1 mostra a caracterização sociodemográfica
dos idosos de acordo com a situação vacinal. Verificou-se
que a variável idade apresentou associação estatistica-
mente significativa com a vacinação (p=0,05).
A Tabela 2 apresenta um conjunto de características
clínicas e comportamentais dos idosos componentes da
amostra, conforme a condição vacinal contra Influenza
A (H1N1). As variáveis comportamentais e de saúde que
estiveram associadas à vacinação foram: ser portador
de doença crônica (p=0,01), utilizar medicamento(s) de
uso contínuo (p=0,01), fazer acompanhamento de saúde
(p=0,01), frequentar ocasionalmente o CSF (p=0,01), par-
ticipar de grupos promovidos por profissionais de saúde
(p=0,02), não ser etilista (p=0,02) e praticar exercícios físi-
cos (p=0,01) (Tabela 2).
Tabela 1 - Distribuição das características sociodemográficas de idosos, segundo situação vacinal contra Influenza A (H1N1) - Forta-
leza, CE, Brasil, 2011.
Característica
Vacinação contra Influenza A (H1N1)
Valor de p*
Sim Não
N % N %
Sexo
Feminino 135 65.2 72 34.8
0.19
Masculino 45 57.0 34 43.0
Idade
60 - 65 anos 64 56.6 49 43.4
0.05
66 - 70 anos 53 76.8 16 23.2
71 - 75 anos 32 59.3 22 40.7
76 e mais anos 31 62.0 19 38.0
Escolaridade
Analfabeto 46 66.7 23 33.3
0.93
Um a cinco anos de estudo 72 62.1 44 37.9
Cinco ou mais anos de estudo 62 61.4 39 38.6
Situação conjugal
Solteiro 21 65.6 11 34.4
0.83
Casado/União consensual 84 61.8 52 38.2
Divorciado/Separado 22 56.4 17 43.6
Viúvo 53 67.1 26 32.9
Ocupação
Aposentado 132 66.0 68 34.0
0.16
Pensionista 24 64.9 13 35.1
Trabalho formal ou no comércio 24 49.0 25 51.0
Com quem reside
Cônjuge 14 50.0 14 50.0
0.42
Cônjuge e filho(s) 37 59.6 25 40.4
Somente com filho(s) 33 68.7 15 31.3
Arranjo trigeracional 48 62.3 29 37.7
Mora sozinho 18 69.2 8 30.8
Outros arranjos 30 66.7 15 33.3
Renda pessoal
Menos de um Salário Mínimo (SM)** 41 69.5 18 30.5
0.47
Um a dois SM 128 61.0 82 39.0
Três a quatro SM 5 62.5 3 37.5
Acima de quatro SM 6 66.7 3 33.3
*Teste Qui-quadrado de Pearson; **Um Salário Mínimo (SM)= R$ 510,00.
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Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
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A Tabela 3 apresenta os resultados relativos à associa-
ção entre as características relacionadas a informações
sobre a vacina contra Influenza A (H1N1) e a vacinação
dos idosos da amostra estudada. Dentre tais característi-
cas, ter recebido informações prévias sobre a vacina asso-
ciou-se significativamente à adesão à vacinação (p=0,01).
As outras características associadas à imunização foram:
ter informações sobre a vacina por mídia audiovisual (TV)
(p=0,02), receber informações de profissionais de saúde
(p=0,01), ouvir comentários sobre a vacina de outras pes-
soas imunizadas (p=0,01) e ser influenciado por esses co-
mentários (p=0,05) (Tabela 3).
Tabela 2 - Distribuição das características clínicas e comportamentais de idosos, segundo situação vacinal contra Influenza A (H1N1)
- Fortaleza, CE, Brasil, 2011.
Característica
Vacinação contra Influenza A (H1N1)
Valor de p*
Sim Não
N % N %
Doença crônica
Nenhuma 23 40.4 34 59.6
0.01
Uma 66 65.3 35 34.7
Duas ou mais 91 71.1 37 28.9
Utilização de medicamentos de uso contínuo
Sim 157 68.5 72 31.5
0.01
Não 23 40.3 34 59.7
Acompanhamento de saúde
Sim 157 68.5 72 31.5
0.01
Não 23 40.3 34 59.5
Frequência de visitas ao CSF
Semanalmente 19 86.4 3 13.6
0.01
Quinzenalmente 2 66.7 1 33.3
Mensalmente 87 68 41 32
Ocasionalmente 72 54.1 61 45.9
Participação em Grupos do CSF
Sim 51 75 17 25
0.02
Não 129 59.2 89 40.8
Internação hospitalar no último ano
Nenhuma 169 64 95 36
0.13
Uma 11 55 9 45
Mais de uma 0 0 2 100
Autopercepção de saúde
Excelente 13 46.4 15 53.6
0.29
Boa 71 64 40 36
Razoável 74 66.1 38 33.9
Ruim 13 56.5 10 43.5
Muito ruim 9 75 3 25
Independência para atividades básicas da vida diária (ABVD)**
Sim 166 62.9 98 37.1
0.94
Não 14 63.6 8 36.4
Etilismo
Não 173 89.6 95 35.4
0.02
Sim 7 10.3 11 61.1
Tabagismo
Não 171 64.3 95 35.7
0.08
Sim 9 45 11 55
Prática de exercícios físicos
Não pratica 88 56.1 69 43.9
0.01
Menos que três vezes/semana 40 74.1 14 25.9
Três ou mais vezes/semana 52 69.3 23 30.7
*Teste Qui-quadrado de Pearson; **Atividades básicas da vida diária (ABVD): banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação.
