O documento discute o povo judeu, sua religião, história e crenças. Resume que os judeus acreditam em um único Deus e que Abraão é considerado o fundador da religião judaica. Também descreve as principais festas judaicas e a crença no Messias.
2. Somos o que somos,
Somos judeus, é isso o que somos.
Abençoados somos, e também o nosso mundo,
E doce como o mel é a nossa vida.
Canção folclórica Iídiche
3. O Judaísmo é uma das três religiões abraâmicas
(religiões monoteístas cuja origem comum é
reconhecida em Abraão).
As outras duas religiões abraâmicas são o Cristianismo
e o Islamismo.
5. Palavra utilizada principalmente em assuntos voltados
às perseguições sofridas pelos judeus, refere-se aos
descendentes de Sem (Gênesis 11:10-31) que de acordo
com o relato bíblico habitou a Ásia Ocidental e foi
ancestral dos hebreus, assírios, árabes, entre outros.
Assim, encontramos em diversas ocasiões o termo
semita para designar os judeus.
6. “Provavelmente uma identificação étnica designando
Abraão como um descendente de Héber”. (Bíblia de
Genebra, p. 31).
“A Bíblia atribui o termo somente a Abraão e seus
descendentes, para mostrar que são os legítimos
descendentes de Sem, por meio de Éber.” (Waltke,
p.281)
7. Uma palavra antiga para designar os descendentes de
Abraão.
8. É o cidadão do Estado de Israel, é aquele que tem a
nacionalidade daquele país.
9. É aquele que professa a Religião Mosaica (Judaísmo). É
aquele que guarda e pratica os preceitos e as tradições
contidas na Torah e em outras fontes da religião
judaica. Para a religião judaica, Abraão é o fundador da
religião e Moisés o grande legislador.
10. O termo Judeu não se limita a designar somente aquele
que professa a religião judaica. Judeus também são
aqueles que possuem um passado histórico, tradições,
costumes e interesses em comum.
Os judeus têm uma forte ligação com o Estado de
Israel; tradições milenares como a circuncisão;
festividades como Purim, Pessach; alimentação
Kasher; calendário próprio (de acordo com o
calendário judaico estamos no ano de 5779).
11. “ ... para ser judeu tem-se de nascer judeu ou
submeter-se à conversão religiosa ao judaísmo. A
porcentagem de judeus por conversão não ultrapassa
um por cento; a maioria deles nasce judeu... Se não se
nasce de mãe judia ou se converte formalmente ao
judaísmo, não se é judeu.” (Asheri, p.4)
12. No século XVIII já se distinguiam dois grupos culturais
no interior do mundo judeu:
ASHKENAZIM = são judeus oriundos da Europa Central
e Oriental. Falavam um idioma denominado Iidiche,
mistura de hebraico, alemão medieval e línguas eslavas.
SEFARADIM = são judeus oriundos da bacia
mediterrânea (principalmente da Espanha). Falavam um
idioma denominado ladino, mistura de hebraico, árabe e
espanhol.
14. Atualmente existem diversos ramos no Judaísmo. São
eles: Ortodoxo, Conservador, Reformista,
Reconstrucionista, Renovação Judaica, Judaísmo
Secular Humanista, entre outros.
Vamos destacar os três principais:
Ortodoxos
Reformistas
Conservadores
15. Os Ortodoxos são aqueles que defendem o estilo de
vida baseado na Halachá (Lei Judaica) e consideram a
Torá como literalmente a Palavra deDeus. A Halachá
refere-se ao aspecto legal do judaísmo e também é
usada para indicar uma decisão definitiva em qualquer
área particular da lei judaica.Os Ortodoxos têm sua
expressão máxima com os Chasidim ou Hassidim, um
ramo ultra-otodoxo do Judaísmo.
16. Os Ortodoxos têm diversas peculiaridades, entre elas,
o cumprimento literal dos 613 mandamentos ou
mitsvot.
O primeiro mandamento encontra-se em Gênesis 1:28:
“Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a Terra.” O 613º
mandamento encontra-se em Deuteronômio 31:19:
“Escrevei para vós outros este cântico .”
Os 613 mandamentos podem ser conferidos no link
http://www.chabad.org.br/mitsvot/613mitsvot/index.h
tml
17. A Reforma do Judaísmo (também conhecida como
Judaísmo Liberal, Progressista ou Reformista) sobmete
a lei religiosa e os costumes ao julgamento humano.