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Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
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Tabela 3 - Distribuição das variáveis relativas a informações sobre a vacina contra Influenza A (H1N1). segundo situação vacinal de
idosos - Fortaleza. CE. Brasil. 2011
Característica
Vacinação contra Influenza A (H1N1)
Valor de
p*
Sim Não
N % N %
Recepção de informações sobre a vacina
0.01
Sim 178 67.2 87 32.8
Não 2 9.5 19 90.5
Informações sobre a vacina na mídia**
TV 141 66.8 70 33.2 0.02
Rádio 20 80 5 20 0.06
Cartazes 25 71.4 10 28.6 0.26
Outros meios 36 61 23 39 0.63
Informações sobre a vacina de profissional de saúde**
Enfermeiro 41 80.4 10 19.6
0.01
Médico 27 84.4 5 15.6
Agente Comunitário de Saúde 48 81.4 11 18.6
Atribuição de importância à imunização com a vacina
0.01
Sim 171 69 77 31
Não 9 23.7 29 76.3
Acesso a comentários sobre a vacina de outros que foram imunizados
Sim 37 100 4 0
0.01
Não 143 98.6 102 1.4
Influência de comentários de outros imunizados sobre a decisão de ser vacinado
0.05
Sim 17 53.1 15 46.9
Não 163 71.4 91 28.6
*Teste Qui-quadrado de Pearson; **Mais de uma opção de resposta.
DISCUSSÃO
A porcentagem de idosos que aderiram à vacinação
contra Influenza A (H1N1) foi superior à de idosos que
não aderiram, o que denota sua aceitação. Porcentagens
semelhantes foram encontradas entre a população idosa
de municípios do Sudeste e Sul do Brasil para a adesão
à vacina Influenza contra outro subtipo viral (62,6% e
70,4%, respectivamente)(12-13)
. Estudo realizado no con-
texto internacional, entretanto, revelou predisposição
cerca de duas vezes menor (26,3%) da população geral
para se vacinar(14-15)
.
Quanto às características sociodemográficas, verifi-
cou-se que não houve correlação estatística entre o sexo
do idoso e a vacinação. Entretanto, o sexo feminino pre-
valeceu entre os vacinados, resultado distinto do encon-
trado para a população espanhola, na qual indivíduos do
sexo masculino apresentaram probabilidade 38% maior
de receber a vacina contra a Influenza pandêmica(16)
. In-
vestigações desenvolvidas com idosos em dois municípios
brasileiros não observaram associação estatística entre
sexo e adesão à vacina Influenza sazonal(17-18)
. O sexo é
uma característica que também parece não ter relação
com a gravidade da infecção e o risco de mortalidade pelo
vírus pandêmico A (H1N1)(19)
.
Neste estudo, a variável faixa etária, dentre as caracte-
rísticas sociodemográficas investigadas, correlacionou-se
estatisticamente à vacinação. Essa correlação corrobora
achados de estudos realizados na Espanha(20)
e em Hong
Kong(21)
, em que a idade mostrou-se fator associado à in-
tenção de se vacinar contra o vírus pandêmico A (H1N1).
Estudo conduzido junto a idosos residentes em muni-
cípio do sudeste brasileiro observou maior aceitação da
vacina contra a gripe entre os indivíduos mais longevos(12)
,
diferindo da presente investigação, na qual os idosos mais
jovens (60 a 65 anos) apresentaram maiores percentuais
de vacinação. Esse resultado que pode ser explicado pela
especificidade dessa faixa etária, que normalmente é mais
ativa e apresenta menos doenças limitantes(22)
, o que po-
de interferir na busca espontânea por serviços de saúde.
Em relação à escolaridade, prevaleceram os analfa-
betos entre os idosos vacinados, à semelhança de outra
pesquisa brasileira em que se observou maior adesão à
vacina Influenza sazonal entre idosos com até quatro anos
de estudo(12)
. Investigação espanhola também indicou que
a intenção de se vacinar contra Influenza A (H1N1) foi de-
crescente em relação ao nível educacional(20)
. Já no que
tange à infecção pelo subtipo viral, a escolaridade parece
ter relação diferente: maiores taxas de cura foram obser-
vadas entre pessoas com nível médio e universitário de
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Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
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escolaridade, conforme estudo epidemiológico desenvol-
vido no Brasil junto à população geral(19)
.
Neste estudo, a maioria dos que aderiram à imuniza-
ção apresentava essa situação conjugal, no entanto, não
foi observada correlação estatística com a variável depen-
dente. Pesquisa anterior revelou que pessoas casadas ou
união consensual, em geral, são mais predispostas à vaci-
nação contra a Influenza A (H1N1)(20)
.
No tocante aos aspectos clínicos e comportamentais,
as variáveis ser portador de doença(s) crônica(s) e, con-
sequentemente, utilizar medicamentos de uso contínuo
mostraram-se associadas à vacinação. Achado semelhan-
te foi verificado para a vacina influenza sazonal em estu-
do realizado com idosos de Campinas (SP, Brasil), no qual
diabetes e hipertensão arterial sistêmica associaram-se à
vacinação(12)
. Distintamente, estudo realizado na Polônia
apontou que condições crônicas constituíram motivo para
não adesão(23)
. A correlação entre existência de doença(s)
crônica(s) e aceitação da vacina, observada neste estudo,
constitui aspecto positivo no que tange à prevenção de
morbimortalidade associada ao vírus pandêmico, uma vez
que certas condições crônicas comumente presentes em
idosos são fatores de risco para complicações da infecção
pelo vírus A (H1N1), tais como hospitalização e óbito(24)
.
As variáveis acompanhamento de saúde, frequência
de visitas ao CSF e participação em grupos também se
mostraram estatisticamente correlacionadas à adesão à
vacina Influenza A (H1N1), corroborando os achados de
outro estudo brasileiro, no qual se observou associação
entre imunização contra Influenza e uso de serviços de
saúde por idosos(18)
.
Quanto à autopercepção de saúde, a maioria dos ido-
sos vacinados referiu saúde razoável ou boa e essa carac-
terística mostrou não ter correlação com a vacinação. En-
tretanto, estudo realizado na Polônia revelou o contrário:
apresentar boa saúde foi a razão mais citada pela popula-
ção geral para não ser vacinada(23)
.
Neste estudo, ter independência para realização das
ABVD tampouco interferiu na vacinação. Logo, ser idoso
independente funcional não foi fator associado à adesão à
vacina pandêmica A (H1N1). Esses resultados diferem dos
encontrados em estudo realizado em Taiwan, no qual se
observou que idosos com alguma dificuldade nessas ativi-
dades mostraram-se menos propensos a se vacinar regu-
larmente contra a gripe(25)
.
Na presente investigação, não ser etilista foi um fator
correlacionado à vacinação entre os idosos, diferindo do
resultado de estudo desenvolvido em outro município
brasileiro, no qual a associação entre etilismo e vacinação
contra Influenza sazonal não foi observada(18)
. Estudo rea-
lizado no Chile identificou que o alcoolismo é fator agra-
vante do quadro infeccioso por Influenza A (H1N1)(24)
.
Quanto à prática regular de exercícios físicos, obser-
vou-se que idosos que não realizam exercícios foram os
que mais se vacinaram contra a Influenza pandêmica
A (H1N1). Resultado oposto foi revelado em um estudo
sobre a influenza sazonal, em que a prática de exercícios
físicos por idosos teve associação com a vacinação(18)
. Es-
tudos mais específicos serão necessários para esclarecer
essa associação.
No que tange às informações sobre a vacina, a maioria
dos idosos, tanto vacinados quanto não vacinados, rece-
beu algum tipo de informação acerca da imunização con-
tra a Influenza A (H1N1), característica que teve associa-
ção com a adesão à vacina. Estudo realizado na região Sul
do Brasil também evidenciou abrangência de informações
sobre a Gripe A (H1N1) entre a população(26)
.
Dentre as mídias que serviram como fonte de informa-
ção, a televisão (TV) foi a mais citada neste estudo. Essa
foi uma variável que se mostrou correlacionada à aceita-
ção da vacina pelos idosos. Pesquisa desenvolvida na Es-
panha apontou a TV como a mídia mais citada para acesso
a informações sobre a vacina, porém, sem influência po-
sitiva sobre a decisão de se vacinar(20)
. Investigação con-
duzida junto à população polonesa também revelou que
os meios de comunicação audiovisuais não tiveram papel
significativo na promoção da vacinação contra a gripe(23)
.
A divulgação de campanhas de vacinação pelos meios
de comunicação faz parte das estratégias do Ministério da
Saúde brasileiro para motivar a vacinação entre a popula-
ção(18)
. A correlação estatística positiva entre a recepção
de informações sobre a vacina A (H1N1) por meio da TV e
a imunização, observada neste estudo, permite inferir que
essa mídia tem papel significativo para indivíduos idosos.
No entanto, sugere-se que outros estudos avaliem com
mais propriedade sua efetividade em promover a adesão
à vacinação entre populações específicas para outros imu-
nobiológicos que compõem o calendário vacinal, conside-
rando-se não apenas momentos de pandemias.
Ressalta-se que a utilização de mídias audiovisuais,
em geral, tem custos financeiros elevados e, embora
possam ser eficientes fontes de acesso a informações,
especialmente durante a ocorrência de pandemias. Ou-
tros meios podem se mostrar mais custo-efetivos na
adesão da população à vacinação, sobretudo em perío-
dos não pandêmicos.
Sobre a atuação dos profissionais de saúde como fon-
tes de informação sobre a imunização, observou-se cor-
relação estatística positiva entre a vacinação e o recebi-
mento de informações por meio desses profissionais, de
tal modo que os idosos por eles informados sobre a vacina
A (H1N1) foram mais propensos a ser vacinados. O achado
reforça e valoriza a efetividade da atuação do profissional
em saúde no campo da imunização(20,27)
.
Neste estudo, o profissional mais citado pelos idosos
vacinados foi o Agente Comunitário De Saúde (ACS), se-
guido pelo enfermeiro e médico, respectivamente, dife-
rindo de estudos internacionais, nos quais o médico foi
64
Rev Esc Enferm USP
2014; 48(1):58-65
www.ee.usp.br/reeusp/
Fatores associados à vacinação contra
Influenza A (H1N1) em idosos
Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG,
Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ
o mais citado(15,23)
. É relevante destacar que os profis-
sionais citados neste estudo são atuantes no cenário da
Atenção Primária à Saúde (APS). É consenso que a APS
consiste não apenas no principal local onde a vacinação
acontece e também a fonte mais frequente de informa-
ções sobre a necessidade de se vacinar(23)
. Os ACS costu-
mam manter contato próximo e contínuo com os idosos
na comunidade(28)
e esse vínculo parece influenciar a
adesão à imunização.
Quanto ao enfermeiro, os achados deste estudo cor-
roboram os resultados de investigação espanhola, na qual
esse profissional foi apontado por 28,2% dos adultos en-
trevistados como quem mais fornece informações sobre
vacinas(20)
. Tais dados reforçam o papel do enfermeiro co-
mo elemento essencial na atenção ao idoso, pois muitas
vezes é considerado profissional de referência no atendi-
mento a esse público, especialmente, na Estratégia Saúde
da Família (ESF)(29)
. Dado seu poder de influenciar positi-
vamente a adesão à vacinação, torna-se imperativo que
os profissionais de saúde incorporem em seu trabalho es-
tratégias de aconselhamento e recomendações à imuniza-
ção, especialmente na ocorrência de pandemias(30)
.
Observou-se correlação estatisticamente significativa
entre ter acesso a comentários de pessoas vacinadas e a
adesão à vacinação, todavia não foram encontrados estu-
dos abordando esse aspecto da vacinação contra Influen-
za A (H1N1) para serem confrontados com este achado.
Ressalta-se, no entanto, que inexistiu correlação estatísti-
ca no tocante à variável influência dos comentários sobre
a decisão de se vacinar, revelando que, embora os idosos
vacinados tenham recebido comentários sobre a vacina,
esse nem sempre os influenciaram.
Estudo espanhol apontou que, para adultos, a opi-
nião de familiares e amigos não exerceu influência sobre
a decisão de ser vacinado contra a gripe(20)
. Todavia, é
interessante realizar investigações para avaliar o impacto
de comentários de pessoas imunizadas sobre a vacinação
de outros, tanto entre idosos quanto na população geral.
Acredita-se que conhecer características como o tipo e os
autores dos comentários, variáveis não investigadas neste
estudo, possa elucidar melhor a questão.
CONCLUSÃO
O estudo trouxe achados relevantes quanto aos fa-
tores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1)
entre idosos brasileiros, tais como aspectos clínicos, com-
portamentais e de recebimento de informações acerca da
vacina, agregando conhecimento a uma área ainda inci-
piente. Acredita-se que as informações aqui divulgadas
possam ser empregadas na fundamentação de estratégias
de controle e prevenção da infecção pelo subtipo viral jun-
to à população idosa, extensíveis, inclusive, a outros agra-
vos imunopreveníveis, especialmente diante de possíveis
pandemias futuras.