Os reformistas adaptaram a Lei aos costumes
modernos e entendem que não precisam cumprir
mandamentos como a prática do Shabbat ou as
cerimônias religiosas.
18. O Judaísmo Conservador surgiu no inicio do século
XX, como uma reação ao liberalismo da Reforma do
Judaísmo. Ele procurou conservar a tradição através da
aplicação de novos limites da Lei Judaica (Halachá)
para o meio da sociedade americana.
20. No Judaísmo, Rabino é um título usado para distinguir
aquele que ensina, aquele que tem a autoridade dos
doutores da Torá ou aquele apontado pelos líderes
religiosos da comunidade. Os Rabinos são
responsáveis pelo ensino e aplicação dos ensinamentos
do judaísmo. Ao contrário de outras religiões, o rabino
não é um sacerdote, não sendo necessária a sua
presença em casamentos, bar-mitzvá ou
sepultamentos. Os únicos atos que exigem a
participação de um rabino são divórcio, conversões e
litígios que exijam a decisão de um tribunal rabínico.
21. Minyan no judaísmo refere-se ao quorum de dez
homens judeus (de 13 anos de idade em diante) para
certas obrigações religiosas, tais como realização das
preces na Sinagoga, leitura pública da Torá,
Circuncisão, Bar Mitzvá (cerimônia da maioridade
judaica para os homens aos 13 anos) , Casamento,
Kadish (prece fúnebre), etc.
22. A Congregação é chamada, em hebraico, de Kehilla.
Uma vez que não existe autoridade central humana no
judaísmo, qualquer grupo de judeus pode formar uma
congregação, cujo propósito, além de constituir um
Minyan para as preces coletivas, pode ser o estudo da
Torá, a ajuda mútua, o cuidado com os enfermos, etc,
ou simplesmente um lugar onde judeus de tradições
semelhantes possam se reunir.
23. “As Sinagogas surgiram após a destruição do
Primeiro Templo, durante o cativeiro na
Babilônia, aproximadamente no século 6 a.C. Foi
numa terra estranha, em meio a adversidades,
que a sinagoga tomou forma e evoluiu a partir de
uma necessidade prática. Do Templo de
Jerusalém restavam ruínas e o povo de Israel,
exilado na Babilônia, precisava dar continuidade
à sua vida religiosa. Desaparecera o Santuário,
onde ofereciam sacrifícios, e não lhes era
permitido construir outro, em nenhum outro
lugar.
24. Os conquistadores haviam espalhado os exilados em
comunidades por todo o Império Babilônico, portanto,
estes se reuniam no Shabbat e nos dias festivos para,
em conjunto, orar e discutir seus problemas
comunitários. Assim, estabeleceram um modelo de
organização para todas as comunidades judaicas que
viviam na diáspora, afastadas de sua terra, que deu
origem à sinagoga, o Beit Haknesset, expressão que em
hebraico significa literalmente “casa de assembleia”. A
palavra “sinagoga” vem do termo grego para
“assembleia” ou “congregação” – synagoge.”(FONTE:
http://googleweblight.com/i?u=http://www.morasha.com.br/leis-costumes-e-tradicoes/a-
sinagoga.html&hl=pt-BR)
25.
26. A TORÁ
Para os judeus existem duas Torás:
A Torá escrita
A Torá oral
A Torá escrita consiste nos primeiros cinco livros da
Bíblia e é também chamada de Pentateuco (palavra
grega que significa cinco livros).
A Torá oral é um conjunto de comentários sobre a Torá
escrita, que na visão dos judeus é incompreensível. Os
judeus acreditam que a Torá Oral foi transmitida
fielmente ao longo dos séculos, desde Moisés até o
século III d.C. quando foi escrita pelo Rabino Yehuda
Há-Nasi, chamado de “Príncipe” de sua geração.
27. MISHNÁ– a exposição escrita da Torá oral.
GUEMARÁ – Comentários rabínicos realizados
durante várias gerações sobre a Mishná.
TALMUD – é a compilação (séculos IV e V d.C.) da
Mishná e da Guemará. O Talmud tornou-se assim a
fonte da lei judaica. É também chamado de Halashá.
MISHNÁ + GUEMARÁ = TALMUD
28. A Torá, juntamente com os Profetas e os Escritos formam
a Bíblia Hebraica ou TANAH.