Encoraja-se a replicação do estudo em outros cená-
rios de investigação. Sugere-se ainda o desenvolvimento
de novas pesquisas que abordem os fatores associados à
adesão de idosos à vacina Influenza trivalente, que inclui
imunoproteção ao subtipo A (H1N1) e outros dois subti-
pos virais, que compõe atualmente o calendário nacional
de vacinação para pessoas nessa faixa etária.
Quanto às limitações no desenvolvimento do estudo,
pode-se citar a escassez de investigações sobre vacinação
contra a Influenza A (H1N1) entre idosos na literatura na-
cional, o que restringe a discussão sobre a realidade brasi-
leira. Por se tratar de novo imunobiológico contra um no-
vo subtipo viral, é esperado que o conhecimento científico
seja ampliado e consolidado no decorrer dos próximos
anos, tal como ocorre com outras temáticas emergentes.
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Correspondência: Janaína Fonseca Victor
Rua Alexandre Baraúna, 449 - Bairro Rodolfo Teófilo
CEP 60430-160 - Fortaleza, CE, Brasil

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  • 1. 58 Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ resumo Objetivou-se investigar os fatores sociode- mográficos, clínicos, comportamentais e o recebimento de informações sobre a vaci- na contra a Influenza pandêmica A (H1N1) associados à vacinação de idosos. Estudo de natureza quantitativa e transversal, do qual participaram do 286 idosos residentes em Fortaleza, CE, Brasil. A associação entre as variáveis foi analisada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson, considerando-se nível de significância de 95% (p≤0,05). Os resultados revelaram que, diferentemen- te das características sociodemográficas, muitos aspectos clínicos, comportamentais e informacionais apresentaram correlação estatisticamente significativa com a adesão à vacina Influenza A (H1N1). Acredita-se que os achados possam ser empregados em estratégias de controle e prevenção da infecção pelo subtipo viral junto à popula- ção idosa, extensíveis, inclusive, a outros agravos imunopreveníveis, especialmente diante de possíveis pandemias futuras. descritores Idoso Imunização Vacinas contra influenza Vírus da Influenza A subtipo H1N1 Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos A rtigo O riginal Abstract This study aimed to investigate the sociode- mographic, clinical and behavioral factors and receiving information about the vac- cine against pandemic influenza A (H1N1) associated with vaccination of elderly peo- ple. Study of quantitative and transversal nature, in which 286 elderly residents in Fortaleza, CE, Brazil participated. The as- sociation between variables was analyzed by the Pearson chi-square test, considering a 95% confidence interval and significance level (p≤0.05). The results revealed that, unlike the sociodemographic characteris- tics, many clinical, behavioral and informa- tional aspects correlated significantly with adherence to Influenza A (H1N1) vaccina- tion. It is believed that the findings can be used in strategies to control and prevent infection by viral subtypes within the el- derly population, extensible even to other vaccine-preventable diseases, especially in light of possible future pandemics. descriptors Aged Immunization Influenza vaccines Influenza A Virus H1N1 Subtype Resumen El objetivo fue investigar los factores socio- demográficos, clínicos, de comportamien- to y el proceso de recepción de informa- ción, asociados a la vacunación contra la influenza pandémica A (H1N1) en adultos mayores. Corresponde a un estudio cuanti- tativo y transversal en el cual participaron 286 adultos mayores residentes en Forta- leza, CE, Brasil. La asociación entre varia- bles se analizó mediante la prueba de chi- cuadrado de Pearson, considerándose un nivel de significación de 95% (p ≤ 0,05). Los resultados señalaron que, a diferencia de las características sociodemográficas, mu- chos aspectos clínicos, de comportamiento y relacionados con la entrega de informa- ción presentaron una correlación estadísti- camente significativa con la adhesión a la vacuna contra la influenza A (H1N1). Estos resultados podrán ser utilizados en estrate- gias de control y prevención de la infección por el subtipo viral en la población estu- diada, incluso, en otras enfermedades in- munoprevenibles y sobre todo en posibles pandemias futuras. descriptores Anciano Inmunización Vacunas contra la influenza Subtipo H1N1 del Virus de la Influenza A Janaína Fonseca Victor1 , Gabriele Dias Gomes2 , Luana Rodrigues Sarmento2 , Arethusa Morais de Gouveia Soares3 , Fernanda Rochelly do Nascimento Mota4 , Bruna Michelle Belém Leite5 , Edson Silva Soares6 , Maria Josefina da Silva7 FACTORS ASSOCIATED WITH VACCINATION AGAINST INFLUENZA A (H1N1) IN THE ELDERLY FACTORES ASOCIADOS A LA VACUNACIÓN CONTRA LA INFLUENZA A (H1N1) EN ADULTOS MAYORES 1 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta II do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. janainavictor@uol.com.br 2 Enfermeira Graduada pela Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 3 Mestre em Enfermagem. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil. 4 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 5 Mestre em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 6 Mestre em Saúde Pública. Professor Assistente I do Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 7 Doutora em Enfermagem. Professora Associada II, Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. Recebido: 24/05/2013 Aprovado: 12/11/2013 Português / Inglês www.scielo.br/reeusp DOI: 10.1590/S0080-623420140000100007
  • 2. 59 Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ Introdução Os vírus Influenza do tipo A causam doenças respi- ratórias agudas de alta transmissibilidade. Foram res- ponsáveis por importantes pandemias, como as gripes Espanhola, Asiática, de Hong Kong e, mais recentemen- te, a Gripe Suína, como ficou popularmente conhecida a infecção ocasionada por um novo subtipo de vírus(1) . É impossível prever exatamente quando uma nova pande- mia ocorrerá e o monitoramento dos vírus e da situação epidemiológica é tarefa constante das organizações de saúde nacionais e internacionais(2) . No início de 2009, registraram-se os primeiros casos de Influenza A (H1N1) no México, que dali rapidamente se alas- traram pelo mundo(1) . A declaração da pandemia confirmou a circulação de um vírus emergente, resultante da recom- binação genética dos vírus suíno, aviário e humano(3-4) . No mesmo ano, 905 casos de Influenza A (H1N1) foram confir- mados em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal(5) . Por se tratar de um vírus emergente, naquele mo- mento ainda não havia imunobiológico disponível, o que exigiu que os laboratórios e centros de pesquisas fizessem rápidos investimentos em tecnologia para produção, ainda em 2009, da vacina para a prevenção ao vírus pandêmico. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a fase pós-pandêmica, a partir da qual deveriam ser intensificadas e monitoradas as ações preventivas, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas imunodeprimidas, cardio- patas e pneumopatas, uma vez que o vírus A (H1N1) apre- senta maior potencial para causar morbidades e mortali- dade em tais grupos(1,6) . A OMS indica a vacinação como estratégia preventiva primordial para redução de infec- ções, hospitalizações e óbitos(7) . No Brasil, a Estratégia Nacional de Vacinação con- tra o vírus Influenza Pandêmico A (H1N1) teve início em 2010, alcançando mais de 88% de cobertura(1). A partir de 2011, a imunização contra Influenza A (H1N1) passou a compor o calendário nacional de vacinação, sob a forma de imunobiológico trivalente (associado a dois outros sub- tipos virais), e as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos permaneceram como um dos grupos-alvo(7) . No período pós-pandêmico, com a existência de um imunobiológico eficaz, emergiu a necessidade de estu- dos sobre aspectos inerentes à adesão à vacinação. No tocante a grupos específicos, particularmente os idosos, a investigação de aspectos pessoais e comportamentais mostrou-se especialmente relevante, pois tais indivíduos encontram-se em uma fase da vida de grande vulnera- bilidade(8) . Além disso, neste grupo tais fatores traduzem ações, atitudes e crenças que podem interferir na adesão e na manutenção de ações voltadas à prevenção de agra- vos e à promoção da saúde(9) . A produção científica brasileira sobre Influenza A (H1N1) ainda é inexpressiva, inclusive no que tange à imunização contra a infecção pelo vírus e aos fatores associados à acei- tação da vacina(10) . O conhecimento de tais aspectos pode fundamentar estratégias de intervenção específicas e efica- zes para os diferentes grupos populacionais. Este estudo objetivou investigar a associação de fa- tores sociodemográficos, clínicos, comportamentais e o recebimento de informações sobre a vacina Influenza A (H1N1) em idosos. MÉTODO Estudo descritivo e transversal, desenvolvido com ido- sos assistidos por equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Fortaleza - CE, Brasil. A amostra foi calcu- lada através da fórmula para populações finitas, empre- gando-se nível de confiança de 95%, erro amostral de 4% e porcentagem de 11% de indivíduos na faixa etária de 60 anos ou mais, residentes em Fortaleza, cuja população to- tal é 2.452.185 habitantes(11) . O cálculo resultou em 235 idosos, todavia, o número amostral final foi 286, uma vez que foram incluídos alguns idosos que solicitavam partici- par ao verem outro idoso responder à pesquisa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, realizadas mediante o uso de formulário, no período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011, em dois dos 12 Centros de Saúde da Família (CSF) que concentram maior número de idosos no município de Fortaleza. Estes foram eleitos por meio de sorteio simples. A amostra foi do tipo não probabilística consecutiva. As entrevistas ocorreram nas dependências físicas dos CSF, em momento anterior ou posterior ao atendimento de saúde. Foram incluídas na amostra pessoas com ida- de igual ou superior a 60 anos, que não apresentavam diagnóstico médico de demência, com capacidade de co- municação verbal preservada. Os critérios de exclusão fo- ram: não se recordar sobre a vacinação contra influenza A (H1N1) e estar presente no CSF para atendimento clínico de urgência. Os dados coletados foram inseridos em planilha ele- trônica, utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 18.0, organizados em tabelas, com frequências absolutas e relativas, e analisa- dos de forma descritiva e inferencial. Analisou-se a existência de associações entre a vari- ável dependente (vacinação contra influenza A (H1N1) e as variáveis independentes, ou seja, as características sociodemográficas, comportamentais, clínicas e as infor- mações sobre a vacina. Utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson na análise inferencial geral e o teste exato de Fisher quando, em alguma comparação, 20% ou mais das células apresentaram valor esperado menor que cinco, considerando um nível de significância de 95% (p≤0,05).
  • 3. 60 Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Foram respeitados os princípios éticos para pesqui- sas envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 196/96, do Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Saúde. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pes- quisa da Universidade Federal do Ceará e aprovado sob número de protocolo 295/09. RESULTADOS O perfil dos participantes revelou: vacinação contra Influenza Pandêmica A (H1N1) (62,94%), sexo feminino (72,4%), faixa etária de 60 a 65 anos (39,5%), menos de cinco anos de estudo (40,5%), casado ou em união con- sensual (47,5%), aposentado (69,9%), residindo em arran- jos trigeracionais (25,9%) e renda pessoal mensal de um a dois salários mínimos (73,4%). A Tabela 1 mostra a caracterização sociodemográfica dos idosos de acordo com a situação vacinal. Verificou-se que a variável idade apresentou associação estatistica- mente significativa com a vacinação (p=0,05). A Tabela 2 apresenta um conjunto de características clínicas e comportamentais dos idosos componentes da amostra, conforme a condição vacinal contra Influenza A (H1N1). As variáveis comportamentais e de saúde que estiveram associadas à vacinação foram: ser portador de doença crônica (p=0,01), utilizar medicamento(s) de uso contínuo (p=0,01), fazer acompanhamento de saúde (p=0,01), frequentar ocasionalmente o CSF (p=0,01), par- ticipar de grupos promovidos por profissionais de saúde (p=0,02), não ser etilista (p=0,02) e praticar exercícios físi- cos (p=0,01) (Tabela 2). Tabela 1 - Distribuição das características sociodemográficas de idosos, segundo situação vacinal contra Influenza A (H1N1) - Forta- leza, CE, Brasil, 2011. Característica Vacinação contra Influenza A (H1N1) Valor de p* Sim Não N % N % Sexo Feminino 135 65.2 72 34.8 0.19 Masculino 45 57.0 34 43.0 Idade 60 - 65 anos 64 56.6 49 43.4 0.05 66 - 70 anos 53 76.8 16 23.2 71 - 75 anos 32 59.3 22 40.7 76 e mais anos 31 62.0 19 38.0 Escolaridade Analfabeto 46 66.7 23 33.3 0.93 Um a cinco anos de estudo 72 62.1 44 37.9 Cinco ou mais anos de estudo 62 61.4 39 38.6 Situação conjugal Solteiro 21 65.6 11 34.4 0.83 Casado/União consensual 84 61.8 52 38.2 Divorciado/Separado 22 56.4 17 43.6 Viúvo 53 67.1 26 32.9 Ocupação Aposentado 132 66.0 68 34.0 0.16 Pensionista 24 64.9 13 35.1 Trabalho formal ou no comércio 24 49.0 25 51.0 Com quem reside Cônjuge 14 50.0 14 50.0 0.42 Cônjuge e filho(s) 37 59.6 25 40.4 Somente com filho(s) 33 68.7 15 31.3 Arranjo trigeracional 48 62.3 29 37.7 Mora sozinho 18 69.2 8 30.8 Outros arranjos 30 66.7 15 33.3 Renda pessoal Menos de um Salário Mínimo (SM)** 41 69.5 18 30.5 0.47 Um a dois SM 128 61.0 82 39.0 Três a quatro SM 5 62.5 3 37.5 Acima de quatro SM 6 66.7 3 33.3 *Teste Qui-quadrado de Pearson; **Um Salário Mínimo (SM)= R$ 510,00.