A Bíblia Hebraica é composta pelos livros do Antigo
Testamento Cristão Protestante, em uma ordem diferente.
Lei: reúne os primeiros cinco livros da Bíblia, o assim
chamado Pentateuco.
– Profetas: seção que inclui os profetas anteriores (Josué,
Juízes, Samuel e Reis) e os profetas posteriores (Isaías,
Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores).
– Escritos: reúne os demais livros, entre os quais Salmos,
Provérbios, Jó, Eclesiastes, e também Esdras e Neemias,
Daniel, e os livros de Crônicas, que são os últimos livros da
Tanah.
29. O ano judaico é marcado por inúmeras festas e
solenidades. São elas:
Rosh Hashná (+/- setembro) – Ano Novo Judaico
Yom Kipur (+/- setembro) – Dia do perdão
Sucot (+/- outubro) – Festa dos Tabernáculos
Chanuká (+/- dezembro) – Festa das Luzes
Purim (+/- março) – Festa das Sortes
Pessach (+/- abril) – Páscoa
Shavuot (+/- maio) – Festa das Semanas
9 de Av (+/- agosto) – Dia das Lamentações
31. De acordo com a crença judaica o Messias ainda virá.
Será um ser humano, escolhido pelo próprio Deus e
pertencente à linhagem de Davi. O Messias instaurará
a paz definitiva no mundo. Além da paz universal, a
era messiânica trará a abundância material para a
humanidade. Na era messiânica, Deus porá um fim
definitivo ao exílio do povo judeu. Enfim, o mundo
inteiro reconhecerá Deus e aceitará sua soberania.
33. É preciso salientar que o “Cristianismo” prestou e
continua prestando um desserviço no testemunho de
Cristo aos judeus, a ponto de estes afirmarem que “foi à
sombra da cruz” que sofreram as maiores perseguições
da História.
Em países cristãos os judeus sofreram e sofrem com a
intolerância religiosa e o racismo.
34. Massacre dos Judeus pelos Cruzados
Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição: a conversão forçada ao
cristianismo, a morte nas fogueiras, a prisão e tortura nos
calabouços e o confisco dos bens dos judeus.
Expulsão dos Judeus da Espanha e Portugal no século XV
Anti-semitismo russo
Pogrons na Polônia e em outros países da Europa Oriental
Extermínio de 6 milhões de Judeus durante o Holocausto
Atentados, pichações em Sinagogas e violações de túmulos
judaicos nos EUA, com destaque para as ações racistas da Ku
Klux Klan e da chamada “Supremacia branca”.
O ressurgimento da ideologia nazista através do Neonazismo na
Europa e em outros países do chamado mundo
Ocidental/Civilizado/Cristão.
37. Nos capítulos 9 a 11 de Romanos, Paulo aborda o
tema da relação do povo de Israel com o plano
divino de salvação. Interpreta a resistência dos
judeus em aceitar o evangelho como parte desse
plano a longo prazo e exalta tanto o amor como a
soberania de Deus. (Bíblia de Estudo Almeida)
39. 1- Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando
comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência:
2- tenho grande tristeza e incessante dor no coração;
3- porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de
Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne.
4- São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória,
as alianças, a legislação, o culto e as promessas;
5- deles são os patriarcas, e também deles descende o
Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito
para todo o sempre. Amém!
40. “Digo a verdade em Cristo – não
minto”
• (Versão Revista e atualizada)
“Estou falando a verdade em
Cristo, não minto”
• (Versão usada por Willian Hendriksen)
41. “Em Cristo” – não é uma fórmula de juramento, mas
refere-se a união de Paulo com Cristo. Todas as
emoções de Paulo procediam de Cristo.
“No Espírito Santo” - Paulo tinha sua mente habitada
e controlada pelo Espírito Santo. Assim sendo, ele
tinha plena convicção de que a sua consciência estava
em conformidade com a verdade.
42. “...tenho grande tristeza e incessante
dor no coração.”
• (Versão Revista e Atualizada)
“...que tenho grande tristeza e
incessante angústia em meu coração.”
• (Versão usada por Hendriksen)
43. “porque eu mesmo desejaria ser
anátema, separado de Cristo,
por amor de meus irmãos, meus
compatriotas, segundo a carne.”