  • 4. 61 Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ A Tabela 3 apresenta os resultados relativos à associa- ção entre as características relacionadas a informações sobre a vacina contra Influenza A (H1N1) e a vacinação dos idosos da amostra estudada. Dentre tais característi- cas, ter recebido informações prévias sobre a vacina asso- ciou-se significativamente à adesão à vacinação (p=0,01). As outras características associadas à imunização foram: ter informações sobre a vacina por mídia audiovisual (TV) (p=0,02), receber informações de profissionais de saúde (p=0,01), ouvir comentários sobre a vacina de outras pes- soas imunizadas (p=0,01) e ser influenciado por esses co- mentários (p=0,05) (Tabela 3). Tabela 2 - Distribuição das características clínicas e comportamentais de idosos, segundo situação vacinal contra Influenza A (H1N1) - Fortaleza, CE, Brasil, 2011. Característica Vacinação contra Influenza A (H1N1) Valor de p* Sim Não N % N % Doença crônica Nenhuma 23 40.4 34 59.6 0.01 Uma 66 65.3 35 34.7 Duas ou mais 91 71.1 37 28.9 Utilização de medicamentos de uso contínuo Sim 157 68.5 72 31.5 0.01 Não 23 40.3 34 59.7 Acompanhamento de saúde Sim 157 68.5 72 31.5 0.01 Não 23 40.3 34 59.5 Frequência de visitas ao CSF Semanalmente 19 86.4 3 13.6 0.01 Quinzenalmente 2 66.7 1 33.3 Mensalmente 87 68 41 32 Ocasionalmente 72 54.1 61 45.9 Participação em Grupos do CSF Sim 51 75 17 25 0.02 Não 129 59.2 89 40.8 Internação hospitalar no último ano Nenhuma 169 64 95 36 0.13 Uma 11 55 9 45 Mais de uma 0 0 2 100 Autopercepção de saúde Excelente 13 46.4 15 53.6 0.29 Boa 71 64 40 36 Razoável 74 66.1 38 33.9 Ruim 13 56.5 10 43.5 Muito ruim 9 75 3 25 Independência para atividades básicas da vida diária (ABVD)** Sim 166 62.9 98 37.1 0.94 Não 14 63.6 8 36.4 Etilismo Não 173 89.6 95 35.4 0.02 Sim 7 10.3 11 61.1 Tabagismo Não 171 64.3 95 35.7 0.08 Sim 9 45 11 55 Prática de exercícios físicos Não pratica 88 56.1 69 43.9 0.01 Menos que três vezes/semana 40 74.1 14 25.9 Três ou mais vezes/semana 52 69.3 23 30.7 *Teste Qui-quadrado de Pearson; **Atividades básicas da vida diária (ABVD): banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação.
  • 5. 62 Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Tabela 3 - Distribuição das variáveis relativas a informações sobre a vacina contra Influenza A (H1N1). segundo situação vacinal de idosos - Fortaleza. CE. Brasil. 2011 Característica Vacinação contra Influenza A (H1N1) Valor de p* Sim Não N % N % Recepção de informações sobre a vacina 0.01 Sim 178 67.2 87 32.8 Não 2 9.5 19 90.5 Informações sobre a vacina na mídia** TV 141 66.8 70 33.2 0.02 Rádio 20 80 5 20 0.06 Cartazes 25 71.4 10 28.6 0.26 Outros meios 36 61 23 39 0.63 Informações sobre a vacina de profissional de saúde** Enfermeiro 41 80.4 10 19.6 0.01 Médico 27 84.4 5 15.6 Agente Comunitário de Saúde 48 81.4 11 18.6 Atribuição de importância à imunização com a vacina 0.01 Sim 171 69 77 31 Não 9 23.7 29 76.3 Acesso a comentários sobre a vacina de outros que foram imunizados Sim 37 100 4 0 0.01 Não 143 98.6 102 1.4 Influência de comentários de outros imunizados sobre a decisão de ser vacinado 0.05 Sim 17 53.1 15 46.9 Não 163 71.4 91 28.6 *Teste Qui-quadrado de Pearson; **Mais de uma opção de resposta. DISCUSSÃO A porcentagem de idosos que aderiram à vacinação contra Influenza A (H1N1) foi superior à de idosos que não aderiram, o que denota sua aceitação. Porcentagens semelhantes foram encontradas entre a população idosa de municípios do Sudeste e Sul do Brasil para a adesão à vacina Influenza contra outro subtipo viral (62,6% e 70,4%, respectivamente)(12-13) . Estudo realizado no con- texto internacional, entretanto, revelou predisposição cerca de duas vezes menor (26,3%) da população geral para se vacinar(14-15) . Quanto às características sociodemográficas, verifi- cou-se que não houve correlação estatística entre o sexo do idoso e a vacinação. Entretanto, o sexo feminino pre- valeceu entre os vacinados, resultado distinto do encon- trado para a população espanhola, na qual indivíduos do sexo masculino apresentaram probabilidade 38% maior de receber a vacina contra a Influenza pandêmica(16) . In- vestigações desenvolvidas com idosos em dois municípios brasileiros não observaram associação estatística entre sexo e adesão à vacina Influenza sazonal(17-18) . O sexo é uma característica que também parece não ter relação com a gravidade da infecção e o risco de mortalidade pelo vírus pandêmico A (H1N1)(19) . Neste estudo, a variável faixa etária, dentre as caracte- rísticas sociodemográficas investigadas, correlacionou-se estatisticamente à vacinação. Essa correlação corrobora achados de estudos realizados na Espanha(20) e em Hong Kong(21) , em que a idade mostrou-se fator associado à in- tenção de se vacinar contra o vírus pandêmico A (H1N1). Estudo conduzido junto a idosos residentes em muni- cípio do sudeste brasileiro observou maior aceitação da vacina contra a gripe entre os indivíduos mais longevos(12) , diferindo da presente investigação, na qual os idosos mais jovens (60 a 65 anos) apresentaram maiores percentuais de vacinação. Esse resultado que pode ser explicado pela especificidade dessa faixa etária, que normalmente é mais ativa e apresenta menos doenças limitantes(22) , o que po- de interferir na busca espontânea por serviços de saúde. Em relação à escolaridade, prevaleceram os analfa- betos entre os idosos vacinados, à semelhança de outra pesquisa brasileira em que se observou maior adesão à vacina Influenza sazonal entre idosos com até quatro anos de estudo(12) . Investigação espanhola também indicou que a intenção de se vacinar contra Influenza A (H1N1) foi de- crescente em relação ao nível educacional(20) . Já no que tange à infecção pelo subtipo viral, a escolaridade parece ter relação diferente: maiores taxas de cura foram obser- vadas entre pessoas com nível médio e universitário de
  • 6. 63 Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ escolaridade, conforme estudo epidemiológico desenvol- vido no Brasil junto à população geral(19) . Neste estudo, a maioria dos que aderiram à imuniza- ção apresentava essa situação conjugal, no entanto, não foi observada correlação estatística com a variável depen- dente. Pesquisa anterior revelou que pessoas casadas ou união consensual, em geral, são mais predispostas à vaci- nação contra a Influenza A (H1N1)(20) . No tocante aos aspectos clínicos e comportamentais, as variáveis ser portador de doença(s) crônica(s) e, con- sequentemente, utilizar medicamentos de uso contínuo mostraram-se associadas à vacinação. Achado semelhan- te foi verificado para a vacina influenza sazonal em estu- do realizado com idosos de Campinas (SP, Brasil), no qual diabetes e hipertensão arterial sistêmica associaram-se à vacinação(12) . Distintamente, estudo realizado na Polônia apontou que condições crônicas constituíram motivo para não adesão(23) . A correlação entre existência de doença(s) crônica(s) e aceitação da vacina, observada neste estudo, constitui aspecto positivo no que tange à prevenção de morbimortalidade associada ao vírus pandêmico, uma vez que certas condições crônicas comumente presentes em idosos são fatores de risco para complicações da infecção pelo vírus A (H1N1), tais como hospitalização e óbito(24) . As variáveis acompanhamento de saúde, frequência de visitas ao CSF e participação em grupos também se mostraram estatisticamente correlacionadas à adesão à vacina Influenza A (H1N1), corroborando os achados de outro estudo brasileiro, no qual se observou associação entre imunização contra Influenza e uso de serviços de saúde por idosos(18) . Quanto à autopercepção de saúde, a maioria dos ido- sos vacinados referiu saúde razoável ou boa e essa carac- terística mostrou não ter correlação com a vacinação. En- tretanto, estudo realizado na Polônia revelou o contrário: apresentar boa saúde foi a razão mais citada pela popula- ção geral para não ser vacinada(23) . Neste estudo, ter independência para realização das ABVD tampouco interferiu na vacinação. Logo, ser idoso independente funcional não foi fator associado à adesão à vacina pandêmica A (H1N1). Esses resultados diferem dos encontrados em estudo realizado em Taiwan, no qual se observou que idosos com alguma dificuldade nessas ativi- dades mostraram-se menos propensos a se vacinar regu- larmente contra a gripe(25) . Na presente investigação, não ser etilista foi um fator correlacionado à vacinação entre os idosos, diferindo do resultado de estudo desenvolvido em outro município brasileiro, no qual a associação entre etilismo e vacinação contra Influenza sazonal não foi observada(18) . Estudo rea- lizado no Chile identificou que o alcoolismo é fator agra- vante do quadro infeccioso por Influenza A (H1N1)(24) . Quanto à prática regular de exercícios físicos, obser- vou-se que idosos que não realizam exercícios foram os que mais se vacinaram contra a Influenza pandêmica A (H1N1). Resultado oposto foi revelado em um estudo sobre a influenza sazonal, em que a prática de exercícios físicos por idosos teve associação com a vacinação(18) . Es- tudos mais específicos serão necessários para esclarecer essa associação. No que tange às informações sobre a vacina, a maioria dos idosos, tanto vacinados quanto não vacinados, rece- beu algum tipo de informação acerca da imunização con- tra a Influenza A (H1N1), característica que teve associa- ção com a adesão à vacina. Estudo realizado na região Sul do Brasil também evidenciou abrangência de informações sobre a Gripe A (H1N1) entre a população(26) . Dentre as mídias que serviram como fonte de informa- ção, a televisão (TV) foi a mais citada neste estudo. Essa foi uma variável que se mostrou correlacionada à aceita- ção da vacina pelos idosos. Pesquisa desenvolvida na Es- panha apontou a TV como a mídia mais citada para acesso a informações sobre a vacina, porém, sem influência po- sitiva sobre a decisão de se vacinar(20) . Investigação con- duzida junto à população polonesa também revelou que os meios de comunicação audiovisuais não tiveram papel significativo na promoção da vacinação contra a gripe(23) . A divulgação de campanhas de vacinação pelos meios de comunicação faz parte das estratégias do Ministério da Saúde brasileiro para motivar a vacinação entre a popula- ção(18) . A correlação estatística positiva entre a recepção de informações sobre a vacina A (H1N1) por meio da TV e a imunização, observada neste estudo, permite inferir que essa mídia tem papel significativo para indivíduos idosos. No entanto, sugere-se que outros estudos avaliem com mais propriedade sua efetividade em promover a adesão à vacinação entre populações específicas para outros imu- nobiológicos que compõem o calendário vacinal, conside- rando-se não apenas momentos de pandemias. Ressalta-se que a utilização de mídias audiovisuais, em geral, tem custos financeiros elevados e, embora possam ser eficientes fontes de acesso a informações, especialmente durante a ocorrência de pandemias. Ou- tros meios podem se mostrar mais custo-efetivos na adesão da população à vacinação, sobretudo em perío- dos não pandêmicos. Sobre a atuação dos profissionais de saúde como fon- tes de informação sobre a imunização, observou-se cor- relação estatística positiva entre a vacinação e o recebi- mento de informações por meio desses profissionais, de tal modo que os idosos por eles informados sobre a vacina A (H1N1) foram mais propensos a ser vacinados. O achado reforça e valoriza a efetividade da atuação do profissional em saúde no campo da imunização(20,27) . Neste estudo, o profissional mais citado pelos idosos vacinados foi o Agente Comunitário De Saúde (ACS), se- guido pelo enfermeiro e médico, respectivamente, dife- rindo de estudos internacionais, nos quais o médico foi