44. Por que Paulo diz que está realmente falando a verdade
ao descrever assim o estado íntimo de sua mente e
coração?
Rm 2:17-24
I Ts 2:14b-16
At 21:27-28
Paulo sabia que suas
declarações seriam
desafiadas
46. Paulo não odiava seus compatriotas e parentes. Paulo
amava genuína e profundamente seus amigos e
parentes judeus.
47. “Eis aqui um grande
teólogo... que é ao
mesmo tempo, um
ardoroso amante das
almas.” (Hendriksen, p.
424 – o destaque em
vermelho é meu)
Assim deve proceder
todo aquele que é salvo
por Cristo. Conhecer a
DEUS e amar o próximo é
uma característica
inerente daqueles que
foram justificados pelo
sangue de Cristo.
48. “Numa palavra, a tristeza de Paulo refletia a gravidade
envolvida na incredulidade de Israel.” (Murray, p.365
– o negrito é meu)
49. Paulo agoniza diante da incredulidade dos judeus. Eles
são seus compatriotas. Paulo estava disposto a sofrer a
maldição divina por eles, demonstrando assim uma
fortíssima declaração de amor. (Adaptado da Bíblia de
Genebra, p. 1332)
50. Podemos observar neste versículo mais atentamente a
profundidade da tristeza de Paulo diante da
incredulidade dos judeus.
Se possível fosse (já que não é possível ser separado do
amor de Cristo, cf. Rm 8:38-39) Paulo desejava ser
separado de Cristo por amor de seus compatriotas, os
judeus.
51. “Nessa passagem, Paulo sem dúvida, prova quão
maravilhoso missionário era, quão ardentemente
anelava salvar os perdidos.” (Hendriksen, p.391).
52. A profunda tristeza de Paulo não se devia apenas a
laços naturais e de amizade, mas se devia também pelo
lugar ocupado por Israel na História da revelação. (Sl
147:19-20)
54. Este é o clímax dos privilégios de Israel.
Paulo deixa claro que Jesus era judeu e que ainda que
tenha a natureza humana, Ele também possui uma
natureza divina. Cristo é DEUS!
“...o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o
sempre. Amém!”
55. “E não pensemos que a palavra
de Deus haja falhado, porque
nem todos os de Israel são, de
fato, israelitas;”
56. O homem tem uma visão equivocada de DEUS e
portanto, pensa que DEUS falhou. Assim sendo, Paulo
demonstra que apesar dos privilégios maravilhosos que
a nação de Israel conheceu, a promessa de salvação
nunca teve o objetivo de concretizar-se em toda a
nação.
A ideia expressa aqui é a mesma encontrada em Rm
2:28-29.
57. “A promessa pactual de modo nenhum se destinava a
ter cumprimento nos descendentes de Abraão ou
Israel, mas somente no coração e na vida daqueles que,
que pela graça de Deus, depositassem sua confiança
nele e se esforçassem para obedecer sua vontade,
movidos por gratidão.” (Hendriksen, p.400).
Ou seja, aqueles que foram transformados pelo poder
do sangue do Cordeiro.
58. 37 - E, então, se dirigiu a seus
discípulos: A seara, na verdade,
é grande, mas os trabalhadores
são poucos.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da
seara que mande trabalhadores
para a sua seara.
59. Zilrene Alcantara Miguel
Igreja Presbiteriana em Cidade A.E. Carvalho, São
Paulo, SP, Brasil.
Classe da UMP
Novembro/2018
zilrene.ump@gmail.com
60. Asheri, Michael. O Judaísmo vivo – as tradições dos
judeus praticantes; tradução José Octávio de Aguiar
Abreu; Imago, Rio de Janeiro, 1987.
Hendriksen, Willian. Comentário do Novo Testamento –
Romanos; tradução de Valter Graciano Martins; Cultura
Cristã, São Paulo, 2011.
Murray, John. Romanos (traduzido do original em inglês:
The Epistle to the Romans), Fiel, São José dos Campos,
2003
Szlakmann, Charles. O Judaísmo para iniciantes;
tradução Marília Garcia; Brasiliense, São Paulo, 1985.
Waltke, Bruce K. Comentário de Gênesis; tradução Valter
Graciano Martins; Cultura Cristã, São Paulo, 2010.
61. Bíblia de Estudo de Genebra, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo e Barueri, 1999.
Bíblia Digital Glow – www.bibliaglow.com.br