  • 7. 64 Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ o mais citado(15,23) . É relevante destacar que os profis- sionais citados neste estudo são atuantes no cenário da Atenção Primária à Saúde (APS). É consenso que a APS consiste não apenas no principal local onde a vacinação acontece e também a fonte mais frequente de informa- ções sobre a necessidade de se vacinar(23) . Os ACS costu- mam manter contato próximo e contínuo com os idosos na comunidade(28) e esse vínculo parece influenciar a adesão à imunização. Quanto ao enfermeiro, os achados deste estudo cor- roboram os resultados de investigação espanhola, na qual esse profissional foi apontado por 28,2% dos adultos en- trevistados como quem mais fornece informações sobre vacinas(20) . Tais dados reforçam o papel do enfermeiro co- mo elemento essencial na atenção ao idoso, pois muitas vezes é considerado profissional de referência no atendi- mento a esse público, especialmente, na Estratégia Saúde da Família (ESF)(29) . Dado seu poder de influenciar positi- vamente a adesão à vacinação, torna-se imperativo que os profissionais de saúde incorporem em seu trabalho es- tratégias de aconselhamento e recomendações à imuniza- ção, especialmente na ocorrência de pandemias(30) . Observou-se correlação estatisticamente significativa entre ter acesso a comentários de pessoas vacinadas e a adesão à vacinação, todavia não foram encontrados estu- dos abordando esse aspecto da vacinação contra Influen- za A (H1N1) para serem confrontados com este achado. Ressalta-se, no entanto, que inexistiu correlação estatísti- ca no tocante à variável influência dos comentários sobre a decisão de se vacinar, revelando que, embora os idosos vacinados tenham recebido comentários sobre a vacina, esse nem sempre os influenciaram. Estudo espanhol apontou que, para adultos, a opi- nião de familiares e amigos não exerceu influência sobre a decisão de ser vacinado contra a gripe(20) . Todavia, é interessante realizar investigações para avaliar o impacto de comentários de pessoas imunizadas sobre a vacinação de outros, tanto entre idosos quanto na população geral. Acredita-se que conhecer características como o tipo e os autores dos comentários, variáveis não investigadas neste estudo, possa elucidar melhor a questão. CONCLUSÃO O estudo trouxe achados relevantes quanto aos fa- tores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) entre idosos brasileiros, tais como aspectos clínicos, com- portamentais e de recebimento de informações acerca da vacina, agregando conhecimento a uma área ainda inci- piente. Acredita-se que as informações aqui divulgadas possam ser empregadas na fundamentação de estratégias de controle e prevenção da infecção pelo subtipo viral jun- to à população idosa, extensíveis, inclusive, a outros agra- vos imunopreveníveis, especialmente diante de possíveis pandemias futuras. Encoraja-se a replicação do estudo em outros cená- rios de investigação. Sugere-se ainda o desenvolvimento de novas pesquisas que abordem os fatores associados à adesão de idosos à vacina Influenza trivalente, que inclui imunoproteção ao subtipo A (H1N1) e outros dois subti- pos virais, que compõe atualmente o calendário nacional de vacinação para pessoas nessa faixa etária. Quanto às limitações no desenvolvimento do estudo, pode-se citar a escassez de investigações sobre vacinação contra a Influenza A (H1N1) entre idosos na literatura na- cional, o que restringe a discussão sobre a realidade brasi- leira. Por se tratar de novo imunobiológico contra um no- vo subtipo viral, é esperado que o conhecimento científico seja ampliado e consolidado no decorrer dos próximos anos, tal como ocorre com outras temáticas emergentes. REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Imunizações. Estratégia Nacional de Vacinação Contra o Vírus Influenza Pandêmi- co A (H1N1) 2009 [Internet]. Brasília; 2010 [citado 2013 abr. 22]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/por- tal/arquivos/pdf/informe_tecnico_vacina_18_03_inter- net.pdf 2. Brasil. Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde. 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  • 8. 65 Fatores associados à vacinação contra Influenza A (H1N1) em idosos Victor JF, Gomes GD, Sarmento LR, Soares AMG, Mota FRN, Leite BMB, Soares ES, Silva MJ Rev Esc Enferm USP 2014; 48(1):58-65 www.ee.usp.br/reeusp/ 8. Marin MJS, Santana FHS, Moracvick MYAD. The percep- tion of hypertensive elderly patients regarding their heal- th needs. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2012 [cited 2013 Apr 23];46(1):100-6. Available from: http://www.scielo. br/pdf/reeusp/v46n1/en_v46n1a14.pdf 9. Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC, Vasconcelos FF. So- ciodemographic and clinical profile of elders who recei- ve care in a Family Health Unit. Acta Paul Enferm. 2009; 22(1):49-54. 10. Luchs A. Profile of Brazilian scientific production on A/H1N1 pandemic influenza. Ciênc Saúde Colet. 2012;17(6):1629-34. 11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores Sociais Municipais: uma análise dos resultados do uni- verso do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2011. 12. 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